SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Elizabeth I
1533-1603
Coroação
Histórico: Tudor / York / Lancaster / Plantagenetas
Owen Tudor casou-se com Catherine de Valois, viúva do rei Henrique
V, aliando-se a casa de Lancaster durante a Guerra das Rosas. Antes
de ser morto pelos aliados, seu filho mais velho, Edmundo Tudor,
conde de Richmond casou com Margarida Beaufort, tri neta de
Eduardo III e da linhagem de Guilherme I, o Conquistador.
Margarida era neta de João de Gaunt, Duque de Lancaster, fundador
da casa de Lancaster que pelo relacionamento extra conjugal com
Catarina Swynford, teve os filhos chamados Beaufort, legitimados
apenas na viuvez, considerados sem direito sucessório ao trono. Do
casamento da neta Margarida Beaufort, nasceu Henrique VII que
lutou contra a casa de York. depôs e executou o Duque de
Gloucester que havia assumido o trono como Ricardo III usurpando o
trono do irmão (Henrique IV) ao mandar matar os sobrinhos órfãos.
Henrique VII caso-se com Isabel de York, filha do rei usurpado
Ricardo II e extinguindo as disputas entre as casas Tudor e
Lancaster com York durante a Guerra das Rosas.
Ricardo III Henrique VII
Henrique VII negociou o casamento de Catarina de Aragão
(Espanha) com o seu herdeiro Artur, Príncipe de Gales. Com a
morte deste, Catarina casou-se com seu irmão Henrique, então
Duque de York e futuro Henrique VIII. O casamento fazia parte de
um acordo político entre Espanha e Inglaterra para manter a França
isolada.
Entretanto, Henrique VIII solicitou anulação de seu casamento ao
Papa Clemente VII, alegando parentesco com a esposa, não sendo
atendido, rompeu com a Santa Sé e criou a Igreja da Inglaterra ou
Anglicana. Mais tarde, conseguiu que o parlamento criasse leis que
abolissem todos os pagamentos de rendas ao Papa e tornou a
Igreja Anglicana um órgão nacional, submetido ao rei.
Do primeiro casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão,
nasceu Mary Tudor.Henrique pediu o divórcio da rainha Catarina
para casar-se com Ana Bolena e propõem à rainha,
amigavelmente, retirar-se para um convento ou para um castelo a
sua escolha e uma vultuosa pensão.
Catarina de Aragão
Catarina de Aragão Henrique VIII
Com o divórcio a Princesa Mary manteria a legitimidade ao trono,
antes de qualquer filha mulher vinda posteriormente, exceto se viesse
um irmão por outro casamento de Henrique VIII.
Quando a proposta foi apresentada para Catarina negou-se a aceitar.
Assim, Henrique baseado no texto bíblico do Levítico 18:16 - “A
nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu
irmão.” Interpretava que o atual casamento com Catarina seria
incestuoso estando condenados a ficarem sem filhos.
Catarina alegou que o casamento era do agrado de Deus já que Mary,
sua filha com Henrique VIII, estava viva e com saúde. Henrique
rebateu que o termo filhos referia-se apenas a filhos homens.
Catarina teve o apoio do sobrinho Carlos V, Imperador do Sacro
Império Romano-Germânico (Primeiro Reich), constituído pela
região da atual Itália, Áustria, Alemanha e Países baixos, também
conhecido como Carlos I da Espanha, herdeiro dos reis católicos e
por via materna do reino de Nápoles, reino da Sicília, Provença,
Índias, Aragão e Canárias.
Mary Tudor
Mary Tudor
Carlos I da Espanha
e V da Alemanha
Carlos V exercia um grande poder sobre o papa Clemente VII pois as tropas
imperiais tomaram e saquearam os Estados Pontifícios (Roma) em 1528.
Diante das circunstâncias, Clemente recusou-se a conceder anulação do
casamento de Henrique VIII, alegando que no casamento anterior de
Catarina não houve consumação, diferentemente do atual, devidamente
legal e consumado.
Henrique VIII mandou-lhe outra carta dizendo que a rainha e seu irmão
haviam estado juntos em um mesmo leito, portanto o matrimônio foi
"carnalmente verdadeiro". De nada adiantou, já que o papa não mandou
sua resposta.
Mary Tudor foi afastada de sua mãe Catarina de Aragão e da corte em 1531
e levada para o castelo de Beaulieu.
Do casamento, com Ana Bolena, nasceu Elizabeth (ou Isabel).
Ana Bolena foi educada nos Paises Baixos e foi Aia da Rainha da França,
adquirido um excelente francês tornado-se mais francesa do que inglesa.
Não era precisamente bela, mas tinha charmosos olhos e cabelos negros e
um belo pescoço longo que encantaram Henrique VIII e substituiu sua irmã,
Maria Bolena, como amante do Rei.
Castelo de BeaulieuCastelo de Beaulieu
Catarina de AragãoClemente VII
Elizabeth foi criada como católica, após a execução de sua mãe, aos três
anos de idade.
Passou a infância longe da corte, estudou línguas, dança e música.
Foi no terceiro casamento de Henrique VIII, com Jane Saymour que nasceu
Eduardo, futuro Eduardo VI. Jane faleceu após o parto.
Elizabeth cai nas graças da sexta esposa de Henrique VIII, Catherine
Parr com quem conviveu após a adolescência.
Catherine Parr pretendia casar-se com Thomas Seymour, irmão da
Rainha Jane Saymour, mas Elizabeth era um impedimento para fazer
a corte então enviou Elizabeth aos cuidados de de Mary Tudor,
primeira filha de Henrique VIII.
Catherine Parr casou-se com Thomas Seymour e um tribunal
colocou o irmão da Rainha Jane, Eduardo Seymour, como tutor do
futuro Eduardo VI, conferindo-lhe o título de Senhor Protetor da
Inglaterra.
Castelo de HatfieldCastelo de Hatfield
2 - Ana Bolena 3- Jane Saymour 6- Catarine Parr
Quando Elizabeth voltou ao convívio com Catherine Parr, já casada
e gestante, foi flagrada aos beijos com seu padrasto (Thomas
Seymour). Nesta época Jane Gray convivia com Elizabeth e Eduardo na
casa de Catherine Parr. Catherine deu a luz a uma menina e pouco
tempo depois veio a falecer. Jane auxiliou nos funerais e Thomas
Seymour prometeu patrocinar seu casamento com Eduardo.
Durante o reinado de Eduardo VI, Thomas Seymour pediu a mão de
Elizabeth em casamento e os dois foram suspeitos de conspiração,
Elizabeth foi questionada e nada foi provado, mas Thomas Seymour foi
preso e executado por seqüestro do menino rei (Eduardo VI). Ao ser
informada da sorte de Thomas Seymour Elizabeth comentou: “Hoje morreu
um homem de muita graça e muito pouco juízo”.
O rei Eduardo VI morreu ainda jovem, provavelmente de tuberculose ou
sífilis congênita, e sem herdeiros. Jane Gray, sobrinha de Eduardo VIII, foi
proclamada rainha, pelo pai e o sogro, que reuniram um exercito para
evitar a proclamação da princesa Mary, que era católica e filha do primeiro
casamento de Henrique VIII.
Eduardo VI
Jane Gray
Jane Gray
Porém, a maioria da população apoiou a herdeira legítima e nove
dias após a proclamação da rainha Jane Gray, essa era encarcerada
na Torre Verde, com seu marido. No entanto, o casamento da rainha
Mary Tudor (Católica) com Felipe II (da Espanha) facilitava uma
reaproximação com o Papado e a população reagiu a tentativa de
restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Começaram o surgir
insurreições. A Rebelião Protestante liderada por Thomas Wyatt em
1554 selou o destino de Jane Grey, a pesar de não estar vinculada
com a rebelião, foi executada aos 16 anos e Elizabeth encarcerada
na Torre de Londres. Durante a chegada na torre, num dia chuvoso
e frio, Elizabeth recusou-se a passar pelo portal da torre, chamado
“Portal do Traidor”. Somente após algum tempo de persuasão, e
estando totalmente molhada, cedeu e entrou na torre. Após dois
meses na torre, foi posta em prisão domiciliar. No fim desse mesmo
ano, quando Maria pensava estar grávida, Elizabeth retornar à corte
com o consentimento de Filipe II, já que para ele ocorrendo a morte
da sua esposa durante o parto, seria sucedida por Mary Stuart
(futura rainha da Escócia). Logo verificou-se que a rainha não
estava grávida, provavelmente estava com um cisto no ovário o que
a deixou com a saúde debilitada vindo a falecer em 1558.
Rainha Mary
Rainha Mary I
Execução de Jane GrayMary I
Em 17 de dezembro de 1558, Elizabeth tornou-se rainha da Inglaterra e a
mulher mais cobiçada da realeza, bela e culta.
Não havia um arcebispo de Canterbury (Cantuária) na época para presidir
à cerimônia. O último católico a ocupar o posto foi Reginald Cardinal Pole
que morreu logo depois da rainha Maria. Como os principais bispos
declinaram em participar na coroação porque Elizabeth era filha ilegítima
tanto sob a lei canônica quanto pela estatutária, além de ser protestante,
foi Owen Oglethorpe, um bispo de menor importância, de Carlisle, quem a
coroou. Já a comunhão não foi celebrada por Oglethorpe, mas pelo
capelão pessoal da rainha, para evitar o uso dos ritos católicos.
A coroação de Elizabeth I foi a última em que o latim foi usado durante a
celebração, passando as celebrações posteriores a ser em inglês.
O controle papal sobre a igreja da Inglaterra tinha sido restabelecido sob
Maria I, mas foi anulado por Elizabeth. A própria rainha assumiu o título
de "Suprema Governante da Igreja Anglicana", em vez de "Cabeça
Suprema", já que diversos bispos e outras figuras públicas consideravam
que o título era impróprio para uma mulher. O Ato de Supremacia 1559
obrigava os oficiais públicos a fazer um juramento que reconhecia o
controle da Soberana sobre a igreja, cuja quebra recebia punições
severas.
Coroação de Elizabeth
Coroação Elizabeth
Não cedeu as pressões para perseguir católicos, aprisionando Peter
Wentworth, líder de protestantes radicais, que desejavam varrer todo
vestígio do catolicismo, em 1586 conseguindo impedir a deflagração
de uma guerra religiosa ou civil no solo inglês. Muitos bispos
estavam insatisfeitos com a política religiosa elizabetana. Estes foram
removidos da cadeira eclesiástica e substituídos por nomeados que
mostravam maior subserviência em relação à supremacia da rainha.
Montou um conselho privado inteiramente renovado, removendo
muitos conselheiros católicos no processo. Sob o comando de
Elizabeth, os conflitos entre as facções do conselho diminuiu
sensivelmente.
Durante os 25 anos de reinado ganhou muitos presentes e faz muitas
alianças com a possibilidade de matrimônio. Teoriza-se que não tenha
casado por causa do tratamento que o pai dava as esposas ou, na
visão romântica, que se não podia casar com o homem que amava,
não casaria com ninguém. Estava impossibilitada de casar com seu
grande amor Robert Dudley que havia casado antes de tornar-se
rainha e viuvou em condições misteriosas passiveis de se tornar um
escândalo.
Elizabeth
Elizabeth I
A rainha encontrou uma rival perigosa em sua prima, a católica Mary
Stuart, rainha da Escócia e esposa do rei francês Francisco II. Em 1559,
Mary Stuart declarara-se rainha da Inglaterra, apoiada pela França.
Na Escócia, a mãe de Mary Stuart, Marie de Guise, tentou aumentar a
influência dos franceses na Grã Bretanha permitindo a construção de
fortificações do exército francês em território escocês.
Um grupo de senhores escoceses aliados de Elizabeth conseguiu depor
Marie de Guise. Sob pressão inglesa, os representantes de Mary
assinaram o tratado de Edimburgo, que ordenava que as tropas francesas
se retirassem da Escócia.
Embora Mary recusasse veementemente ratificar o tratado, este teve o
efeito desejado, e a ameaça representada pela França foi removida da Grã-
Bretanha.
Quando seu marido morreu, Mary Stuart retornou à Escócia.
Maria Stuart (Escócia)
Maria Stuart
Na época de Elisabeth a Inglaterra entra em uma fase de grande
desenvolvimento marítimo, um século depois de Portugal e Espanha, que
eram um único reino sob regência de Felipe II, filho de Carlos V,
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Entre os melhores homens da Rainha estavam os comandantes John
Hawkins e Francis Drake.
Sir Francis Drake faz a circunavegação da terra (1577-1580) procurando a
terra austral (Austrália) e neste período fundou-se a companhia das Índias
Orientais. John Wawkins ao tentar encontrar uma passagem para as
Índias, ao norte do Canadá, para capturar escravos na África descobriu
terras permitindo a colonização da América.
John Hawkins aportou em San Juan de Ulúa, em 1568, com vários navios
para reparos, os quais usara para trazer escravos e trocar por açúcar no
Caribe, e lá estava também Francis Drake. Encontrando a frota espanhola
do Caribe, pediu permissão escrita para aportar e depois de estar no meio
dos navios, sofreu um ataque de surpresa.
Felipe II
Felipe II
No final de 1562, Elizabeth contraiu varíola, alarmado pela doença da
rainha, o Parlamento exigiu que ela se casasse ou nomeasse um
herdeiro para impedir a guerra civil caso viesse a morrer. Recusou-se a
fazer ambas as coisas, e prorrogou o mandato do Parlamento.
O Parlamento não interviu até Elizabeth precisar do seu consentimento
para aumentar impostos em 1566. A Câmara dos Comuns ameaçou
reter fundos até que a rainha concordasse em indicar um sucessor,
mas ela recusou-se novamente.
Haviam diferentes linhas de sucessão a considerar.
Uma linha possível era a de Margaret Tudor, irmã mais velha de
Henrique VIII, mãe de Mary Stuart (Maria I da Escócia). Outra
alternativa provável descendia de uma irmã mais nova de Henrique VIII,
Mary Tudor, mãe de Catherine Grey, irmã de Jane Grey. A possibilidade
remota seria a ascensão de Henry Hastings, que poderia reivindicar sua
descendência de Eduardo III (século XV).
Cada herdeiro possível tinha alguma desvantagem: Maria I era católica,
Catherine Grey casou sem o consentimento da rainha e Henry Hastings
era puritano.
Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
Quadro Comemorativo
Mary Stuart sofria com seus próprios problemas na Escócia. Elizabeth
tinha sugerido que se casasse com o protestante Robert Dudley,
primeiro conde de Leicester, como tentativa de influenciar a linha de
sucessão da Escócia. Mary Stuart recusou e, em 1565, casou com o
católico Henry Stuart.
Henry Stuart ou Lorde Darnley foi assassinado em 1567, depois do
casal ter passado por várias brigas e disputas entre si. Mary, em
seguida, casou-se com seu suposto assassino, James Hepburn, conde
de Bothwell. Os nobres escoceses se rebelaram, aprisionando Mary e
forçando-a a abdicar em favor de seu filho, que assumiu com o nome
de James VI.
Em 1568 morreu Catherine Grey, a última herdeira viável, mas seu filho
foi considerado ilegítimo. Sua herdeira era sua irmã, Mary Grey.
Elizabeth foi forçada novamente a considerar um sucessor escocês, da
linha da irmã do seu pai, Margaret Tudor.
Entretanto, Mary Stuart, impopular na Escócia continuava aprisionada.
Mais tarde, escapou de sua prisão e fugiu para Inglaterra, onde foi
capturada por forças inglesas.
Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
Francis Drake John Hawkins
Elizabeth se viu perante um dilema: enviá-la aos nobres escoceses
seria considerado cruel demais; enviá-la França torná-la-ia um trunfo
poderoso nas mãos do rei francês; restaurar-lhe o trono da Escócia
poderia ser visto como um gesto heróico, mas causaria grande tensão
entre os escoceses; aprisioná-la na Inglaterra permitiria a participação
direta de Maria em conjuras contra a rainha. Elizabeth escolheu esta
última opção: Mary foi confinada por dezoito anos, a maior parte deles
no castelo e mansão de Sheffield.
Em 1569, Elizabeth enfrentou um grande levante conhecido como a
rebelião do Norte. O papa Pio V apoiou a rebelião católica
excomungando Elizabeth e declarando-a deposta em uma bula papal
“Regnans in Excelsis”, emitida quando a rebelião já tinha sido
derrotada (1570).
A Conspiração Católica de Ridolfi (1571) com envolvimento de Felipe II
fracassou e o quarto duque de Norfolk foi executado e Mary Stuart
perdeu a pouca liberdade que lhe restava.
Entretanto, depois deste ato pontifício, a política de Elizabeth de
tolerância religiosa se tornou impraticável. Passou a perseguir seus
inimigos religiosos, o que levou ao surgimento de novas conspirações
católicas para removê-la do trono.
Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
A Espanha, que vinha estabelecendo relações cordiais com Inglaterra
desde a união de Filipe à Maria I, mas seu cunhado passou a mostrar-
se hostil.
Elizabeth combatia Felipe II principalmente no mar onde Sir Francis
Drake era encarregado da pirataria contra os galeões espanhóis que
vinham da América com sua carga de ouro e prata.
Felipe II vinga-se, porém, ajudando os irlandeses contra a Inglaterra.
Melhora a técnica da marinha espanhola que se defende de uma
incursão no Caribe em que morrem Drake e Hawkins.
A atenção da Espanha já estava voltada para a Holanda onde tentava
debelar uma rebelião e não tinha recursos disponíveis para declarar
uma guerra contra a Inglaterra que insuflava a rebelião.
Com os revezes e mais o custo da guerra na Holanda, a economia
inglesa desmorona e surgem os puritanos, que queriam redimir o reino
através de uma vida irrepreensível.
Torre de Londres
Execução de Jane Gray
Na França, a perseguição católica aos huguenotes deflagrou as
Guerras Religiosas Francesas. Elizabeth, secretamente auxiliou os
huguenotes. Fez a paz com a França em 1564, desistindo de reinvidicar
Entretanto, não abriu mão da sua reivindicação à Coroa Francesa, que
tinha sido mantida desde a Guerra dos Cem Anos (século XIV,
pretensão renunciada no reinado George III no século XVIII.
O Massacre da noite de São Bartolomeu, em que milhares de
protestantes franceses foram mortos, fragilizou a aliança mas não
impediu as negociações sobre uma união com Henrique, duque de
Anjou (e depois rei Henrique III de França e Polônia). Negociou outro
casamento com o irmão mais novo de Henrique, François, duque de
Anjou e de Alençon.
A conspiração de Throckmorton, de 1583, contra Elizabeth, com apoio
da Espanha foi descoberto e Mary foi sentenciada à morte em fevereiro
de 1587.
A decapitação da rainha católica foi o pretexto que faltava para que
Filipe II.
Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
Felipe II, manda construir uma armada de 130 barcos e com 31.000
homens tenta invadir a Inglaterra remanejando a frota sediada na
Holanda para auxiliar a incursão. Francis Drake ataca a esquadra
espanhola em Cádiz (Espanha), sem muito êxito, mas atrasou a partida,
neste meio tempo morre o comandante espanhol Marquês de Santa
Cruz, homem experiente e capaz de levar a empresa ao êxito. O novo
comandante (Duque de Medina-Sidônia) tinha enjôos e entendia mais
de jardinagem do que de navios, como ele afirmava.
Elizabeth tentou incentivar suas tropas com um discurso notável que
ficou famosa a frase: "sei que tenho o corpo de uma mulher fraca e
frágil; mas tenho também o coração e o estômago de um rei - e de um
rei de Inglaterra!".
Hawkins, então tesoureiro-mor da marinha, que construiu a frota que
derrotou a "Invencível Armada“, como era conhecida a maior na
época.A armada derrotada tentou escapar contornando a Escócia. De
seus barcos, 10 foram capturados ou afundados pelos ingleses, 24
foram afundados pelo mau tempo, e 20 desapareceram. Retornaram 76
à Espanha em agosto de 1588.
Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
Elizabeth desenvolve o comércio e a indústria, incentiva o
renascimento das artes e a liberação dos costumes. A Bolsa de
Valores de Londres, aberta em 1566, torna-se um dos principais
centros financeiros da Europa. A Companhia das Índias, criada em
1600, expande o comércio externo. Durante o seu reinado, a literatura
teve um grande florescimento.
Elizabeth era uma monarca temperamental e, às vezes, indecisa
tratada com impaciência por seus conselheiros, freqüentemente a
manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai, Henrique
VIII, Elizabeth gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia. São
chamados do período Elisabetano as obras de Willian Shakespeare,
Edmundo Spencer e Christopher Marlowe.
Seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e
títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão no
reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados
durante o reino de Elizabeth que reduziu substancialmente o número
de conselheiros privados, de trinta e nove para dezenove. Mais tarde,
passaram a ser apenas catorze conselheiros.
Escudo de Armas de Elizabeth
Elizabeth I adoeceu em fevereiro de 1603, sofrendo de fraquezas e
insônia. Morreu em 24 de março no palácio de Richmond. Com
sessenta e nove anos de idade, foi a mais longeva monarca a
governar a Inglaterra até sua época. Sua marca só foi superada
quando George II morreu com setenta e sete anos em 1760.
O corpo de Elizabeth foi sepultado na abadia de Westminster, ao lado
de sua irmã Maria I.
Elizabeth jamais se casou e é conhecida como a “Rainha Virgem” e
em sua homenagem existe um estado Americano chamado Virgínia,
primeiro assentamento inglês permanente no Novo Mundo.
O epitáfio de seu túmulo é a inscrição latina "Parceiras no trono e na
sepultura, descansamos aqui duas irmãs, Elizabeth e Mary, na
esperança de uma ressurreição".
Coroação em 17 de dezembro de 1558
Coroação em 17 de dezembro de 1558
Fim
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elisabete_I#Legado
Coroação em 17 de dezembro de 1558

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

As revoluções inglesas do século XVII
As revoluções inglesas do século XVIIAs revoluções inglesas do século XVII
As revoluções inglesas do século XVIIBriefCase
 
Ira na Irlanda do Norte
Ira na Irlanda do NorteIra na Irlanda do Norte
Ira na Irlanda do NorteMarcos Mamute
 
IRA (Exército Republicano Irlandês)
IRA (Exército Republicano Irlandês)IRA (Exército Republicano Irlandês)
IRA (Exército Republicano Irlandês)Junior Silva
 
Sir francis drake
Sir francis drakeSir francis drake
Sir francis drakeberenvaz
 
Chapéus de isabel ii 10setembro 2015
Chapéus de isabel ii   10setembro 2015Chapéus de isabel ii   10setembro 2015
Chapéus de isabel ii 10setembro 2015Agostinho.Gouveia
 
BE Transversalidade cultural Inglês
BE Transversalidade cultural   InglêsBE Transversalidade cultural   Inglês
BE Transversalidade cultural InglêsPaula Ferreiro
 
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015
Chapéus de isabel ii   12setembro 2015Chapéus de isabel ii   12setembro 2015
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015Agostinho.Gouveia
 
Inglaterra nos séculos XVII e XVIII
Inglaterra nos séculos XVII e XVIIIInglaterra nos séculos XVII e XVIII
Inglaterra nos séculos XVII e XVIIIElton Zanoni
 
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015
Chapéus de isabel ii   12setembro 2015Chapéus de isabel ii   12setembro 2015
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015Agostinho.Gouveia
 
Oliver Cromwell - Prof. Altair Aguilar
Oliver Cromwell - Prof. Altair AguilarOliver Cromwell - Prof. Altair Aguilar
Oliver Cromwell - Prof. Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
Reino unido e irlanda 2014
Reino unido e  irlanda 2014Reino unido e  irlanda 2014
Reino unido e irlanda 2014Mauro Friedrich
 
Wales Presentation
Wales PresentationWales Presentation
Wales Presentationsimone40
 

Mais procurados (20)

Trabalho De Historia
Trabalho De HistoriaTrabalho De Historia
Trabalho De Historia
 
Os vikings
Os vikingsOs vikings
Os vikings
 
As revoluções inglesas do século XVII
As revoluções inglesas do século XVIIAs revoluções inglesas do século XVII
As revoluções inglesas do século XVII
 
Ira na Irlanda do Norte
Ira na Irlanda do NorteIra na Irlanda do Norte
Ira na Irlanda do Norte
 
IRA (Exército Republicano Irlandês)
IRA (Exército Republicano Irlandês)IRA (Exército Republicano Irlandês)
IRA (Exército Republicano Irlandês)
 
Sir francis drake
Sir francis drakeSir francis drake
Sir francis drake
 
Ivanhoe
IvanhoeIvanhoe
Ivanhoe
 
Chapéus de isabel ii 10setembro 2015
Chapéus de isabel ii   10setembro 2015Chapéus de isabel ii   10setembro 2015
Chapéus de isabel ii 10setembro 2015
 
BE Transversalidade cultural Inglês
BE Transversalidade cultural   InglêsBE Transversalidade cultural   Inglês
BE Transversalidade cultural Inglês
 
Os Vikings
Os VikingsOs Vikings
Os Vikings
 
Revolucoes inglesas
Revolucoes inglesasRevolucoes inglesas
Revolucoes inglesas
 
Guerra dos cem anos
Guerra dos cem anosGuerra dos cem anos
Guerra dos cem anos
 
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015
Chapéus de isabel ii   12setembro 2015Chapéus de isabel ii   12setembro 2015
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015
 
Inglaterra nos séculos XVII e XVIII
Inglaterra nos séculos XVII e XVIIIInglaterra nos séculos XVII e XVIII
Inglaterra nos séculos XVII e XVIII
 
TERRA DOS VIKINGS
TERRA DOS VIKINGSTERRA DOS VIKINGS
TERRA DOS VIKINGS
 
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015
Chapéus de isabel ii   12setembro 2015Chapéus de isabel ii   12setembro 2015
Chapéus de isabel ii 12setembro 2015
 
IRA e ETA
IRA e ETAIRA e ETA
IRA e ETA
 
Oliver Cromwell - Prof. Altair Aguilar
Oliver Cromwell - Prof. Altair AguilarOliver Cromwell - Prof. Altair Aguilar
Oliver Cromwell - Prof. Altair Aguilar
 
Reino unido e irlanda 2014
Reino unido e  irlanda 2014Reino unido e  irlanda 2014
Reino unido e irlanda 2014
 
Wales Presentation
Wales PresentationWales Presentation
Wales Presentation
 

Destaque (6)

Elizabeth i
Elizabeth iElizabeth i
Elizabeth i
 
Absolutismo inglês
Absolutismo inglêsAbsolutismo inglês
Absolutismo inglês
 
Elizabeth 1
Elizabeth  1Elizabeth  1
Elizabeth 1
 
As revoluções
As revoluçõesAs revoluções
As revoluções
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 

Semelhante a Elizabeth I, a Rainha Virgem

O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterrahistoriando
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterrahistoriando
 
Revisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSA
Revisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSARevisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSA
Revisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSAJanaína Bindá
 
Revolução inglesa.pptx
Revolução inglesa.pptxRevolução inglesa.pptx
Revolução inglesa.pptxJosinoNunes
 
161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo
161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo
161 abcd reforma e contrareforma anglicanismocristianoperinpissolato
 
Casamento real 2011
Casamento real 2011Casamento real 2011
Casamento real 2011Pepê Branco
 
Revoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIRevoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIValéria Shoujofan
 
20ºabsolutismo na inglaterra
20ºabsolutismo na inglaterra20ºabsolutismo na inglaterra
20ºabsolutismo na inglaterraAjudar Pessoas
 
Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...
Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...
Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...Marcos Mamute
 
Amor e morte na coroa portuguesa
Amor e morte na coroa portuguesaAmor e morte na coroa portuguesa
Amor e morte na coroa portuguesaEmerson Ricardo
 
Literatura Gótica - Parte III
Literatura Gótica - Parte IIILiteratura Gótica - Parte III
Literatura Gótica - Parte IIIWinnie Teófilo
 
Formação Erasmus+ em York - História e cultura da cidade
Formação Erasmus+ em York -  História e cultura da cidadeFormação Erasmus+ em York -  História e cultura da cidade
Formação Erasmus+ em York - História e cultura da cidadeErasmusBlog
 

Semelhante a Elizabeth I, a Rainha Virgem (20)

Trabalho de alunos clébio
Trabalho de alunos   clébioTrabalho de alunos   clébio
Trabalho de alunos clébio
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
Revisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSA
Revisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSARevisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSA
Revisão 7º ano ASSUNTO: REFORMA E CONTRARREFORMA RELIGIOSA
 
Revolução inglesa.pptx
Revolução inglesa.pptxRevolução inglesa.pptx
Revolução inglesa.pptx
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
O absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterraO absolutismo na inglaterra
O absolutismo na inglaterra
 
161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo
161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo
161 abcd reforma e contrareforma anglicanismo
 
Casamento real 2011
Casamento real 2011Casamento real 2011
Casamento real 2011
 
Revoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVIIRevoluções Inglesas - século XVII
Revoluções Inglesas - século XVII
 
20ºabsolutismo na inglaterra
20ºabsolutismo na inglaterra20ºabsolutismo na inglaterra
20ºabsolutismo na inglaterra
 
Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...
Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...
Idade Média parte 2 (Formação do Estado Nacional Português, Espanhol, Inglês ...
 
Amor e morte na coroa portuguesa
Amor e morte na coroa portuguesaAmor e morte na coroa portuguesa
Amor e morte na coroa portuguesa
 
Literatura Gótica - Parte III
Literatura Gótica - Parte IIILiteratura Gótica - Parte III
Literatura Gótica - Parte III
 
Formação Erasmus+ em York - História e cultura da cidade
Formação Erasmus+ em York -  História e cultura da cidadeFormação Erasmus+ em York -  História e cultura da cidade
Formação Erasmus+ em York - História e cultura da cidade
 

Mais de Romeu da Silveira (20)

Sidarta
SidartaSidarta
Sidarta
 
Chaucer
ChaucerChaucer
Chaucer
 
Aristóteles
AristótelesAristóteles
Aristóteles
 
Apostila de calculo Avançado II 1992
Apostila de calculo Avançado II  1992Apostila de calculo Avançado II  1992
Apostila de calculo Avançado II 1992
 
Apostila de calculo III 1990 II
Apostila de calculo  III 1990 IIApostila de calculo  III 1990 II
Apostila de calculo III 1990 II
 
Apostila de calculo IV 1990
Apostila de calculo  IV  1990Apostila de calculo  IV  1990
Apostila de calculo IV 1990
 
O Egito - by Léon Denis - 1889
O Egito - by Léon Denis - 1889O Egito - by Léon Denis - 1889
O Egito - by Léon Denis - 1889
 
Calculo numerico 1991
Calculo numerico   1991Calculo numerico   1991
Calculo numerico 1991
 
Calculo avançado miscelanea
Calculo avançado   miscelaneaCalculo avançado   miscelanea
Calculo avançado miscelanea
 
Calculo avançado II 1991
Calculo avançado II   1991Calculo avançado II   1991
Calculo avançado II 1991
 
Calculo avançado I 1991
Calculo avançado I  1991Calculo avançado I  1991
Calculo avançado I 1991
 
Equações diferenciais 1990
Equações diferenciais   1990Equações diferenciais   1990
Equações diferenciais 1990
 
O Verdadeiro Homem, por Lao Tsé
O Verdadeiro Homem, por Lao TséO Verdadeiro Homem, por Lao Tsé
O Verdadeiro Homem, por Lao Tsé
 
Egito - Cerimônia da Abertura da Boca
Egito  - Cerimônia da Abertura da BocaEgito  - Cerimônia da Abertura da Boca
Egito - Cerimônia da Abertura da Boca
 
Memorando de Deus
Memorando de DeusMemorando de Deus
Memorando de Deus
 
Tangka
TangkaTangka
Tangka
 
Se
SeSe
Se
 
Harmonia das Esferas
Harmonia das EsferasHarmonia das Esferas
Harmonia das Esferas
 
China Dazu
China   DazuChina   Dazu
China Dazu
 
As Três Graças
As Três GraçasAs Três Graças
As Três Graças
 

Último

VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 

Último (20)

VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 

Elizabeth I, a Rainha Virgem

  • 2. Histórico: Tudor / York / Lancaster / Plantagenetas Owen Tudor casou-se com Catherine de Valois, viúva do rei Henrique V, aliando-se a casa de Lancaster durante a Guerra das Rosas. Antes de ser morto pelos aliados, seu filho mais velho, Edmundo Tudor, conde de Richmond casou com Margarida Beaufort, tri neta de Eduardo III e da linhagem de Guilherme I, o Conquistador. Margarida era neta de João de Gaunt, Duque de Lancaster, fundador da casa de Lancaster que pelo relacionamento extra conjugal com Catarina Swynford, teve os filhos chamados Beaufort, legitimados apenas na viuvez, considerados sem direito sucessório ao trono. Do casamento da neta Margarida Beaufort, nasceu Henrique VII que lutou contra a casa de York. depôs e executou o Duque de Gloucester que havia assumido o trono como Ricardo III usurpando o trono do irmão (Henrique IV) ao mandar matar os sobrinhos órfãos. Henrique VII caso-se com Isabel de York, filha do rei usurpado Ricardo II e extinguindo as disputas entre as casas Tudor e Lancaster com York durante a Guerra das Rosas. Ricardo III Henrique VII
  • 3. Henrique VII negociou o casamento de Catarina de Aragão (Espanha) com o seu herdeiro Artur, Príncipe de Gales. Com a morte deste, Catarina casou-se com seu irmão Henrique, então Duque de York e futuro Henrique VIII. O casamento fazia parte de um acordo político entre Espanha e Inglaterra para manter a França isolada. Entretanto, Henrique VIII solicitou anulação de seu casamento ao Papa Clemente VII, alegando parentesco com a esposa, não sendo atendido, rompeu com a Santa Sé e criou a Igreja da Inglaterra ou Anglicana. Mais tarde, conseguiu que o parlamento criasse leis que abolissem todos os pagamentos de rendas ao Papa e tornou a Igreja Anglicana um órgão nacional, submetido ao rei. Do primeiro casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão, nasceu Mary Tudor.Henrique pediu o divórcio da rainha Catarina para casar-se com Ana Bolena e propõem à rainha, amigavelmente, retirar-se para um convento ou para um castelo a sua escolha e uma vultuosa pensão. Catarina de Aragão Catarina de Aragão Henrique VIII
  • 4. Com o divórcio a Princesa Mary manteria a legitimidade ao trono, antes de qualquer filha mulher vinda posteriormente, exceto se viesse um irmão por outro casamento de Henrique VIII. Quando a proposta foi apresentada para Catarina negou-se a aceitar. Assim, Henrique baseado no texto bíblico do Levítico 18:16 - “A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão.” Interpretava que o atual casamento com Catarina seria incestuoso estando condenados a ficarem sem filhos. Catarina alegou que o casamento era do agrado de Deus já que Mary, sua filha com Henrique VIII, estava viva e com saúde. Henrique rebateu que o termo filhos referia-se apenas a filhos homens. Catarina teve o apoio do sobrinho Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico (Primeiro Reich), constituído pela região da atual Itália, Áustria, Alemanha e Países baixos, também conhecido como Carlos I da Espanha, herdeiro dos reis católicos e por via materna do reino de Nápoles, reino da Sicília, Provença, Índias, Aragão e Canárias. Mary Tudor Mary Tudor Carlos I da Espanha e V da Alemanha
  • 5. Carlos V exercia um grande poder sobre o papa Clemente VII pois as tropas imperiais tomaram e saquearam os Estados Pontifícios (Roma) em 1528. Diante das circunstâncias, Clemente recusou-se a conceder anulação do casamento de Henrique VIII, alegando que no casamento anterior de Catarina não houve consumação, diferentemente do atual, devidamente legal e consumado. Henrique VIII mandou-lhe outra carta dizendo que a rainha e seu irmão haviam estado juntos em um mesmo leito, portanto o matrimônio foi "carnalmente verdadeiro". De nada adiantou, já que o papa não mandou sua resposta. Mary Tudor foi afastada de sua mãe Catarina de Aragão e da corte em 1531 e levada para o castelo de Beaulieu. Do casamento, com Ana Bolena, nasceu Elizabeth (ou Isabel). Ana Bolena foi educada nos Paises Baixos e foi Aia da Rainha da França, adquirido um excelente francês tornado-se mais francesa do que inglesa. Não era precisamente bela, mas tinha charmosos olhos e cabelos negros e um belo pescoço longo que encantaram Henrique VIII e substituiu sua irmã, Maria Bolena, como amante do Rei. Castelo de BeaulieuCastelo de Beaulieu Catarina de AragãoClemente VII
  • 6. Elizabeth foi criada como católica, após a execução de sua mãe, aos três anos de idade. Passou a infância longe da corte, estudou línguas, dança e música. Foi no terceiro casamento de Henrique VIII, com Jane Saymour que nasceu Eduardo, futuro Eduardo VI. Jane faleceu após o parto. Elizabeth cai nas graças da sexta esposa de Henrique VIII, Catherine Parr com quem conviveu após a adolescência. Catherine Parr pretendia casar-se com Thomas Seymour, irmão da Rainha Jane Saymour, mas Elizabeth era um impedimento para fazer a corte então enviou Elizabeth aos cuidados de de Mary Tudor, primeira filha de Henrique VIII. Catherine Parr casou-se com Thomas Seymour e um tribunal colocou o irmão da Rainha Jane, Eduardo Seymour, como tutor do futuro Eduardo VI, conferindo-lhe o título de Senhor Protetor da Inglaterra. Castelo de HatfieldCastelo de Hatfield 2 - Ana Bolena 3- Jane Saymour 6- Catarine Parr
  • 7. Quando Elizabeth voltou ao convívio com Catherine Parr, já casada e gestante, foi flagrada aos beijos com seu padrasto (Thomas Seymour). Nesta época Jane Gray convivia com Elizabeth e Eduardo na casa de Catherine Parr. Catherine deu a luz a uma menina e pouco tempo depois veio a falecer. Jane auxiliou nos funerais e Thomas Seymour prometeu patrocinar seu casamento com Eduardo. Durante o reinado de Eduardo VI, Thomas Seymour pediu a mão de Elizabeth em casamento e os dois foram suspeitos de conspiração, Elizabeth foi questionada e nada foi provado, mas Thomas Seymour foi preso e executado por seqüestro do menino rei (Eduardo VI). Ao ser informada da sorte de Thomas Seymour Elizabeth comentou: “Hoje morreu um homem de muita graça e muito pouco juízo”. O rei Eduardo VI morreu ainda jovem, provavelmente de tuberculose ou sífilis congênita, e sem herdeiros. Jane Gray, sobrinha de Eduardo VIII, foi proclamada rainha, pelo pai e o sogro, que reuniram um exercito para evitar a proclamação da princesa Mary, que era católica e filha do primeiro casamento de Henrique VIII. Eduardo VI Jane Gray Jane Gray
  • 8. Porém, a maioria da população apoiou a herdeira legítima e nove dias após a proclamação da rainha Jane Gray, essa era encarcerada na Torre Verde, com seu marido. No entanto, o casamento da rainha Mary Tudor (Católica) com Felipe II (da Espanha) facilitava uma reaproximação com o Papado e a população reagiu a tentativa de restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Começaram o surgir insurreições. A Rebelião Protestante liderada por Thomas Wyatt em 1554 selou o destino de Jane Grey, a pesar de não estar vinculada com a rebelião, foi executada aos 16 anos e Elizabeth encarcerada na Torre de Londres. Durante a chegada na torre, num dia chuvoso e frio, Elizabeth recusou-se a passar pelo portal da torre, chamado “Portal do Traidor”. Somente após algum tempo de persuasão, e estando totalmente molhada, cedeu e entrou na torre. Após dois meses na torre, foi posta em prisão domiciliar. No fim desse mesmo ano, quando Maria pensava estar grávida, Elizabeth retornar à corte com o consentimento de Filipe II, já que para ele ocorrendo a morte da sua esposa durante o parto, seria sucedida por Mary Stuart (futura rainha da Escócia). Logo verificou-se que a rainha não estava grávida, provavelmente estava com um cisto no ovário o que a deixou com a saúde debilitada vindo a falecer em 1558. Rainha Mary Rainha Mary I Execução de Jane GrayMary I
  • 9. Em 17 de dezembro de 1558, Elizabeth tornou-se rainha da Inglaterra e a mulher mais cobiçada da realeza, bela e culta. Não havia um arcebispo de Canterbury (Cantuária) na época para presidir à cerimônia. O último católico a ocupar o posto foi Reginald Cardinal Pole que morreu logo depois da rainha Maria. Como os principais bispos declinaram em participar na coroação porque Elizabeth era filha ilegítima tanto sob a lei canônica quanto pela estatutária, além de ser protestante, foi Owen Oglethorpe, um bispo de menor importância, de Carlisle, quem a coroou. Já a comunhão não foi celebrada por Oglethorpe, mas pelo capelão pessoal da rainha, para evitar o uso dos ritos católicos. A coroação de Elizabeth I foi a última em que o latim foi usado durante a celebração, passando as celebrações posteriores a ser em inglês. O controle papal sobre a igreja da Inglaterra tinha sido restabelecido sob Maria I, mas foi anulado por Elizabeth. A própria rainha assumiu o título de "Suprema Governante da Igreja Anglicana", em vez de "Cabeça Suprema", já que diversos bispos e outras figuras públicas consideravam que o título era impróprio para uma mulher. O Ato de Supremacia 1559 obrigava os oficiais públicos a fazer um juramento que reconhecia o controle da Soberana sobre a igreja, cuja quebra recebia punições severas. Coroação de Elizabeth Coroação Elizabeth
  • 10. Não cedeu as pressões para perseguir católicos, aprisionando Peter Wentworth, líder de protestantes radicais, que desejavam varrer todo vestígio do catolicismo, em 1586 conseguindo impedir a deflagração de uma guerra religiosa ou civil no solo inglês. Muitos bispos estavam insatisfeitos com a política religiosa elizabetana. Estes foram removidos da cadeira eclesiástica e substituídos por nomeados que mostravam maior subserviência em relação à supremacia da rainha. Montou um conselho privado inteiramente renovado, removendo muitos conselheiros católicos no processo. Sob o comando de Elizabeth, os conflitos entre as facções do conselho diminuiu sensivelmente. Durante os 25 anos de reinado ganhou muitos presentes e faz muitas alianças com a possibilidade de matrimônio. Teoriza-se que não tenha casado por causa do tratamento que o pai dava as esposas ou, na visão romântica, que se não podia casar com o homem que amava, não casaria com ninguém. Estava impossibilitada de casar com seu grande amor Robert Dudley que havia casado antes de tornar-se rainha e viuvou em condições misteriosas passiveis de se tornar um escândalo. Elizabeth Elizabeth I
  • 11. A rainha encontrou uma rival perigosa em sua prima, a católica Mary Stuart, rainha da Escócia e esposa do rei francês Francisco II. Em 1559, Mary Stuart declarara-se rainha da Inglaterra, apoiada pela França. Na Escócia, a mãe de Mary Stuart, Marie de Guise, tentou aumentar a influência dos franceses na Grã Bretanha permitindo a construção de fortificações do exército francês em território escocês. Um grupo de senhores escoceses aliados de Elizabeth conseguiu depor Marie de Guise. Sob pressão inglesa, os representantes de Mary assinaram o tratado de Edimburgo, que ordenava que as tropas francesas se retirassem da Escócia. Embora Mary recusasse veementemente ratificar o tratado, este teve o efeito desejado, e a ameaça representada pela França foi removida da Grã- Bretanha. Quando seu marido morreu, Mary Stuart retornou à Escócia. Maria Stuart (Escócia) Maria Stuart
  • 12. Na época de Elisabeth a Inglaterra entra em uma fase de grande desenvolvimento marítimo, um século depois de Portugal e Espanha, que eram um único reino sob regência de Felipe II, filho de Carlos V, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Entre os melhores homens da Rainha estavam os comandantes John Hawkins e Francis Drake. Sir Francis Drake faz a circunavegação da terra (1577-1580) procurando a terra austral (Austrália) e neste período fundou-se a companhia das Índias Orientais. John Wawkins ao tentar encontrar uma passagem para as Índias, ao norte do Canadá, para capturar escravos na África descobriu terras permitindo a colonização da América. John Hawkins aportou em San Juan de Ulúa, em 1568, com vários navios para reparos, os quais usara para trazer escravos e trocar por açúcar no Caribe, e lá estava também Francis Drake. Encontrando a frota espanhola do Caribe, pediu permissão escrita para aportar e depois de estar no meio dos navios, sofreu um ataque de surpresa. Felipe II Felipe II
  • 13. No final de 1562, Elizabeth contraiu varíola, alarmado pela doença da rainha, o Parlamento exigiu que ela se casasse ou nomeasse um herdeiro para impedir a guerra civil caso viesse a morrer. Recusou-se a fazer ambas as coisas, e prorrogou o mandato do Parlamento. O Parlamento não interviu até Elizabeth precisar do seu consentimento para aumentar impostos em 1566. A Câmara dos Comuns ameaçou reter fundos até que a rainha concordasse em indicar um sucessor, mas ela recusou-se novamente. Haviam diferentes linhas de sucessão a considerar. Uma linha possível era a de Margaret Tudor, irmã mais velha de Henrique VIII, mãe de Mary Stuart (Maria I da Escócia). Outra alternativa provável descendia de uma irmã mais nova de Henrique VIII, Mary Tudor, mãe de Catherine Grey, irmã de Jane Grey. A possibilidade remota seria a ascensão de Henry Hastings, que poderia reivindicar sua descendência de Eduardo III (século XV). Cada herdeiro possível tinha alguma desvantagem: Maria I era católica, Catherine Grey casou sem o consentimento da rainha e Henry Hastings era puritano. Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo Quadro Comemorativo
  • 14. Mary Stuart sofria com seus próprios problemas na Escócia. Elizabeth tinha sugerido que se casasse com o protestante Robert Dudley, primeiro conde de Leicester, como tentativa de influenciar a linha de sucessão da Escócia. Mary Stuart recusou e, em 1565, casou com o católico Henry Stuart. Henry Stuart ou Lorde Darnley foi assassinado em 1567, depois do casal ter passado por várias brigas e disputas entre si. Mary, em seguida, casou-se com seu suposto assassino, James Hepburn, conde de Bothwell. Os nobres escoceses se rebelaram, aprisionando Mary e forçando-a a abdicar em favor de seu filho, que assumiu com o nome de James VI. Em 1568 morreu Catherine Grey, a última herdeira viável, mas seu filho foi considerado ilegítimo. Sua herdeira era sua irmã, Mary Grey. Elizabeth foi forçada novamente a considerar um sucessor escocês, da linha da irmã do seu pai, Margaret Tudor. Entretanto, Mary Stuart, impopular na Escócia continuava aprisionada. Mais tarde, escapou de sua prisão e fugiu para Inglaterra, onde foi capturada por forças inglesas. Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo Francis Drake John Hawkins
  • 15. Elizabeth se viu perante um dilema: enviá-la aos nobres escoceses seria considerado cruel demais; enviá-la França torná-la-ia um trunfo poderoso nas mãos do rei francês; restaurar-lhe o trono da Escócia poderia ser visto como um gesto heróico, mas causaria grande tensão entre os escoceses; aprisioná-la na Inglaterra permitiria a participação direta de Maria em conjuras contra a rainha. Elizabeth escolheu esta última opção: Mary foi confinada por dezoito anos, a maior parte deles no castelo e mansão de Sheffield. Em 1569, Elizabeth enfrentou um grande levante conhecido como a rebelião do Norte. O papa Pio V apoiou a rebelião católica excomungando Elizabeth e declarando-a deposta em uma bula papal “Regnans in Excelsis”, emitida quando a rebelião já tinha sido derrotada (1570). A Conspiração Católica de Ridolfi (1571) com envolvimento de Felipe II fracassou e o quarto duque de Norfolk foi executado e Mary Stuart perdeu a pouca liberdade que lhe restava. Entretanto, depois deste ato pontifício, a política de Elizabeth de tolerância religiosa se tornou impraticável. Passou a perseguir seus inimigos religiosos, o que levou ao surgimento de novas conspirações católicas para removê-la do trono. Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
  • 16. A Espanha, que vinha estabelecendo relações cordiais com Inglaterra desde a união de Filipe à Maria I, mas seu cunhado passou a mostrar- se hostil. Elizabeth combatia Felipe II principalmente no mar onde Sir Francis Drake era encarregado da pirataria contra os galeões espanhóis que vinham da América com sua carga de ouro e prata. Felipe II vinga-se, porém, ajudando os irlandeses contra a Inglaterra. Melhora a técnica da marinha espanhola que se defende de uma incursão no Caribe em que morrem Drake e Hawkins. A atenção da Espanha já estava voltada para a Holanda onde tentava debelar uma rebelião e não tinha recursos disponíveis para declarar uma guerra contra a Inglaterra que insuflava a rebelião. Com os revezes e mais o custo da guerra na Holanda, a economia inglesa desmorona e surgem os puritanos, que queriam redimir o reino através de uma vida irrepreensível. Torre de Londres Execução de Jane Gray
  • 17. Na França, a perseguição católica aos huguenotes deflagrou as Guerras Religiosas Francesas. Elizabeth, secretamente auxiliou os huguenotes. Fez a paz com a França em 1564, desistindo de reinvidicar Entretanto, não abriu mão da sua reivindicação à Coroa Francesa, que tinha sido mantida desde a Guerra dos Cem Anos (século XIV, pretensão renunciada no reinado George III no século XVIII. O Massacre da noite de São Bartolomeu, em que milhares de protestantes franceses foram mortos, fragilizou a aliança mas não impediu as negociações sobre uma união com Henrique, duque de Anjou (e depois rei Henrique III de França e Polônia). Negociou outro casamento com o irmão mais novo de Henrique, François, duque de Anjou e de Alençon. A conspiração de Throckmorton, de 1583, contra Elizabeth, com apoio da Espanha foi descoberto e Mary foi sentenciada à morte em fevereiro de 1587. A decapitação da rainha católica foi o pretexto que faltava para que Filipe II. Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
  • 18. Felipe II, manda construir uma armada de 130 barcos e com 31.000 homens tenta invadir a Inglaterra remanejando a frota sediada na Holanda para auxiliar a incursão. Francis Drake ataca a esquadra espanhola em Cádiz (Espanha), sem muito êxito, mas atrasou a partida, neste meio tempo morre o comandante espanhol Marquês de Santa Cruz, homem experiente e capaz de levar a empresa ao êxito. O novo comandante (Duque de Medina-Sidônia) tinha enjôos e entendia mais de jardinagem do que de navios, como ele afirmava. Elizabeth tentou incentivar suas tropas com um discurso notável que ficou famosa a frase: "sei que tenho o corpo de uma mulher fraca e frágil; mas tenho também o coração e o estômago de um rei - e de um rei de Inglaterra!". Hawkins, então tesoureiro-mor da marinha, que construiu a frota que derrotou a "Invencível Armada“, como era conhecida a maior na época.A armada derrotada tentou escapar contornando a Escócia. De seus barcos, 10 foram capturados ou afundados pelos ingleses, 24 foram afundados pelo mau tempo, e 20 desapareceram. Retornaram 76 à Espanha em agosto de 1588. Quadro Comemorativo da Vitória sobre Felipe II, frota ao fundo
  • 19. Elizabeth desenvolve o comércio e a indústria, incentiva o renascimento das artes e a liberação dos costumes. A Bolsa de Valores de Londres, aberta em 1566, torna-se um dos principais centros financeiros da Europa. A Companhia das Índias, criada em 1600, expande o comércio externo. Durante o seu reinado, a literatura teve um grande florescimento. Elizabeth era uma monarca temperamental e, às vezes, indecisa tratada com impaciência por seus conselheiros, freqüentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai, Henrique VIII, Elizabeth gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia. São chamados do período Elisabetano as obras de Willian Shakespeare, Edmundo Spencer e Christopher Marlowe. Seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reino de Elizabeth que reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de trinta e nove para dezenove. Mais tarde, passaram a ser apenas catorze conselheiros. Escudo de Armas de Elizabeth
  • 20. Elizabeth I adoeceu em fevereiro de 1603, sofrendo de fraquezas e insônia. Morreu em 24 de março no palácio de Richmond. Com sessenta e nove anos de idade, foi a mais longeva monarca a governar a Inglaterra até sua época. Sua marca só foi superada quando George II morreu com setenta e sete anos em 1760. O corpo de Elizabeth foi sepultado na abadia de Westminster, ao lado de sua irmã Maria I. Elizabeth jamais se casou e é conhecida como a “Rainha Virgem” e em sua homenagem existe um estado Americano chamado Virgínia, primeiro assentamento inglês permanente no Novo Mundo. O epitáfio de seu túmulo é a inscrição latina "Parceiras no trono e na sepultura, descansamos aqui duas irmãs, Elizabeth e Mary, na esperança de uma ressurreição". Coroação em 17 de dezembro de 1558
  • 21. Coroação em 17 de dezembro de 1558 Fim

Notas do Editor

  1. Esta é uma linda flor!
  2. Esta é uma linda flor!
  3. Esta é uma linda flor!