4. A idéia do Desenho Universal surgiu depois da Revolução Industrial, que massificava os processos
produtivos e os produtos. Na ocasião, produzia-se para o chamado “homem padrão”, que muitas
vezes não tem semelhança com o homem real. Ou seja, os produtos e os ambientes eram pensados
para atender a um modelo idealizado e não ao conjunto da sociedade, em toda sua diversidade. O
termo foi usado pela primeira vez por Ron Mace em 1985. O conceito de Desenho Universal surgiu
em decorrência de reivindicações de dois segmentos sociais. O primeiro composto por pessoas com
deficiência que não sentiam suas necessidades contempladas nos espaços projetados e
construídos. O segundo formado por arquitetos, engenheiros, urbanistas e designers que
desejavam maior democratização do uso dos espaços e tinham uma visão mais abrangente da
atividade projetual (SÃO PAULO, 2010).
Desenho Universal aplicado à Habitação
Essa ideia de projetos que atendessem a todos se disseminou em várias áreas, chegando às
moradias. Hoje, entende-se que o direito à habitação não deve prescindir da liberdade e igualdade
de utilização por todos os usuários. Uma moradia digna deve contemplar as necessidades do ser
humano em todas as etapas e circunstâncias da vida. Por isso, quando falamos em habitação
inclusiva, referimo-nos a um conceito muito mais amplo do que a simples adaptação de imóveis
para atender situações específicas, como dificuldade ou incapacidade de locomoção, deficiência
visual, auditiva ou de qualquer natureza. Falamos de uma casa e seus arredores concebidos para
todas as pessoas e por toda a vida (SÃO PAULO, 2010). Uma casa com espaços de circulação
adequados possibilita que crianças passeiem sem riscos, que idosos possam circular com
autonomia e que pessoas com deficiência possam se locomover com independência.
5. 7 princípios do desenho universal
1. EQUITATIVO / IGUALITÁRIO:
Utilização por diversas pessoas, independente de idade ou habilidade.
2. ADAPTÁVEL / FLEXÍVEL:
Diferentes maneiras de uso, que facilite a precisão e destreza do usuário.
3. INTUITIVO:
De fácil compreensão, dispensando experiência prévia, conhecimento ou grande nível
de concentração.
6. 7 princípios do desenho universal
4. FÁCIL PERCEPÇÃO:
Informação transmitida de forma a atender as necessidades dos usuários. Essas
informações devem ser disponibilizadas nas formas táteis, visuais e verbais.
5. TOLERÂNCIA AO ERRO:
Minimizar os riscos, as ações acidentais ou não intencionais na utilização do ambiente
ou objetos.
6. BAIXO ESFORÇO FÍSICO:
Utilização de forma eficiente e confortável, com o mínimo de fadiga muscular.
7. DIMENSÃO E ESPAÇO PARA APROXIMAÇÃO E USO:
Dimensão e espaço apropriado para aproximação, alcance, manipulação e uso,
independente de tamanho de corpo, postura e mobilidade do usuário.