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Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Seminário de Relações
Internacionais III
Prof. José Miguel Quedi Martins
História da Guerra
Robert L. O’Connell
Capítulo 12
Tiago Oliveira Baldasso
Alfred T. Mahan
• Oficial da marinha
estadunidense e historiador
naval.
• Contexto de pós-Guerra
Civil
• Desconcertado com a
mudança tecnológica da
vela para o vapor e com o
crescente papel do
engenheiro naval – retirada
para o passado
Alfred T. Mahan
• “Profeta”: salientou necessidade de criar quadro
intelectual para fundamentar política naval moderna.
• 1890: The Influence of Sea Power Upon History: 1660-1783
– Mecanização não altera premissas centrais da estratégia: estudo
da guerra de veleiros ainda é valido.
– História demonstra importância da concentração da frota e do
bloqueio.
– Combates no mar eram mais decisivos que incursões contra
rotas comerciais.
– Base do poder naval era uma frota numerosa de navios de
guerra homogêneos.
Alfred T. Mahan
• Para Mahan, uma frota não era apenas um instrumento
defensivo mas um meio de engrandecimento nacional.
– Mercados internacionais
– Recuperação da marinha mercante
– Canal de ligação e bases ultramarinas
• Previsão do que viria a ser o Imperialismo Estadunidense.
• Suas ideias virariam dogmas de oficiais de diversas
potências.
Alfred T. Mahan
• Durante primeiras quatro décadas do navio
de guerra a vapor não houveram grandes
combates.
– Papel da simulação como instrumento analítico
de estratégias e táticas: jogos navais
– Jogos apontavam necessidade de concentração
da frota, de deter armas maiores, da unidade de
comando e da tática da fila indiana.
– Ideia de frota de maior nº possível dos maiores
navios possíveis.
Alfred T. Mahan
• Tecnologia não estava mostrando ser tão
revolucionária:
– Reforçou tradição naval e hierarquia das classes
de navios.
– Regularidade da propulsão a vapor e melhores
comunicações tornou comando centralizado e
fila indiana mais fáceis.
• No entanto, haviam problemas nos jogos:
– Falta de dimensão espacial (submarinos,
torpedo, mina, aeronaves)
Alfred T. Mahan
• Vapores de combate: paradigmas de tamanho e
combatividade e símbolo da virtude tradicional da
guerra.
• Abordagem conservadora de tecnologias
potencialmente revolucionárias.
– “...inovações mecânicas só eram toleráveis na medida em que
pudessem ser integradas e adaptadas segundo padrões militares
conhecidos e apropriados.”
– Colossos navais geravam ânimo.
• HMS Dreadnought (1906)
O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Essa “reafirmação da ortodoxia na arquitetura naval”
desconsiderava os aspectos físicos do mar.
– Inércia da água
– Navio não era fortaleza e sim bolha de ar, olhado sob ótica
submarina.
• Surgimento dos torpedos vai sepultar invencibilidade do
“herói” dos mares
– Surge o torpedeiro
– Defensores da hierarquia dos navios respondem com 0 contra-
torpedeiro ou destroyer.
O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Submarino + torpedo = combinação com grande
potencial.
– Porém, faltava sistema de propulsão que proporcionasse
autonomia.
– Começa como arma de defesa costeira mas rapidamente evolui.
• 1912: motor a diesel – vai se tornando uma embarcação oceânica
– Torpedo começa a “fazer-se sentir”.
• Impede frotas de combate de se aproximarem
• Submarino começa a ser reconhecido e temido
O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Fator psicológico do submarino
– Tido como vilão: sorrateiro, letal e injusto.
– Quebra com etiqueta e hierarquia naval: pode afundar qualquer
um.
– Não é “simpático”: perigoso para o inimigo e para própria
tripulação.
– Navegava sozinho ou em pequenos grupos: símbolo do
guerrilheiro.
– Ideia de guerrilheiro x herói.
• Enquanto potências europeias e Japão conduzem
políticas de submarinos semelhantes, EUA não terá
nenhum operacional até a 1ª Guerra.
O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Influência dos torpedos
– Afastamento da linha de combate
• Influência dos torpedos
– Afastamento da linha de combate
• Influência dos torpedos
– Afastamento da linha de combate
– Maximização da precisão de longa distância: “Tiro científico”.
– Problema agora é de distância
• Virada do século: grupo de altos oficiais dos EUA e da
Grã-Bretanha começam a favorecer novas armas e seu
desenvolvimento.
• Sentido claro da tradição e compostura militar. Necessidade de
arma decisiva - navio enorme com grandes canhões: HMS
Dreadnought
HMS Dreadnought
• 1º navio com turbinas a vapor
• 21 nós (39km/h) de velocidade
• Foi afronta especial ao kaiser alemão e contribui para
corrida naval.
• Sims (EUA) conhece o navio e leva de volta crença de que
navios de guerra americanos tinham que ter turbinas a
vapor.
• Surgem depois os supercruzadores britânicos com
velocidade superior (28 nós / 51 km/h)
Couraçados
• Potências saem em corrida para “couraçar” suas frotas.
• Destaque para rivalidade GB x Alemanha
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Apresentação   texto do o'connell - tsushima

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  • 1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul Seminário de Relações Internacionais III Prof. José Miguel Quedi Martins
  • 2. História da Guerra Robert L. O’Connell Capítulo 12 Tiago Oliveira Baldasso
  • 3. Alfred T. Mahan • Oficial da marinha estadunidense e historiador naval. • Contexto de pós-Guerra Civil • Desconcertado com a mudança tecnológica da vela para o vapor e com o crescente papel do engenheiro naval – retirada para o passado
  • 4. Alfred T. Mahan • “Profeta”: salientou necessidade de criar quadro intelectual para fundamentar política naval moderna. • 1890: The Influence of Sea Power Upon History: 1660-1783 – Mecanização não altera premissas centrais da estratégia: estudo da guerra de veleiros ainda é valido. – História demonstra importância da concentração da frota e do bloqueio. – Combates no mar eram mais decisivos que incursões contra rotas comerciais. – Base do poder naval era uma frota numerosa de navios de guerra homogêneos.
  • 5. Alfred T. Mahan • Para Mahan, uma frota não era apenas um instrumento defensivo mas um meio de engrandecimento nacional. – Mercados internacionais – Recuperação da marinha mercante – Canal de ligação e bases ultramarinas • Previsão do que viria a ser o Imperialismo Estadunidense. • Suas ideias virariam dogmas de oficiais de diversas potências.
  • 6. Alfred T. Mahan • Durante primeiras quatro décadas do navio de guerra a vapor não houveram grandes combates. – Papel da simulação como instrumento analítico de estratégias e táticas: jogos navais – Jogos apontavam necessidade de concentração da frota, de deter armas maiores, da unidade de comando e da tática da fila indiana. – Ideia de frota de maior nº possível dos maiores navios possíveis.
  • 7. Alfred T. Mahan • Tecnologia não estava mostrando ser tão revolucionária: – Reforçou tradição naval e hierarquia das classes de navios. – Regularidade da propulsão a vapor e melhores comunicações tornou comando centralizado e fila indiana mais fáceis. • No entanto, haviam problemas nos jogos: – Falta de dimensão espacial (submarinos, torpedo, mina, aeronaves)
  • 8. Alfred T. Mahan • Vapores de combate: paradigmas de tamanho e combatividade e símbolo da virtude tradicional da guerra. • Abordagem conservadora de tecnologias potencialmente revolucionárias. – “...inovações mecânicas só eram toleráveis na medida em que pudessem ser integradas e adaptadas segundo padrões militares conhecidos e apropriados.” – Colossos navais geravam ânimo.
  • 10. O fim da supremacia do “herói dos mares” • Essa “reafirmação da ortodoxia na arquitetura naval” desconsiderava os aspectos físicos do mar. – Inércia da água – Navio não era fortaleza e sim bolha de ar, olhado sob ótica submarina. • Surgimento dos torpedos vai sepultar invencibilidade do “herói” dos mares – Surge o torpedeiro – Defensores da hierarquia dos navios respondem com 0 contra- torpedeiro ou destroyer.
  • 11. O fim da supremacia do “herói dos mares” • Submarino + torpedo = combinação com grande potencial. – Porém, faltava sistema de propulsão que proporcionasse autonomia. – Começa como arma de defesa costeira mas rapidamente evolui. • 1912: motor a diesel – vai se tornando uma embarcação oceânica – Torpedo começa a “fazer-se sentir”. • Impede frotas de combate de se aproximarem • Submarino começa a ser reconhecido e temido
  • 12. O fim da supremacia do “herói dos mares” • Fator psicológico do submarino – Tido como vilão: sorrateiro, letal e injusto. – Quebra com etiqueta e hierarquia naval: pode afundar qualquer um. – Não é “simpático”: perigoso para o inimigo e para própria tripulação. – Navegava sozinho ou em pequenos grupos: símbolo do guerrilheiro. – Ideia de guerrilheiro x herói. • Enquanto potências europeias e Japão conduzem políticas de submarinos semelhantes, EUA não terá nenhum operacional até a 1ª Guerra.
  • 13. O fim da supremacia do “herói dos mares” • Influência dos torpedos – Afastamento da linha de combate • Influência dos torpedos – Afastamento da linha de combate • Influência dos torpedos – Afastamento da linha de combate – Maximização da precisão de longa distância: “Tiro científico”. – Problema agora é de distância • Virada do século: grupo de altos oficiais dos EUA e da Grã-Bretanha começam a favorecer novas armas e seu desenvolvimento. • Sentido claro da tradição e compostura militar. Necessidade de arma decisiva - navio enorme com grandes canhões: HMS Dreadnought
  • 14. HMS Dreadnought • 1º navio com turbinas a vapor • 21 nós (39km/h) de velocidade • Foi afronta especial ao kaiser alemão e contribui para corrida naval. • Sims (EUA) conhece o navio e leva de volta crença de que navios de guerra americanos tinham que ter turbinas a vapor. • Surgem depois os supercruzadores britânicos com velocidade superior (28 nós / 51 km/h)
  • 15. Couraçados • Potências saem em corrida para “couraçar” suas frotas. • Destaque para rivalidade GB x Alemanha • Japoneses, italianos, russos, franceses, austro-húngaros. • Rivalidade dos couraçados: competição intra- específica • Pouca utilidade prática • Primeira arma de dissuasão?