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Prof. GISLAINE ZARZA GONÇALVES
Especialista em Saúde Coletiva
Agravos em Saúde bucal
Agravos em Saúde bucal
Agravos em Saúde bucal
“ É necessário que a equipe de saúde
bucal conheça esses agravos e esteja
organizada para intervir e controlá-los.”
Ministério do Saúde, 2003
Definição
“ Doença infecciosa multifatorial que
destrói os tecidos dentários
ocasionando lesão.”
Furlan, 2000
Aspecto Epidemiológico
No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses
e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam
pelo menos um dente decíduo com experiência de
cárie.
Ministério do Saúde, 2003
Aspecto Epidemiológico
Na dentição permanente, quase 70% das crianças de
12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19
anos apresentam pelo menos um dente permanente
com experiência de cárie
Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave:
a média de dentes atacados pela cárie entre os
adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8
dentes na faixa etária de 65 a 74 anos.
Ministério do Saúde, 2003
Aspecto Epidemiológico
Levantamento de saúde bucal , 2003
Média de CPO-D por região no Brasil para idade de 12 anos
Aspecto Epidemiológico
Levantamento de saúde bucal , 2010
Comparação do CPO-D de 2003 com 2010 em crianças de 12 anos
Agentes Patogênico
- Bactérias
- Estreptococos
- Estreptococos mutans
- Estreptococos sobrinus
- Lactobacillus
- Actinomyces
Desenvolvimento da cárie
Desmineralização
Abordagem coletiva
Flúor ( Íon Fluoreto)
Desenvolvimento da cárie
BRAGA, 2008
Fatores de risco
- Fatores culturais e socioeconômicos
- Falta de acesso ao flúor
- Deficiente higiene oral
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açúcar
- Xerostomia
Multifatores envolvidos
Flúor
Intervenção
“Considera-se, hoje, que os estágios anteriores
da doença antes da cavidade podem ser
paralisados por ações de promoção à saúde e
prevenção. Portanto, somente o tratamento
restaurador da cavidade de cárie não garante o
controle do processo da doença, sendo necessário
intervir também sobre os seus determinantes para
evitar novas cavidades e recidivas nas
restaurações.”
Ministério da saúde, 2003
Proteção
Abordagem coletiva
Trata das ações voltadas para grupos ou
associações de pessoas. Por exemplo:
atividades em escolas, departamentos
públicos, fluoretação de águas.
Abordagem coletiva
Para controle e prevenção da cárie na
população destacam-se medidas de saúde
pública intersetoriais e educativas, que
possibilitem acesso à alguma forma de flúor,
redução do consumo do açúcar,
disponibilidade de informação sobre os
fatores de risco e autocuidado e acesso à
posse de instrumentos de higiene.
Abordagem coletiva
- Ações de promoção de saúde
- Ações educativas e preventivas
- Universalização do acesso a escova e ao
dentifrício
Abordagem coletiva
Fluoretação das águas
Ações de Promoção de saúde
- Regulamentada pela lei 6050/1974 que
dispõe sobre a fluoretação da água em
sistemas de abastecimento quando existir
estação de tratamento
Abordagem coletiva
Fluoretação das águas
Ações de Promoção de saúde
“A fluoretação das águas de abastecimento público
consiste na adição controlada de um composto de
flúor à água de abastecimento público e representa
uma das principais e mais importantes medidas de
saúde pública no controle da cárie dentária.”
RAMIRES, 2007
Abordagem coletiva
Fluoretação das águas
Ações de Promoção de saúde
“ A concentração de flúor na água de abastecimento
considerado ótimo depende de algumas variáveis.
Uma delas é o clima, Para países de clima tropical
como o Brasil, a concentração de flúor deve ser
mais baixa, algo variando entre 0,7 a 1,0ppm (partes
por milhão) de flúor.”
RAMIRES, 2007
Abordagem coletiva
Fluoretação das águas
Há significativas diferenças entre os índices de CPO-
D em crianças e jovens de municípios com e sem
água fluoretada. O índice médio obtido entre
crianças com 12 anos e jovens com idade de 15 a 19
anos, que tinham acesso à água com flúor, foi de
2,27 e 5,69, respectivamente, Nos municípios sem
água fluoretada, o CPO-D foi de 3,38 (12 anos) e
6,56 (15 a 19), registrando aumento de 32,8% e de
13,2%.
Ministério da saúde, 2004
Abordagem coletiva
Fluoretação das águas
“ A fluoretação da água de abastecimento público
representa uma das principais e mais importantes
medidas de saúde pública, podendo see
considerada como método de controle da cárie
dentária mais efetivo, quando considerada a
abrangência coletiva.”
KOZLOWSKI, PEREIRA, 2003
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
São realizadas com grupos de pessoas e, por isso,
usam os espaços sociais (creches, escolas, locais de
trabalho, comunidade) e espaços da unidade de
saúde. As crianças em idade pré-escolar e escolar
podem ser alvo dessas ações, pelo impacto de
medidas educativas e preventivas nessa faixa etária
e pela importância da atuação na fase de formação
de hábitos.
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
As ações coletivas devem ser executadas,
preferencialmente, pelo pessoal auxiliar, de
forma a potencializar o trabalho do dentista
em relação às atividades clínicas.
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Exame epidemiológico
- Educação em saúde bucal
- Escovação dental supervisionada
- Aplicação tópica de flúor
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Programa saúde na escola
- Busca ativa de cárie
- Registro em ficha
- Dados sobre a prevalência de cárie na
região
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Palestras sobre saúde bucal
- Nutrição e dieta
- Cárie
- Outros agravos
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
Escovação dental com ou sem evidenciação
de placa, realizada com grupos
populacionais sob orientação e supervisão
de um ou mais profissionais de saúde.
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
A prática de escovar os dentes é bastante
antiga e seu início não tem registro histórico.
Nos primeiros anos do século 20, com a
popularização do plástico, a comercialização
de escovas dentais se defundiu pelo
ocidente.
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Técnica de Fones
- Técnica de Bass
- Técnica de Stillman
- Técnica de Charter
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Escova de dente tradicional
- Escovas de dente elétricas
- Escovas de dente Unitufo
- Escovas de dente Interdental
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Componentes: Lauril Sulfato
de Sódio, Carbonato de
cálcio, Bicarbonato de sódio,
Fluoreto de sódio, Sorbitol,
Flavorizantes, Água e Glicerina
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
- Concentração de Fluoreto
- Adultos: 1000-1500 ppm
- Infantis: 0- 500 ppm
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
Outro meio de uso de fluoreto de abrangência
coletiva é a solução fluoretada para bochecho
semanal usada em programas preventivos em
escolas, como a solução de NaF a 0,2% (900
ppm).
Abordagem coletiva
Ações educativas e preventivas
Abordagem coletiva
Acesso a escova e ao dentifrício
- Programa saúde na escola
- Kits: pasta, escova e fio dental
- Ação não abrange toda a população
Abordagem Individual
- Instrução de higiene oral em consultório
- Remoção profissional de placa
- Adequação de meio oral
- Aconselhamento dietético
- Aplicação de flúor
- Consultas de rotinas
Abordagem Individual
Instrução de higiene oral
- Escovação
- Fio dental
Abordagem Individual
Remoção profissional de placa
- Profilaxia
- Escova de Robson
- Pasta profilática e pedra pomes
- Procedimento clínico que pode ser
realizado por técnicos em saúde bucal
Abordagem Individual
Remoção profissional de placa
Abordagem Individual
Aconselhamento dietético
Abordagem Individual
Adequação do meio
- Indivíduos com lesões cariosas estão mais
susceptíveis a terem outras lesões cariosas
- Adequação do meio se refere ao selamento de
cavidades existentes com materiais que liberam
flúor
Abordagem Individual
Adequação do meio
O selante é um tipo de revestimento
(resina fluida) aplicado na superfície dos
dentes, principalmente nas fóssulas e
fissuras, protegendo estas regiões das
cáries. É um tipo de blindagem contra o
acúmulo de placa bacteriana. São
aplicados mais comumente nos molares
permanentes das crianças, que são os
dentes mais propensos à cárie.
Abordagem Individual
Aplicação de flúor em consultório
- Realizados com moldeiras
- Indicações para uso caseiro
- Semanalmente: NaF 0,2% (900ppm)
- Diariamente: NaF 0,05% (225 ppm)
- Verniz de flúor: Crianças com lesões ativas de
cárie
Abordagem Individual
Aplicação de flúor em consultório
- Indicado para crianças
- Adere a superfície dental
- Livre no meio oral aos poucos
- Evitando deglutição
- Não substitui a restauração
- Equilibrar o meio oral
Abordagem Individual
Aplicação de flúor
Abordagem Individual
Consultas de rotina
“O retorno para manutenção deve ser instituído
como rotina, ter frequência definida pela
avaliação da atividade de doença e fatores de
risco individuais e ser agendado de acordo com
cada situação. Nas consultas de manutenção, as
ações educativo-preventivas devem estimular a
autonomia no cuidado à saúde.”
Ministério da saúde, 2003
Abordagem Individual
Consultas de rotina
- Exame clínico
- Profilaxia
- Reabilitação/restauração
- Aplicação de flúor
- Tempo de acordo com a susceptibilidade do
paciente à cárie
Proteção
contra cárie
Abordagem
individual
Universalização do acesso a
escova e ao dentifrício
Consultas de rotinas
Ações educativas e preventivas
Ações de promoção de saúde
Aconselhamento dietético
Adequação de meio oral
Remoção profissional de placa
Instrução de higiene
Aplicação de flúor
Abordagem
coletiva
gizarza@hotmail.com
QUESTÃO
• Fale sobre a Abordagem coletiva e Individual, e de
exemplos.

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  • 1. gizarza@hotmail.com Prof. GISLAINE ZARZA GONÇALVES Especialista em Saúde Coletiva
  • 4. Agravos em Saúde bucal “ É necessário que a equipe de saúde bucal conheça esses agravos e esteja organizada para intervir e controlá-los.” Ministério do Saúde, 2003
  • 5. Definição “ Doença infecciosa multifatorial que destrói os tecidos dentários ocasionando lesão.” Furlan, 2000
  • 6. Aspecto Epidemiológico No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie. Ministério do Saúde, 2003
  • 7. Aspecto Epidemiológico Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave: a média de dentes atacados pela cárie entre os adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8 dentes na faixa etária de 65 a 74 anos. Ministério do Saúde, 2003
  • 8. Aspecto Epidemiológico Levantamento de saúde bucal , 2003 Média de CPO-D por região no Brasil para idade de 12 anos
  • 9. Aspecto Epidemiológico Levantamento de saúde bucal , 2010 Comparação do CPO-D de 2003 com 2010 em crianças de 12 anos
  • 10. Agentes Patogênico - Bactérias - Estreptococos - Estreptococos mutans - Estreptococos sobrinus - Lactobacillus - Actinomyces
  • 12. Abordagem coletiva Flúor ( Íon Fluoreto)
  • 14. Fatores de risco - Fatores culturais e socioeconômicos - Falta de acesso ao flúor - Deficiente higiene oral - Consumo excessivo e frequente de açúcar - Xerostomia
  • 16. Intervenção “Considera-se, hoje, que os estágios anteriores da doença antes da cavidade podem ser paralisados por ações de promoção à saúde e prevenção. Portanto, somente o tratamento restaurador da cavidade de cárie não garante o controle do processo da doença, sendo necessário intervir também sobre os seus determinantes para evitar novas cavidades e recidivas nas restaurações.” Ministério da saúde, 2003
  • 18. Abordagem coletiva Trata das ações voltadas para grupos ou associações de pessoas. Por exemplo: atividades em escolas, departamentos públicos, fluoretação de águas.
  • 19. Abordagem coletiva Para controle e prevenção da cárie na população destacam-se medidas de saúde pública intersetoriais e educativas, que possibilitem acesso à alguma forma de flúor, redução do consumo do açúcar, disponibilidade de informação sobre os fatores de risco e autocuidado e acesso à posse de instrumentos de higiene.
  • 20. Abordagem coletiva - Ações de promoção de saúde - Ações educativas e preventivas - Universalização do acesso a escova e ao dentifrício
  • 21. Abordagem coletiva Fluoretação das águas Ações de Promoção de saúde - Regulamentada pela lei 6050/1974 que dispõe sobre a fluoretação da água em sistemas de abastecimento quando existir estação de tratamento
  • 22. Abordagem coletiva Fluoretação das águas Ações de Promoção de saúde “A fluoretação das águas de abastecimento público consiste na adição controlada de um composto de flúor à água de abastecimento público e representa uma das principais e mais importantes medidas de saúde pública no controle da cárie dentária.” RAMIRES, 2007
  • 23. Abordagem coletiva Fluoretação das águas Ações de Promoção de saúde “ A concentração de flúor na água de abastecimento considerado ótimo depende de algumas variáveis. Uma delas é o clima, Para países de clima tropical como o Brasil, a concentração de flúor deve ser mais baixa, algo variando entre 0,7 a 1,0ppm (partes por milhão) de flúor.” RAMIRES, 2007
  • 24. Abordagem coletiva Fluoretação das águas Há significativas diferenças entre os índices de CPO- D em crianças e jovens de municípios com e sem água fluoretada. O índice médio obtido entre crianças com 12 anos e jovens com idade de 15 a 19 anos, que tinham acesso à água com flúor, foi de 2,27 e 5,69, respectivamente, Nos municípios sem água fluoretada, o CPO-D foi de 3,38 (12 anos) e 6,56 (15 a 19), registrando aumento de 32,8% e de 13,2%. Ministério da saúde, 2004
  • 25. Abordagem coletiva Fluoretação das águas “ A fluoretação da água de abastecimento público representa uma das principais e mais importantes medidas de saúde pública, podendo see considerada como método de controle da cárie dentária mais efetivo, quando considerada a abrangência coletiva.” KOZLOWSKI, PEREIRA, 2003
  • 26. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas São realizadas com grupos de pessoas e, por isso, usam os espaços sociais (creches, escolas, locais de trabalho, comunidade) e espaços da unidade de saúde. As crianças em idade pré-escolar e escolar podem ser alvo dessas ações, pelo impacto de medidas educativas e preventivas nessa faixa etária e pela importância da atuação na fase de formação de hábitos.
  • 27. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas As ações coletivas devem ser executadas, preferencialmente, pelo pessoal auxiliar, de forma a potencializar o trabalho do dentista em relação às atividades clínicas.
  • 28. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Exame epidemiológico - Educação em saúde bucal - Escovação dental supervisionada - Aplicação tópica de flúor
  • 29. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Programa saúde na escola - Busca ativa de cárie - Registro em ficha - Dados sobre a prevalência de cárie na região
  • 30. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Palestras sobre saúde bucal - Nutrição e dieta - Cárie - Outros agravos
  • 31. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas Escovação dental com ou sem evidenciação de placa, realizada com grupos populacionais sob orientação e supervisão de um ou mais profissionais de saúde.
  • 33. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas A prática de escovar os dentes é bastante antiga e seu início não tem registro histórico. Nos primeiros anos do século 20, com a popularização do plástico, a comercialização de escovas dentais se defundiu pelo ocidente.
  • 34. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Técnica de Fones - Técnica de Bass - Técnica de Stillman - Técnica de Charter
  • 35. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Escova de dente tradicional - Escovas de dente elétricas - Escovas de dente Unitufo - Escovas de dente Interdental
  • 38. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Componentes: Lauril Sulfato de Sódio, Carbonato de cálcio, Bicarbonato de sódio, Fluoreto de sódio, Sorbitol, Flavorizantes, Água e Glicerina
  • 39. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas - Concentração de Fluoreto - Adultos: 1000-1500 ppm - Infantis: 0- 500 ppm
  • 40. Abordagem coletiva Ações educativas e preventivas Outro meio de uso de fluoreto de abrangência coletiva é a solução fluoretada para bochecho semanal usada em programas preventivos em escolas, como a solução de NaF a 0,2% (900 ppm).
  • 42. Abordagem coletiva Acesso a escova e ao dentifrício - Programa saúde na escola - Kits: pasta, escova e fio dental - Ação não abrange toda a população
  • 43. Abordagem Individual - Instrução de higiene oral em consultório - Remoção profissional de placa - Adequação de meio oral - Aconselhamento dietético - Aplicação de flúor - Consultas de rotinas
  • 44. Abordagem Individual Instrução de higiene oral - Escovação - Fio dental
  • 45. Abordagem Individual Remoção profissional de placa - Profilaxia - Escova de Robson - Pasta profilática e pedra pomes - Procedimento clínico que pode ser realizado por técnicos em saúde bucal
  • 48. Abordagem Individual Adequação do meio - Indivíduos com lesões cariosas estão mais susceptíveis a terem outras lesões cariosas - Adequação do meio se refere ao selamento de cavidades existentes com materiais que liberam flúor
  • 49. Abordagem Individual Adequação do meio O selante é um tipo de revestimento (resina fluida) aplicado na superfície dos dentes, principalmente nas fóssulas e fissuras, protegendo estas regiões das cáries. É um tipo de blindagem contra o acúmulo de placa bacteriana. São aplicados mais comumente nos molares permanentes das crianças, que são os dentes mais propensos à cárie.
  • 50. Abordagem Individual Aplicação de flúor em consultório - Realizados com moldeiras - Indicações para uso caseiro - Semanalmente: NaF 0,2% (900ppm) - Diariamente: NaF 0,05% (225 ppm) - Verniz de flúor: Crianças com lesões ativas de cárie
  • 51. Abordagem Individual Aplicação de flúor em consultório - Indicado para crianças - Adere a superfície dental - Livre no meio oral aos poucos - Evitando deglutição - Não substitui a restauração - Equilibrar o meio oral
  • 53. Abordagem Individual Consultas de rotina “O retorno para manutenção deve ser instituído como rotina, ter frequência definida pela avaliação da atividade de doença e fatores de risco individuais e ser agendado de acordo com cada situação. Nas consultas de manutenção, as ações educativo-preventivas devem estimular a autonomia no cuidado à saúde.” Ministério da saúde, 2003
  • 54. Abordagem Individual Consultas de rotina - Exame clínico - Profilaxia - Reabilitação/restauração - Aplicação de flúor - Tempo de acordo com a susceptibilidade do paciente à cárie
  • 55. Proteção contra cárie Abordagem individual Universalização do acesso a escova e ao dentifrício Consultas de rotinas Ações educativas e preventivas Ações de promoção de saúde Aconselhamento dietético Adequação de meio oral Remoção profissional de placa Instrução de higiene Aplicação de flúor Abordagem coletiva
  • 57. QUESTÃO • Fale sobre a Abordagem coletiva e Individual, e de exemplos.

Notas do Editor

  1. O Levantamento Epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde em nível nacional, o SB Brasil, finalizado em 2003, demonstrou a importância desses agravos e reforçou a necessidade de que os serviços de saúde estejam organizados para intervir e controlá-los. É de fundamental importância a responsabilização da equipe de saúde do nível local pela interferência positiva no quadro sanitário da saúde bucal brasileira.
  2. No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie. Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie. Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave: a média de dentes atacados pela cárie entre os adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8 dentes na faixa etária de 65 a 74 anos. A análise destes dados aponta também para perdas dentárias progressivas e precoces: mais de 28% dos adultos e 75% dos idosos não possuem nenhum dente funcional em pelo menos uma arcada.
  3. No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie. Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie. Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave: a média de dentes atacados pela cárie entre os adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8 dentes na faixa etária de 65 a 74 anos. A análise destes dados aponta também para perdas dentárias progressivas e precoces: mais de 28% dos adultos e 75% dos idosos não possuem nenhum dente funcional em pelo menos uma arcada.
  4. No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie. Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie. Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave: a média de dentes atacados pela cárie entre os adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8 dentes na faixa etária de 65 a 74 anos. A análise destes dados aponta também para perdas dentárias progressivas e precoces: mais de 28% dos adultos e 75% dos idosos não possuem nenhum dente funcional em pelo menos uma arcada.
  5. No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie. Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de 15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie. Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave: a média de dentes atacados pela cárie entre os adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8 dentes na faixa etária de 65 a 74 anos. A análise destes dados aponta também para perdas dentárias progressivas e precoces: mais de 28% dos adultos e 75% dos idosos não possuem nenhum dente funcional em pelo menos uma arcada.
  6. 4a- lesão de mancha branca ativa em esmalte (caracterizada por um esmalte opaco, rugoso e poroso); 4b* lesão de mancha branca inativa em esmalte (caracterizada por um esmalte brilhante branco ou escurecido, liso e polido); 4c- lesão cavitada em dentina ativa (presença de tecido amolecido com cor amarelada ou castanho claro, aspecto úmido e opacidade no esmalte adjacente), gerando sensibilidade dolorosa; 4d- lesão cavitada em dentina inativa (presença de tecido endurecido no fundo da lesão com cor marrom escura ou negra, aspecto seco e brilhante, e opacidade no esmalte adjacente com aspecto inativo); 4e- lesão cavitada ativa que atingiu o órgão pulpar, gerando grande sensibilidade dolorosa.
  7. - Nunca adoce a mamadeira, água, chá ou sucos; - Ao iniciar a alimentação sólida, acostume seu filho com sabores naturais, não adocicados; - Evite produtos industrializados. A maioria contém açúcar em sua composição porque é um excelente conservante; - Não adoce a chupeta. Ela corta o choro, mas pode significar muitas cáries no futuro. O bebê não conhece o açúcar e não sentirá falta dele.