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UFCD4265
MUNDO DOS
SONS
Formadora
Cristina Magalhães
Definir os conceitos de Altura, Duração, Timbre,
Dinâmica e Harmonia.
Descrever estruturas e modos de organização de
diferentes géneros e estilos musicais, utilizando
vocabulário específico.
Interpretar canções de diversos géneros musicais.
São alguns elementos responsáveis pela existência e
organização geral do universo sonoro, os aspetos físicos e
percetivos do som e os muitos tipos de instrumentos
musicais determinam a imensa variabilidade de formas
assumidas pela música.
Todos os sons que ouvimos são produzidos por vibrações
que excitam as moléculas do ar à nossa volta, as quais
transmitem esta excitação a outras, e assim
sucessivamente, até que esta movimentação em forma de
ondas chega ao nosso ouvido.
Todos os sons que ouvimos são produzidos por
vibrações que excitam as moléculas do ar à nossa
volta, as quais transmitem esta excitação a outras, e
assim sucessivamente, até que esta movimentação em
forma de ondas chega ao nosso ouvido.
 Mas quando o objeto vibra de forma ordenada e
constante, produzindo uma onda mais pura, dizemos
que este som é uma nota musical, de som agradável
aos ouvidos.
Para compreender melhor esta diferença, vamos
entender melhor a vibração sonora. Quando não há som,
as moléculas de ar mantêm uma mesma distância umas
das outras (figura abaixo). Na figura as moléculas têm
um alinhamento perfeito, o que não ocorre na prática.
Por isto a figura é apenas uma ilustração didática:
Mas quando há vibração de um corpo, este corpo
transmite as suas vibrações para o ar, que tem suas
moléculas agitadas. Agitadas, as moléculas passam a
formar grupos com distâncias diferentes entre as
moléculas. O grupo onde as moléculas estão mais
próximas denominamos de compressão. Ao grupo onde as
moléculas estão mais distantes denominamos de
rarefacção (figura):
Os grupos de ar comprimido e rarefeito alternam-se
sucessivamente. A este comportamento damos o nome de
onda. Vejamos a correspondência entre os grupos
rarefeito e comprimido e a onda sonora gráfica:
Existem várias maneiras de se estudar cientificamente o
fenómeno sonoro. Todas essas disciplinas estão
interligadas, mas cada uma dá ênfase a um aspeto
específico do fenómeno: A acústica física estuda aparte
material do fenómeno sonoro, enquanto a psico-acústica
trata da perceção do fenómeno sonoro pelos sentidos.
Estas duas disciplinas são as mais relevantes.
Intimamente ligada, e subordinada, a elas, há também
uma parte do estudo da fisiologia que trata das
estruturas do aparelho auditivo dos seres vivos. O que
chamamos de acústica musical relaciona os dados dessas
disciplinas com a atividade artística.
A ondulatória é a parte da física que estuda os
fenómenos que se apresentam sob a forma de ondas.
Existem dois tipos básicos de fenómenos que se
comportam dessa maneira: ondas mecânicas, que
atuam no nível das moléculas, cujo fenómeno
percetivo associado é o som; e ondas
eletromagnéticas, causadas pelo movimento de
partículas subatómicas, cujos fenómenos percetivos
associados são, principalmente, a luz e as cores.
O som é uma qualidade percetiva que é resultado da
perceção de distúrbios das moléculas de um meio
num certo espaço de tempo.
Esses distúrbios, por sua vez, apresentam-se sob a
forma de ondas na sua propagação pelo meio. Para
este fenómeno ocorrer há a necessidade de três
elementos relacionados em um sistema:
Emissor
Meio propagador
Recetor.
É a fonte geradora que pode ser um instrumento musical,
um motor, um alto-falante, ou qualquer outro dispositivo
capaz de transformar algum tipo de energia em ondas
sonoras.
Três elementos são geralmente identificados em relação à
fonte sonora:
1. Fonte primária de energia, que vai gerar a excitação que causará a vibração. Por
exemplo, a fricção da corda da viola, ou o sopro no orifício de uma flauta, ou o badalo
do sino.
2. O elemento vibrante, que efetivamente vibra. Por exemplo, a corda da viola, a
coluna de ar dentro da flauta, ou o sino.
3. Ressoador, que é o corpo cuja função principal é converter de modo mais eficiente as
vibrações do elemento vibrante em ondas sonoras. Por exemplo, a caixa acústica da
viola, o tubo da flauta, ou o corpo do sino.
É o suporte que possibilita a propagação das ondas
sonoras. Em princípio, qualquer material elástico (ar,
água, metais, madeiras, etc.) está apto a permitir a
propagação de ondas sonoras; existem também os
obstáculos (paredes, vãos, superfícies, corpos, etc.) que
interagem com o meio, alterando características das
ondas sonoras;
É o sistema que recebe e descodifica o estímulo
proporcionado pela onda. Pode ser representado pelo
sistema auditivo, ou outros meios de captação e registo
sonoro como microfones e gravadores.
 A onda sonora é um movimento vibratório que se
propaga num meio elástico (ar, água, madeira ou metal,
por exemplo), conforme as leis da física.
Quando uma força age sobre um corpo, produz uma
vibração (pensemos numa corda de viola) que é
transmitida ao meio elástico, provocando nele uma
perturbação em forma de onda.
Se entre a fonte produtora da onda e nós não existir
vácuo, ou seja, houver meio elástico, esta vibração será
propagada até ser percebida por nosso corpo. O nosso
ouvido captará esse impulso e o enviará ao cérebro,
que o descodificará como uma sensação psico-física e o
compreenderá como um som.
 Podemos entender de forma simplificada, que o som é produzido por movimentos
de corpos vibratórios, que transmitem essa vibração para o ar através de ondas
sonoras, e que ao chegarem aos nossos ouvidos são interpretadas e distinguidas
nos seguintes 4 elementos: a altura, a intensidade, a duração e o timbre.
 O som pode ser transmitido por diferentes materiais nos estados físicos gasoso,
líquido ou sólido. Como meio gasoso, temos o ar, como meio líquido a água, e como
meio sólido uma barra de madeira, por exemplo. A água é um meio mais rápido
que o ar. E o ferro é um meio mais rápido que a água. Mais rápido significa
percorrer mais metros por segundo. O único meio que não transmite o som é o
vácuo.
Meio elástico- ar: 341 metros por segundo (chamada
velocidade do som).
Meio elástico -água: 1500 metros por segundo.
Meio elástico-madeira: 4000/4900 metros por segundo.
 Fisicamente, o som é a oscilação na pressão do meio elástico, como o ar por exemplo,
capaz de ser percebida pelo ouvido humano. E estas oscilações são vibrações que
podem ser representadas graficamente por uma onda. Veja na ilustração abaixo, a
representação gráfica de uma onda:
O número de ondas por unidade de tempo define o que
chamamos de frequência do som. A amplitude da onda define
o que chamamos de intensidade sonora.
Os dois parâmetros que usaremos para construir uma música
são os elementos de natureza sonora e os de natureza rítmica
que, juntos, irão moldar o objeto música.
A palavra música vem do grego µουσική τέχνη (musiké
téchne), a arte das musas, e constitui basicamente de uma
sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo.
Resumidamente, podemos definir que música é a arte de
combinarmos sons de forma sucessiva e
simultaneamente, para transmitir ou evocar
sentimentos. É uma arte livre, que representa os
sentimentos com os sons, sob diferentes sistemas de
composição. Cada sistema de composição determinar um
estilo diferente na música, caracterizado pelos seus
elementos fundamentais.
A altura do som é geralmente confundida com a intensidade
do som. Um som fraco e um som forte são características do
elemento intensidade, popularmente conhecido como volume.
Na verdade, a altura do som está relacionada com a sensação
auditiva que nos permite classificar um som como grave ou
agudo. Um som grave é de fato um som mais grosso, baixo.
Enquanto um som agudo é de fato um som mais fino, alto.
Para ilustrar o elemento altura, faça na prática o
teste de vibração da régua, ilustrado na figura abaixo.
Quanto menos a régua vibrar, mais grave será o som. Quanto
mais a régua vibrar, mais agudo será o som. Logo, a altura do
som está relacionada diretamente com a quantidade de
vibrações existente no som dentro de um mesmo intervalo de
tempo.
Fisicamente a altura é medida pela frequência. A frequência
é a quantidade de vibrações medidas dentro de uma unidade
de tempo. A frequência tem como unidade de medida o Hertz
(Hz), e o Hertz tem por definição o segundo como unidade de
tempo. Sendo assim, 100Hz significa cem frequências
(vibrações ou ciclos) por segundo.
Matematicamente a vibração é representada pelo
seguinte gráfico de onda, chamada onda senoidal:
Uma onda senoidal representa uma vibração (ou um
ciclo). Duas ondas senoidais representam duas vibrações
(ou dois ciclos). E assim sucessivamente.
A quantidade de ondas senoidais por unidade de tempo, é
a frequência, cuja unidade de medida é o Hertz. Se na
mesma unidade de tempo tivermos quantidades
diferentes de vibrações, então teremos frequências
diferentes. Por exemplo:
Na região grave, os sons têm baixa frequência, isto é,
pouca vibração. Embora relativo, geralmente são
entendidos como os sons até 100 Hz.
Na região média, os sons têm média frequência. Embora
relativo, geralmente são entendidos como os sons entre
100 Hz e 1.000 Hz.
 Na região aguda, os sons têm alta frequência, isto é,
muita vibração. Embora relativo, geralmente são
entendidos como os sons acima de 1.000 Hz.
Para diferenciar a altura dos sons, utilizamos
normalmente as notas da escala musical:
DO RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
Grave Agudo
É o movimento que ocorre em intervalos regulares. É
também conhecido por cadência. O ritmo está presente
em todas as coisas, como por exemplo: a batida do
coração, os ponteiros do relógio, etc.
É o tempo que demora a repetir-se um qualquer
fenómeno repetitivo. Nas artes, como na vida, o ritmo
está sempre presente.
O ritmo musical é um acontecimento sonoro, que
acontece com uma certa regularidade temporal. É o
movimento de sons regulados por sua maior ou menor
duração, a própria sucessão dos sons no tempo. Por isso,
costuma-se dizer que a música é formada por melodia,
harmonia e ritmo.
De uma maneira simples podemos dizer que o timbre é
simplesmente aquilo que faz com que um som se
diferencie do outro, ou a cor do som.
 o conceito de timbre é, na verdade, a combinação dos três
parâmetros básicos do som: a frequência, a amplitude e a
duração. Ou seja, o comportamento de sua altura
(frequência) e intensidade (amplitude) no tempo
(duração).
o timbre é o elemento que permite distinguir os sons de
mesma altura e intensidade, o que torna reconhecíveis o
instrumento emissor e as diferentes inflexões expressivas
na interpretação musical.
A dinâmica musical refere-se à indicação que um
compositor faz na partitura, da intensidade sonora
com que ele quer que uma nota ou parte da música
seja executada.
Por exemplo, quando se toca em piano (p), toca-se mais
baixo, ao passo que quando se toca em forte (f), toca-se
mais alto. É a variação da intensidade das notas ao
longo da música.
Pauta ou pentagrama é o conjunto de 5 linhas horizontais,
paralelas e equidistantes que formam, entre si,
4 espaços onde são escritas as notas. Pauta é o nome do
conjunto de linhas utilizado para escrever as notas as notas musicais
de uma partitura.
A pauta contém 5 linhas e por isso também é chamada às vezes
de pentagrama.
As linhas e espaços são contadas de baixo para cima.
A forma, melodia, ou discurso musical, é a maneira de
combinarmos os sons, expressando assim a música.
E esta combinação dos sons repetindo ou variando o
tempo, a altura e a intensidade, de forma sucessiva,
lógica, coerente e ordenada, formando um sentido
musical que é percebido pelo ouvido.
Cada som de diferente intensidade é denominado nota
musical. A forma resume-se em uma sequência lógica de
notas musicais.
Uma peça musical pode ser escrita na forma binária
(duas pulsações por compasso).
Uma peça musical pode ser escrita na forma ternária
(três pulsações por compasso).
Uma peça musical pode ser escrita na forma quaternária
(quatro pulsações por compasso), etc.
A harmonia é a combinação simultânea de dois ou mais
sons, implicando em agradar aos ouvidos com uma
melodia bem composta, sons congruentes e num
compasso alinhado.
 É preciso, portanto, dar sentido à melodia executando-a
fielmente de acordo com os critérios técnicos como a
afinação, a suavidade, o volume, o andamento, a
interpretação, etc.
É a combinação e emissão de diferentes sons em
simultâneo; é o acompanhamento de uma melodia.
Trabalha com as sonoridades resultantes da
sobreposição de diferentes notas.
 A Harmonia é geralmente representada pelo acorde,
que é a execução de três ou mais notas em simultâneo.
O som é a matéria-prima da música. É ele o elemento
responsável pela condução de todos os aspetos
pertinentes à execução musical até o ouvinte.
 Da sensação auditiva criada por este fenómeno, o
ouvinte pode perceber e apreciar toda a expressão de
uma frase musical, toda a musicalidade do intérprete e
também o conteúdo do discurso musical de um
compositor, elementos estes perpetuados pelas notas
musicais.
 Através de nuances na sonoridade, o instrumentista é
capaz de transmitir estas características musicais aos
ouvintes.
O aparelho respiratório é composto pelo nariz ou
fossas nasais, traqueia, pulmões e diafragma. Permite
a passagem do ar para dentro e para fora do
organismo.
O som é produzido pelo ar em vibração e que o ar é
transformado em vibrações pelo produtor de som, por
exemplo, os tubos de metal ou no nosso corpo, as
membranas e cordas vocais.
O aparelho fonador é constituído pela laringe e pelas
cordas vocais. A laringe, que está situada na parte
superior da traqueia, tem fixado no seu bordo interno os
ligamentos que formam as cordas ou pregas vocais.
Para produzir a voz, as pregas vocais que em estado de
repouso estão soltas e separadas para permitir a
passagem do ar quando respiramos, fecham-se
automaticamente.
 O ar em expiração, passa pelas pregas vocais, fazendo
com que elas vibrem, para produzir o som.
Durante a respiração, o ar inspirado passa pelas cordas
vocais que permanecem abertas, enquanto que na
expiração, elas fecham e o ar faz pressão, causando uma
vibração que produz o som. Assim, podemos concluir que
a voz é produzida durante o processo de respiração.
As cordas vocais fazem um movimento alternado de abrir
e fechar, ou seja, quando estamos calados elas estão
abertas (momento de respiração) e quando falamos ou
cantamos elas fecham-se (momento de fonação).
É a disciplina da linguística que se dedica ao estudo
das propriedades físicas (acústicas e articulatórias) dos
sons da fala, desde a forma como são produzidos pelo
aparelho fonador à forma como são percebidos e
processados pelo ouvido humano.
À fonética interessam todas as alterações subjacentes
à realização dos sons da fala independentemente do
seu valor significativo e comunicativo, ao contrário da
fonologia, que estuda apenas as realizações fónicas que
estabelecem significados na língua e que possuem por
isso valor comunicativo.
Área que se dedica ao estudo da anatomia e da
fisiologia da produção da fala, ou seja, descreve e
observa a forma como os sons da fala são articulados
pelo aparelho fonador.
 Sendo a maior parte dos sons das línguas produzidos
no momento da expiração, o ar sai dos pulmões,
percorre os brônquios, a traqueia e a laringe até que
encontra as cordas vocais na glote.
 Do ponto de vista articulatório, as consoantes são
classificadas quanto ao seu modo de articulação, ou
seja, a maneira como se dá a obstrução, e quanto ao
seu ponto de articulação, ou região na boca onde se
dá a obstrução.
Área da fonética que se dedica às propriedades acústicas
dos sons da fala, analisando o tipo de ondas sonoras que a
compõem, a sua produção e propagação, os filtros que a
modificam, os ressoadores que a amplificam, etc.
A fonética acústica recorre a instrumentos de análise e de
observação das características físicas dos sons, análise
essa que atualmente pode ser feita por ferramentas
computacionais de análise de sinais de fala.
Área da fonética que se dedica ao estudo dos processos
de audição da fala humana e de processamento das
suas características pelo cérebro humano. Estuda
também a anatomia e fisiologia do ouvido humano, a
forma como são recebidas as ondas sonoras e como
estas são conduzidas pelos neurónios ao cérebro, onde
são finalmente processadas e reconhecidas.
Conceitos fundamentais para uma boa emissão de voz:
Posição elevada do palato mole;
Ampliação bucal, deixando passar o som que procura
as ressonância;
Articulação clara e correta abertura da boca para os
diferentes fonemas;
Posição relaxada e mobilidade laríngea;
Emissão clara, límpida e com sons redondos;
Posição da língua plana e relaxada, tocando com a
extremidade nos incisivos inferiores;
Posição correta do corpo, falando com naturalidade e sem
rigidez;
Sustentação da coluna do ar com o diafragma e
impulsioná-lo até aos ressonadores;
Aquisição de um esquema corporal correto.
A voz deve ser controla desde a infância, da
seguinte forma:
Ensinar a respirar;
Pronunciar com clareza e exatidão vogais e consoantes,
articulando bem;
Utilizar plenamente as cavidades de ressonância,
produzindo sons precisos das palavras e dando o justo
valor às frases;
Não deixar cair as sílabas finais;
A voz deve ser controla desde a infância, da seguinte forma:
O som de cada sílaba deve ser colocado nos lábios, a
garganta deve estar relaxada e aberta, e a cavidade bucal
deve ser ampliada de forma a melhorar a articulação;
A voz deve colocar-se “à frente”, na máscara, e num ponto
central da boca;
A articulação deve ser um pouco exagerada, “saboreando”
as sílabas.
O som das palavras deve ter um timbre claro, limpo,
sonoro, fácil e produzir-se sem esforço.
Beber no mínimo dois litros de água ao longo do dia, em
temperatura ambiente, para hidratar as pregas vocais. A
ingestão de água é fundamental para a voz, pois as pregas
vocais precisam estar lubrificadas para vibrarem
adequadamente.
O pó de giz, poeira e ar-condicionado são fatores que secam
a garganta e dificultam a vibração das pregas vocais,
tornando-se imprescindível a adequada hidratação;
Evitar fumo, pois o fumo do cigarro agride diretamente a
mucosa das pregas vocais, causando ressecamento,
irritação e inchaço, alterando a qualidade da voz. Além
disso, o cigarro é um dos principais agentes etiológicos do
cancro da laringe;
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. Além
de irritar a mucosa, o álcool anestesia e altera as
sensações ao falar. Desta forma, o falante pode estar a
abusar da sua voz sem perceber e os sintomas somente
serão notados após o efeito da bebida: ardência,
queimadura, voz rouca e fraca;
Evitar o consumo de chocolates, leite integral e
derivados durante o uso profissional da voz, pois são
alimentos ricos em gordura e aumentam a viscosidade
da mucosa no trato vocal;
Fazer refeições leves antes do trabalho, dando
preferência às verduras, legumes e frutas, e evitar o
consumo de alimentos gordurosos e condimentados
que dificultam a digestão;
Mastigar bem os alimentos também é importante, pois a
mastigação realizada com movimentos amplos de
mandíbula é um bom exercício para a dicção;
Evitar o uso de pastilhas à base de menta, pois elas
anestesiam a garganta e fazem com que não perceba que
está a forçar a voz;
Durante quadros gripais e crises alérgicas, beber
bastante líquidos e limitar o uso da voz;
Evitar a ingestão de drogas inalatórias ou injetáveis que
têm ação direta sobre a laringe e a voz, além de
alterações cardiovasculares e neurológicas;
Utilizar roupas leves que permitam a livre movimentação
do corpo, principalmente na região do pescoço e cintura,
onde estão situados a laringe e o músculo diafragma:
É relevante o hábito de exercícios de relaxamento,
procurando evitar uma apresentação sob tensão e esforço;
Manter a postura do corpo ereta, no eixo, porém
relaxada, principalmente a cabeça;
Ao falar, não forçar a tessitura vocal (tons agudos ou
graves). Fale no seu tom normal de voz;
Dormir bem (cerca de 8 horas/dia) é de fundamental
importância, pois o descanso é um grande aliado para
uma boa voz;
É extremamente prejudicial falar exaustivamente em
ambientes de muito ruído, ou sem tratamento acústico
adequado, evitando “competir” com o barulho;
Quando se estiver a falar para um grupo, procurar falar
no centro do ambiente, para que a acústica do local se
encarregue de propagar a voz, de modo a evitar um
esforço desnecessário;
Falar de forma tranquila: respirar adequadamente,
pausadamente, procurando não esmagar a voz nem usar
o “ar de reserva” durante a conversa;
Monitorizar a voz – aprender a ouvir e a avaliar a
qualidade vocal e a reconhecer as sensações de
tensão/esforço desnecessários;
Procurar, pelo menos uma vez por ano, ser observado por
um otorrinolaringologista.

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  • 2. Definir os conceitos de Altura, Duração, Timbre, Dinâmica e Harmonia. Descrever estruturas e modos de organização de diferentes géneros e estilos musicais, utilizando vocabulário específico. Interpretar canções de diversos géneros musicais.
  • 3. São alguns elementos responsáveis pela existência e organização geral do universo sonoro, os aspetos físicos e percetivos do som e os muitos tipos de instrumentos musicais determinam a imensa variabilidade de formas assumidas pela música. Todos os sons que ouvimos são produzidos por vibrações que excitam as moléculas do ar à nossa volta, as quais transmitem esta excitação a outras, e assim sucessivamente, até que esta movimentação em forma de ondas chega ao nosso ouvido.
  • 4. Todos os sons que ouvimos são produzidos por vibrações que excitam as moléculas do ar à nossa volta, as quais transmitem esta excitação a outras, e assim sucessivamente, até que esta movimentação em forma de ondas chega ao nosso ouvido.  Mas quando o objeto vibra de forma ordenada e constante, produzindo uma onda mais pura, dizemos que este som é uma nota musical, de som agradável aos ouvidos.
  • 5. Para compreender melhor esta diferença, vamos entender melhor a vibração sonora. Quando não há som, as moléculas de ar mantêm uma mesma distância umas das outras (figura abaixo). Na figura as moléculas têm um alinhamento perfeito, o que não ocorre na prática. Por isto a figura é apenas uma ilustração didática:
  • 6. Mas quando há vibração de um corpo, este corpo transmite as suas vibrações para o ar, que tem suas moléculas agitadas. Agitadas, as moléculas passam a formar grupos com distâncias diferentes entre as moléculas. O grupo onde as moléculas estão mais próximas denominamos de compressão. Ao grupo onde as moléculas estão mais distantes denominamos de rarefacção (figura):
  • 7. Os grupos de ar comprimido e rarefeito alternam-se sucessivamente. A este comportamento damos o nome de onda. Vejamos a correspondência entre os grupos rarefeito e comprimido e a onda sonora gráfica:
  • 8. Existem várias maneiras de se estudar cientificamente o fenómeno sonoro. Todas essas disciplinas estão interligadas, mas cada uma dá ênfase a um aspeto específico do fenómeno: A acústica física estuda aparte material do fenómeno sonoro, enquanto a psico-acústica trata da perceção do fenómeno sonoro pelos sentidos. Estas duas disciplinas são as mais relevantes. Intimamente ligada, e subordinada, a elas, há também uma parte do estudo da fisiologia que trata das estruturas do aparelho auditivo dos seres vivos. O que chamamos de acústica musical relaciona os dados dessas disciplinas com a atividade artística.
  • 9. A ondulatória é a parte da física que estuda os fenómenos que se apresentam sob a forma de ondas. Existem dois tipos básicos de fenómenos que se comportam dessa maneira: ondas mecânicas, que atuam no nível das moléculas, cujo fenómeno percetivo associado é o som; e ondas eletromagnéticas, causadas pelo movimento de partículas subatómicas, cujos fenómenos percetivos associados são, principalmente, a luz e as cores.
  • 10. O som é uma qualidade percetiva que é resultado da perceção de distúrbios das moléculas de um meio num certo espaço de tempo. Esses distúrbios, por sua vez, apresentam-se sob a forma de ondas na sua propagação pelo meio. Para este fenómeno ocorrer há a necessidade de três elementos relacionados em um sistema: Emissor Meio propagador Recetor.
  • 11. É a fonte geradora que pode ser um instrumento musical, um motor, um alto-falante, ou qualquer outro dispositivo capaz de transformar algum tipo de energia em ondas sonoras. Três elementos são geralmente identificados em relação à fonte sonora: 1. Fonte primária de energia, que vai gerar a excitação que causará a vibração. Por exemplo, a fricção da corda da viola, ou o sopro no orifício de uma flauta, ou o badalo do sino. 2. O elemento vibrante, que efetivamente vibra. Por exemplo, a corda da viola, a coluna de ar dentro da flauta, ou o sino. 3. Ressoador, que é o corpo cuja função principal é converter de modo mais eficiente as vibrações do elemento vibrante em ondas sonoras. Por exemplo, a caixa acústica da viola, o tubo da flauta, ou o corpo do sino.
  • 12. É o suporte que possibilita a propagação das ondas sonoras. Em princípio, qualquer material elástico (ar, água, metais, madeiras, etc.) está apto a permitir a propagação de ondas sonoras; existem também os obstáculos (paredes, vãos, superfícies, corpos, etc.) que interagem com o meio, alterando características das ondas sonoras;
  • 13. É o sistema que recebe e descodifica o estímulo proporcionado pela onda. Pode ser representado pelo sistema auditivo, ou outros meios de captação e registo sonoro como microfones e gravadores.  A onda sonora é um movimento vibratório que se propaga num meio elástico (ar, água, madeira ou metal, por exemplo), conforme as leis da física.
  • 14. Quando uma força age sobre um corpo, produz uma vibração (pensemos numa corda de viola) que é transmitida ao meio elástico, provocando nele uma perturbação em forma de onda. Se entre a fonte produtora da onda e nós não existir vácuo, ou seja, houver meio elástico, esta vibração será propagada até ser percebida por nosso corpo. O nosso ouvido captará esse impulso e o enviará ao cérebro, que o descodificará como uma sensação psico-física e o compreenderá como um som.
  • 15.  Podemos entender de forma simplificada, que o som é produzido por movimentos de corpos vibratórios, que transmitem essa vibração para o ar através de ondas sonoras, e que ao chegarem aos nossos ouvidos são interpretadas e distinguidas nos seguintes 4 elementos: a altura, a intensidade, a duração e o timbre.  O som pode ser transmitido por diferentes materiais nos estados físicos gasoso, líquido ou sólido. Como meio gasoso, temos o ar, como meio líquido a água, e como meio sólido uma barra de madeira, por exemplo. A água é um meio mais rápido que o ar. E o ferro é um meio mais rápido que a água. Mais rápido significa percorrer mais metros por segundo. O único meio que não transmite o som é o vácuo.
  • 16. Meio elástico- ar: 341 metros por segundo (chamada velocidade do som). Meio elástico -água: 1500 metros por segundo. Meio elástico-madeira: 4000/4900 metros por segundo.
  • 17.  Fisicamente, o som é a oscilação na pressão do meio elástico, como o ar por exemplo, capaz de ser percebida pelo ouvido humano. E estas oscilações são vibrações que podem ser representadas graficamente por uma onda. Veja na ilustração abaixo, a representação gráfica de uma onda:
  • 18. O número de ondas por unidade de tempo define o que chamamos de frequência do som. A amplitude da onda define o que chamamos de intensidade sonora. Os dois parâmetros que usaremos para construir uma música são os elementos de natureza sonora e os de natureza rítmica que, juntos, irão moldar o objeto música. A palavra música vem do grego µουσική τέχνη (musiké téchne), a arte das musas, e constitui basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo.
  • 19. Resumidamente, podemos definir que música é a arte de combinarmos sons de forma sucessiva e simultaneamente, para transmitir ou evocar sentimentos. É uma arte livre, que representa os sentimentos com os sons, sob diferentes sistemas de composição. Cada sistema de composição determinar um estilo diferente na música, caracterizado pelos seus elementos fundamentais.
  • 20. A altura do som é geralmente confundida com a intensidade do som. Um som fraco e um som forte são características do elemento intensidade, popularmente conhecido como volume. Na verdade, a altura do som está relacionada com a sensação auditiva que nos permite classificar um som como grave ou agudo. Um som grave é de fato um som mais grosso, baixo. Enquanto um som agudo é de fato um som mais fino, alto.
  • 21. Para ilustrar o elemento altura, faça na prática o teste de vibração da régua, ilustrado na figura abaixo.
  • 22. Quanto menos a régua vibrar, mais grave será o som. Quanto mais a régua vibrar, mais agudo será o som. Logo, a altura do som está relacionada diretamente com a quantidade de vibrações existente no som dentro de um mesmo intervalo de tempo. Fisicamente a altura é medida pela frequência. A frequência é a quantidade de vibrações medidas dentro de uma unidade de tempo. A frequência tem como unidade de medida o Hertz (Hz), e o Hertz tem por definição o segundo como unidade de tempo. Sendo assim, 100Hz significa cem frequências (vibrações ou ciclos) por segundo.
  • 23. Matematicamente a vibração é representada pelo seguinte gráfico de onda, chamada onda senoidal:
  • 24. Uma onda senoidal representa uma vibração (ou um ciclo). Duas ondas senoidais representam duas vibrações (ou dois ciclos). E assim sucessivamente.
  • 25. A quantidade de ondas senoidais por unidade de tempo, é a frequência, cuja unidade de medida é o Hertz. Se na mesma unidade de tempo tivermos quantidades diferentes de vibrações, então teremos frequências diferentes. Por exemplo:
  • 26. Na região grave, os sons têm baixa frequência, isto é, pouca vibração. Embora relativo, geralmente são entendidos como os sons até 100 Hz.
  • 27. Na região média, os sons têm média frequência. Embora relativo, geralmente são entendidos como os sons entre 100 Hz e 1.000 Hz.
  • 28.  Na região aguda, os sons têm alta frequência, isto é, muita vibração. Embora relativo, geralmente são entendidos como os sons acima de 1.000 Hz.
  • 29. Para diferenciar a altura dos sons, utilizamos normalmente as notas da escala musical: DO RÉ MI FÁ SOL LÁ SI Grave Agudo
  • 30. É o movimento que ocorre em intervalos regulares. É também conhecido por cadência. O ritmo está presente em todas as coisas, como por exemplo: a batida do coração, os ponteiros do relógio, etc. É o tempo que demora a repetir-se um qualquer fenómeno repetitivo. Nas artes, como na vida, o ritmo está sempre presente. O ritmo musical é um acontecimento sonoro, que acontece com uma certa regularidade temporal. É o movimento de sons regulados por sua maior ou menor duração, a própria sucessão dos sons no tempo. Por isso, costuma-se dizer que a música é formada por melodia, harmonia e ritmo.
  • 31. De uma maneira simples podemos dizer que o timbre é simplesmente aquilo que faz com que um som se diferencie do outro, ou a cor do som.  o conceito de timbre é, na verdade, a combinação dos três parâmetros básicos do som: a frequência, a amplitude e a duração. Ou seja, o comportamento de sua altura (frequência) e intensidade (amplitude) no tempo (duração). o timbre é o elemento que permite distinguir os sons de mesma altura e intensidade, o que torna reconhecíveis o instrumento emissor e as diferentes inflexões expressivas na interpretação musical.
  • 32. A dinâmica musical refere-se à indicação que um compositor faz na partitura, da intensidade sonora com que ele quer que uma nota ou parte da música seja executada. Por exemplo, quando se toca em piano (p), toca-se mais baixo, ao passo que quando se toca em forte (f), toca-se mais alto. É a variação da intensidade das notas ao longo da música.
  • 33. Pauta ou pentagrama é o conjunto de 5 linhas horizontais, paralelas e equidistantes que formam, entre si, 4 espaços onde são escritas as notas. Pauta é o nome do conjunto de linhas utilizado para escrever as notas as notas musicais de uma partitura. A pauta contém 5 linhas e por isso também é chamada às vezes de pentagrama. As linhas e espaços são contadas de baixo para cima.
  • 34. A forma, melodia, ou discurso musical, é a maneira de combinarmos os sons, expressando assim a música. E esta combinação dos sons repetindo ou variando o tempo, a altura e a intensidade, de forma sucessiva, lógica, coerente e ordenada, formando um sentido musical que é percebido pelo ouvido. Cada som de diferente intensidade é denominado nota musical. A forma resume-se em uma sequência lógica de notas musicais.
  • 35. Uma peça musical pode ser escrita na forma binária (duas pulsações por compasso).
  • 36. Uma peça musical pode ser escrita na forma ternária (três pulsações por compasso).
  • 37. Uma peça musical pode ser escrita na forma quaternária (quatro pulsações por compasso), etc.
  • 38. A harmonia é a combinação simultânea de dois ou mais sons, implicando em agradar aos ouvidos com uma melodia bem composta, sons congruentes e num compasso alinhado.  É preciso, portanto, dar sentido à melodia executando-a fielmente de acordo com os critérios técnicos como a afinação, a suavidade, o volume, o andamento, a interpretação, etc.
  • 39. É a combinação e emissão de diferentes sons em simultâneo; é o acompanhamento de uma melodia. Trabalha com as sonoridades resultantes da sobreposição de diferentes notas.  A Harmonia é geralmente representada pelo acorde, que é a execução de três ou mais notas em simultâneo.
  • 40. O som é a matéria-prima da música. É ele o elemento responsável pela condução de todos os aspetos pertinentes à execução musical até o ouvinte.  Da sensação auditiva criada por este fenómeno, o ouvinte pode perceber e apreciar toda a expressão de uma frase musical, toda a musicalidade do intérprete e também o conteúdo do discurso musical de um compositor, elementos estes perpetuados pelas notas musicais.  Através de nuances na sonoridade, o instrumentista é capaz de transmitir estas características musicais aos ouvintes.
  • 41. O aparelho respiratório é composto pelo nariz ou fossas nasais, traqueia, pulmões e diafragma. Permite a passagem do ar para dentro e para fora do organismo. O som é produzido pelo ar em vibração e que o ar é transformado em vibrações pelo produtor de som, por exemplo, os tubos de metal ou no nosso corpo, as membranas e cordas vocais.
  • 42. O aparelho fonador é constituído pela laringe e pelas cordas vocais. A laringe, que está situada na parte superior da traqueia, tem fixado no seu bordo interno os ligamentos que formam as cordas ou pregas vocais. Para produzir a voz, as pregas vocais que em estado de repouso estão soltas e separadas para permitir a passagem do ar quando respiramos, fecham-se automaticamente.  O ar em expiração, passa pelas pregas vocais, fazendo com que elas vibrem, para produzir o som.
  • 43. Durante a respiração, o ar inspirado passa pelas cordas vocais que permanecem abertas, enquanto que na expiração, elas fecham e o ar faz pressão, causando uma vibração que produz o som. Assim, podemos concluir que a voz é produzida durante o processo de respiração. As cordas vocais fazem um movimento alternado de abrir e fechar, ou seja, quando estamos calados elas estão abertas (momento de respiração) e quando falamos ou cantamos elas fecham-se (momento de fonação).
  • 44. É a disciplina da linguística que se dedica ao estudo das propriedades físicas (acústicas e articulatórias) dos sons da fala, desde a forma como são produzidos pelo aparelho fonador à forma como são percebidos e processados pelo ouvido humano. À fonética interessam todas as alterações subjacentes à realização dos sons da fala independentemente do seu valor significativo e comunicativo, ao contrário da fonologia, que estuda apenas as realizações fónicas que estabelecem significados na língua e que possuem por isso valor comunicativo.
  • 45. Área que se dedica ao estudo da anatomia e da fisiologia da produção da fala, ou seja, descreve e observa a forma como os sons da fala são articulados pelo aparelho fonador.  Sendo a maior parte dos sons das línguas produzidos no momento da expiração, o ar sai dos pulmões, percorre os brônquios, a traqueia e a laringe até que encontra as cordas vocais na glote.  Do ponto de vista articulatório, as consoantes são classificadas quanto ao seu modo de articulação, ou seja, a maneira como se dá a obstrução, e quanto ao seu ponto de articulação, ou região na boca onde se dá a obstrução.
  • 46. Área da fonética que se dedica às propriedades acústicas dos sons da fala, analisando o tipo de ondas sonoras que a compõem, a sua produção e propagação, os filtros que a modificam, os ressoadores que a amplificam, etc. A fonética acústica recorre a instrumentos de análise e de observação das características físicas dos sons, análise essa que atualmente pode ser feita por ferramentas computacionais de análise de sinais de fala.
  • 47. Área da fonética que se dedica ao estudo dos processos de audição da fala humana e de processamento das suas características pelo cérebro humano. Estuda também a anatomia e fisiologia do ouvido humano, a forma como são recebidas as ondas sonoras e como estas são conduzidas pelos neurónios ao cérebro, onde são finalmente processadas e reconhecidas.
  • 48. Conceitos fundamentais para uma boa emissão de voz: Posição elevada do palato mole; Ampliação bucal, deixando passar o som que procura as ressonância; Articulação clara e correta abertura da boca para os diferentes fonemas; Posição relaxada e mobilidade laríngea; Emissão clara, límpida e com sons redondos;
  • 49. Posição da língua plana e relaxada, tocando com a extremidade nos incisivos inferiores; Posição correta do corpo, falando com naturalidade e sem rigidez; Sustentação da coluna do ar com o diafragma e impulsioná-lo até aos ressonadores; Aquisição de um esquema corporal correto.
  • 50. A voz deve ser controla desde a infância, da seguinte forma: Ensinar a respirar; Pronunciar com clareza e exatidão vogais e consoantes, articulando bem; Utilizar plenamente as cavidades de ressonância, produzindo sons precisos das palavras e dando o justo valor às frases; Não deixar cair as sílabas finais;
  • 51. A voz deve ser controla desde a infância, da seguinte forma: O som de cada sílaba deve ser colocado nos lábios, a garganta deve estar relaxada e aberta, e a cavidade bucal deve ser ampliada de forma a melhorar a articulação; A voz deve colocar-se “à frente”, na máscara, e num ponto central da boca; A articulação deve ser um pouco exagerada, “saboreando” as sílabas. O som das palavras deve ter um timbre claro, limpo, sonoro, fácil e produzir-se sem esforço.
  • 52. Beber no mínimo dois litros de água ao longo do dia, em temperatura ambiente, para hidratar as pregas vocais. A ingestão de água é fundamental para a voz, pois as pregas vocais precisam estar lubrificadas para vibrarem adequadamente. O pó de giz, poeira e ar-condicionado são fatores que secam a garganta e dificultam a vibração das pregas vocais, tornando-se imprescindível a adequada hidratação;
  • 53. Evitar fumo, pois o fumo do cigarro agride diretamente a mucosa das pregas vocais, causando ressecamento, irritação e inchaço, alterando a qualidade da voz. Além disso, o cigarro é um dos principais agentes etiológicos do cancro da laringe; Evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. Além de irritar a mucosa, o álcool anestesia e altera as sensações ao falar. Desta forma, o falante pode estar a abusar da sua voz sem perceber e os sintomas somente serão notados após o efeito da bebida: ardência, queimadura, voz rouca e fraca;
  • 54. Evitar o consumo de chocolates, leite integral e derivados durante o uso profissional da voz, pois são alimentos ricos em gordura e aumentam a viscosidade da mucosa no trato vocal; Fazer refeições leves antes do trabalho, dando preferência às verduras, legumes e frutas, e evitar o consumo de alimentos gordurosos e condimentados que dificultam a digestão;
  • 55. Mastigar bem os alimentos também é importante, pois a mastigação realizada com movimentos amplos de mandíbula é um bom exercício para a dicção; Evitar o uso de pastilhas à base de menta, pois elas anestesiam a garganta e fazem com que não perceba que está a forçar a voz; Durante quadros gripais e crises alérgicas, beber bastante líquidos e limitar o uso da voz;
  • 56. Evitar a ingestão de drogas inalatórias ou injetáveis que têm ação direta sobre a laringe e a voz, além de alterações cardiovasculares e neurológicas; Utilizar roupas leves que permitam a livre movimentação do corpo, principalmente na região do pescoço e cintura, onde estão situados a laringe e o músculo diafragma: É relevante o hábito de exercícios de relaxamento, procurando evitar uma apresentação sob tensão e esforço; Manter a postura do corpo ereta, no eixo, porém relaxada, principalmente a cabeça;
  • 57. Ao falar, não forçar a tessitura vocal (tons agudos ou graves). Fale no seu tom normal de voz; Dormir bem (cerca de 8 horas/dia) é de fundamental importância, pois o descanso é um grande aliado para uma boa voz; É extremamente prejudicial falar exaustivamente em ambientes de muito ruído, ou sem tratamento acústico adequado, evitando “competir” com o barulho; Quando se estiver a falar para um grupo, procurar falar no centro do ambiente, para que a acústica do local se encarregue de propagar a voz, de modo a evitar um esforço desnecessário;
  • 58. Falar de forma tranquila: respirar adequadamente, pausadamente, procurando não esmagar a voz nem usar o “ar de reserva” durante a conversa; Monitorizar a voz – aprender a ouvir e a avaliar a qualidade vocal e a reconhecer as sensações de tensão/esforço desnecessários; Procurar, pelo menos uma vez por ano, ser observado por um otorrinolaringologista.