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ME355
ME355 -
- Elementos de M
Elementos de Má
áquinas I
quinas I
MOLAS DE COMPRESSÃO
MOLAS DE COMPRESSÃO
Prof. Julio
Prof. Julio C
Cé
ézar
zar de
de Almeida
Almeida
Prof. Jorge Luiz Erthal
Prof. Jorge Luiz Erthal
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
- premissa: mola helicoidal de compressão, com arame
circular, carregada pela força axial F.
αβ
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
- supondo-se apenas a parte cortada pelo plano αβ e
incluindo-se os esforços internos resultantes:
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
- pode-se determinar a tensão máxima na fibra interna do
arame pela superposição dos efeitos de cisalhamento e de
torção, resultando em:
Jp
T.r
A
F
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=
τ
32
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Jp
;
2
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onde:
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
3
2
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8F.D
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4F
π
π
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Prof. Julio Almeida
- logo:
introduzindo-se ainda o conceito do índice de curvatura da
mola (C), obtém-se:
3
max
.d
8F.D
.
Ks
d
D
C
π
τ =
⇒
=
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
- onde o termo – Ks – corresponde ao fator de correção de
cisalhamento e vale:
C
0,5
1
Ks +
=
Notas:
- um bom projeto prevê um índice de curvatura entre 4 e 12;
- a equação envolvendo Ks deve ser utilizada apenas para
carregamentos estáticos.
Efeito da curvatura e cargas dinâmicas
Além do cisalha-
mento direto, as
superfícies internas
da mola estão
submetidas a um
aumento de tensão
torcional devido a
própria curvatura da
mola, conforme figu-
ra:
Cisalhamento
Torção pura
(a)+(b)
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
Efeito da curvatura e cargas dinâmicas
Wahl, foi um dos primeiros pesquisadores a estudar o efeito
do cisalhamento transversal conjuntamente aos efeitos da
curvatura da mola, propondo a utilização de um fator (fator de
Wahl) em substituição ao fator de cisalhamento direto.
Assim:
3
max
.d
8F.D
.
Kw
π
τ =
C
0,615
4
4C
1
4C
Kw +
−
−
=
TENSÕES EM MOLAS
HELICOIDAIS
Efeito da curvatura e cargas dinâmicas
Notas:
- o primeiro termo corresponde a um “fator de concentração
de tensões”;
- o segundo termo é equivalente ao fator de correção de
cisalhamento – Ks;
- para cargas dinâmicas propõem-se a utilização da equação
geral corrigida pelo fator de Wahl.
C
0,615
4
4C
1
4C
Kw +
−
−
=
Prof. Julio Almeida
Kw, Ks
DEFORMAÇÃO DE MOLAS
HELICOIDAIS
A energia total de deformação de uma mola helicoidal vale:
2.G.A
.L
F
2.G.Jp
.L
T
U
2
2
+
=
32
.d
Jp
D.N;
.
L
;
2
F.D
T
;
4
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π
π
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=
=
=
onde:
2
2
4
3
2
G.d
.D.N
2F
G.d
.N
.D
4F
U +
=
DEFORMAÇÃO DE MOLAS
HELICOIDAIS
F
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∂
∂
=
y
Pelo Teorema de Castigliano:
)
2C
1
1
(
G.d
.N
8F.D
y
d
D
C
G.d
4.F.D.N
G.d
.N
8F.D
y
2
4
3
2
4
3
+
=
=
→
+
=
4
3
G.d
.Na
8F.D
y = Na - número de espiras ativas (coils);
D – diâmetro médio da mola;
d – diâmetro do arame;
G – módulo de rigidez do material.
EXTREMIDADES DAS
MOLAS HELICOIDAIS DE
COMPRESSÃO
Fator de projeto bastante importante, visto que tal
escolha afeta diretamente o número de espiras ativas e o
comprimento da mola. Quatro são as possibilidades
construtivas em termos de extremidades:
- retas (planas)
- retas (planas) e retificadas
- esquadrejadas
- esquadrejadas e retificadas
EXTREMIDADES DAS MOLAS
HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO
EXTREMIDADES DAS MOLAS
HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO
Tabela 10-1: Fórmulas para dimensões de molas de compressão
(Na = número de espiras ativas)
e
a
t N
N
N +
=
COMPRIMENTOS
LIVRE x SÓLIDO
0
PASSO x DIÂMETRO MÉDIO
D
.
p
tg
π
λ =
λ = ângulo de enrolamento – máx. = 12º
DIÂMETROS PREFERENCIAIS DE
ARAMES
(mm)
0,10 0,12 0,16 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50
0,55 0,60 0,65 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,40
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ESTABILIDADE DE MOLAS
DE COMPRESSÃO
Similarmente a uma coluna, molas de
compressão podem vir a flambar para
deflexões elevadas. A condição de
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E
2G
G)
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Lo
+
−
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α
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COMPRESSÃO
Tabela 10-2: Constantes de condição de extremidade α para molas helicoidais
de compressão.
ESTABILIDADE DE MOLAS
DE COMPRESSÃO
MATERIAIS E TENSÕES
ADMISSÍVEIS
- as molas são manufaturas por processos de trabalho a
quente ou a frio, envolvendo aços comuns, aços liga, aços
resistentes à corrosão e alguns materiais não ferrosos;
- as tensões atuantes numa mola variam com o tamanho do
arame utilizado, resultando num gráfico - resistência x
diâmetro do arame quase que linear (em escala log-log). A
equação dessa reta vale:
m
ut
d
A
S =
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MATERIAIS E CONSTANTES
MATERIAIS E TENSÕES
ADMISSÍVEIS
- as tensões admissíveis de projeto são associadas a um
percentual do limite de resistência da mola em análise. Tais
percentuais dependem do tipo do material, bem como, da
dimensão do arame selecionado e podem ser obtidos a partir
de dados tabelados.
τ
σ ≤
≤ RP
RP S
ou
S
Tabela 10-5: Propriedades mecânicas de alguns fios de molas.
Tab. A28: Equivalentes decimais de bitola de fio e de
chapa (polegada)
PROJETO DE MOLAS
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C<3 – perigo trincas
C>12 – emaranhamento fios
W
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0,15
15
Na
3
12
C
4
=
≥
≥
≤
≤
≤
≤
ξ deve-se evitar o encosto gradual das espiras
(imperfeições no passo da mola)
1
y
Ls)
(Lo
1
y
y
1
1
s −
−
=
−
=
ξ
para cargas estáticas
para movimentos alternativos rápidos, deve-se
definir a frequência crítica da mola
onde: K = constante da mola
W = peso da mola
γ = peso específico da mola 4
2
γ
π .
.D.Na
d
.
W
2
=
EXEMPLO 10-2
EXEMPLO 10-2 (cont.)
EXEMPLO 10-2 (cont.)
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EXEMPLO 10-3
EXEMPLO 10-3 (cont.)
EXEMPLO 10-3 (cont.)
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EXEMPLO 10-3 (cont.)
EXEMPLO 10-3 (cont.)
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ASSOCIAÇÃO DE MOLAS
3
2
1
2
1
F
F
F
F =
=
=
+
= δ
δ
δ
3
2
1
3
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1
F
F
F
F +
+
=
=
=
= δ
δ
δ
δ
SÉRIE PARALELO
- JUVINALL, Robert – Fundamentos do Projeto de
Componentes de Máquinas, LTC;
- HAMROCK, Bernard J. – Elementos de Máquinas –
McGraw-Hill; e
- SHIGLEY, MISCHKE e BUDYNAS – Projeto de
Engenharia Mecânica, editora Bookman; e
- SHIGLEY, BUDYNAS-NISBETT – Mechanical
Engineering Design, 8ª Ed. – Mc-Graw-Hill Primis.
BIBLIOGRAFIA DE
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  • 2. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS - premissa: mola helicoidal de compressão, com arame circular, carregada pela força axial F. αβ
  • 3. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS - supondo-se apenas a parte cortada pelo plano αβ e incluindo-se os esforços internos resultantes:
  • 4. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS - pode-se determinar a tensão máxima na fibra interna do arame pela superposição dos efeitos de cisalhamento e de torção, resultando em: Jp T.r A F max + = τ 32 .d Jp ; 2 d r ; 2 F.D T ; 4 .d A 4 2 π π = = = = onde:
  • 5. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS 3 2 max .d 8F.D .d 4F π π τ + = Prof. Julio Almeida - logo: introduzindo-se ainda o conceito do índice de curvatura da mola (C), obtém-se: 3 max .d 8F.D . Ks d D C π τ = ⇒ =
  • 6. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS - onde o termo – Ks – corresponde ao fator de correção de cisalhamento e vale: C 0,5 1 Ks + = Notas: - um bom projeto prevê um índice de curvatura entre 4 e 12; - a equação envolvendo Ks deve ser utilizada apenas para carregamentos estáticos.
  • 7. Efeito da curvatura e cargas dinâmicas Além do cisalha- mento direto, as superfícies internas da mola estão submetidas a um aumento de tensão torcional devido a própria curvatura da mola, conforme figu- ra: Cisalhamento Torção pura (a)+(b) TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS
  • 8. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS Efeito da curvatura e cargas dinâmicas Wahl, foi um dos primeiros pesquisadores a estudar o efeito do cisalhamento transversal conjuntamente aos efeitos da curvatura da mola, propondo a utilização de um fator (fator de Wahl) em substituição ao fator de cisalhamento direto. Assim: 3 max .d 8F.D . Kw π τ = C 0,615 4 4C 1 4C Kw + − − =
  • 9. TENSÕES EM MOLAS HELICOIDAIS Efeito da curvatura e cargas dinâmicas Notas: - o primeiro termo corresponde a um “fator de concentração de tensões”; - o segundo termo é equivalente ao fator de correção de cisalhamento – Ks; - para cargas dinâmicas propõem-se a utilização da equação geral corrigida pelo fator de Wahl. C 0,615 4 4C 1 4C Kw + − − =
  • 11. DEFORMAÇÃO DE MOLAS HELICOIDAIS A energia total de deformação de uma mola helicoidal vale: 2.G.A .L F 2.G.Jp .L T U 2 2 + = 32 .d Jp D.N; . L ; 2 F.D T ; 4 .d A 4 2 π π π = = = = onde: 2 2 4 3 2 G.d .D.N 2F G.d .N .D 4F U + =
  • 12. DEFORMAÇÃO DE MOLAS HELICOIDAIS F U ∂ ∂ = y Pelo Teorema de Castigliano: ) 2C 1 1 ( G.d .N 8F.D y d D C G.d 4.F.D.N G.d .N 8F.D y 2 4 3 2 4 3 + = = → + = 4 3 G.d .Na 8F.D y = Na - número de espiras ativas (coils); D – diâmetro médio da mola; d – diâmetro do arame; G – módulo de rigidez do material.
  • 13. EXTREMIDADES DAS MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO Fator de projeto bastante importante, visto que tal escolha afeta diretamente o número de espiras ativas e o comprimento da mola. Quatro são as possibilidades construtivas em termos de extremidades: - retas (planas) - retas (planas) e retificadas - esquadrejadas - esquadrejadas e retificadas
  • 15. EXTREMIDADES DAS MOLAS HELICOIDAIS DE COMPRESSÃO Tabela 10-1: Fórmulas para dimensões de molas de compressão (Na = número de espiras ativas) e a t N N N + =
  • 17. PASSO x DIÂMETRO MÉDIO D . p tg π λ = λ = ângulo de enrolamento – máx. = 12º
  • 18. DIÂMETROS PREFERENCIAIS DE ARAMES (mm) 0,10 0,12 0,16 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 2,20 2,50 2,80 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 8,00 9,00 10,0 11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 Prof. Julio Almeida
  • 19. ESTABILIDADE DE MOLAS DE COMPRESSÃO Similarmente a uma coluna, molas de compressão podem vir a flambar para deflexões elevadas. A condição de estabilidade é obtida para: E 2G G) 2(E .D Lo + − ≤ α π
  • 20. ESTABILIDADE DE MOLAS DE COMPRESSÃO Tabela 10-2: Constantes de condição de extremidade α para molas helicoidais de compressão.
  • 22. MATERIAIS E TENSÕES ADMISSÍVEIS - as molas são manufaturas por processos de trabalho a quente ou a frio, envolvendo aços comuns, aços liga, aços resistentes à corrosão e alguns materiais não ferrosos; - as tensões atuantes numa mola variam com o tamanho do arame utilizado, resultando num gráfico - resistência x diâmetro do arame quase que linear (em escala log-log). A equação dessa reta vale: m ut d A S =
  • 24. MATERIAIS E TENSÕES ADMISSÍVEIS - as tensões admissíveis de projeto são associadas a um percentual do limite de resistência da mola em análise. Tais percentuais dependem do tipo do material, bem como, da dimensão do arame selecionado e podem ser obtidos a partir de dados tabelados. τ σ ≤ ≤ RP RP S ou S
  • 25. Tabela 10-5: Propriedades mecânicas de alguns fios de molas.
  • 26. Tab. A28: Equivalentes decimais de bitola de fio e de chapa (polegada)
  • 27. PROJETO DE MOLAS Complementos de projeto C<3 – perigo trincas C>12 – emaranhamento fios W K.g 2 1 f 1,2 CS 0,15 15 Na 3 12 C 4 = ≥ ≥ ≤ ≤ ≤ ≤ ξ deve-se evitar o encosto gradual das espiras (imperfeições no passo da mola) 1 y Ls) (Lo 1 y y 1 1 s − − = − = ξ para cargas estáticas para movimentos alternativos rápidos, deve-se definir a frequência crítica da mola onde: K = constante da mola W = peso da mola γ = peso específico da mola 4 2 γ π . .D.Na d . W 2 =
  • 39. ASSOCIAÇÃO DE MOLAS 3 2 1 2 1 F F F F = = = + = δ δ δ 3 2 1 3 2 1 F F F F + + = = = = δ δ δ δ SÉRIE PARALELO
  • 40. - JUVINALL, Robert – Fundamentos do Projeto de Componentes de Máquinas, LTC; - HAMROCK, Bernard J. – Elementos de Máquinas – McGraw-Hill; e - SHIGLEY, MISCHKE e BUDYNAS – Projeto de Engenharia Mecânica, editora Bookman; e - SHIGLEY, BUDYNAS-NISBETT – Mechanical Engineering Design, 8ª Ed. – Mc-Graw-Hill Primis. BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA Prof. Julio Almeida