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Fogueiras e
Comida Mateira
Série Ar Livre 14Coleção
1SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
Esta é mais uma publicação
TAFARA
Série Ar Livre
Volume 14
FOGUEIRAS E COMIDA MATEIRA
1a. Edição: 1500 exemplares
Diagramação e Edição: Carlos Alberto F. de Moura
Capa: Carlos Alberto F. de Moura
Coordenação: Mario Henrique P. Farinon
Autor: Moacir Starosta
“OBRA INDEPENDENTE, NÃO OFICIAL OU
AUTORIZADA PELA UEB.”
“Direitos da 1a. Edição cedidos à União dos Escoteiros do
Brasil, Região do Rio Grande do Sul”
Porto Alegre, RS, 2001
2 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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À meus pais,
Adolfo Starosta (In Memorian) e Zilda Marchik Axelrod
Starosta,
Meus exemplos,
Aos irmãos escoteiros mais velhos, que me ajudaram em um
momento difícil...
Ao irmão escoteiro Paulo Von Lichtenberg que me ensinou
algumas técnicas sobre o assunto.
Aos verdadeiros amigos.
Meus agradecimentos pelo apoio e inspiração.
Muito Obrigado!
Moacir Starosta
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APRESENTAÇÃO
Na Páscoa de 1998, de 10 a 12 de abril, um grupo de escotistas e
dirigentes reuniram-se, em um sítio denominado TAFARA CAMP, tomando
para si a incumbência de suprir a lacuna deixada pela falta de definição do
tema das Especialidades, concebeu e criou o que hoje constitui-se no Guia
de Especialidades da UEB.
O mesmo grupo, na seqüência, participou decisivamente na elaboração
dos Guias Escoteiro, Senior e Pioneiro.
Visto que este trabalho informal e espontâneo estava tendo resultados
positivos, e, entendendo que a carência de instrumentos, principalmente
literatura, é um grande obstáculo ao crescimento do Escotismo, resolvemos
assumir como missão “disponibilizar instrumentos de apoio aos praticantes
do Escotismo no Brasil”.
Este grupo, que tem sua composição aberta a todos quantos queiram
colaborar com esta iniciativa, também resolveu adotar o pseudônimo TAFARA
para identificar-se e identificar a autoria e origem de todo o material que
continuará a produzir.
Os instrumentos que TAFARA se propõe a produzir, tanto serão
originais como os Mapas de Especialidades, de Etapas Escoteiro, de Etapas
Senior e de Planejamento, já editados pela Loja Escoteira Nacional, como
também, traduções, adaptações, atualizações, consolidações, etc., de
matérias já produzidas em algum momento, e que, embora sejam úteis, não
mais estão disponíveis nos dias de hoje.
O material produzido por TAFARA é feito de forma independente.
Não temos a pretensão de fazermos obras primas, mas instrumentos que
possam auxiliar a todos quantos pratiquem Escotismo no Brasil.
Envie-nos sugestões para criarmos e aperfeiçoarmos qualquer
material que seja necessário.
Este é mais um instrumento de apoio a suas atividades. Ele é uma
coletânea de idéias de obras editadas em vários países.
Boa Atividade.
Mario Henrique Peters Farinon
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EDIÇÃO IMPRESSA PELA DIRETORIA REGIONAL 2001/2003
Diretoria Mario Henrique Peters Farinon
Diretoria David Crusius
Diretoria Márcio Sequeira da Silva
Diretoria Ronei Castilhos da Silva
Diretoria Osvaldo Osmar Schorn Correa
EDIÇÃO DIGITALDISPONIBILIZADAPELADIRETORIAREGIONAL2004/2006
Diretoria Ronei de Castilhos da Silva
Diretoria Neivinha Rieth
Diretoria Waldir Sthalscmidt
Diretoria Paulo Roberto da Silva Santos
Diretoria Leandro Balardin
COMITÊGESTOR
Carlos Alberto de Moura
Marco Aurélio Romeu Fernandes
Mario Henrique Peters Farinon
Miguel Cabistani
Paulo Lamego
Paulo Ramos
Paulo Vinícius de Castilhos Palma
Siágrio Felipe Pinheiro
Tania Ayres Farinon
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“Todo escoteiro deve, naturalmente, saber cozinhar sua
refeição de carne e legumes, e também fazer o seu pão,
sem o auxílio dos utensílios de cozinha comumente usa-
dos.”
Baden-Powell
6 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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É claro que um escoteiro, como primeira coisa, deve
saber acender uma fogueira.
Para confeccionar-mos uma comida mateira são necessá-
rios fogos que dêem muita brasa, poucas chamas e pouca
fumaça, isto é obtido quando se usa lenha seca.
Fogueiras
7SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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Para produzirmos uma fogueira devemos observar os
passos que se seguem:
Escolha do lugar: depende do lugar onde se está
acampado e qual o tipo de fogo que se necessita. Também é
necessário cuidado com o estado metereológico do tempo
e, logicamente, a disponibilidade de lenha.
8 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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Pode-se fazer fogo em quase todos os lugares se o dia está
bonito e, caso não existam correntes de ar.
Se estiver chovendo ou se houver vento forte, se deve bus-
car um lugar protegido.
9SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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Ao iniciar a montagem do fogo devemos colocar o que
chamamos de isca, que é algum material de fácil combustão que
será o material a se inflamar primeiro produzindo uma chama
intensa e brilhante. Eis algumas sugestões de iscas: galhos se-
cos picotados de baixo para cima, ramos finos e secos de árvo-
re, pedaços de casca de árvores com resina como pinus, acácia
ou eucalipto, papel com parafina (vela), galhos bem finos trans-
formados em uma mecha ou acendendores industriais para car-
vão vegetal (lascas de madeira ou serragem compactadas com
resina), vendidos em lojas especializadas ou supermercados.
Como se Produz o Fogo
Primeiro limpar o lugar ao redor dos materiais que pos-
sam ser inflamáveis, tais como: folhas secas, galhos e mato em
geral afim de evitar que o fogo se alastre às moitas ao redor.
Como sugestão limpe um círculo de dois metros ao redor
da fogueira e, deixe sempre alguns galhos com folhas por per-
to, para se necessário, apagar qualquer foco de fogo acidental.
10 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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É necessário após a isca, montar a pirâmide inicial com
galhos secos e finos. Caso a lenha esteja muito molhada faça
pequenos cortes no sentido inverso para expor a parte seca,
cuidando para orientar a “boca” para o lado da corrente de ar.
Coloque alguns galhos mais grossos por fora para secar e es-
quentar, não coloque lenha em excesso.
Não é recomendado o uso de combustíveis, pois somente
queimam a superfície (casca) dos galhos e não esquentam a ma-
deira mais grossa, além de serem de manuseio perigoso.
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Como se produz o fogo:
(A) Coloque em primeiro lugar um material de fácil combustão
(papel, capim ou folhas secas, galhos finos e, finalmente, alguns
grossos).
(B) Acender o fósforo, proteja a chama com uma das mãos.
(C) Acenda o papel ou o capim seco.
(D) Quando não houver necessidade de fogo, apague-o. Molhe
cada graveto com água e apague todas as brasas. Remova a
terra e volte a molhar. Assegure-se bem que está tudo absolu-
tamente apagado.
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Acendendo o Fogo sem Fósforo
* com lentes:
Dicas para Reacender o Fogo
* para guardar um fogo por algumas horas ou mesmo para o dia
seguinte, cubra-o com as próprias cinzas, retirando-as mais
tarde e assoprando, o fogo reacende sozinho;
* colocar um pouco de cinza na palma da mão, poderemos trans-
portar uma brasa sem nos queimarmos. A cinza é um ótimo iso-
lante térmico;
* o fogo é um ótimo desinfetante;
* não jogue gasolina, álcool ou qualquer substância inflamável
em fogo aceso.
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* com pedra e aço:
Arranje uma pedra bem dura, com a ponta de uma faca de
aço, produza faíscas com o atrito aproximando-se bem da isca,
que deve estar bem seca. Uma vez acesa a isca, abane ou assopre
lentamente as brasas até surgirem as chamas.
* método apache:
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Pegue um pedaço de madeira dura, com o cerne (núcleo
duro) perfeito, mas com a camada exterior um pouco podre.
Faça uma pequena cova na parte podre até atingir o cerne.
Coloque uma vareta de madeira dura e com uma correia de
couro, dê uma volta na vareta e amarre a correia na outra
extremidade do arco. Aplique um movimento de vai e vem. O
atrito na madeira esquentará a isca o suficiente para que ela
acenda e inicie o fogo.
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FOGO DE PIRÂMIDE: É o tipo mais simples de fogueira,
sendo o mais utilizado como iniciador para outros tipos de fo-
gueiras.
*Método Indígena Australiano ou Zulú: Ache um pedaço de
graveto bem duro e perfure um buraco num pedaço de madeira
macia, fazendo-o girar rapidamente entre as mãos o graveto,
obtêm-se fagulhas ou pequeninas brasas que acendem o capim
seco ou algumas fibras de casca de árvore bem secas.
Alguns Tipos de Fogueiras
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Também é possível transformá-lo em um fogo refletor ao
se colocar pedras ou toras empilhadas ao seu lado. Serve para
aquecer a barraca ou cozinhar. Tem sua origem nos explorado-
res da América do Norte.
FOGO DE CAÇADOR OU TIPO PRATELEIRA: É um
fogo para cozinhar. Se colocam sobre o solo dois troncos, gros-
sos, perpendiculares ao vento. Sobre estes troncos se colocam
troncos menores de forma alternada. As toras mais verdes po-
dem ficar mais embaixo. Faz-se um fogo em pirâmide no lado
de cima para acendê-lo. Serve para um fogo de conselho de
maior duração.
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FOGO DE SULCO: É bom para cozinhar. É feito cavando-se
um sulco estreito na terra, como no desenho. Este sulco deve
ser voltado para onde sopra o vento constante. É bom para
lugares com muito vento.
Se controla a intensidade do fogo colocando-se pedras em
frente a entrada do sulco.
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FOGO POLINÉSIO ou DE POÇO: Serve para cozinhar e
esquentar em regiões com muito vento, onde não há vegetação
que proteja do vento.
Cava-se um buraco, com uma profundidade de 35 centí-
metros aproximada e, de diâmetro semelhante.
Coloca-se toras ao redor e faz-se um fogo em forma de
pirâmide no fundo.
Se cozinha ao lado do poço ou acima dele, fazendo-se uma
grelha de galhos verdes ou utilizando um tripé de toras ou
metálico.
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FOGO DAKOTA: É uma variação do fogo polinésio ou de poço.
Utilizado nos desertos da América do Norte.
Ao lado do buraco do fogo polinésio cava-se um pequeno
buraco (chaminé) fazendo-se uma intercomunicação entre eles
por debaixo da terra, coloca-se a panela em cima do buraco
principal do fogo polinésio.
O oxigênio necessário para a combustão entrará pelo bu-
raco lateral sem ter problemas com o vento.
FOGO DE CONSELHO: Ao redor de uma fogueira em forma
de pirâmide, empilha-se toras formando uma chaminé. Para ali-
mentar esta fogueira coloca-se lenha pelo alto ou pelos espaços
da armação. Produz um fogo maior e, mais intenso.
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FOGO EM ESTRELA: É uma fogueira que produz um fogo
duradouro, quase sem chamas. No centro faz-se uma fogueira
em forma de pirâmide e, a medida que vai consumindo as pontas
das toras se empurram mais para o centro, onde irão produzir
mais brasas vivas. Ideal para aquecer e, produzir iluminação.
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FOGO DE PESCADOR: Com chuva e vento, façamos o fogo
como os pescadores fazem para cozinhar no mar.
Dentro de um balde furado nas laterais para dar respiro
às chamas; acende-se uma fogueira em forma de pirâmide. De-
pois é só colocar a panela ou grelha em cima e cozinhar.
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Apagando o Fogo
Sempre se deve apagar o fogo ao se afastar do acampa-
mento, mesmo que seja por pouco tempo.
Uma rajada de vento pode fazer grandes estragos levan-
tando fagulhas e produzindo um incêndio.
Molhe bem os troncos queimados, na falta de água, jogue
areia ou terra, como precaução adicional molhe bem a terra ao
redor da fogueira, cubra e compacte bem para apagar até a
última brasa.
Como medida para prevenir a erosão do solo, e deixar o
local melhor do que encontrastes, recoloque o capim de volta.
Queime latas e o lixo que você produziu, enterre-o em um
buraco.
Para dar maior durabilidade aos fósforos contra a umida-
de, cubra-os com uma fina camada de esmalte de unhas para
impermeabilizar.
Leve-os sempre em um recipiente hermeticamente fecha-
do com a parte da caixa de fósforos para acendê-los.
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Comida Mateira
É uma forma muito divertida de cozinhar e, muito útil em
situações de sobrevivência.
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Lembrete Importante: Na cozinha mateira os alimentos são
feitos nas brasas ou perto delas, DE PREFERÊNCIA, EVITE
as chamas diretas.
Cozinhando Ovos
* Ovo no barro: Faz-se uma massa de barro consistente e,
envolve-se o ovo fazendo-se uma bola. Coloca-se sobre as bra-
sas, ao notar que o barro rachou pelo calor, retira-se o ovo,
pois está cozido.
* Ovo no espeto: Faz-se um pequeno furo nos dois lados do ovo,
confecciona-se pequenos e finos espetos de taquara que serão
transpassados de um lado a outro, com cuidado. Coloca-se o
espeto entre duas forquilhas, gira-se, de vez em quando, até
que os ovos parem de rolar ou rachar. Está pronto.
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* Omelete na abóbora: Bate-se alguns ovos com tempero e sal.
Coloca-se dentro de uma abóbora previamente preparada, sem
caroços e cortado um tampo na parte de cima. Coloca-se a abó-
bora em cima das brasas até os ovos cozinharem.
* Ovos na batata: Corta-se uma batata grande, na altura de 2/
3 (tampa), cava-se com uma colher seu interior, coloca-se um
ou dois ovos sem as cascas, sal e temperos. Recoloque a tampa,
fixe com palitos e coloque ao lado das brasas. Espere que ovos
cozinhem por 10 minutos.
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* Ovos cozidos no papel ou no copo de papel com água: Em um
saco de papel encerado coloque os ovos estrelados com sal,
feche e coloque sobre as brasas suspenso por um galho. Em um
copo de papel encerado (tipo festa de criança) coloque um ovo
inteiro na àgua (meio copo), coloque perto das brasas.
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O papel alumínio é um ótimo material para se utilizar na
cozinha mateira, envolvendo-se os alimentos com o lado bri-
lhante para dentro, eles serão assados em seu próprio suco
adquirindo um excelente sabor.
Também podemos utilizar o papel alumínio para fazermos
alguns utensílios como panelas.
Dê preferência as folhas de alumínio mais grossas ou dobre
duas ou três vezes ao enrolar os alimentos.
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Fazendo Algumas Receitas de Pão
* Pão de Caçador ou “dampers” (úmidos): Faz-se um monte de
farinha de trigo ou centeio misturada com uma pitada de sal e
outra de fermento químico. No centro do monte faz-se um bu-
raco onde coloca-se àgua ou leite, gradativamente, até que a
massa tenha boa consistência. Passa-se farinha nas mãos para
que não grude, continua-se a amassar até que se forme uma
bola com a massa. Neste momento, vai-se alongando a massa
como uma cobra e, enrola-se em uma vara verde pré-aquecida
em forma de espiral. A vara é levada ao calor das brasas,
girando-se até obter uma camada grossa por fora. Para saber-
mos se o pão está pronto, crava-se um palito na massa, não
deverá sair massa grudada ou aparecer umidade no palito. Come-
se o pão com manteiga, pois ao esfriar ele endurece.
Variações:
- pode-se acrescentar duas à três colheres de açúcar à massa
junto ao sal, bem como, algumas passas de uva. Polvilhe açúcar
e canela quando estiver pronto.
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* Pão de Caçarola e Biscoitos: Esta massa serve também para a
confecção de biscoitos e pãezinhos.
Misture 1kg.de farinha de trigo, uma pitada de sal, uma
colher de sopa de fermento biológico, um ovo e duas colheres
de manteiga.
Coloque farinha nas mãos, sove a massa com um pouco de
leite ou água morna até adquirir uma boa consistência. Deixe
descansar por 10 à 15 minutos coberta com um pano úmido em
um recípiente para crescer (levedar).
Faça pequenos pãezinhos e coloque para assar em uma cha-
pa ou pedra lisa quente untada com azeite. Enfie um palito
para saber se está pronto, o palito deve sair seco e sem massa
grudada. Esta massa poderá ser assada em forma de panqueca
em uma pedra lisa quente e degustada com geléia ou mel.
Variações: - Coloque no centro do pãozinho um pedaço de quei-
jo, polvilhe com queijo parmesão.
- Coloque frutas cristalizadas e polvilhe com açucar e canela.
Enfim, invente a sua receita.
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Cozinhando Arroz de uma Forma Diferente
Coloque o arroz crú com água e sal dentro de um saco plástico
(saco resistente ao calor para forno microondas comprado em
supermercado) amarre a boca a um galho comprido, aproxime-o
das brasas, mais ou menos uns quinze à vinte centímetros, deixe
cozinhar só no calor. Tempo de cozimento, mais ou menos meia
hora.
Variação:
- Você poderá colocar o arroz industrial (já vem em saquinho
especial) em um saco com àgua e sal.
* Arroz à Grega na Abóbora: Coloque arroz, sal, passas de
uva, milho,ervilhas e cenoura picada dentro de uma abóbora
pré-preparada. Retire os caroços e corte uma tampa. Enterre
a parte de baixo da abóbora nas brasas, tampe com a parte de
cima, deixe o arroz cozinhar.
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Cozinhando Carnes
Dois métodos muito utilizados para cozinhar carnes são:
1º Embrulha-se a carne (peixe, galinha, porco ou gado) em pa-
pel de alumínio e, enterra-se a um palmo de profundidade. Faz-
se o fogo por cima e deixa-se assar.
32 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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2º Embrulha-se o alimento em papel alumínio e coloca-se sobre
o solo limpo ou sobre tijolos ou telhas. Põe-se brasas por cima.
Para cada quilo de alimento leva em torno de uma hora para o
cozimento.
Utiliza-se muito para fazer peixes de couro, como o pacú,
por exemplo.
33SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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* Pacú à Moda Pantaneira: Limpa-se o peixe, coloca-se cenoura
picada em diagonal, pimentão, tomate, coentro, sal e outros tem-
peros.
Embrulha-se o peixe na folha de bananeira diversas vezes
e, coloca-se sobre o braseiro. Vire o peixe após trinta minutos.
Após uma hora, para um peixe médio, estará pronto.
Para assarmos carnes em geral pode-se usar o método abai-
xo.
34 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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* Tainha na Taquara: Pega-se a tainha, limpa-se por dentro,
não precisa tirar as escamas, coloca-se o tempero na parte
interna do peixe. Asse o peixe virando algumas vezes o espeto.
Tempero: Manjericão, alho picado, cebola picada, sal, coentro
e suco de limão, pimenta opcional.
Coloque sobre o fogo o espeto, regue o peixe com o tem-
pero 3 à 4 vezes quando do cozimento.
Para prender o peixe no espeto utilize um arame.
35SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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Cozinhando Carnes com Pedras Quentes
Envolver as pedras com papel de alumínio por questões de
higiene, esquentá-las nas brasas. Use, de preferência, casca-
lhos grandes.
Coloca-se uma grande pedra quente no peito de uma gali-
nha e, outras duas embaixo das asas, bem como, duas folhas de
papel de alumínio embaixo da mesma e temperos em forma de
molho dentro. Embrulhe rapidamente com o papel de alumínio a
galinha temperada e as pedras quentes, novamente embrulhe
este pacote comcom papel de jornal e, após, coloque dentro de
um saco plástico e amarre.
Prepare esta galinha durante uma jornada matinal para
degustá-la no almoço.
Pode-se colocar pedras quentes com pedaços de carne uti-
lizando-se a mesma técnica.
36 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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* Galinha no barro: Esta técnica é utilizada com galinhas vivas
(com penas).
Mate a galinha, limpe-a por dentro sem tirar as penas.
Coloque os temperos (sal, alho, cebola, alecrim, orégano, azei-
te, etc...) dentro da galinha.
Envolva-a com barro consistente e, coloque sobre o bra-
seiro, vire de vez em quando até o barro secar ou rachar. Que-
bre a bola de barro, as penas estarão coladas no barro. Bom
Apetite!
Cozinhando na Areia da Praia
Se vocè está numa praia, saiba que a areia é um excelente
forno. Basta fazermos uma bela fogueira com um grande bra-
seiro. Após, afaste o braseiro e, enterre, por exemplo, ovos na
areia quente. Após trinta minutos, os ovos estarão cozidos. Caso
não os coma imediatamente, lave-os para a gema não cozinhar
demais.
Outros alimentos podem ser feitos envolvendo-os em pa-
pel alumínio ou simplesmente para aquecê-los. Por exemplo:
Salsichão com queijo e orégano.
37SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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RECEITAS ( Faça e Comprove)
Ovo com Toucinho (Bacon) em sacola de papel
Coloque no fundo da sacola de papel as tiras de toucinho
(bacon), quebre os ovos e coloque-os sobre os pedaços de
toucinho, coloque sal à gosto. Feche a parte de cima da sacola
de papel, coloque um galho pontiagudo para segurar a sacola
sobre as brasas.
Café Gaúcho
Misture o pó de café com a àgua fria em um recipiente
metálico. Pegue uma tora com a ponta em brasa e mergulhe no
líquido até esquentar. Aguarde um pouco para o pó de café
sedimentar, retire a tora e sirva o café cuidadosamente para
não misturar o pó. Adoce à gosto.
38 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
Hamburguer Diferente
Coloque dentro de um papel de alumínio grosso, nesta or-
dem, rodelas de cenoura, rodelas de batata, rodelas de cebola,
carne moída temperada, rodelas de batata e rodelas de cenou-
ra.
Não esqueça de colocar sal e temperos nas cenouras, ba-
tatas e cebola. Caso queira coloque uma fatia de queijo logo
após a camada de carne. Faça um pacote e enrole no papel de
alumínio. Coloque sobre as brasas. Tempo de preparo: vinte à
trinta minutos.
Variação da Técnica:
- Enrole em papel de alumínio, uma folha, os alimentos, depois
enrole em papel jornal (três folhas), finalmente enrole este
pacote em papel de alumínio bem fechado, coloque nas brasas.
Torrada Suíça ( Rabanadas)
Junte três ovos, meia taça de leite natural ou dois terços
de uma taça de leite em pó reconstituido e uma pitada de sal.
Submergir as fatias de pão nesta mistura com ovos, leite e uma
pitada de sal. Fritá-las numa caçarola feita de galhos verdes e
papel de alumínio, em margarina ou óleo, até dourarem. Deixar
secar e, polvilhar com canela e açúcar. Rendimento: Dez fatias.
Espeto de Carnes
Coloque em um espeto de madeira alternados, carne de
gado, cebola, salsichão, abacaxi, toucinho. Asse sobre as bra-
sas.
Cebola Surpresa
Corte uma tampa de uma cebola grande, retire o centro
com uma faca. Recheie com um pedaço de queijo e presunto.
Tampe com a parte de cima da cebola com palitos. Coloque
sobre as brasas até as cebolas queimarem por fora.
39SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
Canoa de Mamão
Recorte um mamão ao meio. Com uma colher cave o mamão
até deixá-lo em forma de canoa, o mamão não deve ser muito
maduro. Recheie o espaço vazio com pedaços de chocolate e
algumas frutas picadas (maçã, pêra, laranja, etc...), polvilhe
com açúcar e canela. Feche o mamão com a outra metade em
forma de canoa. Embrulhe com papel de alumínio e coloque bra-
sas ao redor do pacote. Tempo de cozimento: por volta de cin-
co à dez minutos.
Banana, Açúcar e Canela
Coloque as bananas nas brasas até amolecer, polvilhe com
canela e açúcar.
Variações:
- Em um papel de alumínio coloque bananas, polvilhe com açúcar
e canela e coloque o pacote, bem fechado, no meio das brasas.
Poderemos utilizar a metade da casca de um côco, como
recipiente para cozinhar as bananas.
Mashmallow:
Comprá-los no setor de importados nos Supermercados.
colocar em uma vara longa, dourá-los ao fogo.
Cuidado: Coma devagar, pois seu interior ficará muito quente.
Maças Assadas
Tire a parte interna das maças, descasque até a metade
de cada maça. Recheie com açúcar mascavo ou normal, canela,
um pouco de manteiga e passas de uva ou nozes (faça uma pas-
ta). Polvilhe a parte de cima com açúcar e canela, embrulhe em
papel alumínio, coloque perto das brasas voltadas para cima.
Tempo de cozimento: quarenta à sessenta minutos.
40 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
Água
Farinha
de Trigo
Pano Ovo
Cebola
ou
Batata
Carne
41SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
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“Cozinhar em excursões tem sua parte divertida e criati-
va com inúmeros métodos, cujas possibilidades de variação es-
tão limitadas pelo grau de criatividade de cada um.
Uma das coisas mais excitantes que pode acontecer ao se
cozinhar é, produzir novas e exclusivas receitas, depois testá-
las e servir aos outros para que as apreciem sua arte.
Lembrem-se de decorar seus pratos, pois primeiro se come
com os olhos”.
Moacir Starosta
42 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
Bibliografia
* Revista Scout D’Europa
Associazione Italiana Guide e Scouts D’Europa Cattolici
Itália
* Cooking-Merit Badge Series
Boy Scouts of America
USA
* Colección Pastoral Scout Marista-Técnicas Scouts
H. Luis Ibanéz
Chile
* Para Ser Escoteiro de 1º Classe
Francisco Floriano de Paula
Ed. Escoteira - UEB
Brasil
* Guia S.O.S. Ecológico-Sobrevivência na Selva
Armando Serra Negra
Ed. Brasiliense
Brasil
* Revista Flor-de-Liz
Corpo Nacional de Escutas
Portugal
* Escotismo para Rapazes - B.P.
Edição da Fraternidade Escoteira Mundial
Ed. Escoteira - UEB
Brasil
Ed. Idéia Nova - UEB
Brasil
43SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
* Sempre Alerta - Nº 98
União dos Escoteiros do Brasil
Brasil
* Revista Clube do Escoteiro
Ed. Idéia Nova-UEB
Brasil
* Manual de Camping.
Alberto Maldonado Paz
Argentina
* Campamentos, Cocina y aire libre
Dian Thomas
Editorial Diana
México
44 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA
Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
SÉRIE AR LIVRE
1 - NÓS E AMARRAS
2 - ABRIGOS E BARRACAS
3 - FERRAMENTAS NO CAMPO
4 - BALSAS E CANOAS
5 - PONTES
6 - TORRES E MASTROS
7 - INSTALAÇÕES DE CAMPO
8 - TRUQUES E HABILIDADES
9 - ATIVIDADES E JOGOS COM PIONEIRIAS
10 - INSTALAÇÕES DE COZINHA
11 - TRABALHANDO COM CABOS
12 - INSTALAÇÕES DE CAMPO 2
13 - INSTALAÇÕES DE COZINHA 2
14 - FOGUEIRAS E COMIDA MATEIRA
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14 fogo e cozinha mateira

  • 1. Fogueiras e Comida Mateira Série Ar Livre 14Coleção
  • 2. 1SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Esta é mais uma publicação TAFARA Série Ar Livre Volume 14 FOGUEIRAS E COMIDA MATEIRA 1a. Edição: 1500 exemplares Diagramação e Edição: Carlos Alberto F. de Moura Capa: Carlos Alberto F. de Moura Coordenação: Mario Henrique P. Farinon Autor: Moacir Starosta “OBRA INDEPENDENTE, NÃO OFICIAL OU AUTORIZADA PELA UEB.” “Direitos da 1a. Edição cedidos à União dos Escoteiros do Brasil, Região do Rio Grande do Sul” Porto Alegre, RS, 2001
  • 3. 2 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 À meus pais, Adolfo Starosta (In Memorian) e Zilda Marchik Axelrod Starosta, Meus exemplos, Aos irmãos escoteiros mais velhos, que me ajudaram em um momento difícil... Ao irmão escoteiro Paulo Von Lichtenberg que me ensinou algumas técnicas sobre o assunto. Aos verdadeiros amigos. Meus agradecimentos pelo apoio e inspiração. Muito Obrigado! Moacir Starosta
  • 4. 3SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 APRESENTAÇÃO Na Páscoa de 1998, de 10 a 12 de abril, um grupo de escotistas e dirigentes reuniram-se, em um sítio denominado TAFARA CAMP, tomando para si a incumbência de suprir a lacuna deixada pela falta de definição do tema das Especialidades, concebeu e criou o que hoje constitui-se no Guia de Especialidades da UEB. O mesmo grupo, na seqüência, participou decisivamente na elaboração dos Guias Escoteiro, Senior e Pioneiro. Visto que este trabalho informal e espontâneo estava tendo resultados positivos, e, entendendo que a carência de instrumentos, principalmente literatura, é um grande obstáculo ao crescimento do Escotismo, resolvemos assumir como missão “disponibilizar instrumentos de apoio aos praticantes do Escotismo no Brasil”. Este grupo, que tem sua composição aberta a todos quantos queiram colaborar com esta iniciativa, também resolveu adotar o pseudônimo TAFARA para identificar-se e identificar a autoria e origem de todo o material que continuará a produzir. Os instrumentos que TAFARA se propõe a produzir, tanto serão originais como os Mapas de Especialidades, de Etapas Escoteiro, de Etapas Senior e de Planejamento, já editados pela Loja Escoteira Nacional, como também, traduções, adaptações, atualizações, consolidações, etc., de matérias já produzidas em algum momento, e que, embora sejam úteis, não mais estão disponíveis nos dias de hoje. O material produzido por TAFARA é feito de forma independente. Não temos a pretensão de fazermos obras primas, mas instrumentos que possam auxiliar a todos quantos pratiquem Escotismo no Brasil. Envie-nos sugestões para criarmos e aperfeiçoarmos qualquer material que seja necessário. Este é mais um instrumento de apoio a suas atividades. Ele é uma coletânea de idéias de obras editadas em vários países. Boa Atividade. Mario Henrique Peters Farinon
  • 5. 4 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 EDIÇÃO IMPRESSA PELA DIRETORIA REGIONAL 2001/2003 Diretoria Mario Henrique Peters Farinon Diretoria David Crusius Diretoria Márcio Sequeira da Silva Diretoria Ronei Castilhos da Silva Diretoria Osvaldo Osmar Schorn Correa EDIÇÃO DIGITALDISPONIBILIZADAPELADIRETORIAREGIONAL2004/2006 Diretoria Ronei de Castilhos da Silva Diretoria Neivinha Rieth Diretoria Waldir Sthalscmidt Diretoria Paulo Roberto da Silva Santos Diretoria Leandro Balardin COMITÊGESTOR Carlos Alberto de Moura Marco Aurélio Romeu Fernandes Mario Henrique Peters Farinon Miguel Cabistani Paulo Lamego Paulo Ramos Paulo Vinícius de Castilhos Palma Siágrio Felipe Pinheiro Tania Ayres Farinon
  • 6. 5SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 “Todo escoteiro deve, naturalmente, saber cozinhar sua refeição de carne e legumes, e também fazer o seu pão, sem o auxílio dos utensílios de cozinha comumente usa- dos.” Baden-Powell
  • 7. 6 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 É claro que um escoteiro, como primeira coisa, deve saber acender uma fogueira. Para confeccionar-mos uma comida mateira são necessá- rios fogos que dêem muita brasa, poucas chamas e pouca fumaça, isto é obtido quando se usa lenha seca. Fogueiras
  • 8. 7SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Para produzirmos uma fogueira devemos observar os passos que se seguem: Escolha do lugar: depende do lugar onde se está acampado e qual o tipo de fogo que se necessita. Também é necessário cuidado com o estado metereológico do tempo e, logicamente, a disponibilidade de lenha.
  • 9. 8 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Pode-se fazer fogo em quase todos os lugares se o dia está bonito e, caso não existam correntes de ar. Se estiver chovendo ou se houver vento forte, se deve bus- car um lugar protegido.
  • 10. 9SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Ao iniciar a montagem do fogo devemos colocar o que chamamos de isca, que é algum material de fácil combustão que será o material a se inflamar primeiro produzindo uma chama intensa e brilhante. Eis algumas sugestões de iscas: galhos se- cos picotados de baixo para cima, ramos finos e secos de árvo- re, pedaços de casca de árvores com resina como pinus, acácia ou eucalipto, papel com parafina (vela), galhos bem finos trans- formados em uma mecha ou acendendores industriais para car- vão vegetal (lascas de madeira ou serragem compactadas com resina), vendidos em lojas especializadas ou supermercados. Como se Produz o Fogo Primeiro limpar o lugar ao redor dos materiais que pos- sam ser inflamáveis, tais como: folhas secas, galhos e mato em geral afim de evitar que o fogo se alastre às moitas ao redor. Como sugestão limpe um círculo de dois metros ao redor da fogueira e, deixe sempre alguns galhos com folhas por per- to, para se necessário, apagar qualquer foco de fogo acidental.
  • 11. 10 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 É necessário após a isca, montar a pirâmide inicial com galhos secos e finos. Caso a lenha esteja muito molhada faça pequenos cortes no sentido inverso para expor a parte seca, cuidando para orientar a “boca” para o lado da corrente de ar. Coloque alguns galhos mais grossos por fora para secar e es- quentar, não coloque lenha em excesso. Não é recomendado o uso de combustíveis, pois somente queimam a superfície (casca) dos galhos e não esquentam a ma- deira mais grossa, além de serem de manuseio perigoso.
  • 12. 11SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Como se produz o fogo: (A) Coloque em primeiro lugar um material de fácil combustão (papel, capim ou folhas secas, galhos finos e, finalmente, alguns grossos). (B) Acender o fósforo, proteja a chama com uma das mãos. (C) Acenda o papel ou o capim seco. (D) Quando não houver necessidade de fogo, apague-o. Molhe cada graveto com água e apague todas as brasas. Remova a terra e volte a molhar. Assegure-se bem que está tudo absolu- tamente apagado.
  • 13. 12 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Acendendo o Fogo sem Fósforo * com lentes: Dicas para Reacender o Fogo * para guardar um fogo por algumas horas ou mesmo para o dia seguinte, cubra-o com as próprias cinzas, retirando-as mais tarde e assoprando, o fogo reacende sozinho; * colocar um pouco de cinza na palma da mão, poderemos trans- portar uma brasa sem nos queimarmos. A cinza é um ótimo iso- lante térmico; * o fogo é um ótimo desinfetante; * não jogue gasolina, álcool ou qualquer substância inflamável em fogo aceso.
  • 14. 13SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * com pedra e aço: Arranje uma pedra bem dura, com a ponta de uma faca de aço, produza faíscas com o atrito aproximando-se bem da isca, que deve estar bem seca. Uma vez acesa a isca, abane ou assopre lentamente as brasas até surgirem as chamas. * método apache:
  • 15. 14 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Pegue um pedaço de madeira dura, com o cerne (núcleo duro) perfeito, mas com a camada exterior um pouco podre. Faça uma pequena cova na parte podre até atingir o cerne. Coloque uma vareta de madeira dura e com uma correia de couro, dê uma volta na vareta e amarre a correia na outra extremidade do arco. Aplique um movimento de vai e vem. O atrito na madeira esquentará a isca o suficiente para que ela acenda e inicie o fogo.
  • 16. 15SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 FOGO DE PIRÂMIDE: É o tipo mais simples de fogueira, sendo o mais utilizado como iniciador para outros tipos de fo- gueiras. *Método Indígena Australiano ou Zulú: Ache um pedaço de graveto bem duro e perfure um buraco num pedaço de madeira macia, fazendo-o girar rapidamente entre as mãos o graveto, obtêm-se fagulhas ou pequeninas brasas que acendem o capim seco ou algumas fibras de casca de árvore bem secas. Alguns Tipos de Fogueiras
  • 17. 16 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Também é possível transformá-lo em um fogo refletor ao se colocar pedras ou toras empilhadas ao seu lado. Serve para aquecer a barraca ou cozinhar. Tem sua origem nos explorado- res da América do Norte. FOGO DE CAÇADOR OU TIPO PRATELEIRA: É um fogo para cozinhar. Se colocam sobre o solo dois troncos, gros- sos, perpendiculares ao vento. Sobre estes troncos se colocam troncos menores de forma alternada. As toras mais verdes po- dem ficar mais embaixo. Faz-se um fogo em pirâmide no lado de cima para acendê-lo. Serve para um fogo de conselho de maior duração.
  • 18. 17SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 FOGO DE SULCO: É bom para cozinhar. É feito cavando-se um sulco estreito na terra, como no desenho. Este sulco deve ser voltado para onde sopra o vento constante. É bom para lugares com muito vento. Se controla a intensidade do fogo colocando-se pedras em frente a entrada do sulco.
  • 19. 18 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 FOGO POLINÉSIO ou DE POÇO: Serve para cozinhar e esquentar em regiões com muito vento, onde não há vegetação que proteja do vento. Cava-se um buraco, com uma profundidade de 35 centí- metros aproximada e, de diâmetro semelhante. Coloca-se toras ao redor e faz-se um fogo em forma de pirâmide no fundo. Se cozinha ao lado do poço ou acima dele, fazendo-se uma grelha de galhos verdes ou utilizando um tripé de toras ou metálico.
  • 20. 19SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 FOGO DAKOTA: É uma variação do fogo polinésio ou de poço. Utilizado nos desertos da América do Norte. Ao lado do buraco do fogo polinésio cava-se um pequeno buraco (chaminé) fazendo-se uma intercomunicação entre eles por debaixo da terra, coloca-se a panela em cima do buraco principal do fogo polinésio. O oxigênio necessário para a combustão entrará pelo bu- raco lateral sem ter problemas com o vento. FOGO DE CONSELHO: Ao redor de uma fogueira em forma de pirâmide, empilha-se toras formando uma chaminé. Para ali- mentar esta fogueira coloca-se lenha pelo alto ou pelos espaços da armação. Produz um fogo maior e, mais intenso.
  • 21. 20 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 FOGO EM ESTRELA: É uma fogueira que produz um fogo duradouro, quase sem chamas. No centro faz-se uma fogueira em forma de pirâmide e, a medida que vai consumindo as pontas das toras se empurram mais para o centro, onde irão produzir mais brasas vivas. Ideal para aquecer e, produzir iluminação.
  • 22. 21SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 FOGO DE PESCADOR: Com chuva e vento, façamos o fogo como os pescadores fazem para cozinhar no mar. Dentro de um balde furado nas laterais para dar respiro às chamas; acende-se uma fogueira em forma de pirâmide. De- pois é só colocar a panela ou grelha em cima e cozinhar.
  • 23. 22 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Apagando o Fogo Sempre se deve apagar o fogo ao se afastar do acampa- mento, mesmo que seja por pouco tempo. Uma rajada de vento pode fazer grandes estragos levan- tando fagulhas e produzindo um incêndio. Molhe bem os troncos queimados, na falta de água, jogue areia ou terra, como precaução adicional molhe bem a terra ao redor da fogueira, cubra e compacte bem para apagar até a última brasa. Como medida para prevenir a erosão do solo, e deixar o local melhor do que encontrastes, recoloque o capim de volta. Queime latas e o lixo que você produziu, enterre-o em um buraco. Para dar maior durabilidade aos fósforos contra a umida- de, cubra-os com uma fina camada de esmalte de unhas para impermeabilizar. Leve-os sempre em um recipiente hermeticamente fecha- do com a parte da caixa de fósforos para acendê-los.
  • 24. 23SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Comida Mateira É uma forma muito divertida de cozinhar e, muito útil em situações de sobrevivência.
  • 25. 24 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Lembrete Importante: Na cozinha mateira os alimentos são feitos nas brasas ou perto delas, DE PREFERÊNCIA, EVITE as chamas diretas. Cozinhando Ovos * Ovo no barro: Faz-se uma massa de barro consistente e, envolve-se o ovo fazendo-se uma bola. Coloca-se sobre as bra- sas, ao notar que o barro rachou pelo calor, retira-se o ovo, pois está cozido. * Ovo no espeto: Faz-se um pequeno furo nos dois lados do ovo, confecciona-se pequenos e finos espetos de taquara que serão transpassados de um lado a outro, com cuidado. Coloca-se o espeto entre duas forquilhas, gira-se, de vez em quando, até que os ovos parem de rolar ou rachar. Está pronto.
  • 26. 25SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Omelete na abóbora: Bate-se alguns ovos com tempero e sal. Coloca-se dentro de uma abóbora previamente preparada, sem caroços e cortado um tampo na parte de cima. Coloca-se a abó- bora em cima das brasas até os ovos cozinharem. * Ovos na batata: Corta-se uma batata grande, na altura de 2/ 3 (tampa), cava-se com uma colher seu interior, coloca-se um ou dois ovos sem as cascas, sal e temperos. Recoloque a tampa, fixe com palitos e coloque ao lado das brasas. Espere que ovos cozinhem por 10 minutos.
  • 27. 26 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Ovos cozidos no papel ou no copo de papel com água: Em um saco de papel encerado coloque os ovos estrelados com sal, feche e coloque sobre as brasas suspenso por um galho. Em um copo de papel encerado (tipo festa de criança) coloque um ovo inteiro na àgua (meio copo), coloque perto das brasas.
  • 28. 27SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 O papel alumínio é um ótimo material para se utilizar na cozinha mateira, envolvendo-se os alimentos com o lado bri- lhante para dentro, eles serão assados em seu próprio suco adquirindo um excelente sabor. Também podemos utilizar o papel alumínio para fazermos alguns utensílios como panelas. Dê preferência as folhas de alumínio mais grossas ou dobre duas ou três vezes ao enrolar os alimentos.
  • 29. 28 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Fazendo Algumas Receitas de Pão * Pão de Caçador ou “dampers” (úmidos): Faz-se um monte de farinha de trigo ou centeio misturada com uma pitada de sal e outra de fermento químico. No centro do monte faz-se um bu- raco onde coloca-se àgua ou leite, gradativamente, até que a massa tenha boa consistência. Passa-se farinha nas mãos para que não grude, continua-se a amassar até que se forme uma bola com a massa. Neste momento, vai-se alongando a massa como uma cobra e, enrola-se em uma vara verde pré-aquecida em forma de espiral. A vara é levada ao calor das brasas, girando-se até obter uma camada grossa por fora. Para saber- mos se o pão está pronto, crava-se um palito na massa, não deverá sair massa grudada ou aparecer umidade no palito. Come- se o pão com manteiga, pois ao esfriar ele endurece. Variações: - pode-se acrescentar duas à três colheres de açúcar à massa junto ao sal, bem como, algumas passas de uva. Polvilhe açúcar e canela quando estiver pronto.
  • 30. 29SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Pão de Caçarola e Biscoitos: Esta massa serve também para a confecção de biscoitos e pãezinhos. Misture 1kg.de farinha de trigo, uma pitada de sal, uma colher de sopa de fermento biológico, um ovo e duas colheres de manteiga. Coloque farinha nas mãos, sove a massa com um pouco de leite ou água morna até adquirir uma boa consistência. Deixe descansar por 10 à 15 minutos coberta com um pano úmido em um recípiente para crescer (levedar). Faça pequenos pãezinhos e coloque para assar em uma cha- pa ou pedra lisa quente untada com azeite. Enfie um palito para saber se está pronto, o palito deve sair seco e sem massa grudada. Esta massa poderá ser assada em forma de panqueca em uma pedra lisa quente e degustada com geléia ou mel. Variações: - Coloque no centro do pãozinho um pedaço de quei- jo, polvilhe com queijo parmesão. - Coloque frutas cristalizadas e polvilhe com açucar e canela. Enfim, invente a sua receita.
  • 31. 30 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Cozinhando Arroz de uma Forma Diferente Coloque o arroz crú com água e sal dentro de um saco plástico (saco resistente ao calor para forno microondas comprado em supermercado) amarre a boca a um galho comprido, aproxime-o das brasas, mais ou menos uns quinze à vinte centímetros, deixe cozinhar só no calor. Tempo de cozimento, mais ou menos meia hora. Variação: - Você poderá colocar o arroz industrial (já vem em saquinho especial) em um saco com àgua e sal. * Arroz à Grega na Abóbora: Coloque arroz, sal, passas de uva, milho,ervilhas e cenoura picada dentro de uma abóbora pré-preparada. Retire os caroços e corte uma tampa. Enterre a parte de baixo da abóbora nas brasas, tampe com a parte de cima, deixe o arroz cozinhar.
  • 32. 31SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Cozinhando Carnes Dois métodos muito utilizados para cozinhar carnes são: 1º Embrulha-se a carne (peixe, galinha, porco ou gado) em pa- pel de alumínio e, enterra-se a um palmo de profundidade. Faz- se o fogo por cima e deixa-se assar.
  • 33. 32 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 2º Embrulha-se o alimento em papel alumínio e coloca-se sobre o solo limpo ou sobre tijolos ou telhas. Põe-se brasas por cima. Para cada quilo de alimento leva em torno de uma hora para o cozimento. Utiliza-se muito para fazer peixes de couro, como o pacú, por exemplo.
  • 34. 33SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Pacú à Moda Pantaneira: Limpa-se o peixe, coloca-se cenoura picada em diagonal, pimentão, tomate, coentro, sal e outros tem- peros. Embrulha-se o peixe na folha de bananeira diversas vezes e, coloca-se sobre o braseiro. Vire o peixe após trinta minutos. Após uma hora, para um peixe médio, estará pronto. Para assarmos carnes em geral pode-se usar o método abai- xo.
  • 35. 34 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Tainha na Taquara: Pega-se a tainha, limpa-se por dentro, não precisa tirar as escamas, coloca-se o tempero na parte interna do peixe. Asse o peixe virando algumas vezes o espeto. Tempero: Manjericão, alho picado, cebola picada, sal, coentro e suco de limão, pimenta opcional. Coloque sobre o fogo o espeto, regue o peixe com o tem- pero 3 à 4 vezes quando do cozimento. Para prender o peixe no espeto utilize um arame.
  • 36. 35SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Cozinhando Carnes com Pedras Quentes Envolver as pedras com papel de alumínio por questões de higiene, esquentá-las nas brasas. Use, de preferência, casca- lhos grandes. Coloca-se uma grande pedra quente no peito de uma gali- nha e, outras duas embaixo das asas, bem como, duas folhas de papel de alumínio embaixo da mesma e temperos em forma de molho dentro. Embrulhe rapidamente com o papel de alumínio a galinha temperada e as pedras quentes, novamente embrulhe este pacote comcom papel de jornal e, após, coloque dentro de um saco plástico e amarre. Prepare esta galinha durante uma jornada matinal para degustá-la no almoço. Pode-se colocar pedras quentes com pedaços de carne uti- lizando-se a mesma técnica.
  • 37. 36 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Galinha no barro: Esta técnica é utilizada com galinhas vivas (com penas). Mate a galinha, limpe-a por dentro sem tirar as penas. Coloque os temperos (sal, alho, cebola, alecrim, orégano, azei- te, etc...) dentro da galinha. Envolva-a com barro consistente e, coloque sobre o bra- seiro, vire de vez em quando até o barro secar ou rachar. Que- bre a bola de barro, as penas estarão coladas no barro. Bom Apetite! Cozinhando na Areia da Praia Se vocè está numa praia, saiba que a areia é um excelente forno. Basta fazermos uma bela fogueira com um grande bra- seiro. Após, afaste o braseiro e, enterre, por exemplo, ovos na areia quente. Após trinta minutos, os ovos estarão cozidos. Caso não os coma imediatamente, lave-os para a gema não cozinhar demais. Outros alimentos podem ser feitos envolvendo-os em pa- pel alumínio ou simplesmente para aquecê-los. Por exemplo: Salsichão com queijo e orégano.
  • 38. 37SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 RECEITAS ( Faça e Comprove) Ovo com Toucinho (Bacon) em sacola de papel Coloque no fundo da sacola de papel as tiras de toucinho (bacon), quebre os ovos e coloque-os sobre os pedaços de toucinho, coloque sal à gosto. Feche a parte de cima da sacola de papel, coloque um galho pontiagudo para segurar a sacola sobre as brasas. Café Gaúcho Misture o pó de café com a àgua fria em um recipiente metálico. Pegue uma tora com a ponta em brasa e mergulhe no líquido até esquentar. Aguarde um pouco para o pó de café sedimentar, retire a tora e sirva o café cuidadosamente para não misturar o pó. Adoce à gosto.
  • 39. 38 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Hamburguer Diferente Coloque dentro de um papel de alumínio grosso, nesta or- dem, rodelas de cenoura, rodelas de batata, rodelas de cebola, carne moída temperada, rodelas de batata e rodelas de cenou- ra. Não esqueça de colocar sal e temperos nas cenouras, ba- tatas e cebola. Caso queira coloque uma fatia de queijo logo após a camada de carne. Faça um pacote e enrole no papel de alumínio. Coloque sobre as brasas. Tempo de preparo: vinte à trinta minutos. Variação da Técnica: - Enrole em papel de alumínio, uma folha, os alimentos, depois enrole em papel jornal (três folhas), finalmente enrole este pacote em papel de alumínio bem fechado, coloque nas brasas. Torrada Suíça ( Rabanadas) Junte três ovos, meia taça de leite natural ou dois terços de uma taça de leite em pó reconstituido e uma pitada de sal. Submergir as fatias de pão nesta mistura com ovos, leite e uma pitada de sal. Fritá-las numa caçarola feita de galhos verdes e papel de alumínio, em margarina ou óleo, até dourarem. Deixar secar e, polvilhar com canela e açúcar. Rendimento: Dez fatias. Espeto de Carnes Coloque em um espeto de madeira alternados, carne de gado, cebola, salsichão, abacaxi, toucinho. Asse sobre as bra- sas. Cebola Surpresa Corte uma tampa de uma cebola grande, retire o centro com uma faca. Recheie com um pedaço de queijo e presunto. Tampe com a parte de cima da cebola com palitos. Coloque sobre as brasas até as cebolas queimarem por fora.
  • 40. 39SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Canoa de Mamão Recorte um mamão ao meio. Com uma colher cave o mamão até deixá-lo em forma de canoa, o mamão não deve ser muito maduro. Recheie o espaço vazio com pedaços de chocolate e algumas frutas picadas (maçã, pêra, laranja, etc...), polvilhe com açúcar e canela. Feche o mamão com a outra metade em forma de canoa. Embrulhe com papel de alumínio e coloque bra- sas ao redor do pacote. Tempo de cozimento: por volta de cin- co à dez minutos. Banana, Açúcar e Canela Coloque as bananas nas brasas até amolecer, polvilhe com canela e açúcar. Variações: - Em um papel de alumínio coloque bananas, polvilhe com açúcar e canela e coloque o pacote, bem fechado, no meio das brasas. Poderemos utilizar a metade da casca de um côco, como recipiente para cozinhar as bananas. Mashmallow: Comprá-los no setor de importados nos Supermercados. colocar em uma vara longa, dourá-los ao fogo. Cuidado: Coma devagar, pois seu interior ficará muito quente. Maças Assadas Tire a parte interna das maças, descasque até a metade de cada maça. Recheie com açúcar mascavo ou normal, canela, um pouco de manteiga e passas de uva ou nozes (faça uma pas- ta). Polvilhe a parte de cima com açúcar e canela, embrulhe em papel alumínio, coloque perto das brasas voltadas para cima. Tempo de cozimento: quarenta à sessenta minutos.
  • 41. 40 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Água Farinha de Trigo Pano Ovo Cebola ou Batata Carne
  • 42. 41SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 “Cozinhar em excursões tem sua parte divertida e criati- va com inúmeros métodos, cujas possibilidades de variação es- tão limitadas pelo grau de criatividade de cada um. Uma das coisas mais excitantes que pode acontecer ao se cozinhar é, produzir novas e exclusivas receitas, depois testá- las e servir aos outros para que as apreciem sua arte. Lembrem-se de decorar seus pratos, pois primeiro se come com os olhos”. Moacir Starosta
  • 43. 42 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 Bibliografia * Revista Scout D’Europa Associazione Italiana Guide e Scouts D’Europa Cattolici Itália * Cooking-Merit Badge Series Boy Scouts of America USA * Colección Pastoral Scout Marista-Técnicas Scouts H. Luis Ibanéz Chile * Para Ser Escoteiro de 1º Classe Francisco Floriano de Paula Ed. Escoteira - UEB Brasil * Guia S.O.S. Ecológico-Sobrevivência na Selva Armando Serra Negra Ed. Brasiliense Brasil * Revista Flor-de-Liz Corpo Nacional de Escutas Portugal * Escotismo para Rapazes - B.P. Edição da Fraternidade Escoteira Mundial Ed. Escoteira - UEB Brasil Ed. Idéia Nova - UEB Brasil
  • 44. 43SÉRIEARLIVRE-14 FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006 * Sempre Alerta - Nº 98 União dos Escoteiros do Brasil Brasil * Revista Clube do Escoteiro Ed. Idéia Nova-UEB Brasil * Manual de Camping. Alberto Maldonado Paz Argentina * Campamentos, Cocina y aire libre Dian Thomas Editorial Diana México
  • 45. 44 SÉRIEARLIVRE-14FOGUEIRASECOMIDAMATEIRA Produzido pela UEB/RS - Edição Impressa: Gestão 2001/2003 - Edição Digital: Gestão 2004/2006
  • 46. SÉRIE AR LIVRE 1 - NÓS E AMARRAS 2 - ABRIGOS E BARRACAS 3 - FERRAMENTAS NO CAMPO 4 - BALSAS E CANOAS 5 - PONTES 6 - TORRES E MASTROS 7 - INSTALAÇÕES DE CAMPO 8 - TRUQUES E HABILIDADES 9 - ATIVIDADES E JOGOS COM PIONEIRIAS 10 - INSTALAÇÕES DE COZINHA 11 - TRABALHANDO COM CABOS 12 - INSTALAÇÕES DE CAMPO 2 13 - INSTALAÇÕES DE COZINHA 2 14 - FOGUEIRAS E COMIDA MATEIRA COLEÇÃO