O documento descreve Gideon St. Claire, o último solteiro da família St. Claire, tendo que trabalhar com Joey McKinley, uma advogada abrasiva e desafiadora, por um mês. Gideon acha Joey insuportável, mas precisa lidar com ela devido a um acordo feito por seu irmão. Joey gosta de provocar Gideon por causa de sua atitude superior, mas também acha Gideon extremamente atraente fisicamente.
O documento discute as características e responsabilidades de uma mulher que teme a Deus. Ela busca conhecer Deus através da Bíblia, obedece Seus mandamentos, respeita os pais, é submissa ao marido como parte de sua missão divina, perdoa, evita certos envolvimentos, e vive uma vida santa pois seu corpo é o templo do Espírito Santo.
Desentendimentos frequentes, discussões por pouca coisa, brigas, falta de contato físico, falta de alegria em casa são apenas alguns sinais de que há algo errado e que uma crise pode estar próxima.
O homem relata estar em um casamento de 10 anos no qual a esposa raramente demonstra afeto físico ou interesse sexual. Isso tem causado sofrimento emocional e tentações ao marido, que buscou aconselhamento sem sucesso. Ele ama a Deus e não quer se divorciar, mas a situação o deixa triste e ansioso.
1. O documento discute os dois tipos de fé: a fé real baseada unicamente na Palavra de Deus, e a fé do conhecimento pelos sentidos, baseada em evidências.
2. É explicado que a fé verdadeira vem de ouvir e viver segundo a Palavra, não de pedir por fé ou se preocupar com a falta dela.
3. Diferentes tipos de fé são descritos, como a fé de Marta e Pedro em Jesus antes de Sua morte e ressurreição, que não envolvia salvção.
O documento fornece sete princípios fundamentais para manter um relacionamento saudável de longo prazo. Os princípios incluem: 1) Conhecer bem o parceiro através de um "Mapa do Amor"; 2) Cultivar afeto e admiração; 3) Voltar-se para as necessidades do outro.
A familia cristã e os ataques do inimigojose filho
Este capítulo discute como a família é a criação de Deus e parte fundamental de Seu plano divino. O autor explica que Deus criou a família para evitar a solidão do homem, estabelecer a procriação e transmitir valores entre gerações. A família é a base da sociedade e tem sido atacada pelas forças do mal, mas permanece como a única configuração familiar reconhecida por Deus.
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...blackink55
1. Tybalt encontra uma moça sozinha em um templo durante um baile. Eles conversam e ele tenta animá-la, já que ela estava se sentindo solitária no baile.
2. A moça é nova em Londres e é seu primeiro baile. Ela diz a Tybalt que está com medo de cometer erros por ser tudo novo.
3. Tybalt diz a ela que entende como é difícil se readaptar depois da guerra e procurar emprego.
Este documento é um resumo do primeiro capítulo de um romance histórico de Barbara Cartland. O capítulo introduz o Visconde Ockley, que se apaixona por Niobe Barrington, uma herdeira rica. No entanto, o pai dela desaprova o visconde e proíbe que ele frequente a casa.
O documento discute as características e responsabilidades de uma mulher que teme a Deus. Ela busca conhecer Deus através da Bíblia, obedece Seus mandamentos, respeita os pais, é submissa ao marido como parte de sua missão divina, perdoa, evita certos envolvimentos, e vive uma vida santa pois seu corpo é o templo do Espírito Santo.
Desentendimentos frequentes, discussões por pouca coisa, brigas, falta de contato físico, falta de alegria em casa são apenas alguns sinais de que há algo errado e que uma crise pode estar próxima.
O homem relata estar em um casamento de 10 anos no qual a esposa raramente demonstra afeto físico ou interesse sexual. Isso tem causado sofrimento emocional e tentações ao marido, que buscou aconselhamento sem sucesso. Ele ama a Deus e não quer se divorciar, mas a situação o deixa triste e ansioso.
1. O documento discute os dois tipos de fé: a fé real baseada unicamente na Palavra de Deus, e a fé do conhecimento pelos sentidos, baseada em evidências.
2. É explicado que a fé verdadeira vem de ouvir e viver segundo a Palavra, não de pedir por fé ou se preocupar com a falta dela.
3. Diferentes tipos de fé são descritos, como a fé de Marta e Pedro em Jesus antes de Sua morte e ressurreição, que não envolvia salvção.
O documento fornece sete princípios fundamentais para manter um relacionamento saudável de longo prazo. Os princípios incluem: 1) Conhecer bem o parceiro através de um "Mapa do Amor"; 2) Cultivar afeto e admiração; 3) Voltar-se para as necessidades do outro.
A familia cristã e os ataques do inimigojose filho
Este capítulo discute como a família é a criação de Deus e parte fundamental de Seu plano divino. O autor explica que Deus criou a família para evitar a solidão do homem, estabelecer a procriação e transmitir valores entre gerações. A família é a base da sociedade e tem sido atacada pelas forças do mal, mas permanece como a única configuração familiar reconhecida por Deus.
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...blackink55
1. Tybalt encontra uma moça sozinha em um templo durante um baile. Eles conversam e ele tenta animá-la, já que ela estava se sentindo solitária no baile.
2. A moça é nova em Londres e é seu primeiro baile. Ela diz a Tybalt que está com medo de cometer erros por ser tudo novo.
3. Tybalt diz a ela que entende como é difícil se readaptar depois da guerra e procurar emprego.
Este documento é um resumo do primeiro capítulo de um romance histórico de Barbara Cartland. O capítulo introduz o Visconde Ockley, que se apaixona por Niobe Barrington, uma herdeira rica. No entanto, o pai dela desaprova o visconde e proíbe que ele frequente a casa.
Este documento discute a importância de administrar bem o tempo para fortalecer a família. Sugere que dedicar tempo de qualidade à família, como refeições juntas e atividades compartilhadas, ajuda a prevenir problemas e promove o desenvolvimento saudável das crianças. Também ressalta a necessidade de equilibrar as demandas do trabalho com momentos para a espiritualidade e os relacionamentos familiares.
O documento discute as dificuldades de dar e receber feedback no casamento. Ele explica que o feedback é uma comunicação que fornece informações sobre como as ações de uma pessoa afetam os outros. No casamento, o feedback é constantemente trocado entre cônjuges, mas nem sempre é bem recebido devido a problemas como pretensão de superioridade, individualismo, pressão e polêmicas. O documento enfatiza a importância de respeitar as diferenças e dar feedback de forma construtiva.
O documento discute os desafios enfrentados por casais modernos e como manter uma comunicação saudável. Aponta que a intimidade entre o casal é essencial para o relacionamento, mas que muitos negligenciam áreas como a espiritual, emocional e sensual. Defende que a cooperação, o cuidado, a co-valorização e a proximidade (os "Quatro Cs") são fundamentais para uma boa comunicação entre os cônjuges.
Romance à maneira de deus eric e leslie ludydietaamanda
O autor imagina uma cena no céu onde anjos observam os acontecimentos de um casal na Terra. Eles aguardam ansiosamente para ver o momento em que o rapaz pede a moça em casamento. Quando o pedido é feito, os anjos comemoram a decisão dela em dizer "sim". A introdução apresenta de forma criativa a temática do livro de como construir relacionamentos à maneira de Deus.
O autor argumenta que a oração é mais importante do que a pregação e que a unção espiritual é essencial para ambas. Ele afirma que muitos pregadores hoje em dia pregam sermões sem vida porque não buscam a unção espiritual através da oração, o que é mais importante do que capacidades intelectuais ou habilidades de comunicação.
O documento discute as colunas do casamento, incluindo finanças, sexo, comunicação e terceiros. Apresenta princípios bíblicos sobre o casamento como uma aliança perante Deus e a importância da fidelidade, amor e reciprocidade entre os cônjuges. Também aborda desafios como falta de comunicação, temperamentos, infidelidade e como lidar com conflitos.
Este documento resume a história bíblica de Davi e Golias em 1 Samuel 17. Davi vence o gigante filisteu Golias com uma funda e uma pedra, mostrando que é possível vencer os desafios da vida ("gigantes") quando se tem fé em Deus.
O documento discute diversos aspectos da educação familiar no contexto atual, incluindo o papel da mãe e do pai, a importância da amamentação no primeiro ano de vida da criança, os desafios de educar filhos em famílias separadas ou com pais que trabalham fora, e a necessidade de formar cidadãos éticos a partir da educação recebida em casa.
O documento discute a importância da obediência e submissão à autoridade. Apresenta quatro principais autoridades que devemos obedecer: (1) Deus, (2) pais, (3) líderes religiosos e (4) autoridades constituídas. Argumenta que toda autoridade vem de Deus e que desobedecer autoridades é desobedecer a Deus, com exceção de quando a autoridade impedir o serviço a Deus. Conclui que obediência e submissão são necessárias para a ordem e funcionamento dos grupos humanos.
Cinco princípios de deus para um bom relacionamentoReginaldo Pacheco
Este documento discute cinco princípios para um bom relacionamento: 1) A direção, que pode ser vertical ou horizontal; 2) A reciprocidade, como tolerância e equidade; 3) A comunicabilidade, evitando dureza excessiva; 4) O compromisso de cumprir com as obrigações da relação; 5) A perdoabilidade, com misericórdia para os erros dos outros. Manter esses princípios ajuda a construir relacionamentos saudáveis e duradouros.
6 inimigos da familia, influencias internasPIB Penha
O documento discute os inimigos internos da família, incluindo: (1) vir de famílias diferentes e trazer bagagens culturais diferentes para o casamento, (2) ter diferenças pessoais como personalidades e expectativas, (3) ser individualista em vez de colocar a família em primeiro lugar, e (4) ter valores distorcidos como materialismo e ativismo que tiram o foco das pessoas. Ele enfatiza a importância de lidar com as diferenças, perdoar, dialogar e evitar mágoas para manter uma família unida
Infidelidade, dívidas e descontrole financeiro são os principais motivos apontados para separações de casais. A proteção do relacionamento passa por dar atenção ao cônjuge, ter uma vida sexual ativa e administrar bem as finanças, diferenciando necessidades de desejos.
Estudo Bíblico - Por que o mundo está como está?Jeremias Borges
Estudo dado na Classe de Adultos da Igreja Batista Manancial.
Retirado da Revista "Conflitos da Vida", da coleção "VidaCristã".
Editora Cristã Evangélica.
1) O documento lista dias e horários de reuniões durante a semana e discute sete fundamentos para um casamento feliz e bem-sucedido, incluindo co-igualdade, fidelidade, verdade, amor e aliança.
2) É afirmado que o casamento é uma instituição criada por Deus para unir homem e mulher.
3) A origem do uso do anel no quarto dedo é explicada, representando os pais, irmãos, cada cônjuge e os filhos.
O documento discute dois tipos de fidelidade: fidelidade condicionada e fidelidade incondicional. A fidelidade condicionada é motivada por reconhecimento ou atenção dos outros, enquanto a fidelidade incondicional depende apenas de Deus, reconhecendo Seu propósito e que Ele está vendo tudo. A conclusão é que devemos escolher o caminho da fidelidade incondicional e depender dos juízos de Deus.
Este documento fornece informações sobre um romance de Barbara Cartland intitulado "A Fonte dos Desejos". Ele contém detalhes sobre a autora, tradução, editora e uma nota da autora sobre Paris no final do século XIX. O resumo do primeiro capítulo descreve o Duque querendo arranjar um casamento entre sua filha Loretta e o filho do Duque de Sauerdun, sem o consentimento dela.
O ato sexual entre marido e mulher é sagrado e foi ordenado por Deus. Todos os membros da Santíssima Trindade apoiam o relacionamento conjugal, que une o casal em uma só carne. A idéia de que há algo errado com o sexo é uma distorção, já que Deus declarou todas as partes do corpo humano como boas.
A primeira família foi instituída por Deus com Adão e Eva. A família tem o objetivo de ser um lugar de comunhão e cooperação. Na família, aprendemos os primeiros passos da vida e recebemos os primeiros cuidados, pois os humanos precisam de cuidados após o nascimento. O plano de Deus para a família é que ela reflita Seu amor ao mundo e o abençoe.
Barbara cartland a fugitiva (coleção barbara cartland 384)Marylin Loureiro
Lady Helena reluta em voltar para Londres e morar com seu padrasto após completar seus estudos na França, temendo que sua vida se torne triste sem a presença amorosa de sua falecida mãe. Ao se aproximar de Londres de trem, ela se lembra com saudade de sua mãe e da educação superior que recebeu. Ao desembarcar, fica aliviada ao ver que é o secretário e não o padrasto quem a aguarda.
1. O documento discute a importância da lealdade no ministério, apontando que ela é a principal qualificação para liderança.
2. Também aborda como a deslealdade pode destruir igrejas e ministérios, atuando como uma "quinta coluna" por dentro.
3. Relata a experiência do autor em demitir um colaborador desleal para preservar a paz na igreja e permitir seu crescimento.
Este documento discute a importância de administrar bem o tempo para fortalecer a família. Sugere que dedicar tempo de qualidade à família, como refeições juntas e atividades compartilhadas, ajuda a prevenir problemas e promove o desenvolvimento saudável das crianças. Também ressalta a necessidade de equilibrar as demandas do trabalho com momentos para a espiritualidade e os relacionamentos familiares.
O documento discute as dificuldades de dar e receber feedback no casamento. Ele explica que o feedback é uma comunicação que fornece informações sobre como as ações de uma pessoa afetam os outros. No casamento, o feedback é constantemente trocado entre cônjuges, mas nem sempre é bem recebido devido a problemas como pretensão de superioridade, individualismo, pressão e polêmicas. O documento enfatiza a importância de respeitar as diferenças e dar feedback de forma construtiva.
O documento discute os desafios enfrentados por casais modernos e como manter uma comunicação saudável. Aponta que a intimidade entre o casal é essencial para o relacionamento, mas que muitos negligenciam áreas como a espiritual, emocional e sensual. Defende que a cooperação, o cuidado, a co-valorização e a proximidade (os "Quatro Cs") são fundamentais para uma boa comunicação entre os cônjuges.
Romance à maneira de deus eric e leslie ludydietaamanda
O autor imagina uma cena no céu onde anjos observam os acontecimentos de um casal na Terra. Eles aguardam ansiosamente para ver o momento em que o rapaz pede a moça em casamento. Quando o pedido é feito, os anjos comemoram a decisão dela em dizer "sim". A introdução apresenta de forma criativa a temática do livro de como construir relacionamentos à maneira de Deus.
O autor argumenta que a oração é mais importante do que a pregação e que a unção espiritual é essencial para ambas. Ele afirma que muitos pregadores hoje em dia pregam sermões sem vida porque não buscam a unção espiritual através da oração, o que é mais importante do que capacidades intelectuais ou habilidades de comunicação.
O documento discute as colunas do casamento, incluindo finanças, sexo, comunicação e terceiros. Apresenta princípios bíblicos sobre o casamento como uma aliança perante Deus e a importância da fidelidade, amor e reciprocidade entre os cônjuges. Também aborda desafios como falta de comunicação, temperamentos, infidelidade e como lidar com conflitos.
Este documento resume a história bíblica de Davi e Golias em 1 Samuel 17. Davi vence o gigante filisteu Golias com uma funda e uma pedra, mostrando que é possível vencer os desafios da vida ("gigantes") quando se tem fé em Deus.
O documento discute diversos aspectos da educação familiar no contexto atual, incluindo o papel da mãe e do pai, a importância da amamentação no primeiro ano de vida da criança, os desafios de educar filhos em famílias separadas ou com pais que trabalham fora, e a necessidade de formar cidadãos éticos a partir da educação recebida em casa.
O documento discute a importância da obediência e submissão à autoridade. Apresenta quatro principais autoridades que devemos obedecer: (1) Deus, (2) pais, (3) líderes religiosos e (4) autoridades constituídas. Argumenta que toda autoridade vem de Deus e que desobedecer autoridades é desobedecer a Deus, com exceção de quando a autoridade impedir o serviço a Deus. Conclui que obediência e submissão são necessárias para a ordem e funcionamento dos grupos humanos.
Cinco princípios de deus para um bom relacionamentoReginaldo Pacheco
Este documento discute cinco princípios para um bom relacionamento: 1) A direção, que pode ser vertical ou horizontal; 2) A reciprocidade, como tolerância e equidade; 3) A comunicabilidade, evitando dureza excessiva; 4) O compromisso de cumprir com as obrigações da relação; 5) A perdoabilidade, com misericórdia para os erros dos outros. Manter esses princípios ajuda a construir relacionamentos saudáveis e duradouros.
6 inimigos da familia, influencias internasPIB Penha
O documento discute os inimigos internos da família, incluindo: (1) vir de famílias diferentes e trazer bagagens culturais diferentes para o casamento, (2) ter diferenças pessoais como personalidades e expectativas, (3) ser individualista em vez de colocar a família em primeiro lugar, e (4) ter valores distorcidos como materialismo e ativismo que tiram o foco das pessoas. Ele enfatiza a importância de lidar com as diferenças, perdoar, dialogar e evitar mágoas para manter uma família unida
Infidelidade, dívidas e descontrole financeiro são os principais motivos apontados para separações de casais. A proteção do relacionamento passa por dar atenção ao cônjuge, ter uma vida sexual ativa e administrar bem as finanças, diferenciando necessidades de desejos.
Estudo Bíblico - Por que o mundo está como está?Jeremias Borges
Estudo dado na Classe de Adultos da Igreja Batista Manancial.
Retirado da Revista "Conflitos da Vida", da coleção "VidaCristã".
Editora Cristã Evangélica.
1) O documento lista dias e horários de reuniões durante a semana e discute sete fundamentos para um casamento feliz e bem-sucedido, incluindo co-igualdade, fidelidade, verdade, amor e aliança.
2) É afirmado que o casamento é uma instituição criada por Deus para unir homem e mulher.
3) A origem do uso do anel no quarto dedo é explicada, representando os pais, irmãos, cada cônjuge e os filhos.
O documento discute dois tipos de fidelidade: fidelidade condicionada e fidelidade incondicional. A fidelidade condicionada é motivada por reconhecimento ou atenção dos outros, enquanto a fidelidade incondicional depende apenas de Deus, reconhecendo Seu propósito e que Ele está vendo tudo. A conclusão é que devemos escolher o caminho da fidelidade incondicional e depender dos juízos de Deus.
Este documento fornece informações sobre um romance de Barbara Cartland intitulado "A Fonte dos Desejos". Ele contém detalhes sobre a autora, tradução, editora e uma nota da autora sobre Paris no final do século XIX. O resumo do primeiro capítulo descreve o Duque querendo arranjar um casamento entre sua filha Loretta e o filho do Duque de Sauerdun, sem o consentimento dela.
O ato sexual entre marido e mulher é sagrado e foi ordenado por Deus. Todos os membros da Santíssima Trindade apoiam o relacionamento conjugal, que une o casal em uma só carne. A idéia de que há algo errado com o sexo é uma distorção, já que Deus declarou todas as partes do corpo humano como boas.
A primeira família foi instituída por Deus com Adão e Eva. A família tem o objetivo de ser um lugar de comunhão e cooperação. Na família, aprendemos os primeiros passos da vida e recebemos os primeiros cuidados, pois os humanos precisam de cuidados após o nascimento. O plano de Deus para a família é que ela reflita Seu amor ao mundo e o abençoe.
Barbara cartland a fugitiva (coleção barbara cartland 384)Marylin Loureiro
Lady Helena reluta em voltar para Londres e morar com seu padrasto após completar seus estudos na França, temendo que sua vida se torne triste sem a presença amorosa de sua falecida mãe. Ao se aproximar de Londres de trem, ela se lembra com saudade de sua mãe e da educação superior que recebeu. Ao desembarcar, fica aliviada ao ver que é o secretário e não o padrasto quem a aguarda.
1. O documento discute a importância da lealdade no ministério, apontando que ela é a principal qualificação para liderança.
2. Também aborda como a deslealdade pode destruir igrejas e ministérios, atuando como uma "quinta coluna" por dentro.
3. Relata a experiência do autor em demitir um colaborador desleal para preservar a paz na igreja e permitir seu crescimento.
Carole mortimer o último homem indomado (paixão 241)
1. O Último Homem Indomado
(Taming The Last St Clair)
Carole Mortimer
Os Escândalos dos St. Claire 3/3
Há apenas um único St. Claire solteiro e convicto... Mas por quanto tempo?
A vida de Gideon St. Claire era do jeito que ele gostava: somente trabalho.
Ele achava que comandava suas emoções, e as mulheres com quem se
relacionava jamais sabiam sobre o que acontecia em sua vida fora do caminho
entre as escadas e o quarto. Segura, divertida e com o dom de excitar Gideon,
Joey McKinley era o tipo de mulher que ele evitava. Como lidar com tanto
entusiasmo? Mas quando um velho inimigo de Joey busca vingança, Gideon viuse forçado a vigiá-la dia e noite...
Três aristocratas audaciosos e prontos para o casamento!
Digitalização: Projeto Revisoras
3. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
CAPÍTULO UM
—- ENTÃO, VOCÊ vai ficar parado aí a manhã inteira, me olhando com esse ar
superior, ou vai fazer alguma coisa útil e se oferecer para levar uma destas caixas
no elevador para mim?
Gideon fechou os olhos. Contou até dez. Devagar. Respirou fundo. Então
novamente. Até mesmo mais devagar. Antes de abrir os olhos mais uma vez.
Não, Joey McKinley ainda estava lá. Na verdade, ela havia endireitado o
corpo depois de se inclinar sobre o porta-malas de seu carro, parado a duas
vagas de distância da vaga privativa de Gideon no estacionamento subsolo, e
estava agora batendo um único salto de sapato no chão de concreto. Ele sabia
que aquela mulher se tornaria o carma de sua existência pelas próximas quatro
semanas, se aquela situação continuasse.
Joey McKinley... 28 anos, 1,65m, cabelos ruivos curtos que emolduravam o
lindo rosto em forma de coração, olhos verdes desafiadores, pele clara, com
delicadas sardas salpicadas sobre o narizinho, lábios carnudos e sensuais. O
corpo, obviamente em forma, estava coberto per um conjunto de saia e blazer, e
uma blusa de seda do mesmo tom de verde-jade de seus olhos.
— Então? — ela o desafiou as batidas impacientes do sapato contra o
concreto aumentando, enquanto o olhava com sobrancelhas castanhas
arqueadas.
Gideon respirou fundo novamente enquanto considerava as inúmeras
maneiras de vingar-se de seu irmão mais velho, Lucan, por tê-lo colocado
naquela situação terrível. Não uma vingança que causasse sérios danos, é claro.
Mas um pequeno sofrimento! Gideon não tinha escrúpulos quanto a isso. Lucan
obviamente não se preocupara muito com o bem-estar de Gideon, tendo
imposto esta mulher a ele sem pensar duas vezes.
Aquilo era algo que Gideon vinha contemplando pelas últimas 36 horas, na
verdade. Desde que Lucan o informara na sua recepção de casamento no
sábado à noite, que, quando Gideon assumisse como diretor-geral temporário da
Corporação St. Claire pelo mês que seu irmão e Lexie estivessem viajando em lua
de mel, Joey McKinley assumiria o cargo de Gideon, como representante legal
da empresa.
Os argumentos de Gideon de que era perfeitamente capaz de exercer as
duas funções não tiveram nenhum impacto sobre seu irmão mais velho. Lucan
também ignorara Gideon quando ele confessara que tinha suas dúvidas se ele e
Joey McKinley seriam capazes de trabalhar juntos.
Gideon respeitava a mulher como advogada, tendo ouvido apenas
comentários positivos dos outros colegas em relação à habilidade dela num
tribunal, mas, em todos os outros aspectos, ela o enfurecia.
Aqueles cabelos vermelhos eram como um farol brilhante em todos os
cômodos que Joey estava, e ela possuía uma risada sensual que, quando
liberada, fazia todas as cabeças masculinas se virarem em sua direção. Estivera
usando um vestido das últimas duas vezes em que Gideon a encontrara...
Projeto Revisoras
3
4. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
Primeiramente, um vestido verde longo de madrinha no casamento da irmã de
Joey, Stephanie, e seu irmão, Jordan, quase dois meses atrás, e um vestido
vermelho na altura dos joelhos no casamento de Lucan e Lexie no sábado. O
último enfatizara as mechas naturais douradas e cor de canela nos cabelos cor
de cobre.
O conjunto que ela estava usando hoje deveria ter lhe dado uma aparência
séria e profissional, mas, de alguma maneira... Não dava. O blazer era curto e
justo, e os três primeiros botões abertos na blusa verde exibiam o alto dos seios. A
saia até a altura dos joelhos revelava as longas pernas bem torneadas.
Em outras palavras, Joey McKinley era...
— Sabe, eu já vi tinta secar em menos tempo do que você parece ser capaz
de tomar uma decisão — disse ela.
... Insuportável!
Ele inalou profundamente, num esforço para relaxar a tensão de seu corpo.
— Você sempre tem de ser tão abrasiva? — Pergunta tola; ele a conhecia
bem o bastante agora para saber que Joey sempre falava o que passava por
sua cabeça no momento. Algo que Gideon, um homem que sempre media as
palavras cuidadosamente antes de falar, achava perturbador.
O próximo comentário dela foi um exemplo daquela ousadia.
— Talvez eu não sentisse a necessidade, se você ocasionalmente
abandonasse esse seu ar superior e se juntasse ao resto de nós, mortais, no mundo
real.
Gideon ficou tenso. Os dois tinham se encontrado quatro vezes no total. Mais
recentemente, dois dias atrás, no casamento de Lucan e Lexie, e antes disso,
nove meses atrás, quando ele a conhecera no escritório de Joey, em Pickard,
Pickard e Wright, depois de ter ido informá-la de que tinha conseguido livrar a
irmã gêmea dela, Stephanie, de uma situação legal embaraçosa. Duas semanas
depois, Gideon a encontrara no ensaio de casamento de seu irmão gêmeo,
Jordan, com Stephanie, e então a vira de novo no casamento deles uma
semana depois.
Gideon franziu o cenho agora, ao se lembrar de seu espanto durante a
cerimônia de casamento de Jordan e Stephanie. Tudo transcorrera
tranqüilamente até o momento do casamento, e Gideon, como padrinho de seu
irmão, chegara à igreja com Jordan um bom tempo antes da cerimônia. Ele até
mesmo sentira um nó de emoção na garganta por seu irmão, no momento em
que Stephanie caminhara pela igreja com todo o seu esplendor. Até que Joey o
olhara com uma expressão zombeteira de onde estava, atrás de sua irmã
gêmea.
Não que aquilo fosse algo incomum; os dois pareciam ter desgostado um do
outro desde a primeira vez em que haviam se encontrado. Não, o motivo do
espanto de Gideon viera mais tarde na cerimônia, quando todos estavam sentados, Jordan e Stephanie assinavam o registro, e ele ouvira um anjo cantando.
Uma única voz subira aos céus de forma sublime, preenchendo a igreja...
Uma voz tão doce e clara quanto à melodia de um sino tocando.
Ele nunca ouvira nada tão maravilhoso quanto aquela voz... Um tom tão
lastimoso e mágico que mexera profundamente com suas emoções. Gideon se
sentira tão atordoado, seus sentidos cativados pela pureza daquela voz, que
levara um tempo para perceber que todos os convidados olhavam para o lado
direito da igreja... E foi quando ele percebeu que o "anjo" que cantava não era
Projeto Revisoras
4
5. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
ninguém menos que Joey McKinley!
JOEY NÃO tinha idéia de por que Gideon St. Claire despertava o pior que
havia nela... Ao ponto de fazê-la sempre querer provocá-lo para tentar abalar
aquela arrogância insuportável. Talvez fosse a atitude superior que a irritava. Ou o
fato de que, com um jeito frio e reservado, ele parecesse tão emocionalmente
insensível. Tudo sobre Gideon era contido, desde o estilo curto dos cabelos
lindamente dourados até os ternos impecáveis e o sedan cinza metálico caro,
porém discreto, que ele dirigia. Se Joey fosse rica como a família St. Claire dirigiria
uma Ferrari esporte vermelha!
Ou, talvez, seu ressentimento decorresse do fato de que, alguns meses atrás,
Gideon St. Claire tivesse aparecido e resolvido um delicado problema legal para
sua irmã, o qual Joey vinha tentando solucionar — sem sucesso — por semanas.
Certamente não tinha nada a ver com o fato de que, pondo sua indiferença
de lado, o homem era bonito como o pecado, mas dava a impressão de nem
notar que Joey era mulher, muito menos uma mulher atraente!
Os cabelos dele, muito curtos para o gosto dela, eram da cor e textura de
fios de ouro. Os olhos eram castanho-escuros e penetrantes e, se isso não
bastasse, a natureza o presenteara com maçãs do rosto salientes, feições
esculpidas e um maxilar quadrado arrogante.
Tendo estudado Gideon sob cílios baixos no segundo encontro deles — ela
estivera muito impressionada tanto pela reputação dele quanto pela arrogância
no primeiro encontro dos dois em seu escritório —, Joey não tinha dúvidas, apenas pelo jeito predatório como ele se movia, de que o corpo sob os ternos
impecáveis era perfeito e musculoso.
Com cabelos dourados, olhos cor de chocolate, feições sensuais e um corpo
másculo, Gideon St. Claire era muito ardente... Com "A" maiúsculo.
Considerando toda aquela sensualidade, Joey ficara intrigada por ele não
levar uma mulher aos casamentos dos irmãos. Isso, combinado com o fato de
Gideon não parecer notá-la como mulher, levara Joey a questionar sua irmã se
Gideon era homossexual. Depois que Stephanie rira por cinco minutos sem parar,
Joey assumira que a resposta era um ressonante não.
Então, o senhor "Arrogantemente Reservado e Altamente Sensual"
obviamente gostava de mulheres... Mas não de Joey!
Bem, sem problemas para ela... Gideon St. Claire podia ser o homem mais
atraente que Joey já conhecera, mas a falta de interesse que ele sempre
mostrara com relação a ela apenas conseguia colocá-la na defensiva e, com
mais freqüência do que pretendia a fazia tentar chocá-lo.
— Você está sofrendo de laringite, ou não é uma pessoa matinal? —
perguntou Joey alegremente.
— Talvez se você parasse de falar um pouco, eu poderia lhe responder? —
disse ele naquela voz: grave e sexy, sem fazer nenhum movimento para diminuir a
distância entre os dois carros estacionados deles. — Senhorita McKinley...
— Joey.
As narinas dele se dilataram com óbvio desgosto.
— Você se importaria se eu a chamasse de Josephine?
— De maneira alguma... Contanto que você não se importe que eu reaja do
mesmo jeito que reagi da última vez em que alguém tentou fazer isso. Ele acabou
com um olho roxo — murmurou ela com um sorriso, enquanto Gideon arqueava
as sobrancelhas loiras.
Projeto Revisoras
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6. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
— Você não gosta do nome Josephine?
— E claro que não.
Aquilo não estava indo bem, reconheceu Gideon. Ele chegara à conclusão,
durante as horas desde que falara com Lucan, no sábado à noite, que a única
solução para aquele problema era explicar para Joey, calma e logicamente, por
que achava que eles não poderiam trabalhar juntos, antes de acenar-lhe um
adeus alegre e continuar com seu papel de diretor-geral da Corporação St.
Claire. Afinal de contas, ela também devia estar ciente das diferenças deles em
abordagens e em... Bem, em tudo.
Um plano lógico e bem elaborado, ele acreditara na ocasião. Até que havia
se deparado com a mulher abrasivamente franca. Os poucos minutos de
conversa com ela tinham sido o bastante para lhe mostrar que sua conclusão
estivera correta. Todavia, também percebia que qualquer sugestão de sua parte
para que ela desistisse de trabalhar com ele por um mês provavelmente resultaria
em Joey McKinley fazendo exatamente o oposto.
Pela primeira vez em sua vida bem organizada, Gideon não sabia o que
fazer ou o que dizer para alcançar seu objetivo da melhor forma. Só sabia que
não podia trabalhar com aquela mulher por quatro - semanas e permanecer são!
Mesmo que ela tivesse a voz de um anjo ao cantar...
O fato de que Lucan anunciara que tiraria um mês de férias para sua lua de
mel, durante a qual pretendia ficar incomunicável, exceto para verdadeiras
emergências, era extraordinário em si mesmo.
Não que Gideon devesse estar surpreso... Seus dois irmãos vinham se
comportando de maneira totalmente imprevisível desde que haviam conhecido
e se casado sem demora com as mulheres por quem se apaixonaram. Gideon
gostava de Stephanie e Lexie, mas achava desconcertante a mudança em seus
dois irmãos.
Jordan, um excelente ator, que tinha apreciado inúmeros relacionamentos
com lindas atrizes e modelos durante os últimos dez anos, apaixonara-se por sua
fisioterapeuta dois meses atrás, e parecia continuar totalmente apaixonado por
Stephanie, agora que eles estavam casados. Ao ponto de a filmagem atual dele
ser agendada de acordo com as horas em que Stephanie trabalhava na clínica
que abrira quando se mudara para Los Angeles.
E, até que Lucan tivesse conhecido e se apaixonado por Lexie, ele nunca
ficara mais que alguns dias longe da empresa, que transformara numa das mais
bem sucedidas do mundo. Motivado era a palavra que melhor definia seu irmão
mais velho, até que Lexie entrara em sua vida poucas semanas atrás.
Era uma palavra que podia ser associada aos três irmãos St. Claire desde
que tinham alcançado a idade adulta e abraçado suas profissões escolhidas:
Gideon em Direito, Jordan como ator, e Lucan no mundo dos negócios.
Tudo isso mudara nos últimos dois meses e, como um homem que preferia
ordem e continuidade, Gideon ainda estava tentando aceitar aquilo. Algo que
provavelmente não faria com a irritante Joey McKinley perseguindo-o em todas
as suas horas de trabalho!
— Muito bem, Joey, então. — Ele deu um suspiro quase imperceptível. —
Tenho certeza de que Pickard, Pickard e Wright... Jason Pickard, em particular...
Lamentaram a sua saída.
— Saída para onde exatamente?
Gideon a olhou com impaciência. Realmente, nada que ouvira sobre
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aquela mulher lhe dera razão para questionar a inteligência dela.
— Para cá, é claro. Joey pareceu perplexa.
— Desculpe, mas você terá de explicar o que quer dizer. Especialmente a
observação "Jason Pickard em particular" — acrescentou ela friamente.
Gideon não estava gostando de ter essa conversa pessoal no meio de um
estacionamento, onde algum funcionário da empresa poderia chegar a
qualquer momento. Na verdade, passava pouco das 8h da manhã, e a maioria
dos empregados da Corporação St. Claire não chegava antes das 9h, mas não
seria nada profissional se alguém chegasse mais cedo e visse o diretor-geral com
uma mulher desconhecida no estacionamento.
Gideon reduziu a distância entre eles em três longos passos, parando a
poucos centímetros de Joey, e instantaneamente sentiu o perfume que ela
usava. A escolha do perfume foi uma surpresa; Gideon teria pensado,
considerando a personalidade forte de Joey, que ela usasse um daqueles
perfumes que convidada todos a notarem sua presença. O tipo de perfume que
lhe dava dor de cabeça no momento em que ele o inalava. Em vez disso, era
uma fragrância suave e sensual, que o fez reagir de uma maneira que ele
pretendia ignorar.
— Eu estava apenas tentando expressar como achei insensato o pedido de
Lucan para que você desistisse de sua posição em Pickard, Pickard e Wright a fim
de trabalhar aqui por somente quatro semanas.
Joey encontrou-se momentaneamente distraída, enquanto observava
Gideon se mover com a graça predatória de um tigre.
Mais uma vez, pensou que o homem não era apenas arrogantemente lindo,
mas também devastador para qualquer mulher com sangue nas veias.
Se ele apenas deixasse os cabelos crescerem um pouquinho, pareceria-mais
jovem, e também mais sexy. O mesmo podia ser dito sobre aqueles ternos
conservadores que ele sempre usava. Vestisse-o numa calça jeans desbotada e
numa camiseta preta justa, mostrando o peito e os braços fortes, e qualquer
mulher teria um orgasmo só de olhar para ele!
Joey sorriu para si mesma, imaginando a expressão de horror que Gideon
certamente faria se adivinhasse seus pensamentos inapropriados sobre ele.
— Você está achando alguma coisa divertida?
Era divertido imaginar um Gideon St. Claire mais sexy e mais relaxado,
enquanto ele tentava defender-se da atenção de todas aquelas mulheres
ofegantes! Mas não era tão divertido que Joey tivesse consciência de quão mais
perigosamente atraente aquele homem poderia ser se relaxasse um pouco...
Joey sacudiu-se mentalmente enquanto olhava para aquele rosto
desaprovador; o homem não era seu tipo. Ela preferia homens com ousadia e
energia para experimentar coisas novas. Gideon dava a impressão de que a
última coisa nova que experimentara era usar meias pretas, em vez de cinzas!
Ela suspirou.
— Oh, mas eu não desisti de meu cargo em Pickard, Pickard e Wright; os
sócios mais velhos ficaram contentes em me dar um mês de licença, de modo
que eu possa ajudar Lucan.
Algo que devia ter levado algum tempo para ser arranjado, pensou Gideon
com impaciência crescente.
— Exatamente quando Lucan fez todos esses arranjos?
— Três semanas atrás... — Joey parou para fitá-lo com olhos estreitos. —
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Quando Lucan deu a má notícia para você!
— Eu não me recordo de ter dito que essa era uma má notícia.
— Você deixou implícito — replicou ela. — Então... Quando?
O maxilar de Gideon enrijeceu.
— Eu realmente não entendo...
— Ele só lhe contou sábado no casamento, não foi? — percebeu Joey.
Gideon não sabia por que sempre se sentia menos no controle da situação
quando estava perto daquela mulher em particular. Durante seus anos numa sala
de tribunal, ele adquirira a reputação de ser formidável. Agora, como advogado
corporativo das vastas empresas de Lucan ao redor do mundo, sabia que não
era considerado menos implacável que seu irmão mais velho. Todavia, uma
simples conversa com a imprevisível Joey McKinley era o bastante para deixá-lo
nervoso.
— Foi isso, não foi? — perguntou Joey com satisfação, os olhos verdes agora
rindo abertamente dele. — A notícia deve ter arruinado o resto de seu fim de
semana, também.
Os dedos de Gideon se apertaram ao redor da alça de sua pasta preta.
— Meu fim de semana foi muito agradável, obrigado — mentiu ele. — Na
verdade, eu almocei com Stephanie e Jordan ontem, uma vez que eles voaram
de volta para Los Angeles esta manhã.
— E eu tomei café da manhã com eles, antes de levá-los ao aeroporto, e
nenhum dos dois mencionou que você tinha pedido o número de meu telefone.
O que acho que teria feito se quisesse ter esta conversa comigo mais cedo. —
Joey meneou a cabeça.
Na verdade, Gideon pensara em pedir a Stephanie o número do telefone
privado da irmã, mas então decidira não envolver a família no que era, afinal de
contas, um conflito particular de personalidades.
— Ou talvez você não quisesse que nenhum deles tirasse conclusões
erradas?
Ele fez uma careta de desgosto. — Perdão?
— Pedindo o telefone de minha casa. Tenho certeza de que você não quis
dar a Jordan e Steph à impressão de estar pessoalmente interessado em mim —
respondeu ela com ironia.
Gideon respirou fundo para se acalmar... Um exercício inútil pensou com
irritação. Não podia lembrar-se da última vez em que se sentira tão nervoso.
— Creio que isso seja muito improvável.
— Você crê?
Era sua imaginação, ou Joey estava mais perto do que alguns segundos
atrás? Tão perto que Gideon podia ver o inchaço dos seios acima do sutiã de
renda, e a pulsação batendo acelerada na base do pescoço delicado.
Deus amado...
— Certamente você reconhece, por esta conversa, que nós não poderíamos
trabalhar juntos?
Joey endireitou o corpo, e subitamente encarnou a profissional de novo.
— Meu acordo é com Lucan, Gideon... Não com você. E eu me certifico de
nunca decepcionar as pessoas quando combino alguma coisa. Um traço de
caráter que acredito que você compartilha certo?
Aparentemente, Joey também o conhecia um pouco, listou certo que
Pickard, Pickard e Wright precisam mais de suas habilidades profissionais do que
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eu — apontou ele suavemente.
— Pelo contrário, eles estão felizes em atender ao pedido de Lucan.
E claro que estavam, pensou Gideon. Sem dúvida, Pickard, Pickard e Wright
tinham ciência do prestígio de permitir que um de seus associados trabalhasse
com a Corporação St. Claire por um mês.
— Então, Gideon, Lucan está feliz com o acordo, Pickard, Pickard e Wright
estão felizes com o acordo, e eu estou feliz com o acordo. Parece que você é o
único que não está. — Ela o encarou em desafio.
Gideon retornou o olhar friamente.
— Eu não me recordo de ter dito que estava infeliz com isso.
— Não?
— Não.
— Então parece que esse pequeno problema foi resolvido, para a satisfação
de todos, certo?
Nunca! Na opinião de Gideon, ter Joey no prédio St. Claire pelas próximas
quatro semanas era totalmente inaceitável.
Ela interrompeu seus pensamentos com outro assunto desagradável:
— Talvez agora você possa explicar o que quis dizer com o comentário de
que "Jason Pickard, em particular" lamentaria me ver sair da firma?
Gideon percebeu que Joey não estava mais sendo deliberadamente
provocante. As emoções dela estavam agora muito mais sutis. Por fora, ela
parecia agradavelmente interessada, mas ele reconheceu a raiva queimando
sob a superfície. Estava lá, no brilho dos olhos verdes e no rubor das faces alvas.
Todavia, Gideon não tinha idéia de por que ela se sentiria dessa maneira. Todos
na comunidade fechada de advogados sabiam que ela estava envolvida com o
Pickard júnior pelos últimos seis meses.
Ele deu de ombros.
— É de conhecimento público que vocês dois são amigos.
— É exatamente o que somos... Amigos — declarou ela. — Nada mais; nada
menos.
— Perdoe-me se eu pisei nos seus calos pessoais.
— Acabei de dizer que você não fez isso. Gideon comprimiu os lábios.
— Não quero discutir sobre uma observação inocente pela qual eu já me
desculpei.
— Alguém ousa discutir com você, Gideon? — Joey McKinley o olhou com
frustração.
— Obviamente — respondeu ele, dando-lhe um olhar significativo.
— Isso não é uma discussão, Gideon, é um diálogo. Ele meneou a cabeça.
— Eu realmente não tenho tempo para isso, então, se você não se importa...
— Mas eu me importo Gideon. — Subitamente, Joey estava muito perto de
novo. Tão perto que ele podia sentir o calor da respiração dela em seu queixo,
uma vez que os saltos altíssimos deixavam o topo da cabeça raiva no nível dos
seus olhos.
Gideon desejou que nunca tivesse começado aquela conversa. Que tivesse
pegado uma das caixas do porta-malas do carro vermelho da mulher e subido
no elevador com ela, antes de fechar-se na sala de Lucan pelo resto do dia.
Ele tinha 34 anos, era bem-sucedido em sua carreira e os casos amorosos
que tinha ocasionalmente mal ficavam registrados na escala de suas emoções.
Além da afeição que sentia por seus dois irmãos e sua mãe, Gideon preferia manProjeto Revisoras
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10. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
ter distância física e emocional do resto da humanidade.
Era difícil fazer isso perto da impetuosa Joey McKinley. Especialmente
quando ela estava tão perto que ele podia sentir o cheiro de limão do xampu
nos cabelos vermelhos com mechas douradas e cor de canela. Uma cor
incomum, que Gideon sabia que era natural, porque a irmã gêmea de Joey
possuía os cabelos ruivos com as mesmas mechas lindas.
Como seria a sensação de tocar naqueles cabelos? Seriam sedosos e
macios como pareciam?
Gideon deu um passo abrupto atrás, reprimindo seus pensamentos ao
perceber o que estava fazendo.
— Joey, eu entendo que o fato de sua irmã estar casada com o meu irmão
nos coloca numa posição de quase parentes: — Quase sendo a palavra
operativa. — Mas quero deixar claro que não tenho nenhum interesse em saber
qualquer coisa sobre sua vida sexual.
Joey arregalou os olhos diante da veemência que ouviu no tom de Gideon.
Não tinha dúvidas de que ele apreciava e respeitava sua irmã, e que aprovara o
casamento de Stephanie com Jordan. Então, por que decidira que desgostava
de Joey desde o primeiro encontro deles?
Talvez ele a tivesse desaprovado antes do primeiro encontro, se o que
presumia sobre sua amizade com Jason Pickard fosse alguma indicação. Joey
sabia dos rumores que vinham circulando sobre ela e o sócio mais novo de
Pickard, Pickard e Wright pelos últimos seis meses. Rumores falsos!
Oh, Jason era muito bonito, e os dois jantavam fora pelo menos uma vez por
semana. Joey sempre se divertia nessas noites, e gostava da companhia de
Jason. Mas a amizade deles não era baseada em atração sexual ou amor.
Na verdade, Jason era apaixonado por um homem que conhecera na
faculdade, e com quem morava pelos últimos dez anos. Infelizmente, seus pais,
Pickard pai e Gloria, não sabiam que o relacionamento dele com o outro homem
era mais que amizade, e teriam desaprovado veementemente se soubessem.
Joey tinha ficado radiante na primeira vez em que Jason a convidara para
sair... Afinal de contas, ele era o segundo Pickard da firma de advocacia. Mas
não demorara a perceber que Jason não estava interessado nela sexualmente.
Com seu jeito sempre franco, ela fizera perguntas diretas, e recebera respostas
igualmente diretas. A revelação sobre a sexualidade de Jason não mudara nada
para Joey. Ela gostava dele... O bastante para concordar com jantares freqüentes. E por que não, quando pouca coisa acontecia em sua vida no
momento? E, então, o mito de que eles tinham um relacionamento nascera, um
mito do qual até mesmo o distante Gideon St. Claire tinha conhecimento.
Joey deu-lhe um sorriso frio.
— Então, por que ainda estamos parados aqui, discutindo minha vida
sexual?
— Você... — Gideon parou em óbvia frustração, tentando exercer seu
controle rígido. — Vamos levar suas coisas para cima e começar a trabalhar? —
Ele moveu-se para pegar uma das caixas do porta-malas do carro dela, antes de
dirigir-se ao elevador privado.
Joey pegou a outra caixa, então fechou o porta-malas e trancou o carro,
um sorriso de satisfação curvando seus lábios enquanto ela o seguia.
As próximas quatro semanas — se ela conseguisse derrubar a pose arrogante
e indiferente de Gideon St. Claire — prometiam ser muito divertidas. Ao menos
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para ela...
CAPÍTULO DOIS
— AONDE VOCÊ vai? — questionou Gideon ao se virar e ver que, em vez de
segui-lo ao longo do corredor para sua própria sala, Joey tinha parado do lado
de fora do escritório geralmente reservado para a assistente particular de Lucan.
Não estava ocupado no momento, porque Lexie se tornara a assistente de Lucan
três semanas atrás, e os dois estavam agora em lua de mel numa ilha do Caribe.
Olhos verdes zombeteiros encontraram os seus.
— Acredito que foi uma tentativa de diplomacia da parte de Lucan quando
ele sugeriu que eu poderia usar a sala vaga de Lexie, em vez de o seu escritório.
— E como você sabia que esta sala em particular era o escritório de Lexie?
— Você quer dizer, fora o fato de o nome dela estar gravado sobre a porta?
Gideon cerrou os dentes diante do óbvio sarcasmo.
— Fora isso, sim. Joey deu de ombros.
— Eu vim aqui na quinta-feira à tarde, de modo que Lucan pudesse explicar
exatamente o que quer que eu faça enquanto ele e Lexie estão fora.
Quinta-feira. A única tarde da semana que Gideon não trabalhava na
Corporação St. Claire, mas ia ao pequeno escritório que mantinha do outro lado
da cidade, a fim de lidar com assuntos legais particulares que exigiam sua
atenção. Um fato do qual Lucan tinha ciência!
— E o que exatamente ele quer que você faça enquanto estiver viajando
com Lexie? — Além de atrapalhar a vida de Gideon, é claro.
Joey deu de ombros.
— Bem, Lucan parece saber que você não vai liberar muito do trabalho
legal para mim. — Os olhos verdes brilharam. — Mas eu ficarei contente em
preencher a lacuna. Há também o fato de que, com Lexie fora, vocês estão sem
uma assistente particular.
— Minha secretária...
— É agora minha secretária — ela o relembrou audaciosamente.
Droga, aquela situação estava piorando... Mais ainda pelo lato de que ele
suspeitava que Lucan e Lexie estivessem agora numa ilha privada do Caribe,
rindo às suas custas. Apaixonar-se não tornara seu irmão mais velho apenas
imprevisível; também despertara um senso de humor negro nele!
— Se você preferir, eu posso usar seu escritório em vez deste — disse Joey,
mais uma vez batendo um pé no chão para demonstrar sua impaciência. —
Pode decidir-se rapidamente, Gideon? Esta caixa está ficando pesada!
Ele deu um suspiro frustrado. Sempre pensara no escritório no fim do corredor
como sendo seu próprio espaço pessoal; paredes com painéis de madeira,
prateleiras do chão ao teto contendo seus livros sobre Direito, todos em ordem
alfabética. E o topo de sua mesa de madeira estava sempre vazio ao fim de
cada dia, sem itens pessoais que muitas pessoas pareciam espalhar durante as
horas de trabalho.
As duas caixas pesadas que eles tinham carregado para cima implicavam
que Joey espalharia itens pessoais sobre a mesa pelas próximas quatro semanas.
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12. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
Não, ele não gostava da idéia de ter seu escritório personalizado por aquela mulher. Mas saber da presença perturbadora de Joey McKinley na sala ao lado
também seria inaceitável...
— Tarde demais — anunciou Joey decidida, e usou o cotovelo para abaixar
a maçaneta do escritório de Lexie antes de entrar. — Muito bom.
Gideon a seguiu relutantemente para dentro da sala que Lucan tinha
decorado antes que Lexie se tornasse sua assistente particular, três semanas atrás,
vendo novamente que a mesa de pinho, as paredes cor de creme e o tapete em
tons de dourado criavam um contraste perfeito para os longos cabelos pretos de
Lexie.
Mas ele não pôde deixar de notar que o ambiente também combinava
com os cabelos ruivos e olhos verde-jade de Joey...
— O que você tem aqui dentro... Pedras? — perguntou Gideon malhumorado enquanto atravessava a sala para pôr a caixa que estava carregando
sobre a mesa, ao lado da caixa de Joey.
— Não exatamente — retrucou ela, erguendo as abas de uma das caixas
para começar a remover os objetos e desembrulhá-los do jornal.
As bugigangas previsíveis reconheceu Gideon. O diploma em Direito. Duas
fotografias emolduradas... Uma dos pais, a outra de Stephanie e Jordan no
casamento deles. Um peso de papel com uma rosa amarela dentro. Um dragão
dourado.
Um dragão dourado?
— Sim? — Joey continuou segurando o pequeno ornamento dourado quase
de modo defensivo, enquanto se virava para fitá-lo.
Aquela foi à primeira indicação de que ele fizera alguma exclamação em
voz alta. Mas... Um dragão. Mesmo um bonito como aquele — com o corpo
escamoso lindamente entalhado em ouro, suas asas abertas como se ele
estivesse prestes a levantar voo, e duas pequenas safiras amarelas incrustadas no
lugar dos olhos — não combinava com a imagem abrasiva que ele formara de
Joey
Não mais do que a voz que cantava como um anjo, ele lembrou
subitamente.
Joey o olhou e franziu a testa, notando a expressão de puro desgosto no
rosto dele.
— Stephanie mandou fazer isto para mim quando eu me formei em Direito.
Sua gêmea sempre soubera que dragões tinham um significado para Joey.
Um dragão dourado aparecia nos seus sonhos desde que ela estava com sete
anos de idade. Toda vez que Joey tinha um problema — dificuldades na escola,
ou com amigas —, e quando ela e Stephanie tinham dez anos e se envolveram
num acidente de carro que deixou sua gêmea sem andar por dois anos, Joey
sonhara com seu dragão dourado, e instantaneamente se sentira segura de que
tudo iria dar certo.
Por conseguinte, para onde ela ia, este dragão a acompanhava.
Ela o posicionou firmemente no centro da mesa vazia.
— Ele tem grande valor sentimental.
— Se foi presente de Stephanie, então tenho certeza de que sim —
reconheceu Gideon suavemente.
Joey o estudou, procurando a frieza usual em Gideon. Em vez disso, sentiu
quase uma afinidade.
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— Você sente falta de Jordan? A pergunta o deixou atônito.
— Não houve muito tempo para isso, já que ele partiu esta manhã.
— Eu quis dizer antes disso, é claro — explicou Joey impacientemente. — Há
quanto tempo ele está em Los Angeles agora?
— Dez anos.
Stephanie só estava longe por dois meses, mas Joey estava profundamente
ciente do vazio que sua irmã gêmea deixara em sua vida.
— Você sentiu a falta de Jordan quando ele foi embora pela primeira vez?
— Você ainda está sentindo a falta de Stephanie?
— Não precisa parecer tão surpreso, Gideon — disse ela. Gideon estava
surpreso; entretanto, sabia que não deveria estar. Somente porque Joey gostava
de provocá-lo em cada oportunidade não significava que ela não tivesse a
mesma conexão profunda com sua irmã que ele tinha com Jordan.
— Sim, eu senti muito a falta de Jordan logo que ele foi para Los Angeles —
admitiu ele, então acrescentou: — Mas com o tempo fica mais fácil.
Os dois se entreolharam por longos minutos, como se cada um reconhecesse
alguma coisa no outro que não enxergara antes. Uma suavidade. Uma
rachadura em suas armaduras. Uma vulnerabilidade.
Embora Gideon achasse esse insight nas emoções de Joey perturbador,
achou ainda mais perturbadora sua própria atitude. Revelar vulnerabilidade não
era algo que ele fazia. Nunca.
— O dragão é muito lindo — disse ele, querendo mudar de assunto. — Mas,
pessoalmente, prefiro acreditar nas coisas que posso ver e tocar.
— Talvez esse seja o seu problema — murmurou Joey, virando-se para
continuar a desembrulhar o conteúdo da caixa.
O maxilar de Gideon enrijeceu.
— Eu não sabia que eu tinha um problema.
Joey arqueou as sobrancelhas castanhas enquanto se sentava na beirada
da mesa, a saia justa erguendo-se de leve no processo, expondo mais das pernas
delgadas.
— Não acha que o fato de você não ter imaginação alguma seja um
problema?
Gideon desviou o olhar das belas pernas para o rosto em forma de coração.
— Sempre acreditei que basear minhas opiniões na realidade dura e fria
fosse à melhor opção.
— Não quer dizer a opção mais tediosa e sem imaginação? — provocou ela.
— Acredito que me conheço bem o bastante para saber o que eu quis dizer,
Joey.
Joey tinha se arrependido de lhe contar que ainda sentia falta de Stephanie
assim que iniciara a conversa. Mas ficara surpresa quando Gideon admitira
também sentir a falta do irmão gêmeo.
Ele dava a nítida impressão de ser auto-contido. De ser um homem frio e
impassível. Imaginá-lo sentindo o mesmo tipo de dor da solidão pelo irmão que
ela sentia por Stephanie de repente o fez parecer muito humano.
Mas talvez ele sentisse o mesmo com relação a ela? A idéia subitamente
pareceu muito íntima.
— Não há necessidade de você esconder suas cuecas, Gideon — provocou
ela para disfarçar seu desconforto.
— Não entendi.
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— Neste caso, suas cuecas significando seus sentimentos — Joey explicou a
expressão que ouvira uma vez.
— Eu preferiria não discutir minhas roupas de baixo... Ou meus sentimentos...
Se você não se importa. — Ele meneou a cabeça. — Você é a mulher mais
irritante que já conheci.
— Verdade? — Joey sorriu. Gideon a olhou em exasperação.
— Isso não foi um elogio.
— Eu não pensei que fosse — replicou ela, secamente. — Mas não posso
evitar sentir-me honrada por ter o frio e distante Gideon St. Claire baixado seus
olhos castanhos aristocráticos o bastante não apenas para notar a minha
existência, como também para formar uma opinião a meu respeito.
Gideon percebeu que era essa impulsividade da mulher que o perturbava
tanto, deixando-o inseguro e cauteloso com relação ao que ela faria ou diria a
seguir. Aquela não era uma admissão confortável para um homem que mantinha
um controle rígido sobre suas emoções.
Sua boca se comprimiu numa linha dura.
— Agora, quem está sendo insultante?
— Eu estava? — questionou ela. — Mas você tem olhos castanhos. E é um
aristocrata. Lorde Gideon St. Claire, para ser exata — adicionou ela.
Nem ele nem seus dois irmãos usavam os títulos. Na verdade, quase ninguém
sabia que Lucan era o atual duque de Stourbridge, ou que seus dois irmãos mais
novos eram lordes. Um fato do qual Joey estava bem ciente.
Em vez de responder, consultou seu relógio de ouro.
— Lamento, mas não tenho mais tempo para perder com isso. Tenho Um
cliente às 9h.
Ela sorriu descaradamente.
— Isso significa que o discurso de boas-vindas... O usual bom ter você
conosco, não hesite se precisar de alguma coisa acabou?
Gideon deu um suspiro exasperado.
— Certamente, a essa altura, você sabe que eu ficaria mais feliz se não a
tivesse trabalhando aqui — respondeu ele com honestidade.
— A vida pode ser cruel às vezes, não é? — disse ela, linda sorrindo.
Gideon deu-lhe uma última olhada antes de se virar e ir para a sala
adjacente, controlando-se para não bater a porta com toda sua força.
Uma vez sozinha na sala de Lexie, Joey suspirou aliviada. Aquela conversa
sobre as cuecas de Gideon sem dúvida reforçara a opinião que ele tivera a seu
respeito antes que ela cometesse o lapso de admitir que sentia a falta de
Stephanie.
Joey sabia o que as pessoas pensavam dela como advogada: agressiva,
eficiente, muito direta. Ela era um tubarão cercando sua presa quando defendia
um cliente num tribunal... E aquela era reputação que deliberadamente
cultivava.
Não muitas pessoas podiam ver a verdadeira Joey por baixo da profissional,
como Gideon vira quando ela havia falado sobre a saudade que sentia de sua
irmã.
Joey construíra sua dureza profissional alguns anos atrás, depois de entrar
numa carreira dominada por homens, e depois que muitos homens menos
capazes que ela tinham conseguido empregos por causa de seu gênero, e não
de suas habilidades. Na terceira vez em que perdera um emprego dessa forma,
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Joey decidira que, se não podia derrotá-los, então iria juntar-se a eles e derrotálos em seus próprios jogos.
Conseqüentemente, antes que fosse para sua entrevista em Pickard, Pickard
e Wright, dois anos atrás, Joey havia saído e comprado trajes profissionais quase
masculinos, cortado os cabelos curtos e adotado uma personalidade abrasiva e
agressiva para combinar com seu visual. As mudanças se provaram bemsucedidas, e ela conseguira o emprego naquela prestigiosa firma de advogados.
Uma vez no emprego, suavizara um pouco sua atitude e sua aparência,
reconhecendo que, em algumas circunstâncias, a feminilidade podia ser tão
efetiva quanto à agressividade.
Mas não se sentia inteiramente confortável com o fato de que sua
personagem altamente profissional escorregara de leve quando conversara com
Gideon St. Claire.
— Vou "TIRAR um intervalo agora, e ir ao Café no fim da rua, buscar um
chocolate quente. Você quer alguma coisa de lá?
Gideon mostrou sua irritação quando olhou da tela do computador para
onde Joey estava à porta que conectava as duas salas; a porta que ela abrira
sem a cortesia de bater antes.
— Certamente há uma cafeteira na sala de Lexie.
— Eu não bebo café.
— Há máquinas de refrigerantes em todos os andares, e um restaurante da
empresa no oitavo andar. Sem dúvida, eles têm chocolate quente lá.
— Mas não com chantili no topo, ou servido por um rapagão de vinte anos
com ombros largos e cabelos loiros, suponho.
Gideon franziu o cenho ao pensar nas três mulheres rechonchudas de meiaidade que trabalhavam no restaurante dois andares abaixo.
— Bem... Não.
— Então é isso.
— Presumo que este "rapagão" trabalha no café da esquina?
— Oh, sim. — Ela sorriu-lhe. — Então, você quer alguma coisa? Uma bebida,
um brioche, um pão doce?
— Não, obrigado.
— Eles têm um delicioso brioche de limão...
— Eu disse não. — Gideon estava ficando cada vez mais irritado. Se quisesse
café, tinha sua própria cafeteira e, se quisesse comer, mandaria sua secretária —
a secretária de Lucan, agora que Joey McKinley tinha confiscado a sua -- ao
restaurante para lhe buscar alguma coisa.
Joey continuou ali, parecendo inabalada por sua irritação.
— Diga-me, Gideon, você já foi a um café?
— Não.
— E numa lanchonete?
— Se você se refere aos restaurantes Fast Food, então a resposta é não.
Também nunca patinei, voei de asa-delta ou mergulhei... E não sinto mais
vontade de fazer nenhuma dessas coisas do que sinto de ir ao café no fim da rua!
— Eu também nunca mergulhei... Nunca tive certeza do que se esconde nas
profundezas — contou Joey com um pequeno tremor. — Mas já patinei e voei de
asa-delta, e amei as duas atividades. Quando aos restaurantes Fast Food e ao
café... Você não tem idéia do que está perdendo!
— No caso do café, aparentemente um garoto de vinte anos, como ombros
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16. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
largos e cabelos loiros. — Ele fez uma careta. — Que obviamente não é meu tipo.
E ele não é um pouco jovem demais para você! — acrescentou Gideon com
desdém.
— Homens mais novos estão na última moda. — Joey arqueou sobrancelhas
sugestivas para ele. — Deve ser porque eles têm mais vigor na cama do que
homens mais velhos.
Gideon enrijeceu. Quem tinha conversas como essa? Joey McKinley,
aparentemente! Apesar de não estar gostando nem um pouco daquela
conversa, ele não pôde deixar de imaginar se, ao falar de homens mais velhos,
ela se referira a homens da sua idade!
Ele recostou-se em sua cadeira e fitou-a com olhos estreitos.
— Eu teria pensado que experiência venceria vigor, nesse caso.
Joey quase gritou sim, por ter conseguido engajar o reservado Gideon St.
Claire nessa conversa obscena. A atitude indiferente dele era como um pano
vermelho para um touro, para Joey. Ela queria falar coisas absurdas apenas para
chocá-lo.
Com o sol fraco de fevereiro brilhando através da enorme janela atrás dele,
os cabelos de Gideon eram da cor de ouro puro. E pareciam suaves e sedosos ao
toque. Os olhos escuros eram enigmáticos, e um pequeno sorriso curvava os
lábios sensuais... Como se ele estivesse apreciando a conversa, mesmo contra sua
vontade.
Joey fechou as mãos para resistir à vontade de atravessar a sala e ver se
aqueles cabelos seriam suaves e sedosos ao toque. Aquele era Gideon St. Claire
lembrou-se. O homem que ela acreditara, até mais cedo naquela manhã, ser
imune a todo tipo de sentimento emocional.
— Não subestime vigor até que você tenha experimentado — provocou
Joey.
— O que você, obviamente, fez. Na verdade, não...
Oh, Joey sabia que passava uma imagem de quem seduzia homens de
todas as idades, e que a maioria das pessoas assumia que ela morava sozinha e
era solteira por escolha. Mas a realidade era que Joey estivera muito focada em
obter sua graduação em Direito entre 18 e 22 anos para que lhe sobrasse tempo
para relacionamentos. Na verdade, não linha tempo algum para isso. Houvera
ocasionais encontros românticos, é claro... O mais recente com Jason Pickard,
seis meses atrás. E que resultado esse último encontro tivera! Mas ela nunca
vivenciara um relacionamento de longa duração, pelo qual ansiava. Seus pais
eram felizes no casamento por mais de trinta anos, e Joey decidira muito cedo
que não iria se contentar com menos.
Infelizmente, a imagem indiferente que deliberadamente adotara tendia a
oprimir os homens fracos, e os fortes se Nontiam ameaçados por ela.
Provavelmente por isso, aos 28 anos, a motivada e abrasiva Joey McKinley não
conseguira encontrar um homem que pudesse amar completamente, e que a
amasse da mesma maneira.
Pelo mesmo motivo, ela ainda era virgem...
Algo que o cínico Gideon St. Claire acharia muito difícil de acreditar.
— Ainda não... Mas eu ficarei contente em lhe contar quando eu
experimentar — replicou ela.
Gideon inclinou-se para frente e apoiou os cotovelos sobre a mesa.
— Existe alguma conexão sexual entre o creme chantili e o rapagão de vinte
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anos?
Os olhos verdes se arregalaram e, por um instante, Gideon podia jurar ter
visto um leve rubor naquelas faces alvas. Como se a extrovertida Joey McKinley
estivesse embaraçada por seu comentário. Ele ficou intrigado com a idéia...
—Acho que estou tendo uma onda de calor, só de pensar nisso! — Ela
abanou uma mão na frente do rosto.
Gideon suspirou.
— Se você já terminou de interromper minha manhã, tenho uma reunião em
cinco minutos, seguida por um compromisso de almoço.
O sorriso provocante foi instantaneamente substituído pelo interesse
profissional.
— Você precisa de mim para alguma dessas duas coisas?
— Não. — Ele a assegurou com firmeza. — A reunião não deve durar muito, e
o compromisso de almoço é pessoal;
— Tudo bem. — Ela o estudou especulativamente. Então deu de ombros. —
Você sabe onde me encontrar se precisar de mim.
— Na sala ao lado, ou no café da esquina, tendo fantasias sobre chantili e
jovens atraentes — murmurou Gideon com sarcasmo.
— Ei, acho que você está começando a apreciar meu senso de humor!
— Senhor, espero que não — disse ele com sentimento. Joey deu uma
gargalhada rouca, antes de se virar para voltar à sua própria sala e fechar a
porta suavemente.
Gideon respirou fundo. Três semanas, quatro dias, seis horas e meia... Para
que Joey McKinley estivesse fora do edifício da Corporação St. Claire.
Fora do escritório na porta ao lado.
Totalmente fora de sua vida...
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CAPÍTULO TR Ê S
JOEY AINDA estava tão perturbada pela observação de Gideon sobre o
creme chantili que se esqueceu de pedir chantili no chocolate quente... E nem
sequer notou que havia uma garota servindo hoje, em vez do rapaz de cabelos
dourados!
Talvez Gideon não fosse tão conservador assim, se podia fazer referências
sexuais como aquela. Afinal de contas, Stephanie não tinha conseguido parar de
rir quando Joey perguntara se Gideon era homossexual. Somente porque Joey
nunca o vira com uma mulher não significava que ele não tinha uma em sua
vida. Talvez Gideon tivesse alguém, mas não quisesse levar essa pessoa ao
casamento de um membro da família.
Para seu imenso desconforto, apenas se imaginar deitada sobre lençóis
brancos de seda, tendo a língua quente de Gideon lambendo chantili de seus
seios foi o bastante para enrijecer seus mamilos dentro do sutiã.
Não uma boa idéia...
— Deseja mais alguma coisa?
Joey olhou para a garota atrás do balcão, enrubescendo ao perceber que
seu chocolate quente já estava à sua frente, e que havia uma fila de pessoas
atrás, esperando para serem atendidas.
— Não, obrigada — murmurou Joey, pegando o chocolate quente e
virando-se abruptamente, colidindo com o homem barbado atrás dela. —
Desculpe.
— Não foi nada — replicou ele.
Joey apressou-se para fora do café antes que fizesse alguma coisa para
embaraçar a si mesma, respirando fundo uma vez na calçada, grata pelo vento
frio de fevereiro refrescando seu rosto quente. Estava ciente do leve tremor nas
mãos enquanto segurava o copo descartável de chocolate quente.
O que estava errado com ela? Bem... Sabia o que estava errado... Ficara
excitada por uma fantasia sexual sobre Gideon St. Claire e creme chantili no meio
do café! Ele era a última pessoa com quem Joey deveria fantasiar...
Especialmente considerando que eles iriam trabalhar juntos pelas próximas quatro
semanas.
Gideon nem mesmo gostava dela e, com certeza, não a aprovava, então o
que...
— Você está se sentindo bem?
Joey ergueu os olhos para ver o homem barbado do café parado ao seu
lado na calçada.
— Você parece um pouco febril — continuou o homem. — Talvez tenha
pegado uma gripe. É esse tempo louco, um dia frio, o outro quente.
— Sim, provavelmente — respondeu Joey, olhando para 0 homem pela
primeira vez.
Ele devia ter cerca de quarenta anos, e era bonito, pelo que ela podia ver
através da barba escura-que lhe escondia a parte inferior do rosto. Os olhos eram
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azul-brilhante. Ele parecia vagamente familiar.
— Eu conheço você? — perguntou ela.
— Estou certo de que eu teria me lembrado se tivéssemos nos encontrado
antes. — Ele deu um sorriso breve.
Joey aceitou o elogio.
— Desculpe por ter segurado a fila lá dentro. Minha cabeça estava longe. —
Numa cama com lençóis de seda, com Gideon... Não! Precisava parar de pensar
sobre isso!
— Sem problemas — respondeu o homem. — Você trabalha por aqui?
Joey franziu o cenho. Não estava disposta a contar para um completo
estranho onde trabalhava. Um estranho que ainda lhe parecia familiar, apesar da
negação dele.
— Sim. E está na hora de eu voltar. — Com um sorriso, ela virou-se e
começou a andar.
— Aprecie seu chocolate quente — disse ele.
— Obrigada. — Joey sentiu-se desconcertada por saber que o homem
notara o que ela havia pedido ao balcão. E podia sentir os olhos azuis a seguindo
enquanto andava ao longo da rua.
Estava se tornando paranóica. O homem só estava sendo educado, pelo
amor de Deus! Ela provavelmente estava sensível demais por causa de sua
fantasia sensual.
Provavelmente? Com certeza, estava sensível demais. E em todos os lugares
errados, também.
— SEU ALMOÇO foi bom?
Gideon tinha acabado de voltar para seu escritório, e suspirou ao se virar e
ver Joey, mais uma vez parada junto à porta de conexão entre as duas salas.
— Acho que precisamos estabelecer algumas regras básicas, Joey — disse
ele, enquanto removia o paletó antes de se sentar atrás da imponente mesa de
Lucan. — A primeira sendo que, no futuro, eu gostaria que você batesse à porta
antes de invadir meu escritório.
— Por quê?
Ele cerrou os dentes.
— Porque eu prefiro assim. Ela o estudou.
— Você vai fazer alguma coisa... Privada aqui, que não quer que eu entre e
atrapalhe?
Três semanas, seis dias, duas horas...
— Eu apenas não a quero entrando aqui sem ser anunciada.
Joey havia decidido, durante as três horas desde a última vez em que vira
Gideon, que a melhor maneira de lidar com ou lapso de mergulhar em fantasias
era encarando a situação de frente. Encará-lo de frente.
Olhando-o agora, sentado atrás da mesa de Lucan, os cabelos dourados
levemente despenteados pela brisa do Indo de fora, sem paletó, com os
músculos do peito e dos ombros claramente visíveis sob a camisa branca, ela não
teve tanta certeza...
Oh, pare com isso, Joey, instruiu a si mesma. Então tivera uma fantasia sexual
com o homem. E daí? Sim, Gideon era maravilhoso, mas acabara de voltar de
um almoço de duas horas com outra mulher. Sem dúvida, uma mulher feliz em
servi-lo de suas preferências sexuais, quaisquer que essas fossem...
— Minha mãe mandou lembranças, a propósito. Joey piscou.
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20. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
— Sua mãe?
Gideon deu um sorriso zombeteiro... Quase como se soubesse no que ela
estivera pensando.
— Eu almocei com mamãe, antes que ela pegasse o trem da tarde de volta
para Edinburgh.
A linda e graciosa Molly St. Claire. Duquesa de Stourbridge agora, depois do
casamento de Lucan com Lexie no sábado. E, aparentemente, a mulher com
quem Gideon compartilhara um almoço de duas horas.
Era alívio o que Joey estava sentindo? Se fosse, então isso era totalmente
ridículo, uma vez que Gideon deixara claro que ela era a última mulher por quem
ele se sentiria atraído.
E ela estava atraída por ele?
Bem, era uma mulher com sangue nas veias, não era?
Sim, mas não era estúpida. Permitir-se sentir atração por Gideon — um
homem que não mostrava interesse por ela, e nenhuma emoção por ninguém,
exceto pela família mais próxima — seria uma grande estupidez de sua parte.
Ela podia escolher apresentar um exterior de sofisticação, mas, por dentro,
Joey era suave... Tão emotiva e vulnerável quanto sua irmã gêmea. E não estava
disposta a ter seu coração partido, apaixonando-se pelo frio e inacessível Gideon
St. Claire.
— Que filho atencioso você é — comentou ela. Gideon enrijeceu
visivelmente.
— Talvez você não saiba, mas o casamento no sábado foi um momento
difícil para minha mãe.
Joey instantaneamente se sentiu culpada com o lembrete de que o
casamento de Lucan e Lexie devia ter sido difícil para Molly St. Claire; Lexie era
neta de San Thomas... A mulher por quem o marido de Molly, Alexander St. Claire,
o ex-duque de Stourbridge, tinha deixado Molly 25 anos atrás.
Algum tipo de trégua tinha sido estabelecido no passado entre as duas
mulheres mais velhas antes do casamento de Lucan e Lexie no sábado, mas,
mesmo assim, não podia ter sido uma situação fácil para a mãe de Gideon.
— Estou ciente disso. — Joey fez uma careta em reconhecimento de seu
lapso. — Sinto muito.
Gideon continuou olhando-a friamente por diversos segundos, antes de
assentir com a cabeça.
— Vamos prosseguir certo? O que você queria aqui? O que ela queria lá?
Oh, sim.
— Jordan ligou enquanto você estava fora; ele e Steph chegaram bem em
Los Angeles.
Gideon assentiu.
— Ele deixou um recado no meu celular.
Ainda lhe parecia estranho que ele e esta mulher fossem conectados pelo
casamento de seus irmãos. Não que Gideon e Jordan fossem gêmeos idênticos.
Mas Joey è Stephanie eram... Mesmo se escolhessem ser completamente distintas
em estilo. Gideon sempre achara Stephanie carinhosa e charmosa, enquanto a
irmã possuía a suavidade de um ouriço. Uma impressão que havia sido abalada
nessa manhã, quando ele ouvira a solidão na voz de Joey ao admitir o quanto
sentia a falta de sua gêmea...
Na verdade, Gideon pegara-se pensando em Joey durante o almoço,
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enquanto ele e a mãe comiam as sobremesas. Bem, tinha sido a sobremesa de
sua mãe que ativara a memória... Morangos com chantili. Para seu horror e
desconforto, ele se descobrira imaginando Joey deitada em lençóis de seda
vermelhos... Vermelhos, porque ele já sabia como a cor exótica daqueles cabelos
ruivos ficava linda contra o vermelho... Enquanto ele lambia sensualmente creme
chantili do corpo dela.
A imagem tinha sido tão vivida que Gideon se sentira enrijecer, sua ereção
dolorida debaixo da mesa onde estava almoçando com sua mãe!
— Como foi sua visita ao café da esquina, mais cedo? Joey não conseguiu
impedir o rubor que esquentou suas faces quando a pergunta a fez lembrar-se da
fantasia que nutrira mais cedo. Seus seios se tornaram mais cheios, os mamilos rijos
e sensíveis roçando na renda preta do sutiã.
Ela umedeceu os lábios.
— Foi... Boa, obrigada. Gideon deu-lhe um sorriso tenso.
— Alguma sorte com o rapagão loiro?
— Ainda estou trabalhando nisso — respondeu ela sem olhá-lo, então se
virando para sair.
Gideon se levantou e cruzou a distância entre os dois em passos
determinados. Ela virou-se novamente quando ele falou com a voz rouca:
— Obrigado por me passar o recado de que Jordan e Stephanie chegaram
bem em Los Angeles.
— Um recado desnecessário, na verdade — comentou ela, muito ciente da
proximidade de Gideon.
— Mas você não sabia disso — apontou ele. — E, apesar dos comentários
que fiz mais cedo, apreciei que você veio falar comigo assim que eu retornei do
almoço.
Joey sorriu.
— Mesmo que eu tenha invadido seu escritório?
— Mesmo assim — concedeu Gideon, percebendo como ela era
pequenina; seus modos sempre tão zombeteiros e o temperamento
independente de alguma maneira a tinham feito parecer maior.
A admissão de Joey de que sentia a falta de Stephanie levara Gideon a vêla com outros olhos... Indicando que aquela independência exagerada era mais
uma defesa do que uma parte da natureza dela. Talvez um mecanismo de
defesa para esconder a vulnerabilidade... A mesma vulnerabilidade que a
capacitara a cantar com tanta beleza e emoção no casamento de Jordan e
Stephanie?
Joey era mais baixa do que Gideon pensara, o topo da cabeça chegando
somente até seu queixo... Mas, como? Naquela manhã, no estacionamento, ele
lembrava distintamente que os olhos verdes haviam estado no nível de sua boca
enquanto eles conversavam.
Gideon deu um passo atrás para lhe estudar os pés.
— Você está descalça...
Até mesmo os pés de Joey eram bonitos... Os tornozelos bem formados, os
dedos graciosos, com as unhas pintadas de cor-de-rosa.
— Tenho o hábito de tirar os sapatos sempre que eu me dento — admitiu
Joey.
— Isso não é muito... Ortodoxo quando você está no trabalho. — Aquilo
também dava uma intimidade à situação tio que ele não gostava.
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Ela inclinou a cabeça em desafio.
— Você ainda não notou? Eu não sou ortodoxa!
Gideon notara muitas coisas sobre aquela mulher hoje, como a maciez dos
cabelos ruivos. A cremosidade da pele alva. O volume dos seios sob a blusa de
seda. As deliciosas curvas dos quadris e do traseiro. A leve vulnerabilidade daqueles lábios sensuais...
Joey estava muito consciente da súbita tensão que cercava os dois.
Também tinha ciência, estando tão perto dele, de que o peito largo parecia tão
sólido e musculoso como ela imaginara que seria, e que seus sentidos estavam
sendo bombardeados pelo calor e pelo cheiro do corpo de Gideon.
Ela quase sentia medo de respirar, & resistiu ao impulso de aproximar-se mais,
circular-lhe a cintura com os braços e sentir os músculos poderosos sob a camisa
branca, enquanto suas palmas descansavam nas costas dele...
Era um impulso perigoso... Especialmente depois dos pensamentos eróticos
que tivera sobre ele mais cedo. Todavia, ela não conseguia se afastar. Não
conseguia tirar os olhos daquelas feições duras e esculpidas. Exceto que elas não
pareciam duras agora. A boca de Gideon estava relaxada... Os lábios levemente
entreabertos, a respiração, uma carícia quente contra suas sobrancelhas... E os
olhos castanhos... Oh, Deus, aqueles olhos...
Não eram mais apenas cor de chocolate, mas tinham agora fragmentos
dourados saindo das pupilas. O dourado se aprofundou quando o olhar dele
desceu para os lábios entreabertos de Joey. Como se Gideon também estivesse
imaginando como seria se eles se beijassem...
Uma batida suave soou à porta externa, antes que essa fosse
imediatamente aberta.
— Gideon, eu... Oh!
A secretária de Lucan, May Randall, parou desajeitadamente, os olhos
arregalados enquanto olhava para os dois parados tão juntos perto da porta.
— Eu... Eu voltarei mais tarde! — Ela estava rubra quando se virou e fechou a
porta.
A interrupção inesperada de May teve o mesmo efeito de um banho frio
sobre Gideon, tornando-o consciente do que estava fazendo... E do que estivera
prestes a fazer.
Estivera prestes a beijar Joey McKinley. Joey McKinley, pelo amor de Deus!
Ela era tudo que Gideon desgostava numa mulher.
As mulheres que tinham um lugar breve em sua vida eram escolhidas por
possuírem as mesmas qualidades de seu favorito vinho branco: frio e revigorante,
com apenas um toque de sedução para provocar os sentidos. Joey tinha todas
as qualidades de um vinho tinto rico: forte e saborosa, com uma impetuosidade
que atacava os sentidos, em vez de provocá-los de forma sutil.
Joey teve somente de dar uma olhada para o rosto expressivo de Gideon
para saber que ele se arrependia da aproximação que parecera inevitável entre
os dois. Estava nos olhos dele, nos ombros rígidos, nos punhos cerrados nas laterais
do corpo; enquanto ela ainda estava com o coração disparado pela
intensidade de emoções que tinha visto queimando nos olhos dele. Olhos que,
subitamente, haviam se tornado da mesma cor de seu dragão adorado,
adornando o topo de sua mesa...
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CAPÍTULO QUATRO
— E COMO VOCÊ sugere que expliquemos essa pequena cena tocante para
May? — perguntou Gideon.
De maneira fria. Dura. Desaprovadora. Típica!
A ternura que Joey pensara ter visto nas profundezas dos olhos dourados
tinha sido uma ilusão, disse a si mesma, fitando agora os frios olhos castanhos.
— O que há para explicar? — questionou ela. — Nós estávamos apenas
conversando.
— Obviamente estávamos muito perto para discutir contratos profissionais.
Para seu desgosto, Gideon percebeu que, após uma única manhã
trabalhando com Joey, eleja começava a perder o juízo. Que explicação
poderia haver para até mesmo pensar em beijá-la? Pensar? Ele não estivera
raciocinando enquanto estudava aqueles lábios carnudos entreabertos!
— Pessoalmente, acho que é melhor esquecermos o assunto — disse Joey. —
Em minha experiência, as pessoas continuarão pensando o que quiserem ao seu
respeito, não importa o que você tenha a dizer sobre o assunto; portanto, é
melhor nem se incomodar em oferecer explicações.
Gideon franziu o cenho ao ouvir o cinismo disfarçado na voz dela. Joey teria
essa atitude de "pensem o que quiserem sobre mim" porque a maioria das
pessoas, inclusive ele, tendia a julgá-la? Bem, Gideon era culpado por ter formado uma opinião sobre ela antes de realmente conhecê-la. E teria de sustentar tal
opinião se quisesse manter defesas contra a atração que agora sentia por ela...
Que talvez sempre tivesse sentido?
— Talvez você não se importe com o que as pessoas pensam a seu respeito,
Joey, mas eu me importo — murmurou ele. — Principalmente pessoas com quem
tenho de trabalhar diariamente.
Um rubor de raiva coloriu as faces de Joey.
— Você está trabalhando comigo diariamente no momento, Gideon...
Talvez tenha interesse em saber o que eu penso de você?
Não, ele realmente não queria ouvir a opinião de Joey a seu respeito!
Ela deixara óbvio desde o primeiro encontro deles, dois meses atrás, que não
gostava de atitudes arrogantes, ou dele... Que, na verdade, ressentia-se da
interferência de Gideon para resolver o problema de Stephanie, que fora injustamente acusada de ser "a outra" no divórcio de Richard Newman, um de seus
clientes. Uma acusação que Newman, por suas próprias razões, havia permitido
que continuasse.
Gideon só tinha interferido a pedido de Jordan, quando seu irmão passara a
se preocupar com a estabilidade mental da esposa de Richard Newman,
Rosalind, que chegara perigosamente perto de causar danos físicos em
Stephanie, em seu desespero por causa do divórcio. Talvez Gideon pudesse ter
tido um pouco mais de tato para resolver a situação. Talvez devesse ter
consultado Joey, que, na ocasião, estivera agindo em nome de Stephanie, antes
de instruir um investigador particular para seguir Richard Newman e descobrir
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quem era a amante do homem. O fato de que a mulher em questão era a
esposa do chefe de Richard explicava a relutância do homem em isentar
Stephanie de culpa!
Gideon não hesitara em usar tal conhecimento para livrar Stephanie de todo
envolvimento no divórcio, e não se sentira culpado quando Richard Newman
merecidamente perdera o emprego, assim como a esposa e a família.
Sim, Gideon aceitava que talvez pudesse ter lidado com a situação com
mais tato, incluindo Joey no que estava fazendo, mas apreciava e respeitava
Stephanie, sabia o quanto Jordan a amava e, na época, não pensara em como
Joey interpretaria seu comportamento. Estivera apenas empenhado em tirar
Stephanie de uma situação que se tornara perigosa.
Percebia agora que, embora Joey obviamente tenha ficado aliviada ao ver
a irmã livre de falsas acusações, ela possuía todos os motivos para se ressentir da
intervenção arrogante de Gideon. E demonstrara tal ressentimento todas as vezes
que eles haviam se encontrado desde então.
Ele lhe devia um pedido de desculpas, reconheceu. Um pedido que não
ousaria oferecer neste momento, quando emoções haviam falado tão altas entre
eles alguns minutos atrás.
— Somente se eu puder retornar o favor e lhe dizer o que penso de você
também — respondeu ele.
Talvez não, pensou Joey. Apesar de suas fantasias de estar nos braços de
Gideon, eles obviamente não gostavam um do outro.
— Eu passo, obrigada — replicou ela numa voz entediada.
— Então, talvez devêssemos voltar ao trabalho? — Ele arqueou as
sobrancelhas.
Não, eles definitivamente não se gostavam!
— Sim, senhor! — Ela fez uma saudação zombeteira antes de se virar para
retornar à sua própria sala.
— Joey?
Ela olhou para trás.
— Sim?
— Calce seus sapatos. Trabalhar descalça pode dar um mau exemplo para
as funcionárias!
A gargalhada de Joey foi completamente espontânea, antes que ela
meneasse a cabeça e voltasse a ficar séria.
— Cuidado, Gideon... Você pode começar a desenvolver aquele senso de
humor, afinal!
Ele deu um sorriso irônico.
— Duvido, quando eu tenho aquele ar de superioridade. Ela pareceu
envergonhada.
— Eu não devia ter lhe dito isso.
Gideon deu de ombros. - Por que não? Se for o que você realmente pensa.
Joey não tinha mais certeza do que pensava sobre ele. Talvez houvesse
razões para que Gideon fosse tão fechado funcionalmente. Uma impressão que
ela tivera mais cedo, ao ouvi-lo admitir que sentia falta do irmão gêmeo tanto
quanto Joey sentia de sua irmã.
A separação dos pais quando Gideon estava com dez anos de idade não
devia ter sido uma experiência agradável. Stephanie lhe contara que o fato de
Alexander St. Claire ter abandonado a esposa e três filhos 25 anos atrás tinha
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afetado a opinião de Jordan sobre relacionamentos de longa duração. Talvez
Gideon tivesse problemas similares? Talvez fosse por isso...
Bom Deus... Ela não podia realmente estar dando desculpas para a frieza do
homem, podia?
— Você pode sair Joey, e me deixar trabalhar? — murmurou ele, enquanto
ia se sentar atrás da mesa.
Não, Joey respondeu a própria pergunta. Certamente não ia dar desculpas
para Gideon; ele era frio, arrogante e superior!
Gideon observou através de olhos estreitos quando Joey finalmente saiu de
seu escritório, esperando até que a porta estivesse fechada antes de se recostar
e dar um suspiro profundo.
Tinha se movido tão rapidamente para se sentar atrás da mesa de Lucan
porque mais uma vez estava excitado por conta de pensamentos de beijar Joey
McKinley... E queria fazer muito mais do que apenas beijá-la!
Três semanas, seis dias e uma hora e meia daquela tortura pela frente...
— PRECISA DE alguma ajuda?
Joey fechou os olhos e desejou estar em qualquer lugar, exceto ajoelhada
no chão do estacionamento da Corporação St. Claire; com Gideon
agigantando-se sobre ela, enquanto ela tentava trocar o pneu que tinha
esvaziado desde que deixara seu carro parado lá naquela manhã.
Ela saíra de seu escritório um pouco antes das 18h, convencida, pelo silêncio
na sala ao lado, de que Gideon já havia ido embora pelo dia... Até que tinha
chegado ao estacionamento subsolo e visto que os carros deles eram os únicos
ainda parados lá. Mesmo assim, tivera a esperança de escapar antes que
Gideon descesse no elevador.
Uma esperança que desaparecera no momento em que ela se aproximara
de seu carro e vira um dos pneus da frente completamente vazio. Motivo pelo
qual, após tentar enchê-lo, sem sucesso, Joey estava agora ajoelhada sobre o
cobertor que estendera no chão de concreto, tentando trocar o pneu furado
pelo step. Ouvira o elevador descendo, e então Gideon andando na sua
direção.
— Posso lidar com isso — ela o assegurou, lutando com o último parafuso da
roda.
— Gostaria que eu...
— Não!
Gideon reprimiu um sorriso diante da veemência de Joey, ciente da razão
daquilo, sabendo que ela não gostava de parecer em desvantagem.
— Talvez eu pudesse...
— Talvez você pudesse entrar no seu carro, sumir daqui e me deixar com isso!
— ralhou ela, erguendo a cabeça para olhá-lo.
Talvez ele tivesse feito exatamente isso, se achasse que Joey conseguiria tirar
o pneu danificado e substituí-lo. Ou talvez não; uma coisa que Molly St. Claire
ensinara os três filhos era que um cavalheiro sempre ajudava uma moça em
apuros. E Joey, gostasse disso ou não, estava em apuros.
Ademais, ele não tinha intenção de ir embora e deixar minha mulher sozinha
num estacionamento deserto, às 18h30 numa noite escura de inverno.
— Dê-me isso — instruiu ele com firmeza, ajoelhando-se ao lado dela sobre o
cobertor e tirando-lhe a chave inglesa da mão. Ou, pelo menos, tentando fazer
isso, porque os dedos dela instantaneamente se apertaram ao redor da
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26. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
ferramenta de metal, recusando-se a soltá-la.
— Joey, pare de ser infantil e dê-me a chave inglesa! — Gideon deu-lhe um
olhar autoritário.
Olhos verde-jade o encararam de volta.
— Eu não estou sendo infantil. Apenas me recuso a ser tratada como uma
mulher indefesa por você, grande homem forte!
Gideon riu suavemente.
—Ajudaria saber que eu a considero tão indefesa quanto um tanque de
guerra?
Joey fez uma careta perante a descrição que viera pouco depois do
comentário que ele fizera mais cedo sobre "as funcionárias".
— Nós não estamos numa zona de guerra, sabia Gideon?
— Não? — Ele arqueou as sobrancelhas loiras.
— Não.
— Então, pare de ser tão teimosamente independente e dê-me a chave
inglesa. — Ele a fitou com expressão desafiadora.
Joey lentamente soltou a ferramenta na mão dele, e se sentou sobre os
calcanhares para vê-lo liberar o último parafuso traiçoeiro antes de soltar a roda
completamente. Gideon levantou-se para guardar o pneu vazio no porta-malas
e trazer o step.
— Você não detesta quando isso acontece? — murmurou Joey, enquanto
endireitava o corpo.
Gideon sorriu da irritação dela.
— O fato de que o último parafuso estava um pouco enferrujado prova que
você não é tão inepta quanto pensa.
Talvez não fosse, mas Joey detestava parecer incapaz de lidar com seus
próprios problemas.
— Não parecia haver nenhum problema com o pneu esta manhã. — Ela
andou até o porta-malas do carro para inspecioná-lo, mas não pôde ver nenhum
motivo para o furo. — Tanto faz. Irei comprar um pneu novo amanhã na hora do
almoço. — Virou-se para ver Gideon terminar de pôr o step e guardar as
ferramentas na caixa, antes de dobrar o cobertor.
O terno e a camisa branca continuavam impecáveis como Sempre, mas
havia uma pequena mancha de óleo no canto da boca de Gideon, o que
significava que ele provavelmente tinha óleo nas mãos, também.
— Aqui está. — Ele colocou o kit de ferramentas e o cobertor dobrado no
porta-malas, ao lado do pneu furado.
Joey engoliu em seco.
— Eu... Obrigada pela ajuda.
— Sem problemas.
— Foi muita gentileza sua.
Os lábios dele se curvaram num sorriso irônico.
— Considerando que você não ficou muito grata logo que eu ofereci?
Joey franziu a testa. — Eu não me lembro de você ter oferecido. Como sempre, você simplesmente assume o comando.
— Do jeito que eu assumi o comando do caso Newman alguns meses atrás?
Joey o fitou por um longo momento, surpresa pela pergunta inesperada.
— Sim — respondeu ela. — Exatamente do jeito que você assumiu o controle
do caso Newman.
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27. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
— Eu lhe devo uma explicação e um pedido de desculpas por isso.
A incerteza de Joey aumentou. Seu ressentimento em relação à intervenção
arrogante de Gideon dois meses atrás era a base sobre a qual ela depositara
todas as suas interações futuras com ele. Se Gideon explicasse e se desculpasse
agora, ela não teria defesas contra a atração crescente que sentia por ele. Por
um homem que mostrava claramente que, no máximo, tolerava-a...
— Joey?
Ela o olhou então, e sentiu um leve rubor subir ao rosto.
— Estou certa de que você teve seus motivos para fazer isso.
Ele assentiu.
— Porque eu gostei de Stephanie desde o começo, e Jordan me pediu para
intervir e ajudá-la. Mas percebo agora que eu deveria ter considerado seus
sentimentos antes de agir.
Por mais que Joey apreciasse saber que Gideon gostava de sua irmã gêmea
o bastante para querer ajudá-la, ela não sabia se podia lidar com o pedido de
desculpas dele agora. O dia já tinha sido tão estranho... Principalmente por
perceber que sua atração por Gideon estava abalando as barreiras que ela
mantinha ao redor de suas emoções.
— Você tem uma mancha de óleo ao lado de sua boca — Joey
deliberadamente mudou de assunto.
— Tenho? — Gideon ergueu uma mão e limpou a face errada.
— Lado errado.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Talvez você devesse fazer isso para mim?
Joey tremeu com o pensamento de tocá-lo tão intimamente, quando já
estava muito consciente dele. Talvez não devesse ter mencionado a mancha de
óleo!
— Eu tenho lenços umedecidos na minha bolsa. — Ela apressou-se em abrir a
porta do carro, e abaixou-se para pegar os lenços de dentro da bolsa, a qual
pusera sobre o banco do passageiro antes de tentar trocar o pneu, esperando
que o calor em seu rosto tivesse passado no momento em que endireitasse o
corpo.
— Aqui. — Joey lhe entregou o tubo com lenços umedecidos.
— Seria mais fácil se você tivesse limpado a mancha para mim.
Não para Joey!
— Você é um garoto crescido, Gideon, e perfeitamente capaz de limpar seu
próprio rosto — murmurou ela, adotando um tom irritado para esconder seu
nervosismo. — Use um dos espelhos laterais de meu carro — sugeriu quando ele
não se moveu.
Gideon podia ver o reflexo de Joey no espelho enquanto ela estava parada
atrás dele, ciente de que ela não apenas tinha se recusado a discutir o caso
Newman, mas também dispensara sua tentativa de se desculpar.
O que não era bom, considerando que eles continuariam trabalhando juntos
pelas próximas quatro semanas.
Ele amassou o lenço umedecido na mão antes de se virar para encará-la.
— Ouça Joey, parece que nós tivemos um começo turbulento...
— Fizemos isso alguns meses atrás.
— E eu acabei de tentar me desculpar por aquilo — Gideon a relembrou
gentilmente. — Porque não vamos a algum lugar, tomamos uma taça de vinho e
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discutimos mais o assunto?
Joey não queria "ir a algum lugar" e tomar qualquer coisa com Gideon St.
Claire! Não se isso significasse que a atração física que vinha sentindo por ele o
dia inteiro corria d risco de se aprofundar.
Alguma coisa mudara, ela percebeu... Em relação às opiniões que eles
tinham um do outro. E aquela era uma mudança com a qual Joey não estava
muito à vontade. Brigar verbalmente com Gideon era uma coisa; sentir qualquer
outra coisa por ele, que rejeitava emoções suaves na vida, era outra,
completamente distinta.
Ademais, talvez a oferta dele se devesse a um sentimento de pena por ela
ter admitido mais cedo que sentia a falta de Stephanie.
— Tenho muitos amigos com quem posso tomar vinho se eu sentir
necessidade de companhia. Obrigada, Gideon. Na verdade — ela olhou para
seu relógio —, tenho um encontro esta noite, então preciso ir, se não quiser me
atrasar.
Gideon apertou os lábios.
— Com Jason Pickard?
— Por acaso, sim. Você tem algum problema com isso? — Ela encontrou os
olhos escuros na cabeça erguida.
— Nenhum — negou Gideon, obviamente se arrependendo do impulso que
o fizera convidá-la. — Espero que vocês dois tenham uma boa noite.
— Oh, nós teremos — provocou Joey. — Jason é uma companhia
maravilhosa.
Quando ele não estava angustiado, isto é, porque Jason e Trevor discutiam
com freqüência... Geralmente porque Jason ainda não contara aos pais sobre os
dois!
— Sem dúvida — murmurou Gideon, com óbvia falta de interesse. — Você
provavelmente não deveria esperar até a hora do almoço para substituir seu
pneu amanhã, portanto eu entenderei se chegar um pouco atrasada pela
manhã.
— Isso é uma sugestão ou uma ordem? — Joey arqueou sobrancelhas
zombeteiras.
Ele estreitou os olhos.
— Eu disse que entenderei se você chegar atrasada alguns minutos. Talvez
tenha de esperar até que a borracharia abra para trocar o pneu.
Estranho como, apesar das palavras gentis, aquilo ainda parecia uma
ordem.
Ou talvez Joey estivesse exageradamente sensível no que dizia respeito
àquele homem? Se a oferta tivesse vindo de qualquer outra pessoa, ela a teria
considerado gentil. Gentileza não era uma emoção que Joey associava ao frio e
reservado Gideon St. Claire.
Todavia, ele admitira que seu apreço por Stephanie e leu amor por Jordan o
haviam instigado a interferir no caso Newman. E também demonstrara hoje que
tinha senso de humor. E o brilho dourado nos olhos escuros revelara ainda Outra
emoção, embora Joey não pudesse definir essa última...
— Nesse caso, eu aceitarei sua sugestão. Obrigada.
— De nada — replicou Gideon, ciente do quanto aquele "abrigada" custara
a ela.
Talvez fosse melhor que Joey tivesse recusado seu convite; passar parte da
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noite tentando explicar inutilmente os motivos de sua interferência dois meses
atrás não era a maneira mais agradável de desfrutar de seu precioso tempo livre.
Ele não sabia o que faria naquela noite. Estar com sua família durante o fim
de semana — seu irmão gêmeo, especialmente — o deixara se sentindo
irrequieto, agora que todos haviam retornado para seus respectivos lares.
Talvez apenas passasse uma noite tranqüila em seu apartamento? Ou talvez
ligasse para Valerie Temple; ela parecera receptiva ao seu convite para jantar
quando eles tinham se conhecido numa exposição de arte, algumas semanas
atrás.
Qualquer coisa que decidisse fazer, Gideon não pôde deixar de notar que
Joey recusara seu convite porque ia encontrar o homem com quem dizia não
estar romanticamente envolvida, e ele estava enfurecido com seu próprio
interesse pelo assunto.
— Aprecie sua noite — murmurou ele, virando-se.
— Você também — respondeu Joey, observando-o andar em direção ao
próprio carro.
Certamente não era desapontamento que estava sentindo porque ele não
insistira para que ela pelo menos o acompanhasse numa taça de vinho antes de
seu encontro com Jason?
Não podia ser!
Podia?
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CAPÍTULO CINCO
— POR ACASO, você sabe alguma coisa sobre os dois pneus do meu carro que
foram esvaziados?
Joey o olhou em perplexidade, quando Gideon entrou em sua sala sem ser
anunciado no fim da tarde de quarta-feira, o semblante acusador enquanto lhe
fazia a pergunta.
Os últimos dois dias trabalhando na Corporação St. Claire tinham sido
basicamente iguais ao primeiro. Bem, Sem Joey o encontrando logo cedo no
estacionamento. Ou «em conversas sobre o rapagão do café. Ou sem discussões
Verbais. Oh, e sem Gideon convidando-a para uma taça de vinho depois do
trabalho, porque queria se desculpar pelo seu comportamento dois meses atrás...
A não ser por essas coisas, terça e quarta haviam sido basicamente iguais à
segunda!
Na verdade, Joey mal vira Gideon nas últimas 48 horas. 0 carro dele estava
sempre parado na mesma vaga quando ela chegava pelas manhãs, e já
encontrava trabalho esperando-a em sua mesa.
A porta de conexão entre as duas salas permanecera firmemente fechada.
Agora, isso...
— O que você quer dizer? — perguntou Joey com incredulidade.
— Pare de bancar a inocente, Joey. — Gideon começou a andar,
impacientemente. — Eu devia ter adivinhado que esses dois dias de relativa paz
eram apenas a calmaria antes da tempestade. Você estava ganhando tempo,
não é? Conduzindo-me a uma falsa sensação de segurança antes de atacar!
— Eu não tenho a menor idéia do que você está falando, Gideon. — Joey
lhe informou, enquanto se levantava. — Por que diabos acha que eu esvaziei os
pneus de seu carro?
— Quem sabe como sua mente funciona? — questionou ele, erguendo as
mãos no ar. — Talvez porque eu tenha mostrado abertamente minha aversão a
permitir que você trabalhasse aqui...
— Vamos deixar uma coisa clara, Gideon... Você não me permite fazer nada
— interrompeu ela com ferocidade. — Como eu já lhe falei, meu acordo é com
Lucan... E não tem absolutamente nada a ver com você. Seus sentimentos sobre
o assunto não são de meu interesse.
— Aconselho-a a torná-los de seu interesse.
— Eu não me importo com você — disse Joey.
— Ah, você se importa, sim — discordou Gideon sedosamente. —
Obviamente se importa muito.
Joey piscou, enquanto se perguntava se de alguma maneira tinha revelado
sua atração física por aquele homem.
— Eu me importo com você? Acho que não! — zombou ela.
— Não comigo pessoalmente — explicou Gideon, e Joey deu um suspiro
silencioso de alívio. — Mas, embora não tenha admitido na segunda-feira,
acredito que você se importe muito com o fato de que eu deveria tê-la consultaProjeto Revisoras
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do sobre o caso Newman. E também acha que, uma vez que eu me conscientizei
do que Newman estava tentando fazer, eu deveria ter lhe informado e a deixado
resolver o problema, em vez de lidar com aquilo pessoalmente.
Joey inclinou a cabeça para um lado.
— É claro que eu me importo com isso. No mínimo, você deveria ter feito
ambas as coisas por cortesia profissional!
— Eu tentei explicar e me desculpar na segunda-feira...
— Dois meses depois! — O tom de voz de Joey aumentou. Sabia que a
tensão sexual que vinha se construindo em seu interior durante os últimos dois dias
era tão responsável por seu descontrole emocional quanto todo o resto. — O fato
de que você não considerou meus sentimentos na época indica que sua
incapacidade de sentir emoções o torna cego para os sentimentos de outras
pessoas.
— O que exatamente você quer dizer com isso? — perguntou ele,
perigosamente calmo.
— Ora, Gideon — Joey riu —, ambos sabemos que, se minha habilidade de
demonstrar emoções fosse comparada a de um iceberg, o iceberg venceria!
Gideon a olhou através de pálpebras baixas, notando a suavidade dos
cabelos ruivos. A blusa vermelha que ela usava hoje realçava as mechas loiras e
cor de canela, e os seios pareciam cheios e firmes sob o tecido de seda. Quanto
ao modo com que a saia preta até os joelhos lhe moldava a curva dos quadris e
o traseiro perfeito... Bem, o que Joey diria sobre sua falta de emoções se soubesse
quantas vezes somente pensar nela nos últimos dias tinha feito seu corpo enrijecer
e pulsar?
Como estava acontecendo agora...
Gideon aproximou-se, fitando-a com olhos estreitos.
— Isso é realmente o que você pensa de mim? Que eu sou incapaz de sentir
emoções?
Joey deu diversos passos atrás quando Gideon subitamente voltou a parecer
um predador... Tendo-a como presa. E percebeu, tarde demais, que era o
controle rígido dele sobre as emoções que o fazia parecer frio, em vez da falta de
emoções. Gideon não estava mais se esforçando para esconder suas emoções
agora, enquanto o foco de sua raiva e seu desejo se centrava em Joey.
Ela parou abruptamente ao sentir a janela atrás de si, percebendo que se
afastara o máximo possível. Estava agora presa entre a janela fria e o corpo
quente de Gideon, quando ele parou a meros centímetros.
Joey umedeceu os lábios, nervosamente.
— Talvez eu tenha me precipitado um pouco quando fiz aquela
declaração...
— Talvez? — perguntou ele suavemente, o olhar dourado prendendo o seu,
enquanto dava o último passo, que uniria os corpos dos dois.
Oh, Senhor!
Joey arfou no momento em que o calor do peito de Gideon contra seus
seios causou o enrijecimento de seus bicos. Ela arregalou os olhos quando sentiu
uma pulsação entre as coxas, enquanto ele deliberadamente pressionava a
extensão viril ali:
— Ainda acha que eu não tenho emoções? — perguntou Gideon,
apreciando exibir a exigência de seu próprio desejo e observá-la arregalar ainda
mais os olhos.
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Então, capturou-lhe ambas as mãos em uma das suas, antes de erguê-las
acima da cabeça de Joey e pressioná-las contra a janela. Ao mesmo tempo,
levou sua outra mão para os botões da blusa dela.
— Eu... O que você está fazendo? — protestou Joey com fraqueza. Gideon
estava desabotoando sua blusa, devagar, Um botão de cada vez, até que
terminou e abriu-a nas laterais, para revelar seus seios cobertos por um sutiã preto.
— Eu imagino que seja óbvio — zombou ele, enquanto prendia os olhos de
Joey com os seus, antes baixar o olhar para os seios magníficos, os bicos salientes
facilmente discerníveis sob a renda fina do sutiã.
— Bem... Sim... Mas...
— Sem "mas", Joey — disse ele com a voz rouca, e baixou a cabeça para
provar o pescoço elegante com lábios e língua.
Joey não podia raciocinar, quando o corpo de Gideon estava tão
intimamente pressionado contra o seu... Quando podia sentir a ereção rija
aninhada entre suas coxas.
Ela gemeu baixinho enquanto aquela boca quente viajava para a curva de
seus seios. Uma mão grande estava por baixo de sua blusa aberta, acariciandolhe as costas. A língua trilhou sobre a renda preta, primeiro para circular o mamilo,
depois para tomá-lo na boca.
Os joelhos de Joey tremeram com a intensidade do prazer que a consumia,
enquanto Gideon continuava provocando seus mamilos sensíveis. Ela começou a
ofegar sentindo o clímax se construir em seu interior, clamando por liberação.
Gideon somente pretendera lhe mostrar como Joey estivera errada em
acusá-lo de insensível. Mas sua demonstração logo tinha se transformado em
outra coisa — algo mais básico, mais primitivo —, e ele sabia que queria que
aquele prazer continuasse. Precisava ver Joey quando ela desmoronasse em seus
braços no momento do clímax.
E para onde eles iriam dali? A voz da razão soou em sua cabeça. O que
aconteceria depois que Joey tivesse atingido o clímax? Os dois se despiriam
completamente então, antes que ele a deitasse sobre a mesa e se enterrasse
entre suas coxas?
Por mais que quisesse fazer isso, Gideon sabia que não poderia. Já permitira
que aquilo fosse mais longe do que pretendera. Estava mais excitado apenas por
beijar e acariciar Joey do que quando fazia amor completo com outra mulher.
De alguma maneira, tinha abandonado todas as suas defesas e se sentido
vulnerável de um jeito que nunca se sentira antes.
E certamente não queria sentir isso com Joey McKinley!
Joey sentiu-se desorientada, desolada, quando Gideon subitamente
afastou-se, deixando o desejo ainda pulsando em seu corpo. Um desejo que logo
se transformou em humilhação, no momento em que ele a fitou com olhos enigmáticos, antes de se virar, atravessar a sala e parar de costas para ela.
Joey sentiu seu embaraço aumentar ao perceber o que acabara de permitir
que acontecesse. O que mais poderia ter acontecido naquele lugar público se
Gideon não tivesse brecado os avanços?
Ela rapidamente uniu as duas laterais da blusa, e começou a abotoá-la com
dedos trêmulos, as faces queimando de humilhação.
Sábia exatamente por que Gideon tinha feito aquilo: ele quisera lhe dar uma
lição por ela tê-lo acusado de não sentir emoções. Mas como Joey podia ter
deixado as coisas chegarem tão longe? Por quê? E justo com Gideon St. Claire!
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— Ponto provado, acredito?
Joey o olhou, aliviada por sua blusa já estar abotoada, quando viu que ele
havia se virado para encará-la.
— Nós estabelecemos que você seja capaz de uma reação física, pelo
menos... Se for isso que quer dizer? — Joey congratulou-se silenciosamente por
conseguir responder ao desafio naqueles olhos escuros.
Gideon teve de admirar a rápida recuperação de Joey do que tinha sido
uma situação perigosa para ambos.
— Assim como você também obviamente é. Joey enrubesceu.
— Eu não acho que minhas emoções algum dia foram questionadas!
— Bem, não mais — murmurou Gideon, aceitando que eslava se
comportando mal, mas ciente de que precisava estabelecer a distância entre
eles. Logo! — Infelizmente, dada disso nos oferece respostas de como dois dos
pneus do meu carro apareceram furados ao mesmo tempo — ele relembrou.
Olhos verde-jade brilharam com raiva mais uma vez. Eu já lhe disse que não
sei nada sobre isso.
Sim... E Gideon acreditava nela. Ora, tinha acreditado na primeira vez em
que ela negara, e nem mesmo sabia por ele chegara a sugerir que Joey pudesse
ter feito aquilo.
A simples proximidade dela naqueles dias estava prejudicando sua
capacidade de raciocinar, reconheceu. Mesmo quando a evitava — o que
tentara fazer nos últimos dois dias —, ainda estava muito consciente de Joey. Tanto que tinha sido fácil culpá-la pelos pneus furados que encontrara em seu carro
no estacionamento. De maneira impulsiva. Irracional. Algo que não combinava
com sua personalidade. Ele assentiu.
— Estou inclinado a acreditar em você...
— Quanta gentileza sua — interrompeu ela com sarcasmo. Gideon ignoroua.
— Estou também me questionando se isso e o seu pneu furado na segundafeira não estão conectados de alguma maneira.
Joey ficou tensa.
— O que você está sugerindo exatamente?
Gideon deu de ombros.
— Você pode tentar não considerar isso mais um defeito de meu caráter
quando eu disser que não acredito em coincidências?
Joey também não acreditava. E quais eram as chances de duas pessoas
que trabalhavam no mesmo edifício e paravam seus carros no mesmo
estacionamento encontrarem seus pneus furados dentro do espaço de dois dias?
— Mais alguém que trabalha aqui teve um problema similar?
— Não que eu saiba... E poupe-me de um comentário afirmando o quanto
seria improvável, com minha atitude superior, que os empregados de St. Claire
me contassem se tivessem um problema — avisou Gideon ao ver uma expressão
cética nos olhos verdes.
Ele estava ciente de que Joey se tornara popular com os outros membros da
equipe durante os últimos três dias.
Sua própria secretária sempre a elogiava, assim como May Randall.
Aparentemente, ele era o único que tinha um problema com ela.
— Apenas aceite que eu teria ouvido falar se algo assim tivesse acontecido.
— Tudo bem. — Ela deu de ombros. — Talvez só uma coincidência, afinal?
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— Duvido. — Gideon fez uma careta. — O pessoal da borracharia deu
algum motivo para o seu pneu ter se esvaziado quando você levou o carro lá,
ontem?
— Eles nem se incomodaram em olhar — revelou Joey relutantemente. — Eu
mandei substituir os quatro pneus depois que o mecânico me disse que eles não
passariam num teste de segurança. Eu andava sem tempo, certo? — defendeuse ela quando Gideon lhe deu um olhar de desaprovação. — Duvido que
possamos checar agora. A essa altura, os quatro pneus devem ter sido
consignados a um cemitério de pneus.
— Sem dúvida — concordou Gideon. Joey meneou a cabeça, intrigada.
— Por que sabotar nós dois, você acha?
— É só uma suposição até agora...
— Isso não é um tribunal, Gideon — murmurou ela gentilmente. — Eu
prometo não escrever nada que você diga e usar como evidência contra você!
— Muito engraçado.
Não realmente. — Mas Joey não estava confortável perto daquele homem,
quando zombava dele por uma razão ou por outra... E não queria pensar mais
sobre o jeito que ele desabotoara sua blusa minutos atrás e beijara seus seios com
uma paixão que lhe roubara o fôlego.
— Há coisas bem mais engraçadas por vir — murmurou ela.
— Tenho certeza que sim. — Gideon suspirou. — Mas isso não está nos
ajudando a resolver o quebra-cabeça, está?
— Talvez tenha sido obra de vândalos. Crianças entediadas, procurando
travessuras?
— Talvez — disse ele, não parecendo convencido. — Mas acho que isso
deve ser investigado, de qualquer forma.
— E como você sugere que façamos isso? O olhar de Gideon se intensificou.
— Eu não estava sugerindo que nós fizéssemos isso.
— Espero que esse não seja outro caso do grande homem forte protegendo
a pequena mulher indefesa.
— Apesar de me sentir lisonjeado por você pensar em mim como um
"grande homem forte", Joey, seu papel como mulher indefesa é altamente
duvidoso.
— Ótimo — murmurou Joey com veemência. — Então, como você sugere
que nós procedamos?
— Eu não quero você envolvida, Joey — insistiu ele.
— Não é um pouco tarde demais para isso?
— Mais envolvida do que já está — corrigiu ele. — A coisa mais sensata que
você pode fazer é ir para casa e me deixar aqui, investigando.
Gideon não tinha idéia do que estava acontecendo e, até que soubesse,
ficaria mais feliz se Joey estivesse segura em casa.
Ela arqueou as sobrancelhas castanhas.
— Você não tem um encontro romântico esta noite?
— Não — admitiu ele. — Você?
— Não.
— Espero que seu acordo para trabalhar aqui por um mês não esteja
afetando sua... Amizade com Jason Pickard?
Na verdade, Jason finalmente contara aos pais a verdade sobre ele e Trevor.
Os Pickard mais velhos não tinham ficado radiantes com a notícia —
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especialmente ao perceberem que nunca teriam netos —, mas, segundo Jason,
estavam se acostumando aos poucos com a idéia.
O que, é claro, significava que não havia mais motivo para Joey ir jantar fora
com Jason.
— Não seria mais sensato se eu ficasse e o ajudasse a investigar? — sugeriu
Joey alegremente. — Dessa forma, eu poderia lhe dar uma carona para casa
quando terminarmos.
— Desnecessário — replicou Gideon. — Eu já telefonei para o meu
mecânico, ele está mandando um carro reserva, e levarão o meu para consertar.
Obviamente, havia benefícios em ser o lorde Gideon St. Claire pensou Joey.
O máximo que seu mecânico já fizera por ela tinha sido lhe apresentar uma
conta!
— Eu ainda poderia ficar e ajudar...
— Joey, eu já sugeri que você está longe de ser indefesa, mas isso não
significa que eu ainda não pretenda protegê-la — disse ele. — De você mesma,
se necessário.
— Você é muito chauvinista, não é? — acusou Joey. Ele sorriu.
— Você não pulou a palavra porco da sua declaração?
— Ronc — ela imitou o grunhido de um porco. Gideon reprimiu uma risada,
enquanto se perguntava como Joey conseguia mudar seu humor tão
facilmente... Divertindo-o ou enfurecendo-o. Além de lhe despertar outras
emoções que ele não queria analisar agora. Como o ciúme de qualquer
amizade que ela pudesse ter com Jason Pickard.
— Vá para casa, Joey — disse ele, muito sério novamente. Ela ergueu o
queixo em desafio.
— E o que exatamente você vai fazer para investigar? Ele deu de ombros.
— Verificar algumas coisas.
— Como o quê?
— Que tal se eu lhe contar isso amanhã cedo?
Joey fitou-o com cautela, incerta se podia confiar nele para fazer isso, mas
não vendo nenhum tipo de hesitação nos olhos escuros que encontraram os seus.
Aqueles mesmos olhos tinham se tornado dourados quando ele olhara para
seus seios seminus minutos atrás. Bem, agora Joey tinha a resposta para aquela
questão em particular: os olhos de Gideon se tornavam dourados quando ele
estava excitado!
— Certo — ela assentiu. — Mas eu esperarei um relatório completo seu pela
manhã.
— Sim, senhora! — Gideon imitou a saudação zombeteira que Joey lhe fizera
dois dias atrás.
De alguma maneira, aquele era um gesto intimamente compartilhado, e
Joey estava sem graça quando se virou para pegar seu casaco do espaldar da
cadeira, mantendo-se de costas para Gideon enquanto o vestia.
Ela o acusara de insensível, mas, ao mesmo tempo, nunca sentira suas
próprias emoções tão em desequilíbrio até que o conhecesse. Excitada num
minuto, divertida no minuto seguinte. Com ambas as emoções geralmente acompanhadas de raiva. Mas esse constrangimento era novo...
Sua expressão era deliberadamente neutra quando se virou para encará-lo.
— Boa noite, então.
— Boa noite.
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36. Paixão 241 – O Último Homem Indomado – Carole Mortimer
Joey pegou sua bolsa e virou-se para sair, ansiosa para fugir agora. Fugir das
memórias de estar nos braços dele...
— E, Joey? Ela virou-se.
— Sim?
— Peço desculpas pelo que aconteceu mais cedo. Aquilo não estava
acontecendo. Realmente não estava! Não era humilhante o bastante que os dois
tivessem as lembranças da intimidade compartilhada, sem que Gideon se
desculpasse por isso? Ele balançou a cabeça.
— Foi ridículo de minha parte acusá-la de vandalizar meu carro.
Joey deu um suspiro controlado de alívio. Ele não estava se desculpando por
beijá-la e acariciá-la...
— Esqueça Gideon — respondeu ela. —Afinal de contas, você não pode
evitar ser um tolo preconceituoso!
Gideon pegou-se rindo. Ninguém, absolutamente ninguém, falava-lhe do
modo irreverente como Joey o fazia.
— Sabe talvez algum dia você diga alguma coisa boa sobre mim.
— Você acha?
— Eu posso sonhar, não posso?
— Eu não contaria com isso, se fosse você.
Aqueles olhos verdes lhe sorriram por vários segundos, antes que ela se
virasse e saísse da sala com um último sorriso triunfante.
Gideon moveu-se para se sentar na lateral da mesa, um sorriso divertido nos
lábios. Joey McKinley era tão impossível como ele sempre imaginara.
Era também tão desejável quanto ele imaginara.
Seu sorriso desapareceu quando Gideon pensou naqueles minutos
intensamente prazerosos com Joey. Tinha sido como segurar uma chama viva em
seus braços. Sensualmente sedutora. Ferozmente ardente. Com a possibilidade
real de que aquela chama saísse de controle e o consumisse.
Joey era tão imprevisível e volátil quanto aquela chama. Na verdade, ela
representava todas as emoções imprevisíveis que ele vinha tentando banir de sua
vida bem ordenada pelos últimos vinte anos...
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