O documento discute a influência do almirante Alfred Mahan nas estratégias navais do final do século XIX e início do século XX. Mahan enfatizou a importância da concentração da frota e do bloqueio naval, mas subestimou tecnologias como torpedos e submarinos que acabaram revolucionando a guerra naval. A corrida armamentista resultante levou ao desenvolvimento de couraçados cada vez maiores, como o HMS Dreadnought, mas com pouca utilidade prática.
3. Alfred T. Mahan
• Oficial da marinha
estadunidense e historiador
naval.
• Contexto de pós-Guerra
Civil
• Desconcertado com a
mudança tecnológica da
vela para o vapor e com o
crescente papel do
engenheiro naval – retirada
para o passado
4. Alfred T. Mahan
• “Profeta”: salientou necessidade de criar quadro
intelectual para fundamentar política naval moderna.
• 1890: The Influence of Sea Power Upon History: 1660-1783
– Mecanização não altera premissas centrais da estratégia: estudo
da guerra de veleiros ainda é valido.
– História demonstra importância da concentração da frota e do
bloqueio.
– Combates no mar eram mais decisivos que incursões contra
rotas comerciais.
– Base do poder naval era uma frota numerosa de navios de
guerra homogêneos.
5. Alfred T. Mahan
• Para Mahan, uma frota não era apenas um instrumento
defensivo mas um meio de engrandecimento nacional.
– Mercados internacionais
– Recuperação da marinha mercante
– Canal de ligação e bases ultramarinas
• Previsão do que viria a ser o Imperialismo Estadunidense.
• Suas ideias virariam dogmas de oficiais de diversas
potências.
6. Alfred T. Mahan
• Durante primeiras quatro décadas do navio
de guerra a vapor não houveram grandes
combates.
– Papel da simulação como instrumento analítico
de estratégias e táticas: jogos navais
– Jogos apontavam necessidade de concentração
da frota, de deter armas maiores, da unidade de
comando e da tática da fila indiana.
– Ideia de frota de maior nº possível dos maiores
navios possíveis.
7. Alfred T. Mahan
• Tecnologia não estava mostrando ser tão
revolucionária:
– Reforçou tradição naval e hierarquia das classes
de navios.
– Regularidade da propulsão a vapor e melhores
comunicações tornou comando centralizado e
fila indiana mais fáceis.
• No entanto, haviam problemas nos jogos:
– Falta de dimensão espacial (submarinos,
torpedo, mina, aeronaves)
8. Alfred T. Mahan
• Vapores de combate: paradigmas de tamanho e
combatividade e símbolo da virtude tradicional da
guerra.
• Abordagem conservadora de tecnologias
potencialmente revolucionárias.
– “...inovações mecânicas só eram toleráveis na medida em que
pudessem ser integradas e adaptadas segundo padrões militares
conhecidos e apropriados.”
– Colossos navais geravam ânimo.
10. O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Essa “reafirmação da ortodoxia na arquitetura naval”
desconsiderava os aspectos físicos do mar.
– Inércia da água
– Navio não era fortaleza e sim bolha de ar, olhado sob ótica
submarina.
• Surgimento dos torpedos vai sepultar invencibilidade do
“herói” dos mares
– Surge o torpedeiro
– Defensores da hierarquia dos navios respondem com 0 contra-
torpedeiro ou destroyer.
11. O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Submarino + torpedo = combinação com grande
potencial.
– Porém, faltava sistema de propulsão que proporcionasse
autonomia.
– Começa como arma de defesa costeira mas rapidamente evolui.
• 1912: motor a diesel – vai se tornando uma embarcação oceânica
– Torpedo começa a “fazer-se sentir”.
• Impede frotas de combate de se aproximarem
• Submarino começa a ser reconhecido e temido
12. O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Fator psicológico do submarino
– Tido como vilão: sorrateiro, letal e injusto.
– Quebra com etiqueta e hierarquia naval: pode afundar qualquer
um.
– Não é “simpático”: perigoso para o inimigo e para própria
tripulação.
– Navegava sozinho ou em pequenos grupos: símbolo do
guerrilheiro.
– Ideia de guerrilheiro x herói.
• Enquanto potências europeias e Japão conduzem
políticas de submarinos semelhantes, EUA não terá
nenhum operacional até a 1ª Guerra.
13. O fim da supremacia do “herói
dos mares”
• Influência dos torpedos
– Afastamento da linha de combate
• Influência dos torpedos
– Afastamento da linha de combate
• Influência dos torpedos
– Afastamento da linha de combate
– Maximização da precisão de longa distância: “Tiro científico”.
– Problema agora é de distância
• Virada do século: grupo de altos oficiais dos EUA e da
Grã-Bretanha começam a favorecer novas armas e seu
desenvolvimento.
• Sentido claro da tradição e compostura militar. Necessidade de
arma decisiva - navio enorme com grandes canhões: HMS
Dreadnought
14. HMS Dreadnought
• 1º navio com turbinas a vapor
• 21 nós (39km/h) de velocidade
• Foi afronta especial ao kaiser alemão e contribui para
corrida naval.
• Sims (EUA) conhece o navio e leva de volta crença de que
navios de guerra americanos tinham que ter turbinas a
vapor.
• Surgem depois os supercruzadores britânicos com
velocidade superior (28 nós / 51 km/h)
15. Couraçados
• Potências saem em corrida para “couraçar” suas frotas.
• Destaque para rivalidade GB x Alemanha
• Japoneses, italianos, russos, franceses, austro-húngaros.
• Rivalidade dos couraçados: competição intra-
específica
• Pouca utilidade prática
• Primeira arma de dissuasão?