A crônica conta a história de um jovem pastor que se apaixonou por uma princesa que via todos os dias no castelo. Um dia, ele ajuda uma velha na floresta que se revela ser uma fada, e o transforma em príncipe para ficar com a princesa. No entanto, quando ela descobre que ele era o pastor, recusa se casar porque ainda amava o pastor e não o príncipe.

1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PEDREIRAS - CESP
CURSO: LICENCIATURA EM LETRAS - 7º PERÍODO
LIT. BRASILEIRA (DO MODERNISMO AS TENDÊNCIAS CONTEMPORÊNEAS)
ACADÊMICA: LARISSE ARAÚJO SANTANA DE MORAES
CÓDIGO: 089a206
ANÁLISE DA CRÔNICA “O PASTOR E A PRINCESA”
CARLOS HEITOR CONY
PEDREIRAS – MA
11.11.2011

2. “O PASTOR E A PRINCESA”
CARLOS HEITOR CONY
1. ENREDO:
A crônica analisada relata a história de um jovem pastor que todos os dias andava
pela floresta e que em um belo dia deparou-se com um castelo enorme e na torre deste
havia uma linda princesa, e depois desse dia o mesmo passou a apreciar de longe a
beleza da princesa.
Eis que em um desses dias de andança pela floresta, o jovem encontra uma
senhora carregando lenha e o mesmo ajudou-a carregar a sua lenha, e a mesma
transformou-se em uma fada e disse que o pastor teria direito a um desejo e este
solicitou ser transformado em um príncipe e mesmo a fada advertindo-lhe que ele não
poderia voltar atrás com o pedido e assim foi feito.
O pastor fora transformado em um belo príncipe e então o mesmo criou coragem
de procurar a princesa, e devido o Rei haver gostado bastante do príncipe deu a mão da
princesa em casamento, e muito feliz com a notícia o belo rapaz dirige-se a bela moça e
tenta beijá-la, e a mesma recusa alegando estar apaixonada por um camponês que via
todos os dias da sua janela.
2. PERSONAGENS:
A crônica apresenta quatro personagens, que são: O pastor (príncipe), a princesa, a
velha (fada) e o Rei. Sendo que destes temos dois personagens principais, que são: o
pastor (príncipe) e a princesa e dois secundários que são a velha (fada) e o Rei.
3. ESPAÇO:
Quanto ao espaço, nota-se no desenrolar na narrativa que a história acontece em
dois núcleos, sendo o primeiro a floresta, de onde o pastor apaixonado todos os dias
admirava a princesa e também onde o mesmo é transformado em príncipe, já o segundo
núcleo é no castelo, onde o pastor já na forma de príncipe é recebido pelo Rei, bem
como onde é concedida ao jovem a mão da princesa em casamento e também onde a
princesa revela o seu amor pelo pastor da floresta.

3. 4. FOCO NARRATIVO:
O foco narrativo está no personagem principal e protagonista o Jovem Pastor de
cabelos louros e cacheados, e o narrador é o tipo observador, pois o mesmo conta a
história do lado de fora, sem intervir nos fatos, falando diretamente ao leitor e com certa
neutralidade, conforme vemos no trecho a seguir: “Os dois se olharam e, a partir
daquele dia, todas as tardes o pastor ia à clareira e ficava olhando a princesa que
também olhava para ele”
5. TEMPO:
Nota-se no desenrolar da crônica, o narrador-observador omite o tempo em que a
história do pastor e a princesa acontece. O referencial cronológico é apresentado pela os
passeios pela floresta; o encontro com a velha (fada); a visita ao castelo, a oferta de
casamento e recusa da princesa.
6. TEMÁTICA CENTRAL:
O Pastor e a Princesa é um formato típico de Augusto Heitor Cony, pois
encontramos na mesma uma narrativa contemporânea, que trata de assuntos atuais, tais
como: das pessoas não se aceitarem tal como são, do desejo de mudança, que foram
expressados pelo pastor, podemos observar o relatado no trecho “O jovem foi em frente.
Seria um absurdo voltar a ser pastor”.
Outro tema abordado fora o amor verdadeiro de duas formas, a primeira quando
por amor o pastor se transforma em príncipe para aproximar-se da princesa, e outra
quando a princesa não aceitar o príncipe por está apaixonada pelo pastor, conforme
vemos no trecho: “Disse que não poderia casar com o príncipe porque estava
apaixonada por um pastor louro de cabelos cacheados que todas as tardes costumava
aparecer na clareira da floresta”.
7. TIPO DE DISCURSO
O tipo de discurso utilizado é o discurso indireto livre, pois é um discurso misto,
onde autor apresenta os personagens de maneira parcial e de ficando o narrador fora do

4. texto, como exemplo temos: “Um jovem pastor, de cabelos louros e cacheados...”,
porém ao final da crônica o mesmo se insere na narrativa, conforme trecho: “Não sou
jovem nem pastor, não tenho cabelos louros e cacheados. Mas todas as tardes continuo
indo a floresta para ver se acontece alguma coisa”.
A linguagem utilizada é bastante simples e de fácil entendimento, onde pode ser
compreendida por qualquer leitor, e o autor utiliza essa linguagem intencionalmente,
pois as crônicas contidas no livro são direcionadas as escolas, as mesmas são de caráter
didático.