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 3   ANTOLOGIA
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     ESPIRITUAL
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 1                   José Carlos de Figueiredo

 2


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 4Aos       meus         Protetores
 5Espirituais   que considero os
 6verdadeiros    inspiradores das
 7crônicas, e, aos meus amigos

 8no      plano      físico     que
 9procederam                     ao
10enriquecimento gráfico     e arte
11final       desse        pequeno
12compêndio,        deixo      aqui
13consignado     o testemunho da
14minha      profunda      gratidão
15por      sua       sensibilidade,
16inteligência e amorosidade.


17


18                         O   AUTOR


19

 3               2
 4
1                             3
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 1

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 3           O autor da presente
 4publicação     abre   mão   de
 5eventuais e possíveis Direitos

 6Autorais,    revertendo-se  os
 7mesmos    para as Entidades
 8Filantrópicas               ou
 9Espiritualistas   que venham
10eventualmente    a publicá-la,
11não autorizando a reprodução

12total ou parcial por qualquer

13outra Organização que não as

14supra-citadas.
15

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 1              PREFACIO
 2
 3              Imaginemos uma palestra
 4ou exposição, sobre temas metafísicos
 5ou   espiritualistas, dada por um
 6excelente orador ou professor.
 7                 Na platéia, existirão os
 8seguintes     ouvintes     dentre      os
 9espectadores:
100 1-   O Evoluído e Espiritualizado.
1102-    O Curioso e Inteligente.
1203-    O Buscador bem intencionado.
1304-    O atrasado espiritualmente.
14
15                 Por melhor que seja o
16desempenho    e o conhecimento do
17expositor, as reações ao final da
18palestra serão as seguintes:
19
20Ouvinte    01: sairá frustrado por não
21ter ouvido nada do que já não soubesse.
22
23 Ouvinte 02: achará o tema curioso e
24passível de ser considerado.
25
26  Ouvinte 03: sairá impressionado e
27possivelmente  passará a considerar
28seriamente o que ouviu, se aquilo que
29ouviu  estiver dentro do seu padrão
30vibratório.

 3                   4
 4
1                                        5
 2

 1 Porém, em pouco tempo esquecerá a
 2maior parte do que foi exposto na
 3palestra se não procurar doravante um
 4aprofundamento maior.
 5
 6  Ouvinte 04:   terá achado que o
 7expositor é um fanático religioso,
 8alienado ou interesseiro.
 9
10
11 RESUMO
12  Em se tratando de ensinamentos
13metafísicos,        espirituais        ou
14transcendentais,    ninguém consegue
15ensinar nada para ninguém.
16Não   há      expositor, livro ou PPS
17possível,  que nos consiga          fazer
18realmente despertar    espiritualmente.
19              O máximo que se consegue
20é uma curiosidade bem intencionada e
21produtiva, focada na    mente concreta,
22e não, na mente abstrata.
23                 Conhecer verdades, não
24espiritualiza  ninguém. O processo é
25inverso, ou seja, com a espiritualização
26paulatina    é que passamos a nos
27afinizar com essas mesmas verdades.
28
29
30

 3                   5
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1                                               6
 2

 1
 2
 3 SOLUÇÃO
 4 Só a meditação, só o recolhimento,
 5ensinados via de regra pelos Budistas,
 6pelos Monges e pelos Yoguis é que nos
 7possibilitam vivenciar alguma coisa em
 8termos de metafísica, espiritualismo ou
 9conhecimento transcendental.
10
11               Possivelmente, aprender
12tudo o que foi exposto na hipotética
13palestra citada,  sem que estivéssemos
14presentes à  mesma; ou em qualquer
15livro  sublime, sem que tenhamos
16sequer aberto aquele livro sublime!
17
18          Prezado Leitor,
19
20              Espero sinceramente, que
21as Crônicas deste pequeno compêndio,
22consigam chegar até o âmago dos seus
23arquétipos milenares, para que você
24simplesmente reabra tudo que já existe
25nos seus Diretórios Espirituais.
26
27
28                   José Carlos de Figueiredo
29
30



 3                   6
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1                                        7
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1
2

3
4
5
6             INTRODUÇÃO
7
8                    1953-          Igreja
 9 Matriz de Nossa Senhora das Dores
10 no bairro Rio Comprido na      Cidade
11 do Rio de Janeiro.

12    Em uma bela manhã, para lá se
13dirige um menino, absolutamente puro,
14para dar início ao Curso Preparatório
15para a sua 1ª Comunhão.
16    No   referido   curso,  o   enfoque
17logicamente, era a vida de Jesus.
18    Foi um choque para o garoto, tomar
19conhecimento     da suprema bondade
20daquele    Homem e logo em seguida,
21saber que o mesmo fora assassinado da
22forma mais brutal possível.
23    O menino terminou o curso, realizou
24sua 1ª Comunhão, mas ficou um pouco
25diferente:  continuou a sua vida como
26criança      ,brincando,     estudando,
27sonhando. Porém, sempre que podia,
28voltava àquela Igreja somente quando
29ela   estava absolutamente vazia e
30ficava absorto, pensando na vida e na


3                    7
4
1                                     8
 2

 1 morte daquele Homem; pensando como
 2outros homens tiveram a coragem de
 3fazer aquilo com Ele!
 4    O tempo passou.
 5       Porém     a    necessidade   de
 6recolhimento   e abstração tornou-se
 7uma rotina, como se fora a hora de
 8recarregar     as      baterias   para
 9continuar a lutar.
10   Por sinal, a luta do garoto houvera
11começado bem cedo, pois não pudera
12conhecer seu pai     falecido quando o
13garoto acabara de nascer e perdera
14sua mãe quando ainda adolescente.
15   Todos esses fatos só serviram para
16tornar o então jovem adulto cada vez
17mais introspectivo e meditativo.
18
19   Até que um dia, vivenciou um sonho
20durante   uma noite; sonho este que
21acelerou ainda mais sua necessidade
22de recolhimento e introspecção .
23   Sonhou ele, que se encontrava numa
24outra   existência, num futuro já
25bastante longínquo da atual vida.
26   Foi chamado então à presença de
27um    superior que lhe comunicara a
28permissão concedida para visitar o seu
29próprio passado.


 3                  8
 4
1                                     9
 2

 1
 2
 3
 4    Eis que de repente, o mesmo se vê
 5envolvido por um turbilhão,   girando,
 6como se estivesse no  epicentro de um
 7ciclone.
 8
 9    Quando tudo serenou, ele se viu
10dentro   de um cemitério que pôde
11identificar como sendo o Cemitério de
12São João Batista no Rio de Janeiro.
13    Começou então instintivamente, a
14procurar    por    uma     determinada
15sepultura, até que, depois de algum
16tempo, conseguiu localizá-la.
17    Para sua surpresa, na lápide do
18túmulo havia a foto de um homem
19jovem e saudável com    um semblante
20sereno e que não era outro senão ele
21mesmo!!!
22
23   Passada a surpresa, aflorou    um
24sentimento   nostálgico    de muita
25saudade   daquela vida vivida, muito
26carinho pela imagem da foto   e tudo
27parecia fazer parte de um passado  já
28muito distante.
29


 3                  9
 4
1                                        10
 2

 1
 2
 3   Em seguida, a foto começou a se
 4dissolver e o   turbilhão novamente o
 5envolveu, forçando seu retorno para o
 6futuro.
 7

 8       Será que foi um sonho? Será que
 9   foi uma vivência? Será que foi um
10   ensinamento?     Um aviso, para que
11   não se deixasse envolver em demasia
12   com o passado, mesmo que fosse um
13   passado      que    trazia    suaves
14   recordações?
15

16   Assim intuí que deveria interpretar.
17          Devemos guardar com carinho
18   todas as nossas boas recordações,
19   tirar lições de todas as nossas
20   experiências desagradáveis, não nos
21   preocuparmos     com      o    futuro,
22   porquanto    ele   é   absolutamente
23   imprevisível e viver intensamente o
24   presente, de uma forma saudável ,
25   integrada e de profundo amor por
26   tudo que contenha vida.
27




 3                    10
 4
1                                             11
 2

 1    As crônicas a seguir relatadas,
 2foram todas conseqüência de momentos
 3de abstração e introspecção do autor.
 4    Foram elaboradas em momentos em
 5que ele se permitia um afloramento do
 6garoto do passado.
 7    Eu tive o cuidado de preservá-lo em
 8mim mesmo.
 9 É ele quem me dá forças;
10 É ele quem me inspira.
11 É nele que eu me refugio....
12
13

14
15   Prezado leitor,
16
17      Tente de vez em quando, aflorar
18o   garoto ou a garota      que   você
19também já foi.
20        Ele ou ela , existem dentro de
21você!
22
23   Dê uma chance a eles!
24

25       Você verá que fica bem mais fácil
26viver.......
27
28                     José Carlos de Figueiredo
29
30
31

 3                     11
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1                                       12
 2

 1              Um dia, num futuro ainda
 2muito distante, perdido no limiar do
 3tempo, haverá uma estrela.
 4                 Estarão reunidos nessa
 5estrela,   todos    os   que    amamos,
 6observando     um ínfimo e distante
 7planetinha     azulado    que    hoje   é
 8chamado de “Terra”.
 9               E então, milagrosamente,
10estaremos    sentindo     uma saudade
11imensa    de uma vida vivida num
12passado já muito distante.
13                Uma saudade que inclua
14inclusive,  os momentos difíceis,pois
15estaremos    conscientes que        esses
16momentos    na verdade,       não foram
17assim tão difíceis.
18                Eles foram simplesmente
19parte   da renovação,       inevitável e
20necessária dessa coisa       maravilhosa
21chamada “Vida”.
22              A partir de agora, quando
23olhar para o céu, tente imaginar onde
24possa estar essa estrelinha, antevendo
25desde já esse maravilhoso reencontro
26futuro!”
27

28

29                SUMÁRIO

 3                   12
 4
1                                                                                   13
 2
 1TÍTULO                                                                        PÁGINA
 2
 3OS FOGUETES FLEX ----------------------------------------------------- 14
 4
 5A SUBLIME SUBIDA------------------------------------------------------- 17
 6
 7A GRANADA SEM PINO------------------------------------------------ 21
 8
 9KRAKATOA - A OESTE DE JAVA----------------------------------                      28
10
11TRANSCEPTORES HUMANOS-----------------------------------------                    36
12
13O PLANETINHA AZULADO--------------------------------------------                  41
14
15O SIMPÓSIO DOS BICHOS---------------------------------------------                 45
16
17MERGULHADORES ESPIRITUAIS----------------------------------                      49
18
19REDE BÚDDHICA----------------------------------------------------------          52
20
21CIENCIA DO SOBRENATURAL--------------------------------------                   59
22
23CRISTÃOS: SERÁ QUE SOMOS?--------------------------------------                  62
24
25ALMA GÊMEA--------------------------------------------------------------          68
26
27ATAVISMO : A GENÉTICA DA ALMA----------------------------                       71
28
29O VELÓRIO------------------------------------------------------------------       77
30
31DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO--------------------------------------                   79
32
33OS CORPOS------------------------------------------------------------------        83
34
35REGRESSÃO DE MEMÓRIA------------------------------------------                    87
36
37OS TROVÕES DE TUPÃ------------------------------------------------                94
38
39UMBANDA--------------------------------------------------------------------     100
40
41HOLISMO----------------------------------------------------------------------    103
42
43OS HOMENS – CABIDE -------------------------------------------------            106
44
45O “CULT” DA PARANORMALIDADE----------------------------                        110


 3                                         13
 4
1                                        14
 2
 1
 2          OS   FOGUETES     FLEX
 3
 4
 5        Todos os Seres estão sempre
 6 evoluindo,        sempre      intentando
 7 instintivamente uma ascensão.

 8    Poderão ocorrer quedas; seguidas,
 9entretanto, de um soerguer, de uma
10nova luta ascensória.
11    Poderá    ocorrer     também      uma
12estagnação, um acomodamento ilusório
13inerente à própria ignorância.
14    O Nosso Pai nos colocou, entretanto,
15´´foguetes``  de grande         poder de
16propulsão que ficam à nossa disposição
17para    serem    ligados   se    assim   o
18desejarmos.
19    Os    ´´motores``   desses    foguetes
20utilizam via de regra alguns tipos de
21combustível que, misturados a nosso
22critério, possibilitam maior ou menor
23poder    de explosão       permitindo a
24ascensão     em      maior    ou    menor
25velocidade.
26    O primeiro combustível se chama
27´´Conhecimento``. O segundo se chama
28´´Amor``.
29




 3                    14
 4
1                                      15
 2

 1    Se esses dois combustíveis forem
 2corretamente misturados, transformar-
 3se-ão em um terceiro combustível de
 4altíssima   octanagem, chamado de:
 5´´Sabedoria``.
 6
 7   Se insistirmos entretanto em manter
 8o nosso foguete inativo com os tanques
 9desprovidos   de ´´Conhecimento`` e
10´´Amor``  e contidos de combustíveis
11danosos,   Nosso Pai      nos abastece
12coercitivamente de um quarto tipo de
13combustível   poderoso,    sob   nossos
14protestos, chamado: ´´DOR``.
15   Infelizmente, para a maioria de nós,
16Seres    Humanos,     ainda    bastante
17atrasados, essa tem sido a providencia
18mais adotada peo Pai.
19
20    Além dos citados combustíveis,
21existem    dois aditivos de altíssima
22qualidade que contribuem sobremaneira
23para o bom desempenho do foguete e
24que nos estão via de regra disponíveis:
25esses   aditivos são conhecidos pelos
26nomes     de:     ´´Curiosidade``     e
27´´Insatisfação``.
28




 3                  15
 4
1                                            16
2

1          Cada pessoa utiliza todos esses
2combustíveis e aditivos em diferentes
3dosagens,   e de diferentes maneiras,
4possibilitando     variados desempenhos
5de   seus foguetes até a chegada
6definitiva ao Pai.
7

8                    José Carlos de Figueiredo




3                   16
4
1                                         17
2

1
2       A SUBLIME SUBIDA
3
4     Quem      somos      nós,   de onde
 5viemos, para    onde iremos?
 6    O eterno questionamento.......
 7    Vamos pensar num singelo copo
 8d’água   mineral gaseificada.
 9    Vamos também transformar o tempo
10relativo    de    alguns    minutos    de
11observância    desse copo,        para a
12projeção de alguns milhares de anos.
13    Agora, vamos pensar nas minúsculas
14bolhas   de      gás que começam a se
15formar no fundo do copo.
16    Prosseguindo, vamos nos transmutar
17mentalmente em uma das pequeninas
18bolhas que ainda estão presas no fundo
19do copo, como se nós mesmos fôssemos
20uma delas:.... somos minúsculas bolhas
21de   gás à semelhança de espíritos
22embrionários        à      espera      de
23individualização......
24    Milhares de séculos se passaram e,
25finalmente,     a      pequenina    bolha
26avolumou-se e conseguiu desprender-se
27do fundo do copo (individualizou-se) ,
28iniciando   uma lenta ascensão, uma
29Sublime Subida, intentando chegar à



3                    17
4
1                                          18
2

1  superfície, quando então, fundir-se-á
 2com a Essência Divina.
 3    E essa milenar subida, como se
 4procede?         Vamos dividi-la em três
 5fases.
 6    Na primeira delas, iniciada após o
 7desprendimento,       somos        simples,
 8atrasados e ignorantes. Mas,      já somos
 9amados por nosso Pai,         embora não
10saibamos nada sobre esse Pai.
11    Outros milhares de séculos se
12passam e alcançamos uma segunda fase,
13quando despertamos para a constatação
14da existência desse Pai.
15    Passamos então a nos jactar de um
16pretenso     conhecimento        da Real
17Natureza Divina, e,     em conseqüência,
18passamos a sentir pelas bolhinhas       que
19nos    estão abaixo, um repente de
20desprezo “por sua inferioridade”! Por
21estarem as mesmas ainda,        “cheias de
22defeitos”!!!!!
23    Em      função      dessa      pretensa
24superioridade,    passamos       a sentir
25necessidade    de amparar os que nos
26estão abaixo, por achar que       “é nosso
27dever”,    que “é nossa obrigação”!
28Sentimos        orgulho      da       nossa
29benemerência e da nossa abnegação!!!


3                     18
4
1                                        19
 2

 1
 2    Mas, a roda do tempo continua a
 3girar........
 4    Muitos séculos se passaram e a
 5terceira e última fase acontece.
 6
 7   Tornamo-nos        perquiridores    e
 8passamos   a nos interessar não só pela
 9natureza do Criador, mas, também, por
10nossa    própria    natureza     e  real
11constituição.
12   Descobrimo-nos        surpresos     e
13estupefatos,   ao constatar que os
14inúmeros defeitos que só víamos nos
15outros,       existem    principal     e
16abundantemente em nós mesmos!!!!
17
18    O choque é grande, mas é benéfico:
19passamos      a  ascender    em     maior
20velocidade, em função do alijamento de
21cargas   já agora desnecessárias, tais
22como;     soberba,    orgulho,   vaidade,
23tirania, arrogância, preconceito etc..
24      E o que é mais importante,
25continuaremos    a estender as nossas
26mãos    ao companheiro que nos está
27abaixo, porém, não mais por obrigação
28ou   dever, e sim, por amor e          por
29fraternidade.


 3                    19
 4
1                                         20
 2

 1    Encerremos    nossa    transmutação
 2mental nas pequeninas bolhas de gás e
 3voltemos a ser nós mesmos.
 4    Observemos pela última vez o copo
 5de água, detendo-nos principalmente ,
 6nas   inúmeras bolhas         que estão
 7chegando à superfície.
 8    E, então, pensaremos num futuro
 9distante, perdido no limiar do tempo,
10quando também nós, estaremos          nos
11fundindo com a Divindade Suprema.
12    E analisemos, conjeturemos       com
13rigor, sobre a nossa própria      posição
14na Sublime Subida.
15    Com     humildade      e     isenção,
16poderemos    então    localizar   alguma
17humilde    bolha   de    gás    que   nos
18corresponda    na    escala     evolutiva,
19principalmente,    se     considerarmos
20sobre a nossa atual postura....       “ao
21estendermos nossas mãos”!
22
23
24
25                 José Carlos de Figueiredo
26

27
28




 3                    20
 4
1                                        21
 2
 1
 2
 3       A GRANADA SEM PINO
 4
 5
 6           Há alguns meses passados, os
 7órgãos de imprensa da nossa mui leal e
 8querida Cidade de São Sebastião do Rio
 9de   Janeiro, publicaram reportagem
10sobre um assalto a banco ocorrido      no
11centro (infelizmente mais um dentre
12tantos) , onde os assaltantes na hora da
13fuga, lançaram uma granada na porta do
14banco e que, por sorte dos que ali se
15encontravam, não detonou.
16          Foi então chamado um policial
17especializado para desativar o artefato.
18         Chegando próximo a granada, o
19policial sentou-se em frente à mesma
20em   “posição de lótus” e quedou-se
21concentrado    em profunda abstração,
22assim permanecendo por longo tempo.
23
24          Provavelmente, reunia o bom
25homem,    energia das mais variadas
26espécies  que o deixassem apto a
27executar   a dificílima tarefa a ele
28confiada: energia mental, por exemplo,
29que o mantivesse em perfeita calma.
30


 3                   21
 4
1                                        22
2

1
2
3     Energia espiritual que o amparasse e
 4inspirasse    a agir corretamente e;
 5energia física que lhe permitisse não
 6esmorecer
 7    diante do enorme desgaste orgânico
 8- metabólico.
 9           E assim permaneceu o bom
10homem estático diante da granada.
11         Esse fato singelo e ao mesmo
12tempo terrivelmente dramático será que
13não     serve     de    parâmetro   para
14conjeturarmos     sobre a nossa própria
15postura diante da vida? Vejamos:
16       Sabemos que a humanidade passa
17por   um momento crucial da sua
18história. As vicissitudes tanto a nível
19mundial quanto a nível pessoal estão
20aumentando        assustadoramente.   As
21pessoas estão aturdidas, estarrecidas e
22perplexas      diante    das   mudanças
23drásticas por que passa o planeta. Não
24existe uma guerra mundial dividindo o
25mundo em dois blocos, mas existe uma
26guerra mundial se considerarmos que
27nos    últimos tempos eclodiram e
28eclodem conflitos localizados nos mais




3                    22
4
1                                       23
 2

 1 variados países, ceifando milhares de
 2vidas.
 3       A fome grassa, principalmente no
 4continente   africano, e, também, no
 5nordeste brasileiro fazendo com que os
 6chamados     filmes de terror sejam
 7considerados coisa de criança,     tal a
 8crueza com que são mostradas pelos
 9correspondentes de imprensa, cenas das
10mais tristes possível.
11
12      De uma maneira geral, as pessoas
13estão reagindo diante dessa conjuntura
14de duas maneiras distintas: os mais
15ponderados    e esclarecidos procuram
16estudar o fenômeno aprofundando-se em
17geo-política,   sociologia,  psicologia,
18espiritualismo etc.
19
20    Os menos esclarecidos, entretanto,
21estão tendendo    para um niilismo, para
22um negativismo, para uma descrença
23absoluta e total em tudo que seja puro e
24honesto    preferindo viver a vida da
25forma mais sôfrega possível, achando
26que nada faz sentido, que a vida é um
27acaso   e     que o melhor é viver
28intensamente custe o que custar, no




 3                   23
 4
1                                         24
2

1  temor de serem destruídos a qualquer
 2momento.
 3     Os fins justificam os meios, segundo
 4eles, criando com isso um efeito cascata
 5do mal; um círculo vicioso que só piora
 6as coisas.
 7    Todos, porém, sejam os esclarecidos
 8ou    os demais, passarão por um
 9momento crucial em suas vidas, um
10acontecimento        inexorável   que   os
11atingirá a todos: a morte física!
12    Nesse momento grave de nossas
13vidas, os menos esclarecidos estarão
14correndo um sério risco: se estiverem
15certos     na presunção do nada, em
16decorrência     da morte física, não
17poderão sequer sabê-lo, dado        que a
18extinção terá sido total.
19    Se estiverem, entretanto errados,
20descobrir-se-ão ainda vivos, mesmo que
21a   contrapartida         física     tenha
22sucumbido!
23    Convenhamos, optar por semelhante
24postura é o mesmo que estar diante de
25uma granada sem pino.            Morrer e
26descobrir estupefato que não morreu
27totalmente é um caminho sem volta!
28    É     uma       verdadeira    explosão
29espiritual!   É a apresentação de uma

3                     24
4
1                                        25
 2

 1fatura imprevista, que    obriga       o
 2semeador à inexorável colheita!
 3
 4    Por tudo isso, sejam quais forem os
 5nossos problemas, os nossos conceitos,
 6preconceitos, crenças    e convicções,
 7vale a pena um pouquinho de humildade
 8e racionalidade para pesquisarmos sobre
 9o porquê da vida.
10    Mesmo      que     sejamos      ateus
11empedernidos,     nada     impede     que
12estudemos    e que pesquisemos sobre
13tudo na vida, de preferência, abstraindo-
14nos      de conotações místicas ou
15religiosas.
16
17    Um dos maiores homens que já
18passou pela terra, ALBERT EINSTEIN,
19não seguindo religião alguma, embora
20sendo   de origem judaica, afirmava
21peremptoriamente     ter conseguido a
22comprovação por meios científicos da
23existência de DEUS, o que o induziu,
24não a seguir determinada     religião, e
25sim, a uma religiosidade cósmica, a um
26sentimento de profundo amor por tudo
27que contivesse vida.
28
29   Pense amigo, pense muito!

 3                   25
 4
1                                       26
 2

 1
 2    Olhe tudo!      Olhe as estrelas!
 3Pesquise    a vida! Pesquise a morte!
 4Pesquise a sua alegria, pesquise a sua
 5tristeza!!!
 6
 7    Sinta a delícia de uma brisa fresca
 8no seu rosto, mas respeite o ciclone que
 9mata. A brisa é cálida, o ciclone é
10mortífero. Porém, depois dele, redunda
11uma    renovação, um      ressurgir, um
12reconstruir.
13    Observe o orvalho acariciando uma
14rosa. Mas respeite a tempestade que irá
15destruir essa mesma rosa. Depois da
16tempestade,     porém, naquele mesmo
17solo,   vicejarão várias outras rosas
18ainda     mais    exuberantes    que   a
19primeira!
20
21    Tire lições enfim, de tudo na vida.
22     Tire lições dos seus mais graves
23erros porque será através deles que você
24se redimirá. Não se condene jamais por
25esses erros!
26    Tire lições do quotidiano da vida.
27Até mesmo da cena patética de um
28policial de uma cidade grande, sentado




 3                   26
 4
1                                            27
 2

 1diante de uma granada      que poderá
 2explodir a qualquer momento!
 3
 4    Finalizando, cumpre esclarecer que
 5o fato narrado foi verídico.
 6
 7   Aconteceu na cidade do Rio de
 8Janeiro e teve um final feliz: o policial,
 9depois de profunda abstração e análise,
10depois de se sentir abastecido de toda a
11energia de que necessitava, desativou a
12granada salvando a si mesmo e a todos
13que nele confiavam.
14
15                 José    Carlos de Figueiredo




 3                    27
 4
1                                        28
 2

 1
 2
 3    KRAKATOA – A OESTE DE JAVA
 4
 5

 6              Krakatoa, pequena ilha da
 7   Indonésia situada no Mar de Java.
 8   Nesta pequena ilha, no ano de 1883, o
 9   vulcão conhecido como Perbuatan,
10   entrou em violenta erupção, tendo
11   ceifado milhares de vidas dentre os
12   habitantes do local.
13        Como dezenas de outros vulcões
14   existentes no mundo, o Perbuatan
15   provocou      uma      tragédia    sem
16   precedentes, dizimando grande parte
17   da vida na Ilha de Krakatoa.
18        Vulcões, via de regra possuem
19   magnitude e beleza impressionantes e
20   assustadoras. Sente-se perfeitamente a
21   presença de Deus quando observamos
22   estupefatos a grandiosidade de uma
23   erupção      vulcânica    de    grande
24   intensidade.
25       Mas e o estrago que causam? E as
26   vidas ceifadas? Qual será a lógica do
27   Criador em sua manifestação?
28

29      Lógica obviamente existe.
 3                    28
 4
1                                         29
 2

 1       Nós, Seres Humanos, é que não
 2   temos a capacidade e a evolução
 3   necessárias para o entendimento de tal
 4   fenômeno e de suas, em princípio,
 5   trágicas conseqüências.
 6       Podemos no máximo idealizar
 7   conjecturas como seja a de um karma
 8   coletivo que tenha atingido toda a
 9   população da ilha.
10         A palavra karma por sua vez,
11   conota purgação de mazelas e a
12   conseqüente purificação dos atingidos,
13   o    que,   em      última   instância,
14   significaria um grande passo na
15   caminhada para a evolução espiritual.
16       Concluímos então, que ocorreu um
17   grande e aparente mal que redundou
18   na verdade, em um grande bem. Daí a
19   abrangência do velho ditado popular :
20   “Deus escreve certo, através de linhas
21   tortas”!
22

23       Vamos enfocar agora, uma tragédia
24   a nível individual: uma pessoa adulta,
25   de excelente aparência, excelente
26   saúde, boa situação financeira, amado
27   por    seus    familiares e    amigos,
28   possuidora de moral ilibada, grande
 3                     29
 4
1                                         30
 2

 1   caráter e bondade. Essa pessoa vem a
 2   sofrer um       acidente que a deixa
 3   incapaz.
 4       Há poucos anos passados, a mídia
 5   divulgou acidente ocorrido com um
 6   famoso artista de cinema que sofreu
 7   uma queda tornando-se paralítico para
 8   o resto da vida; pessoa esta, que
 9   possuía as características pessoais
10   acima citadas.
11       Por    ironia    do    destino,  o
12   protagonista     em questão tornou-se
13   famoso por personificar um igualmente
14   famoso herói das HQ que tinha poderes
15   e habilidades físicas sobre-humanas
16   ( Christoffer Reeve – o Super-Homem ).
17

18      Novamente       nos   vemos    num
19   impasse: como entender a lógica do
20   Criador ao atingir tão drasticamente
21   uma pessoa desse tipo?
22      Como estaria a cabeça dessa
23   pessoa? Será que ela possuía tirocínio,
24   amadurecimento e sabedoria que a
25   possibilitasse entender corretamente o
26   que a atingiu?
27



 3                     30
 4
1                                        31
 2

 1       Cremos que sim. O PAI com toda a
 2   certeza não apresentaria semelhante
 3   fatura para quem não tivesse o preparo
 4   espiritual necessário para entender a
 5   razão da cobrança.
 6       Provavelmente, o nosso amigo
 7   recentemente falecido, intuía que o
 8   término do seu sofrimento se daria
 9   com a entrada em um plano mais sutil,
10   com um corpo mais sutil que lhe
11   permitisse      inclusive,     proezas
12   infinitamente maiores      que aquelas
13   que o seu personagem de herói das HQ
14   vivenciava.
15       Aí está novamente o exemplo de
16   um grande e aparente mal que redunda
17   na verdade em um grande bem!
18

19      E a competência da aplicação de
20   remédios tão amargos e dolorosos?
21      E se alguém na face da terra,
22   interpretar que infligindo males aos
23   seus semelhantes, estaria na verdade
24   lhes fazendo um grande bem, dentro
25   da ótica de que, queimando karmas, as
26   pessoas    estão    na   verdade   se
27   beneficiando?
28

 3                    31
 4
1                                          32
 2

 1       Resposta: a competência para a
 2   aplicação de remédios amargos       é
 3   prerrogativa exclusiva do Senhor!!!
 4

 5       Ninguém, absolutamente ninguém,
 6   tem     o     direito   de    arrogar-se
 7   representante de Deus para causar
 8   sofrimento gratuito ao próximo, sob a
 9   alegação de que estará em verdade
10   beneficiando seu semelhante com a
11   conseqüente purgação de suas dívidas.
12       Entretanto, nossos atos, nossas
13   atitudes não se manifestam apenas
14   pelas ações. A omissão também é
15   altamente comprometedora.
16       Aquele que se eximir de ajudar seus
17   semelhantes sob a alegação de que tal
18   ajuda estaria cerceando sua evolução,
19   porquanto não ocorreria o remissivo
20   sofrimento, também estaria praticando
21   uma invasão da Sagrada Seara!
22       Esse tipo de conceito, se pertinente
23   fosse, tiraria o sentido, por exemplo,
24   até da medicina, porquanto na medida
25   em que se curam mazelas e doenças,
26   esse curar, esse recuperar, redundam
27   em bem estar e felicidade descartando
28   padecimentos!
 3                     32
 4
1                                         33
 2

 1

 2       Nosso PAI a tudo vê.
 3       Se ainda não estiver no tempo
 4   certo dessa intentada recuperação,
 5   nossas sadias medidas se farão inócuas
 6   e a purgação do irmão endividado com
 7   toda a certeza recidivará!
 8       Estaremos    entretanto   com     a
 9   consciência tranqüila: fizemos a nossa
10   parte!
11       Da mesma forma, qualquer outra
12   ajuda, mesmo sendo          de ordem
13   material,    também     é   pertinente,
14   também se faz obrigatória!
15       E, na mesma proporção, se essa
16   ajuda ainda não estiver prevista no
17   merecimento do nosso irmão, suas
18   dificuldades ressurgirão de maneira
19   natural em seu próprio benefício.
20        E a nossa boa intenção em prestar
21   o socorro? Devemos achar que
22   perdemos tempo? Devemos achar que
23   perdemos dinheiro?
24       Não procede o temor, porquanto
25   remissão e purificação não são
26   prerrogativas de quem         as está
27   passando.

 3                     33
 4
1                                         34
 2

 1

 2      Na medida em que praticamos o
 3   bem e damos Amor ao Próximo,
 4   também estamos nos redimindo e
 5   purificando, mesmo que a nossa
 6   tentativa não tenha logrado o almejado
 7   sucesso!
 8      É lógico que deva haver bom senso
 9   e coerência para aquilatarmos quem
10   possa estar recebendo o nosso auxílio.
11      Paternalismo estéril que deturpa e
12   acomoda o irmão que foi ajudado, só
13   servirá na verdade para retardar o seu
14   avanço em direção à Senda.
15

16      O Criador brindou-nos           com
17   algumas     qualidades    tais    como
18   inteligência, bom senso, intuição e até
19   mesmo sensibilidade mediúnica.
20

21       Com isso, se tentarmos, com toda a
22   certeza teremos a possibilidade de
23   inferir, de descobrir, quem esteja
24   realmente necessitando de nosso
25   auxílio, de    nosso amor, de nossa
26   benemerência.
27


 3                     34
 4
1                                           35
 2

 1       Não nascemos na Ilha de Krakatoa.
 2       Se lá estivéssemos, entretanto,
 3   poderíamos nos encontrar na situação
 4   de vítimas diretas da erupção ou,
 5   então, na condição de socorristas dos
 6   vitimados.
 7       Sob nenhuma hipótese contudo,
 8   teríamos o direito de permanecer na
 9   condição de meros espectadores, na
10   confortável posição de a tudo assistir,
11   alegando que “Não tem nada a ver
12   com aquilo”! (?) “Se o pessoal está
13   sofrendo, com certeza         bem       o
14   merece!!”( ? ).
15       Temos muito a ver sim!!!
16       Estamos todos nesse mesmo barco
17   chamado “Terra”,       onde      somos
18   apenas humildes marinheiros!!!
19       O Comandante Supremo do barco é
20   que detém a prerrogativa única e
21   exclusiva de tomar e determinar as
22   medidas adequadas.
23       Decisões estas, que irão redimir e
24   salvar não só os que amparam            e
25   confortam, mas, também, os que
26   anseiam por socorro.
27                   José Carlos de Figueiredo

 3                      35
 4
1                                         36
2

1
2       TRANSCEPTORES HUMANOS
3

4  Todos nós, Seres Humanos, somos
 5verdadeiros     Transceptores    de   Alta
 6Freqüência.

 7Estamos    eternamente transmitindo e
 8recebendo sinais telepaticamente, sejam
 9eles   de natureza espiritual ou de
10natureza emocional.

11    O simples fato de nos tornarmos
12conscientes dessa realidade, traz uma
13conseqüência     imediata e indubitável:
14aperfeiçoa a nossa aparelhagem.

15    Na RECEPÇÃO: passamos a sentir
16com maior clareza e intensidade todas
17as vibrações à nossa volta, tornando
18facilmente     identificáveis    quaisquer
19freqüências,     tais   como:    simpatia,
20antipatia,   inveja, despeito,       amor,
21bondade,    fraternidade, solidariedade
22etc.

23    Na TRANSMISSÃO:          passamos    a
24emitir um sinal forte, limpo e filtrado,
25fazendo com que todos que estejam à
26nossa volta consigam capta-lo, mesmo
27que   não possuam um bom aparelho
28receptor.



3                     36
4
1                                          37
2

1     Esse fato gera uma responsabilidade
 2muito      grande,    fazendo-nos    evitar
 3sentimentos     negativos que venhamos
 4eventualmente      a nutrir por nossos
 5semelhantes,        porquanto       seriam
 6facilmente identificáveis.

 7    Portanto,        um        Transceptor
 8aperfeiçoado,    possibilita-nos a defesa
 9contra    iniqüidades e maldades, ao
10mesmo     tempo em que nos induz a
11deixarmos de ser iníquos e maldosos.

12    Concluindo: a pessoa que possua um
13Transceptor     ajustado e aperfeiçoado
14para potências de alto nível, não poderá
15jamais   ser enganada ou iludida por
16ninguém ao mesmo tempo em que terá a
17oportunidade de exercitar a mais pura
18demonstração de caridade, na medida
19em     que     emita    permanentemente,
20sentimentos elevados para todos          os
21Seres Vivos.

22    Um     aspecto entretanto, de suma
23gravidade,    deve ser enfocado: atraso
24espiritual, nem sempre significa baixa
25capacidade intelectiva!!!

26    Inteligência, não é exclusividade de
27espíritos evoluídos.




3                     37
4
1                                           38
2

1     Aquelas      entidades      que      são
 2normalmente denominadas de “magos
 3negros”, são simplesmente          espíritos
 4ainda atrasados moralmente, mas que
 5através  de sua aguçada inteligência,
 6conseguem o domínio de leis sutis da
 7natureza,       intentando       resultados
 8egoísticos    e deturpados em benefício
 9próprio  ou de       terceiros que      lhes
10solicitem favores.

11    Quantos     líderes    mundiais,     não
12retrata  a história universal, sobre a
13capacidade intelectual que possuíam e
14que, infelizmente, só a usavam em seu
15próprio     benefício,    sem     que     se
16importassem em ceifar milhões de vidas
17humanas      para poder simplesmente
18satisfazer   seu ego megalomaníaco.
19     Esse tipo de pessoa, via de regra
20também possui um aparelho transceptor
21aperfeiçoado,     visto    que    consegue
22manipular     por vezes, a vontade de
23milhões    de Seres       através do seu
24carisma    e de sua capacidade de
25persuasão.

26    Não nos cabe entrar em divagações
27sobre o porquê       de Seres iníquos e
28degenerados     possuírem poderes, nem
29a razão de sua existência.

3                      38
4
1                                         39
2

1              Nós, humanos,          somos
 2infinitamente         pequenos        para
 3arrogarmo-nos        entendedores       da
 4pertinência dos Desígnios do Criador.

 5    Podermos e devemos entretanto,
 6pesquisar    sobre      bondade,     sobre
 7amorosidade     e,    sobre   inteligência
 8voltada para o Bem.

 9    E aí sim, vale a pena aproximarmo-
10nos      daqueles       que      possuem
11Transceptores    tão aperfeiçoados que
12conseguem realizar por exemplo, curas
13milagrosas, tão somente pelo poder de
14sua vontade pessoal, tão somente por
15sua presença;    pessoas que infundem
16alegria  natural e espontânea onde
17quer que estejam.

18    Seria pretensioso     acharmos     que
19simplesmente poderemos         nos tornar
20assim da noite para o dia.

21       Evolução     e   Sublimação     são
22processos      lentos       que     talvez
23transcendam inúmeras existências       até
24que consigamos     nos aproximar de uma
25razoável depuração.

26    Isso não invalida, entretanto, a
27nossa      vontade       em      melhorar
28paulatinamente.     O simples desejo de
3                     39
4
1                                           40
 2

 1 depuração nos possibilita sintonia e
 2contato    com Seres possuidores de
 3Transceptores        elevados e com a
 4magnitude de suas presenças.

 5    Independe           todavia,     essa
 6característica, de beleza física, posição
 7social ou qualquer outro aspecto via de
 8regra   ditado     pela nossa imperfeita
 9capacidade     conceitual.
10     Por vezes, pessoas extremamente
11humildes    possuem luz intensa!
12     Procure observar Pessoas!!!
13     Ame Pessoas indistintamente!!!!
14     E de repente, quando você menos
15esperar,      estará      captando   uma
16transmissão de altíssimo nível, o que
17lhe   possibilitará uma sentimento de
18bem estar e de gratificação que ficará
19indelevelmente       marcado     na   sua
20memória.

21

22                José    Carlos de Figueiredo
23
24




 3                   40
 4
1                                         41
2

1
2      O PLANETINHA        AZULADO
3
4     Desde os primórdios da humanidade,
 5que o céu fascina os homens. Quando
 6estamos    sozinhos, no meio de uma
 7floresta,  olhando para o firmamento
 8numa noite límpida de céu estrelado,
 9sentimos uma nostalgia muito grande;
10uma saudade muito grande de alguma
11coisa indefinível!
12    A dedução mais viável disso seria:
13não somos daqui. Mas precisamos estar
14aqui,     precisamos     trabalhar   aqui,
15precisamos nos depurar aqui.
16     Com um pouquinho de jeito dá até
17para ser feliz enquanto estamos aqui.
18    Se    um     ornitólogo,   louco   por
19passarinhos, colocasse dentro de um
20viveiro, à noite em completa escuridão,
21várias espécies de passarinhos (dezenas
22delas), com certeza, antes do alvorecer,
23todos os da mesma espécie estariam
24juntinhos no mesmo poleiro por pura
25atração genética!
26    É assim no plano espiritual: aqueles
27que se afinizam, aqueles que têm a
28mesma idade sideral,     reencontrar-se-ão
29após a morte física!



3                     41
4
1                                        42
 2

 1    Os que já são bastante "idosos",
 2provavelmente poderão      estar juntos
 3em um local bem bonito.
 4     E o que seria "idosos"? Milhares de
 5vidas     vividas    que     possibilitem
 6considerável              conhecimento,
 7considerável   capacidade de interagir,
 8considerável capacidade de amar!!!!
 9    Esse local bem bonito, com certeza
10não   será uma nuvem com anjinhos
11tocando   harpa para sempre (seria um
12tédio!).
13    Poderá ser, entretanto, um lugar
14venturoso,     onde    possamos     estar
15temporariamente até reiniciarmos nossa
16luta, nossa participação   no esquema
17evolutivo sideral.
18
19    E as pessoas que não são nada disso?
20Aquelas pessoas que ainda       cometem
21maledicências, atrocidades,    equívocos
22e  desatinos?
23    Para essas pessoas, também haverá
24um local de reencontro com os seus
25afins.
26       Caso sejamos atrasados, rudes,
27ignorantes,   degenerados, teremos a
28companhia de pessoas também assim!
29Porém, igualmente, não será definitivo.


 3                   42
 4
1                                         43
 2

 1      Logicamente para esses, não será
 2um    local interessante. Também lá
 3permanecerão por algum tempo (tempo
 4sideral indefinido com sensação       de
 5eternidade).
 6    E também poderão de lá sair um dia
 7e voltar a trabalhar, para que possam
 8se consertar, se redimir, se depurar.
 9
10     E aí, o local de trabalho, para todos
11(evoluídos    e não evoluídos), será o
12problemático       planetinha      azulado
13conhecido como "Terra"!
14    E é por essa razão que o planetinha é
15tão heterogêneo.       Aqui tem de tudo:
16tem inteligente, tem não inteligente,
17tem    amoroso, tem rancoroso, tem
18saudável,    tem não saudável, tem
19atrasado, tem mediano, tem bonito, tem
20feio, tem simpático, tem antipático.
21Tem gênio do bem...tem          gênio   do
22mal!!
23    Infelizmente, em função do nosso
24nível     evolutivo     ainda     bastante
25rudimentar, é que nos cabe a estadia em
26local tão complicado.
27
28   Resumo: no Nosso Lar no plano
29espiritual, teremos a alegria de desfrutar


 3                    43
 4
1                                        44
 2

 1 da venturosa companhia dos que nos
 2são iguais, se já formos medianamente
 3adiantados.
 4    Mas, aqui em baixo, no planetinha,
 5devemos      ficar obrigatoriamente, na
 6companhia      daqueles a quem somos
 7vinculados karmicamente, sejam maus
 8ou     sejam      bondosos,   para    que,
 9paulatinamente,      desfaçamos antigas
10rixas,     antigas desavenças,     antigas
11mágoas.
12
13      Dá pra ser feliz assim? Dá!
14          Se a gente tentar se integrar
15direitinho,     não magoar ninguém e
16ajudar    quem esteja pior que a gente
17pelo grau dos dissabores ou pelo grau de
18desconhecimento espiritual, até que dá
19para a gente tocar o barco com relativa
20satisfação, até a hora de voltar para
21casa, no ocaso de cada estada aqui no
22planetinha.
23Espero de coração, que um dia, nós que
24já nos amamos, possamos todos nos
25rever    em um local bem bonito e
26luminoso lá na nossa verdadeira casa.
27                        Até lá!
28José Carlos de Figueiredo




 3                    44
 4
1                                        45
 2

 1
 2     O SIMPÓSIO DOS BICHOS
 3
 4
 5     Vamos imaginar uma fábula?
 6
 7       Um simpósio na floresta com o
 8seguinte    tema: Gastronomia      e
 9Nutricionismo.
10
11             Foram convidados diversos
12expositores     renomados que teriam
13todos, o direito de colocar suas opiniões
14e convicções.
15
16        Sendo uma fábula, pressupõe-se
17que os bichos       tivessem o dom da
18palavra, da oratória e da inteligência.
19
20        Foram chamados: primeiramente
21o Prof.   Urubu acompanhado da sua
22secretaria Dona Hiena.
23Demonstrou o Prof.      Urubu    que a
24melhor maneira de se conseguir saúde,
25seria pela   ingestão de proteínas já
26decompostas.
27
28     Em seguida foi dada a palavra para
29o Prof. Tigre, acompanhado da sua fiel
30secretaria Dona Onça.


 3                   45
 4
1                                       46
 2

 1O Prof. Tigre contestou com veemência
 2as colocações   do seu iminente colega
 3Urubu.
 4
 5       Em seguida, foi dada a palavra ao
 6Prof.  Gato,    acompanhado da sua
 7assistente Dona Garça.
 8Declarou enfaticamente o Prof. Gato,
 9que   a única alimentação realmente
10saudável está nos peixes!
11
12        Na seqüencia, foi dada a palavra
13ao Prof.  Beija Flor, acompanhado da
14sua melhor estagiária, Dona Abelha.
15Enfatizou veementemente o Prof. Beija
16Flor  que a fonte da saúde plena, está
17no néctar das flores.
18
19          O simpósio prosseguiu, com
20vários outros expositores que fizeram as
21mais variadas    colocações sem que,
22infelizmente,   tenha    havido      um
23consenso final.
24
25E todos voltaram frustrados para as
26suas casas, fazendo sérias críticas aos
27demais......
28
29


 3                   46
 4
1                                        47
 2

 1               Este também é, o maior
 2problema    das    inúmeras  Religiões,
 3mesmo aquelas que pregam o bem com
 4toda a pureza.
 5
 6        Normalmente, pessoas filiadas a
 7qualquer credo ou religião, estão no
 8mesmo     nível evolutivo, é, por esse
 9motivo que elas são e   estão afinizadas
10entre si.
11         O que essas pessoas propalam e
12acreditam é saudável, tem fundamento
13e verdade, mas somente para aquele
14padrão vibratório.
15
16               Dentro desse contexto, a
17Religião é boa e verdadeira.    Mas não é
18definitiva  na busca da           Verdade
19Absoluta.
20 E ainda sofre a rejeição, o preconceito e
21a discriminação das demais Religiões!
22
23               A maneira mais sensata,
24prudente    e coerente de vivermos
25portanto,   está em um único e simples
26proceder:
27




 3                    47
 4
1                                           48
 2

 1AMOR POR TUDO QUE
 2CONTENHA VIDA, INCLUINDO             A    SÍ
 3MESMO.
 4

 5                   Dentro dessa filosofia,
 6vamos imaginar uma pessoa       que não
 7professe  religião alguma, nem tenha
 8qualquer   conhecimento esotérico ou
 9místico em consonância com o contexto
10cultural e humano onde possa e ter
11nascido.
12                 Tudo isso, não impede
13entretanto,     que possa ser alguém
14imbuído de profundo amor por seus
15semelhantes.
16               Com certeza, uma pessoa
17assim, desprovida de qualquer possível
18intenção   de bons resultados para si
19mesma, é extremamente amada pelo
20Grande Pai e, também, com        certeza,
21entrará em um Sub Plano Espiritual de
22Grande Luz, tão    logo deixe esse nosso
23envoltório  perecível, conhecido como:
24Corpo Físico.
25            ´´ Homens são como flores, cujas
26pétalas, de constituição diferente, não podem
27apresentar o mesmo colorido, o mesmo perfume

28nem igual desabrochar``



 3                     48
 4
1                                           49
2

1                   José Carlos de Figueiredo
2

3
4      MERGULHADORES       ESPIRITUAIS
5
6  Profissão: Mergulhador.
 7Especialidade:     Mergulho a grandes
 8profundidades      para    salvamento     e
 9resgate.
10   Eis aqui uma das mais penosas
11profissões do mundo moderno.
12                 As grandes profundezas
13submarinas         são      absolutamente
14incompatíveis      com    a   higidêz   do
15organismo humano, exigindo para a sua
16habilitação um exaustivo preparo físico
17e técnico
18    As grandes descidas se fazem
19penosas e lentas, na proporção em que o
20retorno     também     deva    ser   lento,
21evitando-se    os danos fatais de uma
22descompressão acelerada.
23    Nos     planos    espirituais   ocorre
24situação semelhante a esta.
25    As grandes escolas de ocultismo e
26metafísica     afirmam que no chamado
27plano    astral, a região contígua à
28superfície terrena é considerada uma
29verdadeira     região abissal,      hiper-
30saturada, hiper-comprimida e densa.

3                     49
4
1                                       50
 2

 1
 2      Seus habitantes, à semelhança dos
 3habitantes das profundezas submarinas,
 4possuem     uma compleição espiritual
 5adequada e adaptada ao meio hostil e
 6primitivo em que vivem.
 7     Em conseqüência, espíritos de alta
 8linhagem     e   evolução,   necessitam
 9adaptar-se para uma eventual descida
10até a camada astral   inerente ao orbe
11terráqueo.
12     Não nos iludamos portanto, com
13pretensas ´´Entidades Espirituais`` que
14se identificam através de incorporações
15e psicografias   mediúnicas, dizendo-se
16este ou aquele grande mentor espiritual.
17 Poderá ser verdade; mas é improvável
18que seja.
19É como declara a velha canção : ___
20

21“Aquele     que diz sou, não é!
22Porque     quem é mesmo, não
23diz!!!!”

24
25Viria a pergunta : ___ E os nossos
26“Anjos da Guarda” ?
27




 3                   50
 4
1                                            51
 2

 1      Nossos Anjos da Guarda são via de
 2regra,  Entidades de nível evolutivo
 3aproximado ao nosso.
 4
 5         Normalmente velhos amigos ou
 6entes queridos a quem foi permitida a
 7missão de nos proteger, em     função de
 8seu comprovado amor e afinidade por
 9nós.
10           Não possuem por conseguinte,
11“vistosas   asas nem       tocam harpa
12sentados     em    maravilhosas   nuvens
13brancas!!!”.
14            Finalizando e corroborando a
15colocação     do tema, afirmam com
16unanimidade       as   grandes    escolas
17espiritualistas, sobre o longo descenso
18vibratório por que   passou o Cristo até
19chegar a uma humilde manjedoura em
20Belém,   em missão de salvamento e
21resgate       de toda a humanidade
22terrestre.
23

24                    José Carlos de Figueiredo
25




 3                   51
 4
1                                           52
2

1
2            REDE BÚDDHICA
3
4
5            Na década de 60, ocorreu um
 6fenômeno       a    nível   mundial      de
 7despertamento de novas gerações, para
 8as coisas da espiritualidade.
 9         Seitas,     confrarias,     gurus,
10misticismo,    esoterismo, psicodelismo,
11tudo era uma busca frenética        para se
12chegar ao Criador.
13     Infelizmente, no rastro de tudo que
14seja   bom, sempre existe o nocivo,
15almejando tirar proveito.
16        Nesse    contexto,    surgiu    um
17psicotrópico     alucinógeno     conhecido
18como     LSD, (ácido lisérgico),        que
19prometia “viagens” para outros planos,
20induzindo seus usuários        a    estados
21alterados de consciência.
22     O que não se alertava entretanto,
23era   sobre os efeitos colaterais no
24organismo, decorrentes do uso de tal
25droga:         disfunções         cerebrais
26irreversíveis,    dependência,     letargia,
27depressão e uma série de conseqüências
28sociais    para o usuário desavisado.
29Todos     pagaram um preço muito alto
30para concretizar suas “viagens”.


3                      52
4
1                                         53
2

1   Enriquecendo        a     explanação,
2passamos   a transcrever um pequeno
3trecho do livro “A Libertação pelo Yoga”
4de Caio Miranda:
5
6
7       “ Entre cada chackra etérico e o
 8seu correspondente astral, existe uma
 9tela de     finíssima textura que barra a
10livre    passagem das vibrações astrais.
11Essa     tela funciona como verdadeiro
12filtro,    impedindo que as vibrações
13grosseiras,      provenientes do plano
14kamásico, passem ao chakra etérico e ,
15conseqüentemente, ao sistema nervoso
16e à consciência física.
17       A     natureza dessa tela vai se
18aperfeiçoando      a medida em que o
19indivíduo evolve espiritualmente. Um
20homem       altamente espiritualizado, a
21tem formada de matéria        do último e
22mais alto sub plano astral, de maneira
23que é impossível passar através dela
24qualquer      vibração oriunda dos sub-
25planos mais grosseiros daquele plano.
26Os homens comuns têm-na constituída
27de material astral condicionado pelo
28seu karma. Isso explica a mediunidade
29nata, pois existem indivíduos que já


3                    53
4
1                                       54
 2

 1 nascem com a faculdade de perceber
 2sucessos      astrais    absolutamente
 3imperceptíveis aos outros homens.
 4    Essa    tela    denomina-se   Rede
 5Búddhica e é uma das portas que a
 6natureza conserva fechadas. Abri-las
 7sem que o indivíduo seja karmicamente
 8um    médium, constitui erro quase
 9irreparável.
10
11    Também alcoolismo e o tabagismo
12inveterados trazem como conseqüência,
13o entorpecimento da rede búddhica,
14que se vê relegada à situação de não
15mais poder filtrar as vibrações astrais.
16Os entorpecentes de toda a natureza
17têm    efeito semelhante, deixando os
18viciados     em situação de contato
19imediato com a realidade astral. Com o
20desenvolvimento     do vício, tanto o
21etilista     como    o  tabagista    ou
22toxicômano,     terminam com terríveis
23alucinações, que nada mais significam
24do que o trato direto com os seres mais
25baixos do mundo de Kama.
26    A mediunidade natural entretanto,
27é um ônus kármico intimamente ligado
28à   textura da tela búddhica         em
29determinados chakras. São portas que


 3                   54
 4
1                                                        55
 2

 1a natureza em princípio, quer manter
 2fechadas, mas que, por ações indevidas
 3e   contrárias à lei Divina, ficaram
 4abertas         em         algumas            pessoas,
 5sujeitando-as         a um contato mais
 6estreito com o mundo astral, vivendo
 7experiências que as façam melhorar
 8futuramente”.
 9 ---------------------------------------------------------
10----------
11
12
13
14
15    Estipula uma lei da física, que na
16eletricidade, pólos opostos se atraem e
17pólos semelhantes se repudiam.
18    No plano astral ocorre o inverso, ou
19seja: tudo que é semelhante se atrai,
20tudo que é oposto se repudia.
21    Isso significa, que no referido plano,
22existem    camadas, sub-planos, regiões
23etc,   onde coabitam as entidades
24afinizadas.
25    Por conseguinte, espíritos que já
26possuem um razoável nível de evolução,
27desfrutam de uma região para onde não
28têm    acesso, os que ainda estejam
29atrasados.


 3                            55
 4
1                                        56
 2

 1   Logicamente, quem ainda não tem
 2consciência   plena   de sua própria
 3condição kármica e se   aventura a um
 4local     absolutamente desconhecido,
 5corre um risco bastante sério    de ter
 6surpresas absolutamente desagradáveis.
 7   Infelizmente, foi o que aconteceu
 8com    a maioria dos        “viajantes”
 9desavisados.
10
11    O impacto, a nível psicológico, das
12lembranças    das experiências       mal
13vividas, encheu as clínicas psiquiátricas
14na década de 60, onde os diagnósticos
15via de regra descartavam obviamente a
16hipótese   de “desdobramento astral”,
17optando por diagnósticos    objetivos de
18psicoses   lesivas, decorrentes do uso
19indevido   de drogas, o que      é uma
20verdade;      porém,      uma verdade
21incompleta.
22
23   Nas coisas da espiritualidade,    é
24considerado  falta gravíssima,   abrir
25portas que a natureza  achou por bem
26serem mantidas fechadas!
27
28




 3                   56
 4
1                                      57
 2

 1   Quando essas portas, por leviandade,
 2curiosidade ou qualquer outro interesse
 3pouco    recomendável,   são    abertas
 4indevidamente, não há retorno!

 5
 6   Continuarão abertas para sempre,
 7deixando a pessoa totalmente à mercê
 8de experiências e contatos indesejáveis
 9que poderão gerar sérios problemas.
10   Logicamente, os dirigentes, líderes,
11gurus  ou seja lá o que for, das
12organizações    que    promovem tais
13desenvolvimentos,    atrairão para si,
14toda a responsabilidade dos danos que
15poderão   causar aos seus “alunos”;
16responsabilidade essa,  igual ou maior
17que   a responsabilidade do traficante
18que dissemina drogas alucinógenas para
19sonhadores alienados.
20
21   Vamos usar a lógica e o bom senso:
22para  todos nós, existe uma viagem
23programada pelo Pai. É UMA VIAGEM
24DEFINITIVA!
25   Quando Ele determina que chegou a
26hora    de partirmos, não tem jeito:
27TEMOS QUE IR!
28




 3                  57
 4
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 2

 1     Se não sabemos, nem quando, nem
 2para onde vamos,      é prudente     que
 3façamos por onde, possa ser   um local
 4alvissareiro,  um    local agradável e
 5luminoso.
 6     Devemos para tanto, manter nossa
 7bagagem sempre arrumada!
 8      Os objetos mais indicados     para
 9serem colocados portanto     na nossa
10mala seriam: sacolas de prudência, latas
11de bom senso, kits de honestidade e
12principalmente,    muitos pacotes de
13amor ao próximo!
14
15   Fique tranqüilo amigo, não tente
16“dar  um pulinho até lá para saber
17como é que é”!
18   Imagine que deva ser muito bonito e
19faça por onde que seja realmente muito
20bonito.
21   Com toda a certeza, você terá o
22merecimento para que assim aconteça.
23
24
25                  José Carlos de Figueiredo
26
27




 3                   58
 4
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2

1
2   CIÊNCIA    DO    SOBRENATURAL
3
4
5
6
7
8                   Vem se tornando fato
 9 corriqueiro, o relato de Comandantes
10 de aeronaves comerciais ou militares,
11 sobre    o aparecimento de objetos
12 voadores não identificados ( ovnis ) ,
13 não   só dentro do seu campo de
14 percepção visual, como também no
15 registro das aparelhagens eletrônicas
16 de suas aeronaves, o que descarta a
17 possibilidade de alegação de possíveis
18 e temporárias alucinações visuais não
19 só de tripulantes como de passageiros
20 a bordo.

21            Fato interessante é o de que
22esses  objetos vistos pelos pilotos e
23registrados   nos painéis de bordo,
24realizem         manobras         aéreas
25absolutamente    incompatíveis com as
26leis   de    aerodinâmica    até   agora
27conhecidas e que regem o vôo de aviões,
28foguetes, mísseis, balões e etc.
29        Fato interessante também, é o
30relato   do desaparecimento abrupto


3                    59
4
1                                       60
2

1  desses objetos como que de repente, se
 2desmaterializassem!
 3         Consideremos a hipótese de que
 4o   grande Mestre ALBERT EINSTEIN
 5ainda estivesse entre nós.
 6      Como explicaria ele esses fatos?
 7Lembremo-nos da época em que ele deu
 8à humanidade a Teoria da Relatividade
 9que tanta comoção causou pelo impacto
10das afirmações nela contidas.
11      Afirmações por exemplo, de que a
12luz    não avança em linha reta pela
13imensidão sideral,   porque o espaço em
14realidade é curvo!!!
15 Temos     certeza absoluta de que o
16 grande    gênio chegaria sem dúvida
17 alguma às explicações que são dadas
18 pelas grandes escolas herméticas de
19 ocultismo    que sempre afirmaram a
20 existência   de dimensões outras além
21 daquelas já conhecidas.

22      Cremos assim, que tudo aquilo que
23é    atualmente      considerado   como
24“sobrenatural”, não passa na verdade,
25de um natural que a ciência ortodoxa
26ainda não conseguiu decifrar.
27      E quando tudo isso acontecer?
28Será   que os homens tenderão a se


3                   60
4
1                                             61
 2

 1 tornar frios, arrogantes e desprovidos
 2de sentimentos religiosos?
 3        Este é o grande temor da maioria
 4 das    religiões quando insistem em
 5 manter       desinformados    os   seus
 6 seguidores, cometendo assim, terrível
 7 erro de avaliação.

 8       E a maior prova disso, é o
 9profundo     sentimento de religiosidade
10que se faz presente nas grandes escolas
11ocultistas      e   que   também     era
12característica inata do grande gênio da
13física    que citamos acima: o grande
14mestre Albert Einstein.
15        Homem possuidor de profundas
16concepções filosóficas sobre a origem do
17universo    e que deixou-nos em suas
18anotações, uma frase que se tornou
19célebre por sua profundidade:
20
21       ___ “Sustento que o sentimento
22religioso cósmico é   o mais forte e
23nobre     incitamento   à    pesquisa
24científica!”
25
26                 José Carlos de Figueiredo
27




 3                   61
 4
1                                       62
 2

 1
 2    CRISTÃOS: SERÁ QUE SOMOS?
 3
 4        Há muitos e muitos anos, passou
 5pela   terra um Homem diferente de
 6todos.
 7Era um homem de feições perfeitas e
 8tinha     um    olhar  de     tal  forma
 9magnetizante e amoroso, que somente
10as crianças e os animais ousavam olha-
11lo de frente. E quando o faziam, sentiam
12uma atração tão forte que dele não
13queriam mais se separar.
14
15        Um dia, estava o nosso Homem
16sozinho  em uma praça, escrevendo
17palavras na areia, quando de repente,
18surge    uma      turba    ensandecida
19perseguindo uma desesperada mulher.
20

21           Sem que a mesma atinasse a
22razão,   ei-la prostrando-se aos    pés
23daquele    desconhecido, implorando-lhe
24socorro,   sentindo, intuindo, que ali
25estaria a sua salvação!
26            A turba, também sem atinar
27porque,     deteve-se   estupefacta em
28profundo     silencio sem coragem de
29prosseguir em seus intentos homicidas.
30


 3                   62
 4
1                                        63
 2

 1                   O Homem continuava
 2imperturbável     a escrever estranhas
 3palavras na areia, para que o vento
 4posteriormente carregasse; palavras que
 5todos    talvez, não pudessem vir a ler
 6sem assombro.
 7             Mas, os acusadores atrevidos
 8não se afastaram, querendo lapidar a
 9mulher.
10Então, o Homem erguendo-se, olhou-os
11vagarosamente,      um a um, ....nos
12olhos..... e na alma.... e falou:
13

14   ____“Aquele que estiver sem pecado,
15atire-lhe a primeira pedra!”

16          As terríveis palavras causaram
17profundo    impacto: cada um deles
18reviveu suas traições, as suas secretas e
19recentes fornicações.
20              Os mais velhos saíram em
21primeiro lugar e pouco a pouco, sem se
22olharem    nas faces, afastaram-se e
23dispersaram-se todos.
24           Na praça, restaram apenas o
25incrível  Homem e a mulher que não
26conseguia   levantar os olhos, porque
27sabia que só restara    ali o Inocente, o


 3                   63
 4
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 2

 1único que tinha realmente o direito de
 2lhe atirar as pedras homicidas.
 3

 4____   “Mulher,      onde estão os teus
 5acusadores?    Ninguém    te   condenou?
 6Também eu não te condeno.

 7 Vai e não peques mais!”

 8
 9             Pela primeira vez a mulher
10teve a coragem de olhar de frente o seu
11Libertador.
12Não   compreendia bem o que ouvia.
13Quem    seria pois aquele Homem tão
14diferente   de todos que até então
15houvera conhecido, que condenara      o
16pecado mais perdoava ao pecador?
17
18              Queria lhe fazer perguntas,
19murmurar        agradecimentos,     mas,
20quedou-se muda sob profunda emoção.
21               O Homem então, voltou a
22escrever no pó da praça de cabeça baixa
23com os cabelos brilhantes refulgindo sob
24a luz do sol.
25           Alguns anos depois, o Homem
26que não permitia imolações,     deixou-se
27imolar num testemunho de Profundo e
28Divino Amor pela humanidade.


 3                   64
 4
1                                       65
 2

 1
 2                Mas o que Ele então
 3propugnava ? Está sendo cumprido?
 4
 5         Colocava o Sublime Mestre por
 6exemplo, que não permitíssemos saber
 7a nossa mão esquerda, o que fizesse a
 8nossa mão direita, ou como coloca o
 9belíssimo brocardo espiritualista:
10 “A verdadeira     caridade    é como o
11orvalho da noite, cai sem ruído!!!”
12
13              Não é bem isso que vemos
14hoje. O conceito foi deturpado e o que o
15que vale atualmente é:
16             “A propaganda é a alma do
17negócio”. Caridade agora é marketing.
18Dá Ibope!!!”
19
20Ou então:
21__ “Estou prestes a desencarnar! Vou
22fazer   uma    grande   doação!    Serei
23lembrado para sempre. Sentar-me-ei ao
24lado do Senhor”!
25Ou ainda:
26___ “Preciso fazer caridade. Sou muito
27endividado. Não o farei todavia     por
28amor ao meu semelhante e sim, para
29garantir o meu lugarzinho no céu!”


 3                   65
 4
1                                       66
 2

 1
 2               Prosseguindo, vemos hoje
 3inúmeras facções religiosas “Cristãs”,
 4com   seus líderes empavonados         e
 5orgulhosos, via de regra propugnando
 6que é preciso liderar com mão de ferro,
 7com    disciplina rigorosa. É preciso
 8esmagar     dissidências,  divergências,
 9dissonâncias.
10     É preciso mostrar “quem é que
11manda”!!!
12 Em suma: arrogam-se o direito a eles
13´´outorgado``(?)  de atirar a primeira
14pedra!!!!
15
16Quando foi que o Mestre ensinou tais
17barbaridades?
18 Ninguém sabe!!!!!!!!
19
20                 Poderíamos prosseguir
21analisando cada ensinamento deixado
22pelo Grande Peregrino e veríamos que
23cada um deles e todos eles, não são via
24de regra    obedecidos a contento por
25nenhum de nós!
26Essa constatação não pode entretanto,
27ser entendida como uma condenação,
28mesmo porque o Mestre também não
29condenaria.


 3                   66
 4
1                                               67
 2

 1          Uma postura entretanto se faz
 2urgente: humildade!...
 3        Humildade de nos reconhecermos
 4falíveis,     facciosos,     maculados,
 5minúsculos!
 6
 7                 Conhecer verdades, não
 8espiritualiza ninguém.
 9   Ao contrário, a espiritualização
10paulatina e gradativa é que nos leva a
11uma    afinização com essas mesmas
12verdades!!!
13        E aí sim, não agiremos mais para
14tirar proveito ou para aplacar a nossa
15patológica vaidade.
16       Passaremos a agir por Amor.
17Um Amor que ainda não conhecemos,
18um Amor que ainda não sabemos dar.
19             Quando finalmente esse dia
20chegar, aí sim, poderemos afirmar de
21cabeça erguida:
22           ____ “Somos Cristãos !”
23
24
25               José     Carlos   de   Figueiredo
26
27
28
29


 3                   67
 4
1                                         68
2

1
2             ALMA GÊMEA
3
4
5           Se um Ornitólogo, apaixonado
 6por passarinhos,     resolvesse, à noite,
 7colocar    em     um    grande    viveiro,
 8totalmente    às escuras, uma grande
 9quantidade     de pássaros das mais
10variadas espécies, tomando o cuidado
11de   incluir exemplares de mesma
12espécie, pela manha, veria surpreso,
13que todos    os que fossem das mesmas
14espécies,    estariam     juntinhos    em
15mesmos poleiros.
16                 Com os Seres Humanos
17acontece    a mesma coisa; estamos
18sempre à procura daqueles que nos
19sejam afinizados espiritualmente.
20                Aquilo que chamamos de
21´´Almas Gêmeas`` , na realidade não
22existe,   da mesma forma que não
23existem      pessoas      que     possam
24apresentar     as mesmas impressões
25digitais.
26             O que existe, são almas em
27aproximadíssima sintonia espiritual e
28que, por isso, se sentem atraídas umas
29pelas outras.



3                     68
4
1                                      69
 2

 1            Isso ocorre não só em almas
 2superiores, como também em almas de
 3pessoas ainda primitivas.
 4
 5             Os homens das cavernas,
 6quando se apaixonavam, sequestravam
 7a sua amada   e se amavam, talvez, da
 8forma mais rudimentar possível.
 9           Até mesmo entre os animais
10ocorre algo parecido: vamos imaginar
11um leão e uma leoa apaixonados?
12É rosnado pra cá, rosnado pra lá,
13patada pra cá, patada pra lá, até
14chegarem nos ´´finalmente``.
15
16          Voltando aos pássaros, nessa
17interação, a relação e a paixão  é bem
18mais elevada, sutil e amorosa.
19
20          Seres Humanos já adiantados
21espiritualmente, quando se apaixonam,
22sentem   um carinho e uma ternura
23imensa   pelo seu amado ou amada,
24prolongando       a sua relação e
25convivência   até mesmo em vidas
26futuras.
27
28




 3                  69
 4
1                                        70
 2

 1            Por razões kármicas, nem
 2sempre     logramos     achar     em
 3determinada    encarnação  a   nossa
 4´´Alma Gêmea``.
 5
 6                O que não invalida a
 7felicidade e o bem estar de termos
 8amigos   e parentes que também já
 9estejam   bem próximos de nós em
10termos de afinidade espiritual.
11
12         Por tudo isso, independente do
13encontro de ´´Alma Gêmea``, devemos
14cuidar muito bem das nossas amizades
15puras e profundas.
16
17        Está nelas, a grande chance de
18podermos   nos sentir felizes nessa
19curtíssima estada e temporada aqui no
20planetinha tão problemático......
21
22

23                Jose Carlos de Figueiredo
24




 3                  70
 4
1                                        71
 2

 1
 2   ATAVISMO – A GENÉTICA DA ALMA
 3

 4           Todos nós, Seres Humanos,
 5estamos    condicionados      a    vários
 6atavismos    herdados de vidas passadas
 7perdidas no limiar do tempo.
 8                Um dos atavismos é a
 9propensão     à violência,   quando os
10homens   das cavernas      resolviam as
11mínimas questões pela força bruta.
12           Um outro atavismo é o da
13poligamia.
14 Esses mesmos homens das cavernas
15tinham   por direito     possuir várias
16esposas.
17

18             Tudo isso existe ainda nos
19nossos arquétipos   cósmicos.
20           Felizmente, esses arquétipos,
21esses   registros     atávicos vão se
22esmaecendo      e   perdendo    a    sua
23intensidade       na medida em que
24reencarnamos e nos sublimamos.
25                O grande problema é a
26diversidade    evolutiva, a diversidade
27espiritual entre os Seres Humanos.
28

29                 Existem pouquíssimos
30sublimados e   bastante buscadores .


 3                   71
 4
1                                         72
2

1  Alguns buscadores sinceros e um outro
 2tanto,   de buscadores simplesmente
 3curiosos ou vaidosos do saber.
 4               A maioria dos buscadores
 5entretanto, já têm controle    sobre suas
 6tendências atávicas e não se deixa levar
 7ou entregar     a devaneios ou intentos
 8destrutivos.
 9         E, finalmente, existe ainda uma
10quantidade imensa de        espíritos em
11grande   atraso, que ainda sentem o
12prazer e a propensão a atitudes que,
13via  de regra, já são consideradas
14impróprias e inadequadas socialmente.
15                Dentro do nosso atavismo
16genético espiritual, acontece ainda com
17grande    incidência, a conduta de
18pessoas   de bom nível social e cultural
19que    se deixam levar         por suas
20tendências primitivas e acabam via de
21regra por destruir bons casamentos em
22decorrência de atitudes impensadas.
23              Como julgar esses homens,
24que são produto de si mesmos em seu
25passado remoto?
26 Que são produto de si mesmos      dentro
27de uma sociedade permissiva?




3                    72
4
1                                            73
 2

 1 Que são produto de si mesmos se
 2consideramos  a  sua   infantilidade
 3espiritual?
 4

 5            Como julgá-los, se o próprio
 6Mestre   foi taxativo: NÃO JULGUEIS
 7PARA NÃO SERDES JULGADOS.
 8          Todas as correntes filosóficas
 9sadias    já aceitam    os conceitos de
10karma,   ou seja, todos nós estamos
11indelevelmente        atrelados       às
12conseqüências de nossos atos.
13

14      É castigo?   Não!!!!     É Lei!!!!!
15
16´´ADOR FAZ O HOMEM PENSAR, O PENSAMENTO
17TORNA O HOMEM SÁBIO. E A SABEDORIA, ABRE O
18CAMINHO DO CÉU``.
19

20         Por tudo isso, todo aquele que
21destrói   seu lar e sua família, é na
22verdade   alguém que deverá passar por
23situações    kármicas bastante aflitivas
24que   têm por finalidade única a sua
25própria sublimação.
26

27      Dentro das condições geológicas e
28geofísicas  do planeta, está se tornando
29cada vez mais     difícil a sobrevivência
30sadia dos Seres Humanos.
31        Se atinarmos para o fato de que
32uma criança     só consegue chegar à

 3                    73
 4
1                                       74
 2

 1idade adulta se tiver tomado umas vinte
 2vacinas, no mínimo, podemos concluir
 3que já somos biônicos artificiais.
 4

 5      Se atinarmos também para alguns
 6textos do Antigo Testamento que falam
 7sobre a idade   cronológica dos homens
 8antigos citando   idades de 300 anos ou
 9mais,  podemos conjecturar que talvez
10seja  verdadeiro que o nosso ciclo
11biológico     possa ser realmente de
12algumas centenas de anos.
13        Infelizmente não é o que ocorre
14mais.
15

16      E, aos oitenta e poucos anos, já
17somos pessoas provectas, atingidas por
18uma senectude precoce e indelével.
19

20 Voltemos então ao tema principal da
21exposição.
22            Imaginemos um cidadão de
23boa aparência, de bom nível social, de
24bom nível cultural, de boa família e que
25tenha se deixado levar   por tendências
26atávicas  desaconselháveis.
27

28      Em curtíssimo espaço de tempo,
29toda aquela boa aparência se esvai.




 3                   74
 4
1                                        75
 2

 1     E esse homem, se vê, de repente, às
 2portas de um acontecimento inexorável:
 3a morte física!
 4      Como ficará então a cabeça desse
 5homem         que     se   vê    destruído
 6fisicamente, prestes a passar por um
 7fato grave, e   cheio de dúvidas sobre o
 8que lhe aguarda realmente?
 9     E o que é pior: via de regra cheio de
10remorsos pelos erros cometidos        sem
11qualquer chance de consertá-los?
12

13     Uma situação infinitamente pior do
14que a situação do companheiro ou da
15companheira que foi vítima dos seus
16desmandos!
17   Mas, o conserto acontecerá.
18    Via de regra pelo retorno aqui para o
19problemático planetinha azulado, onde
20laços  familiares kármicos      voltam a
21reunir    vítimas e vitimantes em um
22mesmo país, em um mesmo lar.
23                Por tudo isso, quem está
24no momento, na condição de vitimado,
25deve     ter   muita    cautela       nos
26julgamentos.
27                Viemos todos de muito
28longe......           Trazemos todos um
29currículo akásico extenso, com milhares
30de páginas.

 3                    75
 4
1                                          76
  2

  1             E, ainda temos milhares de
  2vidas pela frente...........
  3

  4                  José Carlos de Figueiredo
  5
  6
  7
  8
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 12
 13
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 21
 22
 23
 24
 25

 26                O VELÓRIO
 27

 28         Era uma vez, uma lagarta que vivia
  29feliz no distante país   do faz de conta,
  30cercada de amigos.

I 31      Inesperadamente esta lagarta veio a
falecer sendo então colocada em um pequeno
  32
caixão, onde todos a velaram cheios de
  33
consternação e tristeza pela dor da separação.
  34

  35         Aqueles que a velavam, em seu
alheamento, pouca atenção prestavam, a uma
  36
vistosa borboleta que voejava por sobre o
  37
caixão, tentando sem sucesso, alertar a todos
  38
sobre o que realmente ocorrera, tentando em
  39
vão, dissuadi-los da ilusão do presumido fim
  40

  3                   76
  4
1                                       77
  2

de1 quem lhes era tão querido.
   2  Quem sabe sejamos nós Seres Humanos,
quais as lagartas que não morrem, e sim,
   3
transmutam-se?
   4
   5  Quem sabe talvez, possamos num dia
próximo ou remoto, vivenciar nossa própria
   6
transmutação, também num misto de surpresa
   7
e 8gratificação por nos descobrirmos qual a
lagarta em um corpo mais sutil, etéreo e
   9
luminoso que o atual?
  10
  11  Por hipótese, acreditemos que realmente
seja assim, tomando o cuidado de abstrairmo-
  12
nos de qualquer conotação filosófico-religiosa.
  13
Q14
  15  Atentemos para as vantagens.
  16  Em crendo, perderemos de imediato o
medo de morrer e, em conseqüência,
  17
passaremos a viver mais tranqüilos, na certeza
  18
de um porvir em planos melhores, na
  19
expectativa de um possível reencontro com
  20
aqueles que nos eram caros e que se foram
  21
antes de nós.
  22
  23  E se tudo não passar de um sonho, de
uma quimera?
  24
  25  Dirão os céticos:
  26  ___ “Fábulas são fábulas e a morte física
é 27
  realmente o fim de tudo!”
  28  Ainda assim, vale a pena acreditar em
nossa subsistência própria morte, porque se
  29


  3                   77
  4
1                                          78
  2

estivermos realmente equivocados, estaremos
   1
livres da dor da desilusão e do desencanto,
   2
porque quem acaba totalmente, não está
   3
sujeito a qualquer pensamento, sentimento
   4
ou5 sensação!
   6      Tal risco, entretanto, correm os
  céticos e materialistas, caso se descubram
   7
  vivos depois da morte, ao tomarem
   8
  consciência que consumiram toda uma vida
   9
  laborando em erro grave e irreversível!!!
  10
 11
 12                  José Carlos de Figueiredo
 13
 14
 15
 16        DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO
 17
 18       Um pequeno planeta, pertencente
 19ao sistema de uma pequena estrela;
 20estrela esta, pertencente a uma pequena
 21galáxia que por sua vez é parte de um
 22universo contido de milhões de galáxias.
 23         Neste pequeno planeta vivemos
 24nós,    Seres    Humanos;    orgulhosos,
 25impávidos e vaidosos de nossa condição
 26de ´´Seres Superiores Pensantes``.
 27     Mas, quem seremos nós realmente?
 28Porque somos tão diferentes uns dos
 29outros?



  3                   78
  4
1                                        79
 2

 1      Porque ricos e pobres, sadios e
 2enfermos, sábios e aparvalhados, felizes
 3e desesperados?
 4    Porque a existência de uns poucos,
 5totalmente iluminados, donos de seus
 6destinos, plenos de sabedoria e bondade,
 7em contraste com um turbilhão imenso
 8de seres na mais completa indigência e
 9atraso espiritual?
10
11   Existe um ponto em comum entre as
12grandes  correntes filosófico-religiosas,
13quando afirmam ser   este, um mundo
14de expiação e provas.
15
16         Dentro da nossa sociedade, que
17tipo de instituição retrataria com maior
18fidelidade, essa conotação    de expiação
19e provas?
20         Cremos, serem os presídios e as
21penitenciárias as instituições que mais
22se aproximam de tal assertiva, senão
23vejamos:
24           Quem personificaria o imenso
25universo de desafortunados senão os
26apenados,   totalmente desprovidos de
27seu livre arbítrio, no que tange à sua
28permanência em semelhante local?




 3                   79
 4
1                                         80
 2

 1         Pensemos igualmente, em toda
 2a   imensa equipe de pessoas que
 3trabalham em uma penitenciária, tais
 4como: médicos, cozinheiros, psicólogos,
 5enfermeiros,      guardas,      diretores,
 6serventes, assistentes sociais etc.
 7
 8           Essas pessoas, na maioria das
 9vezes, têm o seu livre arbítrio bastante
10limitado no que concerne `a opção de
11trabalho em semelhante local.
12A maioria o faz por necessidade de
13trabalho e de sobrevivência, não estando
14porém, guindados à humilhante situação
15dos apenados, cuja     obrigação de ali
16permanecer,      cerceia      e     anula
17completamente o seu livre arbítrio.
18
19         Parece-nos portanto, não passar
20o  planeta terra       de uma imensa
21penitenciária:   vivem aqui       alguns
22iluminados,     totalmente    depurados,
23senhores de seus destinos e de seu livre
24arbítrio, amparando e orientando um
25contingente    imenso      de    pessoas
26trabalhando e progredindo, nascendo,
27morrendo, renascendo, como se fossem
28os funcionários de     um presídio que
29diariamente retornam para o aconchego


 3                    80
 4
1                                        81
 2

 1 de seus lares, onde recuperam      suas
 2energias para o reinicio da jornada no
 3dia seguinte .
 4               Pensemos agora naqueles
 5internos   que embora na condição de
 6apenados, já   possuem um quantum de
 7bondade     e discernimento em seus
 8corações,    o   que    lhes  possibilita
 9conceituar satisfatoriamente sobre a sua
10misteriosa         passagem         pela
11“penitenciária’’ Terra.
12             Para estes, é dada a paz de
13espírito imprescindível para suportarem
14a   dureza da prova até a chegada
15tranqüila ao dia da conclusão da pena.
16              Talvez retornem um dia ao
17local. Porém, não mais na condição de
18apenados    e sim, na condição de
19trabalhadores, com a função precípua de
20labor   e ascensão paulatina até a
21condição de senhores de seus destinos.
22
23          Por tudo isso deixemos de lado
24o  nosso     orgulho, nossa impavidez,
25nossa falácia e vaidade e olhemos para o
26firmamento    em uma noite de céu
27límpido,    intuindo    que   a    nossa
28verdadeira casa não é aqui .




 3                   81
 4
1                                            82
 2

 1 Almejando o dia do retorno ao nosso
 2verdadeiro   lar. Não sentindo desprezo
 3entretanto, pelos que ainda terão longas
 4penas a cumprir.
 5               Quem sabe se assim, não
 6poderemos inverter       um dia a nossa
 7condição     atual de observadores do
 8firmamento, quando então, num ponto
 9infinitamente    distante no universo,
10pudermos observar o pequenino planeta
11azulado e nos lembrarmos com uma
12ponta   de nostalgia      e saudade, das
13provas    que    por    lá   passamos        e
14sobrepujamos.
15                    José Carlos de Figueiredo
16
17
18              OS CORPOS
19

20           Vamos imaginar uma pessoa
21saudável; um jovem, adulto, fazendo sua
22corrida matinal em um grande bosque
23ou   uma praia virgem onde o ar é
24puríssimo.
25         Logicamente, esse jovem estará
26fazendo um grande bem para o seu
27Corpo Físico em função da atividade
28realizada.




 3                      82
 4
1                                       83
 2

 1            Estará também, fazendo um
 2grande bem pra o seu Corpo Etérico, ou
 3Vital, ou também conhecido como
 4Duplo-Etérico, em função da absorção
 5da energia prãnica     proveniente do ar
 6puro da floresta ou do mar.
 7
 8               Mas, o nosso amigo está
 9vivenciando dois problemas de ordem
10emocional;problemas esses, tipicamente
11voltados para o seu Corpo Astral.
12
13                 Primeiro problema: está
14profundamente     apaixonado por uma
15causa, um projeto, ou até mesmo pela
16namorada o que faz com que ele viva
17emoções     ininterruptas   e   bastante
18intensas.
19                      Segundo problema:
20infelizmente,   ele tem o vício do
21tabagismo,      que     também     afeta
22intensamente o seu corpo emocional,
23porquanto    a ânsia constante pelo
24cigarro não o deixa nem um instante.
25
26                 Mas, o nosso amigo,
27também está vivenciando um   terceiro
28problema;




 3                   83
 4
1                                        84
 2

 1dessa vez, focado no seu Corpo Mental
 2Concreto.
 3Ou seja, irá brevemente se submeter a
 4um rigoroso concurso, onde todas as
 5matérias   pertinentes, têm que ser
 6repassadas a cada momento em sua
 7cabeça, para que ele possa obter sucesso
 8nas provas, o que não deixa de ser
 9também, um grande consumo de energia
10que atinge principalmente, o seu Corpo
11Vital, em função do grande desgaste
12orgânico metabólico.
13
14                 E, então, o nosso amigo,
15passa a conjecturar, a filosofar sobre
16toda essa realidade     na qual ele vive
17atualmente.
18                      Ou seja, ele medita
19sobre a moça, objeto do seu amor.
20             Ele medita sobre as medidas
21que ele possa vir a tomar sobre a sua
22dependência emocional e metabólica ao
23cigarro; terá que procurar um Psicólogo
24para livrá-lo da dependência emocional;
25terá que procurar um Médico que o
26livrará  da intoxicação        metabólica
27decorrente do vício.




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 4
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 2

 1              Mas, ele medita também
 2sobre a sua realização profissional em
 3sendo aprovado no concurso.
 4
 5              E, finalmente, ele medita
 6sobre a beleza do local onde ele está se
 7exercitando na natureza, se sentindo
 8grato ao Grande Pai.
 9               Todas essas meditações,
10estão  focadas, não no nosso Corpo
11Mental Concreto, e sim, no nosso Corpo
12Mental Abstrato.
13
14                  E, para finalizar, todas
15essas vivências, experiências e emoções,
16só são possíveis, por possuirmos um
17último     corpo,    conhecido       como
18Búddhico, ou Espiritual.
19
20
21
22             Por toda essa maravilhosa
23complexidade que nos caracteriza como
24Seres  Humanos, é que fica clara a
25Orientação dada pelo Sublime Mestre,
26quando declara:
27

28                    ___ ´´ Não julgueis,
29para não serdes julgados, pois na
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1                                     86
2

1mesma medida em que julgardes,
2também sereis julgados ``.
3
4

5             José Carlos de Figueiredo
6




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 2
 1
 2      REGRESSÃO DE MEMÓRIA
 3
 4
 5         É noite.
 6            Na floresta, em volta de um
 7pequeno    caixão, choram os entes
 8queridos de uma lagarta que acabara de
 9falecer, lamentando-se da morte de sua
10companheira:
11 ___ “Triste fim é o nosso !” dizia um
12deles.
13 ___  “Depois de tantas lutas, depois de
14tantos sonhos, eis que tudo termina
15assim, de maneira tão abrupta e sem
16sentido.
17Não vale a pena viver, se não temos
18esperança nenhuma de um porvir, de
19um subsistir, de um recomeçar!”
20
21   E assim, mantinham-se todos tristes
22e quedados de amargura sem ao menos
23notar a presença de um estranho no
24velório.
25   Um estranho que não lhes falava a
26mesma língua    e que insistia em voejar
27sobre suas cabeças como a desejar ser
28notado, ser observado, ser ouvido!
29




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2

1     Era uma linda borboleta, alegre por
 2sua condição de liberdade de locomoção
 3aérea e triste por não   poder transmitir
 4a todos que ali se encontravam,         a
 5realidade de que o corpo que ali jazia,
 6era na verdade um mero invólucro de si
 7mesma, que se transmutara de um ser
 8pesado e rastejante, num outro ser mais
 9leve, colorido e gracioso.
10    Não é assim que a maioria de nós,
11seres humanos impávidos, orgulhosos e
12arrogantes costuma proceder?
13     Quando perdemos um ente querido
14, também não nos sentimos estupefatos
15e até mesmo revoltados com a perda
16dolorosa     de    alguém    que    tanto
17amávamos?
18    E por que tanto sofrimento?
19    A razão é simples, una e inconteste:
20IGNORÂNCIA!
21       Desconhecimento de verdades
22maiores,   de realidades sutis que as
23vezes estão     muito mais perto de nós
24do que possamos imaginar.
25    Talvez até mesmo voejando por
26sobre nossas cabeças sem que ousemos
27observar o que ulula de transparência,
28sem      que     estejamos     entretanto
29sintonizados nessa realidade.


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4
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 2

 1    O nosso Criador nos deu qualidades
 2que nos diferenciam de todos os outros
 3seres   viventes: nos deu inteligência,
 4capacidade de inferir, de concluir, de
 5conjeturar, de elocubrar e de elaborar
 6conceitos.
 7    Infelizmente, a maioria dos seres
 8humanos ainda não se deu conta de suas
 9próprias capacidades e insiste em julgar,
10em somente fazer uso de seus sentidos
11físicos,     perdendo     oportunidades
12maravilhosas de descobrir muito sobre
13si mesmos.
14
15    Quando passamos a nos preocupar
16com o nosso destino, quando passamos
17a   observar com maior atenção o
18firmamento, o nascimento, a morte, as
19venturas      e     as      vicissitudes,
20intuitivamente   passamos a acreditar
21que preexistíamos ao nosso nascimento
22e que subsistiremos à nossa própria
23morte.
24    E nessa hora então, terá sido dado o
25passo inicial de uma longa busca que
26certamente nos levará a um estado de
27serenidade, por passarmos a sentir que
28na verdade, somos quais lagartas que
29não morrem jamais.


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 2

 1   Que se transmutam e continuam a
 2sua caminhada em condições outras.
 3   Chegando nesse estágio, estaremos
 4preparados para uma incursão em nosso
 5próprio interior, buscando no passado,
 6explicações  coerentes para o nosso
 7presente e tirando ilações para o nosso
 8futuro.
 9
10    Existem      inúmeros        recursos,
11inúmeras      escolas     de     sabedoria
12disponíveis     para     que     possamos
13desenvolver   nossas potencialidades e
14nosso saber latente adormecido.
15    Dentre estas ciências, sobressai-se a
16REGRESSÃO      DE MEMÓRIA, onde é
17facultado às pessoas imbuídas do desejo
18de se conhecer, fazer um mergulho em
19seu   passado inconsciente, onde esse
20mergulho poderá     ultrapassar inclusive,
21a nossa atual existência física.
22    É     óbvio      que      semelhante
23procedimento deverá ser levado a efeito
24sob   todos os cuidados possíveis e
25monitorado por profissionais altamente
26idôneos e preparados, não só acadêmica,
27como      moralmente,       demonstrando
28claramente          serem          pessoas
29espiritualmente elevadas.


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2

1             A contrapartida do paciente,
 2também      deverá     ser    levada    em
 3consideração.
 4    Um histórico prévio das condições
 5morais   e mentais do candidato à
 6regressão,   deverá ser rigorosamente
 7observado.    Um laudo psicoterápico
 8comprovando a higidêz e a estabilidade
 9psicológica do paciente, é indispensável
10porquanto é fácil de se deduzir que o
11conhecimento      de duras verdades e
12realidades,     nem        sempre      será
13recomendado      se não possuirmos o
14necessário preparo e escopo para essas
15duras verdades e realidades.
16    O   custo     benefício   poderá    ser
17altamente desfavorável. Ou como diz a
18sabedoria popular, “O remédio poderá se
19tornar pior que a doença”!
20    O candidato por sua vez, antes de se
21aproximar de qualquer escola, entidade,
22terapia ou associação, deverá se cercar
23de    todos    os    cuidados     possíveis,
24porquanto, infelizmente, a quantidade
25de    pessoas    mal    intencionadas      e
26gananciosas que procura tirar partido
27das vicissitudes e fragilidades alheias,
28está aumentando assustadoramente, o
29que    contribui    para    o   lamentável

3                      91
4
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 2

 1descrédito   de    grande    parte    da
 2humanidade,    no que concerne        ao
 3conhecimento    do supra-sensível,    do
 4metafísico ou do paranormal.
 5
 6    Por tudo isso, fica óbvio que a
 7regressão de memória é uma prática
 8extremamente      séria,   recomendável
 9somente para determinadas situações
10sob   rigorosa análise     prévia, onde
11leviandade     é    considerada     falta
12gravíssima    que     poderá    acarretar
13conseqüências        irreversíveis      e
14extremamente danosas.
15
16    Superados todos os óbices, tomadas
17todas as precauções,   cremos que as
18pessoas que venham a se submeter a
19uma regressão de memória só terão a
20lucrar,   porquanto   poderão    vir   a
21compreender    o porquê de tantos
22conflitos em seu seio familiar ou até
23mesmo     em sua vida profissional,
24fazendo com que o seu porvir possa vir a
25ser mais venturoso e mais consciente.
26
27   Talvez assim, em um futuro próximo
28ou remoto, possam os velórios não só
29das lagartas como dos seres humanos,


 3                   92
 4
1                                            93
 2

 1se tornarem menos sofridos e dolorosos,
 2porquanto os que ficam, estarão serenos
 3com o destino dos que se foram e os que
 4se foram, estarão confortados em saber
 5que os que ficaram estão cientes de que
 6um   dia, todos se reencontrarão em
 7paragens mais felizes.
 8
 9                José Carlos de Figueiredo
10
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 2

 1
 2               OS TROVÕES DE TUPÃ
 3
 4
 5   É   noite....
 6

 7                Na densa floresta distante
 8 da   civilização, a atmosfera se faz
 9 pesada     prenunciando     a   iminente
10 tormenta.     O vento sibila cortante
11 provocando um sinistro movimento na
12 copa das milenares árvores. Os animais
13 estão estranhamente quietos como que
14 antevendo o perigo no ar. Ao longe,
15 muito longe, o miado de uma pantera
16 solitária soa como o exórdio de um
17 clarim determinando silêncio.

18                Na pequena taba indígena,
19todos se mantém encolhidos e solenes
20em suas ocas. As mães        apertam em
21seus abraços de amor os seus pequenos
22rebentos enquanto os guerreiros ao seu
23lado quedam-se em profunda abstração.
24
25          Somente uma pessoa na tribo
26ousa  levantar os olhos: o Pajé que em
27estado de oração profunda, aguarda   a
28Manifestação Divina.
29



 3                      94
 4
1                                       95
 2

 1    Eis que de repente, os trovões se
 2iniciam,   levando a todos, animais e
 3humanos, a cerrar os olhos como se
 4sentissem      indignos de observar a
 5magnitude da presença do Ser Supremo.
 6    O Pajé levanta os braços e inicia
 7solene as súplicas de auxílio e piedade
 8do Criador em manifestação. A cada
 9pedido, mais os trovões se fazem sentir
10como se fossem as respostas esperadas
11aos anseios da tribo.
12    Lágrimas copiosas vindas do céu em
13forma de chuva torrencial juntam-se às
14lágrimas do Pajé, absolutamente seguro
15de    que conseguiu        um contato
16insofismável com o Grande Pai que vive
17na Grande Morada.
18     Em algum tempo a chuva diminui e
19todos     então    se  tranqüilizam   e
20adormecem      no verdadeiro sono dos
21justos e inocentes.
22
23   Sempre deixou claro o Grande
24Mestre Jesus, que os preferidos do Pai
25eram     justamente   os    puros,    os
26deserdados, os simples, as crianças e os
27animais.
28
29


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 4
1                                        96
 2

 1    Com toda a certeza, os habitantes de
 2uma   grande floresta virgem em seu
 3estado     primitivo,    todos os seus
 4habitantes, indígenas, fauna e flora, são
 5os preferidos desse Pai, em função de
 6sua  simplicidade,    de sua essência,
 7pureza   e submissão.
 8 E   com toda a certeza também,
 9 fenômenos da natureza em uma grande
10 floresta virgem não têm somente a
11 conotação     de   uma     manifestação
12 meteorológica.

13     Existe    uma    Divindade,      uma
14 sobrenaturalidade        que    dá    aos
15 habitantes da mata a certeza de que
16 são amados e protegidos por Algo ou
17 Alguém que não podem ver mas que
18 conseguem sentir em seus corações.

19Convenhamos:     seria plausível, seria
20moralmente    justo, seria ético, seria
21decente,    que nós,        “civilizados”,
22destruíssemos a Pureza Crística desses
23irmãos e disséssemos à eles que tudo
24não passa de um fenômeno elétrico da
25natureza?
26
27   Seria      monstruoso!           Seria
28imperdoável!  Seria uma        blasfêmia!
29Seria uma mentira !

 3                    96
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Antologia Espiritual

  • 1. 1 1 2 1 2 3 ANTOLOGIA 4 5 6 7 8 9 10 11 12 ESPIRITUAL 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 3 1 4
  • 2. 1 2 2 1 José Carlos de Figueiredo 2 3 4Aos meus Protetores 5Espirituais que considero os 6verdadeiros inspiradores das 7crônicas, e, aos meus amigos 8no plano físico que 9procederam ao 10enriquecimento gráfico e arte 11final desse pequeno 12compêndio, deixo aqui 13consignado o testemunho da 14minha profunda gratidão 15por sua sensibilidade, 16inteligência e amorosidade. 17 18 O AUTOR 19 3 2 4
  • 3. 1 3 2 1 2 3 O autor da presente 4publicação abre mão de 5eventuais e possíveis Direitos 6Autorais, revertendo-se os 7mesmos para as Entidades 8Filantrópicas ou 9Espiritualistas que venham 10eventualmente a publicá-la, 11não autorizando a reprodução 12total ou parcial por qualquer 13outra Organização que não as 14supra-citadas. 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 3 3 4
  • 4. 1 4 2 1 PREFACIO 2 3 Imaginemos uma palestra 4ou exposição, sobre temas metafísicos 5ou espiritualistas, dada por um 6excelente orador ou professor. 7 Na platéia, existirão os 8seguintes ouvintes dentre os 9espectadores: 100 1- O Evoluído e Espiritualizado. 1102- O Curioso e Inteligente. 1203- O Buscador bem intencionado. 1304- O atrasado espiritualmente. 14 15 Por melhor que seja o 16desempenho e o conhecimento do 17expositor, as reações ao final da 18palestra serão as seguintes: 19 20Ouvinte 01: sairá frustrado por não 21ter ouvido nada do que já não soubesse. 22 23 Ouvinte 02: achará o tema curioso e 24passível de ser considerado. 25 26 Ouvinte 03: sairá impressionado e 27possivelmente passará a considerar 28seriamente o que ouviu, se aquilo que 29ouviu estiver dentro do seu padrão 30vibratório. 3 4 4
  • 5. 1 5 2 1 Porém, em pouco tempo esquecerá a 2maior parte do que foi exposto na 3palestra se não procurar doravante um 4aprofundamento maior. 5 6 Ouvinte 04: terá achado que o 7expositor é um fanático religioso, 8alienado ou interesseiro. 9 10 11 RESUMO 12 Em se tratando de ensinamentos 13metafísicos, espirituais ou 14transcendentais, ninguém consegue 15ensinar nada para ninguém. 16Não há expositor, livro ou PPS 17possível, que nos consiga fazer 18realmente despertar espiritualmente. 19 O máximo que se consegue 20é uma curiosidade bem intencionada e 21produtiva, focada na mente concreta, 22e não, na mente abstrata. 23 Conhecer verdades, não 24espiritualiza ninguém. O processo é 25inverso, ou seja, com a espiritualização 26paulatina é que passamos a nos 27afinizar com essas mesmas verdades. 28 29 30 3 5 4
  • 6. 1 6 2 1 2 3 SOLUÇÃO 4 Só a meditação, só o recolhimento, 5ensinados via de regra pelos Budistas, 6pelos Monges e pelos Yoguis é que nos 7possibilitam vivenciar alguma coisa em 8termos de metafísica, espiritualismo ou 9conhecimento transcendental. 10 11 Possivelmente, aprender 12tudo o que foi exposto na hipotética 13palestra citada, sem que estivéssemos 14presentes à mesma; ou em qualquer 15livro sublime, sem que tenhamos 16sequer aberto aquele livro sublime! 17 18 Prezado Leitor, 19 20 Espero sinceramente, que 21as Crônicas deste pequeno compêndio, 22consigam chegar até o âmago dos seus 23arquétipos milenares, para que você 24simplesmente reabra tudo que já existe 25nos seus Diretórios Espirituais. 26 27 28 José Carlos de Figueiredo 29 30 3 6 4
  • 7. 1 7 2 1 2 3 4 5 6 INTRODUÇÃO 7 8 1953- Igreja 9 Matriz de Nossa Senhora das Dores 10 no bairro Rio Comprido na Cidade 11 do Rio de Janeiro. 12 Em uma bela manhã, para lá se 13dirige um menino, absolutamente puro, 14para dar início ao Curso Preparatório 15para a sua 1ª Comunhão. 16 No referido curso, o enfoque 17logicamente, era a vida de Jesus. 18 Foi um choque para o garoto, tomar 19conhecimento da suprema bondade 20daquele Homem e logo em seguida, 21saber que o mesmo fora assassinado da 22forma mais brutal possível. 23 O menino terminou o curso, realizou 24sua 1ª Comunhão, mas ficou um pouco 25diferente: continuou a sua vida como 26criança ,brincando, estudando, 27sonhando. Porém, sempre que podia, 28voltava àquela Igreja somente quando 29ela estava absolutamente vazia e 30ficava absorto, pensando na vida e na 3 7 4
  • 8. 1 8 2 1 morte daquele Homem; pensando como 2outros homens tiveram a coragem de 3fazer aquilo com Ele! 4 O tempo passou. 5 Porém a necessidade de 6recolhimento e abstração tornou-se 7uma rotina, como se fora a hora de 8recarregar as baterias para 9continuar a lutar. 10 Por sinal, a luta do garoto houvera 11começado bem cedo, pois não pudera 12conhecer seu pai falecido quando o 13garoto acabara de nascer e perdera 14sua mãe quando ainda adolescente. 15 Todos esses fatos só serviram para 16tornar o então jovem adulto cada vez 17mais introspectivo e meditativo. 18 19 Até que um dia, vivenciou um sonho 20durante uma noite; sonho este que 21acelerou ainda mais sua necessidade 22de recolhimento e introspecção . 23 Sonhou ele, que se encontrava numa 24outra existência, num futuro já 25bastante longínquo da atual vida. 26 Foi chamado então à presença de 27um superior que lhe comunicara a 28permissão concedida para visitar o seu 29próprio passado. 3 8 4
  • 9. 1 9 2 1 2 3 4 Eis que de repente, o mesmo se vê 5envolvido por um turbilhão, girando, 6como se estivesse no epicentro de um 7ciclone. 8 9 Quando tudo serenou, ele se viu 10dentro de um cemitério que pôde 11identificar como sendo o Cemitério de 12São João Batista no Rio de Janeiro. 13 Começou então instintivamente, a 14procurar por uma determinada 15sepultura, até que, depois de algum 16tempo, conseguiu localizá-la. 17 Para sua surpresa, na lápide do 18túmulo havia a foto de um homem 19jovem e saudável com um semblante 20sereno e que não era outro senão ele 21mesmo!!! 22 23 Passada a surpresa, aflorou um 24sentimento nostálgico de muita 25saudade daquela vida vivida, muito 26carinho pela imagem da foto e tudo 27parecia fazer parte de um passado já 28muito distante. 29 3 9 4
  • 10. 1 10 2 1 2 3 Em seguida, a foto começou a se 4dissolver e o turbilhão novamente o 5envolveu, forçando seu retorno para o 6futuro. 7 8 Será que foi um sonho? Será que 9 foi uma vivência? Será que foi um 10 ensinamento? Um aviso, para que 11 não se deixasse envolver em demasia 12 com o passado, mesmo que fosse um 13 passado que trazia suaves 14 recordações? 15 16 Assim intuí que deveria interpretar. 17 Devemos guardar com carinho 18 todas as nossas boas recordações, 19 tirar lições de todas as nossas 20 experiências desagradáveis, não nos 21 preocuparmos com o futuro, 22 porquanto ele é absolutamente 23 imprevisível e viver intensamente o 24 presente, de uma forma saudável , 25 integrada e de profundo amor por 26 tudo que contenha vida. 27 3 10 4
  • 11. 1 11 2 1 As crônicas a seguir relatadas, 2foram todas conseqüência de momentos 3de abstração e introspecção do autor. 4 Foram elaboradas em momentos em 5que ele se permitia um afloramento do 6garoto do passado. 7 Eu tive o cuidado de preservá-lo em 8mim mesmo. 9 É ele quem me dá forças; 10 É ele quem me inspira. 11 É nele que eu me refugio.... 12 13 14 15 Prezado leitor, 16 17 Tente de vez em quando, aflorar 18o garoto ou a garota que você 19também já foi. 20 Ele ou ela , existem dentro de 21você! 22 23 Dê uma chance a eles! 24 25 Você verá que fica bem mais fácil 26viver....... 27 28 José Carlos de Figueiredo 29 30 31 3 11 4
  • 12. 1 12 2 1 Um dia, num futuro ainda 2muito distante, perdido no limiar do 3tempo, haverá uma estrela. 4 Estarão reunidos nessa 5estrela, todos os que amamos, 6observando um ínfimo e distante 7planetinha azulado que hoje é 8chamado de “Terra”. 9 E então, milagrosamente, 10estaremos sentindo uma saudade 11imensa de uma vida vivida num 12passado já muito distante. 13 Uma saudade que inclua 14inclusive, os momentos difíceis,pois 15estaremos conscientes que esses 16momentos na verdade, não foram 17assim tão difíceis. 18 Eles foram simplesmente 19parte da renovação, inevitável e 20necessária dessa coisa maravilhosa 21chamada “Vida”. 22 A partir de agora, quando 23olhar para o céu, tente imaginar onde 24possa estar essa estrelinha, antevendo 25desde já esse maravilhoso reencontro 26futuro!” 27 28 29 SUMÁRIO 3 12 4
  • 13. 1 13 2 1TÍTULO PÁGINA 2 3OS FOGUETES FLEX ----------------------------------------------------- 14 4 5A SUBLIME SUBIDA------------------------------------------------------- 17 6 7A GRANADA SEM PINO------------------------------------------------ 21 8 9KRAKATOA - A OESTE DE JAVA---------------------------------- 28 10 11TRANSCEPTORES HUMANOS----------------------------------------- 36 12 13O PLANETINHA AZULADO-------------------------------------------- 41 14 15O SIMPÓSIO DOS BICHOS--------------------------------------------- 45 16 17MERGULHADORES ESPIRITUAIS---------------------------------- 49 18 19REDE BÚDDHICA---------------------------------------------------------- 52 20 21CIENCIA DO SOBRENATURAL-------------------------------------- 59 22 23CRISTÃOS: SERÁ QUE SOMOS?-------------------------------------- 62 24 25ALMA GÊMEA-------------------------------------------------------------- 68 26 27ATAVISMO : A GENÉTICA DA ALMA---------------------------- 71 28 29O VELÓRIO------------------------------------------------------------------ 77 30 31DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO-------------------------------------- 79 32 33OS CORPOS------------------------------------------------------------------ 83 34 35REGRESSÃO DE MEMÓRIA------------------------------------------ 87 36 37OS TROVÕES DE TUPÃ------------------------------------------------ 94 38 39UMBANDA-------------------------------------------------------------------- 100 40 41HOLISMO---------------------------------------------------------------------- 103 42 43OS HOMENS – CABIDE ------------------------------------------------- 106 44 45O “CULT” DA PARANORMALIDADE---------------------------- 110 3 13 4
  • 14. 1 14 2 1 2 OS FOGUETES FLEX 3 4 5 Todos os Seres estão sempre 6 evoluindo, sempre intentando 7 instintivamente uma ascensão. 8 Poderão ocorrer quedas; seguidas, 9entretanto, de um soerguer, de uma 10nova luta ascensória. 11 Poderá ocorrer também uma 12estagnação, um acomodamento ilusório 13inerente à própria ignorância. 14 O Nosso Pai nos colocou, entretanto, 15´´foguetes`` de grande poder de 16propulsão que ficam à nossa disposição 17para serem ligados se assim o 18desejarmos. 19 Os ´´motores`` desses foguetes 20utilizam via de regra alguns tipos de 21combustível que, misturados a nosso 22critério, possibilitam maior ou menor 23poder de explosão permitindo a 24ascensão em maior ou menor 25velocidade. 26 O primeiro combustível se chama 27´´Conhecimento``. O segundo se chama 28´´Amor``. 29 3 14 4
  • 15. 1 15 2 1 Se esses dois combustíveis forem 2corretamente misturados, transformar- 3se-ão em um terceiro combustível de 4altíssima octanagem, chamado de: 5´´Sabedoria``. 6 7 Se insistirmos entretanto em manter 8o nosso foguete inativo com os tanques 9desprovidos de ´´Conhecimento`` e 10´´Amor`` e contidos de combustíveis 11danosos, Nosso Pai nos abastece 12coercitivamente de um quarto tipo de 13combustível poderoso, sob nossos 14protestos, chamado: ´´DOR``. 15 Infelizmente, para a maioria de nós, 16Seres Humanos, ainda bastante 17atrasados, essa tem sido a providencia 18mais adotada peo Pai. 19 20 Além dos citados combustíveis, 21existem dois aditivos de altíssima 22qualidade que contribuem sobremaneira 23para o bom desempenho do foguete e 24que nos estão via de regra disponíveis: 25esses aditivos são conhecidos pelos 26nomes de: ´´Curiosidade`` e 27´´Insatisfação``. 28 3 15 4
  • 16. 1 16 2 1 Cada pessoa utiliza todos esses 2combustíveis e aditivos em diferentes 3dosagens, e de diferentes maneiras, 4possibilitando variados desempenhos 5de seus foguetes até a chegada 6definitiva ao Pai. 7 8 José Carlos de Figueiredo 3 16 4
  • 17. 1 17 2 1 2 A SUBLIME SUBIDA 3 4 Quem somos nós, de onde 5viemos, para onde iremos? 6 O eterno questionamento....... 7 Vamos pensar num singelo copo 8d’água mineral gaseificada. 9 Vamos também transformar o tempo 10relativo de alguns minutos de 11observância desse copo, para a 12projeção de alguns milhares de anos. 13 Agora, vamos pensar nas minúsculas 14bolhas de gás que começam a se 15formar no fundo do copo. 16 Prosseguindo, vamos nos transmutar 17mentalmente em uma das pequeninas 18bolhas que ainda estão presas no fundo 19do copo, como se nós mesmos fôssemos 20uma delas:.... somos minúsculas bolhas 21de gás à semelhança de espíritos 22embrionários à espera de 23individualização...... 24 Milhares de séculos se passaram e, 25finalmente, a pequenina bolha 26avolumou-se e conseguiu desprender-se 27do fundo do copo (individualizou-se) , 28iniciando uma lenta ascensão, uma 29Sublime Subida, intentando chegar à 3 17 4
  • 18. 1 18 2 1 superfície, quando então, fundir-se-á 2com a Essência Divina. 3 E essa milenar subida, como se 4procede? Vamos dividi-la em três 5fases. 6 Na primeira delas, iniciada após o 7desprendimento, somos simples, 8atrasados e ignorantes. Mas, já somos 9amados por nosso Pai, embora não 10saibamos nada sobre esse Pai. 11 Outros milhares de séculos se 12passam e alcançamos uma segunda fase, 13quando despertamos para a constatação 14da existência desse Pai. 15 Passamos então a nos jactar de um 16pretenso conhecimento da Real 17Natureza Divina, e, em conseqüência, 18passamos a sentir pelas bolhinhas que 19nos estão abaixo, um repente de 20desprezo “por sua inferioridade”! Por 21estarem as mesmas ainda, “cheias de 22defeitos”!!!!! 23 Em função dessa pretensa 24superioridade, passamos a sentir 25necessidade de amparar os que nos 26estão abaixo, por achar que “é nosso 27dever”, que “é nossa obrigação”! 28Sentimos orgulho da nossa 29benemerência e da nossa abnegação!!! 3 18 4
  • 19. 1 19 2 1 2 Mas, a roda do tempo continua a 3girar........ 4 Muitos séculos se passaram e a 5terceira e última fase acontece. 6 7 Tornamo-nos perquiridores e 8passamos a nos interessar não só pela 9natureza do Criador, mas, também, por 10nossa própria natureza e real 11constituição. 12 Descobrimo-nos surpresos e 13estupefatos, ao constatar que os 14inúmeros defeitos que só víamos nos 15outros, existem principal e 16abundantemente em nós mesmos!!!! 17 18 O choque é grande, mas é benéfico: 19passamos a ascender em maior 20velocidade, em função do alijamento de 21cargas já agora desnecessárias, tais 22como; soberba, orgulho, vaidade, 23tirania, arrogância, preconceito etc.. 24 E o que é mais importante, 25continuaremos a estender as nossas 26mãos ao companheiro que nos está 27abaixo, porém, não mais por obrigação 28ou dever, e sim, por amor e por 29fraternidade. 3 19 4
  • 20. 1 20 2 1 Encerremos nossa transmutação 2mental nas pequeninas bolhas de gás e 3voltemos a ser nós mesmos. 4 Observemos pela última vez o copo 5de água, detendo-nos principalmente , 6nas inúmeras bolhas que estão 7chegando à superfície. 8 E, então, pensaremos num futuro 9distante, perdido no limiar do tempo, 10quando também nós, estaremos nos 11fundindo com a Divindade Suprema. 12 E analisemos, conjeturemos com 13rigor, sobre a nossa própria posição 14na Sublime Subida. 15 Com humildade e isenção, 16poderemos então localizar alguma 17humilde bolha de gás que nos 18corresponda na escala evolutiva, 19principalmente, se considerarmos 20sobre a nossa atual postura.... “ao 21estendermos nossas mãos”! 22 23 24 25 José Carlos de Figueiredo 26 27 28 3 20 4
  • 21. 1 21 2 1 2 3 A GRANADA SEM PINO 4 5 6 Há alguns meses passados, os 7órgãos de imprensa da nossa mui leal e 8querida Cidade de São Sebastião do Rio 9de Janeiro, publicaram reportagem 10sobre um assalto a banco ocorrido no 11centro (infelizmente mais um dentre 12tantos) , onde os assaltantes na hora da 13fuga, lançaram uma granada na porta do 14banco e que, por sorte dos que ali se 15encontravam, não detonou. 16 Foi então chamado um policial 17especializado para desativar o artefato. 18 Chegando próximo a granada, o 19policial sentou-se em frente à mesma 20em “posição de lótus” e quedou-se 21concentrado em profunda abstração, 22assim permanecendo por longo tempo. 23 24 Provavelmente, reunia o bom 25homem, energia das mais variadas 26espécies que o deixassem apto a 27executar a dificílima tarefa a ele 28confiada: energia mental, por exemplo, 29que o mantivesse em perfeita calma. 30 3 21 4
  • 22. 1 22 2 1 2 3 Energia espiritual que o amparasse e 4inspirasse a agir corretamente e; 5energia física que lhe permitisse não 6esmorecer 7 diante do enorme desgaste orgânico 8- metabólico. 9 E assim permaneceu o bom 10homem estático diante da granada. 11 Esse fato singelo e ao mesmo 12tempo terrivelmente dramático será que 13não serve de parâmetro para 14conjeturarmos sobre a nossa própria 15postura diante da vida? Vejamos: 16 Sabemos que a humanidade passa 17por um momento crucial da sua 18história. As vicissitudes tanto a nível 19mundial quanto a nível pessoal estão 20aumentando assustadoramente. As 21pessoas estão aturdidas, estarrecidas e 22perplexas diante das mudanças 23drásticas por que passa o planeta. Não 24existe uma guerra mundial dividindo o 25mundo em dois blocos, mas existe uma 26guerra mundial se considerarmos que 27nos últimos tempos eclodiram e 28eclodem conflitos localizados nos mais 3 22 4
  • 23. 1 23 2 1 variados países, ceifando milhares de 2vidas. 3 A fome grassa, principalmente no 4continente africano, e, também, no 5nordeste brasileiro fazendo com que os 6chamados filmes de terror sejam 7considerados coisa de criança, tal a 8crueza com que são mostradas pelos 9correspondentes de imprensa, cenas das 10mais tristes possível. 11 12 De uma maneira geral, as pessoas 13estão reagindo diante dessa conjuntura 14de duas maneiras distintas: os mais 15ponderados e esclarecidos procuram 16estudar o fenômeno aprofundando-se em 17geo-política, sociologia, psicologia, 18espiritualismo etc. 19 20 Os menos esclarecidos, entretanto, 21estão tendendo para um niilismo, para 22um negativismo, para uma descrença 23absoluta e total em tudo que seja puro e 24honesto preferindo viver a vida da 25forma mais sôfrega possível, achando 26que nada faz sentido, que a vida é um 27acaso e que o melhor é viver 28intensamente custe o que custar, no 3 23 4
  • 24. 1 24 2 1 temor de serem destruídos a qualquer 2momento. 3 Os fins justificam os meios, segundo 4eles, criando com isso um efeito cascata 5do mal; um círculo vicioso que só piora 6as coisas. 7 Todos, porém, sejam os esclarecidos 8ou os demais, passarão por um 9momento crucial em suas vidas, um 10acontecimento inexorável que os 11atingirá a todos: a morte física! 12 Nesse momento grave de nossas 13vidas, os menos esclarecidos estarão 14correndo um sério risco: se estiverem 15certos na presunção do nada, em 16decorrência da morte física, não 17poderão sequer sabê-lo, dado que a 18extinção terá sido total. 19 Se estiverem, entretanto errados, 20descobrir-se-ão ainda vivos, mesmo que 21a contrapartida física tenha 22sucumbido! 23 Convenhamos, optar por semelhante 24postura é o mesmo que estar diante de 25uma granada sem pino. Morrer e 26descobrir estupefato que não morreu 27totalmente é um caminho sem volta! 28 É uma verdadeira explosão 29espiritual! É a apresentação de uma 3 24 4
  • 25. 1 25 2 1fatura imprevista, que obriga o 2semeador à inexorável colheita! 3 4 Por tudo isso, sejam quais forem os 5nossos problemas, os nossos conceitos, 6preconceitos, crenças e convicções, 7vale a pena um pouquinho de humildade 8e racionalidade para pesquisarmos sobre 9o porquê da vida. 10 Mesmo que sejamos ateus 11empedernidos, nada impede que 12estudemos e que pesquisemos sobre 13tudo na vida, de preferência, abstraindo- 14nos de conotações místicas ou 15religiosas. 16 17 Um dos maiores homens que já 18passou pela terra, ALBERT EINSTEIN, 19não seguindo religião alguma, embora 20sendo de origem judaica, afirmava 21peremptoriamente ter conseguido a 22comprovação por meios científicos da 23existência de DEUS, o que o induziu, 24não a seguir determinada religião, e 25sim, a uma religiosidade cósmica, a um 26sentimento de profundo amor por tudo 27que contivesse vida. 28 29 Pense amigo, pense muito! 3 25 4
  • 26. 1 26 2 1 2 Olhe tudo! Olhe as estrelas! 3Pesquise a vida! Pesquise a morte! 4Pesquise a sua alegria, pesquise a sua 5tristeza!!! 6 7 Sinta a delícia de uma brisa fresca 8no seu rosto, mas respeite o ciclone que 9mata. A brisa é cálida, o ciclone é 10mortífero. Porém, depois dele, redunda 11uma renovação, um ressurgir, um 12reconstruir. 13 Observe o orvalho acariciando uma 14rosa. Mas respeite a tempestade que irá 15destruir essa mesma rosa. Depois da 16tempestade, porém, naquele mesmo 17solo, vicejarão várias outras rosas 18ainda mais exuberantes que a 19primeira! 20 21 Tire lições enfim, de tudo na vida. 22 Tire lições dos seus mais graves 23erros porque será através deles que você 24se redimirá. Não se condene jamais por 25esses erros! 26 Tire lições do quotidiano da vida. 27Até mesmo da cena patética de um 28policial de uma cidade grande, sentado 3 26 4
  • 27. 1 27 2 1diante de uma granada que poderá 2explodir a qualquer momento! 3 4 Finalizando, cumpre esclarecer que 5o fato narrado foi verídico. 6 7 Aconteceu na cidade do Rio de 8Janeiro e teve um final feliz: o policial, 9depois de profunda abstração e análise, 10depois de se sentir abastecido de toda a 11energia de que necessitava, desativou a 12granada salvando a si mesmo e a todos 13que nele confiavam. 14 15 José Carlos de Figueiredo 3 27 4
  • 28. 1 28 2 1 2 3 KRAKATOA – A OESTE DE JAVA 4 5 6 Krakatoa, pequena ilha da 7 Indonésia situada no Mar de Java. 8 Nesta pequena ilha, no ano de 1883, o 9 vulcão conhecido como Perbuatan, 10 entrou em violenta erupção, tendo 11 ceifado milhares de vidas dentre os 12 habitantes do local. 13 Como dezenas de outros vulcões 14 existentes no mundo, o Perbuatan 15 provocou uma tragédia sem 16 precedentes, dizimando grande parte 17 da vida na Ilha de Krakatoa. 18 Vulcões, via de regra possuem 19 magnitude e beleza impressionantes e 20 assustadoras. Sente-se perfeitamente a 21 presença de Deus quando observamos 22 estupefatos a grandiosidade de uma 23 erupção vulcânica de grande 24 intensidade. 25 Mas e o estrago que causam? E as 26 vidas ceifadas? Qual será a lógica do 27 Criador em sua manifestação? 28 29 Lógica obviamente existe. 3 28 4
  • 29. 1 29 2 1 Nós, Seres Humanos, é que não 2 temos a capacidade e a evolução 3 necessárias para o entendimento de tal 4 fenômeno e de suas, em princípio, 5 trágicas conseqüências. 6 Podemos no máximo idealizar 7 conjecturas como seja a de um karma 8 coletivo que tenha atingido toda a 9 população da ilha. 10 A palavra karma por sua vez, 11 conota purgação de mazelas e a 12 conseqüente purificação dos atingidos, 13 o que, em última instância, 14 significaria um grande passo na 15 caminhada para a evolução espiritual. 16 Concluímos então, que ocorreu um 17 grande e aparente mal que redundou 18 na verdade, em um grande bem. Daí a 19 abrangência do velho ditado popular : 20 “Deus escreve certo, através de linhas 21 tortas”! 22 23 Vamos enfocar agora, uma tragédia 24 a nível individual: uma pessoa adulta, 25 de excelente aparência, excelente 26 saúde, boa situação financeira, amado 27 por seus familiares e amigos, 28 possuidora de moral ilibada, grande 3 29 4
  • 30. 1 30 2 1 caráter e bondade. Essa pessoa vem a 2 sofrer um acidente que a deixa 3 incapaz. 4 Há poucos anos passados, a mídia 5 divulgou acidente ocorrido com um 6 famoso artista de cinema que sofreu 7 uma queda tornando-se paralítico para 8 o resto da vida; pessoa esta, que 9 possuía as características pessoais 10 acima citadas. 11 Por ironia do destino, o 12 protagonista em questão tornou-se 13 famoso por personificar um igualmente 14 famoso herói das HQ que tinha poderes 15 e habilidades físicas sobre-humanas 16 ( Christoffer Reeve – o Super-Homem ). 17 18 Novamente nos vemos num 19 impasse: como entender a lógica do 20 Criador ao atingir tão drasticamente 21 uma pessoa desse tipo? 22 Como estaria a cabeça dessa 23 pessoa? Será que ela possuía tirocínio, 24 amadurecimento e sabedoria que a 25 possibilitasse entender corretamente o 26 que a atingiu? 27 3 30 4
  • 31. 1 31 2 1 Cremos que sim. O PAI com toda a 2 certeza não apresentaria semelhante 3 fatura para quem não tivesse o preparo 4 espiritual necessário para entender a 5 razão da cobrança. 6 Provavelmente, o nosso amigo 7 recentemente falecido, intuía que o 8 término do seu sofrimento se daria 9 com a entrada em um plano mais sutil, 10 com um corpo mais sutil que lhe 11 permitisse inclusive, proezas 12 infinitamente maiores que aquelas 13 que o seu personagem de herói das HQ 14 vivenciava. 15 Aí está novamente o exemplo de 16 um grande e aparente mal que redunda 17 na verdade em um grande bem! 18 19 E a competência da aplicação de 20 remédios tão amargos e dolorosos? 21 E se alguém na face da terra, 22 interpretar que infligindo males aos 23 seus semelhantes, estaria na verdade 24 lhes fazendo um grande bem, dentro 25 da ótica de que, queimando karmas, as 26 pessoas estão na verdade se 27 beneficiando? 28 3 31 4
  • 32. 1 32 2 1 Resposta: a competência para a 2 aplicação de remédios amargos é 3 prerrogativa exclusiva do Senhor!!! 4 5 Ninguém, absolutamente ninguém, 6 tem o direito de arrogar-se 7 representante de Deus para causar 8 sofrimento gratuito ao próximo, sob a 9 alegação de que estará em verdade 10 beneficiando seu semelhante com a 11 conseqüente purgação de suas dívidas. 12 Entretanto, nossos atos, nossas 13 atitudes não se manifestam apenas 14 pelas ações. A omissão também é 15 altamente comprometedora. 16 Aquele que se eximir de ajudar seus 17 semelhantes sob a alegação de que tal 18 ajuda estaria cerceando sua evolução, 19 porquanto não ocorreria o remissivo 20 sofrimento, também estaria praticando 21 uma invasão da Sagrada Seara! 22 Esse tipo de conceito, se pertinente 23 fosse, tiraria o sentido, por exemplo, 24 até da medicina, porquanto na medida 25 em que se curam mazelas e doenças, 26 esse curar, esse recuperar, redundam 27 em bem estar e felicidade descartando 28 padecimentos! 3 32 4
  • 33. 1 33 2 1 2 Nosso PAI a tudo vê. 3 Se ainda não estiver no tempo 4 certo dessa intentada recuperação, 5 nossas sadias medidas se farão inócuas 6 e a purgação do irmão endividado com 7 toda a certeza recidivará! 8 Estaremos entretanto com a 9 consciência tranqüila: fizemos a nossa 10 parte! 11 Da mesma forma, qualquer outra 12 ajuda, mesmo sendo de ordem 13 material, também é pertinente, 14 também se faz obrigatória! 15 E, na mesma proporção, se essa 16 ajuda ainda não estiver prevista no 17 merecimento do nosso irmão, suas 18 dificuldades ressurgirão de maneira 19 natural em seu próprio benefício. 20 E a nossa boa intenção em prestar 21 o socorro? Devemos achar que 22 perdemos tempo? Devemos achar que 23 perdemos dinheiro? 24 Não procede o temor, porquanto 25 remissão e purificação não são 26 prerrogativas de quem as está 27 passando. 3 33 4
  • 34. 1 34 2 1 2 Na medida em que praticamos o 3 bem e damos Amor ao Próximo, 4 também estamos nos redimindo e 5 purificando, mesmo que a nossa 6 tentativa não tenha logrado o almejado 7 sucesso! 8 É lógico que deva haver bom senso 9 e coerência para aquilatarmos quem 10 possa estar recebendo o nosso auxílio. 11 Paternalismo estéril que deturpa e 12 acomoda o irmão que foi ajudado, só 13 servirá na verdade para retardar o seu 14 avanço em direção à Senda. 15 16 O Criador brindou-nos com 17 algumas qualidades tais como 18 inteligência, bom senso, intuição e até 19 mesmo sensibilidade mediúnica. 20 21 Com isso, se tentarmos, com toda a 22 certeza teremos a possibilidade de 23 inferir, de descobrir, quem esteja 24 realmente necessitando de nosso 25 auxílio, de nosso amor, de nossa 26 benemerência. 27 3 34 4
  • 35. 1 35 2 1 Não nascemos na Ilha de Krakatoa. 2 Se lá estivéssemos, entretanto, 3 poderíamos nos encontrar na situação 4 de vítimas diretas da erupção ou, 5 então, na condição de socorristas dos 6 vitimados. 7 Sob nenhuma hipótese contudo, 8 teríamos o direito de permanecer na 9 condição de meros espectadores, na 10 confortável posição de a tudo assistir, 11 alegando que “Não tem nada a ver 12 com aquilo”! (?) “Se o pessoal está 13 sofrendo, com certeza bem o 14 merece!!”( ? ). 15 Temos muito a ver sim!!! 16 Estamos todos nesse mesmo barco 17 chamado “Terra”, onde somos 18 apenas humildes marinheiros!!! 19 O Comandante Supremo do barco é 20 que detém a prerrogativa única e 21 exclusiva de tomar e determinar as 22 medidas adequadas. 23 Decisões estas, que irão redimir e 24 salvar não só os que amparam e 25 confortam, mas, também, os que 26 anseiam por socorro. 27 José Carlos de Figueiredo 3 35 4
  • 36. 1 36 2 1 2 TRANSCEPTORES HUMANOS 3 4 Todos nós, Seres Humanos, somos 5verdadeiros Transceptores de Alta 6Freqüência. 7Estamos eternamente transmitindo e 8recebendo sinais telepaticamente, sejam 9eles de natureza espiritual ou de 10natureza emocional. 11 O simples fato de nos tornarmos 12conscientes dessa realidade, traz uma 13conseqüência imediata e indubitável: 14aperfeiçoa a nossa aparelhagem. 15 Na RECEPÇÃO: passamos a sentir 16com maior clareza e intensidade todas 17as vibrações à nossa volta, tornando 18facilmente identificáveis quaisquer 19freqüências, tais como: simpatia, 20antipatia, inveja, despeito, amor, 21bondade, fraternidade, solidariedade 22etc. 23 Na TRANSMISSÃO: passamos a 24emitir um sinal forte, limpo e filtrado, 25fazendo com que todos que estejam à 26nossa volta consigam capta-lo, mesmo 27que não possuam um bom aparelho 28receptor. 3 36 4
  • 37. 1 37 2 1 Esse fato gera uma responsabilidade 2muito grande, fazendo-nos evitar 3sentimentos negativos que venhamos 4eventualmente a nutrir por nossos 5semelhantes, porquanto seriam 6facilmente identificáveis. 7 Portanto, um Transceptor 8aperfeiçoado, possibilita-nos a defesa 9contra iniqüidades e maldades, ao 10mesmo tempo em que nos induz a 11deixarmos de ser iníquos e maldosos. 12 Concluindo: a pessoa que possua um 13Transceptor ajustado e aperfeiçoado 14para potências de alto nível, não poderá 15jamais ser enganada ou iludida por 16ninguém ao mesmo tempo em que terá a 17oportunidade de exercitar a mais pura 18demonstração de caridade, na medida 19em que emita permanentemente, 20sentimentos elevados para todos os 21Seres Vivos. 22 Um aspecto entretanto, de suma 23gravidade, deve ser enfocado: atraso 24espiritual, nem sempre significa baixa 25capacidade intelectiva!!! 26 Inteligência, não é exclusividade de 27espíritos evoluídos. 3 37 4
  • 38. 1 38 2 1 Aquelas entidades que são 2normalmente denominadas de “magos 3negros”, são simplesmente espíritos 4ainda atrasados moralmente, mas que 5através de sua aguçada inteligência, 6conseguem o domínio de leis sutis da 7natureza, intentando resultados 8egoísticos e deturpados em benefício 9próprio ou de terceiros que lhes 10solicitem favores. 11 Quantos líderes mundiais, não 12retrata a história universal, sobre a 13capacidade intelectual que possuíam e 14que, infelizmente, só a usavam em seu 15próprio benefício, sem que se 16importassem em ceifar milhões de vidas 17humanas para poder simplesmente 18satisfazer seu ego megalomaníaco. 19 Esse tipo de pessoa, via de regra 20também possui um aparelho transceptor 21aperfeiçoado, visto que consegue 22manipular por vezes, a vontade de 23milhões de Seres através do seu 24carisma e de sua capacidade de 25persuasão. 26 Não nos cabe entrar em divagações 27sobre o porquê de Seres iníquos e 28degenerados possuírem poderes, nem 29a razão de sua existência. 3 38 4
  • 39. 1 39 2 1 Nós, humanos, somos 2infinitamente pequenos para 3arrogarmo-nos entendedores da 4pertinência dos Desígnios do Criador. 5 Podermos e devemos entretanto, 6pesquisar sobre bondade, sobre 7amorosidade e, sobre inteligência 8voltada para o Bem. 9 E aí sim, vale a pena aproximarmo- 10nos daqueles que possuem 11Transceptores tão aperfeiçoados que 12conseguem realizar por exemplo, curas 13milagrosas, tão somente pelo poder de 14sua vontade pessoal, tão somente por 15sua presença; pessoas que infundem 16alegria natural e espontânea onde 17quer que estejam. 18 Seria pretensioso acharmos que 19simplesmente poderemos nos tornar 20assim da noite para o dia. 21 Evolução e Sublimação são 22processos lentos que talvez 23transcendam inúmeras existências até 24que consigamos nos aproximar de uma 25razoável depuração. 26 Isso não invalida, entretanto, a 27nossa vontade em melhorar 28paulatinamente. O simples desejo de 3 39 4
  • 40. 1 40 2 1 depuração nos possibilita sintonia e 2contato com Seres possuidores de 3Transceptores elevados e com a 4magnitude de suas presenças. 5 Independe todavia, essa 6característica, de beleza física, posição 7social ou qualquer outro aspecto via de 8regra ditado pela nossa imperfeita 9capacidade conceitual. 10 Por vezes, pessoas extremamente 11humildes possuem luz intensa! 12 Procure observar Pessoas!!! 13 Ame Pessoas indistintamente!!!! 14 E de repente, quando você menos 15esperar, estará captando uma 16transmissão de altíssimo nível, o que 17lhe possibilitará uma sentimento de 18bem estar e de gratificação que ficará 19indelevelmente marcado na sua 20memória. 21 22 José Carlos de Figueiredo 23 24 3 40 4
  • 41. 1 41 2 1 2 O PLANETINHA AZULADO 3 4 Desde os primórdios da humanidade, 5que o céu fascina os homens. Quando 6estamos sozinhos, no meio de uma 7floresta, olhando para o firmamento 8numa noite límpida de céu estrelado, 9sentimos uma nostalgia muito grande; 10uma saudade muito grande de alguma 11coisa indefinível! 12 A dedução mais viável disso seria: 13não somos daqui. Mas precisamos estar 14aqui, precisamos trabalhar aqui, 15precisamos nos depurar aqui. 16 Com um pouquinho de jeito dá até 17para ser feliz enquanto estamos aqui. 18 Se um ornitólogo, louco por 19passarinhos, colocasse dentro de um 20viveiro, à noite em completa escuridão, 21várias espécies de passarinhos (dezenas 22delas), com certeza, antes do alvorecer, 23todos os da mesma espécie estariam 24juntinhos no mesmo poleiro por pura 25atração genética! 26 É assim no plano espiritual: aqueles 27que se afinizam, aqueles que têm a 28mesma idade sideral, reencontrar-se-ão 29após a morte física! 3 41 4
  • 42. 1 42 2 1 Os que já são bastante "idosos", 2provavelmente poderão estar juntos 3em um local bem bonito. 4 E o que seria "idosos"? Milhares de 5vidas vividas que possibilitem 6considerável conhecimento, 7considerável capacidade de interagir, 8considerável capacidade de amar!!!! 9 Esse local bem bonito, com certeza 10não será uma nuvem com anjinhos 11tocando harpa para sempre (seria um 12tédio!). 13 Poderá ser, entretanto, um lugar 14venturoso, onde possamos estar 15temporariamente até reiniciarmos nossa 16luta, nossa participação no esquema 17evolutivo sideral. 18 19 E as pessoas que não são nada disso? 20Aquelas pessoas que ainda cometem 21maledicências, atrocidades, equívocos 22e desatinos? 23 Para essas pessoas, também haverá 24um local de reencontro com os seus 25afins. 26 Caso sejamos atrasados, rudes, 27ignorantes, degenerados, teremos a 28companhia de pessoas também assim! 29Porém, igualmente, não será definitivo. 3 42 4
  • 43. 1 43 2 1 Logicamente para esses, não será 2um local interessante. Também lá 3permanecerão por algum tempo (tempo 4sideral indefinido com sensação de 5eternidade). 6 E também poderão de lá sair um dia 7e voltar a trabalhar, para que possam 8se consertar, se redimir, se depurar. 9 10 E aí, o local de trabalho, para todos 11(evoluídos e não evoluídos), será o 12problemático planetinha azulado 13conhecido como "Terra"! 14 E é por essa razão que o planetinha é 15tão heterogêneo. Aqui tem de tudo: 16tem inteligente, tem não inteligente, 17tem amoroso, tem rancoroso, tem 18saudável, tem não saudável, tem 19atrasado, tem mediano, tem bonito, tem 20feio, tem simpático, tem antipático. 21Tem gênio do bem...tem gênio do 22mal!! 23 Infelizmente, em função do nosso 24nível evolutivo ainda bastante 25rudimentar, é que nos cabe a estadia em 26local tão complicado. 27 28 Resumo: no Nosso Lar no plano 29espiritual, teremos a alegria de desfrutar 3 43 4
  • 44. 1 44 2 1 da venturosa companhia dos que nos 2são iguais, se já formos medianamente 3adiantados. 4 Mas, aqui em baixo, no planetinha, 5devemos ficar obrigatoriamente, na 6companhia daqueles a quem somos 7vinculados karmicamente, sejam maus 8ou sejam bondosos, para que, 9paulatinamente, desfaçamos antigas 10rixas, antigas desavenças, antigas 11mágoas. 12 13 Dá pra ser feliz assim? Dá! 14 Se a gente tentar se integrar 15direitinho, não magoar ninguém e 16ajudar quem esteja pior que a gente 17pelo grau dos dissabores ou pelo grau de 18desconhecimento espiritual, até que dá 19para a gente tocar o barco com relativa 20satisfação, até a hora de voltar para 21casa, no ocaso de cada estada aqui no 22planetinha. 23Espero de coração, que um dia, nós que 24já nos amamos, possamos todos nos 25rever em um local bem bonito e 26luminoso lá na nossa verdadeira casa. 27 Até lá! 28José Carlos de Figueiredo 3 44 4
  • 45. 1 45 2 1 2 O SIMPÓSIO DOS BICHOS 3 4 5 Vamos imaginar uma fábula? 6 7 Um simpósio na floresta com o 8seguinte tema: Gastronomia e 9Nutricionismo. 10 11 Foram convidados diversos 12expositores renomados que teriam 13todos, o direito de colocar suas opiniões 14e convicções. 15 16 Sendo uma fábula, pressupõe-se 17que os bichos tivessem o dom da 18palavra, da oratória e da inteligência. 19 20 Foram chamados: primeiramente 21o Prof. Urubu acompanhado da sua 22secretaria Dona Hiena. 23Demonstrou o Prof. Urubu que a 24melhor maneira de se conseguir saúde, 25seria pela ingestão de proteínas já 26decompostas. 27 28 Em seguida foi dada a palavra para 29o Prof. Tigre, acompanhado da sua fiel 30secretaria Dona Onça. 3 45 4
  • 46. 1 46 2 1O Prof. Tigre contestou com veemência 2as colocações do seu iminente colega 3Urubu. 4 5 Em seguida, foi dada a palavra ao 6Prof. Gato, acompanhado da sua 7assistente Dona Garça. 8Declarou enfaticamente o Prof. Gato, 9que a única alimentação realmente 10saudável está nos peixes! 11 12 Na seqüencia, foi dada a palavra 13ao Prof. Beija Flor, acompanhado da 14sua melhor estagiária, Dona Abelha. 15Enfatizou veementemente o Prof. Beija 16Flor que a fonte da saúde plena, está 17no néctar das flores. 18 19 O simpósio prosseguiu, com 20vários outros expositores que fizeram as 21mais variadas colocações sem que, 22infelizmente, tenha havido um 23consenso final. 24 25E todos voltaram frustrados para as 26suas casas, fazendo sérias críticas aos 27demais...... 28 29 3 46 4
  • 47. 1 47 2 1 Este também é, o maior 2problema das inúmeras Religiões, 3mesmo aquelas que pregam o bem com 4toda a pureza. 5 6 Normalmente, pessoas filiadas a 7qualquer credo ou religião, estão no 8mesmo nível evolutivo, é, por esse 9motivo que elas são e estão afinizadas 10entre si. 11 O que essas pessoas propalam e 12acreditam é saudável, tem fundamento 13e verdade, mas somente para aquele 14padrão vibratório. 15 16 Dentro desse contexto, a 17Religião é boa e verdadeira. Mas não é 18definitiva na busca da Verdade 19Absoluta. 20 E ainda sofre a rejeição, o preconceito e 21a discriminação das demais Religiões! 22 23 A maneira mais sensata, 24prudente e coerente de vivermos 25portanto, está em um único e simples 26proceder: 27 3 47 4
  • 48. 1 48 2 1AMOR POR TUDO QUE 2CONTENHA VIDA, INCLUINDO A SÍ 3MESMO. 4 5 Dentro dessa filosofia, 6vamos imaginar uma pessoa que não 7professe religião alguma, nem tenha 8qualquer conhecimento esotérico ou 9místico em consonância com o contexto 10cultural e humano onde possa e ter 11nascido. 12 Tudo isso, não impede 13entretanto, que possa ser alguém 14imbuído de profundo amor por seus 15semelhantes. 16 Com certeza, uma pessoa 17assim, desprovida de qualquer possível 18intenção de bons resultados para si 19mesma, é extremamente amada pelo 20Grande Pai e, também, com certeza, 21entrará em um Sub Plano Espiritual de 22Grande Luz, tão logo deixe esse nosso 23envoltório perecível, conhecido como: 24Corpo Físico. 25 ´´ Homens são como flores, cujas 26pétalas, de constituição diferente, não podem 27apresentar o mesmo colorido, o mesmo perfume 28nem igual desabrochar`` 3 48 4
  • 49. 1 49 2 1 José Carlos de Figueiredo 2 3 4 MERGULHADORES ESPIRITUAIS 5 6 Profissão: Mergulhador. 7Especialidade: Mergulho a grandes 8profundidades para salvamento e 9resgate. 10 Eis aqui uma das mais penosas 11profissões do mundo moderno. 12 As grandes profundezas 13submarinas são absolutamente 14incompatíveis com a higidêz do 15organismo humano, exigindo para a sua 16habilitação um exaustivo preparo físico 17e técnico 18 As grandes descidas se fazem 19penosas e lentas, na proporção em que o 20retorno também deva ser lento, 21evitando-se os danos fatais de uma 22descompressão acelerada. 23 Nos planos espirituais ocorre 24situação semelhante a esta. 25 As grandes escolas de ocultismo e 26metafísica afirmam que no chamado 27plano astral, a região contígua à 28superfície terrena é considerada uma 29verdadeira região abissal, hiper- 30saturada, hiper-comprimida e densa. 3 49 4
  • 50. 1 50 2 1 2 Seus habitantes, à semelhança dos 3habitantes das profundezas submarinas, 4possuem uma compleição espiritual 5adequada e adaptada ao meio hostil e 6primitivo em que vivem. 7 Em conseqüência, espíritos de alta 8linhagem e evolução, necessitam 9adaptar-se para uma eventual descida 10até a camada astral inerente ao orbe 11terráqueo. 12 Não nos iludamos portanto, com 13pretensas ´´Entidades Espirituais`` que 14se identificam através de incorporações 15e psicografias mediúnicas, dizendo-se 16este ou aquele grande mentor espiritual. 17 Poderá ser verdade; mas é improvável 18que seja. 19É como declara a velha canção : ___ 20 21“Aquele que diz sou, não é! 22Porque quem é mesmo, não 23diz!!!!” 24 25Viria a pergunta : ___ E os nossos 26“Anjos da Guarda” ? 27 3 50 4
  • 51. 1 51 2 1 Nossos Anjos da Guarda são via de 2regra, Entidades de nível evolutivo 3aproximado ao nosso. 4 5 Normalmente velhos amigos ou 6entes queridos a quem foi permitida a 7missão de nos proteger, em função de 8seu comprovado amor e afinidade por 9nós. 10 Não possuem por conseguinte, 11“vistosas asas nem tocam harpa 12sentados em maravilhosas nuvens 13brancas!!!”. 14 Finalizando e corroborando a 15colocação do tema, afirmam com 16unanimidade as grandes escolas 17espiritualistas, sobre o longo descenso 18vibratório por que passou o Cristo até 19chegar a uma humilde manjedoura em 20Belém, em missão de salvamento e 21resgate de toda a humanidade 22terrestre. 23 24 José Carlos de Figueiredo 25 3 51 4
  • 52. 1 52 2 1 2 REDE BÚDDHICA 3 4 5 Na década de 60, ocorreu um 6fenômeno a nível mundial de 7despertamento de novas gerações, para 8as coisas da espiritualidade. 9 Seitas, confrarias, gurus, 10misticismo, esoterismo, psicodelismo, 11tudo era uma busca frenética para se 12chegar ao Criador. 13 Infelizmente, no rastro de tudo que 14seja bom, sempre existe o nocivo, 15almejando tirar proveito. 16 Nesse contexto, surgiu um 17psicotrópico alucinógeno conhecido 18como LSD, (ácido lisérgico), que 19prometia “viagens” para outros planos, 20induzindo seus usuários a estados 21alterados de consciência. 22 O que não se alertava entretanto, 23era sobre os efeitos colaterais no 24organismo, decorrentes do uso de tal 25droga: disfunções cerebrais 26irreversíveis, dependência, letargia, 27depressão e uma série de conseqüências 28sociais para o usuário desavisado. 29Todos pagaram um preço muito alto 30para concretizar suas “viagens”. 3 52 4
  • 53. 1 53 2 1 Enriquecendo a explanação, 2passamos a transcrever um pequeno 3trecho do livro “A Libertação pelo Yoga” 4de Caio Miranda: 5 6 7 “ Entre cada chackra etérico e o 8seu correspondente astral, existe uma 9tela de finíssima textura que barra a 10livre passagem das vibrações astrais. 11Essa tela funciona como verdadeiro 12filtro, impedindo que as vibrações 13grosseiras, provenientes do plano 14kamásico, passem ao chakra etérico e , 15conseqüentemente, ao sistema nervoso 16e à consciência física. 17 A natureza dessa tela vai se 18aperfeiçoando a medida em que o 19indivíduo evolve espiritualmente. Um 20homem altamente espiritualizado, a 21tem formada de matéria do último e 22mais alto sub plano astral, de maneira 23que é impossível passar através dela 24qualquer vibração oriunda dos sub- 25planos mais grosseiros daquele plano. 26Os homens comuns têm-na constituída 27de material astral condicionado pelo 28seu karma. Isso explica a mediunidade 29nata, pois existem indivíduos que já 3 53 4
  • 54. 1 54 2 1 nascem com a faculdade de perceber 2sucessos astrais absolutamente 3imperceptíveis aos outros homens. 4 Essa tela denomina-se Rede 5Búddhica e é uma das portas que a 6natureza conserva fechadas. Abri-las 7sem que o indivíduo seja karmicamente 8um médium, constitui erro quase 9irreparável. 10 11 Também alcoolismo e o tabagismo 12inveterados trazem como conseqüência, 13o entorpecimento da rede búddhica, 14que se vê relegada à situação de não 15mais poder filtrar as vibrações astrais. 16Os entorpecentes de toda a natureza 17têm efeito semelhante, deixando os 18viciados em situação de contato 19imediato com a realidade astral. Com o 20desenvolvimento do vício, tanto o 21etilista como o tabagista ou 22toxicômano, terminam com terríveis 23alucinações, que nada mais significam 24do que o trato direto com os seres mais 25baixos do mundo de Kama. 26 A mediunidade natural entretanto, 27é um ônus kármico intimamente ligado 28à textura da tela búddhica em 29determinados chakras. São portas que 3 54 4
  • 55. 1 55 2 1a natureza em princípio, quer manter 2fechadas, mas que, por ações indevidas 3e contrárias à lei Divina, ficaram 4abertas em algumas pessoas, 5sujeitando-as a um contato mais 6estreito com o mundo astral, vivendo 7experiências que as façam melhorar 8futuramente”. 9 --------------------------------------------------------- 10---------- 11 12 13 14 15 Estipula uma lei da física, que na 16eletricidade, pólos opostos se atraem e 17pólos semelhantes se repudiam. 18 No plano astral ocorre o inverso, ou 19seja: tudo que é semelhante se atrai, 20tudo que é oposto se repudia. 21 Isso significa, que no referido plano, 22existem camadas, sub-planos, regiões 23etc, onde coabitam as entidades 24afinizadas. 25 Por conseguinte, espíritos que já 26possuem um razoável nível de evolução, 27desfrutam de uma região para onde não 28têm acesso, os que ainda estejam 29atrasados. 3 55 4
  • 56. 1 56 2 1 Logicamente, quem ainda não tem 2consciência plena de sua própria 3condição kármica e se aventura a um 4local absolutamente desconhecido, 5corre um risco bastante sério de ter 6surpresas absolutamente desagradáveis. 7 Infelizmente, foi o que aconteceu 8com a maioria dos “viajantes” 9desavisados. 10 11 O impacto, a nível psicológico, das 12lembranças das experiências mal 13vividas, encheu as clínicas psiquiátricas 14na década de 60, onde os diagnósticos 15via de regra descartavam obviamente a 16hipótese de “desdobramento astral”, 17optando por diagnósticos objetivos de 18psicoses lesivas, decorrentes do uso 19indevido de drogas, o que é uma 20verdade; porém, uma verdade 21incompleta. 22 23 Nas coisas da espiritualidade, é 24considerado falta gravíssima, abrir 25portas que a natureza achou por bem 26serem mantidas fechadas! 27 28 3 56 4
  • 57. 1 57 2 1 Quando essas portas, por leviandade, 2curiosidade ou qualquer outro interesse 3pouco recomendável, são abertas 4indevidamente, não há retorno! 5 6 Continuarão abertas para sempre, 7deixando a pessoa totalmente à mercê 8de experiências e contatos indesejáveis 9que poderão gerar sérios problemas. 10 Logicamente, os dirigentes, líderes, 11gurus ou seja lá o que for, das 12organizações que promovem tais 13desenvolvimentos, atrairão para si, 14toda a responsabilidade dos danos que 15poderão causar aos seus “alunos”; 16responsabilidade essa, igual ou maior 17que a responsabilidade do traficante 18que dissemina drogas alucinógenas para 19sonhadores alienados. 20 21 Vamos usar a lógica e o bom senso: 22para todos nós, existe uma viagem 23programada pelo Pai. É UMA VIAGEM 24DEFINITIVA! 25 Quando Ele determina que chegou a 26hora de partirmos, não tem jeito: 27TEMOS QUE IR! 28 3 57 4
  • 58. 1 58 2 1 Se não sabemos, nem quando, nem 2para onde vamos, é prudente que 3façamos por onde, possa ser um local 4alvissareiro, um local agradável e 5luminoso. 6 Devemos para tanto, manter nossa 7bagagem sempre arrumada! 8 Os objetos mais indicados para 9serem colocados portanto na nossa 10mala seriam: sacolas de prudência, latas 11de bom senso, kits de honestidade e 12principalmente, muitos pacotes de 13amor ao próximo! 14 15 Fique tranqüilo amigo, não tente 16“dar um pulinho até lá para saber 17como é que é”! 18 Imagine que deva ser muito bonito e 19faça por onde que seja realmente muito 20bonito. 21 Com toda a certeza, você terá o 22merecimento para que assim aconteça. 23 24 25 José Carlos de Figueiredo 26 27 3 58 4
  • 59. 1 59 2 1 2 CIÊNCIA DO SOBRENATURAL 3 4 5 6 7 8 Vem se tornando fato 9 corriqueiro, o relato de Comandantes 10 de aeronaves comerciais ou militares, 11 sobre o aparecimento de objetos 12 voadores não identificados ( ovnis ) , 13 não só dentro do seu campo de 14 percepção visual, como também no 15 registro das aparelhagens eletrônicas 16 de suas aeronaves, o que descarta a 17 possibilidade de alegação de possíveis 18 e temporárias alucinações visuais não 19 só de tripulantes como de passageiros 20 a bordo. 21 Fato interessante é o de que 22esses objetos vistos pelos pilotos e 23registrados nos painéis de bordo, 24realizem manobras aéreas 25absolutamente incompatíveis com as 26leis de aerodinâmica até agora 27conhecidas e que regem o vôo de aviões, 28foguetes, mísseis, balões e etc. 29 Fato interessante também, é o 30relato do desaparecimento abrupto 3 59 4
  • 60. 1 60 2 1 desses objetos como que de repente, se 2desmaterializassem! 3 Consideremos a hipótese de que 4o grande Mestre ALBERT EINSTEIN 5ainda estivesse entre nós. 6 Como explicaria ele esses fatos? 7Lembremo-nos da época em que ele deu 8à humanidade a Teoria da Relatividade 9que tanta comoção causou pelo impacto 10das afirmações nela contidas. 11 Afirmações por exemplo, de que a 12luz não avança em linha reta pela 13imensidão sideral, porque o espaço em 14realidade é curvo!!! 15 Temos certeza absoluta de que o 16 grande gênio chegaria sem dúvida 17 alguma às explicações que são dadas 18 pelas grandes escolas herméticas de 19 ocultismo que sempre afirmaram a 20 existência de dimensões outras além 21 daquelas já conhecidas. 22 Cremos assim, que tudo aquilo que 23é atualmente considerado como 24“sobrenatural”, não passa na verdade, 25de um natural que a ciência ortodoxa 26ainda não conseguiu decifrar. 27 E quando tudo isso acontecer? 28Será que os homens tenderão a se 3 60 4
  • 61. 1 61 2 1 tornar frios, arrogantes e desprovidos 2de sentimentos religiosos? 3 Este é o grande temor da maioria 4 das religiões quando insistem em 5 manter desinformados os seus 6 seguidores, cometendo assim, terrível 7 erro de avaliação. 8 E a maior prova disso, é o 9profundo sentimento de religiosidade 10que se faz presente nas grandes escolas 11ocultistas e que também era 12característica inata do grande gênio da 13física que citamos acima: o grande 14mestre Albert Einstein. 15 Homem possuidor de profundas 16concepções filosóficas sobre a origem do 17universo e que deixou-nos em suas 18anotações, uma frase que se tornou 19célebre por sua profundidade: 20 21 ___ “Sustento que o sentimento 22religioso cósmico é o mais forte e 23nobre incitamento à pesquisa 24científica!” 25 26 José Carlos de Figueiredo 27 3 61 4
  • 62. 1 62 2 1 2 CRISTÃOS: SERÁ QUE SOMOS? 3 4 Há muitos e muitos anos, passou 5pela terra um Homem diferente de 6todos. 7Era um homem de feições perfeitas e 8tinha um olhar de tal forma 9magnetizante e amoroso, que somente 10as crianças e os animais ousavam olha- 11lo de frente. E quando o faziam, sentiam 12uma atração tão forte que dele não 13queriam mais se separar. 14 15 Um dia, estava o nosso Homem 16sozinho em uma praça, escrevendo 17palavras na areia, quando de repente, 18surge uma turba ensandecida 19perseguindo uma desesperada mulher. 20 21 Sem que a mesma atinasse a 22razão, ei-la prostrando-se aos pés 23daquele desconhecido, implorando-lhe 24socorro, sentindo, intuindo, que ali 25estaria a sua salvação! 26 A turba, também sem atinar 27porque, deteve-se estupefacta em 28profundo silencio sem coragem de 29prosseguir em seus intentos homicidas. 30 3 62 4
  • 63. 1 63 2 1 O Homem continuava 2imperturbável a escrever estranhas 3palavras na areia, para que o vento 4posteriormente carregasse; palavras que 5todos talvez, não pudessem vir a ler 6sem assombro. 7 Mas, os acusadores atrevidos 8não se afastaram, querendo lapidar a 9mulher. 10Então, o Homem erguendo-se, olhou-os 11vagarosamente, um a um, ....nos 12olhos..... e na alma.... e falou: 13 14 ____“Aquele que estiver sem pecado, 15atire-lhe a primeira pedra!” 16 As terríveis palavras causaram 17profundo impacto: cada um deles 18reviveu suas traições, as suas secretas e 19recentes fornicações. 20 Os mais velhos saíram em 21primeiro lugar e pouco a pouco, sem se 22olharem nas faces, afastaram-se e 23dispersaram-se todos. 24 Na praça, restaram apenas o 25incrível Homem e a mulher que não 26conseguia levantar os olhos, porque 27sabia que só restara ali o Inocente, o 3 63 4
  • 64. 1 64 2 1único que tinha realmente o direito de 2lhe atirar as pedras homicidas. 3 4____ “Mulher, onde estão os teus 5acusadores? Ninguém te condenou? 6Também eu não te condeno. 7 Vai e não peques mais!” 8 9 Pela primeira vez a mulher 10teve a coragem de olhar de frente o seu 11Libertador. 12Não compreendia bem o que ouvia. 13Quem seria pois aquele Homem tão 14diferente de todos que até então 15houvera conhecido, que condenara o 16pecado mais perdoava ao pecador? 17 18 Queria lhe fazer perguntas, 19murmurar agradecimentos, mas, 20quedou-se muda sob profunda emoção. 21 O Homem então, voltou a 22escrever no pó da praça de cabeça baixa 23com os cabelos brilhantes refulgindo sob 24a luz do sol. 25 Alguns anos depois, o Homem 26que não permitia imolações, deixou-se 27imolar num testemunho de Profundo e 28Divino Amor pela humanidade. 3 64 4
  • 65. 1 65 2 1 2 Mas o que Ele então 3propugnava ? Está sendo cumprido? 4 5 Colocava o Sublime Mestre por 6exemplo, que não permitíssemos saber 7a nossa mão esquerda, o que fizesse a 8nossa mão direita, ou como coloca o 9belíssimo brocardo espiritualista: 10 “A verdadeira caridade é como o 11orvalho da noite, cai sem ruído!!!” 12 13 Não é bem isso que vemos 14hoje. O conceito foi deturpado e o que o 15que vale atualmente é: 16 “A propaganda é a alma do 17negócio”. Caridade agora é marketing. 18Dá Ibope!!!” 19 20Ou então: 21__ “Estou prestes a desencarnar! Vou 22fazer uma grande doação! Serei 23lembrado para sempre. Sentar-me-ei ao 24lado do Senhor”! 25Ou ainda: 26___ “Preciso fazer caridade. Sou muito 27endividado. Não o farei todavia por 28amor ao meu semelhante e sim, para 29garantir o meu lugarzinho no céu!” 3 65 4
  • 66. 1 66 2 1 2 Prosseguindo, vemos hoje 3inúmeras facções religiosas “Cristãs”, 4com seus líderes empavonados e 5orgulhosos, via de regra propugnando 6que é preciso liderar com mão de ferro, 7com disciplina rigorosa. É preciso 8esmagar dissidências, divergências, 9dissonâncias. 10 É preciso mostrar “quem é que 11manda”!!! 12 Em suma: arrogam-se o direito a eles 13´´outorgado``(?) de atirar a primeira 14pedra!!!! 15 16Quando foi que o Mestre ensinou tais 17barbaridades? 18 Ninguém sabe!!!!!!!! 19 20 Poderíamos prosseguir 21analisando cada ensinamento deixado 22pelo Grande Peregrino e veríamos que 23cada um deles e todos eles, não são via 24de regra obedecidos a contento por 25nenhum de nós! 26Essa constatação não pode entretanto, 27ser entendida como uma condenação, 28mesmo porque o Mestre também não 29condenaria. 3 66 4
  • 67. 1 67 2 1 Uma postura entretanto se faz 2urgente: humildade!... 3 Humildade de nos reconhecermos 4falíveis, facciosos, maculados, 5minúsculos! 6 7 Conhecer verdades, não 8espiritualiza ninguém. 9 Ao contrário, a espiritualização 10paulatina e gradativa é que nos leva a 11uma afinização com essas mesmas 12verdades!!! 13 E aí sim, não agiremos mais para 14tirar proveito ou para aplacar a nossa 15patológica vaidade. 16 Passaremos a agir por Amor. 17Um Amor que ainda não conhecemos, 18um Amor que ainda não sabemos dar. 19 Quando finalmente esse dia 20chegar, aí sim, poderemos afirmar de 21cabeça erguida: 22 ____ “Somos Cristãos !” 23 24 25 José Carlos de Figueiredo 26 27 28 29 3 67 4
  • 68. 1 68 2 1 2 ALMA GÊMEA 3 4 5 Se um Ornitólogo, apaixonado 6por passarinhos, resolvesse, à noite, 7colocar em um grande viveiro, 8totalmente às escuras, uma grande 9quantidade de pássaros das mais 10variadas espécies, tomando o cuidado 11de incluir exemplares de mesma 12espécie, pela manha, veria surpreso, 13que todos os que fossem das mesmas 14espécies, estariam juntinhos em 15mesmos poleiros. 16 Com os Seres Humanos 17acontece a mesma coisa; estamos 18sempre à procura daqueles que nos 19sejam afinizados espiritualmente. 20 Aquilo que chamamos de 21´´Almas Gêmeas`` , na realidade não 22existe, da mesma forma que não 23existem pessoas que possam 24apresentar as mesmas impressões 25digitais. 26 O que existe, são almas em 27aproximadíssima sintonia espiritual e 28que, por isso, se sentem atraídas umas 29pelas outras. 3 68 4
  • 69. 1 69 2 1 Isso ocorre não só em almas 2superiores, como também em almas de 3pessoas ainda primitivas. 4 5 Os homens das cavernas, 6quando se apaixonavam, sequestravam 7a sua amada e se amavam, talvez, da 8forma mais rudimentar possível. 9 Até mesmo entre os animais 10ocorre algo parecido: vamos imaginar 11um leão e uma leoa apaixonados? 12É rosnado pra cá, rosnado pra lá, 13patada pra cá, patada pra lá, até 14chegarem nos ´´finalmente``. 15 16 Voltando aos pássaros, nessa 17interação, a relação e a paixão é bem 18mais elevada, sutil e amorosa. 19 20 Seres Humanos já adiantados 21espiritualmente, quando se apaixonam, 22sentem um carinho e uma ternura 23imensa pelo seu amado ou amada, 24prolongando a sua relação e 25convivência até mesmo em vidas 26futuras. 27 28 3 69 4
  • 70. 1 70 2 1 Por razões kármicas, nem 2sempre logramos achar em 3determinada encarnação a nossa 4´´Alma Gêmea``. 5 6 O que não invalida a 7felicidade e o bem estar de termos 8amigos e parentes que também já 9estejam bem próximos de nós em 10termos de afinidade espiritual. 11 12 Por tudo isso, independente do 13encontro de ´´Alma Gêmea``, devemos 14cuidar muito bem das nossas amizades 15puras e profundas. 16 17 Está nelas, a grande chance de 18podermos nos sentir felizes nessa 19curtíssima estada e temporada aqui no 20planetinha tão problemático...... 21 22 23 Jose Carlos de Figueiredo 24 3 70 4
  • 71. 1 71 2 1 2 ATAVISMO – A GENÉTICA DA ALMA 3 4 Todos nós, Seres Humanos, 5estamos condicionados a vários 6atavismos herdados de vidas passadas 7perdidas no limiar do tempo. 8 Um dos atavismos é a 9propensão à violência, quando os 10homens das cavernas resolviam as 11mínimas questões pela força bruta. 12 Um outro atavismo é o da 13poligamia. 14 Esses mesmos homens das cavernas 15tinham por direito possuir várias 16esposas. 17 18 Tudo isso existe ainda nos 19nossos arquétipos cósmicos. 20 Felizmente, esses arquétipos, 21esses registros atávicos vão se 22esmaecendo e perdendo a sua 23intensidade na medida em que 24reencarnamos e nos sublimamos. 25 O grande problema é a 26diversidade evolutiva, a diversidade 27espiritual entre os Seres Humanos. 28 29 Existem pouquíssimos 30sublimados e bastante buscadores . 3 71 4
  • 72. 1 72 2 1 Alguns buscadores sinceros e um outro 2tanto, de buscadores simplesmente 3curiosos ou vaidosos do saber. 4 A maioria dos buscadores 5entretanto, já têm controle sobre suas 6tendências atávicas e não se deixa levar 7ou entregar a devaneios ou intentos 8destrutivos. 9 E, finalmente, existe ainda uma 10quantidade imensa de espíritos em 11grande atraso, que ainda sentem o 12prazer e a propensão a atitudes que, 13via de regra, já são consideradas 14impróprias e inadequadas socialmente. 15 Dentro do nosso atavismo 16genético espiritual, acontece ainda com 17grande incidência, a conduta de 18pessoas de bom nível social e cultural 19que se deixam levar por suas 20tendências primitivas e acabam via de 21regra por destruir bons casamentos em 22decorrência de atitudes impensadas. 23 Como julgar esses homens, 24que são produto de si mesmos em seu 25passado remoto? 26 Que são produto de si mesmos dentro 27de uma sociedade permissiva? 3 72 4
  • 73. 1 73 2 1 Que são produto de si mesmos se 2consideramos a sua infantilidade 3espiritual? 4 5 Como julgá-los, se o próprio 6Mestre foi taxativo: NÃO JULGUEIS 7PARA NÃO SERDES JULGADOS. 8 Todas as correntes filosóficas 9sadias já aceitam os conceitos de 10karma, ou seja, todos nós estamos 11indelevelmente atrelados às 12conseqüências de nossos atos. 13 14 É castigo? Não!!!! É Lei!!!!! 15 16´´ADOR FAZ O HOMEM PENSAR, O PENSAMENTO 17TORNA O HOMEM SÁBIO. E A SABEDORIA, ABRE O 18CAMINHO DO CÉU``. 19 20 Por tudo isso, todo aquele que 21destrói seu lar e sua família, é na 22verdade alguém que deverá passar por 23situações kármicas bastante aflitivas 24que têm por finalidade única a sua 25própria sublimação. 26 27 Dentro das condições geológicas e 28geofísicas do planeta, está se tornando 29cada vez mais difícil a sobrevivência 30sadia dos Seres Humanos. 31 Se atinarmos para o fato de que 32uma criança só consegue chegar à 3 73 4
  • 74. 1 74 2 1idade adulta se tiver tomado umas vinte 2vacinas, no mínimo, podemos concluir 3que já somos biônicos artificiais. 4 5 Se atinarmos também para alguns 6textos do Antigo Testamento que falam 7sobre a idade cronológica dos homens 8antigos citando idades de 300 anos ou 9mais, podemos conjecturar que talvez 10seja verdadeiro que o nosso ciclo 11biológico possa ser realmente de 12algumas centenas de anos. 13 Infelizmente não é o que ocorre 14mais. 15 16 E, aos oitenta e poucos anos, já 17somos pessoas provectas, atingidas por 18uma senectude precoce e indelével. 19 20 Voltemos então ao tema principal da 21exposição. 22 Imaginemos um cidadão de 23boa aparência, de bom nível social, de 24bom nível cultural, de boa família e que 25tenha se deixado levar por tendências 26atávicas desaconselháveis. 27 28 Em curtíssimo espaço de tempo, 29toda aquela boa aparência se esvai. 3 74 4
  • 75. 1 75 2 1 E esse homem, se vê, de repente, às 2portas de um acontecimento inexorável: 3a morte física! 4 Como ficará então a cabeça desse 5homem que se vê destruído 6fisicamente, prestes a passar por um 7fato grave, e cheio de dúvidas sobre o 8que lhe aguarda realmente? 9 E o que é pior: via de regra cheio de 10remorsos pelos erros cometidos sem 11qualquer chance de consertá-los? 12 13 Uma situação infinitamente pior do 14que a situação do companheiro ou da 15companheira que foi vítima dos seus 16desmandos! 17 Mas, o conserto acontecerá. 18 Via de regra pelo retorno aqui para o 19problemático planetinha azulado, onde 20laços familiares kármicos voltam a 21reunir vítimas e vitimantes em um 22mesmo país, em um mesmo lar. 23 Por tudo isso, quem está 24no momento, na condição de vitimado, 25deve ter muita cautela nos 26julgamentos. 27 Viemos todos de muito 28longe...... Trazemos todos um 29currículo akásico extenso, com milhares 30de páginas. 3 75 4
  • 76. 1 76 2 1 E, ainda temos milhares de 2vidas pela frente........... 3 4 José Carlos de Figueiredo 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 O VELÓRIO 27 28 Era uma vez, uma lagarta que vivia 29feliz no distante país do faz de conta, 30cercada de amigos. I 31 Inesperadamente esta lagarta veio a falecer sendo então colocada em um pequeno 32 caixão, onde todos a velaram cheios de 33 consternação e tristeza pela dor da separação. 34 35 Aqueles que a velavam, em seu alheamento, pouca atenção prestavam, a uma 36 vistosa borboleta que voejava por sobre o 37 caixão, tentando sem sucesso, alertar a todos 38 sobre o que realmente ocorrera, tentando em 39 vão, dissuadi-los da ilusão do presumido fim 40 3 76 4
  • 77. 1 77 2 de1 quem lhes era tão querido. 2 Quem sabe sejamos nós Seres Humanos, quais as lagartas que não morrem, e sim, 3 transmutam-se? 4 5 Quem sabe talvez, possamos num dia próximo ou remoto, vivenciar nossa própria 6 transmutação, também num misto de surpresa 7 e 8gratificação por nos descobrirmos qual a lagarta em um corpo mais sutil, etéreo e 9 luminoso que o atual? 10 11 Por hipótese, acreditemos que realmente seja assim, tomando o cuidado de abstrairmo- 12 nos de qualquer conotação filosófico-religiosa. 13 Q14 15 Atentemos para as vantagens. 16 Em crendo, perderemos de imediato o medo de morrer e, em conseqüência, 17 passaremos a viver mais tranqüilos, na certeza 18 de um porvir em planos melhores, na 19 expectativa de um possível reencontro com 20 aqueles que nos eram caros e que se foram 21 antes de nós. 22 23 E se tudo não passar de um sonho, de uma quimera? 24 25 Dirão os céticos: 26 ___ “Fábulas são fábulas e a morte física é 27 realmente o fim de tudo!” 28 Ainda assim, vale a pena acreditar em nossa subsistência própria morte, porque se 29 3 77 4
  • 78. 1 78 2 estivermos realmente equivocados, estaremos 1 livres da dor da desilusão e do desencanto, 2 porque quem acaba totalmente, não está 3 sujeito a qualquer pensamento, sentimento 4 ou5 sensação! 6 Tal risco, entretanto, correm os céticos e materialistas, caso se descubram 7 vivos depois da morte, ao tomarem 8 consciência que consumiram toda uma vida 9 laborando em erro grave e irreversível!!! 10 11 12 José Carlos de Figueiredo 13 14 15 16 DESTINO E LIVRE ARBÍTRIO 17 18 Um pequeno planeta, pertencente 19ao sistema de uma pequena estrela; 20estrela esta, pertencente a uma pequena 21galáxia que por sua vez é parte de um 22universo contido de milhões de galáxias. 23 Neste pequeno planeta vivemos 24nós, Seres Humanos; orgulhosos, 25impávidos e vaidosos de nossa condição 26de ´´Seres Superiores Pensantes``. 27 Mas, quem seremos nós realmente? 28Porque somos tão diferentes uns dos 29outros? 3 78 4
  • 79. 1 79 2 1 Porque ricos e pobres, sadios e 2enfermos, sábios e aparvalhados, felizes 3e desesperados? 4 Porque a existência de uns poucos, 5totalmente iluminados, donos de seus 6destinos, plenos de sabedoria e bondade, 7em contraste com um turbilhão imenso 8de seres na mais completa indigência e 9atraso espiritual? 10 11 Existe um ponto em comum entre as 12grandes correntes filosófico-religiosas, 13quando afirmam ser este, um mundo 14de expiação e provas. 15 16 Dentro da nossa sociedade, que 17tipo de instituição retrataria com maior 18fidelidade, essa conotação de expiação 19e provas? 20 Cremos, serem os presídios e as 21penitenciárias as instituições que mais 22se aproximam de tal assertiva, senão 23vejamos: 24 Quem personificaria o imenso 25universo de desafortunados senão os 26apenados, totalmente desprovidos de 27seu livre arbítrio, no que tange à sua 28permanência em semelhante local? 3 79 4
  • 80. 1 80 2 1 Pensemos igualmente, em toda 2a imensa equipe de pessoas que 3trabalham em uma penitenciária, tais 4como: médicos, cozinheiros, psicólogos, 5enfermeiros, guardas, diretores, 6serventes, assistentes sociais etc. 7 8 Essas pessoas, na maioria das 9vezes, têm o seu livre arbítrio bastante 10limitado no que concerne `a opção de 11trabalho em semelhante local. 12A maioria o faz por necessidade de 13trabalho e de sobrevivência, não estando 14porém, guindados à humilhante situação 15dos apenados, cuja obrigação de ali 16permanecer, cerceia e anula 17completamente o seu livre arbítrio. 18 19 Parece-nos portanto, não passar 20o planeta terra de uma imensa 21penitenciária: vivem aqui alguns 22iluminados, totalmente depurados, 23senhores de seus destinos e de seu livre 24arbítrio, amparando e orientando um 25contingente imenso de pessoas 26trabalhando e progredindo, nascendo, 27morrendo, renascendo, como se fossem 28os funcionários de um presídio que 29diariamente retornam para o aconchego 3 80 4
  • 81. 1 81 2 1 de seus lares, onde recuperam suas 2energias para o reinicio da jornada no 3dia seguinte . 4 Pensemos agora naqueles 5internos que embora na condição de 6apenados, já possuem um quantum de 7bondade e discernimento em seus 8corações, o que lhes possibilita 9conceituar satisfatoriamente sobre a sua 10misteriosa passagem pela 11“penitenciária’’ Terra. 12 Para estes, é dada a paz de 13espírito imprescindível para suportarem 14a dureza da prova até a chegada 15tranqüila ao dia da conclusão da pena. 16 Talvez retornem um dia ao 17local. Porém, não mais na condição de 18apenados e sim, na condição de 19trabalhadores, com a função precípua de 20labor e ascensão paulatina até a 21condição de senhores de seus destinos. 22 23 Por tudo isso deixemos de lado 24o nosso orgulho, nossa impavidez, 25nossa falácia e vaidade e olhemos para o 26firmamento em uma noite de céu 27límpido, intuindo que a nossa 28verdadeira casa não é aqui . 3 81 4
  • 82. 1 82 2 1 Almejando o dia do retorno ao nosso 2verdadeiro lar. Não sentindo desprezo 3entretanto, pelos que ainda terão longas 4penas a cumprir. 5 Quem sabe se assim, não 6poderemos inverter um dia a nossa 7condição atual de observadores do 8firmamento, quando então, num ponto 9infinitamente distante no universo, 10pudermos observar o pequenino planeta 11azulado e nos lembrarmos com uma 12ponta de nostalgia e saudade, das 13provas que por lá passamos e 14sobrepujamos. 15 José Carlos de Figueiredo 16 17 18 OS CORPOS 19 20 Vamos imaginar uma pessoa 21saudável; um jovem, adulto, fazendo sua 22corrida matinal em um grande bosque 23ou uma praia virgem onde o ar é 24puríssimo. 25 Logicamente, esse jovem estará 26fazendo um grande bem para o seu 27Corpo Físico em função da atividade 28realizada. 3 82 4
  • 83. 1 83 2 1 Estará também, fazendo um 2grande bem pra o seu Corpo Etérico, ou 3Vital, ou também conhecido como 4Duplo-Etérico, em função da absorção 5da energia prãnica proveniente do ar 6puro da floresta ou do mar. 7 8 Mas, o nosso amigo está 9vivenciando dois problemas de ordem 10emocional;problemas esses, tipicamente 11voltados para o seu Corpo Astral. 12 13 Primeiro problema: está 14profundamente apaixonado por uma 15causa, um projeto, ou até mesmo pela 16namorada o que faz com que ele viva 17emoções ininterruptas e bastante 18intensas. 19 Segundo problema: 20infelizmente, ele tem o vício do 21tabagismo, que também afeta 22intensamente o seu corpo emocional, 23porquanto a ânsia constante pelo 24cigarro não o deixa nem um instante. 25 26 Mas, o nosso amigo, 27também está vivenciando um terceiro 28problema; 3 83 4
  • 84. 1 84 2 1dessa vez, focado no seu Corpo Mental 2Concreto. 3Ou seja, irá brevemente se submeter a 4um rigoroso concurso, onde todas as 5matérias pertinentes, têm que ser 6repassadas a cada momento em sua 7cabeça, para que ele possa obter sucesso 8nas provas, o que não deixa de ser 9também, um grande consumo de energia 10que atinge principalmente, o seu Corpo 11Vital, em função do grande desgaste 12orgânico metabólico. 13 14 E, então, o nosso amigo, 15passa a conjecturar, a filosofar sobre 16toda essa realidade na qual ele vive 17atualmente. 18 Ou seja, ele medita 19sobre a moça, objeto do seu amor. 20 Ele medita sobre as medidas 21que ele possa vir a tomar sobre a sua 22dependência emocional e metabólica ao 23cigarro; terá que procurar um Psicólogo 24para livrá-lo da dependência emocional; 25terá que procurar um Médico que o 26livrará da intoxicação metabólica 27decorrente do vício. 3 84 4
  • 85. 1 85 2 1 Mas, ele medita também 2sobre a sua realização profissional em 3sendo aprovado no concurso. 4 5 E, finalmente, ele medita 6sobre a beleza do local onde ele está se 7exercitando na natureza, se sentindo 8grato ao Grande Pai. 9 Todas essas meditações, 10estão focadas, não no nosso Corpo 11Mental Concreto, e sim, no nosso Corpo 12Mental Abstrato. 13 14 E, para finalizar, todas 15essas vivências, experiências e emoções, 16só são possíveis, por possuirmos um 17último corpo, conhecido como 18Búddhico, ou Espiritual. 19 20 21 22 Por toda essa maravilhosa 23complexidade que nos caracteriza como 24Seres Humanos, é que fica clara a 25Orientação dada pelo Sublime Mestre, 26quando declara: 27 28 ___ ´´ Não julgueis, 29para não serdes julgados, pois na 3 85 4
  • 86. 1 86 2 1mesma medida em que julgardes, 2também sereis julgados ``. 3 4 5 José Carlos de Figueiredo 6 3 86 4
  • 87. 1 87 2 1 2 REGRESSÃO DE MEMÓRIA 3 4 5 É noite. 6 Na floresta, em volta de um 7pequeno caixão, choram os entes 8queridos de uma lagarta que acabara de 9falecer, lamentando-se da morte de sua 10companheira: 11 ___ “Triste fim é o nosso !” dizia um 12deles. 13 ___ “Depois de tantas lutas, depois de 14tantos sonhos, eis que tudo termina 15assim, de maneira tão abrupta e sem 16sentido. 17Não vale a pena viver, se não temos 18esperança nenhuma de um porvir, de 19um subsistir, de um recomeçar!” 20 21 E assim, mantinham-se todos tristes 22e quedados de amargura sem ao menos 23notar a presença de um estranho no 24velório. 25 Um estranho que não lhes falava a 26mesma língua e que insistia em voejar 27sobre suas cabeças como a desejar ser 28notado, ser observado, ser ouvido! 29 3 87 4
  • 88. 1 88 2 1 Era uma linda borboleta, alegre por 2sua condição de liberdade de locomoção 3aérea e triste por não poder transmitir 4a todos que ali se encontravam, a 5realidade de que o corpo que ali jazia, 6era na verdade um mero invólucro de si 7mesma, que se transmutara de um ser 8pesado e rastejante, num outro ser mais 9leve, colorido e gracioso. 10 Não é assim que a maioria de nós, 11seres humanos impávidos, orgulhosos e 12arrogantes costuma proceder? 13 Quando perdemos um ente querido 14, também não nos sentimos estupefatos 15e até mesmo revoltados com a perda 16dolorosa de alguém que tanto 17amávamos? 18 E por que tanto sofrimento? 19 A razão é simples, una e inconteste: 20IGNORÂNCIA! 21 Desconhecimento de verdades 22maiores, de realidades sutis que as 23vezes estão muito mais perto de nós 24do que possamos imaginar. 25 Talvez até mesmo voejando por 26sobre nossas cabeças sem que ousemos 27observar o que ulula de transparência, 28sem que estejamos entretanto 29sintonizados nessa realidade. 3 88 4
  • 89. 1 89 2 1 O nosso Criador nos deu qualidades 2que nos diferenciam de todos os outros 3seres viventes: nos deu inteligência, 4capacidade de inferir, de concluir, de 5conjeturar, de elocubrar e de elaborar 6conceitos. 7 Infelizmente, a maioria dos seres 8humanos ainda não se deu conta de suas 9próprias capacidades e insiste em julgar, 10em somente fazer uso de seus sentidos 11físicos, perdendo oportunidades 12maravilhosas de descobrir muito sobre 13si mesmos. 14 15 Quando passamos a nos preocupar 16com o nosso destino, quando passamos 17a observar com maior atenção o 18firmamento, o nascimento, a morte, as 19venturas e as vicissitudes, 20intuitivamente passamos a acreditar 21que preexistíamos ao nosso nascimento 22e que subsistiremos à nossa própria 23morte. 24 E nessa hora então, terá sido dado o 25passo inicial de uma longa busca que 26certamente nos levará a um estado de 27serenidade, por passarmos a sentir que 28na verdade, somos quais lagartas que 29não morrem jamais. 3 89 4
  • 90. 1 90 2 1 Que se transmutam e continuam a 2sua caminhada em condições outras. 3 Chegando nesse estágio, estaremos 4preparados para uma incursão em nosso 5próprio interior, buscando no passado, 6explicações coerentes para o nosso 7presente e tirando ilações para o nosso 8futuro. 9 10 Existem inúmeros recursos, 11inúmeras escolas de sabedoria 12disponíveis para que possamos 13desenvolver nossas potencialidades e 14nosso saber latente adormecido. 15 Dentre estas ciências, sobressai-se a 16REGRESSÃO DE MEMÓRIA, onde é 17facultado às pessoas imbuídas do desejo 18de se conhecer, fazer um mergulho em 19seu passado inconsciente, onde esse 20mergulho poderá ultrapassar inclusive, 21a nossa atual existência física. 22 É óbvio que semelhante 23procedimento deverá ser levado a efeito 24sob todos os cuidados possíveis e 25monitorado por profissionais altamente 26idôneos e preparados, não só acadêmica, 27como moralmente, demonstrando 28claramente serem pessoas 29espiritualmente elevadas. 3 90 4
  • 91. 1 91 2 1 A contrapartida do paciente, 2também deverá ser levada em 3consideração. 4 Um histórico prévio das condições 5morais e mentais do candidato à 6regressão, deverá ser rigorosamente 7observado. Um laudo psicoterápico 8comprovando a higidêz e a estabilidade 9psicológica do paciente, é indispensável 10porquanto é fácil de se deduzir que o 11conhecimento de duras verdades e 12realidades, nem sempre será 13recomendado se não possuirmos o 14necessário preparo e escopo para essas 15duras verdades e realidades. 16 O custo benefício poderá ser 17altamente desfavorável. Ou como diz a 18sabedoria popular, “O remédio poderá se 19tornar pior que a doença”! 20 O candidato por sua vez, antes de se 21aproximar de qualquer escola, entidade, 22terapia ou associação, deverá se cercar 23de todos os cuidados possíveis, 24porquanto, infelizmente, a quantidade 25de pessoas mal intencionadas e 26gananciosas que procura tirar partido 27das vicissitudes e fragilidades alheias, 28está aumentando assustadoramente, o 29que contribui para o lamentável 3 91 4
  • 92. 1 92 2 1descrédito de grande parte da 2humanidade, no que concerne ao 3conhecimento do supra-sensível, do 4metafísico ou do paranormal. 5 6 Por tudo isso, fica óbvio que a 7regressão de memória é uma prática 8extremamente séria, recomendável 9somente para determinadas situações 10sob rigorosa análise prévia, onde 11leviandade é considerada falta 12gravíssima que poderá acarretar 13conseqüências irreversíveis e 14extremamente danosas. 15 16 Superados todos os óbices, tomadas 17todas as precauções, cremos que as 18pessoas que venham a se submeter a 19uma regressão de memória só terão a 20lucrar, porquanto poderão vir a 21compreender o porquê de tantos 22conflitos em seu seio familiar ou até 23mesmo em sua vida profissional, 24fazendo com que o seu porvir possa vir a 25ser mais venturoso e mais consciente. 26 27 Talvez assim, em um futuro próximo 28ou remoto, possam os velórios não só 29das lagartas como dos seres humanos, 3 92 4
  • 93. 1 93 2 1se tornarem menos sofridos e dolorosos, 2porquanto os que ficam, estarão serenos 3com o destino dos que se foram e os que 4se foram, estarão confortados em saber 5que os que ficaram estão cientes de que 6um dia, todos se reencontrarão em 7paragens mais felizes. 8 9 José Carlos de Figueiredo 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 3 93 4
  • 94. 1 94 2 1 2 OS TROVÕES DE TUPÃ 3 4 5 É noite.... 6 7 Na densa floresta distante 8 da civilização, a atmosfera se faz 9 pesada prenunciando a iminente 10 tormenta. O vento sibila cortante 11 provocando um sinistro movimento na 12 copa das milenares árvores. Os animais 13 estão estranhamente quietos como que 14 antevendo o perigo no ar. Ao longe, 15 muito longe, o miado de uma pantera 16 solitária soa como o exórdio de um 17 clarim determinando silêncio. 18 Na pequena taba indígena, 19todos se mantém encolhidos e solenes 20em suas ocas. As mães apertam em 21seus abraços de amor os seus pequenos 22rebentos enquanto os guerreiros ao seu 23lado quedam-se em profunda abstração. 24 25 Somente uma pessoa na tribo 26ousa levantar os olhos: o Pajé que em 27estado de oração profunda, aguarda a 28Manifestação Divina. 29 3 94 4
  • 95. 1 95 2 1 Eis que de repente, os trovões se 2iniciam, levando a todos, animais e 3humanos, a cerrar os olhos como se 4sentissem indignos de observar a 5magnitude da presença do Ser Supremo. 6 O Pajé levanta os braços e inicia 7solene as súplicas de auxílio e piedade 8do Criador em manifestação. A cada 9pedido, mais os trovões se fazem sentir 10como se fossem as respostas esperadas 11aos anseios da tribo. 12 Lágrimas copiosas vindas do céu em 13forma de chuva torrencial juntam-se às 14lágrimas do Pajé, absolutamente seguro 15de que conseguiu um contato 16insofismável com o Grande Pai que vive 17na Grande Morada. 18 Em algum tempo a chuva diminui e 19todos então se tranqüilizam e 20adormecem no verdadeiro sono dos 21justos e inocentes. 22 23 Sempre deixou claro o Grande 24Mestre Jesus, que os preferidos do Pai 25eram justamente os puros, os 26deserdados, os simples, as crianças e os 27animais. 28 29 3 95 4
  • 96. 1 96 2 1 Com toda a certeza, os habitantes de 2uma grande floresta virgem em seu 3estado primitivo, todos os seus 4habitantes, indígenas, fauna e flora, são 5os preferidos desse Pai, em função de 6sua simplicidade, de sua essência, 7pureza e submissão. 8 E com toda a certeza também, 9 fenômenos da natureza em uma grande 10 floresta virgem não têm somente a 11 conotação de uma manifestação 12 meteorológica. 13 Existe uma Divindade, uma 14 sobrenaturalidade que dá aos 15 habitantes da mata a certeza de que 16 são amados e protegidos por Algo ou 17 Alguém que não podem ver mas que 18 conseguem sentir em seus corações. 19Convenhamos: seria plausível, seria 20moralmente justo, seria ético, seria 21decente, que nós, “civilizados”, 22destruíssemos a Pureza Crística desses 23irmãos e disséssemos à eles que tudo 24não passa de um fenômeno elétrico da 25natureza? 26 27 Seria monstruoso! Seria 28imperdoável! Seria uma blasfêmia! 29Seria uma mentira ! 3 96 4