6. O futuro não está escrito
nas estrelas!
Ele é construído! Não está pronto!
Ensinar / Aprender
“Educar não é dar a faca
nem o queijo. É provocar a
fome!”
7. Apresentação do curso
• Princípios
1. Não ao pacto da mediocridade
Prazo, pontualidade, participação
2. Síndrome do papagaio
Espírito crítico Na dúvida não repita, pergunte...
9. “... A vida não é só
isso que se vê
é um pouco mais
que os olhos não
conseguem
perceber...”
Paulinho da Viola
Hermínio Bello de Carvalho
10. • Administração tradicional (matemática
financeira, RH, ...)
IBMEC, FGV, Coppead, ...
• MBKM: Gestão de
empresas na sociedade
do conhecimento
DIFERENCIAL MBKM
11. mbkm
1. Sociedade do
Conhecimento
2. Novos Modelos de
Negócio
3. Inteligência Empresarial
4. Estruturas
Organizacionais
5. Tecnologias para Gestão
do Conhecimento
6. Avaliação de Ativos
Intangíveis
7.Projeto
Master on Business and Knowledge Management
12. mbkmMaster on Business and Knowledge Management
Novos óculos
para enxergar
o mundo
Com bons óculos cada um
pode achar o SEU caminho
20. 1. Qual a expectativa (por que
fazer este curso?)
2. Como chegaram até aqui?
3. Formação
4. Onde trabalham, fazendo o
que?
5. Um fato marcante na sua
vida
Quem somos?
22. 6 milhões de anos atrás...6 milhões de anos atrás...
Os primeiros hominídeos – aOs primeiros hominídeos – a
busca da sobrevivência atravésbusca da sobrevivência através
do conhecimento.do conhecimento.
30.000 - 25.000 a.C.30.000 - 25.000 a.C.
Desenvolvimento na habilidade doDesenvolvimento na habilidade do
desenho. A cultura da Antiga Idadedesenho. A cultura da Antiga Idade
da Pedra passou para o estágio doda Pedra passou para o estágio do
Paleolítico Superior.Paleolítico Superior.
Ontem...
Retirado do trabalho de: Eliana Taborda Garcia Santos, Iara Tammela, Léa Maria Dantas Sampaio,
Marco Aurélio Ribeiro Dantas, Maria das Graças Freitas Souza Filho, Mariza Russo
23. Economias agráriasEconomias agrárias
criação de produtoscriação de produtos
para consumo epara consumo e
troca.troca.
A construção dasA construção das
pirâmides no Egitopirâmides no Egito
(de 2630 - 2150 a.C.).(de 2630 - 2150 a.C.).
Retirado do trabalho de: Eliana Taborda Garcia Santos, Iara Tammela, Léa Maria Dantas Sampaio,
Marco Aurélio Ribeiro Dantas, Maria das Graças Freitas Souza Filho, Mariza Russo
Conhecimento não é novidade...
4.000 - 3.000 a.C.4.000 - 3.000 a.C.
24. A criação daA criação da
biblioteca debiblioteca de
AlexandriaAlexandria
(século 3 a.C.).(século 3 a.C.).
A Filosofia e oA Filosofia e o
Direito com osDireito com os
gregos e romanosgregos e romanos
(1.000 a.C.)(1.000 a.C.)
Retirado do trabalho de: Eliana Taborda Garcia Santos, Iara Tammela, Léa Maria Dantas Sampaio,
Marco Aurélio Ribeiro Dantas, Maria das Graças Freitas Souza Filho, Mariza Russo
Conhecimento não é novidade...
25. 500 d.C.500 d.C.
A Idade Média e a formação doA Idade Média e a formação do
conhecimento nos mosteiros econhecimento nos mosteiros e
Universidades.Universidades.
RenascimentoRenascimento
1400 d.C. -1400 d.C. -
Retirado do trabalho de: Eliana Taborda Garcia Santos, Iara Tammela, Léa Maria Dantas Sampaio,
Marco Aurélio Ribeiro Dantas, Maria das Graças Freitas Souza Filho, Mariza Russo
Conhecimento não é novidade...
26. 1450 d.C.1450 d.C.
A invenção da prensaA invenção da prensa
tipográfica por Gutenberg.tipográfica por Gutenberg.
Século XVIIISéculo XVIII
Revolução IndustrialRevolução Industrial
Retirado do trabalho de: Eliana Taborda Garcia Santos, Iara Tammela, Léa Maria Dantas Sampaio,
Marco Aurélio Ribeiro Dantas, Maria das Graças Freitas Souza Filho, Mariza Russo
Conhecimento não é novidade...
27. 1947 e segunda metade do século XX1947 e segunda metade do século XX
Nasce a revolução da informação com aNasce a revolução da informação com a
invenção dos transistores e do microchip.invenção dos transistores e do microchip.
Retirado do trabalho de: Eliana Taborda Garcia Santos, Iara Tammela, Léa Maria Dantas Sampaio,
Marco Aurélio Ribeiro Dantas, Maria das Graças Freitas Souza Filho, Mariza Russo
Conhecimento não é novidade...
28. Conhecimento não é algo novo
Históricamente,
como o ser
humano criou
riqueza?
30. Fonte: Rose Marie Muraro
-30.000 a -10.000
-10.000 a -5.000
-3.000 a -1.500
1.400
1.950
Homo sapiens
Homem aprende a cultivar a terra
Alfabeto fonético dos fenícios: início da
história moderna (religiões, artes);
pensamento filosófico grego
Início da mecanização: prensa de
Gutenberg...
31. Sigatoga
amarela
x
banana pioneira
• Mesmo sabor
• 20% maior
• frutos 3 meses antes
1 hectare produz 70% mais
Hoje:
• 80% mais finas
• menos energia
• menos matéria prima
• 80% tecnologia, 20% metal
HOJE
34. “IPI menor de carros gerou alta de 0,02%
no PIB e 0,04% no emprego”
Que mundo é esse?
35. Google Inc. (GOOG)
NasdaqGS
Market Cap: $ 499.73B
Pessoas: 20.000+
11-03-2016
Petroleo Brasileiro S/A (PBR)
NYSE: PBR
Petrobras Market Cap: $ 36.13B
Pessoas 100.000+
Que mundo é esse?
41. TERR
A
Que “fatores de produção” criam riqueza?
• Famílias numerosas voltadas para o trabalho
no campo
• Produtos feitos através da mão-de-obra de
artesãos
• Não havia uniformidade entre os produtos
• Os produtos eram transportados ao redor do
mundo através de barcos à vela (caravelas)
• Tempo de entrega muito longo (de meses à
anos)
• Época do arado, do debulhador e da enxada
Na Sociedade AgrícolaNa Sociedade Agrícola
Depende...
Depende...
42. CAPITAL
TRABALHO
NaNa Sociedade industrialSociedade industrial
–Trabalho manual repetitivo
–“Esquecer o cérebro em casa”
• Famílias diminuíram / passaram ao trabalho nas
fábricas
• Principais inovações: máquina a vapor (1785) e
estrada de ferro (1829)
• A fábrica propiciava uniformidade aos produtos
• Pessoas e produtos eram transportados pelos trens
• O tempo de entrega foi encurtado
• As pessoas ganharam mobilidade e com isto
expandiram seus horizontes mentais
• Cidades se formaram ao redor das ferrovias
Que “fatores de produção” criam riqueza?
44. Conhecimento: o principal fator
de produção do século XXI
55% da riqueza do mundo veio do conhecimento (OCDE)
“Os grandes ganhos de produtividade, daqui para frente,
advirão das melhorias na gestão do conhecimento”
Peter Drucker
TERRA CAPITAL TRABALHO CONHECIMENTO
45. “Não vivemos numa era
de mudanças... Vivemos
uma mudança de era”
Chris Andersen
editor da revista Wired e
autor do livro A Cauda Longa
46. “Most companies die not because they do the wrong
things but because they keep doing the right things
too long!”
Yves Doz
professor de Inovação no
INSEAD (França) e autor de
diversos best-sellers,
entre eles Fast!
52. Prof. Ivan da Costa Marques
“Informacionalização”
“o aumento relativo da quantidade de
trabalho sobre a informação em relação à
quantidade de trabalho sobre a “matéria””.
Na década de 40 a Boeing projetou o
bombardeiro B-17 com menos de 100
engenheiros e quase 1.000 operários; na
década de 90 o projeto do Boeing 777
envolveu 5.600 profissionais de nível
superior espalhados em 8 localidades e
menos de 100 operários...
53. O “virtual” É o “real”...
• Onde está o trabalho “real”?
– Numa fábrica?
– No campo?
• Qual é a Economia “real”?
0
20
40
60
80
1920 2015
Agricultura
Indústria
Serviços
0
20
40
60
80
1920 2015
Agricultura
Indústria
Serviços
Brasil
EUA
Fonte: Castels
57. Nova Indústria?
ConteúdoConteúdo
InformáticaInformática
• Computadores
• Software
• Interfaces
Redes de:
• TV a cabo
• Telefonia
• Satélites
• Bancos de dados
• Filmes
• Música
• Imagens
• Propaganda
TeleComTeleCom
Equipamentos
de rede e
multimídia
TV a cabo e
multimídia
online
Jogos
Multimídia
Interativa
65. Visão de mundo
açucar
Paradigma cartesiano:
• Todo sistema complexo pode ser
entendido inteiramente à partir das
propriedades das suas partes
•As descrições do mundo devem ser
objetivas – isto é, independentes do
observador e do processo de
conhecimento (verdade científica)
Metáfora do corpo humano como um relógio
Edifício é um conjunto de tijolos
67. Visão de mundo
Visão sistêmica:
• As propriedades das partes não
são intrínsecas e só podem ser
entendidas dentro do contexto
• As partes (objetos) são padrões
numa teia de relações – deixamos
de priorizar a analise dos objetos
para nos focar na relações
açucar O sabor do açucar não está presente nos
átomos do carbono, hidrogênio e oxigênio...
69. 1 – O conhecimento está espalhado em tudo que
compramos, vendemos e produzimos. Tornou-se o
principal fator de produção;
2 – Os ativos do conhecimento (ativos intangíveis) passaram
a ser mais importantes para as empresas do que os ativos
financeiros e físicos; e
3 – Para prosperar nesta nova realidade precisamos de um
novo dicionário, um novo modelo de gestão, novas
tecnologias, novas estratégias e conseqüentemente
novos profissionais e novas empresas.
Em resumo...
70. Fonte: Lederman & Maloney (2003).
Em resumo: O conhecimento
é o novo motor da economia!
71. O que será do Brasil
na
sociedade do
conhecimento???
73. 1 Kg = $ 0,02
1 Kg = $ 0,2
$ 20 / ton
$ 191 / ton
2 principais produtos da pauta de
exportações
Complexo Soja: $ 7 bi
Ferro: $ 3 bi
Peso do
conhecimento
74. preço médio da saca de soja (60kg) =R$ 37
UM satelite = R$ 400.000.000,00
O peso do conhecimento...
81. A saída para o Brasil é o agro-
negócio!
A área plantada aumenta!
O preço cai!!!!
(é relativamente “fácil” se tornar um
produtor de soja!)
O que acontece quando o preço da soja sobe?
87. Procure se lembrar...
Nos últimos 20 anos:
aonde a GM, Renault, Fiat, Nike, ...
construíram suas fábricas????
0
20
40
60
80
1920 2015
Agricultura
Indústria
Serviços
Brasil 0
20
40
60
80
1920 2015
Agricultura
Indústria
Serviços
EUA
88. O que queremos ser??
• Exportador de commodities /
importador de produtos
intensivos em conhecimento;
O que fazer??
• Produtor de produtos e
serviços de alto valor
agregado;
90. Mudar duas vezes !
“Para mudar temos que mudar
o modo como vemos as coisas
e conseguir operacionalizar a
mudança
Luc de Brabandere
Ex: parar de fumar, emagrecer, ...
91. • Biotecnologia /
agronegócios
• Eletro-eletrônica
• Aeroespacial
• Petróleo / Energia
• Cultural / Turismo /
Entretenimento
(1) Mudar o modo de ver as
coisas: Ter estratégia!!!
• TV Digital
• Computadores
• Cimento• Papel e celulose
• Química
• Gado
• Soja
• Ferro
• Indústria Naval
•Celular
• Software
•Biodiesel
• Siderurgia
• Construção civil
•Laranja • automobilística
93. • Eleição informatizada;
• 26 milhões de
declarações pela
Internet’
• Erp
• Automação
industrial
• ...
Software
94. Aeroespacial
Novos meios de
“transporte” da riqueza
Mercado de
lançamento de
satélite:
U$ 33 bi em
2015
“Aluguel” de Alcântara:
U$ 30 milhões
O,1% do mercado...
95. Energia
A PipeWay Engenharia é a
única empresa do Hemisfério
Sul, de produção inteiramente
nacional, que fabrica e opera
ferramentas para inspeção de
dutos de óleo e gás - pigs -
que verificam anomalias do
tipo ovalizações,
amassamentos e corrosões,
contribuindo para evitar
vazamentos que podem
causar acidentes ecológicos.
100. “Sociedade do
conhecimento não é
para nós !”(superar) Complexo de inferioridade
2. Operacionalizar a mudança
Mito 1: a sociedade do conhecimento
não é para nós
101. 13o PIB
Não estava entre 50 maiores PIB
Qual a “riqueza natural” ???
Hoje:
Renda per capita 3 vezes maior que o Brasil
Qual o “segredo” ???
1980
2. Operacionalizar a mudança
Mito 1: a sociedade do conhecimento
não é para nós
107. “Nunca antes na
história deste país...”
• Se reduziu tanto a pobreza e a
desigualdade
• Se investiu tanto em ciência,
tecnologia e inovação
• Tantas crianças estiveram na
escola
• Fomos tão valorizados no cenário
internacional
108. 2. Operacionalizar a mudança
Mito 2: Estamos no rumo certo!
Índice de Competitividade global
(IMD – International Institute of Management and Development /
WEF – World Economic Forum
2001: 45o
2005: 47o
2010: 49o
2013: 51o
2014: 54º
Peso do Brasil no PIB
mundial
2000: 2,15%
2015: 1,95%
111. ONU: Em 2015 o Brasil está entre os 15
países com maior índice de desigualdade
do mundo
• O Brasil, com (0,56), na frente da Bolívia, Camarões,
Madagascar (0,60), África do Sul, Haiti, e Tailândia (0,59),
segundo o coeficiente de Gini, parâmetro
internacionalmente usado para medir a concentração de
renda.
Fonte: PNUD
112. 2 5
9
31 32
41 44
58
152
89
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Australia United
States
Turkey EU 15 Argentina China EU 2004
Entrants
Mexico India Brazil
Tempo para abrir negócio (dias)
Mas
estamos
ficando
para
trás...
Mito 2:
Estamos no rumo certo!
113. 2. Operacionalizar a mudança
Mito 3: Não temos dinheiro
Investimento em C,T&I
(2005)
Coréia do Sul : 3,0%
Austrália : 1,5%
Cingapura : 2,2%
Israel : 3,5%
Brasil : 1,0%
Investimento médio p/
pesquisador TI (2005)/ U$
1.000
EUA : $195
Canadá : $162
Japão/UK : $153
Austrália : $118
Brasil : $193
114. Raul Velloso
(Revista Indústria Brasileira – CNI)
MITO!!!
O Governo não gasta muito, gasta
MAL!!!
2. Operacionalizar a mudança
Mito 4 : “O País só cresce se o governo
reduzir gasto”
116. Mudança Cultural
[1] saude________
[2] trabalho______
[3] dinheiro/lazer__
• Mudança de valores (trabalho e
felicidade)
• Acreditar que podemos (lembrai-vos
da Coréia)
• Focar no essencial (pessoas/educação e
como transformar conhecimento em valor)
123. Em resumo...
• O que queremos ser na sociedade do
conhecimento?
–Produtor ou consumidor de produtos e
serviços intensivos em conhecimento ?
•Comochegar lá?
–Investindo em GENTE! (educação, C,T&I
(ciência, tecnologia e inovação)
–Reduzindo a desigualdade
124. Trabalho em Grupo-
Pesquisa sobre Produtos e Serviços
de Alto Valor Agregado
Forme um grupo (5 pessoas) para realizar uma pesquisa sobre
produtos e serviços de alto valor agregado.
Produtos e serviços de alto valor agregado são aqueles cujo
conteúdo vale mais do que a matéria-prima necessária e a
mão-de-obra empregada para fabricá-los/realizá-los.
O valor do produto/serviço é dado, principalmente, pelo valor
do conhecimento necessário à sua produção.
Discuta com os seus companheiros os motivos e razões
que justificam esta afirmação e busque:
125. • um produto de alto valor agregado ou
• um serviço de alto valor agregado
1. O grupo deverá preparar uma apresentação de até 15 minutos,
justificando sua escolha (apresentando números que demonstrem a
veracidade da afirmação);
2. O grupo deverá ainda escrever uma justificativa (1 página, formato
Arial 12, espaço 1,5) que comprove o alto valor agregado do item
escolhido e entregar no dia da apresentação do trabalho:
Trabalho em Grupo-
Pesquisa sobre Produtos e Serviços
de Alto Valor Agregado
18 de março de 2016
Se possível o grupo deverá trazer o item escolhido para a sala de aula.
127. Prof. Marcos CavalcantiProf. Marcos Cavalcanti
marcos@crie.ufrj.br
OBRIGADO!OBRIGADO!
Blog:Blog:
oglobo.com.br/blog/inteligenciaempresarialoglobo.com.br/blog/inteligenciaempresarial
Notas do Editor
Grau de complexidade de um projeto de terceirização na implantação de uma usina termelétrica de 500 megawatts.
ESTRATÉGIA E ESTRUTURA Criadas certas condições, ou melhor, removidos certos entraves que nós mesmos introduzimos, as organizações podem comportar-se como os sistemas vivos, adaptativos que são. E sistemas complexos adaptativos se regem por umas poucas regras simples. Assim, embora possa parecer contra-intuitivo, estratégias simples são as mais eficazes em períodos como o que vivemos. Eis o que diz Kathleen Eisenhardt, professora da Universidade Stanford, na Califórnia, em artigo recente: "Uma estratégia simples é focar em um ou dois processos estratégicos críticos e em umas poucas regras-chave que os guiam". Um exemplo que Kathleen cita é o da própria revista The Economist. Os editores atribuem territórios excepcionalmente amplos a seus jornalistas e lhes dão grande liberdade para escolher que assuntos cobrir. Tal estratégia dá aos jornalistas maior amplitude para desenvolver as reportagens e análises. Permite também que os editores contratem um número menor (e presumivelmente melhor) de jornalistas e que os compensem com melhores salários e com trabalho mais livre e mais interessante. O resultado é uma revista mais criativa e com cobertura de maior profundidade, dirigida ao topo do mercado. MODULARIDADE E FLEXIBILIDADEEm sua obra clássica Estratégia e Estrutura, Alfred Chandler faz a conhecida afirmativa: "A estrutura decorre da estratégia". O pensamento organizacional mais recente complementou e ampliou o de Chandler: 1 - Dadas certas estruturas, certas estratégias são impensáveis, ou seja, em muitos casos a estrutura condiciona a estratégia. 2 - Mais importante, talvez, hoje: em um número crescente de casos, a estrutura é a estratégia.Uma estratégia definida centralmente pela direção de uma empresa e implementada pelos escalões inferiores não funciona no ambiente competitivo que estamos vivendo. O que funciona, sim, nesse ambiente é atrair um time de talento, encontrar o papel certo para cada um dos membros, dar-lhes diretrizes gerais (as regras simples) e deixar que as estratégias e as ações surjam da interação do grupo. O conceito que iguala estratégia com organização pode ser ilustrado pela analogia do caleidoscópio. Os mesmos módulos ou células se configuram e se reconfiguram em inúmeros desenhos, para aproveitar oportunidades específicas e mutáveis de mercado.
A oposição entre especialista e generalista pode levar a um equivoco. Não se trata de ser um ou outro, mas os dois ao mesmo tempo. Isto pode parecer estranho ou complicado, mas é exatamente na conjugação destes perfis, tradicionalmente opostos, que está a diferença no mundo do trabalho contemporâneo. Tornar-se um generalista não significa ser menos do que um especialista. Significa ser mais. Podemos imaginar a formação generalista como três arestas de um cubo: a altura é a formação específica, ou especializada; a largura é o dominio de áreas afins; e o comprimento é a cultura geral. Quanto mais extensa for cada uma dessas linhas, maior será o volume do cubo, ou seja maior será a capacidade de trabalho, a competitividade e a chance de sucesso profissional. Desse modo o generalista deve ser entendido como um especialista que foi além da própria especialidade. É o trabalhador do conhecimento.