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03/09/2018
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Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
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Leandro Signori
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Professor Leandro Signori
03/09/2018
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ATUALIDADES
RETROSPECTIVA
Prof.Leandro Signori.Agosto 2018
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
FATOS INTERNACIONAIS
03/09/2018
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Estados Unidos e México chegam a acordo comercial
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (27) que seu país e
o México chegaram a um "grande" acordo comercial, que revisa partes importantes do Nafta,
acordo de livre comércio de mais de duas décadas que envolve também o Canadá.
Trump telefonou para o presidente mexicano, Enrique Pieña Nieto, para parabenizá-lo pelo acordo,
o qual chamou de "muito bom para ambos". O Canadá, por enquanto, ficou de fora do
compromisso.
O presidente dos EUA disse querer "se livrar do nome Nafta", que tem uma "conotação ruim", e
que por isso o acordo será chamado "The Unites States-México Trade Agreement" (Acordo
Comercial Estados Unidos-México).
Na ligação, o presidente americano disse que o acordo fortalece especialmente fabricantes e
produtores dos dois países. Segundo ele, o México se comprometeu a imediatamente comprar dos
EUA "tantos produtos agrícolas quantos forem possíveis".
Segundo o embaixador responsável pelo comércio exterior dos EUA, Robert Lightizer, o acordo
deve ser assinado no final de novembro, porque deve ser respeitando um intervalo de 90 dias após
a entrega da carta sobre os termos ao Congresso, o que deve ocorrer na sexta-feira.
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03/09/2018
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Segundo documento divulgado pela Casa Branca, o acordo inclui:
• Novos requisitos de "regras de origem" para incentivar "bilhões por ano" em veículos e
peças automobilísticas nos Estados Unidos, apoiando "empregos de altos salários";
• "Os padrões mais fortes e totalmente aplicáveis de qualquer acordo comercial";
• Novos compromissos para reduzir "políticas de distorção comercial" para produtos
agropecuários;
• Melhorias para permitir que alimentos e a agricultura sejam negociados "de maneira mais
justa";
• Proteções de propriedade intelectual "fortes e efetivas";
• "As disciplinas mais fortes em comércio digital de qualquer acordo internacional";
• "As mais robustas obrigações de transparência de qualquer acordo comercial dos Estados
Unidos".
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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Participação do Canadá
O presidente mexicano disse a Trump que deseja que, agora, o Canadá também seja incorporado ao acordo. Ele
agradeceu a vontade política de Trump e sua participação nas tratativas.
No Twitter, Pieña Nieto ressaltou que espera que uma negociação "trilateral" exitosa do Nafta ainda nesta
semana.
Segundo o presidente dos EUA, há um acordo entre ele e os representantes do Canadá e do México para encerrar
o acordo existente hoje, o Nafta. "Quando isso acontecerá, não posso dizer com certeza; depende do calendário
com o Congresso. Mas vou encerrar o acordo que existe e entrar nesse acordo. Trump disse que começará a
negociar com o Canadá "relativamente em breve". "Eles querem começar - eles querem muito negociar", disse
ele.
O presidente afirmou, no entanto, que "de uma forma ou outra" tem um acordo com o Canadá, que será ou uma
tarifa sobre os carros, o que ele considerou "mais fácil", ou um acordo negociado.
Mais cedo, um porta-voz do ministério do exterior canadense afirmou que o "Canadá só assinará o novo Nafta se
ele for bom para o Canadá", de acordo com a Reuters.
Na conversa, Trump disse ainda que este não é o momento certo para falar em um acordo com a China, mas que
"eventualmente será".
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03/09/2018
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EUA impõem tarifa de 132% a canos da China e sobretaxam
outros 5 países
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (21) uma tarifa preliminar de 132,63% a canos de metal importados de
China, dias antes de os governos dos dois países começarem a discutir sua relação comercial.
Canadá (24,38%), Grécia (22,51%), Índia (50,55%), Coreia (14,97% a 22,21%) e Turquia (3,45% a 5,29%) também terão
produtos taxados provisoriamente.
O Departamento de Comércio americano alega que esses países vendem um tipo de tubo soldado de diâmetro largo, usado
na indústria de gás e petróleo, a preços inferiores aos do mercado, prejudicando a indústria americana, segundo
comunicado.
As importações desses canos chineses para os Estados Unidos totalizaram US$ 29,2 milhões no ano passado, de acordo com
o documento. Já as importações do mesmo produto provenientes de Canadá, Grécia, Índia, Coreia e Turquia somaram US$
179,9 milhões, US$10,7 milhões, US$ 294,7 milhões e US$150,9 milhões, respectivamente.
Seis fabricantes americanas de tubos denunciaram a suposta prática de dumping ao departamento de Comércio em janeiro,
segundo o Departamento de Comércio.
A decisão final sobre os tubos importados da China e da Índia será anunciada em novembro. Para os demais países, a data
para o fim das investigações é janeiro de 2019.
Embora este caso esteja isolado da série de tarifas impostas por Washington a produtos chineses, é mais um capítulo da
política protecionista de Donald Trump, que busca reduzir o déficit comercial norte-americano.
Desde o começo de seu mandato, o Departamento de Comércio levantou 120 novas investigações antidumping e de
direitos compensatórios, de acordo com comunicado. Atualmente, 458 ordens comerciais nesse sentido estão em vigor.
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03/09/2018
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Entram em vigor novas taxas dos EUA sobre US$ 16
bilhões em produtos chineses
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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O governo dos Estados Unidos impôs, nesta quinta-feira (23), sobretaxas de 25% sobre produtos importados da China no valor de
US$ 16 bilhões, no que representa outro episódio na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A autoridade alfandegária americana começou a cobrar oficialmente esses encargos à 0h (horário local, 1h de Brasília) a um total
de 279 produtos, incluindo certos tipos de óleos lubrificantes, tubos de plástico flexível e motores de ar-condicionado, entre
outros.
A China reagiu imediatamente anunciando "represálias necessárias" a esta nova bateria de tarifas. Pequim também adotou tarifas
de 25% para produtos americanos por um total de US$ 16 bilhões, anunciou a agência de notícias Xinhua.
As tarifas chinesas entraram em vigor um minuto depois das novas taxas americanas. Entre as centenas de produtos americanos
afetados estão as emblemáticas motos Harley-Davidson e o suco de laranja.
O Ministério do Comércio da China também anunciou que apresentará outra queixa formal na Organização Mundial do Comércio
(OMC) para defender o sistema multilateral de comércio e seus direitos após as últimas medidas protecionistas de Donald Trump,
denunciando mais uma vez que a decisão do governo americano vai contra os princípios da OMC.
Esta é a segunda rodada de tarifas adicionais impostas à China depois dos encargos que entraram em vigor em 6 de julho sobre
produtos avaliados em US$ 34 bilhões. Com esse novo pacote de hoje, US$ 50 bilhões em produtos serão sobretaxados. A primeira
medida também foi respondida da mesma maneira por Pequim.
As duas maiores economias do mundo adotaram agora tarifas sobre um total combinado de US$ 100 bilhões em produtos desde o
início de julho, com mais por vir, ampliando os riscos ao crescimento econômico global. Os mercados acionários chineses fecharam em
alta nesta quinta-feira, com os investidores dando de ombros para as novas tarifas, uma vez que elas já eram totalmente esperadas.
Negociações
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou colocar tarifas sobre quase todos os mais de US$ 500 bilhões em bens chineses
exportados aos EUA anualmente a menos que Pequim concorde com mudanças a suas práticas de propriedade intelectual, programas
de subsídio à indústria e estruturas tarifárias, e compre mais produtos norte-americanos.
Esse número representaria bem mais do que a China importa dos EUA, levantando preocupações de que Pequim poderia avaliar outras
formas de retaliação. A nova escalada da tensão entre as duas potências ocorre no momento em que Washington e Pequim reabrem
as negociações sobre sua disputa comercial.
As conversas entre Washington e Pequim em matéria comercial se estagnaram nos últimos meses, período no qual os dois países
começaram a se sobretaxar reciprocamente, iniciando uma temida guerra comercial que até agora teve pouco impacto em nível
macroeconômico.
Até o momento, os negociadores dos dois países realizaram três rodadas de reuniões para buscar uma solução, mas não conseguiram
evitar que Trump continuasse anunciando novos aumentos de tarifas, que foram respondidos pela China com represálias equivalentes.
A primeira reunião ocorreu em Pequim no final de abril. Depois, os representantes dos países decidiram em Washington deixar "em
aberto" o conflito e, finalmente, no início de junho, voltaram a se reunir na China. É esperada para a próxima semana a visita de uma
delegação chinesa à capital americana para prosseguir com os contatos.
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03/09/2018
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Política protecionista e déficit comercial
Trump aplica uma agressiva política protecionista para reduzir o déficit comercial americano, que responsabiliza pela
destruição de empregos nos Estados Unidos. Mas os parceiros comerciais de Washington adotaram medidas de represália
que prejudicaram produtores agrícolas, indústrias e os consumidores americanos.
Milhares de empresas e indústrias americanas pediram a Donald Trump que reconsidere sua política comercial para não
prejudicá-los. Mas até o momento o presidente tem ignorado os apelos e retirou poucos produtos de suas decisões
tarifárias.
Washington foi forçado a anunciar um programa de ajuda de US$ 12 bilhões a produtores agrícolas prejudicados por
represálias da China e de outros países.
Um documento do Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgado na quarta-feira (23) mostra que a entidade
considera que as disputas comerciais representam riscos "transcendentais" à economia.
Uma briga comercial generalizada e prolongada prejudicaria a confiança, os investimentos e o emprego, e impactaria os
preços, o que pode "reduzir o poder de compra das famílias americanas", adverte a ata da reunião do Fed.
Por enquanto, a imposição de tarifas não atingiu o principal objetivo do presidente Trump, a redução do enorme déficit
comercial com a China.
O governo dos EUA calculou que, na primeira metade do ano, o desequilíbrio na balança comercial em favor de Pequim
aumentou 8,3%, depois que em todo o ano de 2017 alcançou o recorde de US$ 375 bilhões.
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Turquia retalia e aumenta tarifas de vários produtos dos EUA
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03/09/2018
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A Turquia anunciou nesta quarta-feira (15) um aumento das tarifas de diversos produtos importados dos Estados Unidos,
uma resposta às medidas similares aplicadas pelo governo americano ao aço e ao alumínio turcos.
"As taxas de importação de determinados produtos foram aumentadas de modo recíprocos aos ataques deliberados da
administração americana a nossa economia", anunciou no Twitter o vice-presidente turco Fuat Oktay.
A lista de produtos inclui carros (a nova tarifa é de 120%), bebidas alcoólicas (140%), tabaco (60%), arroz, carvão e produtos
cosméticos, segundo a Reuters.
Um decreto assinado pelo presidente Tayyip Erdogan dobrou as tarifas turcas de carros de passageiros para 120 por cento,
de bebidas alcoólicas para 140 por cento e de fumo para 60 por cento. As tarifas também foram duplicadas em bens como
cosméticos, arroz e carvão.
De modo geral, as novas tarifas dobram as taxas aplicadas atualmente, segundo a agência estatal Anadolu.
O decreto do aumento das tarifas assinado pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan foi publicado no Diário Oficial do
país, elevando as preocupações de uma escalada da tensão entre os dois países e de uma batalha comercial.
As taxas respondem à sobretaxas adotadas pelo governo dos Estados Unidos, o que contribuiu para provocar uma forte
desvalorização da moeda turca e uma grande tensão entre Ancara e Washington.
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai dobrar as taxas sobre a importação
de aço e alumínio turcos, usando a taxa de câmbio entre os dois países como justificativa.
Na terça-feira, o Erdogan anunciou que seu país vai "boicotar" os produtos eletrônicos americanos, como os da Apple. O
presidente turco definiu a crise da lira como um "ataque econômico contra a Turquia".
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Tensão diplomática
Depois de vários meses de tensão, as relações se complicaram ainda mais, com a detenção na Turquia do pastor
americano Andrew Brunson.
Os Estados Unidos impuseram sanções contra dois ministros turcos, e Ancara respondeu com medidas similares.
Na sequência, o presidente americano, Donald Trump, anunciou o aumento das tarifas de importação do aço e do
alumínio turcos.
A lira perdeu mais de 25% de seu valor em um mês, o que aumenta ainda mais a pressão inflacionária na Turquia.
Desde o início do ano, o valor da lira turca caiu 40% frente ao dólar e ao euro. Desde terça-feira, porém, a lira
parece se estabilizar, após medidas do Banco Central e ao apelo de Erdogan de converter ouro e divisas
estrangeiras.
Em meio às virulentas declarações de Erdogan contra os Estados Unidos, a Turquia tenta preservar suas relações
com outros sócios e aliados.
O presidente turco, que na semana passada se reuniu com seu colega russo, Vladimir Putin, recebe nesta quarta
em Ancara o emir do emirado do Catar, xeque Tamim ben Hamad al-Thani.
Em outro movimento no xadrez político, na terça-feira, um tribunal turco libertou, inesperadamente, dois
soldados gregos que haviam sido detidos em março na fronteira, um episódio que elevou a tensão nas relações
entre Ancara e Atenas.
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03/09/2018
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Morre o senador republicano John McCain, vítima de tumor no
cérebro
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Morreu neste sábado (25) o senador norte-americano John McCain, aos 81 anos. Ele lutava contra um câncer no
cérebro desde o ano passado e havia interrompido o tratamento na última sexta-feira. McCain era considerado
um dos principais representantes do Partido Republicano e um dos maiores críticos de Donald Trump dentro da
legenda. A pedido dele, o presidente dos EUA não será convidado para o enterro. O senador morreu em sua casa
em Sedona, no estado norte-americano do Arizona, cercado de familiares. Ele faria 82 anos na próxima quarta-
feira (29).
Herói de guerra
McCain se tornou conhecido nacionalmente nos EUA durante a década de 1960. Em 67, o jato Skyhawk que ele
pilotava foi derrubado durante a Guerra do Vietnã, nas proximidades de Hanói. Ele conseguiu se ejetar, mas ao
cair de para-quedas, quebrou os dois braços e uma perna.
Capturado pelos vietcongues, ele passou 5 anos e meio como prisioneiro de guerra. Foi torturado diversas vezes e
por causa disso ficou com diversos movimentos prejudicados, especialmente nos braços.
Filho de um almirante da Marinha dos EUA, ele teria preferência para ser libertado em primeiro lugar durante
trocas de prisioneiros, mas recusou o privilégio e obteve a liberdade apenas em 1973.
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03/09/2018
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Trajetória na política
Ao voltar para seu país, McCain passou a se dedicar à política. Em um discurso, quando foi declarado candidato republicano à eleição
presidencial de 2008, ele disse "me apaixonei pelo meu país quando estava prisioneiro em outro", lembrando os anos de cativeiro.
Dos anos 70 até 1983, ele foi assessor de parlamentares republicanos na Câmara dos EUA. Em 1986, foi eleito pela primeira vez
senador por seu estado natal, o Arizona. Cumpriu seis mandatos na função.
Nos anos 1990, ele e o democrata John Kerry, também veterano da guerra, se uniram em um esforço para derrubar um embargo
comercial e reestabelecer ligações diplomáticas com o Vietnã.
Corrida presidencial
Em 2000, ele tentou concorrer à presidência, mas perdeu as primárias para George W. Bush, que acabou eleito.
Foi um dos principais apoiadores de Bush quando ele lançou ofensivas no Iraque após os ataques de 11 de setembro de 2001. Depois,
no entanto, admitiu que estava errado por achar que o regime de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.
McCain venceu as primárias do Partido Republicano em 2008 e escolheu a então governadora do Alasca, Sarah Palin, para ser sua vice.
A chapa foi derrotada pelo democrata Barack Obama.
Após a vitória de Trump em 2016, ele se tornou um dos principais críticos do novo presidente. Foi um dos únicos republicanos a votar
contra o fim do Obamacare, o programa de saúde pública de Barack Obama.
No início do ano, já afastado do Senado para se tratar do câncer, ele pediu aos colegas que não aprovassem a indicada de Trump à
diretoria da CIA, Gina Haspel, pelo envolvimento dela em um programa de interrogatórios que utilizava tortura contra prisioneiros.
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Discurso de Maduro na Venezuela é interrompido após drones
explodirem no local, diz ministro
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03/09/2018
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Um discurso do presidente venezuelano Nicolás Maduro foi interrompido durante um evento militar na tarde deste sábado (4),
segundo a agência de notícias Reuters. O evento estava sendo transmitido ao vivo pela televisão, e foi possível ver quando centenas de
militares, que estavam enfileirados em frente ao presidente da Venezuela, saíram correndo em pânico.
Na noite deste sábado, Maduro falou pela primeira vez após o incidente, e acusou os Estados Unidos e a Colômbia de estarem por trás
do que ele chamou de atentado. Em um pronunciamento transmitido pelos canais de rádio e televisão estatais, ele disse que as
primeiras investigações apontam para um suposto planejamento feito em Bogotá.
Segundo a AFP, uma fonte do governo colombiano afirmou que "não tem base" que o presidente Juan Manuel Santos esteja por atrás
do suposto atentado. Maduro também pediu o auxílio de Donald Trump para "combater grupos terroristas".
'Grande explosão'
Houve uma "grande explosão", de acordo com o presidente da Venezuela. Segundo ele, um artefato voador explodiu na frente dele
durante seu discurso e, inicialmente, ele pensou que houve um problema de execução da parada militar. Então, houve uma segunda
explosão. Ele disse que houve confusão enquanto ele tentava entender o que estava acontecendo, e que foi protegido por Deus e as
forças armadas venezuelanas.
Ele também disse que uma investigação foi aberta imediatamente e que alguns dos suspeitos já foram "capturados", mas não informou
os nomes deles.
"Foram capturados parte dos atores materiais do atentado e se encontram já processados", disse ele. "Não vou adiantar mais, mas a
investigação já está muito avançada."
Maduro afirmou que sofreu uma tentativa de assassinato e que "tudo aponta" para um complô de direita. O Sindicato Nacional de
Trabalhadores de Imprensa da Venezuela afirmou, pelo Twitter, que vários jornalistas que cobriram o evento foram interpelados por
autoridades no local e duas emissoras de televisão perderam contato com os funcionários.
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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Explosão de drones
Segundo a agência, o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, afirmou, pouco depois das 20h (horário de Brasília), que vários
drones carregados com explosivos explodiram perto do evento presidencial enquanto Maduro estava falando.
Rodríguez reiterou que Maduro está bem e segue trabalhando. Ele disse, porém, que sete guardas nacionais ficaram feridos no
incidente, que ele classificou como uma tentativa de ataque.
Outra versão dos fatos
A agência de notícias Associated Press (AP), porém, afirmou que bombeiros no local da explosão deram outra versão dos fatos.
Segundo três oficiais ouvidos pela agência em condição de anonimato, o incidente foi na verdade uma explosão de um tanque
de gás dentro de um apartamento.
Uma foto divulgada pela Reuters a partir de um vídeo feito nas imediações mostra uma grande quantidade de fumaça saindo
detrás de um edifício.
Evento militar
De acordo com a agência EFE, o evento seria uma comemoração dos 81 anos da criação da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).
A Reuters afirmou que o discurso que Maduro proferia a céu aberto foi interrompido quando o áudio foi cortado. As imagens da
televisão mostraram Maduro e as demais pessoas no palanque olhando para cima, com ar assustado.
A câmera, então, mostrou centenas de soldados, que estavam enfileirados, começando a correr do local, antes de que a
transmissão fosse cortada.
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03/09/2018
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Plano econômico de Maduro passa a valer na Venezuela sem
cinco zeros na moeda
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lança nesta segunda-feira (20) um pacote de medidas para tentar conter a
inflação - estimada em 1.000.000% neste ano, de acordo com Fundo Monetário Internacional (FMI). A maior mudança
do chamado "Madurazo", é o corte de cinco zeros da moeda da Venezuela, que se chamará bolívar soberano.
A moeda terá 8 notas diferentes e duas moedas metálicas. A maior nota do sistema que já começa a sair de circulação
é a de 100 mil bolívares, sendo que uma xícara de café fica acima de 2 milhões de bolívares, segundo a Deutsche
Welle. Agora, a maior nota será a de 500 bolívares (o equivalente a US$ 7 ou R$ 27). A ideia é controlar a hiperinflação
no país.
Mesmo com as incertezas que o país enfrenta, Nicolás Maduro define o atual momento como um “grande mudança” e
um “ponto de reflexão”. "Vamos desmontar a perversa guerra do capitalismo neoliberal”, armou o presidente.
Na última sexta-feira (17), Maduro também anunciou a unificação das taxas de câmbio do país. A nova taxa será
atrelada a uma criptomoeda, ligada ao preço do petróleo. Isso colaborou para que a moeda do país na prática tivesse
96% de desvalorização em relação ao dólar.
Segundo as autoridades da Venezuela , haverá um novo redesenho da política fiscal e tributária do país, incluindo
subsídios para a gasolina, reajustada em quatro pontos percentuais, e a definição de câmbio único, que flutuará de
acordo com as definições do Banco Central Venezuelano.
A petro, a criptomoeda criada pelo governo no início do ano, irá definir, além do câmbio, o salário mínimo e as
pensões. O salário mínimo também deverá ter um aumento em 3.500% a partir de 1º de setembro.
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03/09/2018
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Nova moeda venezuelana
A nova moeda venezuelana, cujo símbolo é Bs.S., tem cinco zeros a menos em comparação ao bolívar, que
coexistirá para operações bancárias menores. As novas notas de Bolívar soberano são de 2, 5, 10, 20, 50,
100, 200 e 500 já estão nos bancos e serão colocadas em circulação ainda nesta segunda-feira. Os
símbolos das notas têm referência ao petróleo, pois a Venezuela tem grandes reservas.
Dona das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela observa o encolhimento da sua economia.
De 1913 até este ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do país foi reduzido pela metade, segundo o FMI, que
prevê uma inação superior a 13.000% em 2018 e um índice de desemprego de 36% até 2022.
A mudança na moeda não será suficiente para superar a grave crise econômica, social e política, que o
maior desafio de Maduro. O que se passa no país também preocupa os países vizinhos, que estão
enfrentando uma crise humanitária na região, pois eles não têm estrutura para absorver os milhares de
venezuelanos que fogem da hiperinflação e do desabastecimento.
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Equador se retira da Alba em meio a crise migratória da
Venezuela
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Imigrantes venezuelanos dormem à beira da estrada no Equador, em travessia rumo ao Peru
03/09/2018
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O Equador anunciou na noite desta quinta-feira sua retirada da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba),
depois de expressar sua "frustração" com o governo de Nicolás Maduro pela "falta de vontade" de resolver a crise interna
que vem causando a emigração de centenas de milhares de venezuelanos.
Com a decisão, o governo de Lenín Moreno se distancia mais do maior aliado do Equador à época de seu antecessor e agora
rival político Rafael Correa (2007-2017).
— Quito anuncia que sua participação na Alba não continuará — declarou em entrevista coletiva a jornalistas o ministro das
Relações Exteriores, José Valencia.
O chanceler fez o anúncio depois de afirmar que o país "está frustrado com a falta de vontade política" do governo Nicolás
Maduro de "abrir as portas para uma solução democrática", em meio à prostração econômica da Venezuela.
Valência acrescentou que o Equador não se juntará a "outros grupos de Estados que não fornecerem soluções construtivas"
para a crise na Venezuela.
O Equador aderiu em 2009 à Alba, uma iniciativa de integração política e econômica então promovida por Hugo Chávez e
Fidel Castro como contrapeso à OEA e à influência dos Estados Unidos na região.
— Só uma estabilidade democrática na Venezuela produzirá uma estabilidade econômica que impedirá a continuação do
êxodo em massa de seus cidadãos — completou o chanceler.
Com a saída do Equador, a Alba agora tem como membros Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua,
Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela.
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Colômbia notifica Unasul de que deixará o bloco por causa de crise
na Venezuela
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03/09/2018
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O presidente colombiano, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira (27) que notificou a União de Nações Sul-Americanas
(Unasul) da decisão de retirar a Colômbia do bloco por considerar que a organização não denunciou o tratamento brutal
dado pelo governo da Venezuela a seus cidadãos.
Durante uma coletiva de imprensa, o presidente colombiano criticou a Unasul por nunca ter denunciado os "atropelos" do
governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e disse que o bloco não exerceu o dever de garantir que essas ações
do regime chavista não constituíssem a eliminação das liberdades da cidadania.
Segundo Duque, o bloco foi criado para "fraturar o sistema interamericano" e "serviu aos propósitos de uma ditadura". Por
isso, o presidente da Colômbia disse considerar a instituição como "maior cúmplice" da Venezuela.
Em 10 de agosto, o ministro do Exterior da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, comunicou a decisão política do país de se
retirar do bloco, uma promessa que Duque fez durante a campanha presidencial.
"Seguiremos trabalhando no marco do multilateralismo regional e faremos isso apoiando a Carta Democrática
Interamericana, assinada pela Colômbia, que defende a liberdade, o equilíbrio de poderes e, além disso, é fiadora de uma
sociedade participativa e plural", afirmou Duque.
A União das Nações Sul-Americanas foi criada em maio de 2008 em evento no Brasil como um mecanismo de coordenação
e integração para desenvolver um espaço integrado em termos políticos, sociais, econômicos, ambientais e de
infraestrutura.
Com a saída da Colômbia, o grupo passará a ser formado por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guiana, Paraguai,
Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Recentemente, o Equador também anunciou ter intenções de abandonar a Unasul.
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Residência de Cristina Kirchner em Buenos Aires é alvo de buscas
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03/09/2018
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Um grupo de policiais realizou nesta quinta-feira (23) buscas na residência da senadora e ex-presidente da Argentina Cristina
Kirchner (2007-2015), em Buenos Aires.
A operação começou na presença do juiz Claudio Bonadio, que ordenou a busca em três residências de Kirchner no caso que investiga
propinas milionárias em troca de contratos de obras públicas.
A autorização das buscas foi aprovada na noite desta quarta pelo Senado. A autorização teve o aval de todos os 67 senadores
presentes na sessão, inclusive a própria Cristina Kirchner. Não houve abstenções. O procedimento de busca e apreensão ainda não teve
início em outras duas propriedade de Kirchner, uma em Río Gallegos e outra em El Calafate, no sul do país.
A operação aconteceu no exclusivo bairro de Recoleta, com várias patrulhas policiais e um cordão de isolamento no prédio da ex-
presidente.
Segundo o jornal "La Nación", o advogado de Cristina, Carlos Beraldi, disse que os policiais pediram, por ordem do juiz Bonadio, que
ele se retirasse do apartamento poucos minutos depois do início dos procedimentos.
"Estamos diante de uma farsa. Vamos pedir a nulidade de todo o procedimento e vamos pedir o julgamento político do juiz. Bonadio
não cumpre com o que disse o Senado. Começaram a filmar e a se comportar de maneira ilegal", disse o advogado.
Pedidos de Kirchner
Em carta aos diferentes blocos do Senado, divulgada na terça-feira, Kirchner se declarou disposta a permitir a revista às suas
residências, embora tenha pedido que proíbam a presença de câmeras durante o procedimento.
Também solicitou que estivessem presentes seus advogados e um senador durante os procedimentos.
Esses pedidos, especialmente o de impedir a divulgação de imagens, foi apoiado por vários congressistas com o argumento de
resguardo da intimidade.
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Investigação
A ex-presidente, da corrente de centro esquerda peronista e que sucedeu seu marido Néstor Kirchner no cargo em 2007, é
a pessoa de mais alto escalão envolvida no chamado "Cadernos de propinas", que investiga supostos subornos de
importantes empresários entre 2005 e 2015 para obter contratos de obras públicas.
De acordo com os cálculos iniciais, a trama de subornos poderia implicar cerca de US$ 160 milhões.
A causa judicial começou há um mês baseada em anotações feitas por um ex-motorista do Ministério de Planejamento,
Oscar Centeno, que supostamente fez percursos por Buenos Aires durante 10 anos levando e trazendo sacolas carregadas
de milhões de dólares.
O apartamento de Kirchner em Buenos Aires, assim como a casa presidencial de Olivos e a Casa Rosada, sede do governo,
aparecem nesses cadernos como pontos de entrega das sacolas.
O juiz busca pistas sobre onde poderia ter ficado o dinheiro, aparentemente sempre recebido em espécie.
As anotações do motorista logo se somaram às confissões de vários empresários detidos que decidiram ir à Justiça na
condição de arrependido, assim como, recentemente, ex-funcionários do governo de Néstor (2003-2007) e Cristina
Kirchner.
Além deste caso, Cristina Kirchner enfrenta outros cinco processos por suposto enriquecimento ilícito e por encobrimento
de iranianos acusados pelo atentado à mutual judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
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03/09/2018
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Senado da Argentina rejeita legalização do aborto no país
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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O Senado da Argentina rejeitou na madrugada desta quinta-feira (9) o projeto de lei que legalizaria o
aborto no país. Após uma sessão de cerca de 16 horas, ele foi recusado no Senado por 38 votos contra, 31
a favor e duas abstenções.
Pela proposta aprovada pela Câmara e, agora rejeitada no Senado, seria possível interromper a gravidez
durante as primeiras 14 semanas de gestação. O projeto previa também que o aborto fosse realizado em
qualquer hospital ou clínica e obrigava o Estado a cobrir o custo do procedimento, dos medicamentos e
dos tratamentos de apoio necessários.
A interrupção voluntária da gravidez é crime na Argentina, a não ser em casos de estupro e que ofereçam
risco à vida da mãe. Nos demais casos, a prática é penalizada com até quatro anos de prisão para a
mulher e para o médico.
Desde o fim da Ditadura Militar no país, em 1983, diversos projetos sobre aborto foram apresentados no
Congresso argentino, mas esse foi o primeiro a ser votado.
Já a Anistia Internacional considerou que a decisão "representa a perda de uma oportunidade histórica
para o exercício dos direitos humanos de mulheres, meninas e pessoas com capacidade de gestar".
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03/09/2018
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Mobilização popular
Do lado de fora do Congresso, um forte dispositivo de segurança foi montado já que, durante todo o dia, milhares de pessoas a favor e
contra a lei, se concentraram para acompanhar a votação, que já se anunciava disputada. Após a sessão, foram registrados incidentes
na saída da multidão. Oito pessoas foram presas, segundo o jornal "El Clarín".
Com a derrota no Senado, o projeto de legalização do aborto não poderá ser tratado novamente neste ano parlamentar. Uma nova
proposta de legalização total só pode ser analisada pelos parlamentares a partir de março.
Aqueles que defendem a causa, no entanto, não se dão por vencidos e o mais provável é que apresentem um novo projeto para a
descriminalização da prática. Desta forma, o aborto não se torna um direito garantido pelo Estado, como previa o projeto recusado
nesta madrugada, mas a mulher que recorrer ao procedimento não estará mais cometendo um crime e não será presa.
O jornal “El Clarín” afirma que o presidente Mauricio Macri estuda enviar ainda esse mês uma ampla proposta de revisão do Código
Penal ao Congresso. A expectativa é que esse texto aumente as situações em que o aborto é permitido e elimine a possibilidade de
prisão para mulheres.
Polêmica
Em um país de forte tradição católica e conservadora, nenhum tema polarizou tanto os argentinos desde a aprovação do casamento
gay em 2010. Pesquisas de opinião apontavam que o projeto que permitia a interrupção voluntária da gravidez era apoiado pela
maioria.
Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos de Estado e Sociedade (Cedes) e pela Anistia Internacional Argentina, em março, apontava
que 59% dos argentinos aprovavam a descriminalização do aborto, segundo a BBC.
Mas o projeto de lei enfrenta forte oposição de parcela significativa da população.
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Outros países
Assim como a Argentina, o Brasil, que também discute a interrupção da gravidez nesta semana em
audiências públicas do STF, é um dos muitos da América Latina que têm restrições à prática.
Em todo o mundo, o aborto é legalizado em 63 países e amplamente permitido em outras 13 nações,
segundo um levantamento do Center for Reproductive Rights, ONG baseada nos EUA que trabalha para
influenciar a formulação de políticas públicas pró-aborto. Por outro lado, 124 países proíbem a
interrupção da gravidez totalmente ou com poucas exceções.
Dentre os locais em que a prática é legal, as regras variam quanto ao tempo da gestação. A maioria
estipula o tempo máximo de 12 semanas de gestação para o aborto. Mas há casos, como Singapura, em
que ele é permitido em até 24 semanas de gestação da mulher.
Cerca de 39% da população mundial vive em países com restrições ou proibição total à prática. O Brasil
está entre o grupo de 66 nações com mais restrições. Aqui, a interrupção da gestação é considerada
crime, com pena de até três anos de prisão para a mulher, e é permitida apenas em três casos: se
representar um risco à vida da mãe, em caso de estupro ou de anencefalia do feto.
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03/09/2018
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Daniel Ortega expulsa missão da ONU da Nicarágua
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O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, expulsou do país uma missão do escritório da ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos) nesta sexta-feira, depois de a organização ter denunciado, em um relatório, o "alto grau de repressão" dos protestos contra o
Governo.
O anúncio foi feito pelo Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH), cuja presidente, Vilma Núñez, rotulou de "inédita" a decisão do
Governo de Ortega, que enfrenta desde abril passado uma onda de protestos que já deixaram centenas de mortos.
Segundo o Cenidh, a missão da ONU tem até o meio-dia desta sexta-feira para sair da Nicarágua, de acordo com o ordenado por Ortega.
A missão da ACNUDH chegou à Nicarágua em junho passado para conhecer a crise sociopolítica que segundo o relatório que emitiu na quarta-feira
passada em Genebra deixou "mais de 300 mortos e 2.000 feridos", e por enquanto nenhum de seus integrantes se referiu à expulsão ordenada por
Ortega.
A missão, liderada pelo peruano Guillermo Fernández Maldonado, já tinha denunciado "obstáculos" do Governo para realizar seu trabalho na
Nicarágua.
No relatório emitido na quarta-feira, a ACNUDH acusou o Governo pelo "uso desproporcional da força por parte da Polícia, que às vezes se traduziu
em execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, e obstrução do acesso à atendimento médico", entre outras violações dos direitos
humanos contra qualquer pessoa que tenha opinião diferente do Executivo.
Também o responsabilizou de "detenções arbitrárias ou ilegais com caráter generalizado, frequentes maus tratos e casos de torturas e violência
sexual nos centros de detenção, violações às liberdades de reunião pacífica e expressão".
O presidente nicaraguense já rejeitou o relatório "por considerá-lo subjetivo, desleixado, com prejulgamentos e notoriamente parcial, redigido sob a
influência de setores vinculados à oposição, e ausente do devido cuidado na sua redação de maneira objetiva".
O relatório da ACNUDH, que recebeu o apoio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), "deixou plasmada a barbárie, as
atrocidades, as violações aos direitos humanos que o povo da Nicarágua está sofrendo, da qual é responsável Ortega e Rosario Murillo (primeira-
dama e vice-presidente)", afirmou nesta sexta-feira Núñez.
A presidente do Cenidh ressaltou que com a expulsão da ACNUDH, Ortega procura evitar que o caso da Nicarágua seja tocado no dia 5 de setembro
próximo no Conselho de Segurança da ONU, e ao mesmo tempo adverte de "mais repressão contra os nicaraguenses".
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03/09/2018
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Vaticano modifica Catecismo e declara "inadmissível" a pena de
morte
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O papa Francisco aprovou a modificação do Catecismo católico para declarar "inadmissível" a pena de
morte. A Santa Sé informou que compromisso da Igreja é encorajar a abolição da penalidade no mundo
todo. O prefeito regional da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer, em comunicado,
armou que foi autorizado pelo pontífice a introduzir a nova postura em relação à pena de morte, prevista
no artigo 2.267 do Catecismo católico.
No novo texto se ressalta que "a Igreja mostra, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível,
porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação para
sua abolição no mundo todo".
A modificação no Catecismo destaca que "durante muito tempo o recurso à pena de morte por parte da
autoridade legítima, depois de um devido processo, foi considerado uma resposta apropriada à gravidade
de alguns crimes e um meio admissível, embora extremo, para a tutela do bem comum".
Na versão antiga do Catecismo não se excluía a pena de morte "se esta fosse o único caminho possível
para defender eficazmente as vidas humanas do agressor injusto".
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03/09/2018
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A mudança se deve a que, segundo o novo texto, "hoje está cada vez mais viva a consciência de que a
dignidade da pessoa não se perde nem sequer depois de ter cometido crimes muito graves e se tem
estendido uma nova compreensão sobre o sentido das sanções penais por parte do Estado".
"Enfim, foram criados sistemas de detenção mais eficazes, que garantem a defesa necessária dos
cidadãos, mas que, ao mesmo tempo, não tiram do réu a possibilidade de se redimir definitivamente",
conforme no novo texto. A mudança, datada de 1 de agosto de 2018, entrará em vigor com a sua
publicação no diário oficial, L'Osservatore Vaticano, e na "Acta Apostolicae Sedis", que traz os textos
oficiais da Santa Sé.
Para apresentar a modificação do Catecismo, livro doutrinal que recolhe as bases do Catolicismo, Ladaria
dirigiu uma carta aos bispos de todo o mundo na qual ressalta que o novo desenvolvimento "descansa
principalmente na consciência cada vez mais clara na Igreja do respeito que se deve a toda vida humana".
"Se de fato a situação política e social do passado fazia da pena da morte um instrumento aceitável para a
tutela do bem comum, hoje é cada vez mais viva a consciência de que a dignidade da pessoa não se perde
nem sequer depois de ter cometido crimes muito graves", afirmou o cardeal espanhol
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Papa Francisco condena 'atrocidades' de casos de pedofilia nos EUA
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03/09/2018
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O Papa Francisco condenou em uma carta divulgada nesta segunda-feira (20) "as atrocidades" cometidas
por padres na Pensilvânia, nos Estados Unidos, contra mais de 1.000 crianças.
Na semana passada, a Suprema Corte da Pensilvânia divulgou um extenso relatório que lista mais de 300
padres acusados de abuso sexual e detalha o que seria um esforço "sistemático" feito por líderes da Igreja
por mais de 70 anos para encobrir os crimes.
"Nos últimos dias foi publicado um relatório que detalha a experiência de pelo menos mil pessoas que
foram vítimas de abusos sexuais, de abusos de poder e de consciência, cometidos por padres durante
quase 70 anos", escreve o pontífice na carta dirigida ao "Povo de Deus".
Há três dias, o Vaticano já havia expressado "vergonha e dor" após a revelação dos casos de abusos
sexuais na Pensilvânia. Mas, nesta segunda, o Papa Francisco foi mais longe e usou palavras mais duras
para comentar o caso.
O Papa também fez um apelo à comunidade católica por uma mobilização para "denunciar tudo aquilo
que coloca em perigo a integridade de qualquer pessoa".
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Escândalos em diferentes países
A investigação na Pensilvânia é a mais abrangente sobre abuso sexual da Igreja Católica nos EUA. A
investigação de 18 meses cobriu as oito dioceses do estado (Harrisburg, Pittsburgh, Allentown, Scranton,
Erie e Greensburg) e segue outros relatórios do júri do estado que revelaram abusos e em duas outras
dioceses (Filadélfia e Altoona-Johnstown).
O relatório é divulgado num momento em que a Igreja Católica está lutando para lidar com um escândalo
de abuso sexual que afeta a Igreja em diferentes países.
Na Austrália, um bispo foi considerado culpado de encobrir abuso sexual. No Chile, o Papa foi forçado
admitir a pouca atenção que deu a um escândalo de abuso envolvendo um padre e bispos acusados de
encobrir seus crimes. Após o escândalo, 34 bispos chilenos colocaram seus cargos à disposição do papa.
Nos EUA, um proeminente arcebispo foi removido do poderoso Colégio de Cardeais, após surgirem
relatos de que havia molestado um coroinha adolescente e vários outros enquanto ascendia nas fileiras
da igreja. Enquanto isso, bispos em Boston e Nebraska estão investigando possíveis casos de abuso sexual
em seminários católicos.
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03/09/2018
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Proibição ao uso de véu leva a protesto contra discriminação
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A partir de hoje (1º), entra em vigor na Dinamarca a proibição para as mulheres muçulmanas deixarem de
usar o nicabe e a burca, vestimentas islâmicas que cobrem o rosto. Determinação que poderá se estender
para o hijab (o véu que cobre apenas o cabelo e o pescoço). A legislação dinamarquesa segue exemplo do
que ocorre na França, Bélgica, Bulgária, Letônia, Áustria e regiões da Suíça, Itália e Alemanha. A multa
pela desobediência pode chegar a mil euros. Porém, as muçulmanas da Dinamarca resolveram enfrentar a
lei e protestar. Convocaram para esta quarta-feira uma manifestação pacífica em favor da liberdade
religiosa e do direito de usar os trajes do Islã.
Para Francirosy Campos Barbosa, antropóloga e especialista em estudos do Islã, professora do
departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, há um processo de
alijamento dos muçulmanos, acentuando a islamofobia e o banimento dos seguidores do Islã.
“Eu me pergunto quantas são as mulheres muçulmanas que usam nicabe e burca na Dinamarca? Ainda
não encontrei esses dados”, reagiu. “É uma lei totalmente arbitrária e que atinge diretamente as
mulheres, pois muitas usam o véu desde os 10, 12 anos. Adultas, sem o uso do nicabe [cobertura da
cabeça aos pés, incluindo o rosto], não se sentem à vontade.”
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03/09/2018
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A lei aprovada pelo Parlamento da Dinamarca pretende garantir que mulheres adultas ou jovens não
sejam obrigadas a cobrir os rostos. Os defensores da proposta armam que a proibição assegura a
integração dos imigrantes que pleiteiam asilo à sociedade dinamarquesa
Discriminação
Estudiosa do tema, a professora Francirosy Barbosa alerta que uma legislação que veta o direito à cultura
religiosa para encobrir preconceitos tem um objetivo: o da exclusão. “O sentido é deixar os muçulmanos
cada vez mais coagidos para provar que eles não são ‘daquele lugar’. É um disparate.”
O protesto organizado pelo grupo Kvinder I Dialog (Mulheres em Diálogo), na Dinamarca, pode servir
como advertência sobre o respeito e a preservação dos direitos das mulheres como um todo, segundo a
especialista.
“Temos muito o que avançar quando se trata de direitos das mulheres, mas isso não é a particularidade
de uma cultura ou religião, isto tem que ser uma mudança mundial, mas que deve partir, sobretudo, das
mulheres”, disse. “Nossa luta é para que cada uma encontre sua maneira de ser respeitada dentro do seu
universo, dentro da sua religião, respeitando a sua identidade, a noção de pessoa e não necessariamente
tem que ser moldada pelas ou pelos ocidentais.”
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Califórnia enfrenta maior incêndio da história do Estado, dizem
autoridades
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03/09/2018
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O incêndio de Mendocino, no norte da Califórnia, se tornou a maior conflagração da história do Estado, afirmaram
autoridades americanas nessa segunda-feira, 7. As chamas atingem o condado e a reserva natural homônimos a
cerca de 290 quilômetros de São Francisco, ameaçando casas e florestas desde a última quarta-feira, 1º.
Segundo o Departamento de Florestas e Combate a Incêndios da Califórnia, o incêndio já destruiu 114,8 mil
hectares e continua a crescer. Batizado "Complexo Mendocino", a conflagração é formada por dois focos distintos
separados por poucos quilômetros de distância um do outro. As chamas consumiram 75 casas e, até o momento,
apenas 30% do incêndio foi controlado.
Apesar do tamanho, o incêndio atual atinge uma área rural e, portanto, é considerado menos danoso que os
outros que afetaram o Estado nas últimas semanas. Mesmo assim, as autoridades afirmam que as chamas
oferecem risco a pelo menos 11,3 mil casas na região, cujos proprietários receberam ordens para deixar os locais
imediatamente.
Aeronaves estão sendo utilizadas no controle às chamas em Mendocino, mas os bombeiros enfrentam
dificuldades devido às altas temperaturas que secam a vegetação e facilitam a propagação do incêndio.
De acordo com as autoridades, o Complexo Mendocino ultrapassou a marca registrada pelo incêndio Thomas, que
queimou 114 mil hectares entre os condados de Santa Barbara e Ventura em janeiro de 2017, até então
considerada a conflagração mais destrutiva da Califórnia. À época, duas pessoas morreram e mais de 10 mil casas
ficaram destruídas.
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Nas últimas semanas, a Califórnia enfrenta uma série de incêndios de grandes proporções
em várias partes do Estado. O mais destrutivo deles, o Carr, queimou mais de mil casas e
matou seis pessoas no município de Redding. Chamas também destruíram por dias o Parque
Nacional Yosemite. Ao todo, 14 mil militares do Corpo de Bombeiros atuam em todo o
Estado.
"Recordo alguns anos atrás, quando vimos entre 10 mil a 12 mil bombeiros atuando nos
Estados da Califórnia, Oregon e Washington, mas nunca 14 mil", disse Scott McLena, porta-
voz do Departamento de Combate a Incêndios da Califórnia.
A situação obrigou o governador da Califórnia, Jerry Brown, a decretar estado de
emergência. A medida autoriza o governo estadual a deslocar fundos de emergência aos
municípios atingidos. A Casa Branca também reforçou ações no Estado com o deslocamento
de milhares de bombeiros para combater as chamas e prevenir novos focos.
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03/09/2018
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Queda parcial de ponte deixa 37 mortos em Gênova, na Itália
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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Uma parte de uma ponte de Gênova, na Itália, desmoronou na manhã desta terça-feira (14) e deixou, até
o momento, 37 mortos, de acordo com a prefeitura local. Entre os mortos há três crianças. Há ainda 16
feridos, 12 deles em estado grave. Os trabalhos de resgate continuam.
A ponte Morandi fica em uma área densamente habitada de Gênova. Por ela, passa a rodovia A10, que
liga cidades no Norte da Itália ao Sul da França. O incidente ocorreu por volta das 11h15 (por volta de
7h15 no horário de Brasília) durante uma forte chuva que atingia a região.
A maior parte da estrutura caiu no leito do córrego Polcevera, mas trechos enormes caíram sobre casas,
nos galpões e nas ruas abaixo. Luigi D'Angelo, funcionário da Defesa Civil italiana, disse à Reuters que
havia cerca de 30 carros e entre 5 a 10 caminhões no trecho da ponte que desabou. O governo da Liguria
informou que 432 pessoas, de 11 prédios, foram obrigadas a ficar fora de casa após a queda da ponte. De
acordo com o jornal “La Stampa”, o colapso atingiu o estacionamento da Ansaldo Energia, uma das
principais usinas de produção de energia da Itália. Aparentemente, o local estava vazio.
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03/09/2018
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100 metros de altura
A estrutura, que atravessa a cidade portuária de Gênova, tem cerca 100 metros de altura e 1.182 metros
de comprimento. Ela foi construída nos anos 1960, e o governo tinha iniciado uma reforma na obra em
2016.
"Não é aceitável que uma ponte tão importante não tenha sido construída para evitar esse tipo de
colapso", disse o vice-ministro de Infraestrutura e Transportes, Edoardo Rixi. O ministro do transporte de
Itália, Danilo Toninelli, considerou o incidente "uma terrível tragédia".
A via era administrada pela empresa Autostrade per l'Italia. Após o acidente, a concessionária italiana
explicou em nota que estava trabalhando para consolidar a manutenção da estrutura e que, "como estava
previsto, tinha instalado um ponte guindaste para permitir o desenvolvimento de atividades".
"Os trabalhos e o estado da ponte estavam sujeitos à constante observação das autoridades locais",
indicou a companhia. O ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, descreveu o ocorrido como "verdadeira
tragédia" e assegurou que "quem tiver que pagar, pagará".
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Novo terremoto atinge ilha de Lombok, na Indonésia; número de
mortos sobe
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03/09/2018
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Um terremoto de 5,9 de magnitude atingiu a ilha turística de Lombok, na Indonésia, nesta quinta-feira (9),
quatro dias depois de um primeiro forte tremor deixar pelo menos 259 mortos. O Instituto Geológico dos
Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que registra a atividade sísmica pelo mundo, indicou que o
tremor teve um epicentro registrado a 10 km de profundidade e a 23 km de Mataram, capital provincial –
isto é, na mesma zona do terremoto de domingo (5).
O tremor afetou edifícios que já estavam danificados, enquanto as pessoas saíam apavoradas pelas ruas,
escreveu em mensagem do Twitter, o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla
em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho.
As equipes de resgate ainda trabalham em busca de sobreviventes do terremoto de domingo e na
recuperação dos corpos. O balanço de mortos varia de acordo com a fonte. A Agência Nacional de Gestão
de Desastres afirma que 259 pessoas morreram. O ministro indonésio da Segurança, Wiranto, declarou
que já foram contabilizados 319 mortes. Números informais apresentados por outras entidades já
indicavam 381 mortos na quarta-feira.
Após o tremor de domingo, mais de 1000 precisaram ser hospitalizados – mais de 200 em estado grave.
Cerca 156 mil precisaram deixar suas casas. Desses, cerca de 70 mil estavam em abrigos, que enfrentam a
falta de água e suprimentos básicos.
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Terremoto
O terremoto que atingiu a ilha de Lombok no fim da tarde de domingo (horário local) teve 6,9 de magnitude, de acordo com
o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O seu epicentro foi registrado a 10,5 km de profundidade, a 2 km ao sul de
Loloan, no norte da ilha.
O tremor foi seguido de um alerta de tsunami que provocou pânico entre os turistas. Ele também foi sentido em Bali, o
principal destino turístico do país.
O abalo aconteceu uma semana depois de outro terremoto, de 6,4 de magnitude, deixar 16 mortos e mais de 300 feridos,
também em Lombok. Nesta ocasião, centenas de turistas ficaram presos no topo do monte do vulcão Rijani.
Círculo de Fogo do Pacífico
A Indonésia, um arquipélago de 17.000 ilhas e ilhotas, está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade
vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de
magnitude moderada.
A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a
costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul.
Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami que matou 230 mil
pessoas em 14 países no Oceano Índico.
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03/09/2018
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Morre Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e Nobel da Paz
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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Morreu neste sábado (18), aos 80 anos, Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e Prêmio
Nobel da Paz.
Annan, de nacionalidade ganense, morreu durante esta madrugada em um hospital em Berna, na Suíça, informou a
fundação Kofi Annan nas redes sociais. A causa da morte ainda não foi divulgada.
O atual secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, escolhido por Annan para chefiar a agência de refugiados da
organização, contou em um comunicado o que ele representava para as Nações Unidas.
Trajetória
Economista, educado nos Estados Unidos e na Suíça, no comando da ONU tratou de temas até então considerados
periféricos: a pobreza, o drama dos refugiados, o subdesenvolvimento e a aids.
Kofi Annan foi o primeiro negro a assumir o cargo de chefe da ONU, onde ficou por dois mandatos, de 1997 a 2006.
Em 2001, ele e as Nações Unidas receberam em conjunto o Prêmio Nobel da Paz. Annan foi elogiado por ser “preeminente
em trazer vida nova para a organização”.
Durante a sua gestão na ONU, o ex-secretário e seu departamento foram criticados por retirarem as tropas de manutenção
da paz de Ruanda em pleno caos e violência étnica, em 1995. No ano seguinte, a organização também não conseguiu
impedir que as forças sérvias matassem milhares de muçulmanos em Srebrenica, na Bósnia.
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03/09/2018
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Anos depois, Annan reconheceu suas falhas. "Na época, acreditei que estava dando o melhor de mim. Mas eu percebi
depois do genocídio que havia mais que eu poderia, e deveria ter feito, para soar o alarme e apoio. Essa memória junto
com a da Bósnia, é dolorosa, influenciou muito do meu pensamento, e muito das minhas ações, como secretário-geral”,
disse em 2004.
Em sua entrevista de despedida das Nações Unidas, ele contou que a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003 foi um
de seus piores momentos no cargo.
"O pior momento foi a guerra do Iraque que, como organização, não pudemos deter embora tenhamos feito tudo para
isto", disse.
Legado pós ONU
No ano de 2007, ele criou a Fundação Kofi Annan, onde mobilizou a vontade política para superar as ameaças à paz, ao
desenvolvimento e aos direitos humanos. No mesmo período, ele se juntou ao grupo de elite de ex-líderes fundados
por Nelson Mandela, conhecido como The Elders, o objetivo era resolver a guerra civil na Síria.
Posteriormente, Annan serviu como enviado especial da ONU na Síria, e liderou esforços para encontrar uma solução
pacífica para o conflito.
Annan voltou sua atenção para o futuro, estabelecendo os Objetivos do Milênio, um conjunto de metas a serem cumpridas
até 2015, de reduzir à metade as taxas de pobreza extrema para deter a disseminação da aids.
Outra fase marcante na luta de Annan pelos diretos humanos foi o acordo do Quênia, em 2008. O país enfrentava uma
grave crise política e social e o ex-secretário foi o mediador entre o governo e a oposição.
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Aretha Franklin, a rainha do soul, morre aos 76 anos
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03/09/2018
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A cantora Aretha Franklin morreu, após um período “gravemente doente”, aos 76 anos. A informação foi
divulgada nesta manhã pela agência de notícias Associated Press. Aretha morreu em casa, em Detroit, conforme
representante da artista Gwendolyn Quinn à agência.
Aretha descobriu câncer em 2010 e desde então tem enfrentado uma batalha contra vários problemas de saúde,
levando ao cancelamento de uma série de shows no último ano. Em 2017, a artista chegou a dizer que pretendia
se aposentar em breve.
Cantora 18 vezes vencedora do Grammy – incluindo prêmios pela carreira como o Legend e o Lifetime
Achievement – Aretha era considerada a “rainha do soul”. Entre seus maiores sucessos, “(You Make Me Feel Like)
A Natural Woman” (1968), “Day Dreaming” (1972) e “Freeway of Love” (1985).
O ícone do soul nasceu em 1942, em Memphis, no estado do Tennessee. Pouco tempo depois sua família se
mudou para Detroit, onde ela foi criada e começou a cantar.
Após a morte da sua mãe, quando a pequena Aretha tinha apenas 10 anos, ela começou a cantar música gospel e
aprendeu a tocar piano. Aos 14, ela gravou um álbum gospel e assinou contrato pouco tempo depois com a
Columbia Records.
De acordo com a Time, nessa época várias mulheres, incluindo a cantora gospel Mahalia Jackson (1911-1972),
ajudaram a cuidar dela e dos irmãos.
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Nasa lança missão inédita até o Sol com nave hiper-resistente ao calor
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03/09/2018
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A humanidade embarca a partir do próximo sábado (11) em sua primeira viagem espacial para "tocar" o Sol. A Parker Solar
Probe é uma missão da agência espacial americana (Nasa) e deverá enfrentar milhares de graus Celsius para chegar até a
estrela mais importante do nosso sistema. Os cientistas vão chegar mais perto do que nunca – e o que será colhido de
informação pelo caminho também é importante.
Material especial
A nave espacial será lançada da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. Uma janela de lançamento
será aberta no sábado (11) às 3h48 min da madrugada da Flórida (4h48 min de Brasília) e deverá ser encerrada até o
domingo (19).
A Parker Solar Probe (PSP) é uma nave única: foi projetada para suportar condições brutais de calor e radiação, com uma
blindagem que é resultado de anos de pesquisas.
• A PSP chegará sete vezes mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave;
• Para suportar as altas temperaturas, ela terá um escudo especial com 11,43 centímetros de espessura;
• O material deverá suportar temperaturas que passam de 1,3 mil ºC – a superfície do Sol pode chegar a 5,5 mil ºC. A
coroa, atmosfera externa, pode ter milhares de graus Celsius. Por isso, vamos chegar até um certo limite;
• A PSP terá mais ou menos o tamanho de um carro.
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O que queremos descobrir?
Aprender mais sobre os ventos solares e entender os motivos de a atmosfera externa do Sol ser mais quente que a
superfície.
O nome da missão – Parker Solar Probe – é uma homenagem a Eugene Newman Parker, astrofísco de Michigan. Foi ele
quem descobriu uma solução matemática para comprovar os ventos solares. Parker recebeu a honra de ter uma missão
com seu nome ainda vivo, uma raridade na história da Nasa.
Mas o que são os ventos solares e por que é importante entender mais sobre eles?
Os ventos solares são um fluxo de partículas que sai constantemente do Sol. Essas partículas, basicamente prótons e
elétrons, têm uma energia cinética (velocidade) muito grande, como diz a astrofísica Adriana Valio.
Ela explica que essa energia supera a energia gravitacional do Sol. Ou seja: a atração gravitacional, da massa do Sol, é
menor na parte da coroa solar - topo da atmosfera da estrela - local de onde saem as partículas.
É a mesma lei que nos segura no chão da Terra e não nos deixa sair flutuando pelo espaço: nosso planeta também tem sua
força gravitacional, e é ela que nos prende aqui. No Sol, na parte da coroa, as partículas têm tanta energia que conseguem
"escapar" dessa força em um fluxo que é eterno. Isso cria o que chamamos de ventos solares, que são constantes e banham
todo o Sistema.
O astrofísico José Dias Nascimento explica que a missão deverá analisar pela primeira vez essas partículas. E, com isso,
entender a influência delas sobre o sistema como um todo.
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"É importante ver como é a interação das estrelas como Sol no seu meio interestelar, como isso afeta os planetas. Em
Marte, por exemplo, sabemos que há uma desidratação. A gente não consegue medir ainda como é essa radiação que sai
do Sol e se há alguma influência no planeta, por exemplo", disse.
A Terra, com suas particularidades e seu campo magnético, é em maior parte protegida dos ventos solares. Mas as auroras
boreais, por exemplo, são as partículas cheias de energia dos ventos solares que conseguem escapar e entrar pelos polos do
nosso planeta.
Os ventos solares já eram conhecidos, mas a Nasa também quer desvendar um mistério.
Imagine uma fogueira. Você está perto, curtindo o calor do fogo em uma noite de frio. Mas e se chegar mais perto? Vai se
queimar. Quanto mais perto, mais quente.
Isso não vale exatamente para o Sol. A superfície do Sol é cerca de 300 vezes mais fria que a parte externa da atmosfera, a
coroa.
"Isso quer dizer que há uma fonte de energia desconhecida. Ser mais calor na atmosfera do que na superfície é o oposto do
que a gente espera. E isso é chamado de aquecimento coronal. Na verdade é o topo da atmosfera, é a atmosfera mais
externa do Sol, a coroa, que está a uma temperatura de milhões de graus", disse Adriana.
Teremos até 2025 para descobrir. Em novembro deste ano, a nave deverá chegar no primeiro periélio – ponto mais próximo
da órbita que faremos até a nossa estrela. E vamos repetir inúmeras vezes, até uma última fase da missão e a nave
desintegrar.
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03/09/2018
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FATOS NACIONAIS
PIB do Brasil cresce 0,2% no 2º trimestre e segue no patamar de 2011
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03/09/2018
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Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores, divulgou
nesta sexta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão.
O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura
de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.
Os números do IBGE mostram que o PIB foi impactado pela greve dos caminhoneiros.
No setor de serviços, foram registradas quedas nas atividades de transporte, armazenagem e correio (-1,4%), comércio (-0,3%), e
administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,2%).
No setor industrial, as indústrias de transformação e construção recuaram, ambas, 0,8%.
As exportações caíram 5,5%, enquanto as importações recuaram 2,1% em relação ao primeiro trimestre, em meio à dificuldade de
escoamento de cargas durante o período de paralisação dos caminhoneiros.
A coordenadora do IBGE, Rebeca Palis, ponderou que a greve dos caminhoneiros teve sim forte influência no resultado do PIB, mas
que não foi o único motivo. Ela destacou que dentre o somatório de fatores que frearam a economia no trimestre está o dólar mais
alto, a queda acentuada dos investimentos, bem como a incerteza política diante da expectativa a eleitoral.
“Houve também um repique da inflação, provocada pela greve dos caminhoneiros, que prejudicou o consumo das famílias”, destacou.
Na agropecuária, as principais influências negativas partiram das safras de milho (-16,7%), arroz (-7,3%) e mandioca (-3,2%). Essas
quedas, entretanto, foram compensadas pela alta de 1,2% da soja, na comparação anual, que é o produto que mais pesa na produção
agrícola do país.
“A gente está comparando com um ano de safra recorde, então temos que relativizar essa queda”, enfatizou Claudia Dionisio.
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03/09/2018
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Após mais de 6 h, bombeiros controlam incêndio no Museu Nacional no Rio
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Os bombeiros controlaram por volta das 2h da madrugada desta segunda-feira (3/09) o incêndio de grande proporção que
atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. As equipes permanecem no local fazendo o trabalho
de rescaldo para debelar pequenos focos de fogo.
Cerca de 80 homens de 12 quartéis do Corpo de Bombeiros foram enviados ao local para combater o incêndio que
começou por volta das 19h30 deste domingo (2/09). Parte do interior do edifício desabou. O fogo começou depois que o
local já havia encerrado a visitação —tanto do museu quanto do zoológico, que também fica na Quinta da Boa Vista. Não
há informações sobre vítimas.
Segundo o comandante-geral dos bombeiros do Rio, Roberto Robadey, o combate ao fogo foi prejudicado por falta de
água nos hidrantes próximos ao edifício. Os bombeiros tiveram que apelar a caminhões-pipa e até para a água do lago
próximo.
REITOR CRITICA BOMBEIROS
O reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Roberto Leher, criticou na madrugada desta terça a atuação dos
bombeiros no combate ao incêndio que destruiu o Museu Nacional, gerido pela universidade. Ele admitiu, porém, que a
falta de verbas inviabilizou obras de melhoria da infraestrutura do palacete onde funcionava o museu.
“É óbvio que a forma de combate não guardou proporção com o tamanho do incêndio. Percebemos claramente que faltou
logística e capacidade de infraestrutura do Corpo de Bombeiros que desse conta de um acontecimento tão devastador
com foi esse”, afirmou ele, em entrevista durante as operações de combate às chamas.
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03/09/2018
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Inicialmente, foram enviadas equipes de quatro batalhões ao local, mas não havia água nos hidrantes próximos ao edifício.
O combate às chamas foi feito com o apoio de caminhões-pipa e água de um lago dentro da Quinta da Boa Vista, parque
na zona norte da cidade onde está o museu. “A própria equipe da prefeitura universitária orientou os bombeiros onde
buscar água. Tivemos certamente problemas de logística. Essa dificuldade logística não é do âmbito do Museu Nacional”,
continuou Leher. O palacete imperial não tinha sistema de prevenção de incêndio, que seria instalado com verba de
contrato de R$ 21 milhões para a restauração assinado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social) em junho, quando o Museu Nacional comemorou 200 anos.
"Esta é uma edificação muito antiga, que foi concebida em um contexto em que não havia uso de energia, como usam as
edificações acadêmicas. Nós temos laboratórios, áreas administrativas, informática, que têm grande uso de energia", disse
Leher. A restauração, afirmou, previa a instalação de um sistema de prevenção de incêndio muito robusto“.
Leher defendeu que a UFRJ não dispõe de recursos para custear as obras. "A UFRJ, como as demais universidades
brasileiras, vive hoje em um contexto de muita restrição orçamentária. E é obvio que nesse contexto todas as áreas da
universidade são afetadas", alegou.
O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, cobrou responsabilidade do governo federal na alocação de recursos para
o museu e pediu apoio para a reconstrução. Em maio, antes da comemoração do bicentenário, ele já alertava sobre as
precárias condições do edifício.
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ACERVO HISTÓRICO
Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por
dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a
verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces
descascadas e fios elétricos expostos. A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em
junho —foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e
científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava
exposto.
O museu guardava o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e uma coleção de múmias egípcias. Também o
crânio de Luzia, a mulher mais antiga das Américas. Além de coleções de vasos gregos e etruscos (povo que viveu na
Etrúria, na península Itálica).
Em maio, o diretor do Museu Nacional Alexander Kellner, 56, criticou a falta de verbas. “O maior acervo é este prédio, um
palácio de 200 anos em que morou dom João 6º, dom Pedro 1º, onde foi assinada a Independência. A princesa Isabel
brincava aqui, no jardim das princesas, que não está aberto ao público porque não tenho condições”, disse à Folha.
Um terço das salas de exposições estavam fechadas, incluindo algumas das mais populares, como a que guarda um
esqueleto de baleia jubarte e a do Maxakalisaurus topai —o dinoprata, primeiro dinossauro de grande porte já montado
no Brasil.
Para reabrir a sala, interditada havia cinco meses após um ataque de cupins, o museu armou uma campanha de
financiamento coletivo na internet — arrecadou R$ 58 mil, mais do que a meta de R$ 30 mil.
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03/09/2018
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ACERVO HISTÓRICO
Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por
dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a
verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces
descascadas e fios elétricos expostos. A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em
junho —foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e
científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava
exposto.
O museu guardava o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e uma coleção de múmias egípcias. Também o
crânio de Luzia, a mulher mais antiga das Américas. Além de coleções de vasos gregos e etruscos (povo que viveu na
Etrúria, na península Itálica).
Em maio, o diretor do Museu Nacional Alexander Kellner, 56, criticou a falta de verbas. “O maior acervo é este prédio, um
palácio de 200 anos em que morou dom João 6º, dom Pedro 1º, onde foi assinada a Independência. A princesa Isabel
brincava aqui, no jardim das princesas, que não está aberto ao público porque não tenho condições”, disse à Folha.
Um terço das salas de exposições estavam fechadas, incluindo algumas das mais populares, como a que guarda um
esqueleto de baleia jubarte e a do Maxakalisaurus topai —o dinoprata, primeiro dinossauro de grande porte já montado
no Brasil.
Para reabrir a sala, interditada havia cinco meses após um ataque de cupins, o museu armou uma campanha de
financiamento coletivo na internet — arrecadou R$ 58 mil, mais do que a meta de R$ 30 mil.
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Mas a decadência física do prédio já era visível para os visitantes, que pagavam R$ 8 pelo
ingresso inteiro. Muitas de suas paredes estavam descascadas, havia fios elétricos expostos
e má conservação generalizada.
No bicentenário, a instituição celebrou com o BNDES um contrato de R$ 21,7 milhões para
investir em sua restauração. Havia outra negociação milionária encaminhada para bancar
uma grande exposição —a expectativa era de que cinco das principais salas fossem
reabertas até 2019.
Alexandre Kellner dizia ser necessários R$ 300 milhões, investidos ao longo de pelo menos
uma década, para executar o Plano Diretor do museu.
O diretor lembrou também que o último presidente a visitar o museu foi Juscelino
Kubitschek (1956-1961). “O Brasil não sabe da grandeza, da riqueza disso aqui. Se
soubesse, não deixaria chegar neste estado”, disse Kellner, em maio.
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03/09/2018
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Após furto, iraniano Caucher Birkar recebe nova medalha Fields no Rio
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O matemático iraniano Caucher Birkar recebeu uma nova medalha Fields neste sábado (4) após ter sido
furtado dentro do Riocentro, momentos após ter recebido a comenda pela primeira vez.
Durante o discurso, ele agradeceu a presença de todos e contou a sua versão dos acontecimentos.
A polícia já identificou dois suspeitos de terem roubado a medalha e divulgou um vídeo que seria do
momento que a mochila com os pertences do matemático foi levada. Ninguém foi preso ainda.
A medalha é considerada a maior honraria da Matemática mundial e é concedida a dois, três ou quatro
matemáticos com menos de 40 anos. O prêmio é distribuído a cada quatro anos por suas contribuições à
disciplina. A medalha Fields é de ouro e custa U$ 4 mil, o equivalente a R$ 15 mil.
Pela primeira vez, a comenda foi entregue no Brasil, onde acontece o Congresso Mundial de Matemática,
com a presença de mais de três mil matemáticos. A cerimônia aconteceu no Pavilhão 6 do Riocentro, na
Zona Oeste do Rio, na última quarta (1º).
Além de Birkar, também receberam a medalha Fields o italiano Alessio Figalli, o alemão Peter Scholze e o
indiano Akshay Venkatesh.
Caucher Birkar é de origem curda e foi para o Reino Unido como refugiado. Lá, ele é professor da
Universidade de Cambridge.
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03/09/2018
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7 de cada 10 alunos do ensino médio têm nível insuficiente em
português e matemática, diz MEC
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Sete de cada dez alunos do 3º ano do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática. Entre os estudantes desta
etapa de ensino, menos de 4% têm conhecimento adequado nestas disciplinas. É o que mostram os dados do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb) 2017 divulgados pelo Ministério da Educação(MEC) nesta quinta-feira (30).
O Saeb é a avaliação utilizada pelo governo federal, a cada dois anos, para medir a aprendizagem dos alunos ao fim de cada etapa de
ensino: ao 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. O sistema é composto pelas médias de proficiências em
português e matemática extraídas da Prova Brasil, e pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que ainda não foi
divulgado.
Pela primeira vez, o MEC classificou os níveis de proficiência que estão organizados em uma escala de 0 a 9 - quanto menor o
número, pior o resultado. Níveis de 0 a 3 são considerados insuficientes; entre 4 e 6 os alunos têm nível de conhecimento básico; e a
partir de 7 até 9, adequado.
Etapa mais problemática da educação básica, o ensino médio foi classificado no nível 2 de proficiência. Em matemática, 71,67% dos
alunos têm nível insuficiente de aprendizado. Desses, 23% estão no nível 0, o mais baixo da escala de proficiência. Em português,
70,88% dos alunos têm nível insuficiente de aprendizado, sendo que 23,9% estão no nível zero, o mais baixo.
Evolução na série histórica
Se avaliada a série histórica do Saeb, é possível notar a estagnação do ensino médio. Houve pequeno incremento nas médias de
proficiência em língua portuguesa desde 2009. Nesta edição do Saeb, a nota foi de 268 pontos, um ponto a mais do que o registrado
em 2009.
Em matemática, o cenário do ensino médio é ainda pior: houve queda em relação ao registrado em 2009. Naquele ano, a média de
matemática do ensino médio era de 275 pontos, e em 2017, caiu para 270.
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03/09/2018
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Os números na prática
Do ponto de vista pedagógico, os números do ensino médio significam que:
• em português - a maioria dos estudantes brasileiros não consegue localizar informações explícitas em artigos de opinião
ou em resumos, por exemplo.
• em matemática - a maioria dos estudantes não é capaz de resolver problemas com operações fundamentais com
números naturais ou reconhecer o gráfico de função a partir de valores fornecidos em um texto.
Estas habilidades fazem parte das matrizes de referência do MEC e são esperadas em estudantes classificados em níveis
proficiência superiores ao insuficiente.
O diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, lembra que a faixa etária dos alunos
do ensino médio é diferente e requer mais atenção. "A escola não atende a realidade, não temos organização curricular
que atenda ao jovem, nem professores com formação ideal ou um currículo com objetivo de aprendizagem."
Avanços no ensino fundamental
Embora tenham registrado avanços em relação ao último Saeb, a maioria dos alunos do 9º ano do ensino fundamental
ainda estão no patamar insuficiente de aprendizado. Eles tiveram média de 258 pontos em português e matemática e
estão dentro do nível 3.
O melhor resultado é o do 5º ano do ensino fundamental. Em português, os alunos tiveram um crescimento de 7 pontos
em relação ao Saeb de 2105. Com média de 215 pontos alcançou o nível 4 de conhecimento, considerado básico. Em
matemática, os alunos do 5º ano do fundamental evoluíram 5 pontos e chegaram à média de 224, o que corresponde ao
nível de conhecimento básico.
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'Mais escolaridade, sem aprendizagem'
O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, afirma que o Brasil está aumentando a escolaridade, mas sem
aprendizagem. "Os ganhos dos anos iniciais não são aproveitados nas etapas seguintes, não há uma aprendizagem associada.
Nos anos iniciais os alunos têm no máximo dois professores por turma, quando ingressa nos finais começa a ter o vínculo
diversificado com professores divididos por disciplina. O processo se torna mais complexo, há uma exigência maior da formação
do professor que precisa dialogar com o chão da escola."
Entenda o Saeb e o Ideb
As médias de proficiência que compõem o Saeb são extraídas da Prova Brasil - que deixará que ter esta nomenclatura. As
provas foram aplicadas de 23 de outubro a 3 de novembro do ano passado a mais de 5,4 milhões de estudantes do 5º e 9º ano
do fundamental e 3º ano do ensino médio. Os resultados se referem a um universo de 59.388 escolas.
Nesta prova, os estudantes respondem a questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com ênfase na
resolução de problemas. Para os alunos da rede pública a prova é obrigatória, mas no ano passado as escolares particulares
também aderiram à avaliação, porém a participação da rede é facultativa.
A partir de 2019, os alunos do 9º ano do ensino fundamental também passarão a responder testes de ciências humanas e da
natureza.
Essas médias de desempenho subsidiam a construção de um outro indicador o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(Ideb) que agrega também as taxas de aprovação dos estudantes. Neste ano, pela primeira vez o MEC fatiou a divulgação e
ainda encaminhou os resultados do Ideb 2017.
O Ideb referente às escolas do ensino médio vai substituir as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola que
não serão mais divulgadas pelo MEC.
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03/09/2018
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Criança deve ter 6 anos até 31/03 para entrar no fundamental
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O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta quarta-feira, 1, com seis votos, a regra que
estabelece que a criança precisa completar seis anos até o dia 31 de março para ser matriculada no
primeiro ano do ensino fundamental.
Com placar apertado, o julgamento só foi decidido no último voto, com a presidente da Corte,
ministra Cármen Lúcia. Os ministros debateram sobre a resolução do Conselho Nacional de
Educação (CNE), que estabelece a regra dos seis anos completos até o dia 31 de março. Apesar da
vigência do texto, pais têm obtido em diferentes esferas judiciais liminares favoráveis à matrícula de
crianças que ainda não chegaram a essa idade.
Cinco ministros ficaram vencidos ao defender a matrícula de crianças que completassem seis anos em
qualquer período do ano.
O julgamento sobre o tema havia sido interrompido em maio, após empate (com oito votos) e pedido de
vista (mais tempo de análise) do ministro Marco Aurélio Mello. Nesta quarta, ele formou o quinto voto
favorável ao modelo atual. Depois dele, votaram o decano Celso de Mello, contra a resolução, e Cármen,
que desempatou o julgamento, sendo favorável à resolução.
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03/09/2018
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Além de Cármen e Marco Aurélio, se posicionaram pela manutenção do modelo atual os ministros Luís
Roberto Barroso, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Já os ministros Celso, Edson
Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Dias Toffoli entenderam que a criança poderia ser
matriculada se completasse seis anos em qualquer período do ano.
Os ministros favoráveis ao modelo atual destacaram que poderia haver um problema sobre os efeitos
nas vagas do ensino fundamental caso o STF viesse a mudar a regra. Para Marco Aurélio, é preciso
manter a organicidade do sistema educacional, não a colocando em risco, o que poderia ocorrer caso o
STF viesse a derrubar a regra vigente.
"Colocando-se em risco a organicidade do sistema educacional, a ser preservado por todos, inclusive
pelo Supremo Tribunal Federal", disse. "Haveria uma desorganização no ensino", afirmou Cármen, caso a
resolução fosse alterada. Ela destacou que a data de 31 de março não foi decidida de forma arbitrária.
"Não vi quebra de isonomia, já que a regra vale para todo o País", completou a presidente.
Os ministros também mantiveram a resolução que estabelece a exigência de quatro anos completos até
31 de março para ingresso no primeiro ano da educação infantil.
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Brasil tem mais de 208,5 milhões de habitantes, diz IBGE
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03/09/2018
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (29) a nova estimativa da população
brasileira. Segundo o instituto, o país conta em 2018 com mais de 208,5 milhões de habitantes. . O número é 0,4%
superior aos 207,6 milhões registrados no ano passado. O número atualizado é de 208.494.900. As 26 capitais do país e o
Distrito Federal, juntos, abrigam 49,7 milhões de habitantes. O número representa 23,8% do total da população do país.
Inclusive, as 12 cidades mais populosas do Brasil são capitais. São elas, na sequência:
1. São Paulo - 12,2 milhões
2. Rio de Janeiro - 6,7 milhões
3. Brasília - 3 milhões
4. Salvador - 2,9 milhões
5. Fortaleza - 2,6 milhões
6. Belo Horizonte - 2,5 milhões
7. Manaus - 2,1 milhões
8. Curitiba - 1,9 milhão
9. Recife - 1,6 milhão
10. Goiânia- 1,5 milhão
11. Belém- 1,5 milhão
12. Porto Alegre - 1,5 milhão
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Além das delas, outras cinco cidades do país tem população estimada em mais de 1 milhão de pessoas.
São duas cidades paulistas, duas capitais e uma cidade do Rio: Guarulhos-SP (1,4 milhão), Campinas-SP
(1,2 milhão), São Luís-MA (1,1 milhão), São Gonçalo-RJ (1,1 milhão) e Maceió-AL (1 milhão).
Por um outro lado, há três cidades do país com menos de 1 mil pessoas, sendo as menos populosos do
país. São elas: Serra da Saudade-MG (786), Borá-SP (836) e Araguainha-MT (956).
População por estados
Três estados do Sudeste estão no topo da lista dos mais populosos. São Paulo lidera, com 45,5 milhões
de habitantes. Depois, vêm Minas Gerais, com 21 milhões de habitantes; e Rio de Janeiro, com 17,2
milhões.
No Nordeste, a Bahia tem a maior população da região, com 14,8 milhões de habitantes. No Sul, Paraná
e Rio Grande do Sul quase empatam no número de pessoas, com 11.348.937 e 11.329.605 de
habitantes, respectivamente. No Norte, o estado do Pará é o mais populoso, com 8,5 milhões de
habitantes; e, no Centro-Oeste, o Estado de Goiás, com 6,9 milhões de habitantes
Entre outros objetivos, a nova estimativa será utilizada para o cálculo das cotas dos fundos de
participação de Estados e municípios. Os dados têm data de referência em 1º de julho de 2018 e estão
organizados por Estados, Distrito Federal e municípios. (Com informações da Agência Estado)
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03/09/2018
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Quais os próximos passos na disputa sobre o aborto no STF
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Foram dois dias em que mais de 60 pessoas expuseram pesquisas, experiências pessoais, opiniões e
dados. Nesta segunda, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o segundo e último dia de audiência
pública para debater a ação apresentada pelo PSOL, com assessoria técnica do Instituto de Bioética Anis,
que pede que o aborto não seja considerado crime quando feito até a décima segunda semana de
gravidez.
Em alguns momentos do debate houve comoção, como quando o médico Sérgio Tavares de Almeida
Rego revelou, emocionado, a história pessoal da família. Ele e a esposa já tinham um filho de um ano
com deficiência quando ela engravidou novamente. Os dois optaram por um aborto para poderem se
dedicar integralmente a Pedro, a quem chamou de "filho eterno", que precisa de cuidados também na
vida adulta.
Falando contra a descriminalização, Lenise Aparecida Martins Garcia, do Movimento Nacional da
Cidadania pela Vida - Brasil sem aborto, levou um feto de borracha à audiência para ilustrar seu ponto de
vista. "É arbitrária a definição de 12 semanas (como início da vida humana). Eu não posso desconsiderar
o valor de uma pessoa porque ela é pequenininha. Ela tem mãe e pai. É uma de nós."
E a pesquisadora Débora Diniz, da Universidade de Brasília e do Instituto Anis, expôs dados que mostram
que uma em cada cinco mulheres brasileiras de até 40 anos já fizeram um aborto.
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03/09/2018
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"Se todas as mulheres que fizeram aborto estivessem na prisão hoje, teríamos um contingente de 4,7 milhões de
mulheres, pelo menos cinco vezes o sistema prisional, que já é o quarto do mundo. Por que tão pouca razoabilidade nessa
conversa? Aborto não é matéria de prisão, é de cuidado, de proteção e prevenção", defendeu.
Mas o que vai acontecer a partir de agora? Quando o caso será julgado? E quais ministros já se posicionaram
publicamente sobre o pedido de descriminalização do aborto?
Como será o julgamento
A partir do término das audiências, um relatório com as falas de quem participou será distribuído a todos os 11 ministros
da Corte, para consultarem, se quiserem, ao redigirem seus votos.
A relatora da ação, ministra Rosa Weber, deverá preparar o voto e o relatório do caso - um resumo das alegações do PSOL
e do posicionamento dos órgãos chamados a se manifestar, como a Advocacia-Geral da União (AGU). Não há prazo para
isso.
No julgamento de um habeas corpus em 2016, a ministra se posicionou favoravelmente a que o aborto deixe de ser crime.
Por isso, há uma expectativa de que Weber se manifeste a favor do pedido para que o aborto seja descriminalizado.
Após concluir o voto, Rosa Weber deve pedir a inclusão do processo na pauta de julgamento do plenário do Supremo.
A decisão sobre que processos são julgados em cada mês é tomada pelo presidente do STF, após consulta aos colegas.
Possivelmente, quando o voto de Rosa Weber estiver pronto, a ministra Cármen Lúcia já terá deixado a presidência do
Supremo, sendo substituída por Dias Toffoli, que toma posse em setembro para um mandato de dois anos.
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
O que pede a ação sobre aborto
A Ação Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 argumenta que os artigos do Código Penal
que proíbem o aborto afrontam preceitos fundamentais da Constituição Federal, como o direito das
mulheres à vida, à dignidade, à cidadania, à não discriminação, à liberdade, à igualdade, à saúde e ao
planejamento familiar, entre outros.
O PSOL pede que o aborto feito até a décima segunda semana de gestação não seja considerado crime.
As advogadas que assinam a ação afirmam que a criminalização do aborto leva muitas mulheres a
recorrer a práticas inseguras, provocando mortes.
Atualmente o aborto é crime, com pena de até três anos para a gestante que interromper a gravidez. Só
é permitido fazer um aborto em caso de estupro, risco de vida para a mãe ou feto com anencefalia -
nesse último caso, a deliberação coube ao STF.
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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03/09/2018
47
A pesquisa Datafolha indica que 59% dos brasileiros são contrários a
mudanças na atual lei sobre o aborto
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) aponta que 59% dos brasileiros são contrários a
mudanças na atual lei do aborto. O índice caiu em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de
2015, quando 67% defenderam que a lei continue como está. A maioria dos brasileiros, porém, ainda
acredita que o aborto deve ser proibido e criminalizado.
Atualmente, o aborto é permitido em apenas três casos no Brasil: quando a gravidez é resultado de
estupro; quando há risco de vida para a mulher; se o feto for anencéfalo.
Nas duas primeiras situações, a permissão do aborto é prevista em lei. No caso de feto anencéfalo, foi
resultado de um entendimento firmado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em qualquer outra
situação, o aborto é considerado um crime no Brasil.
O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto e entrevistou 8.433 pessoas com
16 anos ou mais em 313 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou
para menos. O nível de confiança é de 95%.
Com relação à punição sobre as mulheres que fazem o aborto, 58% dos brasileiros acreditam que ela
deve acontecer independentemente da situação, ou seja, que as mulheres sejam processadas e que
devam ir para a cadeia.
Já para 33% dos brasileiros as mulheres não deveriam ser presas ou passar por processo na Justiça por
fazer um aborto.
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
03/09/2018
48
Procuradoria-Geral da República
Representante da PGR (Procuradoria-Geral da República), o vice-procurador-geral, Luciano Mariz Maia, disse que a instituição ia manifestar
seu entendimento após a audiência pública. Ele não informou datas para isso também.
Além da manifestação da PGR, o processo deverá receber as contribuições por escrito dos “amici curiae” (amigos da corte, em latim),
entidades que foram admitidas como partes interessadas na ação.
Algumas delas se apresentaram na audiência, como a União dos Juristas Católicos de São Paulo. Outras ainda pleiteiam sua admissão nesse
processo no Supremo.
Durante a audiência, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), contrária à legalização, acusou a corte de fazer do evento um
“teatro armado” para legitimar o processo. “Esta audiência presta-se apenas para legitimar o ativismo desta corte. Está-se fingindo ouvir as
partes, mas, na realidade, está-se apenas legitimando o ativismo que virá em seguida. Esta audiência é parcial, a própria maneira como está
sendo conduzida viola a Constituição”, disse o padre José Eduardo de Oliveira, da CNBB, ao afirmar que houve mais convidados pró-
descriminalização do que contrários.
A ação, ajuizada pelo PSOL em 2017, é uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), um tipo de ação que, segundo o
Supremo, “visa reparar ou evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público”.
No caso, o PSOL sustentou que dois artigos do Código Penal, de 1940, violam direitos fundamentais das mulheres, como o direito à vida, à
liberdade, à integridade física e psicológica, à saúde e ao planejamento familiar, entre outros.
Os artigos são o 124, que criminaliza a mulher (detenção de 1 a 3 anos), e o 126, que criminaliza quem provocar o aborto, incluindo
profissionais de saúde (pena de 1 a 4 anos de reclusão). A ação pede que abortamentos até a 12ª semana não sejam enquadrados nesses
artigos.
Os prazos para julgamento de ADPFs variam muito, a depender do andamento processual. Na pauta das próximas sessões do plenário neste
mês, por exemplo, há duas ações desse tipo. Uma chegou à corte em agosto de 2014, e a outra, em outubro de 2010.
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
Prof. Leandro Signori
Brasil bate novo recorde e tem maior nº de assassinatos da história
com 7 mortes por hora em 2017; estupros aumentam 8%
Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018
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Atualidades para Concursos: Fatos Relevantes Agosto 2018

  • 1. 03/09/2018 1 Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori leandrosignoriatualidades Leandro Signori profleandrosignori Professor Leandro Signori
  • 2. 03/09/2018 2 ATUALIDADES RETROSPECTIVA Prof.Leandro Signori.Agosto 2018 Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori FATOS INTERNACIONAIS
  • 3. 03/09/2018 3 Estados Unidos e México chegam a acordo comercial Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (27) que seu país e o México chegaram a um "grande" acordo comercial, que revisa partes importantes do Nafta, acordo de livre comércio de mais de duas décadas que envolve também o Canadá. Trump telefonou para o presidente mexicano, Enrique Pieña Nieto, para parabenizá-lo pelo acordo, o qual chamou de "muito bom para ambos". O Canadá, por enquanto, ficou de fora do compromisso. O presidente dos EUA disse querer "se livrar do nome Nafta", que tem uma "conotação ruim", e que por isso o acordo será chamado "The Unites States-México Trade Agreement" (Acordo Comercial Estados Unidos-México). Na ligação, o presidente americano disse que o acordo fortalece especialmente fabricantes e produtores dos dois países. Segundo ele, o México se comprometeu a imediatamente comprar dos EUA "tantos produtos agrícolas quantos forem possíveis". Segundo o embaixador responsável pelo comércio exterior dos EUA, Robert Lightizer, o acordo deve ser assinado no final de novembro, porque deve ser respeitando um intervalo de 90 dias após a entrega da carta sobre os termos ao Congresso, o que deve ocorrer na sexta-feira. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 4. 03/09/2018 4 Segundo documento divulgado pela Casa Branca, o acordo inclui: • Novos requisitos de "regras de origem" para incentivar "bilhões por ano" em veículos e peças automobilísticas nos Estados Unidos, apoiando "empregos de altos salários"; • "Os padrões mais fortes e totalmente aplicáveis de qualquer acordo comercial"; • Novos compromissos para reduzir "políticas de distorção comercial" para produtos agropecuários; • Melhorias para permitir que alimentos e a agricultura sejam negociados "de maneira mais justa"; • Proteções de propriedade intelectual "fortes e efetivas"; • "As disciplinas mais fortes em comércio digital de qualquer acordo internacional"; • "As mais robustas obrigações de transparência de qualquer acordo comercial dos Estados Unidos". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Participação do Canadá O presidente mexicano disse a Trump que deseja que, agora, o Canadá também seja incorporado ao acordo. Ele agradeceu a vontade política de Trump e sua participação nas tratativas. No Twitter, Pieña Nieto ressaltou que espera que uma negociação "trilateral" exitosa do Nafta ainda nesta semana. Segundo o presidente dos EUA, há um acordo entre ele e os representantes do Canadá e do México para encerrar o acordo existente hoje, o Nafta. "Quando isso acontecerá, não posso dizer com certeza; depende do calendário com o Congresso. Mas vou encerrar o acordo que existe e entrar nesse acordo. Trump disse que começará a negociar com o Canadá "relativamente em breve". "Eles querem começar - eles querem muito negociar", disse ele. O presidente afirmou, no entanto, que "de uma forma ou outra" tem um acordo com o Canadá, que será ou uma tarifa sobre os carros, o que ele considerou "mais fácil", ou um acordo negociado. Mais cedo, um porta-voz do ministério do exterior canadense afirmou que o "Canadá só assinará o novo Nafta se ele for bom para o Canadá", de acordo com a Reuters. Na conversa, Trump disse ainda que este não é o momento certo para falar em um acordo com a China, mas que "eventualmente será". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 5. 03/09/2018 5 EUA impõem tarifa de 132% a canos da China e sobretaxam outros 5 países Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (21) uma tarifa preliminar de 132,63% a canos de metal importados de China, dias antes de os governos dos dois países começarem a discutir sua relação comercial. Canadá (24,38%), Grécia (22,51%), Índia (50,55%), Coreia (14,97% a 22,21%) e Turquia (3,45% a 5,29%) também terão produtos taxados provisoriamente. O Departamento de Comércio americano alega que esses países vendem um tipo de tubo soldado de diâmetro largo, usado na indústria de gás e petróleo, a preços inferiores aos do mercado, prejudicando a indústria americana, segundo comunicado. As importações desses canos chineses para os Estados Unidos totalizaram US$ 29,2 milhões no ano passado, de acordo com o documento. Já as importações do mesmo produto provenientes de Canadá, Grécia, Índia, Coreia e Turquia somaram US$ 179,9 milhões, US$10,7 milhões, US$ 294,7 milhões e US$150,9 milhões, respectivamente. Seis fabricantes americanas de tubos denunciaram a suposta prática de dumping ao departamento de Comércio em janeiro, segundo o Departamento de Comércio. A decisão final sobre os tubos importados da China e da Índia será anunciada em novembro. Para os demais países, a data para o fim das investigações é janeiro de 2019. Embora este caso esteja isolado da série de tarifas impostas por Washington a produtos chineses, é mais um capítulo da política protecionista de Donald Trump, que busca reduzir o déficit comercial norte-americano. Desde o começo de seu mandato, o Departamento de Comércio levantou 120 novas investigações antidumping e de direitos compensatórios, de acordo com comunicado. Atualmente, 458 ordens comerciais nesse sentido estão em vigor. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 6. 03/09/2018 6 Entram em vigor novas taxas dos EUA sobre US$ 16 bilhões em produtos chineses Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O governo dos Estados Unidos impôs, nesta quinta-feira (23), sobretaxas de 25% sobre produtos importados da China no valor de US$ 16 bilhões, no que representa outro episódio na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A autoridade alfandegária americana começou a cobrar oficialmente esses encargos à 0h (horário local, 1h de Brasília) a um total de 279 produtos, incluindo certos tipos de óleos lubrificantes, tubos de plástico flexível e motores de ar-condicionado, entre outros. A China reagiu imediatamente anunciando "represálias necessárias" a esta nova bateria de tarifas. Pequim também adotou tarifas de 25% para produtos americanos por um total de US$ 16 bilhões, anunciou a agência de notícias Xinhua. As tarifas chinesas entraram em vigor um minuto depois das novas taxas americanas. Entre as centenas de produtos americanos afetados estão as emblemáticas motos Harley-Davidson e o suco de laranja. O Ministério do Comércio da China também anunciou que apresentará outra queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC) para defender o sistema multilateral de comércio e seus direitos após as últimas medidas protecionistas de Donald Trump, denunciando mais uma vez que a decisão do governo americano vai contra os princípios da OMC. Esta é a segunda rodada de tarifas adicionais impostas à China depois dos encargos que entraram em vigor em 6 de julho sobre produtos avaliados em US$ 34 bilhões. Com esse novo pacote de hoje, US$ 50 bilhões em produtos serão sobretaxados. A primeira medida também foi respondida da mesma maneira por Pequim. As duas maiores economias do mundo adotaram agora tarifas sobre um total combinado de US$ 100 bilhões em produtos desde o início de julho, com mais por vir, ampliando os riscos ao crescimento econômico global. Os mercados acionários chineses fecharam em alta nesta quinta-feira, com os investidores dando de ombros para as novas tarifas, uma vez que elas já eram totalmente esperadas. Negociações O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou colocar tarifas sobre quase todos os mais de US$ 500 bilhões em bens chineses exportados aos EUA anualmente a menos que Pequim concorde com mudanças a suas práticas de propriedade intelectual, programas de subsídio à indústria e estruturas tarifárias, e compre mais produtos norte-americanos. Esse número representaria bem mais do que a China importa dos EUA, levantando preocupações de que Pequim poderia avaliar outras formas de retaliação. A nova escalada da tensão entre as duas potências ocorre no momento em que Washington e Pequim reabrem as negociações sobre sua disputa comercial. As conversas entre Washington e Pequim em matéria comercial se estagnaram nos últimos meses, período no qual os dois países começaram a se sobretaxar reciprocamente, iniciando uma temida guerra comercial que até agora teve pouco impacto em nível macroeconômico. Até o momento, os negociadores dos dois países realizaram três rodadas de reuniões para buscar uma solução, mas não conseguiram evitar que Trump continuasse anunciando novos aumentos de tarifas, que foram respondidos pela China com represálias equivalentes. A primeira reunião ocorreu em Pequim no final de abril. Depois, os representantes dos países decidiram em Washington deixar "em aberto" o conflito e, finalmente, no início de junho, voltaram a se reunir na China. É esperada para a próxima semana a visita de uma delegação chinesa à capital americana para prosseguir com os contatos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 7. 03/09/2018 7 Política protecionista e déficit comercial Trump aplica uma agressiva política protecionista para reduzir o déficit comercial americano, que responsabiliza pela destruição de empregos nos Estados Unidos. Mas os parceiros comerciais de Washington adotaram medidas de represália que prejudicaram produtores agrícolas, indústrias e os consumidores americanos. Milhares de empresas e indústrias americanas pediram a Donald Trump que reconsidere sua política comercial para não prejudicá-los. Mas até o momento o presidente tem ignorado os apelos e retirou poucos produtos de suas decisões tarifárias. Washington foi forçado a anunciar um programa de ajuda de US$ 12 bilhões a produtores agrícolas prejudicados por represálias da China e de outros países. Um documento do Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgado na quarta-feira (23) mostra que a entidade considera que as disputas comerciais representam riscos "transcendentais" à economia. Uma briga comercial generalizada e prolongada prejudicaria a confiança, os investimentos e o emprego, e impactaria os preços, o que pode "reduzir o poder de compra das famílias americanas", adverte a ata da reunião do Fed. Por enquanto, a imposição de tarifas não atingiu o principal objetivo do presidente Trump, a redução do enorme déficit comercial com a China. O governo dos EUA calculou que, na primeira metade do ano, o desequilíbrio na balança comercial em favor de Pequim aumentou 8,3%, depois que em todo o ano de 2017 alcançou o recorde de US$ 375 bilhões. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Turquia retalia e aumenta tarifas de vários produtos dos EUA Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 8. 03/09/2018 8 A Turquia anunciou nesta quarta-feira (15) um aumento das tarifas de diversos produtos importados dos Estados Unidos, uma resposta às medidas similares aplicadas pelo governo americano ao aço e ao alumínio turcos. "As taxas de importação de determinados produtos foram aumentadas de modo recíprocos aos ataques deliberados da administração americana a nossa economia", anunciou no Twitter o vice-presidente turco Fuat Oktay. A lista de produtos inclui carros (a nova tarifa é de 120%), bebidas alcoólicas (140%), tabaco (60%), arroz, carvão e produtos cosméticos, segundo a Reuters. Um decreto assinado pelo presidente Tayyip Erdogan dobrou as tarifas turcas de carros de passageiros para 120 por cento, de bebidas alcoólicas para 140 por cento e de fumo para 60 por cento. As tarifas também foram duplicadas em bens como cosméticos, arroz e carvão. De modo geral, as novas tarifas dobram as taxas aplicadas atualmente, segundo a agência estatal Anadolu. O decreto do aumento das tarifas assinado pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan foi publicado no Diário Oficial do país, elevando as preocupações de uma escalada da tensão entre os dois países e de uma batalha comercial. As taxas respondem à sobretaxas adotadas pelo governo dos Estados Unidos, o que contribuiu para provocar uma forte desvalorização da moeda turca e uma grande tensão entre Ancara e Washington. Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai dobrar as taxas sobre a importação de aço e alumínio turcos, usando a taxa de câmbio entre os dois países como justificativa. Na terça-feira, o Erdogan anunciou que seu país vai "boicotar" os produtos eletrônicos americanos, como os da Apple. O presidente turco definiu a crise da lira como um "ataque econômico contra a Turquia". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Tensão diplomática Depois de vários meses de tensão, as relações se complicaram ainda mais, com a detenção na Turquia do pastor americano Andrew Brunson. Os Estados Unidos impuseram sanções contra dois ministros turcos, e Ancara respondeu com medidas similares. Na sequência, o presidente americano, Donald Trump, anunciou o aumento das tarifas de importação do aço e do alumínio turcos. A lira perdeu mais de 25% de seu valor em um mês, o que aumenta ainda mais a pressão inflacionária na Turquia. Desde o início do ano, o valor da lira turca caiu 40% frente ao dólar e ao euro. Desde terça-feira, porém, a lira parece se estabilizar, após medidas do Banco Central e ao apelo de Erdogan de converter ouro e divisas estrangeiras. Em meio às virulentas declarações de Erdogan contra os Estados Unidos, a Turquia tenta preservar suas relações com outros sócios e aliados. O presidente turco, que na semana passada se reuniu com seu colega russo, Vladimir Putin, recebe nesta quarta em Ancara o emir do emirado do Catar, xeque Tamim ben Hamad al-Thani. Em outro movimento no xadrez político, na terça-feira, um tribunal turco libertou, inesperadamente, dois soldados gregos que haviam sido detidos em março na fronteira, um episódio que elevou a tensão nas relações entre Ancara e Atenas. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 9. 03/09/2018 9 Morre o senador republicano John McCain, vítima de tumor no cérebro Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Morreu neste sábado (25) o senador norte-americano John McCain, aos 81 anos. Ele lutava contra um câncer no cérebro desde o ano passado e havia interrompido o tratamento na última sexta-feira. McCain era considerado um dos principais representantes do Partido Republicano e um dos maiores críticos de Donald Trump dentro da legenda. A pedido dele, o presidente dos EUA não será convidado para o enterro. O senador morreu em sua casa em Sedona, no estado norte-americano do Arizona, cercado de familiares. Ele faria 82 anos na próxima quarta- feira (29). Herói de guerra McCain se tornou conhecido nacionalmente nos EUA durante a década de 1960. Em 67, o jato Skyhawk que ele pilotava foi derrubado durante a Guerra do Vietnã, nas proximidades de Hanói. Ele conseguiu se ejetar, mas ao cair de para-quedas, quebrou os dois braços e uma perna. Capturado pelos vietcongues, ele passou 5 anos e meio como prisioneiro de guerra. Foi torturado diversas vezes e por causa disso ficou com diversos movimentos prejudicados, especialmente nos braços. Filho de um almirante da Marinha dos EUA, ele teria preferência para ser libertado em primeiro lugar durante trocas de prisioneiros, mas recusou o privilégio e obteve a liberdade apenas em 1973. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 10. 03/09/2018 10 Trajetória na política Ao voltar para seu país, McCain passou a se dedicar à política. Em um discurso, quando foi declarado candidato republicano à eleição presidencial de 2008, ele disse "me apaixonei pelo meu país quando estava prisioneiro em outro", lembrando os anos de cativeiro. Dos anos 70 até 1983, ele foi assessor de parlamentares republicanos na Câmara dos EUA. Em 1986, foi eleito pela primeira vez senador por seu estado natal, o Arizona. Cumpriu seis mandatos na função. Nos anos 1990, ele e o democrata John Kerry, também veterano da guerra, se uniram em um esforço para derrubar um embargo comercial e reestabelecer ligações diplomáticas com o Vietnã. Corrida presidencial Em 2000, ele tentou concorrer à presidência, mas perdeu as primárias para George W. Bush, que acabou eleito. Foi um dos principais apoiadores de Bush quando ele lançou ofensivas no Iraque após os ataques de 11 de setembro de 2001. Depois, no entanto, admitiu que estava errado por achar que o regime de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa. McCain venceu as primárias do Partido Republicano em 2008 e escolheu a então governadora do Alasca, Sarah Palin, para ser sua vice. A chapa foi derrotada pelo democrata Barack Obama. Após a vitória de Trump em 2016, ele se tornou um dos principais críticos do novo presidente. Foi um dos únicos republicanos a votar contra o fim do Obamacare, o programa de saúde pública de Barack Obama. No início do ano, já afastado do Senado para se tratar do câncer, ele pediu aos colegas que não aprovassem a indicada de Trump à diretoria da CIA, Gina Haspel, pelo envolvimento dela em um programa de interrogatórios que utilizava tortura contra prisioneiros. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Discurso de Maduro na Venezuela é interrompido após drones explodirem no local, diz ministro Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 11. 03/09/2018 11 Um discurso do presidente venezuelano Nicolás Maduro foi interrompido durante um evento militar na tarde deste sábado (4), segundo a agência de notícias Reuters. O evento estava sendo transmitido ao vivo pela televisão, e foi possível ver quando centenas de militares, que estavam enfileirados em frente ao presidente da Venezuela, saíram correndo em pânico. Na noite deste sábado, Maduro falou pela primeira vez após o incidente, e acusou os Estados Unidos e a Colômbia de estarem por trás do que ele chamou de atentado. Em um pronunciamento transmitido pelos canais de rádio e televisão estatais, ele disse que as primeiras investigações apontam para um suposto planejamento feito em Bogotá. Segundo a AFP, uma fonte do governo colombiano afirmou que "não tem base" que o presidente Juan Manuel Santos esteja por atrás do suposto atentado. Maduro também pediu o auxílio de Donald Trump para "combater grupos terroristas". 'Grande explosão' Houve uma "grande explosão", de acordo com o presidente da Venezuela. Segundo ele, um artefato voador explodiu na frente dele durante seu discurso e, inicialmente, ele pensou que houve um problema de execução da parada militar. Então, houve uma segunda explosão. Ele disse que houve confusão enquanto ele tentava entender o que estava acontecendo, e que foi protegido por Deus e as forças armadas venezuelanas. Ele também disse que uma investigação foi aberta imediatamente e que alguns dos suspeitos já foram "capturados", mas não informou os nomes deles. "Foram capturados parte dos atores materiais do atentado e se encontram já processados", disse ele. "Não vou adiantar mais, mas a investigação já está muito avançada." Maduro afirmou que sofreu uma tentativa de assassinato e que "tudo aponta" para um complô de direita. O Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa da Venezuela afirmou, pelo Twitter, que vários jornalistas que cobriram o evento foram interpelados por autoridades no local e duas emissoras de televisão perderam contato com os funcionários. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Explosão de drones Segundo a agência, o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, afirmou, pouco depois das 20h (horário de Brasília), que vários drones carregados com explosivos explodiram perto do evento presidencial enquanto Maduro estava falando. Rodríguez reiterou que Maduro está bem e segue trabalhando. Ele disse, porém, que sete guardas nacionais ficaram feridos no incidente, que ele classificou como uma tentativa de ataque. Outra versão dos fatos A agência de notícias Associated Press (AP), porém, afirmou que bombeiros no local da explosão deram outra versão dos fatos. Segundo três oficiais ouvidos pela agência em condição de anonimato, o incidente foi na verdade uma explosão de um tanque de gás dentro de um apartamento. Uma foto divulgada pela Reuters a partir de um vídeo feito nas imediações mostra uma grande quantidade de fumaça saindo detrás de um edifício. Evento militar De acordo com a agência EFE, o evento seria uma comemoração dos 81 anos da criação da Guarda Nacional Bolivariana (GNB). A Reuters afirmou que o discurso que Maduro proferia a céu aberto foi interrompido quando o áudio foi cortado. As imagens da televisão mostraram Maduro e as demais pessoas no palanque olhando para cima, com ar assustado. A câmera, então, mostrou centenas de soldados, que estavam enfileirados, começando a correr do local, antes de que a transmissão fosse cortada. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 12. 03/09/2018 12 Plano econômico de Maduro passa a valer na Venezuela sem cinco zeros na moeda Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lança nesta segunda-feira (20) um pacote de medidas para tentar conter a inflação - estimada em 1.000.000% neste ano, de acordo com Fundo Monetário Internacional (FMI). A maior mudança do chamado "Madurazo", é o corte de cinco zeros da moeda da Venezuela, que se chamará bolívar soberano. A moeda terá 8 notas diferentes e duas moedas metálicas. A maior nota do sistema que já começa a sair de circulação é a de 100 mil bolívares, sendo que uma xícara de café fica acima de 2 milhões de bolívares, segundo a Deutsche Welle. Agora, a maior nota será a de 500 bolívares (o equivalente a US$ 7 ou R$ 27). A ideia é controlar a hiperinflação no país. Mesmo com as incertezas que o país enfrenta, Nicolás Maduro define o atual momento como um “grande mudança” e um “ponto de reflexão”. "Vamos desmontar a perversa guerra do capitalismo neoliberal”, armou o presidente. Na última sexta-feira (17), Maduro também anunciou a unificação das taxas de câmbio do país. A nova taxa será atrelada a uma criptomoeda, ligada ao preço do petróleo. Isso colaborou para que a moeda do país na prática tivesse 96% de desvalorização em relação ao dólar. Segundo as autoridades da Venezuela , haverá um novo redesenho da política fiscal e tributária do país, incluindo subsídios para a gasolina, reajustada em quatro pontos percentuais, e a definição de câmbio único, que flutuará de acordo com as definições do Banco Central Venezuelano. A petro, a criptomoeda criada pelo governo no início do ano, irá definir, além do câmbio, o salário mínimo e as pensões. O salário mínimo também deverá ter um aumento em 3.500% a partir de 1º de setembro. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 13. 03/09/2018 13 Nova moeda venezuelana A nova moeda venezuelana, cujo símbolo é Bs.S., tem cinco zeros a menos em comparação ao bolívar, que coexistirá para operações bancárias menores. As novas notas de Bolívar soberano são de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500 já estão nos bancos e serão colocadas em circulação ainda nesta segunda-feira. Os símbolos das notas têm referência ao petróleo, pois a Venezuela tem grandes reservas. Dona das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela observa o encolhimento da sua economia. De 1913 até este ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do país foi reduzido pela metade, segundo o FMI, que prevê uma inação superior a 13.000% em 2018 e um índice de desemprego de 36% até 2022. A mudança na moeda não será suficiente para superar a grave crise econômica, social e política, que o maior desafio de Maduro. O que se passa no país também preocupa os países vizinhos, que estão enfrentando uma crise humanitária na região, pois eles não têm estrutura para absorver os milhares de venezuelanos que fogem da hiperinflação e do desabastecimento. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Equador se retira da Alba em meio a crise migratória da Venezuela Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Imigrantes venezuelanos dormem à beira da estrada no Equador, em travessia rumo ao Peru
  • 14. 03/09/2018 14 O Equador anunciou na noite desta quinta-feira sua retirada da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), depois de expressar sua "frustração" com o governo de Nicolás Maduro pela "falta de vontade" de resolver a crise interna que vem causando a emigração de centenas de milhares de venezuelanos. Com a decisão, o governo de Lenín Moreno se distancia mais do maior aliado do Equador à época de seu antecessor e agora rival político Rafael Correa (2007-2017). — Quito anuncia que sua participação na Alba não continuará — declarou em entrevista coletiva a jornalistas o ministro das Relações Exteriores, José Valencia. O chanceler fez o anúncio depois de afirmar que o país "está frustrado com a falta de vontade política" do governo Nicolás Maduro de "abrir as portas para uma solução democrática", em meio à prostração econômica da Venezuela. Valência acrescentou que o Equador não se juntará a "outros grupos de Estados que não fornecerem soluções construtivas" para a crise na Venezuela. O Equador aderiu em 2009 à Alba, uma iniciativa de integração política e econômica então promovida por Hugo Chávez e Fidel Castro como contrapeso à OEA e à influência dos Estados Unidos na região. — Só uma estabilidade democrática na Venezuela produzirá uma estabilidade econômica que impedirá a continuação do êxodo em massa de seus cidadãos — completou o chanceler. Com a saída do Equador, a Alba agora tem como membros Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Colômbia notifica Unasul de que deixará o bloco por causa de crise na Venezuela Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 15. 03/09/2018 15 O presidente colombiano, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira (27) que notificou a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) da decisão de retirar a Colômbia do bloco por considerar que a organização não denunciou o tratamento brutal dado pelo governo da Venezuela a seus cidadãos. Durante uma coletiva de imprensa, o presidente colombiano criticou a Unasul por nunca ter denunciado os "atropelos" do governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e disse que o bloco não exerceu o dever de garantir que essas ações do regime chavista não constituíssem a eliminação das liberdades da cidadania. Segundo Duque, o bloco foi criado para "fraturar o sistema interamericano" e "serviu aos propósitos de uma ditadura". Por isso, o presidente da Colômbia disse considerar a instituição como "maior cúmplice" da Venezuela. Em 10 de agosto, o ministro do Exterior da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, comunicou a decisão política do país de se retirar do bloco, uma promessa que Duque fez durante a campanha presidencial. "Seguiremos trabalhando no marco do multilateralismo regional e faremos isso apoiando a Carta Democrática Interamericana, assinada pela Colômbia, que defende a liberdade, o equilíbrio de poderes e, além disso, é fiadora de uma sociedade participativa e plural", afirmou Duque. A União das Nações Sul-Americanas foi criada em maio de 2008 em evento no Brasil como um mecanismo de coordenação e integração para desenvolver um espaço integrado em termos políticos, sociais, econômicos, ambientais e de infraestrutura. Com a saída da Colômbia, o grupo passará a ser formado por: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Recentemente, o Equador também anunciou ter intenções de abandonar a Unasul. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Residência de Cristina Kirchner em Buenos Aires é alvo de buscas Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 16. 03/09/2018 16 Um grupo de policiais realizou nesta quinta-feira (23) buscas na residência da senadora e ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner (2007-2015), em Buenos Aires. A operação começou na presença do juiz Claudio Bonadio, que ordenou a busca em três residências de Kirchner no caso que investiga propinas milionárias em troca de contratos de obras públicas. A autorização das buscas foi aprovada na noite desta quarta pelo Senado. A autorização teve o aval de todos os 67 senadores presentes na sessão, inclusive a própria Cristina Kirchner. Não houve abstenções. O procedimento de busca e apreensão ainda não teve início em outras duas propriedade de Kirchner, uma em Río Gallegos e outra em El Calafate, no sul do país. A operação aconteceu no exclusivo bairro de Recoleta, com várias patrulhas policiais e um cordão de isolamento no prédio da ex- presidente. Segundo o jornal "La Nación", o advogado de Cristina, Carlos Beraldi, disse que os policiais pediram, por ordem do juiz Bonadio, que ele se retirasse do apartamento poucos minutos depois do início dos procedimentos. "Estamos diante de uma farsa. Vamos pedir a nulidade de todo o procedimento e vamos pedir o julgamento político do juiz. Bonadio não cumpre com o que disse o Senado. Começaram a filmar e a se comportar de maneira ilegal", disse o advogado. Pedidos de Kirchner Em carta aos diferentes blocos do Senado, divulgada na terça-feira, Kirchner se declarou disposta a permitir a revista às suas residências, embora tenha pedido que proíbam a presença de câmeras durante o procedimento. Também solicitou que estivessem presentes seus advogados e um senador durante os procedimentos. Esses pedidos, especialmente o de impedir a divulgação de imagens, foi apoiado por vários congressistas com o argumento de resguardo da intimidade. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Investigação A ex-presidente, da corrente de centro esquerda peronista e que sucedeu seu marido Néstor Kirchner no cargo em 2007, é a pessoa de mais alto escalão envolvida no chamado "Cadernos de propinas", que investiga supostos subornos de importantes empresários entre 2005 e 2015 para obter contratos de obras públicas. De acordo com os cálculos iniciais, a trama de subornos poderia implicar cerca de US$ 160 milhões. A causa judicial começou há um mês baseada em anotações feitas por um ex-motorista do Ministério de Planejamento, Oscar Centeno, que supostamente fez percursos por Buenos Aires durante 10 anos levando e trazendo sacolas carregadas de milhões de dólares. O apartamento de Kirchner em Buenos Aires, assim como a casa presidencial de Olivos e a Casa Rosada, sede do governo, aparecem nesses cadernos como pontos de entrega das sacolas. O juiz busca pistas sobre onde poderia ter ficado o dinheiro, aparentemente sempre recebido em espécie. As anotações do motorista logo se somaram às confissões de vários empresários detidos que decidiram ir à Justiça na condição de arrependido, assim como, recentemente, ex-funcionários do governo de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner. Além deste caso, Cristina Kirchner enfrenta outros cinco processos por suposto enriquecimento ilícito e por encobrimento de iranianos acusados pelo atentado à mutual judaica AMIA em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 17. 03/09/2018 17 Senado da Argentina rejeita legalização do aborto no país Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O Senado da Argentina rejeitou na madrugada desta quinta-feira (9) o projeto de lei que legalizaria o aborto no país. Após uma sessão de cerca de 16 horas, ele foi recusado no Senado por 38 votos contra, 31 a favor e duas abstenções. Pela proposta aprovada pela Câmara e, agora rejeitada no Senado, seria possível interromper a gravidez durante as primeiras 14 semanas de gestação. O projeto previa também que o aborto fosse realizado em qualquer hospital ou clínica e obrigava o Estado a cobrir o custo do procedimento, dos medicamentos e dos tratamentos de apoio necessários. A interrupção voluntária da gravidez é crime na Argentina, a não ser em casos de estupro e que ofereçam risco à vida da mãe. Nos demais casos, a prática é penalizada com até quatro anos de prisão para a mulher e para o médico. Desde o fim da Ditadura Militar no país, em 1983, diversos projetos sobre aborto foram apresentados no Congresso argentino, mas esse foi o primeiro a ser votado. Já a Anistia Internacional considerou que a decisão "representa a perda de uma oportunidade histórica para o exercício dos direitos humanos de mulheres, meninas e pessoas com capacidade de gestar". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 18. 03/09/2018 18 Mobilização popular Do lado de fora do Congresso, um forte dispositivo de segurança foi montado já que, durante todo o dia, milhares de pessoas a favor e contra a lei, se concentraram para acompanhar a votação, que já se anunciava disputada. Após a sessão, foram registrados incidentes na saída da multidão. Oito pessoas foram presas, segundo o jornal "El Clarín". Com a derrota no Senado, o projeto de legalização do aborto não poderá ser tratado novamente neste ano parlamentar. Uma nova proposta de legalização total só pode ser analisada pelos parlamentares a partir de março. Aqueles que defendem a causa, no entanto, não se dão por vencidos e o mais provável é que apresentem um novo projeto para a descriminalização da prática. Desta forma, o aborto não se torna um direito garantido pelo Estado, como previa o projeto recusado nesta madrugada, mas a mulher que recorrer ao procedimento não estará mais cometendo um crime e não será presa. O jornal “El Clarín” afirma que o presidente Mauricio Macri estuda enviar ainda esse mês uma ampla proposta de revisão do Código Penal ao Congresso. A expectativa é que esse texto aumente as situações em que o aborto é permitido e elimine a possibilidade de prisão para mulheres. Polêmica Em um país de forte tradição católica e conservadora, nenhum tema polarizou tanto os argentinos desde a aprovação do casamento gay em 2010. Pesquisas de opinião apontavam que o projeto que permitia a interrupção voluntária da gravidez era apoiado pela maioria. Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos de Estado e Sociedade (Cedes) e pela Anistia Internacional Argentina, em março, apontava que 59% dos argentinos aprovavam a descriminalização do aborto, segundo a BBC. Mas o projeto de lei enfrenta forte oposição de parcela significativa da população. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Outros países Assim como a Argentina, o Brasil, que também discute a interrupção da gravidez nesta semana em audiências públicas do STF, é um dos muitos da América Latina que têm restrições à prática. Em todo o mundo, o aborto é legalizado em 63 países e amplamente permitido em outras 13 nações, segundo um levantamento do Center for Reproductive Rights, ONG baseada nos EUA que trabalha para influenciar a formulação de políticas públicas pró-aborto. Por outro lado, 124 países proíbem a interrupção da gravidez totalmente ou com poucas exceções. Dentre os locais em que a prática é legal, as regras variam quanto ao tempo da gestação. A maioria estipula o tempo máximo de 12 semanas de gestação para o aborto. Mas há casos, como Singapura, em que ele é permitido em até 24 semanas de gestação da mulher. Cerca de 39% da população mundial vive em países com restrições ou proibição total à prática. O Brasil está entre o grupo de 66 nações com mais restrições. Aqui, a interrupção da gestação é considerada crime, com pena de até três anos de prisão para a mulher, e é permitida apenas em três casos: se representar um risco à vida da mãe, em caso de estupro ou de anencefalia do feto. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 19. 03/09/2018 19 Daniel Ortega expulsa missão da ONU da Nicarágua Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, expulsou do país uma missão do escritório da ACNUDH (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos) nesta sexta-feira, depois de a organização ter denunciado, em um relatório, o "alto grau de repressão" dos protestos contra o Governo. O anúncio foi feito pelo Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH), cuja presidente, Vilma Núñez, rotulou de "inédita" a decisão do Governo de Ortega, que enfrenta desde abril passado uma onda de protestos que já deixaram centenas de mortos. Segundo o Cenidh, a missão da ONU tem até o meio-dia desta sexta-feira para sair da Nicarágua, de acordo com o ordenado por Ortega. A missão da ACNUDH chegou à Nicarágua em junho passado para conhecer a crise sociopolítica que segundo o relatório que emitiu na quarta-feira passada em Genebra deixou "mais de 300 mortos e 2.000 feridos", e por enquanto nenhum de seus integrantes se referiu à expulsão ordenada por Ortega. A missão, liderada pelo peruano Guillermo Fernández Maldonado, já tinha denunciado "obstáculos" do Governo para realizar seu trabalho na Nicarágua. No relatório emitido na quarta-feira, a ACNUDH acusou o Governo pelo "uso desproporcional da força por parte da Polícia, que às vezes se traduziu em execuções extrajudiciais, desaparecimentos forçados, e obstrução do acesso à atendimento médico", entre outras violações dos direitos humanos contra qualquer pessoa que tenha opinião diferente do Executivo. Também o responsabilizou de "detenções arbitrárias ou ilegais com caráter generalizado, frequentes maus tratos e casos de torturas e violência sexual nos centros de detenção, violações às liberdades de reunião pacífica e expressão". O presidente nicaraguense já rejeitou o relatório "por considerá-lo subjetivo, desleixado, com prejulgamentos e notoriamente parcial, redigido sob a influência de setores vinculados à oposição, e ausente do devido cuidado na sua redação de maneira objetiva". O relatório da ACNUDH, que recebeu o apoio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), "deixou plasmada a barbárie, as atrocidades, as violações aos direitos humanos que o povo da Nicarágua está sofrendo, da qual é responsável Ortega e Rosario Murillo (primeira- dama e vice-presidente)", afirmou nesta sexta-feira Núñez. A presidente do Cenidh ressaltou que com a expulsão da ACNUDH, Ortega procura evitar que o caso da Nicarágua seja tocado no dia 5 de setembro próximo no Conselho de Segurança da ONU, e ao mesmo tempo adverte de "mais repressão contra os nicaraguenses". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 20. 03/09/2018 20 Vaticano modifica Catecismo e declara "inadmissível" a pena de morte Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O papa Francisco aprovou a modificação do Catecismo católico para declarar "inadmissível" a pena de morte. A Santa Sé informou que compromisso da Igreja é encorajar a abolição da penalidade no mundo todo. O prefeito regional da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer, em comunicado, armou que foi autorizado pelo pontífice a introduzir a nova postura em relação à pena de morte, prevista no artigo 2.267 do Catecismo católico. No novo texto se ressalta que "a Igreja mostra, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação para sua abolição no mundo todo". A modificação no Catecismo destaca que "durante muito tempo o recurso à pena de morte por parte da autoridade legítima, depois de um devido processo, foi considerado uma resposta apropriada à gravidade de alguns crimes e um meio admissível, embora extremo, para a tutela do bem comum". Na versão antiga do Catecismo não se excluía a pena de morte "se esta fosse o único caminho possível para defender eficazmente as vidas humanas do agressor injusto". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 21. 03/09/2018 21 A mudança se deve a que, segundo o novo texto, "hoje está cada vez mais viva a consciência de que a dignidade da pessoa não se perde nem sequer depois de ter cometido crimes muito graves e se tem estendido uma nova compreensão sobre o sentido das sanções penais por parte do Estado". "Enfim, foram criados sistemas de detenção mais eficazes, que garantem a defesa necessária dos cidadãos, mas que, ao mesmo tempo, não tiram do réu a possibilidade de se redimir definitivamente", conforme no novo texto. A mudança, datada de 1 de agosto de 2018, entrará em vigor com a sua publicação no diário oficial, L'Osservatore Vaticano, e na "Acta Apostolicae Sedis", que traz os textos oficiais da Santa Sé. Para apresentar a modificação do Catecismo, livro doutrinal que recolhe as bases do Catolicismo, Ladaria dirigiu uma carta aos bispos de todo o mundo na qual ressalta que o novo desenvolvimento "descansa principalmente na consciência cada vez mais clara na Igreja do respeito que se deve a toda vida humana". "Se de fato a situação política e social do passado fazia da pena da morte um instrumento aceitável para a tutela do bem comum, hoje é cada vez mais viva a consciência de que a dignidade da pessoa não se perde nem sequer depois de ter cometido crimes muito graves", afirmou o cardeal espanhol Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Papa Francisco condena 'atrocidades' de casos de pedofilia nos EUA Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 22. 03/09/2018 22 O Papa Francisco condenou em uma carta divulgada nesta segunda-feira (20) "as atrocidades" cometidas por padres na Pensilvânia, nos Estados Unidos, contra mais de 1.000 crianças. Na semana passada, a Suprema Corte da Pensilvânia divulgou um extenso relatório que lista mais de 300 padres acusados de abuso sexual e detalha o que seria um esforço "sistemático" feito por líderes da Igreja por mais de 70 anos para encobrir os crimes. "Nos últimos dias foi publicado um relatório que detalha a experiência de pelo menos mil pessoas que foram vítimas de abusos sexuais, de abusos de poder e de consciência, cometidos por padres durante quase 70 anos", escreve o pontífice na carta dirigida ao "Povo de Deus". Há três dias, o Vaticano já havia expressado "vergonha e dor" após a revelação dos casos de abusos sexuais na Pensilvânia. Mas, nesta segunda, o Papa Francisco foi mais longe e usou palavras mais duras para comentar o caso. O Papa também fez um apelo à comunidade católica por uma mobilização para "denunciar tudo aquilo que coloca em perigo a integridade de qualquer pessoa". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Escândalos em diferentes países A investigação na Pensilvânia é a mais abrangente sobre abuso sexual da Igreja Católica nos EUA. A investigação de 18 meses cobriu as oito dioceses do estado (Harrisburg, Pittsburgh, Allentown, Scranton, Erie e Greensburg) e segue outros relatórios do júri do estado que revelaram abusos e em duas outras dioceses (Filadélfia e Altoona-Johnstown). O relatório é divulgado num momento em que a Igreja Católica está lutando para lidar com um escândalo de abuso sexual que afeta a Igreja em diferentes países. Na Austrália, um bispo foi considerado culpado de encobrir abuso sexual. No Chile, o Papa foi forçado admitir a pouca atenção que deu a um escândalo de abuso envolvendo um padre e bispos acusados de encobrir seus crimes. Após o escândalo, 34 bispos chilenos colocaram seus cargos à disposição do papa. Nos EUA, um proeminente arcebispo foi removido do poderoso Colégio de Cardeais, após surgirem relatos de que havia molestado um coroinha adolescente e vários outros enquanto ascendia nas fileiras da igreja. Enquanto isso, bispos em Boston e Nebraska estão investigando possíveis casos de abuso sexual em seminários católicos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 23. 03/09/2018 23 Proibição ao uso de véu leva a protesto contra discriminação Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori A partir de hoje (1º), entra em vigor na Dinamarca a proibição para as mulheres muçulmanas deixarem de usar o nicabe e a burca, vestimentas islâmicas que cobrem o rosto. Determinação que poderá se estender para o hijab (o véu que cobre apenas o cabelo e o pescoço). A legislação dinamarquesa segue exemplo do que ocorre na França, Bélgica, Bulgária, Letônia, Áustria e regiões da Suíça, Itália e Alemanha. A multa pela desobediência pode chegar a mil euros. Porém, as muçulmanas da Dinamarca resolveram enfrentar a lei e protestar. Convocaram para esta quarta-feira uma manifestação pacífica em favor da liberdade religiosa e do direito de usar os trajes do Islã. Para Francirosy Campos Barbosa, antropóloga e especialista em estudos do Islã, professora do departamento de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, há um processo de alijamento dos muçulmanos, acentuando a islamofobia e o banimento dos seguidores do Islã. “Eu me pergunto quantas são as mulheres muçulmanas que usam nicabe e burca na Dinamarca? Ainda não encontrei esses dados”, reagiu. “É uma lei totalmente arbitrária e que atinge diretamente as mulheres, pois muitas usam o véu desde os 10, 12 anos. Adultas, sem o uso do nicabe [cobertura da cabeça aos pés, incluindo o rosto], não se sentem à vontade.” Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 24. 03/09/2018 24 A lei aprovada pelo Parlamento da Dinamarca pretende garantir que mulheres adultas ou jovens não sejam obrigadas a cobrir os rostos. Os defensores da proposta armam que a proibição assegura a integração dos imigrantes que pleiteiam asilo à sociedade dinamarquesa Discriminação Estudiosa do tema, a professora Francirosy Barbosa alerta que uma legislação que veta o direito à cultura religiosa para encobrir preconceitos tem um objetivo: o da exclusão. “O sentido é deixar os muçulmanos cada vez mais coagidos para provar que eles não são ‘daquele lugar’. É um disparate.” O protesto organizado pelo grupo Kvinder I Dialog (Mulheres em Diálogo), na Dinamarca, pode servir como advertência sobre o respeito e a preservação dos direitos das mulheres como um todo, segundo a especialista. “Temos muito o que avançar quando se trata de direitos das mulheres, mas isso não é a particularidade de uma cultura ou religião, isto tem que ser uma mudança mundial, mas que deve partir, sobretudo, das mulheres”, disse. “Nossa luta é para que cada uma encontre sua maneira de ser respeitada dentro do seu universo, dentro da sua religião, respeitando a sua identidade, a noção de pessoa e não necessariamente tem que ser moldada pelas ou pelos ocidentais.” Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Califórnia enfrenta maior incêndio da história do Estado, dizem autoridades Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 25. 03/09/2018 25 O incêndio de Mendocino, no norte da Califórnia, se tornou a maior conflagração da história do Estado, afirmaram autoridades americanas nessa segunda-feira, 7. As chamas atingem o condado e a reserva natural homônimos a cerca de 290 quilômetros de São Francisco, ameaçando casas e florestas desde a última quarta-feira, 1º. Segundo o Departamento de Florestas e Combate a Incêndios da Califórnia, o incêndio já destruiu 114,8 mil hectares e continua a crescer. Batizado "Complexo Mendocino", a conflagração é formada por dois focos distintos separados por poucos quilômetros de distância um do outro. As chamas consumiram 75 casas e, até o momento, apenas 30% do incêndio foi controlado. Apesar do tamanho, o incêndio atual atinge uma área rural e, portanto, é considerado menos danoso que os outros que afetaram o Estado nas últimas semanas. Mesmo assim, as autoridades afirmam que as chamas oferecem risco a pelo menos 11,3 mil casas na região, cujos proprietários receberam ordens para deixar os locais imediatamente. Aeronaves estão sendo utilizadas no controle às chamas em Mendocino, mas os bombeiros enfrentam dificuldades devido às altas temperaturas que secam a vegetação e facilitam a propagação do incêndio. De acordo com as autoridades, o Complexo Mendocino ultrapassou a marca registrada pelo incêndio Thomas, que queimou 114 mil hectares entre os condados de Santa Barbara e Ventura em janeiro de 2017, até então considerada a conflagração mais destrutiva da Califórnia. À época, duas pessoas morreram e mais de 10 mil casas ficaram destruídas. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Nas últimas semanas, a Califórnia enfrenta uma série de incêndios de grandes proporções em várias partes do Estado. O mais destrutivo deles, o Carr, queimou mais de mil casas e matou seis pessoas no município de Redding. Chamas também destruíram por dias o Parque Nacional Yosemite. Ao todo, 14 mil militares do Corpo de Bombeiros atuam em todo o Estado. "Recordo alguns anos atrás, quando vimos entre 10 mil a 12 mil bombeiros atuando nos Estados da Califórnia, Oregon e Washington, mas nunca 14 mil", disse Scott McLena, porta- voz do Departamento de Combate a Incêndios da Califórnia. A situação obrigou o governador da Califórnia, Jerry Brown, a decretar estado de emergência. A medida autoriza o governo estadual a deslocar fundos de emergência aos municípios atingidos. A Casa Branca também reforçou ações no Estado com o deslocamento de milhares de bombeiros para combater as chamas e prevenir novos focos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 26. 03/09/2018 26 Queda parcial de ponte deixa 37 mortos em Gênova, na Itália Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Uma parte de uma ponte de Gênova, na Itália, desmoronou na manhã desta terça-feira (14) e deixou, até o momento, 37 mortos, de acordo com a prefeitura local. Entre os mortos há três crianças. Há ainda 16 feridos, 12 deles em estado grave. Os trabalhos de resgate continuam. A ponte Morandi fica em uma área densamente habitada de Gênova. Por ela, passa a rodovia A10, que liga cidades no Norte da Itália ao Sul da França. O incidente ocorreu por volta das 11h15 (por volta de 7h15 no horário de Brasília) durante uma forte chuva que atingia a região. A maior parte da estrutura caiu no leito do córrego Polcevera, mas trechos enormes caíram sobre casas, nos galpões e nas ruas abaixo. Luigi D'Angelo, funcionário da Defesa Civil italiana, disse à Reuters que havia cerca de 30 carros e entre 5 a 10 caminhões no trecho da ponte que desabou. O governo da Liguria informou que 432 pessoas, de 11 prédios, foram obrigadas a ficar fora de casa após a queda da ponte. De acordo com o jornal “La Stampa”, o colapso atingiu o estacionamento da Ansaldo Energia, uma das principais usinas de produção de energia da Itália. Aparentemente, o local estava vazio. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 27. 03/09/2018 27 100 metros de altura A estrutura, que atravessa a cidade portuária de Gênova, tem cerca 100 metros de altura e 1.182 metros de comprimento. Ela foi construída nos anos 1960, e o governo tinha iniciado uma reforma na obra em 2016. "Não é aceitável que uma ponte tão importante não tenha sido construída para evitar esse tipo de colapso", disse o vice-ministro de Infraestrutura e Transportes, Edoardo Rixi. O ministro do transporte de Itália, Danilo Toninelli, considerou o incidente "uma terrível tragédia". A via era administrada pela empresa Autostrade per l'Italia. Após o acidente, a concessionária italiana explicou em nota que estava trabalhando para consolidar a manutenção da estrutura e que, "como estava previsto, tinha instalado um ponte guindaste para permitir o desenvolvimento de atividades". "Os trabalhos e o estado da ponte estavam sujeitos à constante observação das autoridades locais", indicou a companhia. O ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, descreveu o ocorrido como "verdadeira tragédia" e assegurou que "quem tiver que pagar, pagará". Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Novo terremoto atinge ilha de Lombok, na Indonésia; número de mortos sobe Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 28. 03/09/2018 28 Um terremoto de 5,9 de magnitude atingiu a ilha turística de Lombok, na Indonésia, nesta quinta-feira (9), quatro dias depois de um primeiro forte tremor deixar pelo menos 259 mortos. O Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que registra a atividade sísmica pelo mundo, indicou que o tremor teve um epicentro registrado a 10 km de profundidade e a 23 km de Mataram, capital provincial – isto é, na mesma zona do terremoto de domingo (5). O tremor afetou edifícios que já estavam danificados, enquanto as pessoas saíam apavoradas pelas ruas, escreveu em mensagem do Twitter, o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho. As equipes de resgate ainda trabalham em busca de sobreviventes do terremoto de domingo e na recuperação dos corpos. O balanço de mortos varia de acordo com a fonte. A Agência Nacional de Gestão de Desastres afirma que 259 pessoas morreram. O ministro indonésio da Segurança, Wiranto, declarou que já foram contabilizados 319 mortes. Números informais apresentados por outras entidades já indicavam 381 mortos na quarta-feira. Após o tremor de domingo, mais de 1000 precisaram ser hospitalizados – mais de 200 em estado grave. Cerca 156 mil precisaram deixar suas casas. Desses, cerca de 70 mil estavam em abrigos, que enfrentam a falta de água e suprimentos básicos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Terremoto O terremoto que atingiu a ilha de Lombok no fim da tarde de domingo (horário local) teve 6,9 de magnitude, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O seu epicentro foi registrado a 10,5 km de profundidade, a 2 km ao sul de Loloan, no norte da ilha. O tremor foi seguido de um alerta de tsunami que provocou pânico entre os turistas. Ele também foi sentido em Bali, o principal destino turístico do país. O abalo aconteceu uma semana depois de outro terremoto, de 6,4 de magnitude, deixar 16 mortos e mais de 300 feridos, também em Lombok. Nesta ocasião, centenas de turistas ficaram presos no topo do monte do vulcão Rijani. Círculo de Fogo do Pacífico A Indonésia, um arquipélago de 17.000 ilhas e ilhotas, está em uma das regiões mais propensas a tremores e atividade vulcânica do mundo: o Círculo de Fogo do Pacífico. Cerca de 7 mil tremores atingem essa área por ano, em sua maioria de magnitude moderada. A região, de cerca de 40 mil km de extensão, tem formato de ferradura e circunda a bacia do Pacífico, abrangendo toda a costa do continente americano, além de Japão, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul. Em 2004, um tremor de magnitude 9,1, perto da costa noroeste da ilha de Sumatra, gerou um tsunami que matou 230 mil pessoas em 14 países no Oceano Índico. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 29. 03/09/2018 29 Morre Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e Nobel da Paz Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Morreu neste sábado (18), aos 80 anos, Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e Prêmio Nobel da Paz. Annan, de nacionalidade ganense, morreu durante esta madrugada em um hospital em Berna, na Suíça, informou a fundação Kofi Annan nas redes sociais. A causa da morte ainda não foi divulgada. O atual secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, escolhido por Annan para chefiar a agência de refugiados da organização, contou em um comunicado o que ele representava para as Nações Unidas. Trajetória Economista, educado nos Estados Unidos e na Suíça, no comando da ONU tratou de temas até então considerados periféricos: a pobreza, o drama dos refugiados, o subdesenvolvimento e a aids. Kofi Annan foi o primeiro negro a assumir o cargo de chefe da ONU, onde ficou por dois mandatos, de 1997 a 2006. Em 2001, ele e as Nações Unidas receberam em conjunto o Prêmio Nobel da Paz. Annan foi elogiado por ser “preeminente em trazer vida nova para a organização”. Durante a sua gestão na ONU, o ex-secretário e seu departamento foram criticados por retirarem as tropas de manutenção da paz de Ruanda em pleno caos e violência étnica, em 1995. No ano seguinte, a organização também não conseguiu impedir que as forças sérvias matassem milhares de muçulmanos em Srebrenica, na Bósnia. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 30. 03/09/2018 30 Anos depois, Annan reconheceu suas falhas. "Na época, acreditei que estava dando o melhor de mim. Mas eu percebi depois do genocídio que havia mais que eu poderia, e deveria ter feito, para soar o alarme e apoio. Essa memória junto com a da Bósnia, é dolorosa, influenciou muito do meu pensamento, e muito das minhas ações, como secretário-geral”, disse em 2004. Em sua entrevista de despedida das Nações Unidas, ele contou que a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003 foi um de seus piores momentos no cargo. "O pior momento foi a guerra do Iraque que, como organização, não pudemos deter embora tenhamos feito tudo para isto", disse. Legado pós ONU No ano de 2007, ele criou a Fundação Kofi Annan, onde mobilizou a vontade política para superar as ameaças à paz, ao desenvolvimento e aos direitos humanos. No mesmo período, ele se juntou ao grupo de elite de ex-líderes fundados por Nelson Mandela, conhecido como The Elders, o objetivo era resolver a guerra civil na Síria. Posteriormente, Annan serviu como enviado especial da ONU na Síria, e liderou esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito. Annan voltou sua atenção para o futuro, estabelecendo os Objetivos do Milênio, um conjunto de metas a serem cumpridas até 2015, de reduzir à metade as taxas de pobreza extrema para deter a disseminação da aids. Outra fase marcante na luta de Annan pelos diretos humanos foi o acordo do Quênia, em 2008. O país enfrentava uma grave crise política e social e o ex-secretário foi o mediador entre o governo e a oposição. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Aretha Franklin, a rainha do soul, morre aos 76 anos Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 31. 03/09/2018 31 A cantora Aretha Franklin morreu, após um período “gravemente doente”, aos 76 anos. A informação foi divulgada nesta manhã pela agência de notícias Associated Press. Aretha morreu em casa, em Detroit, conforme representante da artista Gwendolyn Quinn à agência. Aretha descobriu câncer em 2010 e desde então tem enfrentado uma batalha contra vários problemas de saúde, levando ao cancelamento de uma série de shows no último ano. Em 2017, a artista chegou a dizer que pretendia se aposentar em breve. Cantora 18 vezes vencedora do Grammy – incluindo prêmios pela carreira como o Legend e o Lifetime Achievement – Aretha era considerada a “rainha do soul”. Entre seus maiores sucessos, “(You Make Me Feel Like) A Natural Woman” (1968), “Day Dreaming” (1972) e “Freeway of Love” (1985). O ícone do soul nasceu em 1942, em Memphis, no estado do Tennessee. Pouco tempo depois sua família se mudou para Detroit, onde ela foi criada e começou a cantar. Após a morte da sua mãe, quando a pequena Aretha tinha apenas 10 anos, ela começou a cantar música gospel e aprendeu a tocar piano. Aos 14, ela gravou um álbum gospel e assinou contrato pouco tempo depois com a Columbia Records. De acordo com a Time, nessa época várias mulheres, incluindo a cantora gospel Mahalia Jackson (1911-1972), ajudaram a cuidar dela e dos irmãos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Nasa lança missão inédita até o Sol com nave hiper-resistente ao calor Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 32. 03/09/2018 32 A humanidade embarca a partir do próximo sábado (11) em sua primeira viagem espacial para "tocar" o Sol. A Parker Solar Probe é uma missão da agência espacial americana (Nasa) e deverá enfrentar milhares de graus Celsius para chegar até a estrela mais importante do nosso sistema. Os cientistas vão chegar mais perto do que nunca – e o que será colhido de informação pelo caminho também é importante. Material especial A nave espacial será lançada da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos. Uma janela de lançamento será aberta no sábado (11) às 3h48 min da madrugada da Flórida (4h48 min de Brasília) e deverá ser encerrada até o domingo (19). A Parker Solar Probe (PSP) é uma nave única: foi projetada para suportar condições brutais de calor e radiação, com uma blindagem que é resultado de anos de pesquisas. • A PSP chegará sete vezes mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave; • Para suportar as altas temperaturas, ela terá um escudo especial com 11,43 centímetros de espessura; • O material deverá suportar temperaturas que passam de 1,3 mil ºC – a superfície do Sol pode chegar a 5,5 mil ºC. A coroa, atmosfera externa, pode ter milhares de graus Celsius. Por isso, vamos chegar até um certo limite; • A PSP terá mais ou menos o tamanho de um carro. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O que queremos descobrir? Aprender mais sobre os ventos solares e entender os motivos de a atmosfera externa do Sol ser mais quente que a superfície. O nome da missão – Parker Solar Probe – é uma homenagem a Eugene Newman Parker, astrofísco de Michigan. Foi ele quem descobriu uma solução matemática para comprovar os ventos solares. Parker recebeu a honra de ter uma missão com seu nome ainda vivo, uma raridade na história da Nasa. Mas o que são os ventos solares e por que é importante entender mais sobre eles? Os ventos solares são um fluxo de partículas que sai constantemente do Sol. Essas partículas, basicamente prótons e elétrons, têm uma energia cinética (velocidade) muito grande, como diz a astrofísica Adriana Valio. Ela explica que essa energia supera a energia gravitacional do Sol. Ou seja: a atração gravitacional, da massa do Sol, é menor na parte da coroa solar - topo da atmosfera da estrela - local de onde saem as partículas. É a mesma lei que nos segura no chão da Terra e não nos deixa sair flutuando pelo espaço: nosso planeta também tem sua força gravitacional, e é ela que nos prende aqui. No Sol, na parte da coroa, as partículas têm tanta energia que conseguem "escapar" dessa força em um fluxo que é eterno. Isso cria o que chamamos de ventos solares, que são constantes e banham todo o Sistema. O astrofísico José Dias Nascimento explica que a missão deverá analisar pela primeira vez essas partículas. E, com isso, entender a influência delas sobre o sistema como um todo. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 33. 03/09/2018 33 "É importante ver como é a interação das estrelas como Sol no seu meio interestelar, como isso afeta os planetas. Em Marte, por exemplo, sabemos que há uma desidratação. A gente não consegue medir ainda como é essa radiação que sai do Sol e se há alguma influência no planeta, por exemplo", disse. A Terra, com suas particularidades e seu campo magnético, é em maior parte protegida dos ventos solares. Mas as auroras boreais, por exemplo, são as partículas cheias de energia dos ventos solares que conseguem escapar e entrar pelos polos do nosso planeta. Os ventos solares já eram conhecidos, mas a Nasa também quer desvendar um mistério. Imagine uma fogueira. Você está perto, curtindo o calor do fogo em uma noite de frio. Mas e se chegar mais perto? Vai se queimar. Quanto mais perto, mais quente. Isso não vale exatamente para o Sol. A superfície do Sol é cerca de 300 vezes mais fria que a parte externa da atmosfera, a coroa. "Isso quer dizer que há uma fonte de energia desconhecida. Ser mais calor na atmosfera do que na superfície é o oposto do que a gente espera. E isso é chamado de aquecimento coronal. Na verdade é o topo da atmosfera, é a atmosfera mais externa do Sol, a coroa, que está a uma temperatura de milhões de graus", disse Adriana. Teremos até 2025 para descobrir. Em novembro deste ano, a nave deverá chegar no primeiro periélio – ponto mais próximo da órbita que faremos até a nossa estrela. E vamos repetir inúmeras vezes, até uma última fase da missão e a nave desintegrar. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 34. 03/09/2018 34 Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori FATOS NACIONAIS PIB do Brasil cresce 0,2% no 2º trimestre e segue no patamar de 2011 Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 35. 03/09/2018 35 Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores, divulgou nesta sexta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,693 trilhão. O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira. Os números do IBGE mostram que o PIB foi impactado pela greve dos caminhoneiros. No setor de serviços, foram registradas quedas nas atividades de transporte, armazenagem e correio (-1,4%), comércio (-0,3%), e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,2%). No setor industrial, as indústrias de transformação e construção recuaram, ambas, 0,8%. As exportações caíram 5,5%, enquanto as importações recuaram 2,1% em relação ao primeiro trimestre, em meio à dificuldade de escoamento de cargas durante o período de paralisação dos caminhoneiros. A coordenadora do IBGE, Rebeca Palis, ponderou que a greve dos caminhoneiros teve sim forte influência no resultado do PIB, mas que não foi o único motivo. Ela destacou que dentre o somatório de fatores que frearam a economia no trimestre está o dólar mais alto, a queda acentuada dos investimentos, bem como a incerteza política diante da expectativa a eleitoral. “Houve também um repique da inflação, provocada pela greve dos caminhoneiros, que prejudicou o consumo das famílias”, destacou. Na agropecuária, as principais influências negativas partiram das safras de milho (-16,7%), arroz (-7,3%) e mandioca (-3,2%). Essas quedas, entretanto, foram compensadas pela alta de 1,2% da soja, na comparação anual, que é o produto que mais pesa na produção agrícola do país. “A gente está comparando com um ano de safra recorde, então temos que relativizar essa queda”, enfatizou Claudia Dionisio. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 36. 03/09/2018 36 Após mais de 6 h, bombeiros controlam incêndio no Museu Nacional no Rio Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Os bombeiros controlaram por volta das 2h da madrugada desta segunda-feira (3/09) o incêndio de grande proporção que atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. As equipes permanecem no local fazendo o trabalho de rescaldo para debelar pequenos focos de fogo. Cerca de 80 homens de 12 quartéis do Corpo de Bombeiros foram enviados ao local para combater o incêndio que começou por volta das 19h30 deste domingo (2/09). Parte do interior do edifício desabou. O fogo começou depois que o local já havia encerrado a visitação —tanto do museu quanto do zoológico, que também fica na Quinta da Boa Vista. Não há informações sobre vítimas. Segundo o comandante-geral dos bombeiros do Rio, Roberto Robadey, o combate ao fogo foi prejudicado por falta de água nos hidrantes próximos ao edifício. Os bombeiros tiveram que apelar a caminhões-pipa e até para a água do lago próximo. REITOR CRITICA BOMBEIROS O reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Roberto Leher, criticou na madrugada desta terça a atuação dos bombeiros no combate ao incêndio que destruiu o Museu Nacional, gerido pela universidade. Ele admitiu, porém, que a falta de verbas inviabilizou obras de melhoria da infraestrutura do palacete onde funcionava o museu. “É óbvio que a forma de combate não guardou proporção com o tamanho do incêndio. Percebemos claramente que faltou logística e capacidade de infraestrutura do Corpo de Bombeiros que desse conta de um acontecimento tão devastador com foi esse”, afirmou ele, em entrevista durante as operações de combate às chamas. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 37. 03/09/2018 37 Inicialmente, foram enviadas equipes de quatro batalhões ao local, mas não havia água nos hidrantes próximos ao edifício. O combate às chamas foi feito com o apoio de caminhões-pipa e água de um lago dentro da Quinta da Boa Vista, parque na zona norte da cidade onde está o museu. “A própria equipe da prefeitura universitária orientou os bombeiros onde buscar água. Tivemos certamente problemas de logística. Essa dificuldade logística não é do âmbito do Museu Nacional”, continuou Leher. O palacete imperial não tinha sistema de prevenção de incêndio, que seria instalado com verba de contrato de R$ 21 milhões para a restauração assinado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em junho, quando o Museu Nacional comemorou 200 anos. "Esta é uma edificação muito antiga, que foi concebida em um contexto em que não havia uso de energia, como usam as edificações acadêmicas. Nós temos laboratórios, áreas administrativas, informática, que têm grande uso de energia", disse Leher. A restauração, afirmou, previa a instalação de um sistema de prevenção de incêndio muito robusto“. Leher defendeu que a UFRJ não dispõe de recursos para custear as obras. "A UFRJ, como as demais universidades brasileiras, vive hoje em um contexto de muita restrição orçamentária. E é obvio que nesse contexto todas as áreas da universidade são afetadas", alegou. O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, cobrou responsabilidade do governo federal na alocação de recursos para o museu e pediu apoio para a reconstrução. Em maio, antes da comemoração do bicentenário, ele já alertava sobre as precárias condições do edifício. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori ACERVO HISTÓRICO Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces descascadas e fios elétricos expostos. A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em junho —foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto. O museu guardava o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e uma coleção de múmias egípcias. Também o crânio de Luzia, a mulher mais antiga das Américas. Além de coleções de vasos gregos e etruscos (povo que viveu na Etrúria, na península Itálica). Em maio, o diretor do Museu Nacional Alexander Kellner, 56, criticou a falta de verbas. “O maior acervo é este prédio, um palácio de 200 anos em que morou dom João 6º, dom Pedro 1º, onde foi assinada a Independência. A princesa Isabel brincava aqui, no jardim das princesas, que não está aberto ao público porque não tenho condições”, disse à Folha. Um terço das salas de exposições estavam fechadas, incluindo algumas das mais populares, como a que guarda um esqueleto de baleia jubarte e a do Maxakalisaurus topai —o dinoprata, primeiro dinossauro de grande porte já montado no Brasil. Para reabrir a sala, interditada havia cinco meses após um ataque de cupins, o museu armou uma campanha de financiamento coletivo na internet — arrecadou R$ 58 mil, mais do que a meta de R$ 30 mil. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 38. 03/09/2018 38 ACERVO HISTÓRICO Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como pareces descascadas e fios elétricos expostos. A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em junho —foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto. O museu guardava o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e uma coleção de múmias egípcias. Também o crânio de Luzia, a mulher mais antiga das Américas. Além de coleções de vasos gregos e etruscos (povo que viveu na Etrúria, na península Itálica). Em maio, o diretor do Museu Nacional Alexander Kellner, 56, criticou a falta de verbas. “O maior acervo é este prédio, um palácio de 200 anos em que morou dom João 6º, dom Pedro 1º, onde foi assinada a Independência. A princesa Isabel brincava aqui, no jardim das princesas, que não está aberto ao público porque não tenho condições”, disse à Folha. Um terço das salas de exposições estavam fechadas, incluindo algumas das mais populares, como a que guarda um esqueleto de baleia jubarte e a do Maxakalisaurus topai —o dinoprata, primeiro dinossauro de grande porte já montado no Brasil. Para reabrir a sala, interditada havia cinco meses após um ataque de cupins, o museu armou uma campanha de financiamento coletivo na internet — arrecadou R$ 58 mil, mais do que a meta de R$ 30 mil. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Mas a decadência física do prédio já era visível para os visitantes, que pagavam R$ 8 pelo ingresso inteiro. Muitas de suas paredes estavam descascadas, havia fios elétricos expostos e má conservação generalizada. No bicentenário, a instituição celebrou com o BNDES um contrato de R$ 21,7 milhões para investir em sua restauração. Havia outra negociação milionária encaminhada para bancar uma grande exposição —a expectativa era de que cinco das principais salas fossem reabertas até 2019. Alexandre Kellner dizia ser necessários R$ 300 milhões, investidos ao longo de pelo menos uma década, para executar o Plano Diretor do museu. O diretor lembrou também que o último presidente a visitar o museu foi Juscelino Kubitschek (1956-1961). “O Brasil não sabe da grandeza, da riqueza disso aqui. Se soubesse, não deixaria chegar neste estado”, disse Kellner, em maio. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 39. 03/09/2018 39 Após furto, iraniano Caucher Birkar recebe nova medalha Fields no Rio Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O matemático iraniano Caucher Birkar recebeu uma nova medalha Fields neste sábado (4) após ter sido furtado dentro do Riocentro, momentos após ter recebido a comenda pela primeira vez. Durante o discurso, ele agradeceu a presença de todos e contou a sua versão dos acontecimentos. A polícia já identificou dois suspeitos de terem roubado a medalha e divulgou um vídeo que seria do momento que a mochila com os pertences do matemático foi levada. Ninguém foi preso ainda. A medalha é considerada a maior honraria da Matemática mundial e é concedida a dois, três ou quatro matemáticos com menos de 40 anos. O prêmio é distribuído a cada quatro anos por suas contribuições à disciplina. A medalha Fields é de ouro e custa U$ 4 mil, o equivalente a R$ 15 mil. Pela primeira vez, a comenda foi entregue no Brasil, onde acontece o Congresso Mundial de Matemática, com a presença de mais de três mil matemáticos. A cerimônia aconteceu no Pavilhão 6 do Riocentro, na Zona Oeste do Rio, na última quarta (1º). Além de Birkar, também receberam a medalha Fields o italiano Alessio Figalli, o alemão Peter Scholze e o indiano Akshay Venkatesh. Caucher Birkar é de origem curda e foi para o Reino Unido como refugiado. Lá, ele é professor da Universidade de Cambridge. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 40. 03/09/2018 40 7 de cada 10 alunos do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática, diz MEC Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Sete de cada dez alunos do 3º ano do ensino médio têm nível insuficiente em português e matemática. Entre os estudantes desta etapa de ensino, menos de 4% têm conhecimento adequado nestas disciplinas. É o que mostram os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017 divulgados pelo Ministério da Educação(MEC) nesta quinta-feira (30). O Saeb é a avaliação utilizada pelo governo federal, a cada dois anos, para medir a aprendizagem dos alunos ao fim de cada etapa de ensino: ao 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio. O sistema é composto pelas médias de proficiências em português e matemática extraídas da Prova Brasil, e pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que ainda não foi divulgado. Pela primeira vez, o MEC classificou os níveis de proficiência que estão organizados em uma escala de 0 a 9 - quanto menor o número, pior o resultado. Níveis de 0 a 3 são considerados insuficientes; entre 4 e 6 os alunos têm nível de conhecimento básico; e a partir de 7 até 9, adequado. Etapa mais problemática da educação básica, o ensino médio foi classificado no nível 2 de proficiência. Em matemática, 71,67% dos alunos têm nível insuficiente de aprendizado. Desses, 23% estão no nível 0, o mais baixo da escala de proficiência. Em português, 70,88% dos alunos têm nível insuficiente de aprendizado, sendo que 23,9% estão no nível zero, o mais baixo. Evolução na série histórica Se avaliada a série histórica do Saeb, é possível notar a estagnação do ensino médio. Houve pequeno incremento nas médias de proficiência em língua portuguesa desde 2009. Nesta edição do Saeb, a nota foi de 268 pontos, um ponto a mais do que o registrado em 2009. Em matemática, o cenário do ensino médio é ainda pior: houve queda em relação ao registrado em 2009. Naquele ano, a média de matemática do ensino médio era de 275 pontos, e em 2017, caiu para 270. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 41. 03/09/2018 41 Os números na prática Do ponto de vista pedagógico, os números do ensino médio significam que: • em português - a maioria dos estudantes brasileiros não consegue localizar informações explícitas em artigos de opinião ou em resumos, por exemplo. • em matemática - a maioria dos estudantes não é capaz de resolver problemas com operações fundamentais com números naturais ou reconhecer o gráfico de função a partir de valores fornecidos em um texto. Estas habilidades fazem parte das matrizes de referência do MEC e são esperadas em estudantes classificados em níveis proficiência superiores ao insuficiente. O diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, lembra que a faixa etária dos alunos do ensino médio é diferente e requer mais atenção. "A escola não atende a realidade, não temos organização curricular que atenda ao jovem, nem professores com formação ideal ou um currículo com objetivo de aprendizagem." Avanços no ensino fundamental Embora tenham registrado avanços em relação ao último Saeb, a maioria dos alunos do 9º ano do ensino fundamental ainda estão no patamar insuficiente de aprendizado. Eles tiveram média de 258 pontos em português e matemática e estão dentro do nível 3. O melhor resultado é o do 5º ano do ensino fundamental. Em português, os alunos tiveram um crescimento de 7 pontos em relação ao Saeb de 2105. Com média de 215 pontos alcançou o nível 4 de conhecimento, considerado básico. Em matemática, os alunos do 5º ano do fundamental evoluíram 5 pontos e chegaram à média de 224, o que corresponde ao nível de conhecimento básico. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori 'Mais escolaridade, sem aprendizagem' O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, afirma que o Brasil está aumentando a escolaridade, mas sem aprendizagem. "Os ganhos dos anos iniciais não são aproveitados nas etapas seguintes, não há uma aprendizagem associada. Nos anos iniciais os alunos têm no máximo dois professores por turma, quando ingressa nos finais começa a ter o vínculo diversificado com professores divididos por disciplina. O processo se torna mais complexo, há uma exigência maior da formação do professor que precisa dialogar com o chão da escola." Entenda o Saeb e o Ideb As médias de proficiência que compõem o Saeb são extraídas da Prova Brasil - que deixará que ter esta nomenclatura. As provas foram aplicadas de 23 de outubro a 3 de novembro do ano passado a mais de 5,4 milhões de estudantes do 5º e 9º ano do fundamental e 3º ano do ensino médio. Os resultados se referem a um universo de 59.388 escolas. Nesta prova, os estudantes respondem a questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com ênfase na resolução de problemas. Para os alunos da rede pública a prova é obrigatória, mas no ano passado as escolares particulares também aderiram à avaliação, porém a participação da rede é facultativa. A partir de 2019, os alunos do 9º ano do ensino fundamental também passarão a responder testes de ciências humanas e da natureza. Essas médias de desempenho subsidiam a construção de um outro indicador o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que agrega também as taxas de aprovação dos estudantes. Neste ano, pela primeira vez o MEC fatiou a divulgação e ainda encaminhou os resultados do Ideb 2017. O Ideb referente às escolas do ensino médio vai substituir as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por escola que não serão mais divulgadas pelo MEC. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 42. 03/09/2018 42 Criança deve ter 6 anos até 31/03 para entrar no fundamental Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta quarta-feira, 1, com seis votos, a regra que estabelece que a criança precisa completar seis anos até o dia 31 de março para ser matriculada no primeiro ano do ensino fundamental. Com placar apertado, o julgamento só foi decidido no último voto, com a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Os ministros debateram sobre a resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estabelece a regra dos seis anos completos até o dia 31 de março. Apesar da vigência do texto, pais têm obtido em diferentes esferas judiciais liminares favoráveis à matrícula de crianças que ainda não chegaram a essa idade. Cinco ministros ficaram vencidos ao defender a matrícula de crianças que completassem seis anos em qualquer período do ano. O julgamento sobre o tema havia sido interrompido em maio, após empate (com oito votos) e pedido de vista (mais tempo de análise) do ministro Marco Aurélio Mello. Nesta quarta, ele formou o quinto voto favorável ao modelo atual. Depois dele, votaram o decano Celso de Mello, contra a resolução, e Cármen, que desempatou o julgamento, sendo favorável à resolução. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 43. 03/09/2018 43 Além de Cármen e Marco Aurélio, se posicionaram pela manutenção do modelo atual os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Já os ministros Celso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Dias Toffoli entenderam que a criança poderia ser matriculada se completasse seis anos em qualquer período do ano. Os ministros favoráveis ao modelo atual destacaram que poderia haver um problema sobre os efeitos nas vagas do ensino fundamental caso o STF viesse a mudar a regra. Para Marco Aurélio, é preciso manter a organicidade do sistema educacional, não a colocando em risco, o que poderia ocorrer caso o STF viesse a derrubar a regra vigente. "Colocando-se em risco a organicidade do sistema educacional, a ser preservado por todos, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal", disse. "Haveria uma desorganização no ensino", afirmou Cármen, caso a resolução fosse alterada. Ela destacou que a data de 31 de março não foi decidida de forma arbitrária. "Não vi quebra de isonomia, já que a regra vale para todo o País", completou a presidente. Os ministros também mantiveram a resolução que estabelece a exigência de quatro anos completos até 31 de março para ingresso no primeiro ano da educação infantil. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Brasil tem mais de 208,5 milhões de habitantes, diz IBGE Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 44. 03/09/2018 44 O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (29) a nova estimativa da população brasileira. Segundo o instituto, o país conta em 2018 com mais de 208,5 milhões de habitantes. . O número é 0,4% superior aos 207,6 milhões registrados no ano passado. O número atualizado é de 208.494.900. As 26 capitais do país e o Distrito Federal, juntos, abrigam 49,7 milhões de habitantes. O número representa 23,8% do total da população do país. Inclusive, as 12 cidades mais populosas do Brasil são capitais. São elas, na sequência: 1. São Paulo - 12,2 milhões 2. Rio de Janeiro - 6,7 milhões 3. Brasília - 3 milhões 4. Salvador - 2,9 milhões 5. Fortaleza - 2,6 milhões 6. Belo Horizonte - 2,5 milhões 7. Manaus - 2,1 milhões 8. Curitiba - 1,9 milhão 9. Recife - 1,6 milhão 10. Goiânia- 1,5 milhão 11. Belém- 1,5 milhão 12. Porto Alegre - 1,5 milhão Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Além das delas, outras cinco cidades do país tem população estimada em mais de 1 milhão de pessoas. São duas cidades paulistas, duas capitais e uma cidade do Rio: Guarulhos-SP (1,4 milhão), Campinas-SP (1,2 milhão), São Luís-MA (1,1 milhão), São Gonçalo-RJ (1,1 milhão) e Maceió-AL (1 milhão). Por um outro lado, há três cidades do país com menos de 1 mil pessoas, sendo as menos populosos do país. São elas: Serra da Saudade-MG (786), Borá-SP (836) e Araguainha-MT (956). População por estados Três estados do Sudeste estão no topo da lista dos mais populosos. São Paulo lidera, com 45,5 milhões de habitantes. Depois, vêm Minas Gerais, com 21 milhões de habitantes; e Rio de Janeiro, com 17,2 milhões. No Nordeste, a Bahia tem a maior população da região, com 14,8 milhões de habitantes. No Sul, Paraná e Rio Grande do Sul quase empatam no número de pessoas, com 11.348.937 e 11.329.605 de habitantes, respectivamente. No Norte, o estado do Pará é o mais populoso, com 8,5 milhões de habitantes; e, no Centro-Oeste, o Estado de Goiás, com 6,9 milhões de habitantes Entre outros objetivos, a nova estimativa será utilizada para o cálculo das cotas dos fundos de participação de Estados e municípios. Os dados têm data de referência em 1º de julho de 2018 e estão organizados por Estados, Distrito Federal e municípios. (Com informações da Agência Estado) Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 45. 03/09/2018 45 Quais os próximos passos na disputa sobre o aborto no STF Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Foram dois dias em que mais de 60 pessoas expuseram pesquisas, experiências pessoais, opiniões e dados. Nesta segunda, o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou o segundo e último dia de audiência pública para debater a ação apresentada pelo PSOL, com assessoria técnica do Instituto de Bioética Anis, que pede que o aborto não seja considerado crime quando feito até a décima segunda semana de gravidez. Em alguns momentos do debate houve comoção, como quando o médico Sérgio Tavares de Almeida Rego revelou, emocionado, a história pessoal da família. Ele e a esposa já tinham um filho de um ano com deficiência quando ela engravidou novamente. Os dois optaram por um aborto para poderem se dedicar integralmente a Pedro, a quem chamou de "filho eterno", que precisa de cuidados também na vida adulta. Falando contra a descriminalização, Lenise Aparecida Martins Garcia, do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil sem aborto, levou um feto de borracha à audiência para ilustrar seu ponto de vista. "É arbitrária a definição de 12 semanas (como início da vida humana). Eu não posso desconsiderar o valor de uma pessoa porque ela é pequenininha. Ela tem mãe e pai. É uma de nós." E a pesquisadora Débora Diniz, da Universidade de Brasília e do Instituto Anis, expôs dados que mostram que uma em cada cinco mulheres brasileiras de até 40 anos já fizeram um aborto. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 46. 03/09/2018 46 "Se todas as mulheres que fizeram aborto estivessem na prisão hoje, teríamos um contingente de 4,7 milhões de mulheres, pelo menos cinco vezes o sistema prisional, que já é o quarto do mundo. Por que tão pouca razoabilidade nessa conversa? Aborto não é matéria de prisão, é de cuidado, de proteção e prevenção", defendeu. Mas o que vai acontecer a partir de agora? Quando o caso será julgado? E quais ministros já se posicionaram publicamente sobre o pedido de descriminalização do aborto? Como será o julgamento A partir do término das audiências, um relatório com as falas de quem participou será distribuído a todos os 11 ministros da Corte, para consultarem, se quiserem, ao redigirem seus votos. A relatora da ação, ministra Rosa Weber, deverá preparar o voto e o relatório do caso - um resumo das alegações do PSOL e do posicionamento dos órgãos chamados a se manifestar, como a Advocacia-Geral da União (AGU). Não há prazo para isso. No julgamento de um habeas corpus em 2016, a ministra se posicionou favoravelmente a que o aborto deixe de ser crime. Por isso, há uma expectativa de que Weber se manifeste a favor do pedido para que o aborto seja descriminalizado. Após concluir o voto, Rosa Weber deve pedir a inclusão do processo na pauta de julgamento do plenário do Supremo. A decisão sobre que processos são julgados em cada mês é tomada pelo presidente do STF, após consulta aos colegas. Possivelmente, quando o voto de Rosa Weber estiver pronto, a ministra Cármen Lúcia já terá deixado a presidência do Supremo, sendo substituída por Dias Toffoli, que toma posse em setembro para um mandato de dois anos. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori O que pede a ação sobre aborto A Ação Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442 argumenta que os artigos do Código Penal que proíbem o aborto afrontam preceitos fundamentais da Constituição Federal, como o direito das mulheres à vida, à dignidade, à cidadania, à não discriminação, à liberdade, à igualdade, à saúde e ao planejamento familiar, entre outros. O PSOL pede que o aborto feito até a décima segunda semana de gestação não seja considerado crime. As advogadas que assinam a ação afirmam que a criminalização do aborto leva muitas mulheres a recorrer a práticas inseguras, provocando mortes. Atualmente o aborto é crime, com pena de até três anos para a gestante que interromper a gravidez. Só é permitido fazer um aborto em caso de estupro, risco de vida para a mãe ou feto com anencefalia - nesse último caso, a deliberação coube ao STF. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 47. 03/09/2018 47 A pesquisa Datafolha indica que 59% dos brasileiros são contrários a mudanças na atual lei sobre o aborto Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) aponta que 59% dos brasileiros são contrários a mudanças na atual lei do aborto. O índice caiu em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2015, quando 67% defenderam que a lei continue como está. A maioria dos brasileiros, porém, ainda acredita que o aborto deve ser proibido e criminalizado. Atualmente, o aborto é permitido em apenas três casos no Brasil: quando a gravidez é resultado de estupro; quando há risco de vida para a mulher; se o feto for anencéfalo. Nas duas primeiras situações, a permissão do aborto é prevista em lei. No caso de feto anencéfalo, foi resultado de um entendimento firmado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em qualquer outra situação, o aborto é considerado um crime no Brasil. O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto e entrevistou 8.433 pessoas com 16 anos ou mais em 313 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Com relação à punição sobre as mulheres que fazem o aborto, 58% dos brasileiros acreditam que ela deve acontecer independentemente da situação, ou seja, que as mulheres sejam processadas e que devam ir para a cadeia. Já para 33% dos brasileiros as mulheres não deveriam ser presas ou passar por processo na Justiça por fazer um aborto. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori
  • 48. 03/09/2018 48 Procuradoria-Geral da República Representante da PGR (Procuradoria-Geral da República), o vice-procurador-geral, Luciano Mariz Maia, disse que a instituição ia manifestar seu entendimento após a audiência pública. Ele não informou datas para isso também. Além da manifestação da PGR, o processo deverá receber as contribuições por escrito dos “amici curiae” (amigos da corte, em latim), entidades que foram admitidas como partes interessadas na ação. Algumas delas se apresentaram na audiência, como a União dos Juristas Católicos de São Paulo. Outras ainda pleiteiam sua admissão nesse processo no Supremo. Durante a audiência, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), contrária à legalização, acusou a corte de fazer do evento um “teatro armado” para legitimar o processo. “Esta audiência presta-se apenas para legitimar o ativismo desta corte. Está-se fingindo ouvir as partes, mas, na realidade, está-se apenas legitimando o ativismo que virá em seguida. Esta audiência é parcial, a própria maneira como está sendo conduzida viola a Constituição”, disse o padre José Eduardo de Oliveira, da CNBB, ao afirmar que houve mais convidados pró- descriminalização do que contrários. A ação, ajuizada pelo PSOL em 2017, é uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), um tipo de ação que, segundo o Supremo, “visa reparar ou evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público”. No caso, o PSOL sustentou que dois artigos do Código Penal, de 1940, violam direitos fundamentais das mulheres, como o direito à vida, à liberdade, à integridade física e psicológica, à saúde e ao planejamento familiar, entre outros. Os artigos são o 124, que criminaliza a mulher (detenção de 1 a 3 anos), e o 126, que criminaliza quem provocar o aborto, incluindo profissionais de saúde (pena de 1 a 4 anos de reclusão). A ação pede que abortamentos até a 12ª semana não sejam enquadrados nesses artigos. Os prazos para julgamento de ADPFs variam muito, a depender do andamento processual. Na pauta das próximas sessões do plenário neste mês, por exemplo, há duas ações desse tipo. Uma chegou à corte em agosto de 2014, e a outra, em outubro de 2010. Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori Brasil bate novo recorde e tem maior nº de assassinatos da história com 7 mortes por hora em 2017; estupros aumentam 8% Atualidades – Retrospectiva Agosto 2018 Prof. Leandro Signori