2. 1 2
2
1 José Carlos de Figueiredo
2
3
4Aos meus Protetores
5Espirituais que considero os
6verdadeiros inspiradores das
7crônicas, e, aos meus amigos
8no plano físico que
9procederam ao
10enriquecimento gráfico e arte
11final desse pequeno
12compêndio, deixo aqui
13consignado o testemunho da
14minha profunda gratidão
15por sua sensibilidade,
16inteligência e amorosidade.
17
18 O AUTOR
19
3 2
4
3. 1 3
2
1
2
3 O autor da presente
4publicação abre mão de
5eventuais e possíveis Direitos
6Autorais, revertendo-se os
7mesmos para as Entidades
8Filantrópicas ou
9Espiritualistas que venham
10eventualmente a publicá-la,
11não autorizando a reprodução
12total ou parcial por qualquer
13outra Organização que não as
14supra-citadas.
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
3 3
4
4. 1 4
2
1 PREFACIO
2
3 Imaginemos uma palestra
4ou exposição, sobre temas metafísicos
5ou espiritualistas, dada por um
6excelente orador ou professor.
7 Na platéia, existirão os
8seguintes ouvintes dentre os
9espectadores:
100 1- O Evoluído e Espiritualizado.
1102- O Curioso e Inteligente.
1203- O Buscador bem intencionado.
1304- O atrasado espiritualmente.
14
15 Por melhor que seja o
16desempenho e o conhecimento do
17expositor, as reações ao final da
18palestra serão as seguintes:
19
20Ouvinte 01: sairá frustrado por não
21ter ouvido nada do que já não soubesse.
22
23 Ouvinte 02: achará o tema curioso e
24passível de ser considerado.
25
26 Ouvinte 03: sairá impressionado e
27possivelmente passará a considerar
28seriamente o que ouviu, se aquilo que
29ouviu estiver dentro do seu padrão
30vibratório.
3 4
4
5. 1 5
2
1 Porém, em pouco tempo esquecerá a
2maior parte do que foi exposto na
3palestra se não procurar doravante um
4aprofundamento maior.
5
6 Ouvinte 04: terá achado que o
7expositor é um fanático religioso,
8alienado ou interesseiro.
9
10
11 RESUMO
12 Em se tratando de ensinamentos
13metafísicos, espirituais ou
14transcendentais, ninguém consegue
15ensinar nada para ninguém.
16Não há expositor, livro ou PPS
17possível, que nos consiga fazer
18realmente despertar espiritualmente.
19 O máximo que se consegue
20é uma curiosidade bem intencionada e
21produtiva, focada na mente concreta,
22e não, na mente abstrata.
23 Conhecer verdades, não
24espiritualiza ninguém. O processo é
25inverso, ou seja, com a espiritualização
26paulatina é que passamos a nos
27afinizar com essas mesmas verdades.
28
29
30
3 5
4
6. 1 6
2
1
2
3 SOLUÇÃO
4 Só a meditação, só o recolhimento,
5ensinados via de regra pelos Budistas,
6pelos Monges e pelos Yoguis é que nos
7possibilitam vivenciar alguma coisa em
8termos de metafísica, espiritualismo ou
9conhecimento transcendental.
10
11 Possivelmente, aprender
12tudo o que foi exposto na hipotética
13palestra citada, sem que estivéssemos
14presentes à mesma; ou em qualquer
15livro sublime, sem que tenhamos
16sequer aberto aquele livro sublime!
17
18 Prezado Leitor,
19
20 Espero sinceramente, que
21as Crônicas deste pequeno compêndio,
22consigam chegar até o âmago dos seus
23arquétipos milenares, para que você
24simplesmente reabra tudo que já existe
25nos seus Diretórios Espirituais.
26
27
28 José Carlos de Figueiredo
29
30
3 6
4
7. 1 7
2
1
2
3
4
5
6 INTRODUÇÃO
7
8 1953- Igreja
9 Matriz de Nossa Senhora das Dores
10 no bairro Rio Comprido na Cidade
11 do Rio de Janeiro.
12 Em uma bela manhã, para lá se
13dirige um menino, absolutamente puro,
14para dar início ao Curso Preparatório
15para a sua 1ª Comunhão.
16 No referido curso, o enfoque
17logicamente, era a vida de Jesus.
18 Foi um choque para o garoto, tomar
19conhecimento da suprema bondade
20daquele Homem e logo em seguida,
21saber que o mesmo fora assassinado da
22forma mais brutal possível.
23 O menino terminou o curso, realizou
24sua 1ª Comunhão, mas ficou um pouco
25diferente: continuou a sua vida como
26criança ,brincando, estudando,
27sonhando. Porém, sempre que podia,
28voltava àquela Igreja somente quando
29ela estava absolutamente vazia e
30ficava absorto, pensando na vida e na
3 7
4
8. 1 8
2
1 morte daquele Homem; pensando como
2outros homens tiveram a coragem de
3fazer aquilo com Ele!
4 O tempo passou.
5 Porém a necessidade de
6recolhimento e abstração tornou-se
7uma rotina, como se fora a hora de
8recarregar as baterias para
9continuar a lutar.
10 Por sinal, a luta do garoto houvera
11começado bem cedo, pois não pudera
12conhecer seu pai falecido quando o
13garoto acabara de nascer e perdera
14sua mãe quando ainda adolescente.
15 Todos esses fatos só serviram para
16tornar o então jovem adulto cada vez
17mais introspectivo e meditativo.
18
19 Até que um dia, vivenciou um sonho
20durante uma noite; sonho este que
21acelerou ainda mais sua necessidade
22de recolhimento e introspecção .
23 Sonhou ele, que se encontrava numa
24outra existência, num futuro já
25bastante longínquo da atual vida.
26 Foi chamado então à presença de
27um superior que lhe comunicara a
28permissão concedida para visitar o seu
29próprio passado.
3 8
4
9. 1 9
2
1
2
3
4 Eis que de repente, o mesmo se vê
5envolvido por um turbilhão, girando,
6como se estivesse no epicentro de um
7ciclone.
8
9 Quando tudo serenou, ele se viu
10dentro de um cemitério que pôde
11identificar como sendo o Cemitério de
12São João Batista no Rio de Janeiro.
13 Começou então instintivamente, a
14procurar por uma determinada
15sepultura, até que, depois de algum
16tempo, conseguiu localizá-la.
17 Para sua surpresa, na lápide do
18túmulo havia a foto de um homem
19jovem e saudável com um semblante
20sereno e que não era outro senão ele
21mesmo!!!
22
23 Passada a surpresa, aflorou um
24sentimento nostálgico de muita
25saudade daquela vida vivida, muito
26carinho pela imagem da foto e tudo
27parecia fazer parte de um passado já
28muito distante.
29
3 9
4
10. 1 10
2
1
2
3 Em seguida, a foto começou a se
4dissolver e o turbilhão novamente o
5envolveu, forçando seu retorno para o
6futuro.
7
8 Será que foi um sonho? Será que
9 foi uma vivência? Será que foi um
10 ensinamento? Um aviso, para que
11 não se deixasse envolver em demasia
12 com o passado, mesmo que fosse um
13 passado que trazia suaves
14 recordações?
15
16 Assim intuí que deveria interpretar.
17 Devemos guardar com carinho
18 todas as nossas boas recordações,
19 tirar lições de todas as nossas
20 experiências desagradáveis, não nos
21 preocuparmos com o futuro,
22 porquanto ele é absolutamente
23 imprevisível e viver intensamente o
24 presente, de uma forma saudável ,
25 integrada e de profundo amor por
26 tudo que contenha vida.
27
3 10
4
11. 1 11
2
1 As crônicas a seguir relatadas,
2foram todas conseqüência de momentos
3de abstração e introspecção do autor.
4 Foram elaboradas em momentos em
5que ele se permitia um afloramento do
6garoto do passado.
7 Eu tive o cuidado de preservá-lo em
8mim mesmo.
9 É ele quem me dá forças;
10 É ele quem me inspira.
11 É nele que eu me refugio....
12
13
14
15 Prezado leitor,
16
17 Tente de vez em quando, aflorar
18o garoto ou a garota que você
19também já foi.
20 Ele ou ela , existem dentro de
21você!
22
23 Dê uma chance a eles!
24
25 Você verá que fica bem mais fácil
26viver.......
27
28 José Carlos de Figueiredo
29
30
31
3 11
4
12. 1 12
2
1 Um dia, num futuro ainda
2muito distante, perdido no limiar do
3tempo, haverá uma estrela.
4 Estarão reunidos nessa
5estrela, todos os que amamos,
6observando um ínfimo e distante
7planetinha azulado que hoje é
8chamado de “Terra”.
9 E então, milagrosamente,
10estaremos sentindo uma saudade
11imensa de uma vida vivida num
12passado já muito distante.
13 Uma saudade que inclua
14inclusive, os momentos difíceis,pois
15estaremos conscientes que esses
16momentos na verdade, não foram
17assim tão difíceis.
18 Eles foram simplesmente
19parte da renovação, inevitável e
20necessária dessa coisa maravilhosa
21chamada “Vida”.
22 A partir de agora, quando
23olhar para o céu, tente imaginar onde
24possa estar essa estrelinha, antevendo
25desde já esse maravilhoso reencontro
26futuro!”
27
28
29 SUMÁRIO
3 12
4
13. 1 13
2
1TÍTULO PÁGINA
2
3OS FOGUETES FLEX ----------------------------------------------------- 14
4
5A SUBLIME SUBIDA------------------------------------------------------- 17
6
7A GRANADA SEM PINO------------------------------------------------ 21
8
9KRAKATOA - A OESTE DE JAVA---------------------------------- 28
10
11TRANSCEPTORES HUMANOS----------------------------------------- 36
12
13O PLANETINHA AZULADO-------------------------------------------- 41
14
15O SIMPÓSIO DOS BICHOS--------------------------------------------- 45
16
17MERGULHADORES ESPIRITUAIS---------------------------------- 49
18
19REDE BÚDDHICA---------------------------------------------------------- 52
20
21CIENCIA DO SOBRENATURAL-------------------------------------- 59
22
23CRISTÃOS: SERÁ QUE SOMOS?-------------------------------------- 62
24
25ALMA GÊMEA-------------------------------------------------------------- 68
26
27ATAVISMO : A GENÉTICA DA ALMA---------------------------- 71
28
29O VELÓRIO------------------------------------------------------------------ 77
30
31DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO-------------------------------------- 79
32
33OS CORPOS------------------------------------------------------------------ 83
34
35REGRESSÃO DE MEMÓRIA------------------------------------------ 87
36
37OS TROVÕES DE TUPÃ------------------------------------------------ 94
38
39UMBANDA-------------------------------------------------------------------- 100
40
41HOLISMO---------------------------------------------------------------------- 103
42
43OS HOMENS – CABIDE ------------------------------------------------- 106
44
45O “CULT” DA PARANORMALIDADE---------------------------- 110
3 13
4
14. 1 14
2
1
2 OS FOGUETES FLEX
3
4
5 Todos os Seres estão sempre
6 evoluindo, sempre intentando
7 instintivamente uma ascensão.
8 Poderão ocorrer quedas; seguidas,
9entretanto, de um soerguer, de uma
10nova luta ascensória.
11 Poderá ocorrer também uma
12estagnação, um acomodamento ilusório
13inerente à própria ignorância.
14 O Nosso Pai nos colocou, entretanto,
15´´foguetes`` de grande poder de
16propulsão que ficam à nossa disposição
17para serem ligados se assim o
18desejarmos.
19 Os ´´motores`` desses foguetes
20utilizam via de regra alguns tipos de
21combustível que, misturados a nosso
22critério, possibilitam maior ou menor
23poder de explosão permitindo a
24ascensão em maior ou menor
25velocidade.
26 O primeiro combustível se chama
27´´Conhecimento``. O segundo se chama
28´´Amor``.
29
3 14
4
15. 1 15
2
1 Se esses dois combustíveis forem
2corretamente misturados, transformar-
3se-ão em um terceiro combustível de
4altíssima octanagem, chamado de:
5´´Sabedoria``.
6
7 Se insistirmos entretanto em manter
8o nosso foguete inativo com os tanques
9desprovidos de ´´Conhecimento`` e
10´´Amor`` e contidos de combustíveis
11danosos, Nosso Pai nos abastece
12coercitivamente de um quarto tipo de
13combustível poderoso, sob nossos
14protestos, chamado: ´´DOR``.
15 Infelizmente, para a maioria de nós,
16Seres Humanos, ainda bastante
17atrasados, essa tem sido a providencia
18mais adotada peo Pai.
19
20 Além dos citados combustíveis,
21existem dois aditivos de altíssima
22qualidade que contribuem sobremaneira
23para o bom desempenho do foguete e
24que nos estão via de regra disponíveis:
25esses aditivos são conhecidos pelos
26nomes de: ´´Curiosidade`` e
27´´Insatisfação``.
28
3 15
4
16. 1 16
2
1 Cada pessoa utiliza todos esses
2combustíveis e aditivos em diferentes
3dosagens, e de diferentes maneiras,
4possibilitando variados desempenhos
5de seus foguetes até a chegada
6definitiva ao Pai.
7
8 José Carlos de Figueiredo
3 16
4
17. 1 17
2
1
2 A SUBLIME SUBIDA
3
4 Quem somos nós, de onde
5viemos, para onde iremos?
6 O eterno questionamento.......
7 Vamos pensar num singelo copo
8d’água mineral gaseificada.
9 Vamos também transformar o tempo
10relativo de alguns minutos de
11observância desse copo, para a
12projeção de alguns milhares de anos.
13 Agora, vamos pensar nas minúsculas
14bolhas de gás que começam a se
15formar no fundo do copo.
16 Prosseguindo, vamos nos transmutar
17mentalmente em uma das pequeninas
18bolhas que ainda estão presas no fundo
19do copo, como se nós mesmos fôssemos
20uma delas:.... somos minúsculas bolhas
21de gás à semelhança de espíritos
22embrionários à espera de
23individualização......
24 Milhares de séculos se passaram e,
25finalmente, a pequenina bolha
26avolumou-se e conseguiu desprender-se
27do fundo do copo (individualizou-se) ,
28iniciando uma lenta ascensão, uma
29Sublime Subida, intentando chegar à
3 17
4
18. 1 18
2
1 superfície, quando então, fundir-se-á
2com a Essência Divina.
3 E essa milenar subida, como se
4procede? Vamos dividi-la em três
5fases.
6 Na primeira delas, iniciada após o
7desprendimento, somos simples,
8atrasados e ignorantes. Mas, já somos
9amados por nosso Pai, embora não
10saibamos nada sobre esse Pai.
11 Outros milhares de séculos se
12passam e alcançamos uma segunda fase,
13quando despertamos para a constatação
14da existência desse Pai.
15 Passamos então a nos jactar de um
16pretenso conhecimento da Real
17Natureza Divina, e, em conseqüência,
18passamos a sentir pelas bolhinhas que
19nos estão abaixo, um repente de
20desprezo “por sua inferioridade”! Por
21estarem as mesmas ainda, “cheias de
22defeitos”!!!!!
23 Em função dessa pretensa
24superioridade, passamos a sentir
25necessidade de amparar os que nos
26estão abaixo, por achar que “é nosso
27dever”, que “é nossa obrigação”!
28Sentimos orgulho da nossa
29benemerência e da nossa abnegação!!!
3 18
4
19. 1 19
2
1
2 Mas, a roda do tempo continua a
3girar........
4 Muitos séculos se passaram e a
5terceira e última fase acontece.
6
7 Tornamo-nos perquiridores e
8passamos a nos interessar não só pela
9natureza do Criador, mas, também, por
10nossa própria natureza e real
11constituição.
12 Descobrimo-nos surpresos e
13estupefatos, ao constatar que os
14inúmeros defeitos que só víamos nos
15outros, existem principal e
16abundantemente em nós mesmos!!!!
17
18 O choque é grande, mas é benéfico:
19passamos a ascender em maior
20velocidade, em função do alijamento de
21cargas já agora desnecessárias, tais
22como; soberba, orgulho, vaidade,
23tirania, arrogância, preconceito etc..
24 E o que é mais importante,
25continuaremos a estender as nossas
26mãos ao companheiro que nos está
27abaixo, porém, não mais por obrigação
28ou dever, e sim, por amor e por
29fraternidade.
3 19
4
20. 1 20
2
1 Encerremos nossa transmutação
2mental nas pequeninas bolhas de gás e
3voltemos a ser nós mesmos.
4 Observemos pela última vez o copo
5de água, detendo-nos principalmente ,
6nas inúmeras bolhas que estão
7chegando à superfície.
8 E, então, pensaremos num futuro
9distante, perdido no limiar do tempo,
10quando também nós, estaremos nos
11fundindo com a Divindade Suprema.
12 E analisemos, conjeturemos com
13rigor, sobre a nossa própria posição
14na Sublime Subida.
15 Com humildade e isenção,
16poderemos então localizar alguma
17humilde bolha de gás que nos
18corresponda na escala evolutiva,
19principalmente, se considerarmos
20sobre a nossa atual postura.... “ao
21estendermos nossas mãos”!
22
23
24
25 José Carlos de Figueiredo
26
27
28
3 20
4
21. 1 21
2
1
2
3 A GRANADA SEM PINO
4
5
6 Há alguns meses passados, os
7órgãos de imprensa da nossa mui leal e
8querida Cidade de São Sebastião do Rio
9de Janeiro, publicaram reportagem
10sobre um assalto a banco ocorrido no
11centro (infelizmente mais um dentre
12tantos) , onde os assaltantes na hora da
13fuga, lançaram uma granada na porta do
14banco e que, por sorte dos que ali se
15encontravam, não detonou.
16 Foi então chamado um policial
17especializado para desativar o artefato.
18 Chegando próximo a granada, o
19policial sentou-se em frente à mesma
20em “posição de lótus” e quedou-se
21concentrado em profunda abstração,
22assim permanecendo por longo tempo.
23
24 Provavelmente, reunia o bom
25homem, energia das mais variadas
26espécies que o deixassem apto a
27executar a dificílima tarefa a ele
28confiada: energia mental, por exemplo,
29que o mantivesse em perfeita calma.
30
3 21
4
22. 1 22
2
1
2
3 Energia espiritual que o amparasse e
4inspirasse a agir corretamente e;
5energia física que lhe permitisse não
6esmorecer
7 diante do enorme desgaste orgânico
8- metabólico.
9 E assim permaneceu o bom
10homem estático diante da granada.
11 Esse fato singelo e ao mesmo
12tempo terrivelmente dramático será que
13não serve de parâmetro para
14conjeturarmos sobre a nossa própria
15postura diante da vida? Vejamos:
16 Sabemos que a humanidade passa
17por um momento crucial da sua
18história. As vicissitudes tanto a nível
19mundial quanto a nível pessoal estão
20aumentando assustadoramente. As
21pessoas estão aturdidas, estarrecidas e
22perplexas diante das mudanças
23drásticas por que passa o planeta. Não
24existe uma guerra mundial dividindo o
25mundo em dois blocos, mas existe uma
26guerra mundial se considerarmos que
27nos últimos tempos eclodiram e
28eclodem conflitos localizados nos mais
3 22
4
23. 1 23
2
1 variados países, ceifando milhares de
2vidas.
3 A fome grassa, principalmente no
4continente africano, e, também, no
5nordeste brasileiro fazendo com que os
6chamados filmes de terror sejam
7considerados coisa de criança, tal a
8crueza com que são mostradas pelos
9correspondentes de imprensa, cenas das
10mais tristes possível.
11
12 De uma maneira geral, as pessoas
13estão reagindo diante dessa conjuntura
14de duas maneiras distintas: os mais
15ponderados e esclarecidos procuram
16estudar o fenômeno aprofundando-se em
17geo-política, sociologia, psicologia,
18espiritualismo etc.
19
20 Os menos esclarecidos, entretanto,
21estão tendendo para um niilismo, para
22um negativismo, para uma descrença
23absoluta e total em tudo que seja puro e
24honesto preferindo viver a vida da
25forma mais sôfrega possível, achando
26que nada faz sentido, que a vida é um
27acaso e que o melhor é viver
28intensamente custe o que custar, no
3 23
4
24. 1 24
2
1 temor de serem destruídos a qualquer
2momento.
3 Os fins justificam os meios, segundo
4eles, criando com isso um efeito cascata
5do mal; um círculo vicioso que só piora
6as coisas.
7 Todos, porém, sejam os esclarecidos
8ou os demais, passarão por um
9momento crucial em suas vidas, um
10acontecimento inexorável que os
11atingirá a todos: a morte física!
12 Nesse momento grave de nossas
13vidas, os menos esclarecidos estarão
14correndo um sério risco: se estiverem
15certos na presunção do nada, em
16decorrência da morte física, não
17poderão sequer sabê-lo, dado que a
18extinção terá sido total.
19 Se estiverem, entretanto errados,
20descobrir-se-ão ainda vivos, mesmo que
21a contrapartida física tenha
22sucumbido!
23 Convenhamos, optar por semelhante
24postura é o mesmo que estar diante de
25uma granada sem pino. Morrer e
26descobrir estupefato que não morreu
27totalmente é um caminho sem volta!
28 É uma verdadeira explosão
29espiritual! É a apresentação de uma
3 24
4
25. 1 25
2
1fatura imprevista, que obriga o
2semeador à inexorável colheita!
3
4 Por tudo isso, sejam quais forem os
5nossos problemas, os nossos conceitos,
6preconceitos, crenças e convicções,
7vale a pena um pouquinho de humildade
8e racionalidade para pesquisarmos sobre
9o porquê da vida.
10 Mesmo que sejamos ateus
11empedernidos, nada impede que
12estudemos e que pesquisemos sobre
13tudo na vida, de preferência, abstraindo-
14nos de conotações místicas ou
15religiosas.
16
17 Um dos maiores homens que já
18passou pela terra, ALBERT EINSTEIN,
19não seguindo religião alguma, embora
20sendo de origem judaica, afirmava
21peremptoriamente ter conseguido a
22comprovação por meios científicos da
23existência de DEUS, o que o induziu,
24não a seguir determinada religião, e
25sim, a uma religiosidade cósmica, a um
26sentimento de profundo amor por tudo
27que contivesse vida.
28
29 Pense amigo, pense muito!
3 25
4
26. 1 26
2
1
2 Olhe tudo! Olhe as estrelas!
3Pesquise a vida! Pesquise a morte!
4Pesquise a sua alegria, pesquise a sua
5tristeza!!!
6
7 Sinta a delícia de uma brisa fresca
8no seu rosto, mas respeite o ciclone que
9mata. A brisa é cálida, o ciclone é
10mortífero. Porém, depois dele, redunda
11uma renovação, um ressurgir, um
12reconstruir.
13 Observe o orvalho acariciando uma
14rosa. Mas respeite a tempestade que irá
15destruir essa mesma rosa. Depois da
16tempestade, porém, naquele mesmo
17solo, vicejarão várias outras rosas
18ainda mais exuberantes que a
19primeira!
20
21 Tire lições enfim, de tudo na vida.
22 Tire lições dos seus mais graves
23erros porque será através deles que você
24se redimirá. Não se condene jamais por
25esses erros!
26 Tire lições do quotidiano da vida.
27Até mesmo da cena patética de um
28policial de uma cidade grande, sentado
3 26
4
27. 1 27
2
1diante de uma granada que poderá
2explodir a qualquer momento!
3
4 Finalizando, cumpre esclarecer que
5o fato narrado foi verídico.
6
7 Aconteceu na cidade do Rio de
8Janeiro e teve um final feliz: o policial,
9depois de profunda abstração e análise,
10depois de se sentir abastecido de toda a
11energia de que necessitava, desativou a
12granada salvando a si mesmo e a todos
13que nele confiavam.
14
15 José Carlos de Figueiredo
3 27
4
28. 1 28
2
1
2
3 KRAKATOA – A OESTE DE JAVA
4
5
6 Krakatoa, pequena ilha da
7 Indonésia situada no Mar de Java.
8 Nesta pequena ilha, no ano de 1883, o
9 vulcão conhecido como Perbuatan,
10 entrou em violenta erupção, tendo
11 ceifado milhares de vidas dentre os
12 habitantes do local.
13 Como dezenas de outros vulcões
14 existentes no mundo, o Perbuatan
15 provocou uma tragédia sem
16 precedentes, dizimando grande parte
17 da vida na Ilha de Krakatoa.
18 Vulcões, via de regra possuem
19 magnitude e beleza impressionantes e
20 assustadoras. Sente-se perfeitamente a
21 presença de Deus quando observamos
22 estupefatos a grandiosidade de uma
23 erupção vulcânica de grande
24 intensidade.
25 Mas e o estrago que causam? E as
26 vidas ceifadas? Qual será a lógica do
27 Criador em sua manifestação?
28
29 Lógica obviamente existe.
3 28
4
29. 1 29
2
1 Nós, Seres Humanos, é que não
2 temos a capacidade e a evolução
3 necessárias para o entendimento de tal
4 fenômeno e de suas, em princípio,
5 trágicas conseqüências.
6 Podemos no máximo idealizar
7 conjecturas como seja a de um karma
8 coletivo que tenha atingido toda a
9 população da ilha.
10 A palavra karma por sua vez,
11 conota purgação de mazelas e a
12 conseqüente purificação dos atingidos,
13 o que, em última instância,
14 significaria um grande passo na
15 caminhada para a evolução espiritual.
16 Concluímos então, que ocorreu um
17 grande e aparente mal que redundou
18 na verdade, em um grande bem. Daí a
19 abrangência do velho ditado popular :
20 “Deus escreve certo, através de linhas
21 tortas”!
22
23 Vamos enfocar agora, uma tragédia
24 a nível individual: uma pessoa adulta,
25 de excelente aparência, excelente
26 saúde, boa situação financeira, amado
27 por seus familiares e amigos,
28 possuidora de moral ilibada, grande
3 29
4
30. 1 30
2
1 caráter e bondade. Essa pessoa vem a
2 sofrer um acidente que a deixa
3 incapaz.
4 Há poucos anos passados, a mídia
5 divulgou acidente ocorrido com um
6 famoso artista de cinema que sofreu
7 uma queda tornando-se paralítico para
8 o resto da vida; pessoa esta, que
9 possuía as características pessoais
10 acima citadas.
11 Por ironia do destino, o
12 protagonista em questão tornou-se
13 famoso por personificar um igualmente
14 famoso herói das HQ que tinha poderes
15 e habilidades físicas sobre-humanas
16 ( Christoffer Reeve – o Super-Homem ).
17
18 Novamente nos vemos num
19 impasse: como entender a lógica do
20 Criador ao atingir tão drasticamente
21 uma pessoa desse tipo?
22 Como estaria a cabeça dessa
23 pessoa? Será que ela possuía tirocínio,
24 amadurecimento e sabedoria que a
25 possibilitasse entender corretamente o
26 que a atingiu?
27
3 30
4
31. 1 31
2
1 Cremos que sim. O PAI com toda a
2 certeza não apresentaria semelhante
3 fatura para quem não tivesse o preparo
4 espiritual necessário para entender a
5 razão da cobrança.
6 Provavelmente, o nosso amigo
7 recentemente falecido, intuía que o
8 término do seu sofrimento se daria
9 com a entrada em um plano mais sutil,
10 com um corpo mais sutil que lhe
11 permitisse inclusive, proezas
12 infinitamente maiores que aquelas
13 que o seu personagem de herói das HQ
14 vivenciava.
15 Aí está novamente o exemplo de
16 um grande e aparente mal que redunda
17 na verdade em um grande bem!
18
19 E a competência da aplicação de
20 remédios tão amargos e dolorosos?
21 E se alguém na face da terra,
22 interpretar que infligindo males aos
23 seus semelhantes, estaria na verdade
24 lhes fazendo um grande bem, dentro
25 da ótica de que, queimando karmas, as
26 pessoas estão na verdade se
27 beneficiando?
28
3 31
4
32. 1 32
2
1 Resposta: a competência para a
2 aplicação de remédios amargos é
3 prerrogativa exclusiva do Senhor!!!
4
5 Ninguém, absolutamente ninguém,
6 tem o direito de arrogar-se
7 representante de Deus para causar
8 sofrimento gratuito ao próximo, sob a
9 alegação de que estará em verdade
10 beneficiando seu semelhante com a
11 conseqüente purgação de suas dívidas.
12 Entretanto, nossos atos, nossas
13 atitudes não se manifestam apenas
14 pelas ações. A omissão também é
15 altamente comprometedora.
16 Aquele que se eximir de ajudar seus
17 semelhantes sob a alegação de que tal
18 ajuda estaria cerceando sua evolução,
19 porquanto não ocorreria o remissivo
20 sofrimento, também estaria praticando
21 uma invasão da Sagrada Seara!
22 Esse tipo de conceito, se pertinente
23 fosse, tiraria o sentido, por exemplo,
24 até da medicina, porquanto na medida
25 em que se curam mazelas e doenças,
26 esse curar, esse recuperar, redundam
27 em bem estar e felicidade descartando
28 padecimentos!
3 32
4
33. 1 33
2
1
2 Nosso PAI a tudo vê.
3 Se ainda não estiver no tempo
4 certo dessa intentada recuperação,
5 nossas sadias medidas se farão inócuas
6 e a purgação do irmão endividado com
7 toda a certeza recidivará!
8 Estaremos entretanto com a
9 consciência tranqüila: fizemos a nossa
10 parte!
11 Da mesma forma, qualquer outra
12 ajuda, mesmo sendo de ordem
13 material, também é pertinente,
14 também se faz obrigatória!
15 E, na mesma proporção, se essa
16 ajuda ainda não estiver prevista no
17 merecimento do nosso irmão, suas
18 dificuldades ressurgirão de maneira
19 natural em seu próprio benefício.
20 E a nossa boa intenção em prestar
21 o socorro? Devemos achar que
22 perdemos tempo? Devemos achar que
23 perdemos dinheiro?
24 Não procede o temor, porquanto
25 remissão e purificação não são
26 prerrogativas de quem as está
27 passando.
3 33
4
34. 1 34
2
1
2 Na medida em que praticamos o
3 bem e damos Amor ao Próximo,
4 também estamos nos redimindo e
5 purificando, mesmo que a nossa
6 tentativa não tenha logrado o almejado
7 sucesso!
8 É lógico que deva haver bom senso
9 e coerência para aquilatarmos quem
10 possa estar recebendo o nosso auxílio.
11 Paternalismo estéril que deturpa e
12 acomoda o irmão que foi ajudado, só
13 servirá na verdade para retardar o seu
14 avanço em direção à Senda.
15
16 O Criador brindou-nos com
17 algumas qualidades tais como
18 inteligência, bom senso, intuição e até
19 mesmo sensibilidade mediúnica.
20
21 Com isso, se tentarmos, com toda a
22 certeza teremos a possibilidade de
23 inferir, de descobrir, quem esteja
24 realmente necessitando de nosso
25 auxílio, de nosso amor, de nossa
26 benemerência.
27
3 34
4
35. 1 35
2
1 Não nascemos na Ilha de Krakatoa.
2 Se lá estivéssemos, entretanto,
3 poderíamos nos encontrar na situação
4 de vítimas diretas da erupção ou,
5 então, na condição de socorristas dos
6 vitimados.
7 Sob nenhuma hipótese contudo,
8 teríamos o direito de permanecer na
9 condição de meros espectadores, na
10 confortável posição de a tudo assistir,
11 alegando que “Não tem nada a ver
12 com aquilo”! (?) “Se o pessoal está
13 sofrendo, com certeza bem o
14 merece!!”( ? ).
15 Temos muito a ver sim!!!
16 Estamos todos nesse mesmo barco
17 chamado “Terra”, onde somos
18 apenas humildes marinheiros!!!
19 O Comandante Supremo do barco é
20 que detém a prerrogativa única e
21 exclusiva de tomar e determinar as
22 medidas adequadas.
23 Decisões estas, que irão redimir e
24 salvar não só os que amparam e
25 confortam, mas, também, os que
26 anseiam por socorro.
27 José Carlos de Figueiredo
3 35
4
36. 1 36
2
1
2 TRANSCEPTORES HUMANOS
3
4 Todos nós, Seres Humanos, somos
5verdadeiros Transceptores de Alta
6Freqüência.
7Estamos eternamente transmitindo e
8recebendo sinais telepaticamente, sejam
9eles de natureza espiritual ou de
10natureza emocional.
11 O simples fato de nos tornarmos
12conscientes dessa realidade, traz uma
13conseqüência imediata e indubitável:
14aperfeiçoa a nossa aparelhagem.
15 Na RECEPÇÃO: passamos a sentir
16com maior clareza e intensidade todas
17as vibrações à nossa volta, tornando
18facilmente identificáveis quaisquer
19freqüências, tais como: simpatia,
20antipatia, inveja, despeito, amor,
21bondade, fraternidade, solidariedade
22etc.
23 Na TRANSMISSÃO: passamos a
24emitir um sinal forte, limpo e filtrado,
25fazendo com que todos que estejam à
26nossa volta consigam capta-lo, mesmo
27que não possuam um bom aparelho
28receptor.
3 36
4
37. 1 37
2
1 Esse fato gera uma responsabilidade
2muito grande, fazendo-nos evitar
3sentimentos negativos que venhamos
4eventualmente a nutrir por nossos
5semelhantes, porquanto seriam
6facilmente identificáveis.
7 Portanto, um Transceptor
8aperfeiçoado, possibilita-nos a defesa
9contra iniqüidades e maldades, ao
10mesmo tempo em que nos induz a
11deixarmos de ser iníquos e maldosos.
12 Concluindo: a pessoa que possua um
13Transceptor ajustado e aperfeiçoado
14para potências de alto nível, não poderá
15jamais ser enganada ou iludida por
16ninguém ao mesmo tempo em que terá a
17oportunidade de exercitar a mais pura
18demonstração de caridade, na medida
19em que emita permanentemente,
20sentimentos elevados para todos os
21Seres Vivos.
22 Um aspecto entretanto, de suma
23gravidade, deve ser enfocado: atraso
24espiritual, nem sempre significa baixa
25capacidade intelectiva!!!
26 Inteligência, não é exclusividade de
27espíritos evoluídos.
3 37
4
38. 1 38
2
1 Aquelas entidades que são
2normalmente denominadas de “magos
3negros”, são simplesmente espíritos
4ainda atrasados moralmente, mas que
5através de sua aguçada inteligência,
6conseguem o domínio de leis sutis da
7natureza, intentando resultados
8egoísticos e deturpados em benefício
9próprio ou de terceiros que lhes
10solicitem favores.
11 Quantos líderes mundiais, não
12retrata a história universal, sobre a
13capacidade intelectual que possuíam e
14que, infelizmente, só a usavam em seu
15próprio benefício, sem que se
16importassem em ceifar milhões de vidas
17humanas para poder simplesmente
18satisfazer seu ego megalomaníaco.
19 Esse tipo de pessoa, via de regra
20também possui um aparelho transceptor
21aperfeiçoado, visto que consegue
22manipular por vezes, a vontade de
23milhões de Seres através do seu
24carisma e de sua capacidade de
25persuasão.
26 Não nos cabe entrar em divagações
27sobre o porquê de Seres iníquos e
28degenerados possuírem poderes, nem
29a razão de sua existência.
3 38
4
39. 1 39
2
1 Nós, humanos, somos
2infinitamente pequenos para
3arrogarmo-nos entendedores da
4pertinência dos Desígnios do Criador.
5 Podermos e devemos entretanto,
6pesquisar sobre bondade, sobre
7amorosidade e, sobre inteligência
8voltada para o Bem.
9 E aí sim, vale a pena aproximarmo-
10nos daqueles que possuem
11Transceptores tão aperfeiçoados que
12conseguem realizar por exemplo, curas
13milagrosas, tão somente pelo poder de
14sua vontade pessoal, tão somente por
15sua presença; pessoas que infundem
16alegria natural e espontânea onde
17quer que estejam.
18 Seria pretensioso acharmos que
19simplesmente poderemos nos tornar
20assim da noite para o dia.
21 Evolução e Sublimação são
22processos lentos que talvez
23transcendam inúmeras existências até
24que consigamos nos aproximar de uma
25razoável depuração.
26 Isso não invalida, entretanto, a
27nossa vontade em melhorar
28paulatinamente. O simples desejo de
3 39
4
40. 1 40
2
1 depuração nos possibilita sintonia e
2contato com Seres possuidores de
3Transceptores elevados e com a
4magnitude de suas presenças.
5 Independe todavia, essa
6característica, de beleza física, posição
7social ou qualquer outro aspecto via de
8regra ditado pela nossa imperfeita
9capacidade conceitual.
10 Por vezes, pessoas extremamente
11humildes possuem luz intensa!
12 Procure observar Pessoas!!!
13 Ame Pessoas indistintamente!!!!
14 E de repente, quando você menos
15esperar, estará captando uma
16transmissão de altíssimo nível, o que
17lhe possibilitará uma sentimento de
18bem estar e de gratificação que ficará
19indelevelmente marcado na sua
20memória.
21
22 José Carlos de Figueiredo
23
24
3 40
4
41. 1 41
2
1
2 O PLANETINHA AZULADO
3
4 Desde os primórdios da humanidade,
5que o céu fascina os homens. Quando
6estamos sozinhos, no meio de uma
7floresta, olhando para o firmamento
8numa noite límpida de céu estrelado,
9sentimos uma nostalgia muito grande;
10uma saudade muito grande de alguma
11coisa indefinível!
12 A dedução mais viável disso seria:
13não somos daqui. Mas precisamos estar
14aqui, precisamos trabalhar aqui,
15precisamos nos depurar aqui.
16 Com um pouquinho de jeito dá até
17para ser feliz enquanto estamos aqui.
18 Se um ornitólogo, louco por
19passarinhos, colocasse dentro de um
20viveiro, à noite em completa escuridão,
21várias espécies de passarinhos (dezenas
22delas), com certeza, antes do alvorecer,
23todos os da mesma espécie estariam
24juntinhos no mesmo poleiro por pura
25atração genética!
26 É assim no plano espiritual: aqueles
27que se afinizam, aqueles que têm a
28mesma idade sideral, reencontrar-se-ão
29após a morte física!
3 41
4
42. 1 42
2
1 Os que já são bastante "idosos",
2provavelmente poderão estar juntos
3em um local bem bonito.
4 E o que seria "idosos"? Milhares de
5vidas vividas que possibilitem
6considerável conhecimento,
7considerável capacidade de interagir,
8considerável capacidade de amar!!!!
9 Esse local bem bonito, com certeza
10não será uma nuvem com anjinhos
11tocando harpa para sempre (seria um
12tédio!).
13 Poderá ser, entretanto, um lugar
14venturoso, onde possamos estar
15temporariamente até reiniciarmos nossa
16luta, nossa participação no esquema
17evolutivo sideral.
18
19 E as pessoas que não são nada disso?
20Aquelas pessoas que ainda cometem
21maledicências, atrocidades, equívocos
22e desatinos?
23 Para essas pessoas, também haverá
24um local de reencontro com os seus
25afins.
26 Caso sejamos atrasados, rudes,
27ignorantes, degenerados, teremos a
28companhia de pessoas também assim!
29Porém, igualmente, não será definitivo.
3 42
4
43. 1 43
2
1 Logicamente para esses, não será
2um local interessante. Também lá
3permanecerão por algum tempo (tempo
4sideral indefinido com sensação de
5eternidade).
6 E também poderão de lá sair um dia
7e voltar a trabalhar, para que possam
8se consertar, se redimir, se depurar.
9
10 E aí, o local de trabalho, para todos
11(evoluídos e não evoluídos), será o
12problemático planetinha azulado
13conhecido como "Terra"!
14 E é por essa razão que o planetinha é
15tão heterogêneo. Aqui tem de tudo:
16tem inteligente, tem não inteligente,
17tem amoroso, tem rancoroso, tem
18saudável, tem não saudável, tem
19atrasado, tem mediano, tem bonito, tem
20feio, tem simpático, tem antipático.
21Tem gênio do bem...tem gênio do
22mal!!
23 Infelizmente, em função do nosso
24nível evolutivo ainda bastante
25rudimentar, é que nos cabe a estadia em
26local tão complicado.
27
28 Resumo: no Nosso Lar no plano
29espiritual, teremos a alegria de desfrutar
3 43
4
44. 1 44
2
1 da venturosa companhia dos que nos
2são iguais, se já formos medianamente
3adiantados.
4 Mas, aqui em baixo, no planetinha,
5devemos ficar obrigatoriamente, na
6companhia daqueles a quem somos
7vinculados karmicamente, sejam maus
8ou sejam bondosos, para que,
9paulatinamente, desfaçamos antigas
10rixas, antigas desavenças, antigas
11mágoas.
12
13 Dá pra ser feliz assim? Dá!
14 Se a gente tentar se integrar
15direitinho, não magoar ninguém e
16ajudar quem esteja pior que a gente
17pelo grau dos dissabores ou pelo grau de
18desconhecimento espiritual, até que dá
19para a gente tocar o barco com relativa
20satisfação, até a hora de voltar para
21casa, no ocaso de cada estada aqui no
22planetinha.
23Espero de coração, que um dia, nós que
24já nos amamos, possamos todos nos
25rever em um local bem bonito e
26luminoso lá na nossa verdadeira casa.
27 Até lá!
28José Carlos de Figueiredo
3 44
4
45. 1 45
2
1
2 O SIMPÓSIO DOS BICHOS
3
4
5 Vamos imaginar uma fábula?
6
7 Um simpósio na floresta com o
8seguinte tema: Gastronomia e
9Nutricionismo.
10
11 Foram convidados diversos
12expositores renomados que teriam
13todos, o direito de colocar suas opiniões
14e convicções.
15
16 Sendo uma fábula, pressupõe-se
17que os bichos tivessem o dom da
18palavra, da oratória e da inteligência.
19
20 Foram chamados: primeiramente
21o Prof. Urubu acompanhado da sua
22secretaria Dona Hiena.
23Demonstrou o Prof. Urubu que a
24melhor maneira de se conseguir saúde,
25seria pela ingestão de proteínas já
26decompostas.
27
28 Em seguida foi dada a palavra para
29o Prof. Tigre, acompanhado da sua fiel
30secretaria Dona Onça.
3 45
4
46. 1 46
2
1O Prof. Tigre contestou com veemência
2as colocações do seu iminente colega
3Urubu.
4
5 Em seguida, foi dada a palavra ao
6Prof. Gato, acompanhado da sua
7assistente Dona Garça.
8Declarou enfaticamente o Prof. Gato,
9que a única alimentação realmente
10saudável está nos peixes!
11
12 Na seqüencia, foi dada a palavra
13ao Prof. Beija Flor, acompanhado da
14sua melhor estagiária, Dona Abelha.
15Enfatizou veementemente o Prof. Beija
16Flor que a fonte da saúde plena, está
17no néctar das flores.
18
19 O simpósio prosseguiu, com
20vários outros expositores que fizeram as
21mais variadas colocações sem que,
22infelizmente, tenha havido um
23consenso final.
24
25E todos voltaram frustrados para as
26suas casas, fazendo sérias críticas aos
27demais......
28
29
3 46
4
47. 1 47
2
1 Este também é, o maior
2problema das inúmeras Religiões,
3mesmo aquelas que pregam o bem com
4toda a pureza.
5
6 Normalmente, pessoas filiadas a
7qualquer credo ou religião, estão no
8mesmo nível evolutivo, é, por esse
9motivo que elas são e estão afinizadas
10entre si.
11 O que essas pessoas propalam e
12acreditam é saudável, tem fundamento
13e verdade, mas somente para aquele
14padrão vibratório.
15
16 Dentro desse contexto, a
17Religião é boa e verdadeira. Mas não é
18definitiva na busca da Verdade
19Absoluta.
20 E ainda sofre a rejeição, o preconceito e
21a discriminação das demais Religiões!
22
23 A maneira mais sensata,
24prudente e coerente de vivermos
25portanto, está em um único e simples
26proceder:
27
3 47
4
48. 1 48
2
1AMOR POR TUDO QUE
2CONTENHA VIDA, INCLUINDO A SÍ
3MESMO.
4
5 Dentro dessa filosofia,
6vamos imaginar uma pessoa que não
7professe religião alguma, nem tenha
8qualquer conhecimento esotérico ou
9místico em consonância com o contexto
10cultural e humano onde possa e ter
11nascido.
12 Tudo isso, não impede
13entretanto, que possa ser alguém
14imbuído de profundo amor por seus
15semelhantes.
16 Com certeza, uma pessoa
17assim, desprovida de qualquer possível
18intenção de bons resultados para si
19mesma, é extremamente amada pelo
20Grande Pai e, também, com certeza,
21entrará em um Sub Plano Espiritual de
22Grande Luz, tão logo deixe esse nosso
23envoltório perecível, conhecido como:
24Corpo Físico.
25 ´´ Homens são como flores, cujas
26pétalas, de constituição diferente, não podem
27apresentar o mesmo colorido, o mesmo perfume
28nem igual desabrochar``
3 48
4
49. 1 49
2
1 José Carlos de Figueiredo
2
3
4 MERGULHADORES ESPIRITUAIS
5
6 Profissão: Mergulhador.
7Especialidade: Mergulho a grandes
8profundidades para salvamento e
9resgate.
10 Eis aqui uma das mais penosas
11profissões do mundo moderno.
12 As grandes profundezas
13submarinas são absolutamente
14incompatíveis com a higidêz do
15organismo humano, exigindo para a sua
16habilitação um exaustivo preparo físico
17e técnico
18 As grandes descidas se fazem
19penosas e lentas, na proporção em que o
20retorno também deva ser lento,
21evitando-se os danos fatais de uma
22descompressão acelerada.
23 Nos planos espirituais ocorre
24situação semelhante a esta.
25 As grandes escolas de ocultismo e
26metafísica afirmam que no chamado
27plano astral, a região contígua à
28superfície terrena é considerada uma
29verdadeira região abissal, hiper-
30saturada, hiper-comprimida e densa.
3 49
4
50. 1 50
2
1
2 Seus habitantes, à semelhança dos
3habitantes das profundezas submarinas,
4possuem uma compleição espiritual
5adequada e adaptada ao meio hostil e
6primitivo em que vivem.
7 Em conseqüência, espíritos de alta
8linhagem e evolução, necessitam
9adaptar-se para uma eventual descida
10até a camada astral inerente ao orbe
11terráqueo.
12 Não nos iludamos portanto, com
13pretensas ´´Entidades Espirituais`` que
14se identificam através de incorporações
15e psicografias mediúnicas, dizendo-se
16este ou aquele grande mentor espiritual.
17 Poderá ser verdade; mas é improvável
18que seja.
19É como declara a velha canção : ___
20
21“Aquele que diz sou, não é!
22Porque quem é mesmo, não
23diz!!!!”
24
25Viria a pergunta : ___ E os nossos
26“Anjos da Guarda” ?
27
3 50
4
51. 1 51
2
1 Nossos Anjos da Guarda são via de
2regra, Entidades de nível evolutivo
3aproximado ao nosso.
4
5 Normalmente velhos amigos ou
6entes queridos a quem foi permitida a
7missão de nos proteger, em função de
8seu comprovado amor e afinidade por
9nós.
10 Não possuem por conseguinte,
11“vistosas asas nem tocam harpa
12sentados em maravilhosas nuvens
13brancas!!!”.
14 Finalizando e corroborando a
15colocação do tema, afirmam com
16unanimidade as grandes escolas
17espiritualistas, sobre o longo descenso
18vibratório por que passou o Cristo até
19chegar a uma humilde manjedoura em
20Belém, em missão de salvamento e
21resgate de toda a humanidade
22terrestre.
23
24 José Carlos de Figueiredo
25
3 51
4
52. 1 52
2
1
2 REDE BÚDDHICA
3
4
5 Na década de 60, ocorreu um
6fenômeno a nível mundial de
7despertamento de novas gerações, para
8as coisas da espiritualidade.
9 Seitas, confrarias, gurus,
10misticismo, esoterismo, psicodelismo,
11tudo era uma busca frenética para se
12chegar ao Criador.
13 Infelizmente, no rastro de tudo que
14seja bom, sempre existe o nocivo,
15almejando tirar proveito.
16 Nesse contexto, surgiu um
17psicotrópico alucinógeno conhecido
18como LSD, (ácido lisérgico), que
19prometia “viagens” para outros planos,
20induzindo seus usuários a estados
21alterados de consciência.
22 O que não se alertava entretanto,
23era sobre os efeitos colaterais no
24organismo, decorrentes do uso de tal
25droga: disfunções cerebrais
26irreversíveis, dependência, letargia,
27depressão e uma série de conseqüências
28sociais para o usuário desavisado.
29Todos pagaram um preço muito alto
30para concretizar suas “viagens”.
3 52
4
53. 1 53
2
1 Enriquecendo a explanação,
2passamos a transcrever um pequeno
3trecho do livro “A Libertação pelo Yoga”
4de Caio Miranda:
5
6
7 “ Entre cada chackra etérico e o
8seu correspondente astral, existe uma
9tela de finíssima textura que barra a
10livre passagem das vibrações astrais.
11Essa tela funciona como verdadeiro
12filtro, impedindo que as vibrações
13grosseiras, provenientes do plano
14kamásico, passem ao chakra etérico e ,
15conseqüentemente, ao sistema nervoso
16e à consciência física.
17 A natureza dessa tela vai se
18aperfeiçoando a medida em que o
19indivíduo evolve espiritualmente. Um
20homem altamente espiritualizado, a
21tem formada de matéria do último e
22mais alto sub plano astral, de maneira
23que é impossível passar através dela
24qualquer vibração oriunda dos sub-
25planos mais grosseiros daquele plano.
26Os homens comuns têm-na constituída
27de material astral condicionado pelo
28seu karma. Isso explica a mediunidade
29nata, pois existem indivíduos que já
3 53
4
54. 1 54
2
1 nascem com a faculdade de perceber
2sucessos astrais absolutamente
3imperceptíveis aos outros homens.
4 Essa tela denomina-se Rede
5Búddhica e é uma das portas que a
6natureza conserva fechadas. Abri-las
7sem que o indivíduo seja karmicamente
8um médium, constitui erro quase
9irreparável.
10
11 Também alcoolismo e o tabagismo
12inveterados trazem como conseqüência,
13o entorpecimento da rede búddhica,
14que se vê relegada à situação de não
15mais poder filtrar as vibrações astrais.
16Os entorpecentes de toda a natureza
17têm efeito semelhante, deixando os
18viciados em situação de contato
19imediato com a realidade astral. Com o
20desenvolvimento do vício, tanto o
21etilista como o tabagista ou
22toxicômano, terminam com terríveis
23alucinações, que nada mais significam
24do que o trato direto com os seres mais
25baixos do mundo de Kama.
26 A mediunidade natural entretanto,
27é um ônus kármico intimamente ligado
28à textura da tela búddhica em
29determinados chakras. São portas que
3 54
4
55. 1 55
2
1a natureza em princípio, quer manter
2fechadas, mas que, por ações indevidas
3e contrárias à lei Divina, ficaram
4abertas em algumas pessoas,
5sujeitando-as a um contato mais
6estreito com o mundo astral, vivendo
7experiências que as façam melhorar
8futuramente”.
9 ---------------------------------------------------------
10----------
11
12
13
14
15 Estipula uma lei da física, que na
16eletricidade, pólos opostos se atraem e
17pólos semelhantes se repudiam.
18 No plano astral ocorre o inverso, ou
19seja: tudo que é semelhante se atrai,
20tudo que é oposto se repudia.
21 Isso significa, que no referido plano,
22existem camadas, sub-planos, regiões
23etc, onde coabitam as entidades
24afinizadas.
25 Por conseguinte, espíritos que já
26possuem um razoável nível de evolução,
27desfrutam de uma região para onde não
28têm acesso, os que ainda estejam
29atrasados.
3 55
4
56. 1 56
2
1 Logicamente, quem ainda não tem
2consciência plena de sua própria
3condição kármica e se aventura a um
4local absolutamente desconhecido,
5corre um risco bastante sério de ter
6surpresas absolutamente desagradáveis.
7 Infelizmente, foi o que aconteceu
8com a maioria dos “viajantes”
9desavisados.
10
11 O impacto, a nível psicológico, das
12lembranças das experiências mal
13vividas, encheu as clínicas psiquiátricas
14na década de 60, onde os diagnósticos
15via de regra descartavam obviamente a
16hipótese de “desdobramento astral”,
17optando por diagnósticos objetivos de
18psicoses lesivas, decorrentes do uso
19indevido de drogas, o que é uma
20verdade; porém, uma verdade
21incompleta.
22
23 Nas coisas da espiritualidade, é
24considerado falta gravíssima, abrir
25portas que a natureza achou por bem
26serem mantidas fechadas!
27
28
3 56
4
57. 1 57
2
1 Quando essas portas, por leviandade,
2curiosidade ou qualquer outro interesse
3pouco recomendável, são abertas
4indevidamente, não há retorno!
5
6 Continuarão abertas para sempre,
7deixando a pessoa totalmente à mercê
8de experiências e contatos indesejáveis
9que poderão gerar sérios problemas.
10 Logicamente, os dirigentes, líderes,
11gurus ou seja lá o que for, das
12organizações que promovem tais
13desenvolvimentos, atrairão para si,
14toda a responsabilidade dos danos que
15poderão causar aos seus “alunos”;
16responsabilidade essa, igual ou maior
17que a responsabilidade do traficante
18que dissemina drogas alucinógenas para
19sonhadores alienados.
20
21 Vamos usar a lógica e o bom senso:
22para todos nós, existe uma viagem
23programada pelo Pai. É UMA VIAGEM
24DEFINITIVA!
25 Quando Ele determina que chegou a
26hora de partirmos, não tem jeito:
27TEMOS QUE IR!
28
3 57
4
58. 1 58
2
1 Se não sabemos, nem quando, nem
2para onde vamos, é prudente que
3façamos por onde, possa ser um local
4alvissareiro, um local agradável e
5luminoso.
6 Devemos para tanto, manter nossa
7bagagem sempre arrumada!
8 Os objetos mais indicados para
9serem colocados portanto na nossa
10mala seriam: sacolas de prudência, latas
11de bom senso, kits de honestidade e
12principalmente, muitos pacotes de
13amor ao próximo!
14
15 Fique tranqüilo amigo, não tente
16“dar um pulinho até lá para saber
17como é que é”!
18 Imagine que deva ser muito bonito e
19faça por onde que seja realmente muito
20bonito.
21 Com toda a certeza, você terá o
22merecimento para que assim aconteça.
23
24
25 José Carlos de Figueiredo
26
27
3 58
4
59. 1 59
2
1
2 CIÊNCIA DO SOBRENATURAL
3
4
5
6
7
8 Vem se tornando fato
9 corriqueiro, o relato de Comandantes
10 de aeronaves comerciais ou militares,
11 sobre o aparecimento de objetos
12 voadores não identificados ( ovnis ) ,
13 não só dentro do seu campo de
14 percepção visual, como também no
15 registro das aparelhagens eletrônicas
16 de suas aeronaves, o que descarta a
17 possibilidade de alegação de possíveis
18 e temporárias alucinações visuais não
19 só de tripulantes como de passageiros
20 a bordo.
21 Fato interessante é o de que
22esses objetos vistos pelos pilotos e
23registrados nos painéis de bordo,
24realizem manobras aéreas
25absolutamente incompatíveis com as
26leis de aerodinâmica até agora
27conhecidas e que regem o vôo de aviões,
28foguetes, mísseis, balões e etc.
29 Fato interessante também, é o
30relato do desaparecimento abrupto
3 59
4
60. 1 60
2
1 desses objetos como que de repente, se
2desmaterializassem!
3 Consideremos a hipótese de que
4o grande Mestre ALBERT EINSTEIN
5ainda estivesse entre nós.
6 Como explicaria ele esses fatos?
7Lembremo-nos da época em que ele deu
8à humanidade a Teoria da Relatividade
9que tanta comoção causou pelo impacto
10das afirmações nela contidas.
11 Afirmações por exemplo, de que a
12luz não avança em linha reta pela
13imensidão sideral, porque o espaço em
14realidade é curvo!!!
15 Temos certeza absoluta de que o
16 grande gênio chegaria sem dúvida
17 alguma às explicações que são dadas
18 pelas grandes escolas herméticas de
19 ocultismo que sempre afirmaram a
20 existência de dimensões outras além
21 daquelas já conhecidas.
22 Cremos assim, que tudo aquilo que
23é atualmente considerado como
24“sobrenatural”, não passa na verdade,
25de um natural que a ciência ortodoxa
26ainda não conseguiu decifrar.
27 E quando tudo isso acontecer?
28Será que os homens tenderão a se
3 60
4
61. 1 61
2
1 tornar frios, arrogantes e desprovidos
2de sentimentos religiosos?
3 Este é o grande temor da maioria
4 das religiões quando insistem em
5 manter desinformados os seus
6 seguidores, cometendo assim, terrível
7 erro de avaliação.
8 E a maior prova disso, é o
9profundo sentimento de religiosidade
10que se faz presente nas grandes escolas
11ocultistas e que também era
12característica inata do grande gênio da
13física que citamos acima: o grande
14mestre Albert Einstein.
15 Homem possuidor de profundas
16concepções filosóficas sobre a origem do
17universo e que deixou-nos em suas
18anotações, uma frase que se tornou
19célebre por sua profundidade:
20
21 ___ “Sustento que o sentimento
22religioso cósmico é o mais forte e
23nobre incitamento à pesquisa
24científica!”
25
26 José Carlos de Figueiredo
27
3 61
4
62. 1 62
2
1
2 CRISTÃOS: SERÁ QUE SOMOS?
3
4 Há muitos e muitos anos, passou
5pela terra um Homem diferente de
6todos.
7Era um homem de feições perfeitas e
8tinha um olhar de tal forma
9magnetizante e amoroso, que somente
10as crianças e os animais ousavam olha-
11lo de frente. E quando o faziam, sentiam
12uma atração tão forte que dele não
13queriam mais se separar.
14
15 Um dia, estava o nosso Homem
16sozinho em uma praça, escrevendo
17palavras na areia, quando de repente,
18surge uma turba ensandecida
19perseguindo uma desesperada mulher.
20
21 Sem que a mesma atinasse a
22razão, ei-la prostrando-se aos pés
23daquele desconhecido, implorando-lhe
24socorro, sentindo, intuindo, que ali
25estaria a sua salvação!
26 A turba, também sem atinar
27porque, deteve-se estupefacta em
28profundo silencio sem coragem de
29prosseguir em seus intentos homicidas.
30
3 62
4
63. 1 63
2
1 O Homem continuava
2imperturbável a escrever estranhas
3palavras na areia, para que o vento
4posteriormente carregasse; palavras que
5todos talvez, não pudessem vir a ler
6sem assombro.
7 Mas, os acusadores atrevidos
8não se afastaram, querendo lapidar a
9mulher.
10Então, o Homem erguendo-se, olhou-os
11vagarosamente, um a um, ....nos
12olhos..... e na alma.... e falou:
13
14 ____“Aquele que estiver sem pecado,
15atire-lhe a primeira pedra!”
16 As terríveis palavras causaram
17profundo impacto: cada um deles
18reviveu suas traições, as suas secretas e
19recentes fornicações.
20 Os mais velhos saíram em
21primeiro lugar e pouco a pouco, sem se
22olharem nas faces, afastaram-se e
23dispersaram-se todos.
24 Na praça, restaram apenas o
25incrível Homem e a mulher que não
26conseguia levantar os olhos, porque
27sabia que só restara ali o Inocente, o
3 63
4
64. 1 64
2
1único que tinha realmente o direito de
2lhe atirar as pedras homicidas.
3
4____ “Mulher, onde estão os teus
5acusadores? Ninguém te condenou?
6Também eu não te condeno.
7 Vai e não peques mais!”
8
9 Pela primeira vez a mulher
10teve a coragem de olhar de frente o seu
11Libertador.
12Não compreendia bem o que ouvia.
13Quem seria pois aquele Homem tão
14diferente de todos que até então
15houvera conhecido, que condenara o
16pecado mais perdoava ao pecador?
17
18 Queria lhe fazer perguntas,
19murmurar agradecimentos, mas,
20quedou-se muda sob profunda emoção.
21 O Homem então, voltou a
22escrever no pó da praça de cabeça baixa
23com os cabelos brilhantes refulgindo sob
24a luz do sol.
25 Alguns anos depois, o Homem
26que não permitia imolações, deixou-se
27imolar num testemunho de Profundo e
28Divino Amor pela humanidade.
3 64
4
65. 1 65
2
1
2 Mas o que Ele então
3propugnava ? Está sendo cumprido?
4
5 Colocava o Sublime Mestre por
6exemplo, que não permitíssemos saber
7a nossa mão esquerda, o que fizesse a
8nossa mão direita, ou como coloca o
9belíssimo brocardo espiritualista:
10 “A verdadeira caridade é como o
11orvalho da noite, cai sem ruído!!!”
12
13 Não é bem isso que vemos
14hoje. O conceito foi deturpado e o que o
15que vale atualmente é:
16 “A propaganda é a alma do
17negócio”. Caridade agora é marketing.
18Dá Ibope!!!”
19
20Ou então:
21__ “Estou prestes a desencarnar! Vou
22fazer uma grande doação! Serei
23lembrado para sempre. Sentar-me-ei ao
24lado do Senhor”!
25Ou ainda:
26___ “Preciso fazer caridade. Sou muito
27endividado. Não o farei todavia por
28amor ao meu semelhante e sim, para
29garantir o meu lugarzinho no céu!”
3 65
4
66. 1 66
2
1
2 Prosseguindo, vemos hoje
3inúmeras facções religiosas “Cristãs”,
4com seus líderes empavonados e
5orgulhosos, via de regra propugnando
6que é preciso liderar com mão de ferro,
7com disciplina rigorosa. É preciso
8esmagar dissidências, divergências,
9dissonâncias.
10 É preciso mostrar “quem é que
11manda”!!!
12 Em suma: arrogam-se o direito a eles
13´´outorgado``(?) de atirar a primeira
14pedra!!!!
15
16Quando foi que o Mestre ensinou tais
17barbaridades?
18 Ninguém sabe!!!!!!!!
19
20 Poderíamos prosseguir
21analisando cada ensinamento deixado
22pelo Grande Peregrino e veríamos que
23cada um deles e todos eles, não são via
24de regra obedecidos a contento por
25nenhum de nós!
26Essa constatação não pode entretanto,
27ser entendida como uma condenação,
28mesmo porque o Mestre também não
29condenaria.
3 66
4
67. 1 67
2
1 Uma postura entretanto se faz
2urgente: humildade!...
3 Humildade de nos reconhecermos
4falíveis, facciosos, maculados,
5minúsculos!
6
7 Conhecer verdades, não
8espiritualiza ninguém.
9 Ao contrário, a espiritualização
10paulatina e gradativa é que nos leva a
11uma afinização com essas mesmas
12verdades!!!
13 E aí sim, não agiremos mais para
14tirar proveito ou para aplacar a nossa
15patológica vaidade.
16 Passaremos a agir por Amor.
17Um Amor que ainda não conhecemos,
18um Amor que ainda não sabemos dar.
19 Quando finalmente esse dia
20chegar, aí sim, poderemos afirmar de
21cabeça erguida:
22 ____ “Somos Cristãos !”
23
24
25 José Carlos de Figueiredo
26
27
28
29
3 67
4
68. 1 68
2
1
2 ALMA GÊMEA
3
4
5 Se um Ornitólogo, apaixonado
6por passarinhos, resolvesse, à noite,
7colocar em um grande viveiro,
8totalmente às escuras, uma grande
9quantidade de pássaros das mais
10variadas espécies, tomando o cuidado
11de incluir exemplares de mesma
12espécie, pela manha, veria surpreso,
13que todos os que fossem das mesmas
14espécies, estariam juntinhos em
15mesmos poleiros.
16 Com os Seres Humanos
17acontece a mesma coisa; estamos
18sempre à procura daqueles que nos
19sejam afinizados espiritualmente.
20 Aquilo que chamamos de
21´´Almas Gêmeas`` , na realidade não
22existe, da mesma forma que não
23existem pessoas que possam
24apresentar as mesmas impressões
25digitais.
26 O que existe, são almas em
27aproximadíssima sintonia espiritual e
28que, por isso, se sentem atraídas umas
29pelas outras.
3 68
4
69. 1 69
2
1 Isso ocorre não só em almas
2superiores, como também em almas de
3pessoas ainda primitivas.
4
5 Os homens das cavernas,
6quando se apaixonavam, sequestravam
7a sua amada e se amavam, talvez, da
8forma mais rudimentar possível.
9 Até mesmo entre os animais
10ocorre algo parecido: vamos imaginar
11um leão e uma leoa apaixonados?
12É rosnado pra cá, rosnado pra lá,
13patada pra cá, patada pra lá, até
14chegarem nos ´´finalmente``.
15
16 Voltando aos pássaros, nessa
17interação, a relação e a paixão é bem
18mais elevada, sutil e amorosa.
19
20 Seres Humanos já adiantados
21espiritualmente, quando se apaixonam,
22sentem um carinho e uma ternura
23imensa pelo seu amado ou amada,
24prolongando a sua relação e
25convivência até mesmo em vidas
26futuras.
27
28
3 69
4
70. 1 70
2
1 Por razões kármicas, nem
2sempre logramos achar em
3determinada encarnação a nossa
4´´Alma Gêmea``.
5
6 O que não invalida a
7felicidade e o bem estar de termos
8amigos e parentes que também já
9estejam bem próximos de nós em
10termos de afinidade espiritual.
11
12 Por tudo isso, independente do
13encontro de ´´Alma Gêmea``, devemos
14cuidar muito bem das nossas amizades
15puras e profundas.
16
17 Está nelas, a grande chance de
18podermos nos sentir felizes nessa
19curtíssima estada e temporada aqui no
20planetinha tão problemático......
21
22
23 Jose Carlos de Figueiredo
24
3 70
4
71. 1 71
2
1
2 ATAVISMO – A GENÉTICA DA ALMA
3
4 Todos nós, Seres Humanos,
5estamos condicionados a vários
6atavismos herdados de vidas passadas
7perdidas no limiar do tempo.
8 Um dos atavismos é a
9propensão à violência, quando os
10homens das cavernas resolviam as
11mínimas questões pela força bruta.
12 Um outro atavismo é o da
13poligamia.
14 Esses mesmos homens das cavernas
15tinham por direito possuir várias
16esposas.
17
18 Tudo isso existe ainda nos
19nossos arquétipos cósmicos.
20 Felizmente, esses arquétipos,
21esses registros atávicos vão se
22esmaecendo e perdendo a sua
23intensidade na medida em que
24reencarnamos e nos sublimamos.
25 O grande problema é a
26diversidade evolutiva, a diversidade
27espiritual entre os Seres Humanos.
28
29 Existem pouquíssimos
30sublimados e bastante buscadores .
3 71
4
72. 1 72
2
1 Alguns buscadores sinceros e um outro
2tanto, de buscadores simplesmente
3curiosos ou vaidosos do saber.
4 A maioria dos buscadores
5entretanto, já têm controle sobre suas
6tendências atávicas e não se deixa levar
7ou entregar a devaneios ou intentos
8destrutivos.
9 E, finalmente, existe ainda uma
10quantidade imensa de espíritos em
11grande atraso, que ainda sentem o
12prazer e a propensão a atitudes que,
13via de regra, já são consideradas
14impróprias e inadequadas socialmente.
15 Dentro do nosso atavismo
16genético espiritual, acontece ainda com
17grande incidência, a conduta de
18pessoas de bom nível social e cultural
19que se deixam levar por suas
20tendências primitivas e acabam via de
21regra por destruir bons casamentos em
22decorrência de atitudes impensadas.
23 Como julgar esses homens,
24que são produto de si mesmos em seu
25passado remoto?
26 Que são produto de si mesmos dentro
27de uma sociedade permissiva?
3 72
4
73. 1 73
2
1 Que são produto de si mesmos se
2consideramos a sua infantilidade
3espiritual?
4
5 Como julgá-los, se o próprio
6Mestre foi taxativo: NÃO JULGUEIS
7PARA NÃO SERDES JULGADOS.
8 Todas as correntes filosóficas
9sadias já aceitam os conceitos de
10karma, ou seja, todos nós estamos
11indelevelmente atrelados às
12conseqüências de nossos atos.
13
14 É castigo? Não!!!! É Lei!!!!!
15
16´´ADOR FAZ O HOMEM PENSAR, O PENSAMENTO
17TORNA O HOMEM SÁBIO. E A SABEDORIA, ABRE O
18CAMINHO DO CÉU``.
19
20 Por tudo isso, todo aquele que
21destrói seu lar e sua família, é na
22verdade alguém que deverá passar por
23situações kármicas bastante aflitivas
24que têm por finalidade única a sua
25própria sublimação.
26
27 Dentro das condições geológicas e
28geofísicas do planeta, está se tornando
29cada vez mais difícil a sobrevivência
30sadia dos Seres Humanos.
31 Se atinarmos para o fato de que
32uma criança só consegue chegar à
3 73
4
74. 1 74
2
1idade adulta se tiver tomado umas vinte
2vacinas, no mínimo, podemos concluir
3que já somos biônicos artificiais.
4
5 Se atinarmos também para alguns
6textos do Antigo Testamento que falam
7sobre a idade cronológica dos homens
8antigos citando idades de 300 anos ou
9mais, podemos conjecturar que talvez
10seja verdadeiro que o nosso ciclo
11biológico possa ser realmente de
12algumas centenas de anos.
13 Infelizmente não é o que ocorre
14mais.
15
16 E, aos oitenta e poucos anos, já
17somos pessoas provectas, atingidas por
18uma senectude precoce e indelével.
19
20 Voltemos então ao tema principal da
21exposição.
22 Imaginemos um cidadão de
23boa aparência, de bom nível social, de
24bom nível cultural, de boa família e que
25tenha se deixado levar por tendências
26atávicas desaconselháveis.
27
28 Em curtíssimo espaço de tempo,
29toda aquela boa aparência se esvai.
3 74
4
75. 1 75
2
1 E esse homem, se vê, de repente, às
2portas de um acontecimento inexorável:
3a morte física!
4 Como ficará então a cabeça desse
5homem que se vê destruído
6fisicamente, prestes a passar por um
7fato grave, e cheio de dúvidas sobre o
8que lhe aguarda realmente?
9 E o que é pior: via de regra cheio de
10remorsos pelos erros cometidos sem
11qualquer chance de consertá-los?
12
13 Uma situação infinitamente pior do
14que a situação do companheiro ou da
15companheira que foi vítima dos seus
16desmandos!
17 Mas, o conserto acontecerá.
18 Via de regra pelo retorno aqui para o
19problemático planetinha azulado, onde
20laços familiares kármicos voltam a
21reunir vítimas e vitimantes em um
22mesmo país, em um mesmo lar.
23 Por tudo isso, quem está
24no momento, na condição de vitimado,
25deve ter muita cautela nos
26julgamentos.
27 Viemos todos de muito
28longe...... Trazemos todos um
29currículo akásico extenso, com milhares
30de páginas.
3 75
4
76. 1 76
2
1 E, ainda temos milhares de
2vidas pela frente...........
3
4 José Carlos de Figueiredo
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26 O VELÓRIO
27
28 Era uma vez, uma lagarta que vivia
29feliz no distante país do faz de conta,
30cercada de amigos.
I 31 Inesperadamente esta lagarta veio a
falecer sendo então colocada em um pequeno
32
caixão, onde todos a velaram cheios de
33
consternação e tristeza pela dor da separação.
34
35 Aqueles que a velavam, em seu
alheamento, pouca atenção prestavam, a uma
36
vistosa borboleta que voejava por sobre o
37
caixão, tentando sem sucesso, alertar a todos
38
sobre o que realmente ocorrera, tentando em
39
vão, dissuadi-los da ilusão do presumido fim
40
3 76
4
77. 1 77
2
de1 quem lhes era tão querido.
2 Quem sabe sejamos nós Seres Humanos,
quais as lagartas que não morrem, e sim,
3
transmutam-se?
4
5 Quem sabe talvez, possamos num dia
próximo ou remoto, vivenciar nossa própria
6
transmutação, também num misto de surpresa
7
e 8gratificação por nos descobrirmos qual a
lagarta em um corpo mais sutil, etéreo e
9
luminoso que o atual?
10
11 Por hipótese, acreditemos que realmente
seja assim, tomando o cuidado de abstrairmo-
12
nos de qualquer conotação filosófico-religiosa.
13
Q14
15 Atentemos para as vantagens.
16 Em crendo, perderemos de imediato o
medo de morrer e, em conseqüência,
17
passaremos a viver mais tranqüilos, na certeza
18
de um porvir em planos melhores, na
19
expectativa de um possível reencontro com
20
aqueles que nos eram caros e que se foram
21
antes de nós.
22
23 E se tudo não passar de um sonho, de
uma quimera?
24
25 Dirão os céticos:
26 ___ “Fábulas são fábulas e a morte física
é 27
realmente o fim de tudo!”
28 Ainda assim, vale a pena acreditar em
nossa subsistência própria morte, porque se
29
3 77
4
78. 1 78
2
estivermos realmente equivocados, estaremos
1
livres da dor da desilusão e do desencanto,
2
porque quem acaba totalmente, não está
3
sujeito a qualquer pensamento, sentimento
4
ou5 sensação!
6 Tal risco, entretanto, correm os
céticos e materialistas, caso se descubram
7
vivos depois da morte, ao tomarem
8
consciência que consumiram toda uma vida
9
laborando em erro grave e irreversível!!!
10
11
12 José Carlos de Figueiredo
13
14
15
16 DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO
17
18 Um pequeno planeta, pertencente
19ao sistema de uma pequena estrela;
20estrela esta, pertencente a uma pequena
21galáxia que por sua vez é parte de um
22universo contido de milhões de galáxias.
23 Neste pequeno planeta vivemos
24nós, Seres Humanos; orgulhosos,
25impávidos e vaidosos de nossa condição
26de ´´Seres Superiores Pensantes``.
27 Mas, quem seremos nós realmente?
28Porque somos tão diferentes uns dos
29outros?
3 78
4
79. 1 79
2
1 Porque ricos e pobres, sadios e
2enfermos, sábios e aparvalhados, felizes
3e desesperados?
4 Porque a existência de uns poucos,
5totalmente iluminados, donos de seus
6destinos, plenos de sabedoria e bondade,
7em contraste com um turbilhão imenso
8de seres na mais completa indigência e
9atraso espiritual?
10
11 Existe um ponto em comum entre as
12grandes correntes filosófico-religiosas,
13quando afirmam ser este, um mundo
14de expiação e provas.
15
16 Dentro da nossa sociedade, que
17tipo de instituição retrataria com maior
18fidelidade, essa conotação de expiação
19e provas?
20 Cremos, serem os presídios e as
21penitenciárias as instituições que mais
22se aproximam de tal assertiva, senão
23vejamos:
24 Quem personificaria o imenso
25universo de desafortunados senão os
26apenados, totalmente desprovidos de
27seu livre arbítrio, no que tange à sua
28permanência em semelhante local?
3 79
4
80. 1 80
2
1 Pensemos igualmente, em toda
2a imensa equipe de pessoas que
3trabalham em uma penitenciária, tais
4como: médicos, cozinheiros, psicólogos,
5enfermeiros, guardas, diretores,
6serventes, assistentes sociais etc.
7
8 Essas pessoas, na maioria das
9vezes, têm o seu livre arbítrio bastante
10limitado no que concerne `a opção de
11trabalho em semelhante local.
12A maioria o faz por necessidade de
13trabalho e de sobrevivência, não estando
14porém, guindados à humilhante situação
15dos apenados, cuja obrigação de ali
16permanecer, cerceia e anula
17completamente o seu livre arbítrio.
18
19 Parece-nos portanto, não passar
20o planeta terra de uma imensa
21penitenciária: vivem aqui alguns
22iluminados, totalmente depurados,
23senhores de seus destinos e de seu livre
24arbítrio, amparando e orientando um
25contingente imenso de pessoas
26trabalhando e progredindo, nascendo,
27morrendo, renascendo, como se fossem
28os funcionários de um presídio que
29diariamente retornam para o aconchego
3 80
4
81. 1 81
2
1 de seus lares, onde recuperam suas
2energias para o reinicio da jornada no
3dia seguinte .
4 Pensemos agora naqueles
5internos que embora na condição de
6apenados, já possuem um quantum de
7bondade e discernimento em seus
8corações, o que lhes possibilita
9conceituar satisfatoriamente sobre a sua
10misteriosa passagem pela
11“penitenciária’’ Terra.
12 Para estes, é dada a paz de
13espírito imprescindível para suportarem
14a dureza da prova até a chegada
15tranqüila ao dia da conclusão da pena.
16 Talvez retornem um dia ao
17local. Porém, não mais na condição de
18apenados e sim, na condição de
19trabalhadores, com a função precípua de
20labor e ascensão paulatina até a
21condição de senhores de seus destinos.
22
23 Por tudo isso deixemos de lado
24o nosso orgulho, nossa impavidez,
25nossa falácia e vaidade e olhemos para o
26firmamento em uma noite de céu
27límpido, intuindo que a nossa
28verdadeira casa não é aqui .
3 81
4
82. 1 82
2
1 Almejando o dia do retorno ao nosso
2verdadeiro lar. Não sentindo desprezo
3entretanto, pelos que ainda terão longas
4penas a cumprir.
5 Quem sabe se assim, não
6poderemos inverter um dia a nossa
7condição atual de observadores do
8firmamento, quando então, num ponto
9infinitamente distante no universo,
10pudermos observar o pequenino planeta
11azulado e nos lembrarmos com uma
12ponta de nostalgia e saudade, das
13provas que por lá passamos e
14sobrepujamos.
15 José Carlos de Figueiredo
16
17
18 OS CORPOS
19
20 Vamos imaginar uma pessoa
21saudável; um jovem, adulto, fazendo sua
22corrida matinal em um grande bosque
23ou uma praia virgem onde o ar é
24puríssimo.
25 Logicamente, esse jovem estará
26fazendo um grande bem para o seu
27Corpo Físico em função da atividade
28realizada.
3 82
4
83. 1 83
2
1 Estará também, fazendo um
2grande bem pra o seu Corpo Etérico, ou
3Vital, ou também conhecido como
4Duplo-Etérico, em função da absorção
5da energia prãnica proveniente do ar
6puro da floresta ou do mar.
7
8 Mas, o nosso amigo está
9vivenciando dois problemas de ordem
10emocional;problemas esses, tipicamente
11voltados para o seu Corpo Astral.
12
13 Primeiro problema: está
14profundamente apaixonado por uma
15causa, um projeto, ou até mesmo pela
16namorada o que faz com que ele viva
17emoções ininterruptas e bastante
18intensas.
19 Segundo problema:
20infelizmente, ele tem o vício do
21tabagismo, que também afeta
22intensamente o seu corpo emocional,
23porquanto a ânsia constante pelo
24cigarro não o deixa nem um instante.
25
26 Mas, o nosso amigo,
27também está vivenciando um terceiro
28problema;
3 83
4
84. 1 84
2
1dessa vez, focado no seu Corpo Mental
2Concreto.
3Ou seja, irá brevemente se submeter a
4um rigoroso concurso, onde todas as
5matérias pertinentes, têm que ser
6repassadas a cada momento em sua
7cabeça, para que ele possa obter sucesso
8nas provas, o que não deixa de ser
9também, um grande consumo de energia
10que atinge principalmente, o seu Corpo
11Vital, em função do grande desgaste
12orgânico metabólico.
13
14 E, então, o nosso amigo,
15passa a conjecturar, a filosofar sobre
16toda essa realidade na qual ele vive
17atualmente.
18 Ou seja, ele medita
19sobre a moça, objeto do seu amor.
20 Ele medita sobre as medidas
21que ele possa vir a tomar sobre a sua
22dependência emocional e metabólica ao
23cigarro; terá que procurar um Psicólogo
24para livrá-lo da dependência emocional;
25terá que procurar um Médico que o
26livrará da intoxicação metabólica
27decorrente do vício.
3 84
4
85. 1 85
2
1 Mas, ele medita também
2sobre a sua realização profissional em
3sendo aprovado no concurso.
4
5 E, finalmente, ele medita
6sobre a beleza do local onde ele está se
7exercitando na natureza, se sentindo
8grato ao Grande Pai.
9 Todas essas meditações,
10estão focadas, não no nosso Corpo
11Mental Concreto, e sim, no nosso Corpo
12Mental Abstrato.
13
14 E, para finalizar, todas
15essas vivências, experiências e emoções,
16só são possíveis, por possuirmos um
17último corpo, conhecido como
18Búddhico, ou Espiritual.
19
20
21
22 Por toda essa maravilhosa
23complexidade que nos caracteriza como
24Seres Humanos, é que fica clara a
25Orientação dada pelo Sublime Mestre,
26quando declara:
27
28 ___ ´´ Não julgueis,
29para não serdes julgados, pois na
3 85
4
86. 1 86
2
1mesma medida em que julgardes,
2também sereis julgados ``.
3
4
5 José Carlos de Figueiredo
6
3 86
4
87. 1 87
2
1
2 REGRESSÃO DE MEMÓRIA
3
4
5 É noite.
6 Na floresta, em volta de um
7pequeno caixão, choram os entes
8queridos de uma lagarta que acabara de
9falecer, lamentando-se da morte de sua
10companheira:
11 ___ “Triste fim é o nosso !” dizia um
12deles.
13 ___ “Depois de tantas lutas, depois de
14tantos sonhos, eis que tudo termina
15assim, de maneira tão abrupta e sem
16sentido.
17Não vale a pena viver, se não temos
18esperança nenhuma de um porvir, de
19um subsistir, de um recomeçar!”
20
21 E assim, mantinham-se todos tristes
22e quedados de amargura sem ao menos
23notar a presença de um estranho no
24velório.
25 Um estranho que não lhes falava a
26mesma língua e que insistia em voejar
27sobre suas cabeças como a desejar ser
28notado, ser observado, ser ouvido!
29
3 87
4
88. 1 88
2
1 Era uma linda borboleta, alegre por
2sua condição de liberdade de locomoção
3aérea e triste por não poder transmitir
4a todos que ali se encontravam, a
5realidade de que o corpo que ali jazia,
6era na verdade um mero invólucro de si
7mesma, que se transmutara de um ser
8pesado e rastejante, num outro ser mais
9leve, colorido e gracioso.
10 Não é assim que a maioria de nós,
11seres humanos impávidos, orgulhosos e
12arrogantes costuma proceder?
13 Quando perdemos um ente querido
14, também não nos sentimos estupefatos
15e até mesmo revoltados com a perda
16dolorosa de alguém que tanto
17amávamos?
18 E por que tanto sofrimento?
19 A razão é simples, una e inconteste:
20IGNORÂNCIA!
21 Desconhecimento de verdades
22maiores, de realidades sutis que as
23vezes estão muito mais perto de nós
24do que possamos imaginar.
25 Talvez até mesmo voejando por
26sobre nossas cabeças sem que ousemos
27observar o que ulula de transparência,
28sem que estejamos entretanto
29sintonizados nessa realidade.
3 88
4
89. 1 89
2
1 O nosso Criador nos deu qualidades
2que nos diferenciam de todos os outros
3seres viventes: nos deu inteligência,
4capacidade de inferir, de concluir, de
5conjeturar, de elocubrar e de elaborar
6conceitos.
7 Infelizmente, a maioria dos seres
8humanos ainda não se deu conta de suas
9próprias capacidades e insiste em julgar,
10em somente fazer uso de seus sentidos
11físicos, perdendo oportunidades
12maravilhosas de descobrir muito sobre
13si mesmos.
14
15 Quando passamos a nos preocupar
16com o nosso destino, quando passamos
17a observar com maior atenção o
18firmamento, o nascimento, a morte, as
19venturas e as vicissitudes,
20intuitivamente passamos a acreditar
21que preexistíamos ao nosso nascimento
22e que subsistiremos à nossa própria
23morte.
24 E nessa hora então, terá sido dado o
25passo inicial de uma longa busca que
26certamente nos levará a um estado de
27serenidade, por passarmos a sentir que
28na verdade, somos quais lagartas que
29não morrem jamais.
3 89
4
90. 1 90
2
1 Que se transmutam e continuam a
2sua caminhada em condições outras.
3 Chegando nesse estágio, estaremos
4preparados para uma incursão em nosso
5próprio interior, buscando no passado,
6explicações coerentes para o nosso
7presente e tirando ilações para o nosso
8futuro.
9
10 Existem inúmeros recursos,
11inúmeras escolas de sabedoria
12disponíveis para que possamos
13desenvolver nossas potencialidades e
14nosso saber latente adormecido.
15 Dentre estas ciências, sobressai-se a
16REGRESSÃO DE MEMÓRIA, onde é
17facultado às pessoas imbuídas do desejo
18de se conhecer, fazer um mergulho em
19seu passado inconsciente, onde esse
20mergulho poderá ultrapassar inclusive,
21a nossa atual existência física.
22 É óbvio que semelhante
23procedimento deverá ser levado a efeito
24sob todos os cuidados possíveis e
25monitorado por profissionais altamente
26idôneos e preparados, não só acadêmica,
27como moralmente, demonstrando
28claramente serem pessoas
29espiritualmente elevadas.
3 90
4
91. 1 91
2
1 A contrapartida do paciente,
2também deverá ser levada em
3consideração.
4 Um histórico prévio das condições
5morais e mentais do candidato à
6regressão, deverá ser rigorosamente
7observado. Um laudo psicoterápico
8comprovando a higidêz e a estabilidade
9psicológica do paciente, é indispensável
10porquanto é fácil de se deduzir que o
11conhecimento de duras verdades e
12realidades, nem sempre será
13recomendado se não possuirmos o
14necessário preparo e escopo para essas
15duras verdades e realidades.
16 O custo benefício poderá ser
17altamente desfavorável. Ou como diz a
18sabedoria popular, “O remédio poderá se
19tornar pior que a doença”!
20 O candidato por sua vez, antes de se
21aproximar de qualquer escola, entidade,
22terapia ou associação, deverá se cercar
23de todos os cuidados possíveis,
24porquanto, infelizmente, a quantidade
25de pessoas mal intencionadas e
26gananciosas que procura tirar partido
27das vicissitudes e fragilidades alheias,
28está aumentando assustadoramente, o
29que contribui para o lamentável
3 91
4
92. 1 92
2
1descrédito de grande parte da
2humanidade, no que concerne ao
3conhecimento do supra-sensível, do
4metafísico ou do paranormal.
5
6 Por tudo isso, fica óbvio que a
7regressão de memória é uma prática
8extremamente séria, recomendável
9somente para determinadas situações
10sob rigorosa análise prévia, onde
11leviandade é considerada falta
12gravíssima que poderá acarretar
13conseqüências irreversíveis e
14extremamente danosas.
15
16 Superados todos os óbices, tomadas
17todas as precauções, cremos que as
18pessoas que venham a se submeter a
19uma regressão de memória só terão a
20lucrar, porquanto poderão vir a
21compreender o porquê de tantos
22conflitos em seu seio familiar ou até
23mesmo em sua vida profissional,
24fazendo com que o seu porvir possa vir a
25ser mais venturoso e mais consciente.
26
27 Talvez assim, em um futuro próximo
28ou remoto, possam os velórios não só
29das lagartas como dos seres humanos,
3 92
4
93. 1 93
2
1se tornarem menos sofridos e dolorosos,
2porquanto os que ficam, estarão serenos
3com o destino dos que se foram e os que
4se foram, estarão confortados em saber
5que os que ficaram estão cientes de que
6um dia, todos se reencontrarão em
7paragens mais felizes.
8
9 José Carlos de Figueiredo
10
11
12
13
14
15
16
17
18
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28
29
30
31
32
3 93
4
94. 1 94
2
1
2 OS TROVÕES DE TUPÃ
3
4
5 É noite....
6
7 Na densa floresta distante
8 da civilização, a atmosfera se faz
9 pesada prenunciando a iminente
10 tormenta. O vento sibila cortante
11 provocando um sinistro movimento na
12 copa das milenares árvores. Os animais
13 estão estranhamente quietos como que
14 antevendo o perigo no ar. Ao longe,
15 muito longe, o miado de uma pantera
16 solitária soa como o exórdio de um
17 clarim determinando silêncio.
18 Na pequena taba indígena,
19todos se mantém encolhidos e solenes
20em suas ocas. As mães apertam em
21seus abraços de amor os seus pequenos
22rebentos enquanto os guerreiros ao seu
23lado quedam-se em profunda abstração.
24
25 Somente uma pessoa na tribo
26ousa levantar os olhos: o Pajé que em
27estado de oração profunda, aguarda a
28Manifestação Divina.
29
3 94
4
95. 1 95
2
1 Eis que de repente, os trovões se
2iniciam, levando a todos, animais e
3humanos, a cerrar os olhos como se
4sentissem indignos de observar a
5magnitude da presença do Ser Supremo.
6 O Pajé levanta os braços e inicia
7solene as súplicas de auxílio e piedade
8do Criador em manifestação. A cada
9pedido, mais os trovões se fazem sentir
10como se fossem as respostas esperadas
11aos anseios da tribo.
12 Lágrimas copiosas vindas do céu em
13forma de chuva torrencial juntam-se às
14lágrimas do Pajé, absolutamente seguro
15de que conseguiu um contato
16insofismável com o Grande Pai que vive
17na Grande Morada.
18 Em algum tempo a chuva diminui e
19todos então se tranqüilizam e
20adormecem no verdadeiro sono dos
21justos e inocentes.
22
23 Sempre deixou claro o Grande
24Mestre Jesus, que os preferidos do Pai
25eram justamente os puros, os
26deserdados, os simples, as crianças e os
27animais.
28
29
3 95
4
96. 1 96
2
1 Com toda a certeza, os habitantes de
2uma grande floresta virgem em seu
3estado primitivo, todos os seus
4habitantes, indígenas, fauna e flora, são
5os preferidos desse Pai, em função de
6sua simplicidade, de sua essência,
7pureza e submissão.
8 E com toda a certeza também,
9 fenômenos da natureza em uma grande
10 floresta virgem não têm somente a
11 conotação de uma manifestação
12 meteorológica.
13 Existe uma Divindade, uma
14 sobrenaturalidade que dá aos
15 habitantes da mata a certeza de que
16 são amados e protegidos por Algo ou
17 Alguém que não podem ver mas que
18 conseguem sentir em seus corações.
19Convenhamos: seria plausível, seria
20moralmente justo, seria ético, seria
21decente, que nós, “civilizados”,
22destruíssemos a Pureza Crística desses
23irmãos e disséssemos à eles que tudo
24não passa de um fenômeno elétrico da
25natureza?
26
27 Seria monstruoso! Seria
28imperdoável! Seria uma blasfêmia!
29Seria uma mentira !
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