O documento discute a crescente demanda global por lítio impulsionada pela transição para veículos elétricos e as oportunidades e desafios que isso representa para a América do Sul, principal detentora de reservas de lítio do mundo. No entanto, países sul-americanos enfrentam entraves como capacidade limitada de financiamento e infraestrutura para agregar valor ao lítio, perdendo oportunidades de desenvolvimento industrial.
O documento discute a importância da retenção de talentos para as empresas brasileiras em um cenário de crescimento econômico. Retenção de funcionários qualificados é um desafio para a sustentabilidade das organizações e requer estratégias complexas. O texto também destaca os riscos de alta rotatividade de pessoal.
A engenharia brasileira vive a maior crise de sua história. Empresas de reconhecida capacidade técnica, com expressiva contribuição em obras e serviços para nossa engenharia, encontram-se paralisadas diante dos processos jurídicos a que estão respondendo. Assistimos à destruição de nossas maiores empresas de engenharia. Os profissionais, em especial seus engenheiros, foram demitidos aos milhares, as obras foram suspensas, enquanto se esperava para ver até que ponto essas empresas seriam atingidas pelas penalidades da Operação Lava Jato. A decisão do governo Bolsonaro de abrir o Brasil à entrada de empresas estrangeiras contribui para destruir as já debilitadas empresas de engenharia e favorecer o emprego de profissionais da engenharia do exterior em detrimento dos empregos de muitos engenheiros brasileiros. São inegáveis os danos para o Brasil e para a Engenharia brasileira.
O documento discute as principais fontes de energia do Brasil e como elas contribuem para o suprimento energético nacional. Ele destaca que as fontes de energia mais importantes são a hidrelétrica, responsável por cerca de 90% da geração de eletricidade, o petróleo, que representa cerca de 38% do consumo total de energia, e os biocombustíveis como o etanol. O documento também discute as reservas de petróleo recém-descobertas na camada pré-sal e como elas podem transformar o
A ABRIFA contesta a alegação do IABr de excesso de produção mundial de aço, apontando que os dados não confirmam tal excesso e que a retórica é recorrente desde 2002. A ABRIFA também argumenta que o acordo entre o IABr e o MDIC limita a livre concorrência e beneficia interesses corporativos em detrimento do interesse público. Por fim, a ABRIFA pede a redução de alíquotas de importação sobre vergalhões e fios de aço e o fim da parceria entre o IABr e o MDIC.
1) A Comissão de Meio Ambiente da Câmara rejeitou um projeto que criaria um novo tributo sobre embalagens.
2) A Comissão de Relações Exteriores da Câmara realizou um seminário sobre desafios da política externa brasileira em um mundo em transição.
3) Os painéis do seminário discutiram temas como a crise financeira internacional, geopolítica da energia e cooperação para o desenvolvimento.
O documento discute o mercado de créditos de carbono no Brasil e no mundo. Ele explica o que são créditos de carbono e como funciona o mercado, analisa setores e estados brasileiros com maiores oportunidades no mercado, e argumenta que o Brasil poderia aproveitar ainda mais as oportunidades geradas pelos créditos de carbono.
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[1] O documento apresenta uma análise global da indústria de zinco, abordando a oferta e demanda de concentrado de zinco e zinco metálico, assim como os custos de produção. [2] É destacado que a China continuará sendo o principal motor do consumo global de zinco, enquanto a oferta futura dependerá de novos projetos minerários. [3] No Brasil, o consumo de zinco deve crescer a uma taxa de 3% ao ano até 2018, impulsionado pelos setores automotivo,
[1] O documento apresenta uma análise global da indústria do zinco, abordando a oferta e demanda de concentrado de zinco e zinco metálico, assim como os principais drivers do consumo e projeções para os próximos anos.
[2] É esperado um déficit no mercado de concentrado a partir de 2015, o que poderá elevar os custos para os produtores de zinco metálico. Para atender o crescimento da demanda, novos projetos de mineração e expansão de fundições serão necessários.
O documento discute as tendências atuais e futuras da produção e demanda de petróleo e gás. A demanda global tem sido impactada por crises financeiras, mas é estimada em crescimento moderado nos próximos anos, impulsionada principalmente pelos países em desenvolvimento. No Brasil, grandes investimentos estão sendo feitos na indústria do petróleo e gás, notadamente no pré-sal, o que deve tornar o país um importante produtor global destes recursos energéticos.
O documento discute três cidades altamente poluídas: 1) Linfen na China, onde a poluição por carvão causa graves problemas respiratórios e de saúde em 3 milhões de pessoas. 2) Tianying na China, onde a poluição por chumbo afeta 140 mil pessoas causando danos neurológicos e outros problemas. 3) Sukinda na Índia, onde a poluição por cromo afeta 2,6 milhões de pessoas causando problemas gastrointestinais e outros. O documento também discute os desafios para a adoção de
O documento discute a retórica frequente de excesso de produção mundial de aço, argumentando que ela não é sustentada pelos fatos. A produção de aço no Brasil cresceu nos últimos anos, sem indícios de desequilíbrios de mercado. Alegações anteriores de excesso de oferta se mostraram infundadas, sendo usadas de forma recorrente pela indústria para defender protecionismo.
O documento resume notícias de vários países e regiões. O Brasil caiu no ranking de ambiente de negócios do Banco Mundial. A Grécia enfrenta greve geral durante votação de pacote de austeridade. O FMI aponta potencial para internacionalização do Real.
1) O documento discute a indústria química brasileira, com foco no setor de fertilizantes.
2) O setor de fertilizantes é estratégico para o Brasil devido à sua importância para aumentar a produtividade agrícola, porém a produção interna tem sido insuficiente e o país depende muito de importações.
3) Há oportunidades para investimentos no setor de fertilizantes no Brasil visando reduzir a dependência externa, porém desafios relacionados a infraestrutura, regulament
1. O documento discute a indústria siderúrgica e de metalurgia básica no Brasil, incluindo seu desempenho, emprego e propostas para valorização do setor.
2. É analisada a evolução da indústria no país após as privatizações na década de 1990, com foco no emprego e reestruturação produtiva.
3. O texto apresenta propostas dos sindicatos para apoiar o setor, como a implantação de um contrato coletivo nacional para as empresas metalúrgicas.
O documento discute a economia dos Estados Unidos. Ele explica que a riqueza do país se deve a fatores como seu grande mercado interno, imigração, tecnologia avançada, controle de áreas no mundo e recursos naturais. Também descreve a atividade industrial dos EUA, incluindo sua diversificação, concentração no nordeste e exportações variadas.
Os Estados Unidos são a nação mais rica e poderosa do mundo devido a cinco fatores: seu grande mercado interno, imigração, tecnologia avançada, controle de áreas no mundo e recursos naturais. Sua indústria respondeu por 22,1% do PIB em 2011 e empregou cerca de 31 milhões de pessoas. Os EUA possuem uma diversificada base industrial e subsolo rico em recursos, concentrada principalmente no nordeste.
Gigantes da tecnologia chinesas vão investir US$ 540 milhões no Brasil para vender celulares a preços mais baixos. O Credit Suisse demitirá 1.500 funcionários para cortar custos. A Câmara criará uma comissão especial para analisar a distribuição das receitas do petróleo.
O evento TCS Brasil'16 irá discutir soluções sustentáveis para a matriz energética brasileira e latino-americana, com foco em tecnologias de conversão térmica e biogás. O evento ocorrerá em Foz do Iguaçu e incluirá uma conferência e feira de negócios de 1 a 3 de junho para promover discussões e negócios entre empresas e governos.
Os EUA desenvolveram uma forte indústria apoiada em recursos naturais, mercado interno e tecnologia. Após as guerras mundiais, tornaram-se a maior potência econômica e militar ao financiar a reconstrução da Europa. Atualmente a indústria é diversificada e concentrada no nordeste, com setores como automotivo, siderurgia, alta tecnologia e serviços respondendo por grande parte da economia e empregos.
O documento discute o nióbio, abordando sua química e geologia, aplicações, reservas e produção no Brasil, comércio exterior, preços e sugestões de políticas para aumentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento envolvendo o nióbio no longo prazo.
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[1] O documento apresenta uma análise global da indústria de zinco, abordando a oferta e demanda de concentrado de zinco e zinco metálico, assim como os custos de produção. [2] É destacado que a China continuará sendo o principal motor do consumo global de zinco, enquanto a oferta futura dependerá de novos projetos minerários. [3] No Brasil, o consumo de zinco deve crescer a uma taxa de 3% ao ano até 2018, impulsionado pelos setores automotivo,
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1. O documento discute a indústria siderúrgica e de metalurgia básica no Brasil, incluindo seu desempenho, emprego e propostas para valorização do setor.
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O documento discute o nióbio, abordando sua química e geologia, aplicações, reservas e produção no Brasil, comércio exterior, preços e sugestões de políticas para aumentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento envolvendo o nióbio no longo prazo.
Semelhante a Ernesto Heinzelmann fala sobre a demanda de lítio (14)
1. Ernesto Heinzelmann comenta demanda de lítio e o
desafio imposto à indústria
O lítio (Li2O) – metal alcalino macio – vem sendo altamente
demandado por empresas do setor privado, instituições de pesquisa e
governos, por ser um minério de transição energética que atende
a busca por veículos elétricos e que deve seguir em alta nas próximas
duas décadas.
A prioridade de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) e a
grande procura por veículos elétricos aumentou a demanda por lítio. O
minério auxilia não somente a indústria automobilística, mas diversos
segmentos como a produção de componentes eletrônicos, de
cerâmicas, vidros, lubrificantes, medicamentos, além de atender a
indústria aeroespacial e nuclear.
Dados da ABVE e AIE
Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), as
vendas de carros elétricos e híbridos – movidos a energia elétrica e
etanol – alcançaram números expressivos em 2022 (49.245
emplacamentos), com um aumento de 41% em relação ao ano
anterior.
Em relatório publicado no ano de 2022, a Agência Internacional de
Energia (AIE) revelou que a busca por baterias de veículos elétricos
passará de 340 gigawatts/hora (GWh) para 3.500 GWh até 2030.
O desafio imposto à indústria
As grandes reservas presentes na América do Sul – que abriga
60% de todo lítio do mundo – e a demanda crescente desta
commodity no mercado internacional podera ser portanto uma fonte
de enorme de riqueza para o continente, mas nao necessariamente.
Segundo Ernesto Heinzelmann, empresário e importante nome da
indústria brasileira, apesar da grande herança desse minério em
países sul-americanos, existe uma frustração de não saber explorar o
valor agregado do lítio.
“A demanda por lítio deverá continuar a crescer e se multiplicar por 40
nas próximas duas décadas. Ótima oportunidade para o Brasil que
possui grandes reservas? Depende!”, revelou Ernesto, que completou
apontando que as intermináveis discussões ideológicas atrasam o
desenvolvimento da indústria na região. “A questão ideológica que
está presente quando se avaliam reservas naturais é berço também
para a insegurança jurídica, igualmente ultrapassada por outros
países e que espanta os investidores”, diz.
O triângulo de lítio
2. Composto por Argentina, Bolívia e Chile, o triângulo de lítio ainda não
consegue competir com os grandes financiamentos da Europa e dos
EUA, para atrair fábricas de veículos elétricos, baterias, e outras
tecnologias de transição verde. O lítio tem potencial para ser elevado
como elemento de segurança energética mundial, o que em tese seria
uma oportunidade desses países de atraírem investimentos para as
suas indústrias, mas, na verdade, esse é o maior desafio.
Países da América Latina sofrem com inúmeros entraves, que incluem
capacidade de financiamento limitada, um mercado interno restrito.
Além disso, essas regiões não têm infraestrutura industrial necessária
para transformar o lítio em baterias e outros produtos com alto valor
agregado.
No Chile, apesar da sua reputação de país a favor do mercado, o
medo de interferências governamentais em atividades privadas
cresceu junto com as incertezas dos investidores. Indústrias de
veículos elétricos chinesas têm demonstrado inclinação de se instalar
no país, porém as negociações ainda estão em fase inicial.
A Argentina está mais interessada na diversificação e na rápida
exportação de sua carteira de commodities, do que investir em
projetos de industrialização a curto prazo. Nos três primeiros meses
de 2023, o país exportou US$ 223 milhões do minério, 133% a mais
do que o mesmo período do ano passado. “Oportunidades que
deveriam ser avaliadas sob a ótica da geração de valor, com P&D,
tecnologia e investimentos, são perdidas por questões que há muito
deveriam estar superadas e que nos condenam a continuar sendo
grandes exportadores de reservas naturais e matérias-primas.”,
avaliou Ernesto Heinzelmann.
Segundo apuração do jornal Valor, a Bolívia também é um exemplo de
oportunidade perdida. Segundo o consultor e economista Jaime Dunn,
apesar de estar credenciada a receber investimentos da Lei de
Redução de Inflação (IRA, nas iniciais em inglês), empresas
ocidentais têm pouca confiança no arcabouço jurídico do país.
Ele explica também que existe um planejamento para uma produção
estimada de 40 mil toneladas de carbonato de lítio até 2025. A
estimativa se deve pela recém-criada Bolivian Lithium Deposits (YLB),
que recebeu investimento de US$ 1 bilhão de três empresas
chinesas. Apesar disso, o país tem recursos escassos e, do ponto de
vista político, é exigido um retorno em curto prazo, algo difícil de ser
alcançado.
Outros detentores do lítio
Outro importante detentor de lítio da América Latina é o Brasil, que
destoa dos demais países devido a sua indústria automobilística
3. consolidada, por ser uma das maiores economias latino-americanas e
pela sua capacidade de fomento à indústria.
Por esta razão, o Brasil está atraindo um investimento de US$
5 bilhões da empresa chinesa BYD, que vai instalar uma planta para
produzir carros elétricos na antiga fábrica da Ford em Camaçari, na
Bahia. A WEG também está investindo para expandir a sua fábrica de
baterias em solo nacional, além de apostar em investimentos para
ampliar a infraestrutura de recarga de carros na região Sudeste.
Sobre a mineração do lítio, duas empresas canadenses, uma
americana e outra australiana estão apostando alto no “Projeto Vale
do Lítio”, localizado no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. A
empresa brasileira de capital aberto, Sigma Lithium, anunciou
investimentos de US$ 3 bilhões em um projeto que permite a extração
do minério com alto grau de pureza, o que aumenta o valor agregado.
Com quem podemos aprender?
No caso do minério de ferro, por exemplo, o Brasil tem as maiores
reservas do mundo, mas é apenas o nono produtor de aço. A China,
maior consumidor do minério nacional, cuja industrialização é recente,
produz mais de 1 bilhão de toneladas de aço por ano, enquanto que,
no Brasil, a produção ainda não alcançou a marca das 40 milhões de
toneladas.
“Desenvolvimento de conhecimento, tecnologia, inovação voltada à
produtos de alto valor agregado, continuam sendo um privilégio de
outros, que já fizeram a lição de casa e enriqueceram como país em
benefício dos seus cidadãos.”, comentou o empresário.
Outros minérios com potencial de valor agregado
Quase sempre aliado a uma conotação política nas análises da
imprensa, o nióbio poderia ser outra oportunidade para o
desenvolvimento industrial do país. Aplicações típicas deste metal se
encontram na indústria siderúrgica, aeroespacial, química, de
supercondutores, eletrônicos,medicina e energia, neste caso, podendo
se tornar uma opção melhor do que baterias de lítio, cujo descarte
ainda é uma incógnita para questões ambientais.
O nióbio pode ser usado em células de combustível de hidrogênio, no
revestimento, dos eletrodos e como material com alta resistência à
corrosão. “Há, portanto, uma indústria de alto valor agregado que
pode ser desenvolvida em torno dos nossos minérios, mas que
precisa de condições para se desenvolver, trocando discursos etéreos
por P&D, tecnologia e investimentos que gerem valor”, completa
Ernesto Heinzelmann.