Consumidores e crédito: um estudo sobre o endividamento no Brasil

CONSUMIDORES E CRÉDITO:
UM ESTUDO SOBRE O ENDIVIDAMENTO NO BRASIL
14º Congresso de Extensão da UFRJ
8ª Semana de Integração Acadêmica (SIAc) da UFRJ
39º Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica,
Tecnológica, Artística e Cultural

EQUIPE
GISELE ARAUJO DE LIMA
Graduanda em Biblioteconomia e Gestão de Unidades de
Informação –CBG/UFRJ
Bolsista PIBIC/UFRJ (desde mar/17)
MARIBEL CARVALHO SUAREZ
Doutora em Administração de Empresas – PUC-Rio
Professora adjunta III do Instituto COPPEAD de
Administração – UFRJ
Orientadora PIBIC
Instituto COPPEAD de Administração
Centro de Estudos em Consumo

Introdução
O presente estudo visa apresentar um panorama sobre o
endividamento no Brasil através da análise de:
• Dados secundários com informações sobre níveis de
endividamento no país;
• Publicações em revistas brasileiras e internacionais das
áreas de administração (marketing e comportamento do
consumidor), antropologia e sociologia.

Objetivos
• Trazer análises sobre alterações
nos níveis de endividamento no
país nos últimos cinco anos,
destacando o fenômeno do
superendividamento;
• Observar o nível e ênfase da
produção acadêmica e estudos a
respeito dessa temática.

Referencial teórico
• Superendividamento: impossibilidade existente de um indivíduo
conseguir pagar suas dívidas de consumo, vencidas ou a
vencer, sem o risco de ocorrer um prejuízo grave no sustento
próprio ou familiar (OLIBONI, 2005).
São considerados superendividados os consumidores cujos
gastos sejam equivalentes a um valor maior que a soma do seu
próprio patrimônio (PROCON, 2014 apud LIMA, 2015). Por meio
dos dados aqui analisados, será discutida a evolução deste
fenômeno no país.

Metodologia
• Coleta de dados secundários (CNC, Banco Central do Brasil);
• Levantamento bibliográfico nos seguintes ambientes:
• Bases de dados: Scielo, portal de periódicos Capes, EBSCO e ANPAd;
• Revistas nacionais e internacionais das seguintes temáticas:
Administração (ênfase em marketing e comportamento do consumidor): todos os níveis
qualis;
Antropologia e Sociologia: nível qualis A1.
Recorte temporal: janeiro de 2012 a setembro de 2017.

Níveis de endividamento - sínteses mensais
(jan/12 a set/17)
Fonte: Adaptado de CNC (2012; 2013; 2014; 2015; 2016; 2017)

Médias anuais – níveis de endividamento (2012/2017)

Níveis de endividamento – autodeclaração
dos consumidores (jan/12 a set/17)

Níveis de endividamento - autodeclaração dos
consumidores (2012/2017)

Levantamento bibliográfico – resultados
Artigos recuperados: 558
Artigos analisados: 34
Dos artigos recuperados, foram considerados
apenas aqueles cuja unidade de análise
investigada fossem famílias e/ou tratassem
de finanças pessoais.
Fatores analisados no resumo dos artigos:
• Foco da pesquisa (tema/objetivo);
• Forma de aplicação do tema de
endividamento.

Ano de publicação dos artigos
Fonte: Elaborado pela autora.

Publicações
acadêmicas
Origem das
produções

Nível nacional
32 artigos
• Administração (25)
• Psicologia (18)
• Sociologia (5)
• Revistas interdisciplinares (22)

Nível nacional
32 artigos
• Psicologia (18)
• Sociologia (5)
Abordagens comuns:
• Fatores sociais e comportamentais;
• Gestão e educação financeira;
• Perfil de consumidores endividados ou
superendividados;
• Relações com o crédito

Nível
internacional
2 artigos

Nível
internacional
2 artigos
Ano das produções: 2016
Abordagens:
• Fatores sociais e
comportamentais;
• Questões de gênero.

Conclusões
• O nível de endividamento não se estabilizou. Ao contrário,
segue aumentando. Sua melhor média de redução foi
encontrada em 2014 e desde então os números continuam
crescendo.
• O percentual de superendividados também segue crescendo
desde 2014, sendo seguido pelo de inadimplentes.
• Apesar do nível crítico de endividamento se manter claro, os
cidadãos ainda não tem interpretado seus níveis de
endividamento como alarmantes.

Conclusões
• Maior parte das abordagens sobre o endividamento se encontram
presentes em congressos, mas não estão sendo trazidas para discussão
em revistas científicas;
• Abordagem comuns das produções acadêmicas: empresas, corporações
e construções demográficas de municípios;
• Nível nacional: pouco enfoque em endividamento familiar e
superendividamento. Porém, abordagens sobre gestão financeira são
recorrentes.
• Nível internacional: enfoque atual encontra-se em fatores
comportamentais e sociais;
• Bases de dados: poucas relações encontradas com comportamento do
consumidor. Não foram recuperadas discussões sobre o assunto em
revistas de antropologia, porém a área de psicologia marcou presença em
grande parte das discussões, inclusive em revistas que são específicas
dessa área do conhecimento.

Referências
ISTOÉ. Endividamento das famílias cresce e atinge 58,4%. 2017. Disponível em:
<https://istoe.com.br/endividamento-das-familias-cresce-e-atinge-584/>. Acesso em: 01 out. 2017.
MATTOSO, C. Q., & Rocha, A. D. Significados associados às estratégias para solução de problemas
financeiros dos consumidores pobres. Encontro anual nacional da associação dos programas de
pós-graduação em administração, n. 29, 2005.
OLIBONI, M. L. C. P. O superendividamento do consumidor brasileiro e o papel da defensoria pública:
criação da comissão de defesa do consumidor superendividado. Revista de Direito do Consumidor,
v. 14, n. 55, p. 168-176, 2005.
PROCON. O superendividamento. Disponível em:
<http://www.procon.mt.gov.br/pdf/superendividamento.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2014.
SCHMIDT NETO, A. P. Superendividamento do consumidor: conceito, pressupostos e classificação.
Revista da SJRJ, Rio de Janeiro, n. 26, p. 167-184, 2009. Disponível em>
<https://www.jfrj.jus.br/sites/default/files/revista-sjrj/arquivo/36-153-1-pb.pdf>. Acesso em: 10 out.
2017.

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