[1] Chimamanda Adichie fala sobre o perigo de se ter uma única história sobre pessoas e lugares, citando suas próprias experiências lendo livros sobre crianças brancas quando jovem e sendo vista apenas como uma africana nos EUA.
[2] Ela conta como cresceu acreditando que livros só tinham personagens estrangeiras até descobrir escritores africanos, e como via a família do empregado apenas como pobres até conhecê-los melhor.
[3] Adichie argumenta que ter apenas
O documento descreve a história de Adinkra, um antigo sistema de escrita criado pelos povos Akan na África Ocidental. Adinkra era um rei que detinha conhecimentos sobre tecidos e estamparia e foi morto em batalha, tendo sua cabeça exposta como troféu. A palavra adinkra passou a significar "despedida" e também denomina os ideogramas desses povos que representam aspectos de sua história, filosofia e valores.
Este boletim da biblioteca escolar apresenta as atividades planejadas para o mês de maio, incluindo uma exposição sobre o autor do mês Isabel Allende e suas obras, oficinas de escrita criativa, sessões de poesia, e novidades de livros e DVDs.
❖ O documento descreve a vida e obra da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, uma mulher negra e pobre que viveu na favela de Canindé em São Paulo. Ela escreveu diários sobre sua vida cotidiana lutando pela sobrevivência, que foram publicados em livro e se tornaram um sucesso internacional.
1) A autora descreve seu dia a dia catando papel e conversando com pessoas na favela onde mora.
2) Ela fala sobre seu sonho de infância de se tornar homem para defender o Brasil e sobre a distância entre políticos e o povo.
3) A autora relata as dificuldades de acesso a água potável e saneamento básico na favela.
O documento é uma transcrição de uma longa entrevista com o escritor moçambicano Mia Couto. Ele fala sobre sua experiência como escritor em Moçambique, os principais problemas do país como a pobreza e histórico de guerra civil, e sua relação com Moçambique e Portugal.
1) Conceição Evaristo nasceu em uma família pobre em Belo Horizonte e teve uma infância difícil, tendo que trabalhar como empregada doméstica para ajudar a família. Sua escrita é inspirada nestas experiências de vida e aborda temas como discriminação racial, de gênero e de classe.
2) O livro "Olhos d'Água" contém vários contos que retratam a vida de mulheres negras e pobres no Brasil. As histórias exploram temas como violência
Este documento fornece informações sobre os direitos autorais da obra "O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares". Ele especifica que a obra está disponível gratuitamente para uso parcial em pesquisas acadêmicas e proíbe o uso comercial do conteúdo. Também apresenta dados técnicos como tradução, editora e revisores.
Uma história de amor, empreendedorismo e libertação.
Tudo o que foi escrito durante o desafio de contar 15anosem15dias, em formato PDF para você baixar e ler quando e onde quiser!
O documento descreve a história de Adinkra, um antigo sistema de escrita criado pelos povos Akan na África Ocidental. Adinkra era um rei que detinha conhecimentos sobre tecidos e estamparia e foi morto em batalha, tendo sua cabeça exposta como troféu. A palavra adinkra passou a significar "despedida" e também denomina os ideogramas desses povos que representam aspectos de sua história, filosofia e valores.
Este boletim da biblioteca escolar apresenta as atividades planejadas para o mês de maio, incluindo uma exposição sobre o autor do mês Isabel Allende e suas obras, oficinas de escrita criativa, sessões de poesia, e novidades de livros e DVDs.
❖ O documento descreve a vida e obra da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, uma mulher negra e pobre que viveu na favela de Canindé em São Paulo. Ela escreveu diários sobre sua vida cotidiana lutando pela sobrevivência, que foram publicados em livro e se tornaram um sucesso internacional.
1) A autora descreve seu dia a dia catando papel e conversando com pessoas na favela onde mora.
2) Ela fala sobre seu sonho de infância de se tornar homem para defender o Brasil e sobre a distância entre políticos e o povo.
3) A autora relata as dificuldades de acesso a água potável e saneamento básico na favela.
O documento é uma transcrição de uma longa entrevista com o escritor moçambicano Mia Couto. Ele fala sobre sua experiência como escritor em Moçambique, os principais problemas do país como a pobreza e histórico de guerra civil, e sua relação com Moçambique e Portugal.
1) Conceição Evaristo nasceu em uma família pobre em Belo Horizonte e teve uma infância difícil, tendo que trabalhar como empregada doméstica para ajudar a família. Sua escrita é inspirada nestas experiências de vida e aborda temas como discriminação racial, de gênero e de classe.
2) O livro "Olhos d'Água" contém vários contos que retratam a vida de mulheres negras e pobres no Brasil. As histórias exploram temas como violência
Este documento fornece informações sobre os direitos autorais da obra "O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares". Ele especifica que a obra está disponível gratuitamente para uso parcial em pesquisas acadêmicas e proíbe o uso comercial do conteúdo. Também apresenta dados técnicos como tradução, editora e revisores.
Uma história de amor, empreendedorismo e libertação.
Tudo o que foi escrito durante o desafio de contar 15anosem15dias, em formato PDF para você baixar e ler quando e onde quiser!
Palestra Criatiane Madanêlo 12 de maio de 2015Fabiana Esteves
O documento resume a obra da escritora brasileira Ana Maria Machado em 3 frases. Apresenta sua trajetória como professora, jornalista e exilada política durante a ditadura, além de destacar prêmios recebidos. Resume também dois contos infantis da autora, "O príncipe que bocejava" e "A princesa que escolhia", que questionam estereótipos de gênero e defendem a liberdade de escolha.
O documento narra a história de vida de Dona Luci desde o seu nascimento em 1952 até o período após seu divórcio. Começa descrevendo a infância humilde de Luci em Pirajuí e a mudança para Bauru aos 2 anos. Posteriormente fala sobre a adolescência, o casamento aos 24 anos e o nascimento de seus 3 filhos. Por fim, aborda o divórcio depois de 13 anos de casamento e o período difícil que Luci enfrentou para reconstruir sua vida.
Como parte do projeto A Cidade que é a nossa cara – A Arte e o Tempo, elaboramos um livro que narra a vida de um morador da cidade, pois entendemos que tão ou mais importante que o patrimônio arquitetônico e natural das cidades, são as pessoas que nela moram, com suas memórias, histórias e imaginários.
A cidade por excelência em meio a toda estrutura social atropela o humano, o particular e torna-nos de certa forma homogêneos e invisíveis.
Pretendemos voltar nosso olhar para as pessoas e suas histórias; ouvi-las e recontá-las por meio da sensibilidade artística de cada aluno envolvido no projeto.
O que o aluno poderá aprender com esta aulaCarla Erica
Este documento fornece orientações para uma aula sobre a importância de reconhecer o autor e ilustrador de um livro. A aula ensina crianças a identificar essas informações na capa do livro e estimula o gosto pela leitura. A aula sugere livros de autores brasileiros para familiarizar as crianças e inclui uma lista extensa de obras para o professor selecionar.
Projeto 2015 Divisão de Leitura SME Duque de CaxiasFabiana Esteves
Este documento apresenta o projeto "Quando Ana conta um conto, faz contato em algum ponto" da Divisão de Leitura de Duque de Caxias para 2015, que visa homenagear a escritora Ana Maria Machado. O projeto será desenvolvido em duas tramas ao longo do ano letivo e busca promover a leitura literária entre alunos e professores por meio de atividades inspiradas na obra e vida de Ana Maria Machado.
O documento apresenta informações sobre monstros clássicos da literatura como Drácula, Frankenstein, A Múmia e Lobisomens. Detalha as origens e características desses personagens, desde suas primeiras aparições em obras literárias até adaptações para o cinema. Inclui também curiosidades sobre os filmes e detalhes sobre variantes culturais dessas lendas em diferentes países.
Este documento resume narrativas orais e escritas de estudantes angolanos no Brasil. As memórias descrevem experiências com avós tradicionais e a importância de preservar saberes culturais do passado. Alguns sentem falta de seu país natal e buscam "encarnar o espírito patriótico" de Angola.
Alice, uma professora aposentada que se mudou para Porto Alegre para cuidar do neto ainda não nascido de sua filha Norinha, começa a escrever em um caderno velho para colocar para fora seus sentimentos de solidão e raiva. Ela sai para as ruas atrás de Cícero Araújo, filho de uma antiga conhecida, como forma de escapar da realidade. Após alguns dias procurando e conversando com os moradores da cidade, Alice continua escrevendo no caderno sobre suas descobertas e recordações do passado.
Este documento fornece informações biográficas e sobre algumas obras de vários autores portugueses de literatura infantil e juvenil, incluindo datas de nascimento, lugares de nascimento e algumas citações dos próprios autores sobre seus processos criativos e trajetórias como escritores.
Auden resolve passar as férias de verão em Colby, uma minúscula cidade do litoral, com o pai, sua nova esposa e Thisbe, a filha do casal e sua mais nova irmãzinha. Lá, ela revê seus conceitos em relação à madrasta, encara um emprego de férias em uma boutique totalmente demais e conhece Eli, um garoto misterioso com o qual embarca em uma busca: experimentar uma adolescência sem preocupações que lhe foi negada enquanto ele procura se recuperar de um acontecimento trágico. Junte dois solitários, uma bicicleta, um estoque infindável de madrugadas com insônia, tortas e café e… tudo pode acontecer.
À ESPERA NO CENTEIO, Jerome David SalingerCarolina Sousa
O documento resume o livro "À Espera no Centeio" de J.D. Salinger. Conta a história de Holden Caulfield, um adolescente confuso que é expulso do colégio e passa alguns dias em Nova Iorque antes de enfrentar os pais. O livro explora temas como o crescimento para a idade adulta e a perspectiva dos adolescentes.
O artigo discute como a crise atual ultrapassa o campo financeiro e exige reflexão de diferentes áreas. A crise representa uma oportunidade para lidar com problemas urgentes como o desemprego, mas também para promover mudanças mais profundas como investir em sustentabilidade e reduzir desigualdades. Deve-se apoiar setores em crise com critérios que promovam inovações e compromissos sociais e ambientais.
Neste documento discute-se: 1) A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e as línguas faladas em Moçambique; 2) Dois poemas de autores moçambicanos, José Craveirinha e Noémia de Sousa; 3) O romance "Terra Sonâmbula" de Mia Couto sobre a guerra civil em Moçambique.
O romance retrata o cotidiano de um grupo de meninos de rua chamados Capitães da Areia na cidade de Salvador. Liderados por Pedro Bala, o grupo sobrevive através de pequenos furtos e assaltos. A narrativa acompanha as vidas e personalidades distintas dos membros do grupo, como Professor, Gato e Sem Pernas, até que alguns acabam seguindo novos caminhos ao final da obra.
Carta de intenção ou memorial: um modelo de ajudaLOCIMAR MASSALAI
1) O documento é uma carta de intenções do autor à comissão de seleção do MAPSI, descrevendo sua trajetória acadêmica e profissional.
2) O autor cresceu em Rondônia em uma família de migrantes e sempre teve paixão por estudar e se tornar educador.
3) Atualmente o autor é docente no curso de Pedagogia do Ceulji/Ulbra e busca constantemente o aprimoramento profissional, tendo concluído diversos cursos de graduação, pós-graduação,
1. O autor descreve seu primeiro contato com histórias quando criança, ouvindo um vizinho contar histórias para as crianças.
2. Ele também fala sobre seu primeiro encontro prático com crianças durante o estágio, onde teve que lidar com o silêncio inicial de uma menina de 5 anos.
3. Após observá-la desenhar, o autor pergunta se ela queria contar a história do desenho, o que ela fez de forma rica em detalhes, surpreendendo-o.
Este documento apresenta uma lista de cinco novos escritores brasileiros, discute brevemente a trajetória da escritora Heleny Galati e anuncia seus próximos projetos literários, incluindo um livro sobre sua viagem à Turquia intitulado "Luzes da Turquia".
O documento descreve a representação do índio na literatura brasileira em diferentes períodos literários. No Quinhentismo, o índio é descrito como inocente e selvagem. No Barroco, Gregório de Matos critica os novos donos do poder ligados aos índios. No Arcadismo, o índio é idealizado com traços europeus. No Romantismo, Gonçalves Dias e Alencar apresentam o índio de forma heroica e ligada à natureza.
O documento discute o conceito de "perigo da história única" apresentado pela escritora nigeriana Chimamanda Adichie em uma palestra no TED. Ela explica como as pessoas são influenciadas por uma única narrativa sobre um lugar ou grupo e como isso leva a estereótipos. Adichie dá exemplos próprios de como cresceu acreditando em histórias únicas sobre a África e imigrantes. Ela argumenta que histórias únicas são propagadas através do poder e influenciam a percepção das pessoas.
A autora descreve sua infância mágica e sem preocupações, onde brincava livremente com outras crianças. Ela aprendeu a ler cedo e gostava de literatura. Na adolescência, estudou em um colégio interno onde se interessou por história e arte. Aos 17 anos entrou na faculdade e aos 19 casou-se. Mais tarde, aos 63 anos, descobriu sua vocação para a escrita e publicou diversos romances e livros infantis. Agora, aos 75 anos, continua escrevendo e se sente realizada.
1. O documento fornece uma lista de 40 livros que valorizam a cultura e identidade negra, incluindo títulos sobre consciência negra, escravidão, racismo e afirmação da identidade afro-brasileira.
2. Entre os livros destacados estão "Mulato: Negro - Não negro e ou Branco - Não branco" sobre a identidade de mestiços, e "A História dos Escravos" que aborda o tema da escravidão de forma acessível para crianças.
3. A lista também incl
Palestra Criatiane Madanêlo 12 de maio de 2015Fabiana Esteves
O documento resume a obra da escritora brasileira Ana Maria Machado em 3 frases. Apresenta sua trajetória como professora, jornalista e exilada política durante a ditadura, além de destacar prêmios recebidos. Resume também dois contos infantis da autora, "O príncipe que bocejava" e "A princesa que escolhia", que questionam estereótipos de gênero e defendem a liberdade de escolha.
O documento narra a história de vida de Dona Luci desde o seu nascimento em 1952 até o período após seu divórcio. Começa descrevendo a infância humilde de Luci em Pirajuí e a mudança para Bauru aos 2 anos. Posteriormente fala sobre a adolescência, o casamento aos 24 anos e o nascimento de seus 3 filhos. Por fim, aborda o divórcio depois de 13 anos de casamento e o período difícil que Luci enfrentou para reconstruir sua vida.
Como parte do projeto A Cidade que é a nossa cara – A Arte e o Tempo, elaboramos um livro que narra a vida de um morador da cidade, pois entendemos que tão ou mais importante que o patrimônio arquitetônico e natural das cidades, são as pessoas que nela moram, com suas memórias, histórias e imaginários.
A cidade por excelência em meio a toda estrutura social atropela o humano, o particular e torna-nos de certa forma homogêneos e invisíveis.
Pretendemos voltar nosso olhar para as pessoas e suas histórias; ouvi-las e recontá-las por meio da sensibilidade artística de cada aluno envolvido no projeto.
O que o aluno poderá aprender com esta aulaCarla Erica
Este documento fornece orientações para uma aula sobre a importância de reconhecer o autor e ilustrador de um livro. A aula ensina crianças a identificar essas informações na capa do livro e estimula o gosto pela leitura. A aula sugere livros de autores brasileiros para familiarizar as crianças e inclui uma lista extensa de obras para o professor selecionar.
Projeto 2015 Divisão de Leitura SME Duque de CaxiasFabiana Esteves
Este documento apresenta o projeto "Quando Ana conta um conto, faz contato em algum ponto" da Divisão de Leitura de Duque de Caxias para 2015, que visa homenagear a escritora Ana Maria Machado. O projeto será desenvolvido em duas tramas ao longo do ano letivo e busca promover a leitura literária entre alunos e professores por meio de atividades inspiradas na obra e vida de Ana Maria Machado.
O documento apresenta informações sobre monstros clássicos da literatura como Drácula, Frankenstein, A Múmia e Lobisomens. Detalha as origens e características desses personagens, desde suas primeiras aparições em obras literárias até adaptações para o cinema. Inclui também curiosidades sobre os filmes e detalhes sobre variantes culturais dessas lendas em diferentes países.
Este documento resume narrativas orais e escritas de estudantes angolanos no Brasil. As memórias descrevem experiências com avós tradicionais e a importância de preservar saberes culturais do passado. Alguns sentem falta de seu país natal e buscam "encarnar o espírito patriótico" de Angola.
Alice, uma professora aposentada que se mudou para Porto Alegre para cuidar do neto ainda não nascido de sua filha Norinha, começa a escrever em um caderno velho para colocar para fora seus sentimentos de solidão e raiva. Ela sai para as ruas atrás de Cícero Araújo, filho de uma antiga conhecida, como forma de escapar da realidade. Após alguns dias procurando e conversando com os moradores da cidade, Alice continua escrevendo no caderno sobre suas descobertas e recordações do passado.
Este documento fornece informações biográficas e sobre algumas obras de vários autores portugueses de literatura infantil e juvenil, incluindo datas de nascimento, lugares de nascimento e algumas citações dos próprios autores sobre seus processos criativos e trajetórias como escritores.
Auden resolve passar as férias de verão em Colby, uma minúscula cidade do litoral, com o pai, sua nova esposa e Thisbe, a filha do casal e sua mais nova irmãzinha. Lá, ela revê seus conceitos em relação à madrasta, encara um emprego de férias em uma boutique totalmente demais e conhece Eli, um garoto misterioso com o qual embarca em uma busca: experimentar uma adolescência sem preocupações que lhe foi negada enquanto ele procura se recuperar de um acontecimento trágico. Junte dois solitários, uma bicicleta, um estoque infindável de madrugadas com insônia, tortas e café e… tudo pode acontecer.
À ESPERA NO CENTEIO, Jerome David SalingerCarolina Sousa
O documento resume o livro "À Espera no Centeio" de J.D. Salinger. Conta a história de Holden Caulfield, um adolescente confuso que é expulso do colégio e passa alguns dias em Nova Iorque antes de enfrentar os pais. O livro explora temas como o crescimento para a idade adulta e a perspectiva dos adolescentes.
O artigo discute como a crise atual ultrapassa o campo financeiro e exige reflexão de diferentes áreas. A crise representa uma oportunidade para lidar com problemas urgentes como o desemprego, mas também para promover mudanças mais profundas como investir em sustentabilidade e reduzir desigualdades. Deve-se apoiar setores em crise com critérios que promovam inovações e compromissos sociais e ambientais.
Neste documento discute-se: 1) A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e as línguas faladas em Moçambique; 2) Dois poemas de autores moçambicanos, José Craveirinha e Noémia de Sousa; 3) O romance "Terra Sonâmbula" de Mia Couto sobre a guerra civil em Moçambique.
O romance retrata o cotidiano de um grupo de meninos de rua chamados Capitães da Areia na cidade de Salvador. Liderados por Pedro Bala, o grupo sobrevive através de pequenos furtos e assaltos. A narrativa acompanha as vidas e personalidades distintas dos membros do grupo, como Professor, Gato e Sem Pernas, até que alguns acabam seguindo novos caminhos ao final da obra.
Carta de intenção ou memorial: um modelo de ajudaLOCIMAR MASSALAI
1) O documento é uma carta de intenções do autor à comissão de seleção do MAPSI, descrevendo sua trajetória acadêmica e profissional.
2) O autor cresceu em Rondônia em uma família de migrantes e sempre teve paixão por estudar e se tornar educador.
3) Atualmente o autor é docente no curso de Pedagogia do Ceulji/Ulbra e busca constantemente o aprimoramento profissional, tendo concluído diversos cursos de graduação, pós-graduação,
1. O autor descreve seu primeiro contato com histórias quando criança, ouvindo um vizinho contar histórias para as crianças.
2. Ele também fala sobre seu primeiro encontro prático com crianças durante o estágio, onde teve que lidar com o silêncio inicial de uma menina de 5 anos.
3. Após observá-la desenhar, o autor pergunta se ela queria contar a história do desenho, o que ela fez de forma rica em detalhes, surpreendendo-o.
Este documento apresenta uma lista de cinco novos escritores brasileiros, discute brevemente a trajetória da escritora Heleny Galati e anuncia seus próximos projetos literários, incluindo um livro sobre sua viagem à Turquia intitulado "Luzes da Turquia".
O documento descreve a representação do índio na literatura brasileira em diferentes períodos literários. No Quinhentismo, o índio é descrito como inocente e selvagem. No Barroco, Gregório de Matos critica os novos donos do poder ligados aos índios. No Arcadismo, o índio é idealizado com traços europeus. No Romantismo, Gonçalves Dias e Alencar apresentam o índio de forma heroica e ligada à natureza.
O documento discute o conceito de "perigo da história única" apresentado pela escritora nigeriana Chimamanda Adichie em uma palestra no TED. Ela explica como as pessoas são influenciadas por uma única narrativa sobre um lugar ou grupo e como isso leva a estereótipos. Adichie dá exemplos próprios de como cresceu acreditando em histórias únicas sobre a África e imigrantes. Ela argumenta que histórias únicas são propagadas através do poder e influenciam a percepção das pessoas.
A autora descreve sua infância mágica e sem preocupações, onde brincava livremente com outras crianças. Ela aprendeu a ler cedo e gostava de literatura. Na adolescência, estudou em um colégio interno onde se interessou por história e arte. Aos 17 anos entrou na faculdade e aos 19 casou-se. Mais tarde, aos 63 anos, descobriu sua vocação para a escrita e publicou diversos romances e livros infantis. Agora, aos 75 anos, continua escrevendo e se sente realizada.
1. O documento fornece uma lista de 40 livros que valorizam a cultura e identidade negra, incluindo títulos sobre consciência negra, escravidão, racismo e afirmação da identidade afro-brasileira.
2. Entre os livros destacados estão "Mulato: Negro - Não negro e ou Branco - Não branco" sobre a identidade de mestiços, e "A História dos Escravos" que aborda o tema da escravidão de forma acessível para crianças.
3. A lista também incl
A EDUCACAO COMO CULTURA - RELATO DE MEMÓRIAS - rosa dos ventos.pdfssuser0c9a32
O documento discute a educação popular e sua transformação em cultura popular a partir da militância dos anos 1960, principalmente no meio rural brasileiro. Relata experiências de um militante da educação popular que posteriormente se tornou antropólogo, ainda acreditando no papel transformador da cultura e educação. Inclui histórias de um índio, uma menina vietnamita e um lavrador mineiro para ilustrar diferentes concepções de educação e saber.
Fascinante história de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas.
Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico.
Este documento relata uma visita à biblioteca da Escola Básica 2,3 Mário de Sá Carneiro onde apresentaram o livro "África Minha" da autora Karen Blixen para dar as boas-vindas a uma família de um aluno. O documento resume a obra e o seu impacto, bem como sugere a leitura de outro livro da autora "Sombras no Capim".
Severino de Maria narra sua história e identidade complexa. Ele explica que, devido à abundância de homens chamados Severino na região, ele é conhecido como "Severino da Maria do finado Zacarias", para distinguí-lo dos outros. No entanto, sua história familiar é ainda mais intrincada.
O documento resume a obra "Dom Casmurro" de Machado de Assis. Apresenta dados do aluno, da escola e da obra. Fornece informações biográficas do autor e sobre a trama, que gira em torno do personagem Bentinho e seu ciúme excessivo da esposa Capitu. O resumo também inclui detalhes sobre a classificação, espaço e tempo da narrativa.
1) Alexandre Honrado começou a escrever desde muito jovem, oferecendo um livro ilustrado à sua professora aos sete anos de idade.
2) Ele escreveu vários tipos de histórias ao longo de sua carreira, incluindo peças infantis, contos, ficção para adultos e roteiros para televisão e cinema.
3) Sua paixão pela escrita e jornalismo surgiu cedo, quando começou a escrever para o jornal da escola, e ele credita alguns de seus
Recordações do Escrivão Isaías Caminha - 3ª A - 2011Daniel Leitão
O documento apresenta uma biografia do escritor Lima Barreto e resume seu romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Lima Barreto foi um jornalista e escritor brasileiro do início do século XX que retratou a sociedade de sua época de forma realista, abordando temas como preconceito racial e a hipocrisia da imprensa. O romance é narrado em primeira pessoa e acompanha a jornada de vida do personagem Isaías Caminha.
Este documento analisa a obra "Menina bonita do laço de fita" de Ana Maria Machado. A história fala de uma menina negra bonita que admiração de seu vizinho, um coelho branco, que tenta em vão ficar com a cor de pele da menina. O documento discute como a obra aborda questões como aceitação, beleza e identidade racial em crianças. Ele também fornece detalhes sobre a autora e o processo criativo por trás da história.
O livro "Minha Vida de Menina" é um diário fictício escrito sob o pseudônimo de Helena Morley, mas na verdade foi escrito por Alice Dayrell Caldeira Brant. Narra as memórias da infância da autora em Diamantina, Minas Gerais entre 1893-1895, abordando temas como desigualdade social, preconceito religioso e educação feminina da época. O livro foi um sucesso de vendas quando lançado em 1942 e ajudou a popularizar o estilo de linguagem coloquial no modern
O documento apresenta a história de Maria Rosa Monteiro, mãe de Honestino Guimarães, que foi preso durante a invasão da Polícia Militar à Universidade de Brasília em 1968. O texto descreve o contexto da cidade de Brasília e da invasão policial que resultou na prisão de estudantes que faziam campanha contra o Regime Militar, incluindo o filho de Maria Rosa.
Reinações de Narizinho é considerado o ponto de partida da literatura infantil de Monteiro Lobato, apresentando os principais personagens do Sítio do Picapau Amarelo como Dona Benta, Narizinho e Tia Nastácia. O livro reúne várias histórias curtas nas quais Narizinho transita entre o mundo real e da imaginação. As histórias perpassam temas da literatura infantil mundial e do folclore brasileiro.
Análise Literária sobre a Escritora Clarice Lispector, abordando sobre sua vida pessoal e profissional. Trabalho feito na disciplina de Literatura seguindo as normas abnt 2016.
Literaturas Africanas de Língua PortuguesaJirede Abisai
1) A literatura africana contemporânea surgiu a partir do movimento da negritude e de revoltas anticolonialistas, tendo como principais expoentes escritores como Léopold Sédar Senghor e Mongo Beti.
2) Após as independências, a literatura africana passou a condenar governos totalitários e a narrar as experiências sob esses contextos, enquanto alguns escritores buscavam resgatar tradições.
3) Autores renomados como Wole Soyinka, Nadine Gordimer e Naguib Mahfuz al
Literaturas africanas contemporâneas: o texto lendo o contexto.
Professor Viegas Fernandes da Costa
ppt da palestra proferida aos professores do SESI / Blumenau em 24/07/2014.
Este documento apresenta resumos de três trabalhos realizados por alunos no âmbito do Plano Nacional de Leitura sobre livros diferentes. O primeiro resume "Fora de Serviço" de António Mota e descreve a história de uma mãe exausta com as tarefas domésticas. O segundo resume "Mudança Radical" de Maria Teresa Gonzalez e fala de três irmãos que têm de se mudar para o campo. O terceiro resume "O Menino Estrela" de Oscar Wilde e conta a história de uma criança encontrada
O livro A Mãe, escrito em 1907 por Máximo Gorki, descreve a miséria e revolta do povo russo sob o czar Nicolau II. Nele, Pavel e sua mãe Pelágia apoiam os operários bolcheviques em suas atividades políticas anti-czaristas, mesmo arriscando perigo. A mãe faz de tudo para proteger o filho e seus companheiros, representando o amor incondicional de uma mãe.
1. Chimamanda Adichie: “O perigo de uma única história”.
http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html
Translated into Portuguese (Brazil) by Erika Barbosa
Reviewed by Belucio Haibara
Eu sou uma contadora de histórias e gostaria de contar a vocês algumas histórias pessoais
sobre o que eu gosto de chamar "o perigo de uma história única".
Eu cresci num campus universitário no leste da Nigéria. Minha mãe diz que eu comecei a ler
com dois anos, mas eu acho que quatro é provavelmente mais próximo da verdade. Então, eu
fui uma leitora precoce. E o que eu lia eram livros infantis britânicos e americanos. Eu fui
também uma escritora precoce. E quando comecei a escrever, por volta dos sete anos,
histórias com ilustrações em giz de cera, que minha pobre mãe era obrigada a ler, eu escrevia
exatamente os tipos de histórias que eu lia. Todos os meus personagens eram brancos de
olhos azuis. Eles brincavam na neve. Comiam maçãs. (Risos da plateia) E eles falavam muito
sobre o tempo, em como era maravilhoso o sol ter aparecido. (Risos da plateia), apesar do
fato que eu morava na Nigéria.
Eu nunca havia estado fora da Nigéria. Nós não tínhamos neve, nós comíamos mangas. E nós
nunca falávamos sobre o tempo porque não era necessário. Meus personagens também
bebiam muita cerveja de gengibre porque as personagens dos livros britânicos que eu lia
bebiam cerveja de gengibre. Não importava que eu não tivesse a mínima ideia do que era
cerveja de gengibre. (Risos da plateia) E por muitos anos depois, eu desejei desesperadamente
experimentar cerveja de gengibre. Mas isso é outra história. A meu ver, o que isso demonstra
é como nós somos impressionáveis e vulneráveis em face de uma história, principalmente
quando somos crianças. Porque tudo que eu havia lido eram livros nos quais as personagens
eram estrangeiras, eu convenci-me de que os livros, por sua própria natureza, tinham que ter
estrangeiros e tinham que ser sobre coisas com as quais eu não podia me identificar. Bem, as
coisas mudaram quando eu descobri os livros africanos. Não havia muitos disponíveis e eles
não eram tão fáceis de encontrar quanto os livros estrangeiros, mas devido a escritores como
Chinua Achebe e Camara Laye eu passei por uma mudança mental em minha percepção da
literatura. Eu percebi que pessoas como eu, meninas com a pele da cor de chocolate, cujos
cabelos crespos não poderiam formar rabos-de-cavalo, também podiam existir na literatura.
Eu comecei a escrever sobre coisas que eu reconhecia. Bem, eu amava aqueles livros
americanos e britânicos que eu lia. Eles mexiam com a minha imaginação, me abriam novos
mundos. Mas a consequência inesperada foi que eu não sabia que pessoas como eu podiam
existir na literatura. Então o que a descoberta dos escritores africanos fez por mim foi: salvou-
me de ter uma única história sobre o que os livros são.
Eu venho de uma família nigeriana convencional, de classe média. Meu pai era professor.
Minha mãe, administradora. Então nós tínhamos como era normal, empregada doméstica, que
frequentemente vinha das aldeias rurais próximas. Então, quando eu fiz oito anos, arranjamos
um novo menino para a casa. Seu nome era Fide. A única coisa que minha mãe nos disse sobre
ele foi que sua família era muito pobre. Minha mãe enviava inhames, arroz e nossas roupas
usadas para sua família. E quando eu não comia tudo no jantar, minha mãe dizia: "Termine sua
2. comida! Você não sabe que pessoas como a família de Fide não tem nada?" Então eu sentia
uma enorme pena da família de Fide.
Então, num sábado, nós fomos visitar a sua aldeia e sua mãe nos mostrou um cesto com um
padrão lindo, feito de ráfia seca por seu irmão. Eu fiquei atônita! Nunca havia pensado que
alguém em sua família pudesse realmente criar alguma coisa. Tudo que eu tinha ouvido sobre
eles era como eram pobres, assim havia se tornado impossível pra mim vê-los como alguma
coisa além de pobres. Sua pobreza era minha história única sobre eles.
Anos mais tarde, pensei nisso quando deixei a Nigéria para cursar universidade nos Estados
Unidos. Eu tinha 19 anos. Minha colega de quarto americana ficou chocada comigo. Ela
perguntou onde eu tinha aprendido a falar inglês tão bem e ficou confusa quando eu disse
que, por acaso, a Nigéria tinha o inglês como sua língua oficial. Ela perguntou se podia ouvir o
que ela chamou de minha "música tribal" e, consequentemente, ficou muito desapontada
quando eu toquei minha fita da Mariah Carey. (Risos da plateia) Ela presumiu que eu não sabia
como usar um fogão.
O que me impressionou foi que: ela sentiu pena de mim antes mesmo de ter me visto. Sua
posição padrão para comigo, como uma africana, era um tipo de arrogância bem intencionada,
piedade. Minha colega de quarto tinha uma única história sobre a África. Uma única história de
catástrofe. Nessa única história não havia possibilidade de os africanos serem iguais a ela, de
jeito nenhum. Nenhuma possibilidade de sentimentos mais complexos do que piedade.
Nenhuma possibilidade de uma conexão como humanos iguais.
Eu devo dizer que antes de ir para os Estados Unidos, eu não me identificava,
conscientemente, como uma africana. Mas nos EUA, sempre que o tema África surgia, as
pessoas recorriam a mim. Não importava que eu não soubesse nada sobre lugares como a
Namíbia. Mas eu acabei por abraçar essa nova identidade. E, de muitas maneiras, agora eu
penso em mim mesma como uma africana. Entretanto, ainda fico um pouco irritada quando se
referem à África como um país. O exemplo mais recente foi meu maravilhoso voo de Lagos,
dois dias atrás, não fosse um anúncio de um voo da Virgin sobre o trabalho de caridade na
"Índia, África e outros países". (Risos da plateia)
Então, após ter passado vários anos nos EUA como uma africana, eu comecei a entender a
reação de minha colega para comigo. Se eu não tivesse crescido na Nigéria e se tudo que eu
conhecesse sobre a África viesse das imagens populares, eu também pensaria que a África
fosse um lugar de lindas paisagens, lindos animais e pessoas incompreensíveis, lutando guerras
sem sentido, morrendo de pobreza e AIDS, incapazes de falar por elas mesmas e esperando
serem salvos por um estrangeiro branco e gentil. Eu veria os africanos do mesmo jeito que eu,
quando criança, havia visto a família de Fide.
Eu acho que essa única história da África vem da literatura ocidental. Então, aqui temos uma
citação de um mercador londrino chamado John Locke, que navegou até o oeste da África em
1561 e manteve um fascinante relato de sua viagem. Após referir-se aos negros africanos
como "bestas que não tem casas", ele escreve: "Eles também são pessoas sem cabeças, que
“têm sua boca e olhos em seus seios.” Eu rio toda vez que leio isso, e deve-se admirar a
imaginação de John Locke. Mas o que é importante sobre sua escrita é que ela representa o
início de uma tradição de contar histórias africanas no Ocidente. Uma tradição da África
subsaariana como um lugar negativo, de diferenças, de escuridão, de pessoas que, nas
palavras do maravilhoso poeta, Rudyard Kipling, são "metade demônio, metade criança".
E então eu comecei a perceber que minha colega de quarto americana deve ter, por toda sua
vida, visto e ouvido diferentes versões de uma única história. Como um professor, que uma vez
3. me disse que meu romance não era "autenticamente africano". Bem, eu estava
completamente disposta a afirmar que havia uma série de coisas erradas com o romance, que
ele havia falhado em vários lugares. Mas eu nunca teria imaginado que ele havia falhado em
alcançar alguma coisa chamada autenticidade africana. Na verdade, eu não sabia o que era
"autenticidade africana". O professor me disse que minhas personagens pareciam-se muito
com ele, um homem educado de classe média. Minhas personagens dirigiam carros, elas não
estavam famintas. Por isso elas não eram autenticamente africanas.
Mas eu devo rapidamente acrescentar que eu também sou culpada na questão da única
história. Alguns anos atrás, eu visitei o México saindo dos EUA. O clima político nos EUA àquela
época era tenso. E havia debates sobre imigração. E, como frequentemente acontece na
América, imigração tornou-se sinônimo de mexicanos. Havia histórias infindáveis de mexicanos
como pessoas que estavam espoliando o sistema de saúde, passando às escondidas pela
fronteira, sendo presos na fronteira, esse tipo de coisa. Eu me lembro de andar no meu
primeiro dia por Guadalajara, vendo as pessoas indo trabalhar, enrolando tortilhas no
supermercado, fumando, rindo. Eu me lembro que meu primeiro sentimento foi surpresa. E
então eu fiquei oprimida pela vergonha. Eu percebi que eu havia estado tão imersa na
cobertura da mídia sobre os mexicanos que eles haviam se tornado uma coisa em minha
mente: o imigrante abjeto. Eu tinha assimilado a única história sobre os mexicanos e eu não
podia estar mais envergonhada de mim mesma. Então, é assim que se cria uma única história:
mostre um povo como uma coisa, como somente uma coisa, repetidamente, e será o que ele
se tornará.
É impossível falar sobre única história sem falar sobre poder. Há uma palavra, uma palavra da
tribo Igbo, que eu lembro sempre que penso sobre as estruturas de poder do mundo, e a
palavra é "nkali".
É um substantivo que livremente se traduz: "ser maior do que o outro". Como nossos mundos
econômico e político, histórias também são definidas pelo princípio do "nkali". Como é
contadas, quem as conta, quando e quantas histórias são contadas, tudo realmente depende
do poder. Poder é a habilidade de não só contar a história de outra pessoa, mas de fazê-la a
história definitiva daquela pessoa. O poeta palestino Mourid Barghouti escreve que se você
quer destituir uma pessoa, o jeito mais simples é contar sua história, e começar com "em
segundo lugar". Comece uma história com as flechas dos nativos americanos, e não com a
chegada dos britânicos, e você tem uma história totalmente diferente. Comece a história com
o fracasso do estado africano e não com a criação colonial do estado africano e você tem uma
história totalmente diferente.
Recentemente, eu palestrei numa universidade onde um estudante me disse que era uma
vergonha que homens nigerianos fossem agressores físicos como a personagem do pai no meu
romance. Eu disse a ele que eu havia terminado de ler um romance chamado "Psicopata
Americano" - (Risos da plateia) e que era uma grande pena que jovens americanos fossem
assassinos em série. (Risos da plateia e aplausos) É óbvio que eu disse isso num leve ataque de
irritação. (Risos da plateia)
Nunca havia me ocorrido pensar que só porque eu havia lido um romance no qual uma
personagem era um assassino em série, que isso era, de alguma forma, representativo de
todos os americanos. E agora, isso não é porque eu sou uma pessoa melhor do que aquele
estudante, mas, devido ao poder cultural e econômico da América, eu tinha muitas histórias
sobre a América. Eu havia lido Tyler, Updike, Steinbeck e Gaitskill. Eu não tinha uma única
história sobre a América.
4. Quando eu soube, alguns anos atrás, que escritores deveriam ter tido infâncias realmente
infelizes para ter sucesso, eu comecei a pensar sobre como eu poderia inventar coisas horríveis
que meus pais teriam feito comigo. (Risos da plateia) Mas a verdade é que eu tive uma infância
muito feliz, cheia de risos e amor, em uma família muito unida.
Mas também tive avós que morreram em campos de refugiados. Meu primo Polle morreu
porque não teve assistência médica adequada. Um dos meus amigos mais próximos, Okoloma,
morreu num acidente aéreo porque nossos caminhões de bombeiros não tinham água. Eu
cresci sob governos militares repressivos que desvalorizavam a educação, então, por vezes,
meus pais não recebiam seus salários. E então, ainda criança, eu vi a geleia desaparecer do
café-da-manhã, depois a margarina desapareceu, depois o pão tornou- se muito caro, depois o
leite ficou racionado. E acima de tudo, um tipo de medo político normalizado invadiu nossas
vidas.
Todas essas histórias fazem de mim quem eu sou. Mas insistir somente nessas histórias
negativas é superficializar minha experiência e negligenciar as muitas outras histórias que me
formaram. A “única história cria estereótipos”. E o problema com estereótipos não é que eles
sejam mentira, mas que eles sejam incompletos. Eles fazem um história tornar-se a única
história.
Claro, África é um continente repleto de catástrofes. Há as enormes, como as terríveis
violações no Congo. E há as depressivas, como o fato de 5.000 pessoas candidatarem-se a uma
vaga de emprego na Nigéria. Mas há outras histórias que não são sobre catástrofes. E é muito
importante, é igualmente importante, falar sobre elas. Eu sempre achei que era impossível
relacionar-me adequadamente com um lugar ou uma pessoa sem relacionar-me com todas as
histórias daquele lugar ou pessoa. A consequência de uma única história é essa: ela rouba das
pessoas sua dignidade. Faz o reconhecimento de nossa humanidade compartilhada difícil.
Enfatiza como nós somos diferentes ao invés de como somos semelhantes. E se antes de
minha viagem ao México eu tivesse acompanhado os debates sobre imigração de ambos os
lados, dos Estados Unidos e do México? E se minha mãe nos tivesse contado que a família de
Fide era pobre E trabalhadora? E se nós tivéssemos uma rede televisiva africana que
transmitisse diversas histórias africanas para todo o mundo? O que o escritor nigeriano Chinua
Achebe chama "um equilíbrio de histórias."
E se minha colega de quarto soubesse do meu editor nigeriano, Mukta Bakaray, um homem
notável que deixou seu trabalho em um banco para seguir seu sonho e começar uma editora?
Bem, a sabedoria popular era que nigerianos não gostam de literatura. Ele discordava. Ele
sentiu que pessoas que podiam ler, leriam se a literatura se tornasse acessível e disponível
para elas.
Logo após ele publicar meu primeiro romance, eu fui a uma estação de TV em Lagos para uma
entrevista. E uma mulher que trabalhava lá como mensageira veio a mim e disse: "Eu
realmente gostei do seu romance, mas não gostei do final. Agora você tem que escrever uma
sequência, e isso é o que vai acontecer..." (Risos da plateia) E continuou a me dizer o que
escrever na sequência. Agora eu não estava apenas encantada, eu estava comovida. Ali estava
uma mulher, parte das massas comuns de nigerianos, que não se supunham ser leitores. Ela
não só tinha lido o livro, mas ela havia se apossado dele e se sentia no direito de me dizer o
que escrever na sequência.
Agora, e se minha colega de quarto soubesse de minha amiga Fumi Onda, uma mulher
destemida que apresenta um show de TV em Lagos, e que está determinada a contar as
histórias que nós preferimos esquecer? E se minha colega de quarto soubesse sobre a cirurgia
cardíaca que foi realizada no hospital de Lagos na semana passada? E se minha colega de
5. quarto soubesse sobre a música nigeriana contemporânea? Pessoas talentosas cantando em
inglês e Pidgin, e Igbo e Yoruba e Ijo, misturando influências de Jay-Z a Fela, de Bob Marley a
seus avós. E se minha colega de quarto soubesse sobre a advogada que recentemente foi ao
tribunal na Nigéria para desafiar uma lei ridícula que exigia que as mulheres tivessem o
consentimento de seus maridos antes de renovarem seus passaportes? E se minha colega de
quarto soubesse sobre Nollywood, cheia de pessoas inovadoras fazendo filmes apesar de
grandes questões técnicas? Filmes tão populares que são realmente os melhores exemplos de
que nigerianos consomem o que produzem. E se minha colega de quarto soubesse da minha
maravilhosamente ambiciosa trançadora de cabelos, que acabou de começar seu próprio
negócio de vendas de extensões de cabelos? Ou sobre os milhões de outros nigerianos que
começam negócios e às vezes fracassam, mas continuam a fomentar ambição?
Toda vez que estou em casa, sou confrontada com as fontes comuns de irritação da maioria
dos nigerianos: nossa infraestrutura fracassada, nosso governo falho. Mas também pela
incrível resistência do povo que prospera apesar do governo, ao invés de devido a ele. Eu
ensino em workshops de escrita em Lagos todo verão. E é extraordinário pra mim ver quantas
pessoas se inscrevem, quantas pessoas estão ansiosas por escrever, por contar histórias. Meu
editor nigeriano e eu começamos uma ONG chamada Farafina Trust. E nós temos grandes
sonhos de construir bibliotecas e recuperar bibliotecas que já existem e fornecer livros para
escolas estaduais que não têm nada em suas bibliotecas, e também organizar muitos e muitos
workshops, de leitura e escrita para todas as pessoas que estão ansiosas para contar nossas
muitas histórias. Histórias importam. Muitas histórias importam. Histórias têm sido usadas
para expropriar e tornar maligno. Mas histórias podem também ser usadas para capacitar e
humanizar. Histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas histórias também podem
reparar essa dignidade perdida. A escritora americana Alice Walker escreveu isso sobre seus
parentes do sul que haviam se mudado para o norte. Ela os apresentou a um livro sobre a vida
sulista que eles tinham deixado para trás. "Eles sentaram-se em volta, lendo o livro por si
próprios, ouvindo-me ler o livro e um tipo de paraíso foi reconquistado." Eu gostaria de
finalizar com esse pensamento: Quando nós rejeitamos uma única história, quando
percebemos que nunca há apenas uma história sobre nenhum lugar, nós reconquistamos um
tipo de paraíso. Obrigada. (Aplausos).