O documento relata sobre o XI Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora que ocorreu em Brasília entre os dias 21 e 26 de julho. O encontro reuniu 3500 casais e 446 conselheiros de 54 países e teve como tema "Ousar o Evangelho". O texto apresenta depoimentos de participantes brasileiros sobre como a experiência os motivou e fortaleceu em sua fé e caminhada no movimento.
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XI Encontro Internacional
F oi realizado em Brasília entre os dias
21 e 26/07 o XI Encontro Internacio-
nal das Equipes de Nossa Senhora. Foi o
1º realizado fora da Europa e o Brasil aco-
lheu 3500 casais e 446 Conselheiros de 54
países. Com o tema “Ousar o Evangelho”
o Encontro foi uma oportunidade ines-
quecível para partilhar experiências, unir
e fortalecer o movimento por todos os
continentes. As celebrações, homilias,
palestras, testemunhos, reuniões mistas,
o coral, foram marcantes. Os participan-
tes fizeram uma manifestação pela paz
mundial e testemunharam a importância
do sacramento do matrimônio entre ora-
ções proclamadas em diversos idiomas,
em um ato público onde foi formada
uma imensa “Catedral Viva”.
As informações completas, fotos e
palestras do Encontro que deixa um
legado importante para o movimento
encontram-se disponíveis no site
www.ens.org. br.
O Jornal ENSantidade registrou o
evento e apresenta alguns depoimentos
de equipistas de nossa região que partici-
param do Encontro:
1) Participar do Encontro Internacional
pela 1ª vez no Brasil foi uma chuva de gra-
ça e benção. Vivi aqueles dias bebendo da
água da fonte que dá vida com alegria e
deixando entrar no meu coração as refle-
xões feitas pelos palestrantes tão bem pre-
parados e ungidos sobre vários pontos do
Ev. Lc 10,30-37. Quanta profundidade!
(Ir.Nina Rosa – AE Equipe 7/Anápolis)
2) O Encontro representou um momento
muito rico de espiritualidade. Saimos
com a certeza de que é possível construir-
mos um mundo melhor, com a presença
de Deus em nossas vidas, mesmo nos
dias conturbados que vivemos atualmen-
te. (Jussara e Edemilson – Equipe 5A) o sentido de unidade presente no mo- pectativas. (Sônia e Osvando – Equipe ferença nas pequenas ações do dia a dia.
vimento. Serviu-nos também como 6/Anápolis) "Vai, e também tu, faze o mesmo". (Lúcia e
3) O serviço no Movimento das ENS nos uma alavanca para que nos engajemos Luiz – Equipe 1/A.Boa)
reserva grandes e agradáveis surpresas. A nas pastorais de nossa comunidade, 6) Foi uma Benção, maravilha de Deus.
experiência de participar e trabalhar no colocando-nos a serviço dos trabalhos Quantos testemunhos, palestras, pala- 8) Foi maravilhoso, parabéns a todos os
Encontro foi fantástica... inesquecível! em favor da família, testemunhando o vras e ensinamentos que precisávamos caias e equipes de trabalho, tudo foi mui-
Tocou-nos muito, acolher e perceber tan- sacramento do matrimônio. (Eliane e ouvir. Tudo isso Deus nos proporcionou to bem preparado e todos os momentos
tas fisionomias, representando boa parte Wilson – Equipe 6/Anápolis) através de pessoas despojadas que estão foram muito marcantes. Queremos dizer
das regiões do planeta, alegres e felizes sempre dispostas a “Ousar o Evangelho”. que a cada dia o movimento nos traz a
como se fossem participar realmente do 5) Ficamos boquiabertos ao presenciar E nos despertou ainda mais para refletir certeza de que o amor e a união conjugal
“grande banquete”. (Maria Elena e Júlio o grande número de casais e SCE pre- como está e como será nossa missão nas são responsáveis por tudo o que somos, e
Cesar – Equipe 2/Anápolis) sentes. Ficamos verdadeiramente emo- ENS. (Betinha e Neimar – Equipe 2/B) dizer aos casais que saiam do comodis-
cionados e fomos contagiados pela boa mo e que participem mais. (Ana e Eugê-
4) Nossa participação no Encontro vontade, alegria, coragem e pela parti- 7) Participar do encontro internacional nio - Equipe 2/A.Boa)
veio reforçar ainda mais o nosso amor cipação eufórica dos casais e conse- das ENS foi para nós uma benção. A pro-
pelo movimento. As palestras, as homi- lheiros participantes. Foi lindo e mara- fundidade das reflexões, as palestras, o in- 9) O XI encontro internacional das ENS
lias, os testemunhos e os vários depoi- vilhoso o gigantesco “dever de sentar- tercâmbio com tantos irmãos do mundo nos deram a dimensão do que é ser um
mentos nos motivam a continuar na se”. Porém o mais extraordinário para todo falando a mesma língua do Amor verdadeiro equipista, ver 8 mil pessoas de
caminhada equipista. Nos grupos de nós foram as reflexões do Evangelho de Conjugal como caminho para um mundo vários países dando testemunho da gran-
reflexão, no ato público na esplanada Lucas: Parábola do Bom Samaritano. mais humano. Agora, mais do que nunca, diosidade deste movimento que faz a ca-
dos ministérios, nos momentos de Quanta diversidade e riqueza catequé- somos convidados a Ousar o Evangelho. da dia aumentar nossa espiritualidade
confraternização, enfim, em todas as tica extraída. Foi tudo muito abençoa- Cada casal, cada equipe e o Movimento conjugal. (Maria Arani e Hunerico – Equi-
atividades proporcionadas ficou claro do, grandioso e acima das nossas ex- das ENS como um todo, podem fazer a di- pe 5/A.Boa)
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2 Artigos Julho/Agosto/Setembro 2012
Palavra do Regional
Queridos amigos, casal Vera e Luiz Antonio (Setor B) e
Mais uma vez nos dirigimos a vo- Holianda e José Eloy (Setor Anápolis).
cês, e desta vez com o coração trans- E, assim como diz o nosso querido
bordando pelas maravilhas vividas padre Flávio Cavalca, que Deus ajude.
nos dois últimos meses. Primeira- Vamos aproveitar também que esta-
mente o XI Encontro Internacional mos no mês da Bíblia e fortalecer ain-
que nos proporcionou momentos da mais nossa escuta da palavra e me-
fortes de acolhimento, de reflexão, de ditação. Lembrando que escutar a pa-
oração e celebração, onde o movi- lavra não é apenas ler a Bíblia e sim
mento, através da palavra de Deus, procurar descobrir a manifestação do
nos convocou a “Ousar o Evangelho”, do geral, nos trouxeram muitas lições vendo a experiência da substituição amor de Deus por nós. Aproveitamos a
a ir além do programado. Em seguida de vida e ensinamentos maravilho- dos Casais Responsáveis do Setor oportunidade e desejamos a todos
fomos presenteados com a realização sos. Sendo assim, revigorados e forta- (CRS) “B” e do Setor “Anápolis”, que es- uma boa leitura de nosso boletim tri-
dos retiros fechados em todos os se- lecidos, iniciamos o segundo semes- tão chegando com muito sucesso ao fi- mestral, que além de trazer as notícias
tores. O retiro realizado em Goiânia tre, lembrando que ainda temos mui- nal da missão que receberam há três de nossos setores, nos traz uma grande
foi pregado pelo nosso querido e to a fazer e a realizar. Portanto queri- anos. Chegou a hora de outros casais oportunidade de formação através dos
amado Pe. Miguel, que com sua hu- dos irmãos equipistas vamos em darem um pouco de si, de animar e re- artigos e dos testemunhos.
mildade e seu carisma nos ajudou a frente, pois nossa missão é grande e novar o espírito para que a seiva do Um grande e forte abraço a todos.
fortalecer ainda mais nossa união abençoada por Deus. movimento continue circulando.
conjugal. Os retiros fechados de mo- E por falar em missão estamos vi- Acolhamos com muito carinho o Lu e Nelson (CRR).
O Cristão e as eleições
omo cristão e diante das eleições coordenadas de realização da vida, na justiça.
C temos de consultar as Diretrizes
da Igreja no Brasil: 2011- 2015. Elas são
cidade, na justiça e verdade rumo a
Deus Pai, de quem se recebe a vida
Envolvidos na gratuidade de Deus
e sua ação permanente a favor dos
o horizonte para nos orientar no cami- plena, que é o próprio Jesus Cristo. mais afastados, é que advertimos co-
nhar da Igreja, pois está no mundo O n° 11 das Diretrizes fala assim: mo nos engajar na vida da sociedade,
sendo Sacramento Universal de Salva- “Por certo, a ação evangelizadora e não buscando favoritismos que ferem
ção como fala o Concílio Vaticano II. pastoral da Igreja é trabalhar pela re- a dignidade humana, mas sim optan-
Certo é que existem outros docu- conciliação, o que não significa pac- do por mudanças profundas e urgen-
mentos (da Doutrina Social da Igreja) tuar com a impunidade, a corrupção e tes que permitam obter resultados que
que ajudam a orientar o caminho da todas as formas de desrespeito aos di- restabeleçam a vida e o bem comum
vida cristã a respeito dos deveres e ob- reitos básicos de todas as pessoas. das mulheres e homens deste nosso
rigações para com a vida da sociedade. Diante das graves situações que fazem Brasil.
Apresentamos algumas orienta- sofrer os irmãos, o coração do discípu- Os casais das Equipes de Nossa Se-
ções do Ensino Social da Igreja extraí- lo missionário se enche de compaixão nhora envolvem-se na participação
dos do livreto Eleições Municipais e clama por justiça e paz. Angustia-se como todo cidadão que assume a sua
2012: Cidadania para a Democracia do diante da inércia e da omissão. Quer própria responsabilidade e como fi-
Pe. Omar Dante Santurio atitudes que superem o mal existente e lhos e filhas de Deus fazem opções li-
Centro de Pastoral Popular:
SCE da Equipe 9B não permitam o surgimento de mais vres e amadurecidas conforme a expe-
a) A busca do bem comum em es-
pírito de serviço; dor. Esta indignação, porém, não deve riência recolhida de equipistas ao lon-
b) A construção da justiça, princi- entidades religiosas. afastar o discípulo missionário do go da vida de fé.
palmente para com as situações de so- Ninguém pode ficar alheio aos ideal de perdão e reconciliação, pois o Desejo para todos uma gratificante
frimento e pobreza; acontecimentos da vida cidadã e, parti- Reino de Deus só acontece efetiva- experiência de comprometimento sé-
c) A promoção do diálogo e da paz; cipando com o voto, escolher os que se mente quando se responde ao mal rio na escolha dos que deverão fazer o
d) O fortalecimento das exigências prepararam para trabalhar e, dessa for- com o bem (Rom 12, 17-21) possível para unir os sonhos, realida-
éticas em defesa da vida; ma, obter melhores resultados na con- O discernimento para trabalhar des e esperanças do povo nas Eleições
e) A atenção ao planeta como res- dução da vida pública com a participa- pelo bem comum é desenvolvido na Municipais 2012.
ponsabilidade humana ção de todos. Comunidade Igreja, pois sozinhos não
Muitos irmãos buscam orientações Jesus Cristo move sempre as pes- conseguimos assumir as verdadeiras Pe. Omar Dante Santurio
nas Igrejas Evangélicas e suas Comuni- soas a olhar com perspectivas novas o ações para lograr as necessárias mu- SCE da Equipe 9B
dades onde participam ou em outras futuro da humanidade em relação às danças especialmente o clamor por
Regina e Afonso - Equipe 10 B Lú e Nelson – Equipe 1 A Luiza e Mário – Equipe 4 B
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Julho/Agosto/Setembro 2012 Entrevista 3
Padre Miguel Batista - Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super Região Brasil
1) Como foi seu ingresso nas ENS? Os pais são a maior escola para os filhos. Você
Eu sempre trabalhei com casais, e antes mes- não precisa dizer nada, apenas viver exemplar-
mo de me formar, fui convidado a acompanhar mente essa vida de pai mãe e os filhos aprende-
uma equipe em pilotagem em João Pessoa. Esse rão. Eles vão dizer que querem ser como vocês
foi o maior benefício que julgo, pois a pilotagem quando crescerem. Há muitos filhos que dizem
garante um melhor entendimento do movimen- que quando casarem querem ser equipistas. Eles
to. Quem passou por pilotagem entende toda di- percebem pela própria convivência social, profis-
nâmica. Depois de ordenado passei a acompa- sional, que há um diferencial daqueles que traba-
nhar o setor e fui Conselheiro da Regional da Pa- lham a espiritualidade conjugal e aqueles que
raíba. Fui transferido para Recife e acompanhei simplesmente são casados e só vão à igreja. Por
uma equipe de Olinda e fui Conselheiro do Setor. outro lado não adianta ter muito tempo, mas não
Depois fui pra Fortaleza onde acompanhei 2 estar efetivamente com eles. A qualidade da con-
equipes e fui Conselheiro do Setor F da Região vivência do amor conjugal, trazer valores cristãos,
Ceará. Voltando para o Recife, fui convidado para aí está o segredo de tudo. Daqueles que tiveram a
ser Conselheiro da Super Região Brasil, que é um oportunidade de provar desta fonte e aqueles que
grande desafio. Nas equipes quando se é convida- trimonio, pós matrimônio, casos especiais. Mas ainda não. É diferente. E os filhos de equipistas
do para um serviço, se disser não, é melhor repen- há outros ministérios na Igreja que precisam dos percebem que é diferente.
sar sua participação no movimento. Atualmente casais. Então o maior desafio das ENS hoje é, além
acompanho duas equipes de base em Jaboatão de fazer com que os casais vivam bem, através dos 6) Qual a importância da coparticipação na
dos Guararapes e em Recife. PCE’s, também ter consciência de que são solda- reunião de equipe, e como ela deve acontecer?
dos de Cristo e que devem enfrentar essas bata- Primeiramente, deve-se ter respeito com
2) No retiro o senhor falou que somos cha- lhas, conforme descrito no Documento de Apare- aquilo que é partilhado. Deve ser tratado como
mados a fazer com que um cônjuge contemple cida, engajar cada vez mais efetivamente. algo sagrado, muito sublime. Segundo, deve-se
a face de Cristo no outro. Qual a importância também se abrir, pois quando um se abre, in-
dessa atitude para o casal? 4) No XI Encontro Internacional foi dito que centiva o outro a se abrir também. E aí vem um
O casal quando toma a decisão de casar é por- sempre há espaço para descobertas e cresci- monte de descobertas: que todos nós podemos
que viver sozinho já não faz com que ele seja um mento no amor conjugal. Como deve ser o rela- nos ajudar, todos nós estamos buscando o ca-
bom discípulo de Cristo. Quem tem a vocação pa- cionamento do casal para que ele perdure eter- minho da santidade, mas que nem todas as
ra o matrimônio só será um bom discípulo de namente? nossas atitudes nos levam a ela. Casais ajudam
Cristo casando. No casamento o cônjuge é res- Primeiro uma relação de total confiança que os outros a descobrir caminhos para superar
ponsável pela felicidade do outro. A felicidade im- faça com cada um se sinta livre, se abra. Uma rela- dificuldades no relacionamento, seja sexual, de
plica em ser totalmente instrumento de amor de ção de fecundidade. Hoje há casais que querem paternidade, profissional, inúmeras coisas,
bondade de fraternidade. No casamento o casal ter um filho, mas por condições biológicas não maravilhosas coisas acontecem, quando se faz
se torna então sinal do amor de Jesus. Como mos- podem. Nós incentivamos que estes casais façam uma coparticipação bem feita e profunda. A
tramos que somos sinais? Na entrega mútua um a experiência da adoção. Temos inúmeros casos coparticipação é um momento crucial, é um
do outro. E essa entrega deve ter por modelo a en- de casais que não se davam o direito do prazer de momento muito forte na vida da equipe.
trega de Cristo. Por isso que eu devo fazer com ter filhos. Outro exemplo para nós que vivemos o
que o cônjuge contemple a face de Cristo em sacramento do matrimônio é trabalhar com ca- 7) Qual o papel do Sacerdote nas Equipes?
mim, tornando-me uma pessoa que se entrega de sais recasados. Vários equipistas no mundo todo Primeiramente a presença sacerdotal. A
forma total e sem reservas, sabendo amar, per- trabalham com casais em segunda união. Não há equipe é uma pequena igreja, como diz Pe.
doar, sabendo construir e curar o coração, curar como termos equipistas em 2ª união, é incompa- Caffarel. Matrimônio e Ordem são dois sacra-
as feridas, e sobretudo, saber trabalhar de acordo tível. Mas podemos trabalhar com eles, que estão mentos de serviço. A presença do padre é jus-
com o que a Igreja me pede e me orienta. Quando incluídos na igreja, que estão no coração de Deus tamente a presença da igreja, a presença sa-
o cônjuge me proporciona fazer a experiência de e são muito amados. Cada um é convidado a des- cramental, doutrinal, eclesial, de pastor. O pa-
Deus através do seu amor, da sua doação, eu me cobrir as maravilhas do matrimônio. As equipes dre mais que amigo da equipe, é padre. Você
sinto chamado a ser mais ainda sinal desse amor têm essa obrigação. A missão de mostrar como é não está simplesmente com um amigo. Tem
de Deus. maravilhoso casar. Todos aqueles que fazem a ex- um padre onde você pode confessar, receber
3) Qual o maior desafio para os casais equi- periência comunitária saem maravilhados. Todos orientação, receber os demais sacramentos e
pistas do movimento das ENS? aqueles que fazem a pilotagem saem maravilha- ter um padre que acompanha sua família. A
O maior desafio é fazer com que os casais to- dos. Todos aqueles que efetivamente entenderam presença do padre tem uma função especia-
mem consciência de que precisam assumir um o espírito do movimento e se engajaram nas equi- líssima. A nossa missão de congregar, de fazer
trabalho nas igrejas, nas paróquias, nas comuni- pes estão apaixonados. Mas isso também requer um ensinamento de Jesus Cristo do Evange-
dades. O movimento sempre incentivou essa prá- de nós um compromisso. lho de forma própria, original sem permitir
tica. O movimento cada vez mais está pedindo distorções, além de fazer com que a equipe
para que os casais trabalhem, por exemplo, na 5) Como deve ser a relação do casal equipis- mantenha seus laços de amizade com o movi-
pastoral familiar, nas suas várias etapas, pré ma- ta com os filhos, amigos e comunidade? mento, mas sobretudo com a Igreja.
Tatiane e Augusto - Eq.7 A.Boa Vanusa e Deusamar – Equipe 6A Marisa e Décio – Equipe 5A
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4 Entrevista / Artigo Julho/Agosto/Setembro 2012
Padre Miguel Batista - Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super Região Brasil
8) O que o Senhor diz sobre as reuniões cional das ENS e a importância de ter acon- mais empenhado em viver a unidade e o ca-
de Equipe? tecido no Brasil? risma do movimento. Viver a fidelidade e in-
Há muitos que questionam a forma como Hoje o Brasil tem a maior Super-região do tensificar o nosso amor e nossos serviços à
vivemos as reuniões e os PCE’s. Há muitos que mundo. O fato, do Encontro Internacional ter Igreja.
enveredaram por caminhos independentes. acontecido no Brasil, mostra que a palavra de
Todas essas equipes caíram, não porque fo- Deus, o carisma dado pelo Espírito Santo e 10) Que mensagem o senhor deixa para
ram tiradas, mas porque elas não sobrevivem. pela igreja, não tem fronteiras. Aconteceu as- os equipistas da Região Goiás Centro?
Quando o Espírito Santo inspira um jeito de sim também no tempo de Jesus, que começou Continuem mostrando ao mundo como é
viver, o carisma na Igreja é de Deus, não é nos- pela Palestina e se expandiu pelo mundo todo. maravilhoso viver o amor de Deus no casa-
so. Há pessoas que fazem propostas de mu- Assim também foi no movimento. Como o es- mento. A Família é lugar de santidade, de cu-
danças radicais no jeito de ser das Equipes. pírito é fecundo ele se expande. Sabe Deus ra, de terapia, prova do amor de Deus é a célu-
Nossa resposta é que o movimento não é nos- onde vai parar ! É maravilhoso, é coisa de la da humanidade. Digo aos casais para conti-
so, nós somos instrumentos de animação do Deus. A experiência de fazer um Encontro In- nuar testemunhando como é maravilhoso vi-
movimento. O movimento é do Espírito Santo. ternacional no Brasil deixa um legado impres- ver a dois à luz do Evangelho, da palavra de
Que ele nos inspire a, cada vez mais, dinami- sionante. Mexeu com o Brasil todo e continua Deus e que o matrimônio é lugar de santida-
zar o movimento. a mexer. Há muitos que acordaram para o va- de. Que vocês sejam um andar na contramão
lor das Equipes, tanto casais quanto padres. E, daqueles que dizem que a pior coisa que fize-
9) Qual o legado do XI Encontro Interna- sobretudo, de que a gente deve viver cada vez ram foi se casar.
Histórico: Equipe 3 - Nossa Senhora Aparecida
Nós, Bel e Valmir; Creuza e Ivandro; Lazara a começar pela riqueza da oração conjugal
e Edison, Lusia e Relton; Macionila e Simplicio; estendida às nossas famílias pautadas no
Miriam e Joel; Pe. João Luiz SCE, temos como crescimento espiritual, onde um dia nos
intercessora Nossa Senhora Aparecida, e, comprometemos buscar viver quando
sentimo-nos felizes por comemorarmos no dia entramos para as Equipes.
23 de fevereiro de 2012, 10 anos de vida de Um lindo presente de Deus! Sim; assim é
Equipe. Uma equipe que continua fiel ao que descrevemos nos primórdios de 2005,
Movimento, tendo recebido durante todo esse quando fomos arrebanhados pelo nosso até
percurso, graças abundantes e como principal então SCE, Pe. João Luiz, que antes de mais
testemunho a vivência do sacramento do nada é um “Pai – irmão - amigo”, que nos
matrimônio rumo a santidade conjugal; acolheu, mesmo em meio a tantos compro-
Julgamos esse chamado de Deus um grande missos. Nunca nos negou uma palavra de
mistério, porque reuniu pessoas (casais) de incentivo, de carinho e de ânimo.
diferentes personalidades, transformando-as Crescemos e amadurecemos com as
em um grupo coeso, forte e fraterno, imbuídos Partilha, nos limitávamos mais a dizer se dificuldades e sofrimentos do dia a dia, mas
de um mesmo espírito, colocados a serviço da tínhamos, ou não cumprido os PCE,s, por isso, também com os exemplos dos amigos, dos
harmonia conjugal, familiar e da comunidade focávamos a partilha mais nas dificuldades irmãos de caminhada.
como um todo. objetivas encontradas (tempo, preguiça, Nossa Senhora, mãe de Jesus, mãe da Igreja,
Ano após ano fomos aprendendo que era esquecimento, dúvidas etc.) do que, especifi- alimenta-nos com a fé, fortalece-nos com a
possível falarmos de nós mesmos uns aos camente, nas transformações ocorridas a esperança de sermos homens e mulheres
outros sem nenhum constrangimento, ou seja, partir do que tínhamos vivenciado, ainda que capazes de amar e termos como horizonte
partilhando, co- participando momentos precariamente, durante o mês. Foram vi- uma santidade conjugal amparada nas graças
alegres, tristes e muito mais, sem contar que venciados momentos muito fortes em equipe, e bênçãos do Pai Celestial!
fomos apresentados pelo Casal Piloto (Lú e
Nelson) um “tal” de PCE - Pontos Concretos de
Marise e Cesar – Equipe 15B Jussara e Edemilson – Equipe 5 A
Esforço, que no momento dissemos: “Prazer
em conhecê-los”: Os Pontos Concretos de
Esforço pareciam um “corpo estranho” em
nossas reuniões Formais, no momento da
Partilha.
Nossa equipe foi constituída por 08 (oito)
casais e SCE Pe. Geraldo e posteriormente Pe.
Omar que deu-nos a graça de nos acolher em
2002 a 2004, época de descobertas mil. Nos
encontros, especificamente no momento da
Maria e Nonato – Equipe 6A Macionila e Simplício – Equipe 3A Telma e Maurício – Equipe 1A
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Julho/Agosto/Setembro 2012 Artigo 5
Eucaristia - Pão da Vida
A promessa de Jesus, ao despedir-se dos equipistas precisamos nos alimentar com “partir o pão” como os discípulos de Emaus (Lc
discípulos: “Eis que Eu estarei com vocês, todos frequência da Palavra de Deus e da Eucaristia, 24), possamos irradiar alegria e esperança e
os dias, até o fim do mundo”, (Mt 28, 20) realiza- especialmente aos domingos. sermos testemunha de que Jesus, de fato, está
se de modo especial na Eucaristia. Jesus mesmo disse “sem mim nada podeis vivo entre nós. Comendo o Pão da vida e
Jesus, tendo cumprido sua missão no fazer” (Jo 15, 5). A oração, a leitura e meditação bebendo o cálice da salvação, seremos capazes
mundo, volta ao convívio da Trindade Santa. da Palavra e a santa comunhão nos unem a de reconhecer Jesus em outras formas de sua
Mas, não nos deixou órfãos. Junto com o Pai, Cristo, como os ramos à videira, (Jo 15). São presença.
envia-nos o Espírito Santo e permanece meios indispensáveis, aliás, correspondem aos Veremos Jesus em cada ser humano,
conosco pela Eucaristia, pois, “tendo amado os Pontos Concretos de Esforço que devem nos especialmente no mais pobre, humilde e
seus que estavam no mundo, amou-vos até o levar a um processo constante de conversão e sofredor (Mt 25, 31-46) pois “tudo o que fizestes
fim” (Jo 13, 1). transformação em nossa vida pessoal, ao menor de meus irmãos, a mim mesmo o
A doação total de sua vida terrena se matrimonial e eclesial. fizestes” (Mt 25, 40).
consuma no sacrifício da cruz, pois “não há Bem alimentados espiritualmente, produ- Sentiremos sua presença nos grupos
amor maior do que doar a vida pelos amigos” zimos bons frutos, boas obras, tornamo-nos pastorais, nas Equipes de Nossa Senhora, pois
(Jo 15, 13). No Evangelho de João, não temos a fortes contra as tentações, praticamos com “onde dois ou mais estiverem reunidos em
narrativa da Ceia Pascal transformada em alegria os mandamentos da Lei de Deus e da meu nome Eu estarei no meio deles”.
Eucaristia Cristã. Com o “lava-pés” Jesus ensina Igreja e vivenciamos o carisma das Equipes de Finalmente, bem alimentados pelo Pão da
que o serviço, a doação aos irmãos, está Nossa Senhora. vida, teremos força para a longa caminhada da
intrinsecamente ligada à celebração da Ceia do A Eucaristia é um grande Dom, um vida até o banquete, do qual a Eucaristia é sinal
Senhor. presente, o sacramento por excelência da e antecipação.
Na Eucaristia, Jesus torna-se o Pão da Vida, presença de Jesus Cristo na Igreja que continua
alimento sagrado para todos os cristãos. a sua missão no mundo até o final dos tempos. Pe. João de Bona
Como cristãos e mais ainda como Reconhecendo Jesus na Ceia do Senhor ao Equipe 10B – N.S.Rainha da Paz
Conheça o conselheiro: Padre Eriberto
Pe. Eriberto Xavier dos Santos, Tendo conseguido a autorização de ordenado sacerdote, pelas mãos de
filho de Vicente Xavier dos Santos e seus pais, e depois de ter participado D. Antonio Alberto Guimarães
Francisca Xavier dos Santos. Nasceu por dois anos da nucleação vocacional Rezende, em Luziânia.
na cidade de Sobral - CE, aos 11 de e de dois encontros vocacionais, em De 1994 a 1996, Pe. Eriberto
setembro de 1966. Quando tinha 11 fevereiro de 1983, Eriberto ingressava trabalhou em Belo Horizonte, como
anos, sua família mudou-se para no seminário São José, dos Padres formador da Etapa da Teologia. Em
Luziânia - GO. Seus pais tiveram Estigmatinos em Ituiutaba - MG. fins de 1996 a 1998, exerceu a
outros quatro filhos, hoje todos No ano seguinte, ele foi transferido função de vigário paroquial da
casados. Desde muito cedo, aos 13 para a cidade de Morrinhos- GO, onde Paróquia Nossa Senhora D'Abadia,
anos, Pe. Eriberto sentiu-se concluiu o ensino médio. em Uberaba - MG. De 1998 até
chamado por Deus para a vida Pe. Eriberto é SCE desde 2003, onde Continuando seu processo formativo, 2002, atuou como formador da
presbiteral. Vindo de uma família foi conselheiro de duas Equipes, uma em 1986, ele ingressou no Noviciado. Etapa formativa do segundo grau,
muito religiosa, todos os domingos em Brasília (Equipe - 31) e outra em De 1987 a 1989, fez o curso de Filosofia na cidade de Morrinhos. No ano
sempre participavam da missa às 7h Luziânia (Equipe - 02 - Nossa Senhora no Instituto de Filosofia de Goiás - seguinte, foi novamente transferido
da manhã, chovesse ou fizesse sol, de Nazaré). Mesmo residindo em IFITEG, convalidando a filosofia, na para Belo Horizonte, onde exerceu
Belo Horizonte, vinha todo o mês a
mesmo morando a 4 km do centro Luziânia (708 kms) para participar Universidade Católica de Goiás - UCG. a função de Pároco da Paróquia São
da cidade. das reuniões preparatória e formal. De 1990 a 1993, cursou a faculdade de Gaspar Bertoni por seis anos e
Em 1978, chegaram a Luziânia os Em 2011, passou a ser, em Goiânia, Teologia no Instituto Santo Tomás de também como formador da Etapa
padres Custódio do Amaral e José o SCE da Equipe 04 - Nossa Senhora Aquino - ISTA, em Belo Horizonte - da Teologia. Em maio de 2009, foi
Bonomi, verdadeiros missionários. de Fátima. MG, sendo o diploma de Bacharel em eleito para a função de Superior
Logo de imediato, eles visitaram Teologia, emitido pela Universidade Provincial da Província São José,
algumas famílias do bairro e então, o início da comunidade Santa Salesiana de Roma - Itália. dos padres Estigmatinos, para um
propuseram que ali se começasse Rita de Cássia. Foi então que o jovem Em 15/05/1993, pelas mãos de D. mandato de três anos; foi reeleito
uma comunidade. Conseguiram a Eriberto manifestou aos novos padres, José Alberto Moura, foi ordenado em maio de 2012 para mais três
doação de um pequeno terreno, e teve o interesse de ir para o seminário. diácono, e em 18/12/1993, foi anos.
Maria e José Queiroz - Equipe 5 Água Boa Ordália e Leopoldo –Equipe 2 Anápolis Vaneli e Luiz – Equipe 1 Anápolis
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6 Notícias da região Julho/Agosto/Setembro 2012
Setor A e B - Goiânia Setor A - Uruaçu
No dia 30 de junho os casais Lu e Nelson, Mirian e Joel,
visitaram a cidade de Niquelândia, com a missão de iniciar
a experiência comunitária com 14 casais, juntamente com
o Pe. Wolney que acompanhará as duas experiências. Os
casais serão coordenados pelos casais Margarette/Divino e
Lucia/Nivaldo, equipistas de Uruaçu.
Retiro em Uruaçu
Nos dias 01 e 02 de setembro, foi realizado o retiro
anual das Equipes de Nossa Senhora da cidade de
Uruaçu. Participaram trinta casais. O pregador foi o Pe.
Franciel, Reitor do Seminário Diocesano São José e
Diretor Espiritual da Equipe Imaculada Conceição. Foi
um tempo de graça (kairós) na vida dos equipistas,
oportunidade de pensar no tema que norteou as
reflexões: “o matrimônio e a família cristã edificam a
Igreja”. Ao final, diante do Santíssimo Sacramento,
pedimos que o Senhor pudesse colocar “vinho novo” nas
1 – Entre os dias 22 a 25 de junho aconteceram as reuniões interequipes e talhas de cada casal equipista e que os acompanhasse
dos 81 casais em atividades nos Setores A e B, 55 casais participaram, sendo nos bons propósitos que surgiram a partir deste
31 do setor B e 24 do setor A. encontro. Que a Virgem Maria, Rainha das famílias,
interceda pelas nossas equipes e por todo o movimento!
2 – Nos dias 16 e 17 de junho aconteceu no Instituto Santa Cruz a Sessão de
Formação Nível II, ministrado pela Região.
3 – No dia 28/06 aconteceu na Paróquia Santa Cruz o Discernimento para
escolha do Casal Responsável do Setor B para os próximos três anos e con-
tou com a participação de todos os casais Ligação e SCE Pe. João Luiz.
4 - No dia 03/07 foi celebrada a sexta Missa Mensal na Paróquia Rosa Místi-
ca com responsabilidade da equipe 07, presidida pelo SCE Pe. João Batista
e contou com a participação de aproximadamente 60 casais. No final da ce-
lebração o Sacerdote fez a benção de envio aos casais que participariam do
Encontro Internacional de Brasília.
Retiro: momento de encontro com Deus
5 – No dia 07/08 celebramos a nossa sétima missa mensal, na Paróquia Ro-
Em agosto tivemos a oportunidade de vivenciar a ex-
sa Mística com responsabilidade da equipe 09, presidida pelo SCE Pe. periência do Retiro, foi sem dúvida uma oportunidade
Omar e concelebrada pelo SCE Pe. Ewerson. Logo após a celebração acon- sem igual para aprofundarmos no conhecimento do Mo-
teceu uma confraternização para comemorar o dia dos Pais e dos Padres. vimento das Equipes de Nossa Senhora, de nos conscien-
tizarmos em relação ao sentido da união matrimonial e,
também um momento de nos lançarmos nos braços do
7 - No dia 21 de agosto aconteceu a quarta Adoração ao Santíssimo, na ca-
Pai. O Retiro foi conduzido pelo Pe. Miguel Batista, Sacer-
pela da Paróquia Rosa Mística conduzida pelo SCE Pe. Omar com a partici- dote Conselheiro Espiritual da Super-Região Brasil que
pação de 18 casais. com muita maestria nos propiciou um final de semana
de descanso e de profundas reflexões. Fizemos o exercí-
8 – No mês de setembro acontecem as reuniões horizontais entre os Casais cio do silêncio e da oração contemplativa e nesse movi-
mento nos esvaziamos de nós mesmos para nos encher
Ligação e as equipes que ligam.
de Deus.
É verdade que rimos muito com as brincadeiras feitas
pelo querido Pe. Miguel, mas por trás de cada momento
de riso vinha um alerta alguns deles em relação ao nosso
Retiro “Tempo de Graça” assumir-se cristão no mundo, pois tal empreitada não é
fácil já que mais do que pela palavra são as nossas ações
Que retiro! Graças a Deus mais um PCE vivido. Com o tema: “O Matrimônio e a
que nos apresentam como tal.
Família edificam a Igreja. Nestes dois dias de Retiro nos alimentamos do Pão da Palavra
Aprendemos também que ser equipista é ter a graça
e da Eucaristia, com sábias e ungidas reflexões, contextualizadas com dinâmicas
de viver o amor gratuito que nasce e se alimenta na fé e
promovidas pelos próprios equipistas, que nos levou a redescobrir a responsabilidade
esta por sua vez nos liberta do isolamento do eu e nos
do cônjuge na santificação um do outro, primeiro serviço prestado à Igreja e que o
conduz a comunhão.
Matrimônio, bem como a família devem estar enraizados e alicerçados no amor. Um
Ao sairmos do local em que o retiro foi realizado, sen-
PCE que nos levou a vivência de outros, como por exemplo, um rico Dever de Sentar-se
timos que havíamos passado por um momento de graça
que a três (cônjuges e Jesus Cristo) planejamos metas para crescermos no amor ágape,
no qual Deus nos restaurou e nos deu novo vigor para a
além de momentos preciosos de Adoração ao nosso Deus que faz maravilhas em nossas
caminhada no mundo que lá fora continuava o mesmo.
vidas. Ao término do Retiro através das partilhas sentimos forte o apelo do Senhor:
Fidelidade, Compromisso e Amor com o MENS e um desafio perturbador: “Ousar no
Any Rezende e Carlos Antônio de Deus
Evangelho”, sendo as últimas palavras do Pregador: “Vai, e também tu, faze o mesmo.”
Equipe 14 – Nossa Senhora do Carmo
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Julho/Agosto/Setembro 2012 Notícias da região 7
Setor Água Boa
Encontro mundial das famílias 1) Aconteceu nos dias 23 e 24 de Junho o
O VII Encontro Mundial das Famílias com o Retiro Anual cujo pregador foi o Sacerdote e
papa Bento XVI, realizado em Milão, foi sem Conselheiro Pe. Eriberto. Os casais
sombra de dúvida uma ocasião de muitas bên- participantes saíram abastecidos com todo o
çãos e graças para os presentes. carisma e amor que o movimento nos pede.
“Jesus, pede que, a família seja lugar que aco-
lhe e gera a vida em plenitude”. Ela não gera ape- 2) O Setor Água Boa foi representado por três
nas a vida física, mas abre-se à promessa e à ale- casais no Encontro Internacional. Os demais
gria. A família torna-se capaz de receber, se sou- casais ficaram em vigília e adoração ao
ber preservar a sua própria intimidade, a história Santíssimo, pelo bom êxodo do Encontro.
de cada um, as tradições familiares, a confiança
na vida e a esperança no Senhor. A família torna- Andreia e Earle. C.R. - Água Boa - MT
se capaz de gerar, quando faz circular os dons re-
cebidos, quando conserva o ritmo da existência deixar de fazer alusão a Maria, mãe de Jesus e
cotidiana entre trabalho e festa, entre afeto e ca- nossa, intercessora e consoladora das famílias. Setor Anápolis
ridade, entre compromisso e gratuidade. Esta é a Foi, portanto, para nós equipistas, uma emo-
dádiva que se recebe em família: conservar e ção incomensurável participar deste evento, e SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA
transmitir a vida, no casal e aos filhos. mais ainda de estarmos em contato com casais As ENS participaram da programação
Diante de tudo isso, vemos na família, o ni- de outros países, em especial das ENS, como o da Semana Nacional da Família, que teve
nho onde Deus quer se alojar e fazer dela um am- então Casal Responsável Internacional, Carla e como tema central ‘A família: o trabalho e
biente de amor profundo, que seja capaz de gerar Carlo Volpini. a festa’, tendo início no sábado, 11 de
confiança, aquecer o sentimento de solidarieda- agosto, com a realização da Vigília das
de, a virtude da caridade e da fraternidade entre Ordália e Leopoldo - Equipe 02 – Famílias, na Matriz de São Francisco de
nós, cristãos católicos. Não poderíamos jamais Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Assis, rito coordenado pelo diretor
espiritual da Pastoral Familiar, padre
Wolney Ferreira Aquino. A Santa Missa de
encerramento aconteceu na Catedral do
Testemunho: O retirar-se Bom Jesus, na tarde de sábado, 18,
presidida pelo bispo diocesano Dom João
“Naqueles dias, JESUS foi à mon-
Wilk. Teve a participação de pessoas da
tanha orar. Passou a noite toda em
comunidade e equipistas que conduziam
oração a Deus...” (Lc 6,12-13)
a imagem de Nossa Senhora, da Sagrada
Aguardávamos com muita ansie-
Família e um “banner” com o símbolo da
dade nosso Retiro, mas, no dia 09 de
Pastoral Familiar. No momento do
agosto minha amada mãe foi para
Ofertório, as famílias apresentaram no
junto do Pai. Então me senti perdida
altar, cartazes sobre a Semana da Família
sem vontade para nada, tal era o ta-
e as crianças de filhos de equipistas
manho de minha dor. Graças ao
distribuíram flores à comunidade.
apoio do meu esposo, família e ir-
mãos equipistas, tive forças para
CONSELHO DIOCESANO DE PASTORAL
participar. Como não priorizar os re-
Realizou-se no dia 25/08 a reunião do
tiros das ENS, nós que buscamos a
Conselho Diocesano de Pastoral de
santidade em casal?
Anápolis, com a presença de líderes das
Retiro é encontrar-se profunda-
diversas pastorais e movimentos. Esta
mente consigo e com Deus. O Reti-
reunião é uma preparação para a
rar-se do cotidiano, do barulho, dos refletir sobre a solidariedade, a com- com as próprias forças”, nos levou a
Assembleia Diocesana de Pastoral que
problemas diários, é uma necessida- paixão por nosso próximo. Fomos refletir sobre o texto das Bodas de
acontecerá nos dias 23 e 24 de novembro.
de para nós. Este retiro foi um dos questionados várias vezes: Quem é o Caná (Jo.2,1-12), que simbolizam o
Após abertura pelo bispo Dom João,
melhores, nos sentimos privilegia- nosso próximo? E nosso compromis- mistério da encarnação de Deus no
Padre Eli proferiu uma palestra com o
dos por esta oportunidade de viver so em ser Bom Samaritano, aquele meio de nós, seu povo, em Jesus.
tema “Fé”, destacando que no dia 11 de
este PCE tão importante. Na acolhi- que não teve medo, usou de sua Com as velas acesas, contem-
outubro deste ano será a abertura do
da me senti como aquele jovem da compaixão e misericórdia. Pe. Eri- plando os PCE através dos mistérios
“Ano da Fé”, proclamado pelo papa Bento
parábola do Bom Samaritano, estava berto nos alertou que o cristão deve do santo terço, sentimos o amor de
XVI. Em seguida, padre Osvaldo, SCE da
caída e cheia de feridas e nossos ir- ir além em sua missão evangeliza- Maria passando a frente e o Espírito
equipe 02, repassou as propostas do
mãos equipistas foram verdadeiros dora. Nos momentos de deserto, nos Santo iluminando nosso caminho.
Conselho para a vivência deste evento em
Samaritanos, nos acolheram com to- lembramos de quanto Jesus gostava O encerramento foi emocionan-
nível paroquial e de movimento. O Setor
do amor e alegria. de retirar-se para momentos de si- te com a celebração Eucarística e a
Anápolis foi representado pelo casal
O pregador foi Padre Eriberto, lêncio, oração e intimidade com dramatização sobre o significado do
Eliane e Wilson da equipe 06.
SCE em Goiânia. Ele foi muito feliz Deus Pai. retiro para cada um. Foi muito emo-
em suas pregações e na condução do Um momento especial como ca- cionante. Também homenageamos
Retiro, nos guiava através de cada sal foi o Dever de Sentar-se, onde o casal Maria Elena e Júlio César,
palavra, em cada momento de ora- analisamos como está nossa cami- CRS, pelo serviço prestado com tan- Cleusa e Gaspar – Equipe 1-A.Boa
ção, nos cantos e nos momentos de nhada como casal, família, equipista to carinho e dedicação ao setor.
descontração e alegria, como um e também sobre as três palavrinhas Queremos agradecer a Deus e a
Bom Pastor, mostrando nosso com- que nos levam ao encontro com nossa Senhora por estes momentos
promisso com a palavra de Deus e Deus, ao mistério do amor: o diálo- tão maravilhosos; saímos reabaste-
com o Movimento das ENS. go, a abnegação e a ternura. cidos, fortificados e renovados em
As Celebrações Eucarísticas fo- A proposta que “Deus não nos nossa vida conjugal e espiritual.
ram momentos de força, acolhimen- manda coisas impossíveis, mas
to, superação e certeza da presença quando manda, aconselha que se fa- Suzete do André
de Jesus entre nós. O tema “Vai, e ça o que se pode, e se peça a Ele aju- Equipe 03-Anápolis -
também Tu, faze o mesmo”, nos fez da para fazer o que não se consegue Nossa Senhora de Fátima
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8 Testemunho Julho/Agosto/Setembro 2012
Encontro Internacional das Equipes
de Jovens de Nossa Senhora (EJNS)
P
articipar do EI é uma expe- que foi linda ! Sentimos a presença
riência sem igual. O encon- de Deus, a partir das músicas to-
tro foi composto por 170 jo- cantes e do Corpo de Cristo pre-
vens de 10 países diferentes. O te- sente. Mas o mais marcante foi o
ma foi “Bodas de Caná”, quando Ato de Perdão, uma reconciliação
Maria disse: "faça como Ele vos com Deus e consigo mesmo.
disser", significando a obediência Por inúmeras razões, o EI é um
a Jesus. momento único e maravilhoso. A
Todas as conferências foram chance de conhecer pessoas incrí-
tocantes, mas o mais emocionante veis, de vários lugares, cujos teste-
foi falar com o responsável das munhos servem de exemplo, mes-
EJNS da Síria. Ele explicou sobre mo em poucos dias, possibilitam-
os problemas enfrentados em seu nos crescer como pessoa e como
país, principalmente pelos cris- cristãos. É possível perceber a gran-
tãos, razões que os impossibilita- deza do movimento EJNS, e como
ram de ir ao EI. Ver como pode ser ele é vivido igualmente ao redor do
difícil o simples fato de professar a globo, animando-nos a seguir
fé católica, mas vê-los persistir, é adiante com afinco. Mas, acima de
inspirador. As orações eram dirigi- tudo, é estar mais perto do Amor e
das aos nossos irmãos sírios, bem da Graça que provém do Senhor, e a
como nossos corações. isto nada se compara.
Após as conferências, inicia- As despedidas foram tristes,
vam as equipes mistas. Um mo- lando línguas diferentes, parti- glês, francês e árabe, e a adorar no mas partimos todos novos, agra-
mento dividido com jovens de ou- lham da mesma fé e buscam um modo americano. Partilhando um decidos por essas duas semanas
tras partes do mundo, que apesar mesmo modo de vida. pouco da própria cultura e absor- tão perfeitas e já com expectativas
das diferenças culturais. Pensam e Quando todos se davam as vendo a dos outros, todos com um de reviver tudo daqui dois anos
sentem de modo parecido, tendo mãos e rezavam o Pai Nosso, era objetivo e um ideal em comum.Fi- em Portugal.
até mesmo dificuldades iguais na de arrepiar. Podia-se sentir toda a zemos uma Via Crucis relembran-
caminhada. Isso é uma das coisas força e perceber um mundo intei- do a Paixão de Cristo e um terço, Carolina Moraes
especiais sobre o EI: a oportunida- ro cristão e unido. Aprendemos a as partes rezadas cada uma por Equipista Jovem de
de de conhecer pessoas que, mo- dar a Paz de Cristo como os liba- um jovem, em sua própria língua. Nossa Senhora
rando em outro continente e fa- neses, músicas de louvor em in- Também fizemos uma adoração, EJNS Graças – Setor Goiânia
Erratas
01 – Na edição nº 8/2012, página 05, histórico Equipe 02-Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,
queremos pedir desculpas por deixar de mencionar o casal Sonia e Osvando que tiveram a
responsabilidade e o carinho de nos repilotar. Foi um trabalho de muito desprendimento e
doação que com certeza deixou frutos em nossa equipe.
02 – Onde se lê: “Hoje nossas missas de eleição são realizadas na Catedral e nossas reuniões na
JORNAL ENSANTIDADE casa Paroquial”, queríamos dizer que se tratava apenas da reunião de eleição.
ano 3, nº 09 –Jul/Ago/Set 2012
Direção: Sandra e Ilson – Equipe 12 A
Lu e Nelson CRR
luenelson@gmail.com
Coordenação:
Janaína e Rigonatto - Eq. 12A
rigonatto@faeg.org.br
Betinha e Neimar - Eq. 2B
betinhaneimar@yahoo.com.br
Eliane e Wilson - Eq. 6 - Anápolis
elianebizinotto@hotmail.com
Andréia e Earle- Eq. 3 - Água Boa
earlefrancisco@uol.com.br Mary e Onir – Equipe 2 B
Maria das Dores e Antonio Ricardo –
Eq.2 – Uruaçu
antonio.eckert@hotmail.com
Telma e Maurício – Eq. 1A (revisão final)
tmzmendes@gmail.com
Tiragem 500 exemplares
Editoração:
Wendel dos Reis