1. CONCR TO
E
1. I d uç ã o
ntro
2. Pro c e s s o s d e fa bric a ç ã o
3. Tra ba lha bilid a d e /
4. Co ns is tê nc ia
5. Re s is tê nc ia à c o m p re s s ã o
6. Sis te m a s d e tra ns p o rte
Superior Tribunal de Justiça, Brasília – Projeto: Oscar Niemeyer – laje central
do edifício tem vão de 45 x 60 m sem qualquer pilar interno e foi executada 7. La nç a m e nto
em concreto de alto desempenho.
8. A e ns a m e nto
d
9. Cura
1 0 . De s fo rm a
TECN LO G I DACO N
O A STRUÇÃ O 1 1 . Tip o s d e Co nc re to
Pro fª M nic a d e L. G . Bo ng e s ta bs
ô
5 º p e río d o A uite tura e Urba nis m o
rq 1 2 . A itiv o s
d
2. 1. Introdução
Desde o momento que contrata os serviços de uma empresa de concretagem, o
arquiteto precisa saber muito bem quais as providências que devem ser tomadas:
1. Antes da Entrega
preparação para o recebimento do concreto:
ESCORAMENTO: deve-se impedir que sob o peso das fôrmas, ferragens,
do concreto a ser aplicado e das cargas acidentais, ocorram deformações
prejudiciais à forma da estrutura, ou esforços no concreto na fase de
endurecimento.
FORMAS: antes do lançamento do concreto devem ser conferidas as
medidas e a posição destas, para garantir que a geometria da estrutura
corresponda ao projeto.
3. 1. Introdução
ACESSO : preparar o acesso de tal forma que toda a operação de
concretagem possa ser realizada sem impedimentos e em um caminho
firme, até o local de aplicação. É preciso facilitar o tráfego de caminhões, de
tal forma que não haja impedimento na entrada de um e saída de outro.
O lugar de descarga deve estar em ponto fácil de ser alcançado sem
manobras complicadas e que possibilite a descarga no menor tempo
possível
2. Recebimento do Concreto
NOTA FISCAL: antes de iniciar- se a descarga do concreto, conferir
atentamente a nota fiscal de simples remessa, verificando se:
a descrição do concreto é a solicitada pela obra
os dados da obra estão corretos
não receber o caminhão se houver alguma discordância
ABATIMENTO: verificar se o concreto está com a consistência desejada e se
não ultrapassou o abatimento (slump) limite, especificado na nota fiscal.
4. 1. Introdução
Receita básica cimento + areia + brita
Concreto de boa consistência
os espaços entre as britas maiores são ocupados
uniformemente por brita menor e areia
Betoneira limpeza
concreto incrustado: reduz eficiência mistura
capacidade: volume e prazos previstos para concretagem
dosagem: estabelecida segundo prescrições do calculista
Agregados sombra (tempo quente) molhar antes uso
5. 1. Introdução
Aditivo plastificante
diminuição da necessidade de água/
aumento da resistência/
prazo menor de desforma
maior compacidade
(impermeabilização e uniformaidade / concreto aparente)
Excesso aditivos inibição de pega
Menor quantidade desforma prematura
(fissuras, deformações, ruptura)
6. 2. Processos de fabricação
Fabricação Manual
superfícies impermeáveis, planas, limpas
Ordem de colocação dos materiais
materiais secos (agregados) + cimento / água
Variante
areia + cimento / brita / água
Manuseio
areia espalhar (15 cm)
cimento - mexer (pasta uniforme)
brita 1 e 2 (mexer)
água (aos poucos, no centro do cone)
7. 2. Processos de fabricação
Fabricação Mecânica (misturador ou betoneira)
Ordem de colocação dos materiais
britas 1 e 2 + aditivos / água / cimento / areia
(agregado graúdo + água / cimento / agregado miúdo)
Variantes
água+ agreg. graúdo / agreg. miúdo / cimento
agreg.graúdo + miúdo / água / cimento / areia
Manuseio
materiais devem ser colocados com a betoneira girando
amassamento até homogeneização
tempo mínimo de amassamento: 3 minutos, após colocação de todos os
componentes
verificação da massa do concreto: 25 m³ 1 vez por dia
8. 2. Processos de fabricação
Fabricação Mecânica (misturador ou betoneira)
Verificação (ABNT NBR 7223)
concreto mole: adicionar areia e britas 1 e 2 aos poucos
concreto seco: cimento e água (5:3)
Operações para fabricação mecânica
alimentação / mistura / descarga
Critérios para avaliação:
homogeneidade massa / dosagem de cimento por unidade de volume do concreto
maior resistência do concreto
dispersão de materiais, menor
9. 2. Processos de fabricação
Fabricação Mecânica (misturador ou betoneira)
10. 2. Processos de fabricação
Fabricação em Centrais (Concreto Usinado)
Instalações
de grande produção / silos / equipamentos de pesagem (dos materiasi)
Mistura
caminhões-betoneiras / central dosadora até a obra
betoneira estacionária / transporte caminhão agitador
mistura início central / conclusão caminhão
Ordem de colocação dos materiais
metade quantidade água / ½ a 2/3 agregados (antes graúdo) / cimento /
complemento agregregados / complemento água
Traço / dosagem
composição proporcional entre os componentes da mistura 1:2:4
cimento + areia+ brita (água)
11. 2. Processos de fabricação
Fabricação em Centrais (Concreto Usinado)
12. 2. Processos de fabricação
Fabricação em Centrais (Concreto Usinado)
Verificação
agregados graúdos: formato / dimensões regulares =
= massa + trabalhável / – resistente
granulometria descontínua / irregular = difícil trabalhabilidade / + resistência
Vantagens
economia de tempo , espaço e mão-de-obra
concreto previamente controlado (dosagem, consistência e resistência)
análise prévia dos materiais que compõem o concreto
menos desperdício de materiais
melhor qualidade
13. 3. Trabalhabilidade
Propriedade do concreto fresco, que identifica sua maior ou
menor aptidão de ser empregado em determinada
finalidade, sem perda de sua homogeneidade
É um teste simples, também chamado "Slump Test" feito na obra
no qual se mede o índice de plasticidade
(trabalhabilidade), em milímetros, de um concreto.
Este ensaio regula a quantidade de água e/ou aditivo
necessário para o lançamento do concreto.
14. 3. Trabalhabilidade
Verificação da consistência (ABNT NBR 7223)
“Abatimento (Slump)” : concreto moldado em forma cônica
( 20cm d x 10 cm base / 30 cm h)
Apoio: superfície rígida
moldagem 3 camadas 25 golpes cada / haste 1,6 cm d / 60 cm
comprimento
Retirada molde
abatimento massa + ou - (aumento diâmetro/ diminuição altura)
diferença entre 30 cm altura após remoção molde = tipo de
consistência / slump
15. 4. Consistência
Tipos de consistência (Slump)
0 mm = muito seca
0 - 20 mm = seca
20 - 50 mm = rija
50 - 120 mm = plástica
120 - 200 mm = úmida
200 - 250 mm = fluida
16. 4. Consistência
Se a consistência não estiver de acordo com a norma (ABNT NBR 7223)
adicionar água suplementar nos limites especificados na
NBR 7212/1984, permitindo que:
o abatimento seja igual ou superior a 10 mm
seja corrigido em até 25 mm
após a adição não ultrapassar o limite máximo especificado
o tempo transcorrido entre a primeira adição de água aos materiais
e o início da descarga seja superior a 15 minutos
Observação: qquer outra adição de água efetuada na obra exime a
concreteira de responsabilidade quanto`as características concreto
17. 5. Resistência à compressão
“Adensamento Manual” (NBR5738 / NB R5739)
4 corpos de prova para cada amostra
concreto colocado em moldes de aço
4 camadas de alturas iguais
cada camada = 30 golpes (haste de socamento)
não deve ultrapassar a camada já adensada
deixar corpos de prova de 12 a 24 horas em temperatura ambiente
transporte até a cura
câmara úmida (3, 7, 28 dias)
corpo de prova é submetido a carregamento uniforme
prensas especiais até o rompimento
(a prensa contém mostrador indicativo dos esforços no momento da ruptura)
18. 6. Sistemas de Transporte
Concreto executado em obra / fabricação manual ou mecânica
equipamentos que evitem a segregação /
perdas dos materiais componentes
até as fôrmas: carrinhos de mão pneumáticos (térreas)
calhas inclinadas (subsolos)
latas de 18l, roldanas (vertical)
distância mistura / fôrma < = 3 metros
Concreto usinado
caminhões-betoneiras / central dosadora até a obra = Transit- Mixed
betoneira estacionária / transporte caminhão agitador = Central- Mixed
mistura início central / conclusão caminhão = Schrink-Mixed
no canteiro de obras o concreto usinado é bombeado
19. 7. Lançamento
Medidas preliminares
Início
o início do lançamento do concreto só pode ser iniciado após o
conhecimento dos resultados dos ensaios da dosagem,
precauções para não haver excesso de água no local de lançamento o que
pode ocasionar a possibilidade do concreto fresco vir a ser lavado
verificação rigorosa das formas, armaduras e limpeza
20. 7. Lançamento
Fôrmas (verificar)
conformidade com o projeto
escoramento/ contraventamento e rigidez dos painéis adequados
limpeza: as formas de madeira devem estar suficientemente molhadas
interior: removidos os cavacos de madeira, serragem e resíduos
carpintaria
moldes bem acabados, juntas bem vedadas
limpeza de peças altas (pilares): janelas na base das formas
21. 7. Lançamento
Fôrmas
Especificação da madeira
roliça (escoramento de lajes e vigas)
pontaletes : pinho ou peroba seca (7,5 espessura)
tábuas : pinho seco (2,5 x 30 cm – exp. larg.)
sarrafos (10 cm x 5 cm )
Chapas compensadas plastificadas, resina topo
até 100 reaproveitamentos 12 mm estrutura comum - marrom
150 reaproveitamentos 12 mm concreto aparente - azul
200 reaproveitamentos 12mm perfeição concretagem - verde
250 reaproveitamentos 12 a 18 mm exportação - grandes estruturas
variante: 6 reaproveitamentos 12 a 18 mm, fibra fenólica, desmoldante
cinza
22. 7. Lançamento
Fôrmas
Montagem
colocação das tábuas: lado do cerne interior da forma (evita abertura das juntas)
juntas bem vedadas, pouco antes da concretagem (para não haver desprendimento)
papel (pouco eficiente) / massa plástica (bom) / mata-juntas “fasquia” (ótimo)
escovação, rega, desmoldante / interna
Desforma / Agente: desmoldante
impede aderência do concreto
evita manchas na mistura (concreto aparente / madeira aplainada ou compensada)
economiza tempo (reaproveitamento de formas usadas)
facilita desforma
conserva madeira
não absorve água de hidratação do concreto
23. 7. Lançamento
Armaduras (verificar)
exata colocação da bitola da armadura (verificar projeto estrutural)
quantidade e posicionamento das barras (verificar projeto estrutural):
distanciamento regular entre barras
perfeito recobrimento das barras nas laterais e fundo (verif. tabela conforme
o tipo de estrutura:
lajes interior e exterior (até 1,5 cm)
paredes ( até 1,5 cm)
vigas e pilares (até 2,0 cm)
concreto aparente ( até 2,5 cm / barras zincadas por imersão)
concreto em contato solo ou água (até 3,0 cm / barras zincadas por imersão)
24. 7. Lançamento
Armaduras
Especificação
“Vergalhão”: aço para construção civil
tipos: barras de aço comum (“ferro”)
Para armaduras, a ABNT adota a classificação por números,
representantes da tensão e escoamento mínimo [kgf/mm²]:
Concreto armado CA-25 CA-32 CA-40 CA-50 CA-60
Concreto protendido CP-80 CP-90 CP-110 CP-125 CP-140 CP-150 CP-160
diâmetros (NBR 7480 / mm):
3,2 / 4,0 / 5,0 / 6,3 / 8,0 / 10,0 / 20,0 / 25,0 / 32,0 / 40,0
“Barras”: produtos com bitolas 5 ou superior
Classificação das barras e fios de aço, conforme fabricação:
Classe A: laminação a quente/ sem deformação a frio
Classe B: trabalhadas a frio, torcidas ou com mossas (deformações)
Fios: concreto protendido
Telas de aço: fabricadas em formas de malhas regulares,
soldadas em todos os pontos de contato (CA-50 / 60 , classe B)
25. 7. Lançamento
Armaduras
Identificação
barras com bitolas < = 10mm ou fios: pintura no topo:
CA 25 amarela
CA 32 verde
CA 40 vermelha
CA 50 branca
CA 60 azul
barras com bitolas > = 10mm: laminação em relevo
identifica fabricante e categoria material. Ex.: SD-50 (a cada 2 metros)
comprimento das barras: 11 metros
2% de barras curtas: mínimo 6 metros
26. 7. Lançamento
Concreto / início: forma pastosa, alta densidade
sofre reação química durante 3 primeiras horas
27. 8. Adensamento
“Vibração”
Objetivo: evitar bolhas de ar (espaços vazios na massa)
Com vibrador ou socador: contínua e energicamente
Bom desempenho do concreto: operador – experiente
Verificação:
o concreto deve preencher todos os recantos da forma
envolvimento completo das barras da armadura
evitar vibração da armadura: vazios podem provocar má aderência
Vibradores de imersão: lajes e pisos / introduzidos na massa em posição vertical
Régua vibratória ou comum: lajes e pisos até 8 cm de espessura
Vibrados de parede: colunas e paredes
Juntas de concretagem (tábuas): necessidade de interrupção do lançamento
Duração exata de adensamento: depende da plasticidade do concreto
28. 9. Cura
Enquanto não atingir resistência satisfatória o concreto deve passar
por um período de “descanso” visando:
que a reação química entre a água e o cimento não gere fissuras ou
trincas no concreto
proteção contra mudanças bruscas de temperatura
secagem rápida
exposição direta ao sol
chuvas fortes
agentes químicos
choques e vibrações (estacas próximas)
29. 9. Cura
Interrupção da concretagem por mais de 3 horas: retomada 72 horas depois
Evitar: vibração concreto novo prejudique o concreto em início de endurecimento
Métodos de cura:
Areia ou serragem de madeira umedecida
Sacaria molhada
Manta plástica
Lâmina d’água
À vapor: peça submetida a 70 C – concreto pré-moldado / prazo curto
Grandes volumes de concreto:
Aditivos
Produtos químicos
30. 10. Desforma
Prazos:
faces laterais................... 03 dias
retirada de algumas escoras................... 07 dias
faces inferiores (escoras encunhadas)................... 14 dias
desforma total (menos vigas e arcos > 10 m)................... 21 dias
vigas e arcos > 10 m................... 28 dias
Com aditivos (aceleradores de pega):
faces inferiores (escoras encunhadas).................... 07 dias
desforma total (menos vigas e arcos > 10 m).................... 11 dias
vigas e arcos > 10 m................... 21 dias
Evitar choques ou retiradas de escoras bruscas em estruturas esbeltas
Grandes vãos ou balanços: programa de desforma (calculista)
31. 10. Desforma
Consertos de falhas “Bicheiras”:
remover o concreto solto,
apicoar e limpar bem o lugar a a ser reparado
limpar bem as barras de armadura descoberta,
removendo toda a ferrugem
aplicar um adesivo a base de epóxi na superfície de contato com o
concreto e barras de aço com novo concreto de enchimento
preenchimento do vazio (cachimbo ou concreto quase seco),
recomendável aplicação de um aditivo inibidor de retração (expansor)
32. 11. Tipos de Concreto
Classificação
Depende da dosagem dos ingredientes, sua aplicação ou eventual substituição:
Concreto colorido
recebe pigmentação
estruturas aparentes
Concreto leve
peças estruturais ou não
exigência de peso reduzido
brita substituída por agregados de baixa densidade (argila expandida)
função termoacústica
Concreto refrigerado
temperatura controlada com a inclusão de gelo,
água gelada ou nitrogênio líquido: substituindo a água
peças de grande dimensões
calor da hidratação do concreto é dissipado: reduz tensões e fissuras
33. 11. Tipos de Concreto
Classificação
Concreto de alto desempenho
aditivos superplastificantes (cinza / queima do carvão – pozolana)
ou pó de sílica
elevada resistência mecânica
impermeabilidade
coberturas, piscinas, pilares de grandes dimensões
Concreto protendido
concreto submetido a um estado prévio de tensões,
de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento
concreto: elevada resistência a compressão
aços: elevada resistência a tração
Concreto submerso
aditivos plastificantes para coesão à massa
evita que a mesma se misture à água
rios, lençóis freáticos
Concreto resistente a meios agressivos
traço especial (calculista): menos cimento
ideal para fachadas
aditivos: maior durabilidade
34. 11. Tipos de Concreto
Classificação
Concreto com fibras
fibras de polipropileno, carbono e acrílico
massa tem maior controle contra fissuras
menor resistência
Concreto projetado e bombeado
máquinas especiais conduzem o concreto até a forma
traço alterado: evita entupimentos
projetado: + seco, ideal para reparos / umidade
bombeado: + fluido, substitui mão-de-obra, guinchos e elevadores
para condução do concreto (da betoneira até a forma)
facilita adensamento
Concreto com resíduos sólidos
agregados graúdos e miúdos: substituídos por resíduos sólidos
tratados e triturados para este fim
Obras de pequeno porte (volume de concreto e cargas)
35. 12. Aditivos
Características: depende da finalidade do concreto
aumento da capacidade
acréscimo da resistência aos esforços mecânicos
melhoria da trabalhabilidade
diminuição da retração
aumento da durabilidade
possibilidade de retirada de cimbres e formas em curto prazo
diminuição do calor da hidratação
Tipos mais comuns
retardador: tempo de pega/ aumenta coesão massa / evita fissura/ resistência final
acelerador: endurecimento/ resistência inicial
plastificante e densificador: trabalhabilidade (fresco) / estanqueidade (pronto) / resistência à
compressão e tração / reduz tempo de pega /
desmoldagem mais rápida / diminui retração concreto / proteção ferragens /
maior durabilidade e aspecto aparente
incorporador de ar: quando há deficiência de granulometria fina / trabalhabilidade /
concreto mais fresco e coeso / reduz segregação /
redução de água (resistência, durabilidade, impermeabilidade )