Este documento descreve a história da Apple desde sua fundação por Steve Jobs e Steve Wozniak em uma garagem até se tornar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Começando com a criação do Apple I e II na década de 1970, a Apple lançou vários produtos inovadores como o Macintosh, iPod, iPhone e iPad sob a liderança de Jobs, que levou a empresa ao sucesso global. Apesar de sua abordagem pouco convencional de gestão, a Apple atingiu um valor de mercado superior a US$ 632 bilhões, super
Desenvolvimento de Jogos - #Aula 13 - Apple Computer e os Games
Apple
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Apple
História
A empresa Apple Computers, mais que uma empresa, um grande império da era dos
computadores. Aquela que traz como símbolo uma simples maçã, invenção de dois
garotos hippies da cidade de Cupertino nos EUA que apostaram em seu trabalho e
mesmo sem nenhum crédito de empresas ou apoio, conquistaram o seu próprio
lugar no topo do mundo tecnológico. Hoje é um referencial de tecnologia, design e
qualidade. Mas como uma humilde empresa criada inicialmente dentro de uma
garagem chegou tão longe? O que faz tantos usuários esgotarem IPADS no primeiro
dia de lançamento em lojas em todo o planeta? Confira você mesmo o histórico
completo da Apple.
Em 1976 dois colegas de faculdade, Steve Jobs e Steve Wozniak começaram a
“brincar” com seus primeiros computadores, fabricados ainda de forma rústica por
eles mesmos. Na época obviamente, não se pensava no termo “computador
pessoal”, as pessoas queriam uma máquina de escrever, mas computadores
domésticos era uma loucura!
Steve Jobs e seu parceiro então construíram o primeiro computador que fazia
operações simples, e o nome do projeto ficou conhecido como Apple I.
O computador era uma simples caixa
de madeira que armazenava uma placa
de circuitos. Apresentada a várias
empresas como a Atari e HP, o
computador foi recusado e visto com
desprezo… Sim, eles não sabiam, mas
tinham recusado uma verdadeira máquina da fortuna. Enquanto a Apple I não
despertava interesse para as grandes empresas, os usuários comuns estavam se
aproximando cada vez mais.
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Em 1977, em uma feira de
computadores na Califórnia foi
apresentado o Apple I que ganhou toda
a notoriedade de diversas pessoas,
transformando-o em um fenômeno para
a época. Com o sucesso o Apple I
ganhou um sucessor, o Apple II. Neste
mesmo ano a Apple ganhou uma sede
em Cupertino – Califórnia,
consolidando o respeito e seriedade da empresa.
Neste tempo, outra empresa muito importante, a Xerox, trabalhava em cima de uma
grande invenção que está sobre suas mãos agora, o mouse (O mouse havia sido
desenvolvido em 1968). A interface gráfica, com menus foram
deQualquersenvolvidos pelos engenheiros da Xerox. Contudo o alto escalão da
empresa zombou da idéia do mouse e da interface gráfica. Mas nosso amigo budista
estava de olho no que estava acontecendo, e resolveu reunir este material a favor
dele.
Com os ingredientes reunidos, em 1983
foi lançado um computador Apple
chamado “Lisa“. Com 1 MB de memória
RAM, dois drives de disquete e disco
rígido de 5MB e um monitor de 12
polegadas. Também trazia interface
gráfica, mouse e uma suíte de
aplicativos tipo Office. Porém não
estavam acessíveis aos usuários
domésticos, 10 Mil dólares era o preço dessa máquina.
O Macintosh tinha tudo o que Lisa tinha, mas ganhou melhorias na interface gráfica
e nos aplicativos – O sistema operacional foi o Mac OS 1.0.
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A empresa estava crescendo cada vez
mais e já não dependia inteiramente de
Steve Jobs, diante tantos atritos que o
mesmo causava, foi demitido pelo
conselho da empresa. Steve Wozniak
também se despediu da Apple no
mesmo ano, mas saiu depois de ter uma
briga com Jobs. Então a empresa seguiu
sem os pilares iniciais do seu sucesso. Nesta mesma época a Microsoft estava
começando a ganhar espaço e sem ameaças ela prosperou.
A Apple sem Jobs não era a mesma coisa, e começou a desapontar os usuários.
Em 1991 a empresa lançou o seu primeiro computador portátil chamado de
PowerBook, na tentativa de reconquistar seu público, que não estava satisfeito
principalmente com os preços dos aparelhos.
Em 1994 os computadores foram lançados
com um novo processador chamado
“PowerPC“, a aposta nos novos
processadores não deu certo. O problema foi à
incompatibilidade de programas que antes
rodavam nos processadores da família 68000
Motorola, agora não conseguiam executar.
Assim todos os programas precisavam ser
reescritos, e se isto era um desafio para os
desenvolvedores, imagine para os usuários. A solução foi à criação de um programa
que emulava softwares antigos, porém causava lentidão nos computadores, era
desagradável. Conforme o tempo passou os novos programas foram escritos de
acordo com as instruções dos novos processadores.
Até o final de 1996 a Apple ainda vivia uma crise, sem Jobs tudo parecia sem
brilho, o desafio era prosseguir…
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Steve embora demitido da Apple desde 1985 fundou a NeXT, uma nova empresa de
computadores que em 1986 comprou a Pixar da Lucasfilm - Anos mais tarde ficou
famosa por uma nova linguagem de animação 3D para desenhos animados. Na
década de 1990 a Pixar sob liderança de Steve Jobs produziu o primeiro filme
infantil animado na sua totalidade por computador – Toy Story.
Em 1996 a Apple compra de Steve Jobs a NeXT
Computer e o admite novamente na empresa.
Neste tempo a Apple planejava seu novo sistema
operacional (O Mac OS X) e precisava do sistema
operacional de Jobs (NeXTStep) como base. Em
2000 foi lançado o Mac OS X. e a empresa saiu do
aperto, voltando aos eixos finalmente. Steve Jobs
ainda trouxe à Apple em 1998 uma novidade, o
iMac – uma nova linha de computadores com
design arrojado, comportando seus dispositivos dentro da caixa do monitor, o
teclado e mouse tinham um visual bem atraente.
Foi o primeiro computador que abandonou o tom “bege”, agora em cores
personalizadas – isto agradou boa parte do público jovem.
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Com tanta coisa boa acontecendo na Apple, Steve Jobs revolucionaria o mercado
com os famosos iPod’s. Um player portátil de áudio e vídeo que se tornou febre em
vários países. O iPod conquistou o público por sua leveza, praticidade, modernidade
e simplicidade. Assim a Apple começou a atuar no mercado musical, o
programa Itunes chegou dois anos depois e passou a ser o par do iPod, uma loja
virtual para a compra de músicas pela internet de forma legal e barata.
Em 2006 o mercado abriu as portas para o MacBook, um laptop moderno que trouxe
consigo o novo processador Intel (O PowerPC foi abandonado), deixando o preço
mais acessível e o melhor de tudo, velocidade de processamento superior.
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Estamos em 2007 e com a Apple ramificada
além de seu mercado, atinge agora o setor
de telecomunicações com um novo produto –
o iPhone. O iPhone é um Smartphone
construído com a tecnologia da maçã, com
funções de multitouch, filmadora, acesso a
internet e muito mais. Seu sistema
operacional é conhecido como iOS, um dos
aparelhos móveis mais cobiçados do planeta.
Em 2010 um novo conceito de Tablet é lançado, o iPad
– Um tablet com interface multitoque e funções
inspiradas na navegação do iPhone, foi um estouro de
vendas.
Em 2011 chegou às lojas do mundo todo o seu
sucessor – o Ipad 2, com design fino e elegante, sua
navegação é surpreendente. Conta com Wi-Fi,
Bluetooth, processador dual-core A5, em um design
leve e confortável. Estas são as características que
fazem no iPad2 ser um sonho para muitos.·.
A empresa não enfrenta mais crises desde a volta de Steve, simplicidade e perfeição
é a fórmula que Steve sempre usou para conquistar seu público. Embora meio
arrogante e considerado por muitos como insuportável, foi o responsável pela
popularização do mouse e interface gráfica em computadores (Mesmo não sendo o
criador), um gênio que ficará marcado na história da Apple.
A empresa Apple
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A Apple não é sequer um lugar particularmente agradável, em uma era em que legiões
de empresas competem para ser listadas na classificação anual dos lugares mais
desejáveis para trabalhar. A Apple faz questão de não participar dessas disputas. É o
oposto do ambiente do Google, talvez o melhor exemplo do que é considerado ‘bacana’
em termos de gestão de pessoas nos dias de hoje.
‘Posso trabalhar de pijama, comer salgadinhos e apostar corrida de patinete elétrico com
os outros engenheiros. ’ Essa é uma frase possível no Google que jamais foi ouvida na
empresa criada por Jobs. A Apple paga salários competitivos com os do mercado, mas
longe de serem os melhores.
Um diretor sênior pode receber um salário anual de 200 000 dólares mais bônus, que
podem, nos anos bons, aumentar a remuneração total em 50%. De acordo com
executivos da empresa, falar em dinheiro na Apple é desaconselhável, mesmo que a
carga de trabalho muitas vezes inclua fins de semana e feriados. Quando era o vice-
presidente de operações da Apple, Tim Cook era famoso por agendar reuniões com sua
equipe nos domingos à
noite.
Os executivos referem-se
ao manual de
procedimentos da empresa
como a receita do ‘tempero
secreto’. Quanto aos
aparelhos da Apple — por
mais que o mundo admire ou goste deles —, poucos entendem como ela os faz e os
comercializa.
Não se sabe como seus líderes atuam — a maneira como a empresa coloca equipes
para competir umas contra as outras e a falta de abordagem para o desenvolvimento de
carreira.
Na Apple, muitos membros de posições médias trabalham duro durante anos na mesma
função — mais uma diferença do resto do mundo corporativo, que costuma ter planos de
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carreira muito claros. Na empresa com a marca de Jobs, um punhado de assistentes
dos executivos mais importantes é eleito para formar a próxima geração de líderes.
‘O que o Steve faria?’ certamente será a
pergunta mais repetida por essa geração
durante os próximos anos. Se eles conseguirem
colocar em prática o que lhes foi ensinado, o
sucesso da empresa está garantido. De fato, a
ausência de Jobs colocará em teste a cultura da
empresa que ele tentou institucionalizar em
seus últimos anos de vida.
O último conselho que Jobs deixou a seus executivos, inclusive a Cook, o atual
presidente, foi: ‘Nunca pergunte o que fazer, apenas faça o que é certo’. “Pode demorar
alguns anos, mas no futuro o mundo descobrirá se Steve Jobs era a Apple — ou se ele
foi bem-sucedido na criação de um organismo suficientemente forte para sobreviver à
sua morte.”
Valor de mercado
A Apple, com vendas anuais de 108 bilhões de dólares, é uma empresa cujos métodos
vão contra décadas de máximas de gestão estabelecidas. É como se a empresa não
prestasse atenção no que estavam ensinando nas escolas de administração e negócios
— e, de fato, não estava.
A Apple é sigilosa em uma época em que
a tendência nas empresas se direciona
para a transparência. Longe de possuir
poder, seus colaboradores operam dentro
de uma faixa restrita de responsabilidade.
Espera-se que os funcionários sigam
ordens, não que ofereçam opiniões.
Pouca gente — incluindo os próprios
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funcionários — tem pistas do que acontece na Apple antes do lançamento oficial de um
produto.
É exatamente assim que a Apple quer. Os colaboradores sabem que algo grande está
para acontecer quando os carpinteiros aparecem nos prédios da matriz da companhia,
em Cupertino. Novas paredes são erguidas rapidamente. Portas são acrescentadas e
novos protocolos de segurança são implantados.
Janelas que antes eram transparentes ficam foscas. Para o funcionário deixado de fora,
a confusão é desconcertante. É bem provável que você não faça ideia do que esteja
acontecendo e provavelmente não é para você saber. Se nada lhe foi revelado, então
você não tem nada a ver com isso. Fim da história.
Os bons gerentes, como nos ensinam, são aqueles que delegam. Na Apple, pelo
contrário, o próprio Jobs era um ‘microgerente’ em todos os sentidos da palavra, da
aprovação de cada publicidade criada na empresa à decisão de quem participaria ou
não das reuniões ultrassecretas.
A Apple ainda despreza outra peça do culto à eficiência da gestão moderna: ela deixa
dinheiro na mesa quando os lucros estão em alta. A Apple, de fato, demonstra pouco
interesse em Wall Street, dando a impressão de que vê os investidores como pessoas
irritantes, na pior das hipóteses, ou como um mal necessário, na melhor das hipóteses.
A Apple realizou uma façanha poucas vezes ocorrida no mercado de tecnologia:
superou o valor de mercado das principais companhias americanas do segmento
somadas.
Juntos, os valores de mercado da Microsoft (256,7 bi de dólares), Google (221,4 bi
de dólares), Amazon (111,2 bi de dólares) e Facebook (41,3 bi de dólares) atingiriam
a marca de US$ 630,9 bi.
Sozinha, com seus papéis negociados a 676 dólares, a Apple tem valor de mercado
superior a 632,5 bi de dólares.
A observação foi primeira notada pelo designer e analista americano Kontra e
divulgada no Twitter.
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A Apple atingiu novo valor de mercado recorde na segunda-feira, primeiro dia útil
após a sentença que condenou a Samsung a pagar 1 bilhão de dólares à empresa
cofundada por Steve Jobs. Na ocasião, cada ação da Apple chegou a ser negociada
por 680,87 dólares.
A notícia também derrubou as ações do Google, detentor do sistema operacional
Android, utilizado nos smartphones da Samsung, que recuou 1,4%.
Ao mesmo tempo, a desvalorização das ações do Facebook, em quase 50% em
relação ao valor de oferta inicial ao mercado, corrobora o cenário favorável à Apple.
Desde que as bolsas começaram a se recuperar da turbulência de 2008, os papéis
da Apple acumulam uma alta histórica. A valorização da companhia foi ainda mais
intensa no último ano, quando foi comandada por Tim Cook, substituto do fundador
Steve Jobs. No primeiro ano com o novo presidente, a empresa se valorizou nada
menos que 76,3%.
A Apple parece não ter rivais que ameacem seu posto de maior empresa do mundo
em valor de mercado. Na semana passada, a soma do preço de todas as ações da
companhia passou dos US$ 630 bilhões, aumentando a distância para a segunda
colocada, a Exxon Mobil, que vale por volta de US$ 400 bilhões. Na comparação
com outros gigantes de tecnologia, ela é maior que a soma de Google, Facebook,
Intel, HP, Amazon, eBay, Yahoo, Dell, AOL e Groupon.
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As atuais cotações das ações da Apple fazem dela a empresa com maior valor de
mercado da história. A marca foi atingida em agosto, após a companhia superar o
recorde anterior da rival Microsoft, que chegou a valer US$ 616 bilhões no final de
1999, antes do estouro da bolha da internet, mas agora é avaliada em US$ 254
bilhões.
Pode parecer algo fora da realidade, mas o valor de mercado normalmente reflete os
resultados das companhias. Por exemplo: a Apple vale aproximadamente três vezes
mais que o Google (veja no infográfico), enquanto seu lucro no último trimestre (US$
8,8 bilhões) também foi mais ou menos três vezes maior que o do Google (US$ 2,8
bilhões).
Mas especialistas do mercado avaliam que os principais desafios do executivo estão
reservados para o próximo ano. Até agora, os produtos lançados haviam sido
planejados na gestão Jobs (como o iPhone 4S), ou não trouxeram grandes
novidades (como o novo iPad). Agora, com a briga pelo mercado de smartphones
cada vez mais acirrada, as inovações serão de total responsabilidade de Cook.
Ainda assim, o consenso entre os analistas, segundo o sistema da bolsa eletrônica
Nasdaq, é recomendar a compra das ações da Apple. Ou seja, eles acreditam que
as cotações devem subir ainda mais. Atualmente, uma ação da companhia vale por
volta de US$ 660, e o banco de investimentos Jefferies recentemente elevou o
preço-alvo do papel para US$ 900. Se algo próximo disso acontecesse, a gigante
californiana quebraria – mais uma vez – todos os recordes do mercado.
“It’s better to be a pirate than to join the navy”
(Steve Jobs)
"É melhor ser um pirata do que entrar para a marinha" (Steve Jobs)
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