A quitosana é um polímero derivado da quitina (casca de crustáceos), e possui muitas características desejáveis do ponto de vista biotecnológico, sendo uma delas a ação antimicrobiana. A partir dessa necessidade o experimento 1 teve como objetivo avaliar a quitosana na alimentação de cordeiros confinados recebendo silagem de grão úmido de milho. Para o experimento de desempenho, foram utilizados 24 cordeiros mestiços Sulfollk x Texel, sendo 12 fêmeas e 12 machos inteiros, com idade de 4±0,5 meses, peso médio de 20±5 kg. Para o experimento de disgestão e metabolismo foram utilizados 10 cordeiros, 6 machos e 4 fêmeas com idade de 4±0,5 meses, com peso médio de 30±5 kg. Os animais foram divididos aleatoriamente em 2 quadrados latinos 5 x 5, acondicionados em gaiolas metabólicas. Os tratamentos utilizados foram: 1- Controle; 2- Quitosana (3g); 3- Narasina (24 mg/kg de MS); 4- Monensina e Virginiamicina (40 mg/kg de MS e 30 mg/kg de MS, respectivamente) e 5- Probiótico (3g).
Seminário referente à disciplina de Biotecnologia dos Recursos Aquáticos, do programa de pósgraduação em Engenharia de Pesca da UFC. Título do artigo: Bactéria probiótica nativa promove crescimento muscular hipertrófico e regula a expressão de genes relacionados ao crescimento no Mahseer Malaio Tor tambroides
Isolamento de bactéria probiótica do surubim híbrido Pseudoplatystoma reticul...tgandr
P
Peixes alimentados com bactéria isolada do intestino de surubins híbridos mostraram maior teor de ácido lático em meio de cultivo específico ao mesmo tempo em que houve incremento na contagem de glóbulos vermelhos.
Teor de macronutrientes e produção de biomassa de adubos verdes em rondôniaJose Carvalho
O presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial do emprego de
diferentes espécies de adubos verdes pela quantificação de macronutrientes e da
produção de biomassa da parte aérea da planta. Os tratamentos consistiram-se no plantio
de quatro coquetéis de adubos verdes, (1) Mucuna aterrima + Pennisetum glaucum +
Helianthus annuus; (2) Crotalaria juncea + Pennisetum glaucum + Helianthus annuus;
(3) Canavalia ensiformes + Pennisetum glaucum + Helianthus annuus; (4) Helianthus
annuus + Zea Mayz cv BR106 + Mucuna aterrima + Canavalia ensiformes + Cajanus
cajan + Crotalaria juncea + Leucena leucocephala + Pennisetum glaucum, e (5)
Regeneração Natural (controle). Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso com
três repetições. O tratamento quatro apresentou maior quantificação de macronutrientes,
assim como maior produção de biomassa.
Seminário referente à disciplina de Biotecnologia dos Recursos Aquáticos, do programa de pósgraduação em Engenharia de Pesca da UFC. Título do artigo: Bactéria probiótica nativa promove crescimento muscular hipertrófico e regula a expressão de genes relacionados ao crescimento no Mahseer Malaio Tor tambroides
Isolamento de bactéria probiótica do surubim híbrido Pseudoplatystoma reticul...tgandr
P
Peixes alimentados com bactéria isolada do intestino de surubins híbridos mostraram maior teor de ácido lático em meio de cultivo específico ao mesmo tempo em que houve incremento na contagem de glóbulos vermelhos.
Teor de macronutrientes e produção de biomassa de adubos verdes em rondôniaJose Carvalho
O presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial do emprego de
diferentes espécies de adubos verdes pela quantificação de macronutrientes e da
produção de biomassa da parte aérea da planta. Os tratamentos consistiram-se no plantio
de quatro coquetéis de adubos verdes, (1) Mucuna aterrima + Pennisetum glaucum +
Helianthus annuus; (2) Crotalaria juncea + Pennisetum glaucum + Helianthus annuus;
(3) Canavalia ensiformes + Pennisetum glaucum + Helianthus annuus; (4) Helianthus
annuus + Zea Mayz cv BR106 + Mucuna aterrima + Canavalia ensiformes + Cajanus
cajan + Crotalaria juncea + Leucena leucocephala + Pennisetum glaucum, e (5)
Regeneração Natural (controle). Utilizou-se o delineamento em blocos ao acaso com
três repetições. O tratamento quatro apresentou maior quantificação de macronutrientes,
assim como maior produção de biomassa.
A criação de ovinos tem crescido muito ao longo dos anos e, atualmente, é encarada não somente
do ponto de vista social, mas também como forma de geração de emprego e renda pelos
produtores e pelas políticas governamentais (Araujo, 1998).
VERIFICAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA DO Limnoperna fortunei APÓS PASSAGEM PELO TRATO ...Lucimara Ribas Frederico
O Limnoperna fortunei é um molusco exótico originário da Ásia, introduzido acidentalmente no rio Paraná por água de lastro, em 1991. Atualmente, é objeto de preocupação por parte de órgãos ambientais e do setor elétrico, gerando tentativas de controle das populações e monitoramento da espécie. Embora estudos tenham demonstrado que algumas espécies de peixes como Pterodoras granulosus, Leporinus obtusidens e Pimelodus maculatus incorporam o mexilhão dourado à sua dieta nas regiões onde ele já ocorre, há incertezas quanto à capacidade de digestão e aproveitamento nutricional do molusco, o que pode significar impactos diretos sobre as espécies consumidoras e uma maior capacidade de dispersão do organismo invasor. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo verificar o estado dos indivíduos de L. fortunei encontrado na porção final do intestino do P. granulosos. Quatro coletas foram realizadas em pontos de pesca na zona lacustre do reservatório de ITAIPU, nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia e Missal, Paraná, Brasil. Os armados provenientes da pesca artesanal foram abatidos por secção da
medula espinhal e dissecados. Os intestinos de 4 indivíduos, que aparentavam conter
valvas no interior, tiveram os 10 cm distais removidos; os mexilhões encontrados foram
transferidos para frascos contendo salina fisiológica e transportados até o laboratório. Os organismos foram contados, e aqueles que apresentavam as valvas fechadas foram transferidos para recipientes com água corrente a 25ºC e observados por 5 dias, calculando-se, ao final do período, as taxas de sobrevivência. Como controle, mexilhões aderidos a substratos submersos no reservatório de ITAIPU foram coletados e mantidos nas mesmas condições de incubação; os controles consistiram de quatro amostras com 22 indivíduos cada, observados por até 7 dias. O período de avaliação pós-coleta mostrou que os mexilhões oriundos dos intestinos dos armados já estavam mortos ou morreram dentro de 5 dias, processo evidenciado pela abertura das valvas. A avaliação dos controles foi encerrada após 7 dias, quando 89,7% dos indivíduos do molusco permaneciam vivos, demonstrando que a passagem pelo trato gastrintestinal de P. granulosus foi letal para L.fortunei. Futuras avaliações do conteúdo nutricional do mexilhão e das interações de predação do molusco por outras espécies de peixes poderão contribuir para o esclarecimento dos efeitos ecológicos da introdução desta espécie na dieta da ictiofauna.
COMPORTAMENTO DE SUÍNOS AO LONGO DO DIA EM AMBIENTE ENRIQUECIDO Rafael Gauchinho
O trabalho teve por objetivo analisar o comportamento de suínos ao longo do dia, com e sem o uso do enriquecimento ambiental, utilizando 92 animais em fase de crescimento, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em dois tratamentos: 1) controle sem objeto de enriquecimento; 2) com objeto de enriquecimento. Os objetos foram confeccionados em tubo de PVC acoplados a quatro pedaços de mangueira plástica transparente a qual permitia aos suínos desenvolverem a atividade exploratória de mastigação, pendurados à altura dos olhos para facilitar o contato visual. Foram avaliadas as frequências comportamentais dos animais ao longo de oito horas por dia durante seis dias consecutivos, das 7h10 da manhã às 15h10 da tarde em intervalos de 10 minutos, obtidas as imagens com auxílio de câmeras de vídeo. As observações foram utilizadas para a composição de histograma de frequência, baseado nos comportamentos elencados em etograma: deitado/dormindo; interagindo com o objeto (para o tratamento com enriquecimento); comendo ou bebendo; locomovendo-se; fuçando o ambiente; comportamento sexual; comportamento agonístico. O comportamento foi analisado individualmente sendo cada animal considerado uma unidade experimental. Os dados foram submetidos ao Teste de Tukey a 5% de significância, sendo analisados em intervalos de uma hora para avaliar a variação comportamental ao longo do período
Coliformes totais e termotolerantes e demanda química de oxigênio em dejetos ...Rafael Gauchinho
Os dejetos de galinhas poedeiras são oriundos da criação das aves em gaiolas suspensas e assim não existe a presença da cama. Nesses dejetos, além das dejeções, são encontrados penas, ovos quebrados, restos de ração, larvas de moscas; além de corpos estranhos tais como, pregos, pedaços de arame, madeira dentre outros (Oliveira, 1991). De acordo com Steil (2001) os dejetos de poedeiras são constituídos por substratos complexos contendo matéria orgânica particulada e dissolvida como polissacarídeos, lipídios, proteínas, ácidos graxos voláteis, elevado número de componentes inorgânicos, bem como alta concentração de microorganismos patogênicos, todos de interesse na questão ambiental. Dessa forma o objetivo do trabalho foi avaliar a interferência de diferentes períodos acumulados de 1, 2, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 e 70 dias, sobre os números mais prováveis de coliformes totais e termotolerantes, e da demanda química de oxigênio (DQO) de dejetos de galinhas poedeiras. O período de estocagem foi benéfico para redução da DQO nos dejetos de poedeiras, no entanto não alterou os NMP de coliformes totais e termotolerantes, mostrando que apesar da redução da carga orgânica dos dejetos permanece a preocupação com a contaminação do meio ambiente por parte do microorganismos presentes.
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produtores e pelas políticas governamentais (Araujo, 1998).
VERIFICAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA DO Limnoperna fortunei APÓS PASSAGEM PELO TRATO ...Lucimara Ribas Frederico
O Limnoperna fortunei é um molusco exótico originário da Ásia, introduzido acidentalmente no rio Paraná por água de lastro, em 1991. Atualmente, é objeto de preocupação por parte de órgãos ambientais e do setor elétrico, gerando tentativas de controle das populações e monitoramento da espécie. Embora estudos tenham demonstrado que algumas espécies de peixes como Pterodoras granulosus, Leporinus obtusidens e Pimelodus maculatus incorporam o mexilhão dourado à sua dieta nas regiões onde ele já ocorre, há incertezas quanto à capacidade de digestão e aproveitamento nutricional do molusco, o que pode significar impactos diretos sobre as espécies consumidoras e uma maior capacidade de dispersão do organismo invasor. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo verificar o estado dos indivíduos de L. fortunei encontrado na porção final do intestino do P. granulosos. Quatro coletas foram realizadas em pontos de pesca na zona lacustre do reservatório de ITAIPU, nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia e Missal, Paraná, Brasil. Os armados provenientes da pesca artesanal foram abatidos por secção da
medula espinhal e dissecados. Os intestinos de 4 indivíduos, que aparentavam conter
valvas no interior, tiveram os 10 cm distais removidos; os mexilhões encontrados foram
transferidos para frascos contendo salina fisiológica e transportados até o laboratório. Os organismos foram contados, e aqueles que apresentavam as valvas fechadas foram transferidos para recipientes com água corrente a 25ºC e observados por 5 dias, calculando-se, ao final do período, as taxas de sobrevivência. Como controle, mexilhões aderidos a substratos submersos no reservatório de ITAIPU foram coletados e mantidos nas mesmas condições de incubação; os controles consistiram de quatro amostras com 22 indivíduos cada, observados por até 7 dias. O período de avaliação pós-coleta mostrou que os mexilhões oriundos dos intestinos dos armados já estavam mortos ou morreram dentro de 5 dias, processo evidenciado pela abertura das valvas. A avaliação dos controles foi encerrada após 7 dias, quando 89,7% dos indivíduos do molusco permaneciam vivos, demonstrando que a passagem pelo trato gastrintestinal de P. granulosus foi letal para L.fortunei. Futuras avaliações do conteúdo nutricional do mexilhão e das interações de predação do molusco por outras espécies de peixes poderão contribuir para o esclarecimento dos efeitos ecológicos da introdução desta espécie na dieta da ictiofauna.
COMPORTAMENTO DE SUÍNOS AO LONGO DO DIA EM AMBIENTE ENRIQUECIDO Rafael Gauchinho
O trabalho teve por objetivo analisar o comportamento de suínos ao longo do dia, com e sem o uso do enriquecimento ambiental, utilizando 92 animais em fase de crescimento, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em dois tratamentos: 1) controle sem objeto de enriquecimento; 2) com objeto de enriquecimento. Os objetos foram confeccionados em tubo de PVC acoplados a quatro pedaços de mangueira plástica transparente a qual permitia aos suínos desenvolverem a atividade exploratória de mastigação, pendurados à altura dos olhos para facilitar o contato visual. Foram avaliadas as frequências comportamentais dos animais ao longo de oito horas por dia durante seis dias consecutivos, das 7h10 da manhã às 15h10 da tarde em intervalos de 10 minutos, obtidas as imagens com auxílio de câmeras de vídeo. As observações foram utilizadas para a composição de histograma de frequência, baseado nos comportamentos elencados em etograma: deitado/dormindo; interagindo com o objeto (para o tratamento com enriquecimento); comendo ou bebendo; locomovendo-se; fuçando o ambiente; comportamento sexual; comportamento agonístico. O comportamento foi analisado individualmente sendo cada animal considerado uma unidade experimental. Os dados foram submetidos ao Teste de Tukey a 5% de significância, sendo analisados em intervalos de uma hora para avaliar a variação comportamental ao longo do período
Coliformes totais e termotolerantes e demanda química de oxigênio em dejetos ...Rafael Gauchinho
Os dejetos de galinhas poedeiras são oriundos da criação das aves em gaiolas suspensas e assim não existe a presença da cama. Nesses dejetos, além das dejeções, são encontrados penas, ovos quebrados, restos de ração, larvas de moscas; além de corpos estranhos tais como, pregos, pedaços de arame, madeira dentre outros (Oliveira, 1991). De acordo com Steil (2001) os dejetos de poedeiras são constituídos por substratos complexos contendo matéria orgânica particulada e dissolvida como polissacarídeos, lipídios, proteínas, ácidos graxos voláteis, elevado número de componentes inorgânicos, bem como alta concentração de microorganismos patogênicos, todos de interesse na questão ambiental. Dessa forma o objetivo do trabalho foi avaliar a interferência de diferentes períodos acumulados de 1, 2, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 e 70 dias, sobre os números mais prováveis de coliformes totais e termotolerantes, e da demanda química de oxigênio (DQO) de dejetos de galinhas poedeiras. O período de estocagem foi benéfico para redução da DQO nos dejetos de poedeiras, no entanto não alterou os NMP de coliformes totais e termotolerantes, mostrando que apesar da redução da carga orgânica dos dejetos permanece a preocupação com a contaminação do meio ambiente por parte do microorganismos presentes.
Caracterização físico-química de dejetos de poedeiras acumulados por diferent...Rafael Gauchinho
A evolução da avicultura de postura ao longo dos anos tem proporcionado a concentração de animais em ambientes cada vez menores, visando à intensificação e otimização dos sistemas de produção, isso tem gerado uma problemática a respeito do destino dos resíduos gerados por estes animais. Com o passar do tempo, os produtores passaram a reconhecer a importância de tratar ou, pelo menos, armazenar os dejetos produzidos para posterior uso como adubo orgânico em áreas agrícolas, pois, segundo a Unfccc (2006), 20% das emissões de metano e dióxido de carbono ocorrem devido às diversas atividades agrícolas, dentre estas, o manejo correto dos dejetos pode trazer benefícios, tanto para o meio ambiente como para melhorar a renda das unidades produtoras de animais. Nesses dejetos, além das dejeções, são encontrados penas, ovos quebrados, restos de ração, larvas de moscas; além de corpos estranhos tais como, pregos, pedaços de arame, madeira dentre outros (Oliveira, 1991). As excretas produzidas pelas aves possuem alto teor de N, suficiente para fertilizar grande parte das áreas de cereais, a um nível de 90 Kg de N/ha. O nível de P e K contido nas excretas é suficiente para suprir a necessidade de cereais como o milho, por exemplo, segundo considerações de Souza (2001). Com base no descrito este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar as concentrações de sólidos totais (ST), sólidos voláteis (SV), matéria mineral (MM) e umidade (U) dos dejetos de poedeiras acumulados por 1, 2, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63 e 70 dias. O período de estocagem mostrou-se benéfico para redução de SV e acúmulo de matéria mineral durante todo o período de avaliação, reduzindo seu potencial poluidor e tornando o resíduo melhor aproveitável para sua utilização posterior como fonte de nutrientes ao solo.
COMPORTAMENTO DE SUÍNOS AO LONGO DO DIA EM AMBIENTE ENRIQUECIDO Rafael Gauchinho
O enriquecimento ambiental consiste em introduzir melhorias no sistema de produção, tornando o ambiente mais adequado às necessidades comportamentais dos animais. Objetos de enriquecimento ambiental estimulam os suínos a expressarem comportamentos naturais da espécie, evitando frustração e comportamentos estereotipados, contribuindo assim para melhorias em sua saúde física e psicológica, e consequentemente no seu bem estar. Conclui-se que a presença de objetos de enriquecimento ambiental estimula o comportamento investigativo e exploratório natural dos suínos, tornando-os mais ativos ao longo do dia, o que pode promover melhorias em seu bem-estar psicológico.
PRODUÇÕES DE METANO E REDUÇÕES DE SÓLIDOS E DA DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO DU...Rafael Gauchinho
O objetivo com a execução do trabalho foi realizar a co-digestão dos dejetos de suínos em diferentes níveis de adição de óleo de descarte e enzima, onde foram observados os rendimentos de biogás e metano, principalmente, durante o processo. Conclui-se que as produções de biogás e metano foram influenciadas pela inclusão de óleo e lipase aos substratos, sendo que os menores níveis
de adição de ambos os componentes foram os que apresentaram melhores desempenhos.
COMPOSTAGEM DE RESÍDUO SÓLIDO DE ABATEDOURO AVÍCOLA
CORDEIROS SUPLEMENTADOS COM ADITIVOS ALTERNATIVOS EM CONFINAMENTO E GAIOLA METABÓLICA
1. RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO
RAFAEL GAUCHINHO RODRIGUES
DOURADOS/MS - 2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ZOOTECNIA
2. UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO DE ZOOTECNIA
CORDEIROS SUPLEMENTADOS COM ADITIVOS ALTERNATIVOS EM
CONFINAMENTO E GAIOLA METABÓLICA
RAFAEL GAUCHINHO RODRIGUES
Relatório Final de Atividades de Estágio
Supervisionado apresentado como exigência para
conclusão do Curso de Zootecnia da UFGD sob
orientação do Prof. Dr. Rodrigo Garófallo Garcia
DOURADOS/MS – 2018
3. AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e aos meus irmãos, pelo amor e todo apoio que me passaram durante
esses anos na Universidade.
Agradeço, à todos os meus professores de Graduação em Zootecnia, que contribuiram
para minha formação acadêmica, gostaria de agradecer meu orientador de estágio: Professor
Rodrigo Garófalo Garcia, pela sua dedicação e compreensão.
Ao meu Supervisor de Estágio, Professor Euclides Reuter de Oliveira, pela sua boa
vontade em transmitir novos conhecimentos, fazendo nos crescer para a vida.
À minha Supervisora Thaís Lemos pela sua paciência, humildade e transparência no
convívio.
E aos colegas e estagiários Dargon e Poliana pela atenção e companheirismo.
E também aos funcionários por todo auxílio e experiência prática oferecida durante o
período de Estágio no Setor de Zootecnia da FCA/UFGD.
MUITO OBRIGADO!
4. SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1. INSTITUIÇÃO FORMADORA.....................................................................................1
2. INSTITUIÇÃO CONCEDENTE....................................................................................1
2.1 Área de atuação da Instituição Concedente...................................................................1
2.2 Organograma de atividades...........................................................................................1
2.2.1 Atividades em Confinamento.....................................................................................2
2.2.2 Atividades em Gaiola Metabólica..............................................................................3
3. ATIVIDADES E TAREFAS DESENVOLVIDAS PELO ESTAGIÁRIO....................3
3.1 Atividades desenvolvidas no Campo de Estágio...........................................................3
3.1.1 Resumo dos experimentos acompanhados pelo estagiário........................................3
3.1.2 Conhecimento da Estrutura e Descrição do Local.....................................................3
3.1.3 Idenficação, Higiênização e Controle de Parasitas....................................................3
3.1.4 Manejo Alimentar e Ajustes da Dieta........................................................................4
3.1.5 Arraçoamento e Suplementação com Quitosana........................................................5
3.1.6 Suplementação com Aditivos Alternativos em Gaiola Metabólica............................6
3.1.7 Avaliação do Comportamento Ingestivo de Cordeiros em Confinamento.................6
3.1.8 Avaliação da Carcaça utilizando a Ultrassonografia..................................................7
3.1.9 Análises Laboratoriais................................................................................................8
3.2 Descrição das atividades por mês..................................................................................9
3.3 Metodologia utilizada pelo Supervisor........................................................................10
4. CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO..............................................................................11
5. PARECER DO ESTAGIÁRIO......................................................................................12
6. PARECER DO SUPERVISOR DE CAMPO................................................................13
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................14
5. 1
INTRODUÇÃO
1 – INSTITUIÇÃO FORMADORA
Estágio Curricular Supervisionado apresentado à Universidade Federal da Grande
Dourados (UFGD) como requisito para conclusão do Curso de Graduação em Zootecnia da
Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), para obtenção do título de Zootecnista.
2. – INSTITUIÇÃO CONCEDENTE
O Estágio Supervisionado foi desenvolvido no Departamento de Zootecnia da
Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD), cidade de Dourados/MS, sob supervisão do professor Dr. Euclides Reutter, docente
do curso de Zootecnia/FCA e coordenador do experimento “Confinamento de Cordeiros
Suplementados com Quitosana e em Gaiola Metabólica, como parte da Dissertação de
Mestrado da aluna de pós-graduação em Zootecnia/FCA, Thaís Lemos Pereira, ambos
responsáveis pelo monitoramento e supervisão de todas as atividades e análises desenvolvidas
durante o estágio.
2.1 – Área de atuação da Instituição concedente:
Nutrição e Produção de Pequenos Ruminantes
2.2 Organograma das atividades: Confinamento
Calculare
ajustar a dieta
Coletar e pesar
sobras
diariamente
Fornecer Água
Ad libitum
Pool das
amostras a
cada 14 dias
Manejo da
cama
Fornecimento
do Aditivo
Arraçoamento
6. 2
2.2.1 Organograma de atividades: Gaiola Metabólica
3. ATIVIDADES E TAREFAS DESENVOLVIDAS PELO ESTAGIÁRIO
3.1 Atividades desenvolvidas no campo de estágio
3.1.1 Foi feito o acompanhamento de dois experimentos. 1 confinamento para
terminação de cordeiros suplementados com quitosana e 2 digestão e metabolismo de
cordeiros alojados em gaiola metabólica”.
A quitosana é um polímero derivado da quitina (casca de crustáceos), e possui muitas
características desejáveis do ponto de vista biotecnológico, sendo uma delas a ação
antimicrobiana. A partir dessa necessidade o experimento 1 teve como objetivo avaliar a
quitosana na alimentação de cordeiros confinados recebendo silagem de grão úmido de milho.
Para o experimento de desempenho, foram utilizados 24 cordeiros mestiços Sulfollk x Texel,
sendo 12 fêmeas e 12 machos inteiros, com idade de 4±0,5 meses, peso médio de 20±5 kg.
Os animais foram alojados em baias metálicas individuais, em barracão de alvenaria e piso de
cimento batido, com cortinas regulatórias nas laterais. O delineamento utilizado foi de blocos
casualizados, em que o peso foi o parâmetro utilizado para formar os blocos. Foram
distribuídos em 2 blocos (B1 – Quitosana e B2 – Controle), sendo que para cada bloco foram
distribuídos 6 fêmeas e 6 machos, leves e pesados. Os animais foram mantidos confinados por
84 dias, onde os 14 dias precedentes ao início do experimento foi para adaptação as
instalações e a dieta.
Suplementar
com Aditivos
Coletar e pesar
sobras
diariamente
Fornecer Água
Ad libitum
Coletar
amostras cada
5 dias decoleta
Processamento
das amostras
laboratório
Calculare
ajustar a dieta
Arraçoamento
7. 3
O período experimental é de 70 dias, com 5 período de avaliação contendo 1 dia pra
cada. As dietas experimentais para os dois experimentos são composta de silagem de grão
úmido de milho (66%), mistura protéica mineral (19%) composta por (15%) de grão de soja
moída e (4%) de sal mineral, feno de gramíneas de Cynodon ssp. (15%), compondo a relação
volumoso:concentrado de 15:85. Os animais receberam 3g de quitosana por dia. Os
parâmetros avaliados foram: desempenho produtivo e consumo de matéria seca e nutrientes,
comportamento ingestivo, também foram avaliados atributos de carcaça, qualidade de carne e
ultrassonografia do lombo.
Para o experimento de disgestão e metabolismo foram utilizados 10 cordeiros, 6
machos e 4 fêmeas com idade de 4±0,5 meses, com peso médio de 30±5 kg. Os animais
foram divididos aleatoriamente em 2 quadrados latinos 5 x 5, acondicionados em gaiolas
metabólicas. Os tratamentos utilizados foram: 1- Controle; 2- Quitosana (3g); 3- Narasina (24
mg/kg de MS); 4- Monensina e Virginiamicina (40 mg/kg de MS e 30 mg/kg de MS,
respectivamente) e 5- Probiótico (3g). O período experimental foi fixado em de 70 dias, no
qual 12 dias de adaptação aos tratamentos e 5 para a coleta de dados totalizando 17 dias. Os
parâmetros avaliados serão: o consumo de matéria seca e nutrientes, digestibilidade aparente
total da matéria seca e nutrientes, fermentação ruminal, síntese de proteína microbiana,
balanço de energia, compostos nitrogenados e metabolismo de compostos plamáticos.
Palavras-chave: Silagem, Ovinocultura, Carcaça, Terminação, Metabolismo
3.1.2 Conhecimento da Estrutura e Descricão do Local:
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em baias metálicas individuais de 1,5 m²
em barracão de alvenaria com cobertura de telha amianto, piso de concreto batido, maravalha
formando a cama dos animais a qual era reposta diariamente dependendo da umidade que se
encontrava. Havia cortinas reguláveis de cor amarela para controle de temperatura e
renovação do ar dentro das instalações, bebedouros e cochos móveis pendurados com ganchos
ajustados a altura dos animais. No local havia um armário de metal com todos os materias que
seriam utilizados durante o experimento, uma balança analítica para posteriores pesagens das
sobras e ajustes da dieta.
3.1.3 Identificacão, higiênização e controle de parasitas:
Os animais em confinamento foram identificados com numeração de 1 a 24 em suas
respectivas baias individuais.
8. 4
Já os animais na gaiola metabólica foram identificados com numeração de 1 a 10 onde
cada animal possuia seu próprio nome. O controle higiênico diário do galpão de confinamento
era rigoroso, incluindo retirada das fezes e urina da cama de maravalha com auxilio de pá e
carriola, a troca era feita diariamente evitando a umidade e o aumento da concentração de
gases, que são nocivos ao sistema respiratória dos animais, como a amônia, a cama de
maravalha tem o papel principal de absorver a umidade, permitindo conforto e contribuindo
para o bem-estar dos animais. A água era servida de maneira ad libitum, sempre limpa e em
abundância, a troca total da água nos baldes móveis era feito todas as manhãs e completado
durante o período da tarde.
A retirada das fezes e urina dos animais mantidos em gaiola metabólica também era
realizado periodicamente. Foram coletas fezes para medir o amido fecal, onde saberemos se a
quitosana influencia na digestibilidade do amido. Para avaliar a digestibilidade dos nutrientes
e consumo, para coleta de fezes eram utilizadas bandejas grandes posicionadas em baixo das
gaiolas, onde eram estocadas, as fezes eram pesadas em balança e anotados seus pesos, que
retirava-se uma amostra e armazenava em freezer para fazer o pool de 3 dias de coletas. Em
um balde telado coletava-se urina para avaliação da proteína microbiana, considerando cada
animal uma unidade experimental. Para a medição do volume de urina, foi colocado ácido
sulfúrico 5% nos baldes, para evitar a volatização do nitrogênio amoniacal da urina, depois de
coletada em potinhos a urina de 1 dia de coleta foi armazenada para análise de síntese de
proteína microbiana, através da determinação de puimas. As sobras foram coletadas em 5 dias
por período para homogênização e pool das sobras. Foi coletado 5 dias de líquido ruminal e
amostras de sangue por período, assim como a pesagem dos animais.
Todos os animais foram submetidos à desverminação quando chegaram, receberam
albendazol, via oral para controle de endoparasitas e ectoparasitos. O mesmo controle
continuou sendo realizado durante toda a estadia dos animais no confinamento e de forma
estratégica, utilizando o exame de contagem de ovos por grama de fezes (OPG), que eram
coletadas direto da via retal dos animais, sempre modificando o princípio ativo, receberam
ripercoll, de acordo com as análises laboratoriais.
3.1.4 Manejo Alimentar e Ajustes da Dieta:
A alimentação dos animais era considerada de alto grão e elevado nível energético, na
relação volumoso:concentrado de 15:85 de uma mistura homogênia de silagem de grão úmido
de milho (SGU), feno de gramíneas (Cynodon ssp) como volumoso e mistura protéica mineral
9. 5
composta por soja grão e minerais, formulada segundo NRC (2007) para atender às
exigências nutricionais dos animais para ganho de peso g/dia. A utilização de silagem de
grãos úmidos na terminação de ovinos é uma tecnologia de fácil aplicação e que,
normalmente, proporciona resultados satisfatórios em relação ao desempenho animal e à
qualidade de fermentação ruminal, e principalmente aos custos (AMARAL, 2006).
A ensilagem do grão de milho reidratado foi realizada no próprio local do experimento
em tambores, uma boa compactação dos grãos foi feita no interior do tambor, sendo
considerada de extrema importância, também foram utilizados inoculantes, enzimas e água.
Os tambores foram armazenados e vedados com lona preta, somente após 21 dias é que foi
aberto para serem fornecida silagem aos animais. Segundo estudos de Almeida Jr. (2004) a
silagem melhora a eficiência alimentar dos animais e a síntese de proteína microbiana, na qual
aumenta com o uso de grãos úmidos em relação ao uso de grãos secos triturados.
De acordo com NRC (2007), a proteína microbiana é responsável por até 80% dos
aminoácidos essenciais absorvidos no intestino dos ruminantes e que o uso de grãos úmidos
ensilados garante grande quantidade de energia disponível, devido à maior fermentação do
amido, o que acarreta aumento no fluxo de proteína microbiana. Reis et al. (2001) trabalhando
com silagem de grãos úmidos de milho em substituição ao milho seco para cordeiros em
confinamento, concluíram que os animais que consumiram as silagens apresentaram maior
eficiência em ganho de peso, atingindo o peso de abate mais rápido, atribuindo este fato à
maior digestibilidade da silagem de grãos úmidos de milho.
Animais ruminantes precisam de uma quantidade mínima de fibra na dieta, pra
estimular a atividade de mastigação, manter fluxo de saliva e o ambiente ruminal favorável
para desenvolver a microbiota responsável pela digestão e absorção (Nussio, 2006). Neste
contexto o fornecimento de feno (Cynodon ssp) como volumoso, teve como objetivo atender
as exigência de fibra e como a espécie ovina é altamente seletiva, foi detectado no início do
experimento que os animais estavam deixando talos de feno e colmos cdo feno de partículas
maiores nas sobras. Como recomendação para o fornecimento, o feno teve que ser picado e
triturado em tamanho menor de partícula, diminuindo e evitando a seletividade dos ovinos,
sendo necessário a homogeinização da dieta antes do fornecimento.
A dieta foi fornecida uma semana antes do período experimental, a qual foi fornecida
1kg de MS a todos os animais e conforme o seu consumo o fornecimento era maior ou menor
para cada animal. A proporção volumoso:concentrado utilizada foi de 15:85 com base na
matéria seca (MS).
10. 6
O ajuste diário do consumo das dietas foram feitas em função das sobras nos cochos
do dia anterior, permitindo sobras entre 10 e 15%. As sobras eram coletadas e pesadas em
balança, e os ajustes foram feitos da seguinte forma: sobras maiores que 15% diminuía-se 0,1
kg de MS a quantidade da dieta a ser fornecida; para sobras entre 0 e 5% aumentava-se 0,2 kg
de MS, entre 5 a 10% aumentava-se 0,1 kg de MS a quantidade do alimento, sobras entre 10 a
15% mantinha-se a dieta para ser de maneira adlibitum, com alimento à vontade no cocho dos
animais em confinamento e em gaiola metabólica. De acordo com Figueiredo (2015) para
entender o consumo diário de alimento, que podem ser descritos pela quantidade de alimento
consumido por dia, pela duração média do tempo gasto para consumir, cada um desses
processos é o resultado da interação entre o metabolismo do animal e das propriedades físicas
e químicas da dieta, onde estimulam os receptores de saciedade influenciando o tempo gasto
pelo animal na atividade de ruminação, sendo proporcional ao teor de parede celular dos
volumosos (Van Soest, 1994; Fontenele et al. 2011).
Foram coletados líquido ruminal para ver a parte fermentativa: composição de ácidos
graxos e qual efeito de uma dieta com alta porcentagem de concentrado, se afeta o ph e se os
aditivos serão capazes de controlar o ph. Foram medidos com peagâmetro o ph durante a
coleta do líquido ruminal. Amostras de sangue foram coletadas da veia jugular e centrifugado
para fazer análise de glicose, colesterol, proteína total, albumina e uréia. Sabendo esses
resultados teremos uma previsão do que acontece no ambiente ruminal, se houve alteração ou
influenciou os nutrientes que chegam a corrente sanguínea para serem absorvidos pelo
animal.
3.1.5 Arraçoamento e Suplementação com Quitosana: O arraçoamento era
realizado duas vezes ao dia às 8:00 horas da manhã e as 13:00 horas da tarde. As sobras eram
pesadas e registradas na manhã do dia seguinte ao trato, onde as amostras das dietas e sobras
eram coletadas semanalmente, divididas em 5 períodos de coletas. Durante o experimento, a
fim de controlar a ingestão de alimento, efetuou-se a pesagem diária do alimento oferecido e
das sobras. Coletando-se diariamente amostras dos alimentos fornecidos e das respectivas
sobras, as quais foram identificadas e acondicionadas em freezer, para posteriores análises
laboratoriais.
A suplementação com quitosana era realizada uma vez ao dia, todas as manhãs, com
os animais em jejum, eram fornecidos 3g em cocho móvel aos 14 cordeiros do bloco tratado,
já aos 10 cordeiros do bloco controle eram fornecidos 3g de mistura protéico mineral.
11. 7
A quitosana é um polímero derivado da glicose que é obtido após a desacetiliação
alcalina da quitina. A quitosana difere da quitina, por ocorrer o processo de desacetiliação que
confere a quitosana diferentes graus de solubilidade, sendo que a quitina é insolúvel na
maioria dos solventes, enquanto que a quitosana é solúvel em soluções aquosas (Antonino,
2007).
Os resultados de alguns estudos desmostraram que, a quitosana pode interferir no
metabolismo da fermentação ruminal, alterando o perfil dos ácidos graxos de cadeia curta, em
direção a uma fermentação energeticamente mais favorável, com maior produção de
propionato e menor produção de metano (Goiri et al 2010). Com isso, o experimento de
quadrado latino podemos comparar se a quitosana pode ser um aditivo comercial natural em
substituição aos antibióticos, que estão sofrendo restrição na alimentação animal no mercado,
como promotores de crescimento, esse é motivo principal que tem-se desenvolvido uma série
de pesquisas para avaliar a inclusão de um produto natural atóxico na dieta, podendo
aumentar a eficiência produtiva dos animais. Goiri et al. (2010) estudaram o efeito da
quitosana sobre a fermentação ruminal de ovelhas alimentadas em dieta com proporção de
volumoso:concentrado de 50:50 e encontraram menor concentração de amônia ruminal e de
ácidos graxos de cadeia ramificada, maior concentração de propionato e maior valor para a
relação de propionato:acetato no rúmen quando comparado a dieta controle. No entanto, os
mesmos autores não encontraram alteração no consumo de matéria seca (CMS) e
digestibilidade dos nutrientes quando as ovelhas foram suplementadas com quitosana. Os
autores sugeriram que a quitosana modifica o ecossistema microbiano, afetando
negativamente a ação de bactérias celulotíticas, modulando a fermentação ruminal. Assim,
são necessários mais estudos in vivo com utilização de quitosana e seus efeitos sobre a
fermentação ruminal, digestibilidade dos nutrientes e desempenho em ganho de peso e
consumo.
3.1.6 Suplementação com Aditivos em Gaiola Metabólica:
Suplementação com aditivos alternativos estão cada vez mais sendo utilizados,
substituindo antibióticos ionóforos pela preferência em suplementos naturais como
probióticos, prébióticos. Os animais mantidos em gaiolas metabólicas foram distribuídos em 2
Quadrados Latinos 5X5, recebendo suplementação com Quitosana (3,0g) (24 mg/kg MS),
Narasina (2,4g) + Monensina (0,1g) + Virginiamicina (0,1g), probiótico (3,0g).
12. 8
Os animais foram suplementados diariamente todas as manhãs em jejum, misturado o
aditivo com concentrado protéico mineral, melhorando a palatabilidade e aceitabilidade aos
aditivos.
3.1.7 Avaliação do Comportamento Ingestivo de Cordeiros em Confinamento:
O conhecimento do comportamento ingestivo dos animais é uma ferramente de
grande impôrtancia na avaliação das dietas. Segundo Cardoso et al. (2006) possibilita ajustar
o manejo alimentar dos animais para obtenção de melhor desempenho produtivo. Os animais
foram submetidos à observação visual para avaliar o comportamento ingestivo, divididos em
cinco período de análise comportamental, observados a cada 14 dias, no período das 08:00
horas da manhã às 22:00 horas da noite, anotando-se o repertório comportamental em
intervalos de 10 minutos, totalizando 14 horas de observação, para determinação do tempo
despendido em ruminação em pé, ruminação deitado, ócio em pé e ócio deitado, dormindo,
alimentação acesso ao cocho e bebedouro ingerindo água, defecando e urinando e interagindo
com outros animais ou pessoas, cada animal foi considerado uma unidade experimental,
conforme metodologia citada por (Realce).
Os animais ruminates adaptam-se às condições diversas de alimentação, manejo e
ambiente, modificando seus parâmetros de comportamento ingestivo para alcançar e manter
determinado nível de consumo, compatível com as exigências nutricionais. Animais
confinados gastam em torno de uma hora consumindo alimentos ricos em energia, ou até mais
de seis horas, para fontes com baixo teor de energia e alto em fibra (CARDOSO, 2006). Da
mesma forma o tempo despendido em ruminação é influenciado pela natureza da dieta, ou
seja, quanto maior a participação de alimentos volumosos na dieta, maior será o tempo
despendido com ruminação (VAN SOEST, 1994).
Em experimentos com bovinos, autores citam que o tempo de ruminação é altamente
correlacionado com o consumo de FDN na dieta (Fibra em Detergente Neutro). Trabalhos
referentes aos níveis de FDN na dieta de ovinos são escassos na literatura, o que possibilita
compreender melhor aos aspectos produtivos relacionados a ingestão de alimento e,
consequentemente, o desempenho animal. Cardoso et al (2006) encontraram que não houve
influência dos níveis de FDN (P<0,05) sobre o tempo despendido pelos animais em ingestão,
ruminação e ócio.
13. 9
Foi observado com maior frequência o comportamento interagindo com os animais
companheiros de baia, no período das 17:00 horas da tarde às 18:00 horas da noite, os animais
ficam agitados e ativos, dando cabeçadas nos cochos, saltos e raspam com os cascos a cama.
Durante a observação noturna, o ambiente foi mantido até as 22:00 horas com luzes
fluorescentes do próprio barracão de confinamento.
3.1.8. A avaliação da condição corporal por ultrassom:
A espécie ovina é peculiar em apresentar maior eficiência para ganho de peso e melhor
qualidade da carcaça nos primeiros seis meses de vida. O uso de sistemas adequados de
terminação pode aperfeiçoar essas características. O efeito dos sistemas de terminação de
ovinos tem obtidos resultados satisfatórios tanto no Brasil como no exterior, na maioria dos
trabalhos demostraram que a terminação intensiva de cordeiros em confinamento, permitem a
produção de carcaças com maior rendimento e melhor condição corporal e conformação
(Nunes et al. 2007). Com adoção de práticas de manejo, possibilitam melhor desempenho dos
animais e, melhor retorno econômico. A terminação de cordeiros em confinamento é uma
alternativa capaz de proporcionar o abate precoce dos animais, resultando em carcaças com
características desejáveis que atendam às exigências de mercado, garantindo ao produtor o
retorno mais rápido do capital investido (Oliveira et al., 2002; Cardoso et al., 2006).
O critério de abate foi dias de confinamento. A fixação de um período de 70 dias
confinados, sendo abatido um dia antes, então ficaram 4 períodos de 14 dias e 1 peíodo de 13
dias. Foram feitas técnicas de ultrassonografia para acompanhar o crescimento e
desenvolvimento dos cordeiros durante o período de terminação, para posteriormente,
correlacionar com o desempenho produtivo dos cordeiros.
3.1.9. Análises Laboratoriais
Os aditivos utilizados foi pesados em balança analítica de precisão, onde eram
embrulhados em saquinhos e selados com fita adesiva transparente, com suas pespectivas
dosagens. ) análises bromatológicas foram realizadas no Laboratório de Recursos Hídricos da
Faculdade de Ciências Agrárias – FCA/UFGD, sendo determinados os teores de matéria seca
(MS), proteína bruta (PB) e estrato etéreo (EE) segundo metodologias descritas por Silva &
Queiroz (2002). Para determinação das fibras em detergente neutro (FDN) e em detergente
ácido (FDA), utilizou-se a metodologia de Van Soest et al. (1994).
14. 10
Para a determinação da matéria seca (MS) todas as amostras das sobras do
confinamento foram coletadas, armazenadas em freezer e após o pool das amostras,
identificadas em bandejas de acordo com a numeração de cada animal, foram pré-secadas em
estufa de ventilação a 65 ºC e, moídas em moinho de facas com peneira, para posteriores
análises dos teores de proteína bruta (PB), e estrato etéreo, assim como para determinar fibras
em detergente neutro (FDN) e em detergente ácido (FDA). As fezes dos animais em gaiolas
metabólicas, foram coletadas e pré-secadas em estufa ventilada a 65ºC por aproximadamente
72 horas e, posteriormente, moídas em moinho com peneira de 1 mm.
3.2 Descrição das atividades, com a respectiva carga horária:
MESES ATIVIDADES NO CONFINAMENTO E GAIOLA METABÓLICA CARGA
HORÁRIA
Março/Abril
Apresentação dos experimentos: Confinamento e Metabolismo;
120h
Coletar as sobras; arraçoamento;
Cálcular e Ajustar a Dieta dos animais. Pool das sobras;
Pesagem de Aditivos em Balança Analítica
Coleta de Fezes e Urina; Pool das amostras de fezes para análise;
Avaliação do Comportamento Ingestivo Observado
Abril/Maio
Pesagem de aditivos em Balança
120h
Limpeza Geral das Instalações; troca de camas;
Análise do Comportamento Ingestivo
Coleta de Líquido Ruminal e Amostras de Sangue
Manejo Alimentar Geral e Pesagem dos animais
Moer Sobras dos alimentos e amostras de Fezes em Moinho
Manusear o Destilador de Nitrogênio; Determinar a Proteína
Maio/Junho
Selar Saquinhos de FDN e FDA
120h
Ensilagem de Grãos Úmidos de Milho
Análise do Comportamento Ingestivo
Coleta de Fezes via retal para Teste de OPG
Desverminação via oral
15. Técnica de Ultrassonografia
TOTAL 360h
3.3 Metodologia utilizada pelo Supervisor
Os supervisores preocuparam-se em explicar todo o embasamento teórico e prático de
acordo com as metodologias empregadas nas análises dos experimentos, assim as atividades
determinadas ao estagiário, foram de acompanhar todas as atividades rotineiras executadas no
manejo alimentar dos animais, limpeza e manejo sanitário e comportamental, dividindo o
trabalho de acordo com a capacidade dos estagiários, permitindo a atuação do estagiário a
possibilidade de executar as tarefas no campo e em laboratório, realizando sempre que
possível discussões sobre o trabalho desenvolvido.
4. CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO
Instituição Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Faculdade de Ciências
Agrárias FCA/UFGD, Departamento de Zootecnia Setor de Ovinocultura;
Carga horária relativa 12 horas semanais ao Período de 3 meses;
Carga horária total no período: 360 horas;
5. PARECER PESSOAL DO ACADÊMICO
Gostaria de agradecer a oportunidade em concluir o Estágio Curricular Supervisionado
na própria Intituição de Formação (UFGD), no Departamento de Zootecnia, setor de
Ovinocultura da Faculdade de Ciências Agrárias, foi um desafio, pois durante Graduação não
tive o contato com metodologias da área de Nutrição e Produção de Pequenos Ruminantes, o
importante é que houve o quisito novidade, novos conhecimentos aprendidos.
_______________________________________
Assinatura do (a) estagiário (a)
16. 12
5. CARGA HORÁRIA TOTAL DO ESTÁGIO
Período: 6 horas/dia
Período: 120 horas/mensal
TOTAL : 360 horas em 3 meses de Estágio
6. PARECER E NOTA DO SUPERVISOR (A)
________________________________________
Assinatura do (a) Supervisor (a)
17. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTONINO, N. A. Otimização do processo de obtenção de quitina e quitosana de
exoesqueletos de camarões oriundos da indústria pesqueira paraibana. 2007. 89 pp.
Dissertação (Mestrado). Centro de Ciências Exatas da Natureza da Universidade federal da
Paraíba. João Pessoa, 2007.
ALMEIDA JR. Desempenho, características de carcaça e resultado econômico de cordeiros
criados em creep feeding com silagem de grãos úmidos de milho. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.33, n.4, pg. 1048-1059, 2004.
DEL VALLE, T. A. Quitosana associada a fonte de lipídeos na alimentação de vacas em
lactação. 2014. 70 pp. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia da Universidade de São Paulo. Pirassununga, 2014.
FIGUEIREDO, T. A. G. Desempenho de cordeiros recebendo diferentes níveis de torta de
girassol em confinamento. Dissertação (Mestrado em Zootecnia). Faculdade de Ciências
Agrárias da Universidade federal da Grande Dourados. 49 f. pg. 23-30, 2013.
FONTENELE, R.M.F.; PEREIRA, E.S.P.; CARNEIRO, M.S.S. Consumo de nutrientes e
comportamento ingestivo de cordeiros da raça Santa Inês alimentados com rações em
diferentes níveis de energia metabolizável. Revista Brasileira de Zootecnia, v.40, n.6, pg.
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GARCIA-RODRIGUEZ, A.; MANDALUNIZ, N.; GOIRI, I. Inclusión de quitosan en La
dieta de ovejas lecheras al inicio de La lactación. In: AIDA 2011, XIV Jornadas sobre
Produción Animal, Tomo, 2011. Anais 2011 Tomo, 2011. Pg 222-224.
GOIRI, I.; OREGUI, L. M.; GARCIA-RODRIGUEZ, A. Use of chitosans to modúlate
ruminal fermentation of 50:50 forage-to-concentrate diet in sheep. Journal of Animal
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NUNES, H.; ZANINE, A. M.; MACHADO, T. M. M.; CARVALHO, F.C. Alimentos
alternativos na dieta dos ovinos. Archivos Latinoamericanos de Producción Animal, v.15,
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Quitosanas comerciais de diferentes origens. Polímeros: Ciência e Tecnologia, Pg. 242-249,
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VAN SOEST, P.J. Fiber and Physicochemical Properties of Feeds. In: VAN SOEST, P. J.
Nutritional ecology of the ruminant. 2. Ed. Ithaca: Cornell University Press, pg. 145-155,
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