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Curso de Oboé 
Oboé d’’amore, Corne inglês 
INTRODUÇÃO 
NÍVEL DE GRADUAÇÃO 
O INSTRUMENTO 
INGRESSO NA ORQUESTRA 
INSTRUÇÕES GERAIS 
METODOLOGIA DE ENSINO 
CONHECIMENTOS GERAIS 
TABELA DE DIGITAÇÃO 
CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL 
ESCALAS MAIORES E ARPEJOS 
ESTUDO MELÓDICO DE HINOS 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá 
Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha 
Autor: Marcos Oliveira 
Oboísta em São Paulo/SP 
Telefone: (11) 8033-3544 - 6430-8635 
E-mail: marcos_oboista@yahoo.com.br 
Oboés italianos: www.patricola.com.br 
PPrrooggrraammaa MMíínniimmoo 
Técnica instrumental - Curso de Oboé para iniciantes 
PÁGINA 1 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
NÃO-COMERCIAL – ESTE MATERIAL NÃO PODE SER VENDIDO DEUS SEJA LOUVADO
INTRODUÇÃO 
Aluno: _________________________________________________ 
Data de início: ___/___/_____ Localidade: ___________________ 
Sr estudante de Oboé, escreva o seu nome na linha acima e lembre-se: a primeira etapa começa 
com a organização das informações e um plano das aulas por nível para que perceba os avanços nas 
etapas de graduação, sendo honrado com isto com o seu ingresso na orquestra. 
Capítulos: 
NÍVEL DE GRADUAÇÃO 
Acompanhamento do instrutor aos níveis de graduação do aluno no programa mínimo proposto com 
indicação de datas de ingresso. 
O INSTRUMENTO 
Dicas mais importantes e esclarecimentos gerais sobre o instrumento, sua família e naipe. 
Guia de estudos para o aluno alcançar os seus objetivos com disciplina e assertividade. 
INGRESSO NA ORQUESTRA 
Etapas indicadas para cada fase de ingresso na orquestra de acordo o progresso do aluno nos 
estudos teóricos e práticos propostos. 
INSTRUÇÕES GERAIS 
Principais esclarecimentos sobre conceitos fundamentais do curso: comunhão e louvor, montando o 
oboé, palheta dupla, postura, respiração, técnica instrumental, primeiros sons e técnicas avançadas. 
METODOLOGIA DE ENSINO 
Explicação do programa e cada etapa do ensino prático com indicação de requisitos mínimos. 
CONHECIMENTOS GERAIS 
Instruções gerais que o oboísta iniciante precisa conhecer para seu enriquecimento intelectual. 
TABELA DE DIGITAÇÃO 
Tabela de fácil consulta para iniciantes com dicas e imagens de posição das notas musicais no oboé. 
PREFÁCIO e CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL 
Primeiras lições com os elementos essenciais da técnica do oboé com 7 (sete) níveis progressivos. 
ESCALAS MAIORES E ARPEJOS 
Exercícios de escalas maiores em sustenidos e bemóis em diferentes regiões (médias e agudas). 
ESTUDO MELÓDICO DE HINOS 
Seleção apurada dos principais hinos para a prática instrumental no oboé, classificado por nível de 
ingresso na orquestra de acordo as etapas do capítulo “ingresso na orquestra”. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nota de agradecimento, sobre o autor, a música na igreja e banner do site: www.escolinhamusical.com.br 
Importante: 
Este guia de estudo para técnica instrumental tem o simples objetivo de organizar as informações do 
programa mínimo para estudantes de música. Este material não é comercial e não pode ser vendido. 
Impressão é livre. 
DEUS SEJA LOUVADO 
Programa mínimo 
PÁGINA 2 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
NÍVEL DE GRADUAÇÃO 
Anotações de progresso. 
Tome nota no avanço dos estudos com as datas das etapas de graduação, 
ingresso na orquestra e de conclusão do curso de técnica instrumental. 
Ensaio de Candidatos no Grupo de Estudos Musicais 
A prática orquestral é o primeiro contato que o aluno tem com a orquestra, onde se 
familiariza com o conjunto orquestral e vive a música com sua harmonia completa. 
Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____ 
Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ 
Data de ingresso no 
primeiro ensaio musical: _____ / _____ /_____ 
Reunião de Jovens e Menores, Ensaio Local 
Tocar na RJM permite novos descobrimentos como: afinação e sonoridade. 
Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____ 
Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ 
Data de Ingresso: _____ / _____ /_____ 
Culto Oficial e Ensaio Regional 
Tocar no culto oficial é o segundo principal objetivo deste programa mínimo. 
Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____ 
Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ 
Data de Ingresso: _____ / _____ /_____ 
Avaliação local e Exame de Oficialização 
A conclusão do pré-teste coincide com o término do programa mínimo. 
Avaliação final do Instrutor: _____ / _____ /_____ 
Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ 
Data do Teste: _____ / _____ /_____ 
Data de Apresentação: _____ / _____ /_____ 
Datas de graduação 
PÁGINA 3 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
O INSTRUMENTO 
Oboé, oboé d’amore e corne inglês 
Guia de introdução sobre os instrumento e esclarecimentos gerais. 
O Oboé, Oboé d’amore e o Corne inglês 
Todos possuem a mesma origem. 
O oboé é um instrumento musical erudito, de sopro da família das madeiras 
caracterizado pelo uso da palheta dupla. Possui formato cônico e é dividido em 4 
partes (palheta, registro alto/médio, registro baixo e campana). 
Os harmônicos no Oboé têm intensidade superior à freqüência fundamental, isto 
permite a emissão de notas ricas; tornando as graves: densas; e as agudas: penetrantes. 
– O músico que toca o oboé é denominado oboísta”. 
– Toca sempre na altura da voz soprano. 
– Oboé vem do francês “haut bois”, que significa madeira alta, devido ao registro agudo. 
– Foi incorporado às orquestras em meados do século XVII (período barroco). 
A Família 
Os instrumentos da família do Oboé são: Oboé piccolo (Mib e FÁ), Oboé (DÓ), Oboé 
d’amore (LÁ), Corne inglês (FÁ), Oboé baixo (FÁ) e Oboé contra-baixo (Sib). 
O Corne inglês é mais grave e o timbre mais escuro. 
Dicas importantes 
É aconselhado ao estudante de música começar diretamente no Oboé, pois se já 
tocou outro instrumento terá de reaprender tudo, eliminar os vícios e aplicar-se nas 
principais abordagens do estudo do oboé. 
O domínio na digitação das notas no oboé requer estudo e disciplina do aluno e o 
acompanhamento de um instrutor oboísta. 
Antes de comprar 
Entre os instrumentos de palheta dupla existe muita diferença entre as marcas, 
os modelos, características, chaves e madeira. Recomendo a marca italiana: 
Patrícola, acesse o site: www.patricola.com.br 
Os oboés italianos Patrícola são artesanais, feitos em madeira e possuem o melhor 
custo benefício. Peça informações sobre os oboés e orientações sobre o estudo de 
oboé por e-mail: patricola@patricola.com.br ou ligue (11) 8033-3544. 
Acesse o site www.escolinhamusical.com.br e faça muitos downloads. 
Introdução ao Instrumento 
PÁGINA 4 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Oboé Patrícola SB-1 italiano, Modelo Estudante / Conservatório, Corpo de Granadilha
Ao estudante: 
Parabéns pela sua decisão! Este material é um planejamento de estudos organizado 
para você perceber os seus avanços com uma nova experiência em cada etapa, fazendo 
música de uma forma agradável por toda a vida. Dedique-se com seriedade e estude! 
Comunhão: ao tocar seu instrumento, desde as primeiras lições, esqueça tudo ao seu 
redor, deixe que seu corpo, mente e alma fale através do seu som, entoando assim um 
louvor com espiritualidade e suavidade que te permita sentir e transmitir paz e alegria 
aqueles que ouvem o seu instrumento. 
A chave do sucesso! 
O bom começo para a chave do sucesso é: praticar. 
Dedicando-se: siga as orientações do seu instrutor e pratique o mínimo de 60 minutos 
por dia (na primeira semana) deve ser dedicado à prática do instrumento e 2 horas por 
dia a partir da 3ª. semana de estudos, mas sem excessos. 
Antes de iniciar: aqueça o seu corpo/mãos e dedos, embocadura e comece a tocar. Faça 
as lições mais difíceis primeiro, e somente por último as divertidas e partituras fáceis. 
Disciplina: não faça nada sem orientação para não levá-lo a maus hábitos, que podem 
trazer situações irrecuperáveis, vamos evitá-las com inteligência e bom humo! 
Com suor: A familiaridade com o instrumento e o progresso dos estudos irá conferir um 
entusiasmo crescente para enfrentar dificuldades e desenvolver sua expressão musical. 
Ouvindo: a audição de músicas clássicas e eruditas para oboé permitirá que você 
encontre naturalmente o seu “som pessoal”, e muita auto-avaliação. 
Saiba como progredir 
Aceitando orientação: durante o aprendizado você precisa planejar o que fazer e como 
vai fazer sendo auto-crítico com a qualidade do seu som e a intensidade do seu som, 
pensar como corrigir e melhorar sempre; e em seguida, repetir os exercícios e lições 
com desejo permanente no sucesso, isto irá lhe conceder melhorias a cada dia. 
E somente saberá se está ou não no caminho certo aceitando a orientação do instrutor. 
Material de apoio: acompanha este programa mínimo um livro de “Estudos rítmicos e 
melódicos” e também, livro de “Partituras” a fim de desenvolvermos a sua confiança. 
Sucesso começa com disciplina! Com o acompanhamento do instrutor, sua autocrítica e 
atenção aos detalhes deste programa mínimo de técnica instrumental, este guia irá lhe 
ajudar muito no seu desenvolvimento como músico e oboísta. Boa sorte! 
Tire suas dúvidas e dê sugestões 
Sempre pergunte: na dúvida sempre pergunte! Se a pergunta for simples, pergunte 
mesmo assim! Se achar que já sabe algo, mas falta ter certeza, pergunte! Se alguém 
afirmou, mas não provou que funciona, pergunte! 
Sempre podemos melhorar: não existe nada tão bom que não possa ser melhorado. 
Por isto, se você possui alguma sugestão de melhoria para este programa mínimo, envie 
agora a sua sugestão para o e-mail do instrutor indicado na capa do documento. 
Introdução ao Instrumento 
PÁGINA 5 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Oboé Patrícola SC-1 italiano, Modelo Semi-profissional, Corpo de Granadilha
Curiosidades e resumo histórico 
Origem do nome 
O nome “Oboé” vem do nome francês haut bois, que significa madeira alta, devido ao seu registro 
agudo. Embora a pronúncia atual de haut bois se assemelhe a “oboá”, até o século XVII à pronúncia era 
“Oboé”. Como o instrumento já havia se espalhado pelo mundo quando esta mudança ocorreu, o nome 
permaneceu assim em português e em algumas outras línguas. Pela mesma razão, em algumas línguas 
o instrumento é chamado de “oboa”. 
Classificação 
A definição do Oboé é do Naipe: madeiras. O termo madeiras, refere-se à forma de execução e não ao 
material de que o instrumento é feito. E estes por sua vez são subdivididos de acordo com a forma de 
produção de som. 
Timbre característico 
Devido ao seu timbre penetrante e ao fato de ser o único instrumento de sopro que não depende de 
regulagem para afinação, é o Oboé que toca a nota “Lá” antes de um concerto começar, para que todos 
os outros instrumentistas afinem seus instrumentos. 
Origem do Oboé 
Os instrumentos de palheta dupla são utilizados no mundo inteiro desde os tempos mais remotos. As 
provas mais antigas levam-nos à civilização Suméria, a primeira a utilizar a escrita, três mil anos a. C. 
Conhecemos sobretudo o Aulos grego e a Tibia romana, mas encontram-se ainda hoje Oboés que 
evoluíram muito pouco e que nos dão a ideia de como eram os instrumentos primitivos. Apesar de serem 
diferentes, estes apresentam algumas analogias. 
Na nossa Idade Média, as Bombardas e Charamelas são usadas em diversas ocasiões. Mas foi na 
Renascença (Séc.XVI) e graças aos primeiros tratados de organologia que descobrimos a grande 
evolução que os instrumentos tiveram. O “espírito” inventivo da época trouxe melhoramentos 
consideráveis, por exemplo, a distância entre orifícios diminuiu, aparecem as primeiras chaves nos 
instrumentos, o apoio dos lábios fica mais curto permitindo assim um controle sobre a palheta, 
melhorando a sonoridade a afinação. 
No fim do Séc. XVI princípio de XVII, dá-se a grande mudança com o aparecimento da ópera em que a 
voz é solista. Para esta nova forma, são precisos instrumentos que acompanhem (imitem) o que a voz 
canta, assim no decorrer deste século e no seguinte assiste-se à introdução de novos instrumentos nas 
orquestras. As Flautas de bisel são substituídas pela Flauta travessa ou alemã, alguns instrumentos de 
palheta dupla, pela sua ‘dureza’ ficam em desuso, mas em contrapartida o fagote ganha terreno. O 
controle do som já é feito pelos lábios e a sua sonoridade é aceite pelos compositores. 
Só em 17 de Janeiro de 1657, Lully, utiliza o Oboé pela primeira vez no bailado L'amour Malade, 
embora não haja uma alusão concreta ao instrumento, há uma indicação inglesa de aproximadamente 
1695 que refere: O presente Oboé com menos de 40 anos, é um aperfeiçoamento do (grande) Oboé 
francês, muito semelhante às Charamelas, aqui o adjetivo ‘grande’ não é para classificar o tamanho 
mas a tessitura, seria um Oboé grave. Neste comentário ao subtrair cerca de 40 anos à data, ficamos 
com mais certezas que o nosso Oboé entrou oficialmente na orquestra de Lully em 1657. 
PÁGINA 6 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Daqui em diante o Oboé só conheceu a glória. 
No período Barroco e Clássico é utilizado por todos os compositores, tanto na orquestra como em 
solista, mas tecnicamente evolui pouco e Mozart começa a preferir o Clarinete, pela sua sonoridade doce 
e emissão fácil. 
Em 1799 nasce Henri Brod, grande virtuoso e pedagogo, veio sobretudo inovar a construção do Oboé, 
melhorando a forma interior, modernizando o mecanismo, e a grande inovação: inventou os atuais 
pratos onde encaixam as sapatilhas, possibilitando uma maior precisão em toda a construção. 
Também citar a importante contribuição da família Triébert, a partir de Guillaume Triébert(1770-1848) e 
seus filhos Charles-Louis(1810-1867) e Frédéric Triébert(1813-1878) que aprimoraram tanto a técnica 
quanto a mecânica dos oboés, tal qual o conhecemos hoje. 
Beethoven escreveu um concerto para Oboé que se perdeu. No Romantismo só há lugar para o Oboé na 
orquestra. Robert Schumann compôs as Drei Romanzen op.94 para oferecer a Clara Schumann, sua 
esposa, como prenda no Natal de 1849, sendo esta a única obra de um compositor representativo do 
período romântico escrita originalmente para Oboé. 
Naquela época o Oboé tem um papel de extrema importância na orquestra, nas sinfonias de Brahms, 
Mendelssohn, nas óperas de Rossini, Verdi, Wagner; sobretudo com os dois últimos, que também o 
Corne inglês tem um papel de destaque, basta citar alguns solos importantíssimos de óperas: (Verdi) 
Baile de Máscaras, Falstaff, D. Carlos, (Wagner) Tristão e Isolda e em todas as Óperas o Corne 
inglês tem sempre algo a cantar. 
Ainda na segunda metade do Séc.XIX a 13 de Outubro de 1842, nasce em Palermo (Sicilia) Antonino 
PASCULLI Oboísta-compositor, achando que não havia obras que satisfizessem a sua virtuosidade, 
resolveu escrevê-las. Temos assim no nosso repertório e a título de exemplo: Fantasia Sull' Opera 
Poliuto di Donizetti, Gran Concerto su temi dall' Opera I Vespri Siciliani di Verdi, etc., podemos 
considerar estas obras ainda do período Romântico. 
Devemos a Felix Mendelssohn o renascer do esquecido J.S.Bach, que é também o renascer da família 
dos OBOÉS, desde então votada a um imerecido esquecimento, sobretudo o Oboé d'Amore com a sua 
sonoridade entre o Oboé e o Corne inglês, tem o timbre ideal para acompanhar as vozes que Bach 
desejava que chegassem à Deus. 
No virar do Séc. XIX para o Séc. XX assistimos à grande mudança já com Ravel, que no seu concerto 
para Piano em Sol, compôe no segundo andamento um dos solos mais belos para Corne inglês, 
seguindo por Stravinsky. 
Desenvolvimento da construção e mecanismo 
No que diz respeito ao aperfeiçoamento do instrumento, este, atingiu a configuração atual em 1906, com 
o modelo do Conservatório de Paris. Outros países criaram modelos próprios, mas sempre com base no 
sistema francês. As grandes melhorias dos últimos anos, centram-se na afinação, precisão e 
durabilidade do mecanismo, homogeneidade do som em todos os registos, facilidade de emissão 
sobretudo na região grave. Os fabricantes alemães permaneceram mais fiéis à tradição ao passo que os 
franceses e italianos estiveram sempre abertos a algumas melhorias técnicas. 
Atualmente já é possível encontrar no mercado Oboés feitos de resina plástica, porém o som não possui 
as mesmas qualidades dos Oboés feitos em madeira, pois a madeira possui qualidades próprias que 
determinam sua sonoridade (densidade, presença de fibras e poros, melhor afinação, entre outras). 
Recomendamos os Oboés italianos: Patrícola 
Acesse o site e conheça os modelos de Oboés para estudantes e profissionais: www.patricola.com.br 
PÁGINA 7 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
ORQUESTRA 
Etapas e Requisitos de Ingresso na Orquestra 
Detalhamento das etapas de ingresso na orquestra. 
Nível 1 – Imersão de técnica instrumental 
1. Objetivo: O candidato deve completar o nível 1 deste programa para iniciar 
o estudo do método do instrumento e os principais hinos. 
Nível 2 – Ensaio de Candidatos no Grupo de Estudos Musicais 
1. Bona: Clave de Sol – Até a lição 40. 
Clave de Fá – iniciada. 
2. Teoria: Nível 3 da Apostila da Teoria Musical ou Módulo 3 “Bona CCB” 
3. Método: Observação: Iniciar Hinário quando chegar na pág. 43. 
Até a página 58. 
4. Hinário: 402 408 407 415 435 433 434 450 
Nível 3 – Reunião de Jovens e Menores, Ensaio Local 
1. Bona: Clave de Sol – Até a lição 80. 
Clave de Fá – Até a lição 50. 
2. Teoria: Nível 4 da Apostila da Teoria Musical ou Módulo 11 “Bona CCB” 
3. Método: Até a página 67. 
4. Hinário: 401 402 404 409 410 418 420 422 424 426 438 440 
442 444 447 
Nível 4 – Culto Oficial, Ensaio Regional 
1. Bona: Clave de Sol e Fá – Até a lição 70. 
2. Teoria: Apostila da Teoria Musical cou Módulo 12 “Bona CCB” 
3. Método: Até a página 74. 
4. Hinário: 1 8 10 25 31 44 50 66 70 80 93 98 116 120 125 
148 166 172 201 212 248 249 282 307 320 332 342 
357 378 387 395 
Nível 5 – Exame de Oficialização 
1. Bona: Clave de Sol e Fá – Até a lição 90. 
2. Teoria: Até a página 75. 
3. Método: Apostila de Teoria Musical completa ou “Bona CCB” até lição 90. 
3. Hinário: 9 14 25 29 71 88 112 116 125 135 140 148 159 
161 195 201 229 276 280 289 307 325 356 376 424 
Etapas de Ingresso na Orquestra 
PÁGINA 8 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Oboéd’amore Patrícola A-1 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá
INSTRUÇÕES GERAIS 
A importância da música 
Dimensões do ser humano 
O ser humano possui em sua vida sete dimensões: Física, Espiritual, Intelectual, Social, 
Profissional, Afetiva e Familiar. 
De todas as realizações do Homem, a arte é a que possui mais influência em todas essas dimensões da 
existência humana. E de todas as artes, a mais antiga é a Música. 
Assim como o percurso da história do homem, na suas lutas e realizações, se desenvolve na medida de milênios, do 
mesmo modo a arte, expressão espontânea, necessidade da humanidade, floresce em tempos igualmente amplos. É 
uma exigência a tal ponto irresistível que não há momento do viver humano, por mais árduo que possa ser, que não se 
empenhe na criação artística. 
A música é nossa mais antiga forma de expressão, mais antiga que a linguagem falada. 
De fato, a música é o Homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos 
sentimentos mais profundamente que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser. 
Muito antes do ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia produzir e apreciar o som. 
Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas ruídos, mas considerando que música é a arte de 
manipular os sons, o que o Homem primitivo produzia era música, ou um embrião musical. 
O instrumento musical mais antigo que existe é a voz humana. Com ela, o homem aprendeu a produzir os mais 
diversos sons, e a agrupar esses sons, formando as primeiras linhas melódicas. Depois inventou os instrumentos 
musicais, que se multiplicaram e evoluíram ao longo da História. Muitos destes desapareceram, e a Música mudou 
muito em todo este tempo. Mas o gosto do ser humano pela música permanece intacto. 
Para se estudar a Música, é preciso antes saber o que é música. 
Comunhão e louvor 
Aqui você já começou a entoar louvores a Deus 
Parabéns pela sua decisão! 
Este material é um planejamento de estudos organizado para você perceber os seus avanços com uma nova 
experiência em cada etapa, fazendo música de uma forma agradável por toda a vida. Dedique-se com seriedade e 
estude! 
Comunhão em tudo! 
Desde o início ao tocar seu instrumento, desde as primeiras lições, enquanto “fazer som” esqueça tudo ao seu redor. 
Deixe que seu corpo, sua mente e a sua alma fale através do seu som, entoando assim um louvor com espiritualidade 
e suavidade que te permita sentir e transmitir paz e alegria aqueles que ouvem o som do seu instrumento musical. 
PÁGINA 9 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Encontrando um professor de Oboé 
Aqui é onde você começa a ter progresso realmente construtivo! 
Aqui é onde tudo começa! 
Um bom professor pode ajudar você a melhorar suas habilidades no Oboé mais rápido do que você seria capaz de 
fazer sozinho. Por criticar construtivamente o seu desempenho e cobrar mais resultados a cada dia, ajudando você a 
escolher estudos e o repertório adequado às suas necessidades, e dando-lhe dicas úteis de acordo com os desafios 
específicos que você está enfrentando em qualquer parte do aspecto da técnica instrumental. 
Se ficar atento e perspicaz durante suas sessões de prática nos estudos, você será capaz de ensinar a si mesmo a 
forma mais eficaz de fazer muito progresso em seus estudos. Mas em certo ponto, é como você ser um “mestre 
cabelereiro” e tentar cortar o seu próprio cabelo, isto não vai ser possível. Um professor, tal como seu cabeleireiro 
particular, tem duas coisas que você não tem: experiência e perspectiva (pense nisto como o equivalente musical de 
ter alguém para se certificar de que você não errou até a última tentativa de repetição!) Não importa quantos 
espelhos você vai usar para ver o que está fazendo em sua própria cabeça ou a qualidade do seu equipamento, 
objetivamente isto é extremamente difícil. 
Quando você adiciona um alto nível de experiência para a perspectiva do professor, coisas “mágicas” podem 
acontecer. O professor pode perceber um erro que você nunca percebeu, ou identificar algo em sua embocadura que 
faz toda a diferença em como soar  soprar seu instrumento. 
Não escolha o professor. 
Você pode procurar um professor de Oboé de qualquer nível, seja você um novato ou um oboísta intermediário ou 
mesmo avançado. Cada oboísta é diferente, porque cada pessoa é diferente, portanto, não há dois oboístas com a 
mesma embocadura, técnica musical, idéias, pontos fortes ou fracos. E não há dois oboístas que conseguem 
cometer os mesmos erros, sejam eles simples ou não. O trabalho do professor é orientá-lo através de sua própria 
experiência pessoal como um oboísta. 
A experiência de um professor e o seu constante treinamento pode ajudá-lo no desenvolvimento da sua técnica 
instrumental e na questão musical de uma forma geral. Desde a sua técnica para a produção de som e melhorar 
você para começar a estudar peças e partituras mais avançadas, nesta fase você provavelmente vai ser muito mais 
interessados em estilos musicais e outros detalhes. Assim, vai dedicar-se em ter um som cada vez mais doce e 
melodioso. 
Por isto, um professor talentoso pode ajudá-lo a resolver seus desafios no Oboé. Vai fazê-lo tocar os estilos musicais 
de sua preferência e lhe mostrar como interpretar a música para torná-la realmente bonita e encantar quem te ouve. 
PÁGINA 10 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
QUANDO COMEÇAR 
Qualquer época é um bom momento para começar a ter aulas (não importa a sua idade), no entanto, um momento 
particularmente bom para olhar para esta opção, é quando você sente que é a hora certa. 
Talvez você bateu de frente em uma primeira dificuldade quando começou a estudar, por causa do mecanismo ou 
embocadura, ou mesmo se a partitura está trazendo maiores desafios, e então começam várias perguntas e 
pensamentos, como: É isto mesmo possível? ou então Qual é o caminho para conseguir fazer corretamente?, 
assim por diante. 
Ou talvez um aspecto técnico de seu Oboé, como um sapatilhamento ou problema no mecanismo, ou uma parte da 
técnica que você nunca soube fazer completamente bem, e não tem certeza por que, ou apenas está inseguro e sem 
respostas precisas, enfim, não sabe tomar uma direção. 
Estas são todas as grandes razões para procurar orientação de um profissional - um bom professor pode ajudar a 
colocá-lo no caminho rápido para o sucesso (ou apenas dizer-lhe para estudar mais horas por dia, também é sempre 
uma ótima opção!). 
ENCONTRANDO UM PROFESSOR 
Ao encontrar o professor, fale para ele sobre o seu nível atual e a sua área de interesses (o seu tipo de música, o 
que pretende tocar e onde pretende tocar – o seu objetivo musical). Professores de oboé são especializados em 
determinados níveis de técnica instrumental ou variados estilos. 
Por exemplo, um professor pode ser principalmente dedicado a iniciantes, incentivando um conjunto a tocar em coros 
e recitais de estúdio, enquanto outro pode ser um músico de orquestra e professor universitário que prefere ensinar 
trechos avançados, pode possuir variados repertórios e ensaiar partes orquestrais ou preparar oboístas para 
ingresso em orquestras profissionais. 
Ou você pode encontrar um oboísta dedicado a parte pedagógica, outro professor oboísta envolvido com ensino de 
grupo de estudos musicais de um projeto social ou ONG, ou um oboísta que toca Corne inglês, ou que executa 
música antiga ou gosta de ensinar músicas do período Barroco e Clássico, assim por diante. 
Suas chances são muito grandes. 
Lembre-se, um grande número de músicos e orquestras estão ao nosso redor, por isso suas chances de encontrar 
um professor de Oboé que compartilha os seus interesses e pode ser útil no tratamento específico de sua música e 
desafios são realmente muito grandes. Então, você precisa pesquisar para encontrar. 
PÁGINA 11 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Para saber mais sobre os professores de oboé: 
a) Fale com músicos e oboístas em sua região, bairro, cidade. Se você não conhece algum oboísta, você pode 
conhecer um se participar do grupo de estudos musicais (da sua igreja, ou escola do bairro), ou um conservatório de 
música, uma associação de oboístas, ou um grupo de oboístas na internet, vá assistir uma apresentação de oboé, ou 
mesmo uma apresentação da orquestra sinfônica da sua cidade ou da banda  orquestra da igreja mais próxima. 
b) Procure pelo maestro! Em sua igreja ou em seu bairro pode existir o encarregado da orquestra local responsável 
pelo grupo de estudos musicais em sua região, este é um lugar comum. Outra boa dica é participar de ensaios 
musicais, você pode achar oboístas ou fagotistas reunidos e no final do evento você pode abordá-los para questionar 
a respeito de aulas de oboé ou se conhece quem ensina. Certamente vai ter sucesso! 
c) Descubra quaisquer faculdades ou universidades perto de você que tenha curso de música. 
- O departamento de música pode ter uma lista de professores diplomados em oboé. 
- Ou você pode contatar um professor de oboé diretamente para consultar sobre aulas particulares. 
- Ou certamente vai conseguir contatos ou recomendação de um ou mais músicos que possam lhe ajudar 
a encontrar professores perto de você. 
Outra boa estratégia é participar  assistir a recitais de oboé (que quase sempre são livres) e conversar com o 
intérprete oboísta depois do término. (Dica: depois da apresentação você pode abordar os músicos, especialmente 
para cumprimento o oboísta e então, apresentar suas necessidades musicais!) Se o artista é um professor, artista 
convidado, ou estudante, você pode descobrir muito ouvindo a sua música e fazer perguntas relacionadas com esta 
música ou com outro aspecto que você percebeu durante a sua apresentação. 
Você pode achar um professor dessa forma - você nunca sabe quem você pode conhecer! 
d) Entre em contato com uma escola de música perto de você e ver se eles podem colocá-lo em contato com o 
diretor da banda ou o maestro da orquestra. Maestros às vezes ensinam em particular, porque eles têm que saber 
tocar todos os instrumentos no conjunto, mas o seu conhecimento específico em clarinete pode ser limitado. No 
entanto, eles são capazes de recomendar um professor de Oboé na sua região e alguns professores sempre estão 
dispostos a lecionar aulas particulares para os alunos. 
e) Muitas lojas de instrumentos musicais conhecem escolas de ensino de música e instrumentistas de vários bairros 
e cidades onde há escolas que oferecem aulas de música e professores de Oboé. Pergunte. 
f) Ligue para uma escola de música, ou ligue para a sua igreja, peça orientação ao maestro  ao encarregado da 
orquestra, e solicite o contato de professores (telefones ou email). Pode até mesmo pesquisar em um site onde você 
pode procurar os professores de cada instrumento musical. Se você mora em uma cidade pequena, vai encontrar 
mais facilmente na cidade grande mais próxima. 
Mecha-se, saia da zona de conforto: pergunte, questione, faça contatos e demonstre interesse! 
Boa sorte e Deus abençoe. 
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PRIMEIROS CONCEITOS 
Vamos começar! 
Disciplina e muito estudo são fundamentais 
O músico que toca o Oboé, Oboé d’amore ou Corne inglês é denominado: oboísta. 
Um iniciante pode começar diretamente no Oboé (a partir dos 9 anos de idade). 
O estudante que tem já um conhecimento básico de ritmo e divisão musical (a partir da lição 40 do Bona ou 5 do 
Pozzoli rítmico) pode concentrar-se melhor nas questões específicas do Oboé: que é a embocadura e a digitação. 
Entre outros objetos que formam a técnica: preparação, postura, flexibilidade, respiração, resistência, afinação, 
articulação, entonação, posição e movimento, controle da dinâmica, sensibilidade e concentração. E ainda: oitavas, 
vibrato, dinâmicas, entre outras. 
As posições da mão não requerem um grande esforço. A embocadura pode adaptar-se aos lábios pequenos e 
grandes. Os lábios maiores parecem adaptar-se mais facilmente. 
É importante que o estudante seja maduro o bastante para segurar o instrumento e manusear a palheta com cuidado. 
A manipulação cuidadosa é o básico para qualquer estudante progredir continuamente no estudo do Oboé e para 
alcançar o sucesso! 
Montando o oboé 
Oboé é um instrumento frágil 
O Oboé é um instrumento frágil, e deve ser manuseado com cuidado. Sempre se lembre disto! 
Se manuseado sem atenção, poderá ser muito suscetível a problemas nas chaves ou ou desgastes indesejáveis. 
Tanto durante a montagem do instrumento, nunca se deve usar força excessiva. As chaves são sensíveis e leves, e 
para executar as notas musicais também não é necessário esforço físico. 
Veja como montar o seu Oboé: 
REGISTRO ALTO REGISTRO MÉDIO/BAIXO CAMPANA 
Passo 3. 
Segurar o Registro Alto com a Mão 
Esquerda 
Passo 2. 
Colocar o polegar direito na Chave “Mi” 
da segunda junção. Manusear com 
cuidado as duas peças unindo-as 
delicadamente empurrando no sentido 
horário até que o mecanismo da ponta 
esteja alinhado corretamente. 
Dica importante: sempre use um lubrificante apropriado (sem exagero) na cortiça, toda vez que montar o Oboé. 
Se as junções estiverem muito apertadas, use pouca graxa, pois já será suficiente montar facilmente. 
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Passo 1. 
Prender a campana no 
registro médio da mão 
esquerda. Colocar o seu 
polegar direito fechando 
a abertura da campana, 
e torcer até encaixar no 
eixo do registro médio.
A palheta dupla 
A emissão do som 
O Oboé realiza a emissão de som com uma palheta dupla. 
A palheta dupla é composta por duas lâminas de cana, fixas a um tubo de latão (em inglês: staple) e firmemente 
amarradas, vibram quando o ar passa entre elas. Estas lâminas de cana vibram livremente no interior da boca, 
controladas pelos lábios, tal como uma câmara de pressão As vibrações obtidas no início produzem um som rouco, 
ainda longe dos sons melodiosos que precisamos buscar durante o aprendizado do Oboé. 
ANTES DE USAR - Mergulhe a palheta na água até a altura do início da linha (sem molhar a linha), por até 5 minutos 
antes de encaixá-la no bocal do oboé para tocar (o tempo depende do tipo da cana). Não é necessário deixar por muito 
tempo, pois a saliva também ajudará a deixá-la umedecida. 
Quando não estiver tocando o seu oboé, a palheta deve 
permanecer em local seco e protegido. Nunca toque com 
uma palheta totalmente seca ou parcialmente embebida, por 
isto pode causar rachaduras ou vazamentos. 
TIPO DE RASPAGEM - A matéria, a solidez, a forma e a 
raspagem das palhetas (tipo: americana, alemã, francesa), 
tem grandes variações de país para país, mas o seu uso é 
comum para a maioria dos oboístas (ilustração abaixo). 
REQUISITOS DE UMA BOA PALHETA DUPLA 
1. ESTABILIDADE: a palheta deve executar notas grave sem desafinar e sem falhas / ondulações no som. 
Deve executar as outras notas em sintonia com todos registros com pouca mudança na embocadura. 
2. RESPOSTA: a palheta deverá responder bem nos registros (graves e agudos) com pouco esforço dinâmico. 
3. TIMBRE: a palheta deve produzir um timbre de qualidade, sem muito esforço labial, o que pode restringir a 
estabilidade e resposta. 
PREVENÇÃO 
É muito importante ter uma ou mais palhetas de reserva, pois a ponta é muito fácil de ser danificada. Existem muitos 
tipos de palhetas duplas para a venda no mercado, mas o ideal é que o oboísta faça a sua própria palheta. 
SOBRE COMPRA DE PALHETAS 
No início indicaremos as palhetas duplas adequadas para iniciantes, porém o ideal é aprender o “processo” para fazer 
suas próprias palhetas, e manusear as ferramentas adequadamente. Aprenderemos juntos durante o curso. 
CLASSIFICAÇÕES 
As palhetas duplas são classificadas como: macia (soft), média (medium) ou dura (hard), porém há variações entre um 
fabricante e outro. Mesmo assim, há palhetas macias ou duras demais. Experimente diversos fabricantes para 
determinar qual é o mais consistente para o seu nível de estudo, a sua embocadura e o seu instrumento. 
RESISTÊNCIA 
Você deve verificar para que exista uma boa “resistência” na palheta que permita tocar o Oboé mantendo uma boa 
sustentação da respiração, sem fazer esforço para manter a sustenção do “som”. 
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AJUSTANDO A PALHETA DUPLA 
Em regra geral, o ajuste da palheta é determinado por: 
1. COMPRIMENTO da palheta. 
A palheta deve ser introduzida na abertura do Oboé até ao seu ponto de parada 
(nunca force). 
2. ABERTURA da palheta (Vide as ilustrações ao lado). 
A abertura da palheta é igualmente importante. 
As aberturas podem ser facilmente ajustadas. 
a) Muito aberta: geralmente ela pode inflar mais e deixar o som mais grave. 
b) Muito fechada: possuem uma boa afinação, mas tende a ficar mais fechada. 
c) Abertura ideal: ao longo do tempo tornam-se mais fechadas e pode perder afinação. 
CONSIDERAÇÕES 
A abertura da palheta é um fator muito importante também por outros motivos. 
Se a palheta estiver demasiadamente aberta, o oboísta estará forçado a “morder”, 
para identificar a afinação ideal, e com isto a embocadura será desgastada rapidamente. 
MUITO ABERTA 
MUITO FECHADA 
ABERTURA IDEAL 
Porém, se estiver fechada ou muito fechada, será impossível manter a sustentação adequada da respiração durante a 
execução da partitura. 
Cada oboísta possui suas preferências pessoais, e aqui estão apresentadas características 
gerais para os seus primeiros descobrimentos. 
Tipo de palheta? 
Indicada para iniciantes é a palheta dupla com raspagem tipo: americana. 
Peso de palheta? 
Esta é uma característica da “palheta comercial”, mas o peso de cada palheta depende de cada oboísta. Se comprar 
sem auxílio do seu instrutor vai se prejudicar pelo alto preço. 
Palhetas duplas no início dos estudos 
É indicado que você compre palhetas feitas pelo seu instrutor, ou pague pelos materiais (cana, tubo, linha) para que 
ele confeccione uma palheta nova para você. A produção de palhetas é para etapas futuras, quando o seu estudo 
estiver avançado e já possuir experiência com o uso das ferramentas. 
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POSTURA 
Introdução 
Mas o que é “postura”? 
Definição: é a ação envolvendo a correção contínua de vários tipos de posições do corpo. 
“O quê” 
A postura é muito importante! É a primeira percepção do certo/errado está no sentido da respiração: a tomada de 
fôlego e sopro para o ar 'correr' livremente e com facilidade através de seu instrumento. Se houver 
obstruções na sua postura, você vai sentir muitas tensões desconfortáveis que dificultará o seu 
aprendizado. Sua postura, em geral, não deve ser de uma 'estátua', isto cria tensões nas pernas, 
quadris, tronco, braços, mãos, pescoço e cabeça. 
“Como?” 
Pergunte a si mesmo: “Eu me sinto confortável?”. Quando a resposta é “não”, é porque você está sentindo dor ou 
cansaço. Encontre a melhor forma de tocar. Conscientize-se na diferença que existe entre o que é 
natural usando o seu “padrão pessoal”, e sem maus hábitos. 
“Quando?” 
Você deve coordenar a parte superior do corpo para criar um padrão de respiração natural e fácil. Após praticar 
sinta-se relaxado e confortável, lembre-se de não aperte os lábios, não adquirir hábitos incorretos ou 
desabar sua postura. Cada indivíduo tem o seu padrão de movimento constante no espaço, por isto é 
muito importante você tocar seu instrumento com a sua postura pessoal. 
Seu instrutor existe para ser questionado, consulte-o sempre. Não deixe as dúvidas permanecerem. Pergunte! 
“MÁSCARA FACIAL” 
A “máscara facial” é uma técnica usada por cantores profissionais para manter a identidade da voz e 
mostrar sensações – dor ou alegria, e outras – durante uma apresentação, e fazem isto sempre que 
possível para demonstrar suas sensações pessoais. 
Use este recurso para obter resistência muscular na face e apoiar o uso dos lábios na embocadura. 
Esta ação divide as tensões naturais dos músculos labiais e ajuda na sustentação da embocadura. 
Enquanto estiver tocando, nos “micro-intervalos” de respiração é possível fazer um rápido relaxamento facial e retomar 
a posição original de apoio, para a próxima nota musical. 
Isto não é um simples exercício, é uma prática e faz parte da embocadura no oboé. O amadurecimento da 
embocadura vem com o estudo e dedicação! 
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ARTICULAÇÃO 
Uma partitura musical possui muitas variações no ataque e frases, e o compositor pede que elas sejam distintas entre 
si. Mas estas variações na partitura não são suficientes sozinhas, elas necessitam que o músico interprete 
corretamente no instrumento, percebendo claramente na audição a diferença entre elas, seja em uma ligadura , 
stacatto (simples ou martelatto) e assim por diante. 
Ocorrem erros quando o músico antecipa ou atrasa muito a sua ação e ataque. A ilustração abaixo mostra a 
posição correta e incorreta dos dedos em relação ao tempo da nota. 
ARTICULAÇÃO CORRETA 
ARTICULAÇÃO ERRADA 
OS DEDOS 
Desde o início dedique-se na relação entre dedos (a digitação) e a entonação do seu instrumento. O uso correto da 
digitação não apenas ajuda o desenvolvimento da técnica, mas também a articulação (modo de tocar) e a entonação 
(sustentação da afinação) dependem disto. 
Como está ilustrado abaixo, o primeiro dedo (localize: A-1) está repousado sobre a chave, mas não apertou ainda, 
apenas aperta e fecha quando está encostado na linha (localize: A-7). Note que há diferentes níveis de posição antes 
de fechar, fechando e em repouso com a chave aberta, seqüência completa Linha A, de 1 até 7. 
A sincronia dos dedos deve estar de acordo as nota musicais com precisão, para não haver atrasos, falhas nas notas e 
outros problemas de inconsistência sonora, os dedos precisam estar levemente em repouso sobre as chaves, e a 
posição dos dedos nas chaves das notas chaves Dó, Ré# devem se antecipar às notas, e vice-versa. 
1 2 3 4 5 6 7 
LINHA A 
ARTICULAÇÃO 
CORRETA 
LINHA B 
ARTICULAÇÃO 
ERRADA 
Observação: A “Linha B” ilustra as posições incorretas dos dedos de um principiante tenso e sem instrução. 
Este exemplo ajudará você a desenvolver a educação da “articulação e postura dos dedos”, que vai fazer efeito na sua 
capacidade de dominar o seu instrumento, e consequemente poderá prejudicar a sua postura e afinação. 
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EXERCÍCIOS PARA INICIANTES 
Sensibilidade – Com a definição deste programa mínimo sempre pratique as rotinas e séries de aquecimento no 
instrumento antes de tocar qualquer partitura ou lição de método. Com atenção na sensibilidade a articulação dos 
dedos sobre as chaves, sem afastar os dedos demasiadamente, para eliminar desde cedo os maus hábitos. 
Porquê – Todas as tensões são eliminadas no início dos estudos, com notas longas e a respiração correta. Fazendo a 
digitação de notas longas e praticando os músculos dos braços e das mãos para relaxarem e finalmente encontrar o 
perfil ideal para tocar o instrumento. 
Estudo – Estudar no mínimo 2 (duas) horas por dia irá desenvolvê-lo rapidamente na técnica do instrumento, o que 
facilitará o avanço nas rotinas/séries do programa mínimo e do método de ensino, permitindo ao cérebro sempre 
selecionar os hábitos corretos para a digitação, a respiração, a sincronia da digitação com o uso dos dedos. 
Estas ações unidas formam a diferença na sensibilidade do músico e no desenvolvimento de sua embocadura. 
NEUROLOGIA NA EDUCAÇÃO MUSICAL 
Recentes pesquisas científicas na área da neurologia têm feito importantes descobertas sobre a reação do cérebro na 
educação musical. 
Precisamos estar atentos a não dar para o cérebro a oportunidade da dúvida. Pois são causas que nascem da: 
conveniência, medo e preguiça. 
Como nasce a insegurança: se estudarmos uma partitura ou lição em várias maneiras, tocando lento, moderado ou 
rápido, errando e etc; sem orientação. Ou ainda, não saber a digitação das notas corretas no instrumento, etc; 
estaremos dando a oportunidade do cérebro escolher a versão que ele quer, de forma inconsciente. 
Por isto é importante “dizer” ao cérebro qual a informação correta desde o início. 
Papel do instrutor: usaremos o material de apoio para sempre haver “surpresas” agradáveis no desenvolvimento do 
estudo do aluno, com bom senso, entendendo as suas emoções musicais a cada nível, premiando-o sempre! 
Isto é ideal para o aluno desenvolver os seus parâmetros pessoais com liberdade. Compreenda as características e 
desafios pessoais de cada aluno, para sempre alinhá-lo no grupo de estudos musicais com os demais alunos, na 
prática orquestral que é o objetivo inicial, ao fim do curso que é ingressar no conjunto orquestral principal. 
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Movimento 
Principal abordagem sobre a técnica do 
A principal abordagem sobre a técnica do Oboé inicia-se com o movimento. 
Quando nós tocamos qualquer instrumento, tal como um Oboé, ou simplesmente quando estamos respirando, é uma 
atividade que existe uma quantidade de movimento. E desde o início deste estudo, deve-se ter atenção na qualidade 
do seu “movimento”, pois isto afetará drasticamente a qualidade do seu “aprendizado”, por isto lembre-se: faça o 
controle de movimentos, pois tudo afetará sua performance. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
Abaixo estão citados os princípios básicos para ter em mente enquanto estuda as técnicas do oboé. 
• Desenvolver conhecimento sobre o mapeamento de movimentos de seu corpo. Explore a qualidade de seu 
movimento, corrigindo os maus hábitos e aplicando-se a melhorar sempre. 
• Aplicar a correção de postura, atentando para pescoço, coluna e braços, eliminando todas as formas de 'stress 
muscular', eliminar a ansiedade para obter controle total da postura correta. 
• Focar-se em um local de centralização e iniciar sua concentração, durante a execução musical. 
• Eliminar de seu vocabulário o uso de palavras que têm conotação negativa, quer seja no seu ensino musical 
ou no seu dia-a-dia. 
• Através de sua auto-avaliação com sensibilidade, você estará mais preparado para avaliar todos os 
movimentos ao seu redor, e aprenderá a reconhecer a diferença entre o movimento natural, o equilibrado, e de 
respiração e circulação; julgando quando for necessário realizar mudanças e melhorias, como: equilíbrio, 
leveza, potência, fluidez e liberdade. Sempre adotando o seu padrão pessoal. 
• No caso do Corne inglês, use o apoio da correia no pescoço para ter equilíbrio ao tocá-lo. 
Importante: no futuro, pós-oficialização, lembre-se de dividir seus conhecimentos para outro músico iniciante. 
A prática destes pontos faz a diferença no tocar, no seu desempenho, na sua etiqueta pessoal, e no seu 
crescimento intelectual. 
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Elementos da postura 
Desenvolvimento da sensibilidade do músico 
A técnica do Oboé é constituída por: postura, técnica de respiração, técnica do dedilhado, articulação e 
embocadura. Todas estas técnicas são os pilares para você extrair o seu melhor com a sua sensibilidade pessoal, tudo 
o que puder fazer “de melhor” a partir dos elementos citados abaixo. 
É muito interessante você explorar a extensão destas extremidades, e perceber como sua capacidade técnica irá 
crescer e tornar-se expressiva! 
Os 4 (quatro) elementos da postura (respiração, etc) se dividem assim entre as técnicas (espaço, peso, etc): 
ESPAÇO PESO TEMPO FLUXO 
Direcionamento em 
todos os sentidos, 
ou ponto de 
concentração. 
Elevação, ou 
definição do ponto 
de firmeza da 
força com os pés. 
Duração da 
sustentação, 
velocidade de 
mudanças de 
expressão. 
Considerar-se 
livre, sentido de 
liberdade, 
movimento 
musical. 
Respiração 
Condução do ar de 
forma flexível, 
modelagem do som, 
das notas e frases 
musiciais. 
Concentração do 
som em um ponto 
ou linha reta. 
Condução do ar 
através do Oboé 
de forma leve com 
pouca pressão de 
ar ou com muita 
pressão de ar. 
Condução do ar 
através de forma 
sustentada fazendo 
linhas 
longas/tocando 
legato, ou em 
formas súbitas com 
acentuações e 
mudanças bruscas 
de dinâmica. 
Tocar o Oboé 
com uma 
respiração 
relaxada, livre, 
sentindo e 
controlando o 
fluxo de ar no 
interior do tronco 
(diafragma). 
Dedilhado 
Abrindo e fechando 
as chaves do Oboé 
com consciência, de 
forma direta, 
sabendo 
exatamente onde as 
pontas dos dedos 
vão tocar ou passar 
das chaves. 
Usar os dedos de 
forma leve, no 
abrir/fechar as 
chaves tocando-as 
com suavidade e 
com sensibilidade, 
ou com força nas 
chaves para 
executar notas 
com outra 
sensibilidade. 
Você pode mover 
os dedos 
lentamente de 
forma calma ou 
muito rápido 
quando houver 
passagens 
musicais velozes. 
Você pode usar 
os dedos de 
forma muito leve, 
com menos 
controle ou ter 
mais firmeza para 
ter uma sensação 
de uso extremo 
de sua técnica. 
Articulação 
A articulação de 
notas pode ser 
muito flexível, 
usando diferentes 
vogais para moldar 
o espaço em sua 
boca ou garganta, 
ou usando a língua 
para criar 
expressões e tipos 
de ‘ataque’ na 
palheta. 
A articução de 
peso é definida 
pelas consoantes 
que vão formar o 
tom, leves, forte 
ou pesados, com 
uma maior parte 
de uso da língua. 
Em tempo, a 
articulação pode 
ser sustentada 
criando efeitos de 
‘slow-motion’ e 
moldar o som, 
subidas com lentas 
ou rápidas 
mudanças na 
duração da 
articulação das 
notas. 
No fluxo de ar a 
articulação pode 
ser livre, sentindo 
o espaço da boca 
e a expansão da 
garganta, que faz 
a sensação de 
estreitamento da 
boca e da 
garganta. 
Embocadura 
Um conjunto de 
sentidos forma uma 
embocadura 
flexível, e um 
conjunto de 
músculos faciais e 
sua tensão 
muscular para o 
controle e domínio 
da palheta. 
Aqui é definida se 
há pouca pressão 
em torno da 
palheta para um 
som mais suave, 
ou mais forte com 
pressão para mais 
vibração e som 
forte. 
Em tempo, a 
embocadura pode 
sustentar a 
qualidade sonora, 
com mudanças 
lentas ou rápidas 
dando ‘brilho’ para 
a execução da 
partitura musical. 
Em fluxo, a 
embocadura 
precisa ser leve, 
permitindo a 
tensão reduzida 
dos músculos 
faciais, sendo 
sensível a 
correções da 
embocadura. 
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RESULTADO 
Agora ficou mais fácil avaliar os padrões de esforço: cada um de nós possui as suas variações de espaço, peso, tempo 
e fluxo. 
 PADRÃO PESSOAL 
A intensidade de expressividade da sua técnica instrumental é que formará o tipo de seu padrão pessoal, formará a 
sua 'marca', a ‘cor’ do seu som, aquilo que permitirá que conheçam você pela sua sonoridade e postura. 
Ao estudar e analisar os padrões de seus movimentos pessoais, você saberá com facilidade como expandir suas 
qualidades, explorando as extremidades do seu padrão pessoal. 
 VALORES INDIVIDUAIS 
Tudo nasce de um impulso interior. Um movimento, uma sensação, um pensamento, um sentimento ou emoção - e 
outros sentidos que constituem a nossa ação mensal e física, que formam os componentes do movimento. 
Este impulso interior ou motivação, é expressa por meio do movimento de fatores coordenados, o ser humano 
movimenta tudo, incluindo o pensamento, e portanto todos possuem (cada um ao seu modo e perspectiva) o potencial 
de encontrar o melhor de si nos 4 (quatro) fatores de movimento - espaço, peso, tempo, fluxo. 
Em particular, o princípio do sucesso de adotar e patricar estes padrões é de obebecermos as nossas características 
pessoais; adotando atitudes que nós aceitamos, onde os músculos trabalham naturalmente à sua intenção sem 
influenciar nas suas condições ou limitações físicas, para que não lutemos contra o que não conseguimos alcançar. 
Por isto, nunca tente imitar, crie o seu próprio “padrão pessoal”. 
APLICAÇÃO DOS FATORES DE MOVIMENTO 
Vejamos no quadro a seguir como a atitudade das pessoas se movem na aceitação ou resistindo aos quatro fatores de 
movimento. 
Fatores de Movimento Aceitação de Elementos Resistência 
Espaço Flexível Duro 
Peso Leveza Força 
Tempo Sustentação Súbito 
Fluxo Liberdade Vinculado 
Quadro de aceitação/resistência de fatores de movimento 
FASES DA MOVIMENTAÇÃO PARTICIPATIVA 
Os fatores de movimento estão associados com quatro fases da Movimentação interior participativa, e do poder do: 
pensamento, sensores/sensibilidade, intuição e sentidos, como se segue: 
Fatores de Movimento Progresso de Fases da aceitação... Capacidade adquirida 
Espaço Fase 1: Atenção Pensamento 
Peso Fase 2: Intenção Sensibilidade 
Tempo Fase 3: Decisão Intuição 
Fluxo Fase 4: Progressão Sensação 
Quadro de fases da movimentação participativa. 
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Postura das mãos 
Isto determinará a qualidade do aprendizado 
Obedecer a postura correta irá determinar os resultados e a qualidade do seu aprendizado. 
POSIÇÃO CERTA 
A posição correta dos dedos 
sobre as teclas começa com o 
primeiro dedo da mão esquerda, 
mantenha os dedos curvos, 
no centro das chaves e apontando 
levemente em direção a campanha 
da Oboé. 
- Mantenha as costas retas para 
facilitar a circulação da corrente de 
ar. 
- Traga o instrumento até você, não 
se curve para ir até o Oboé. 
- Segure o Oboé no ângulo de 45 
graus ângulo do corpo. Mantenha 
seus ombros numa posição relaxada 
e cotovelos 10 a 15 cm de distância 
dos lados de seu corpo. 
- Sempre toque com os dedos 
próximos às chaves. 
Maus hábitos 
Nunca pratique estes itens. Corrija-os. 
POSIÇÃO ERRADA 
Então vamos eliminar os maus hábitos antes de continuar, são eles: 
A posição errada dos dedos 
dificulta muito o aprendizado 
e a execução de notas 
agudas. 
O espaço largo entre os 
dedos e os dedos não-curvos 
impede o aprendizado da 
digitação do Oboé e impede o 
progresso nos estudos. 
A qualidade do som será ruim 
e irá prejudicar a técnica. 
• Alterar a sua postura natural quando pegar o seu instrumento, por exemplo, ao tocar o Oboé, arqueando suas 
costas ou levantando seus ombros. 
• Ter uma postura que é demasiadamente estreita ou larga (tal como muito curvado), criando uma tensão 
desnecessária no tronco. 
• Relaxar muito ou tensionar muito o tórax (movimentar-se) quando inalar ou exalar o ar. 
• Tocar ou estudar com a boca machucada, você precisará se adaptar e criará vícios. 
• Inalar (inspiração) a sua capacidade máxima de ar, pois isto prejudica o controle de saída (expiração) do fluxo 
de ar. 
• Praticar estudo por mais de 6 horas por dia ou sessões práticas muito longas. 
• Utilizar postura e/ou esforço que atrapalham sua técnica, tornando-o cansativo e/ou tenso. 
• Fazer força para fechar as chaves do mecanismo. 
• Fixar a postura em parte do seu corpo. Exemplos: encostado em uma parede, de perna cruza, em pé só com 
apoio do lado direito, olhando para baixo, entre outras posturas incabíveis, etc. 
Corrija os maus hábitos antes de aparecerem em suas ações. Faça um check-up antes de começar. 
Seja auto-crítico e esteja sempre atento. 
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RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA 
Respiração com o uso do diafragma 
Etapas – Embocadura – Sopro 
Vamos descobrir como usar o diafragma! 
Etapa 1: 
Respire profundamente enchendo o fundo do seu pulmão (sem esgotar). 
O seu diafragma (vide ilustração ao lado) deverá expandir em primeiro lugar, 
depois o tórax e finalmente a parte superior do tórax. 
Trata-se de criar a expansão da parte superior do corpo em que, em última 
análise, irá te ajudar a soprar corretamente. 
Etapa 2: 
Exercite inalar “do diafragma” e não a partir do extremo superior da cavidade 
toráxica. 
Etapa 3: 
O sopro do ar para dentro do instrumento deve ser feito de forma natural, 
relaxada e sem esforço demasiado. 
Estes passos são particularmente importantes para um oboísta. 
Faça exercícios de notas longas no instrumento: 
apoie-se sempre nas rotinas e séries de 
aquecimento antes de tocar lições do método. 
A prática destes exercícios vão lhe permitir que isto seja algo natural e comum 
ao longo do tempo. Sempre! 
INSPIRAÇÃO 
Puxa o ar, enchendo o pulmão. 
EXPIRAÇÃO 
Expulsa o ar usando o 
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diafragma. 
Diafragma 
contraído 
Diafragma 
relaxado
ADVERTÊNCIAS 
1. Os ombros não devem ser usados como forma de tomada de fôlego. Este movimento não contribui e ainda serve 
para desviar a atenção de ação do seu diafragma. 
2. O oboísta deve ter na “mente” que vai soprar através do instrumento e não apenas para ele. 
3. Devido à pequena dimensão da abertura da palheta dupla, o instrumento requer efetivamente menos fôlego do que 
a maior dos instrumentos de sopro. Porém, exige uma grande quantidade de “ar de apoio”, mas o volume de ar que 
atravessa o Oboé é relativamente pequeno. Portanto, o grande problema é o modo de eliminação do ar dos pulmões, 
com o total suporte do diafragma. Por isto a boa postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim 
um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para um bom desempenho. 
4. O importante no sopro é a qualidade de sustentação da coluna de ar que corre pelo instrumento, da palheta (entrada 
de ar) até a campana (saída de ar), e não é a força ou intensidade do sopro no instrumento. 
Portanto, o grande desafio é o modo de eliminação do ar dos pulmões, com o total suporte do diafragma. Por isto a boa 
postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para 
um bom desempenho. 
QUANDO USARMOS O DIAFRAGMA 
Atualmente os professores de música (vocais e instrumentais) advertem desde o início os seus alunos sobre a 
importância da respiração diafragmática na cavidade abdominal. Promovem exercícios para o controle da respiração, e 
praticam também no instrumento ou canto. 
A figura abaixo mostra uma pessoa dormindo e respirando com a cavidade abdominal, mantendo uma respiração 
regular - no diafragma. 
A DIFERENÇA DE QUEM USA O DIAFRAGMA 
Assim como na natação, a diferença entre um “nadador campeão” e um “nadador sem medalhes” está na respiração, 
nas qualidade das braçadas, no salto de partida, na manutenção da energia para evitar desgaste físico e não perder 
velocidade na hora da linha de chegada. 
Todos aqueles que estão na competição conhecem estes elementos. Mas a dedicação do atleta em aplicar estes 
elementos, e a qualidade de suas ações, faz dele um campeão insuperável. 
Espirramos, apagamos as velas, enchemos bexigas e gritamos com o apoio e uso do diafragma. 
Lembrou dele agora? 
No seu instrumento musical, o sopro deve ser acompanhado com a produção natural e livre do som, com 
consciência das ações, em combinação com todos os elementos de postura. 
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COMO FUNCIONA O DIAFRAGMA 
A respiração apoiada no diafragma é a salvação dos problemas de embocadura. 
Os estudantes de instrumentos de sopro iniciantes dedicam 80% de força labial e força de sopro, e apenas 20% de 
qualidade de embocadura; e é nesta fase que nascem os maus hábitos. A inversão destas porcentagens para 80% de 
técnica e respiração apoiada no diafragma e 20% de embocadura educada, maximiza os avanços do aluno. 
Apertando mais os lábios quando desejam tocar em volume alto ou o registro agudo, e assim, não conseguem estudar 
por muito tempo e fica muito desgastado, sem fôlego, com o corpo dolorido ou stress muscular em uma região ou outra 
do corpo. 
Veja na ilustração como o ar deve entrar e sair, com o uso do diafragma. “Efeito sanfona”. 
INSPIRAÇÃO = Puxa o ar EXPIRAÇÃO = Expulsa o ar 
O AR “PEDE PASSAGEM” 
Conhecendo a respiração com o apoio do diafragma, controlamos a saída de ar, agora o ar 'pede passagem', e a 
postura da cabeça é responsável por isto. 
Para tanto, a coluna de ar precisa estar livre - Figura A - permitindo a corrente contínua entre no instrumento e produza 
as notas musicais. Instrumentos de sopro requerem efetivamente menos fôlego do que se imagina, a postura incorreta 
criou esta “cultura”. 
Na Figura B o ar está engarrafado e sem regularidade e a produção de som no instrumento não é natural, a afinação é 
prejudicada, a embocadura é exigida sem necessidade, o corpo cria tensões, e de força inconsciente e gradual, o 
estudante adquire maus hábitos. 
Figura A Figura B 
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A embocadura 
Modo correto de apoiar a palheta nos lábios 
Siga as orientações a seguir para amadurecer a sua embocadura. 
EMBOCADURA 
Etapa 1: Coloca-se a extremidade da palheta dupla entre seus lábios 
relaxados, alinhado ao centro, retraindo-os levemente para dentro da boca sem 
tocar nos dentes – primeira figura. 
Etapa 2: Puxe seus lábios criando uma tensão muscular nos cantos da boa, 
como um assovio. 
Etapa 3: Relaxe, inspire ar pelo nariz/boca e expire o ar fazendo 
a articulação “hoo” para tocar a sua 1ª. nota no oboé. 
Sempre mantenha os seus lábios relaxados e a ponta da palheta sem 
tocar nos dentes ou gengiva. 
Dica importante: use o apoio de um “afinador digital” para tocar notas 
longas e aplique-se em manter a afinação conforme indicar o “afinador”. 
O SOPRO 
Deve manter um sopro contínuo de ar na ponta da palheta 
dupla, colocando-as assim em vibração uma contra a outra. 
O importante é o sopro contínuo (coluna de ar), e não quantidade de ar (força do sopro). 
A vibração das duas canas coloca a coluna de ar existente dentro do Oboé também em vibração contínua, produzindo 
deste modo todas as notas. Execute os primeiros exercícios e as partituras do resto de sua vida, sempre com uma 
respiração calma. 
O Oboé é considerado um dos instrumentos de sopro de técnica mais difícil de respiração, já que requer um grande 
controle da saída de ar para produzir cada nota, dedique-se para adquirir sensibilidade nos músculos abdominais 
controlando com a respiração diafragmática. 
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TÉCNICA INSTRUMENTAL 
Primeiros sons 
3-2-1. Praticar sempre 
Agora vamos descobrir como fazer os primeiros sons no oboé! 
Sabemos naturalmente que o tamanho e formas da cavidade (incluindo a boca, dentição, lábios) 
de cada pessoa diferem um para o outro, por isto, até mesmo o modo de tocar dos oboístas se 
difere um pouco jeito de tocar. 
Mesmo assim, vamos sugerir a seguir algumas explicações gerais que podem ser feita sobre o processo de execução 
das notas – emissão do som no instrumento. 
Vejamos a seguir os passos que lhe ajudará a emitir os primeiros sons no oboé: 
Passo 1: Deve-se colocar a ponta da língua levemente na ponta da palheta. 
Passo 2: Em segundo lugar, ele deve soprar. Nenhum som será produzido, naturalmente, porque a língua ainda está 
em contato com a palheta, mas é essencial que a ação da respiração diafragmática esteja presente antes da língua ser 
retirada. 
Passo 3: Deve-se puxar a língua par trás e para baixo rapidamente. 
Esta ação é semelhante ao cuspir uma pequena partícula a partir da ponta da língua. 
Alguns oboístas preferem articular a passagem de ar (golpe de língua entre as notas musicais) colocando a ponta da 
língua apenas debaixo da ponta da palheta. 
Exercício: Em passagens rápidas de uma partitura musical, a língua deve estar tão relaxada quanto por possível, e que 
não deve mover-se mais do que necessário. 
Ataques demorados podem ser causa de não conseguir usar a língua com a rapidez suficiente. 
AFINAÇÃO 
O oboísta precisa ter sensibilidade na emissão de seu som, pois em algumas vezes a solução é 
puxar a palheta ligeiramente para fora do boca, fechando a cana, ou colocar um pouco mais para 
dentro da boca (assim vai conseguir mais volume) para alcançar uma embocadura melhor, se isto 
realmente for satisfatório. 
Muitas vezes a afinação destas notas podem ser corrigidas regulando a posição dos lábios, iniciando com uma 
respiração mais tranquila e suave. 
Faça exercícios de relaxamento e toque com os dedos próximos às chaves. 
Notas graves: No Oboé as seguintes notas graves: Dó, Si, Sib, são notas que são especialmente sensíveis e 
vulneráveis a qualquer inconsistência na embocadura. Peça orientação de um professor oboísta. 
Outras vezes são falham com frequência por hábitos incorretos de embocadura. 
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Técnicas avançadas 
Expressão - Vibrato - Dinâmicas - Staccato 
EXPRESSÃO MUSICAL 
Expressão não é o resultado de inspiração. Expressão é o resultado do estudo, da prática, ao longo da vida. 
Executar uma expressão musical não tem nada com: estudar a música, tocar oboé, desempenhar 
papel de músico mas sim de olhar para a música, de admirar o que você está fazendo. Saborear as 
notas, sentir cada frase, deve-se ter na mente um 'plano' de como vai tocar: em cada nota, em cada 
frase. 
Você também precisa de um plano para todo o seu movimento e postura. Por isto a importância do cuidado no estudo 
e a dedicação deve ser enfatizado ao oboísta. 
Preparação musical: 
A preparação musical deve ser muito cuidadosa, sem atropelos e ansiedades, pois só te levarão a adiantar-se 
erroneamente. 
Deve lembrar-se que: você pode não obter o que você quer se você não sabe o que você verdadeiramente quer. 
Leitura na Música: A Música é como uma língua/idioma: exige alfabetização. Você deve aprender a ler e dar-lhe vida. 
Configuração: 
- Aprenda a reagir de acordo cada figura musical na partitura (séries/lições/hinário). 
- Aprenda a respeitar as marcas (articulações, ritmo, harmonia, melodia, etc). Especialmente se houver regência. 
- Aprenda a alcançar resultados em grupo (prática orquestral), na “orquestra” formada outros músicos e você. 
Por isto, as séries de notas longas com diferentes expressões (piano e forte) são muito importantes para o iniciante. 
VIBRATO 
Um vibrato agradável é um componente necessário para a qualidade de sua técnica no Oboé. 
Porém deve ser discreto, valorizando a parte essencial de uma nota ou uma passagem musical 
como algo que acontece em um segundo, nunca em todas as notas ou demasiadamente. 
Não é preciso muito esforço, além de fazer a palheta vibrar com movimentos suaves. A demonstração e estudo do 
vibrato devem iniciar quando existir uma embocadura segura e firme, para que permaneça afinado. 
O vibrato é um efeito produzido pela respiração diafragmática. 
Advertência: 
Não é recomendada a prática de controlar a saída do fluxo de ar na garganta, pois tende a ter um efeito adverso na 
qualidade do som. 
O vibrato deve ser praticado muito lentamente no início, quando os estudos estiverem mais avançados. 
Embora você possa realizar o vibrato com a mandíbulalábios, isto pode não trazer resultados idênticos. 
Exemplo de exercício: 
- Marcar o metrônomo para 88 pulsos por minuto, durante algumas semanas, fazer um 'vibrato' a cada pulso. 
- Avançar durante os próximos meses gradualmente até que consiga reproduzir 4 (quatro) pulsos de vibrato (na 
embocadura) a cada pulso do metrônomo fixado em 88 pulsos por minuto. 
- Em cada fase do exercício a taxa dos pulsos do metrônomo deve ser a mesma, porém se deve tentar sempre 
aumentar a quantidade e amplitude do seu 'vibrato' a cada pulso do metrônomo. 
PÁGINA 28 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
TÉCNICAS 
Visão geral - Não deve haver nenhum movimento da embocadura enquanto se toca, exceto o 
movimento da língua na divisão das notas, e naturalmente nas chaves. Por isto a correta posição 
das mãos e de todo o movimento do corpo, permitirá avanços rápidos no estudo do instrumento. 
Iniciando pela postura, até a posição correta dos dedos, com movimentos de digitação suaves, fazem o conjunto de 
uma boa técnica. 
A posição dos dedos deve ser confortável para mover-se rapidamente e com o mínimo de movimento corporal por 
possível, evidentemente sem afetar a embocadura. Embora os dedos devam se mover rapidamente para o lugar certo, 
a precisão é imprescindível. 
Se o movimento for demasiadamente brusco quando os dedos se movimentam, torna-se a passagem de notas semi-ligadas 
impossível, prejudicando o som e a afinação do oboé. O primeiro dedo da mão esquerda deve “carimbar” 
suavemente o meio-buraco do Ré da segunda oitava e também voltar com o mínimo de movimento, movimento 
inverso, quando chegar para o Ré grave. 
Quanto menos teclas são necessárias para produzir uma nota, mais bem coordenado os seus dedos vão ficar para 
você tocar melhor. A forma da boca pronuncinar as notas eee tendem a elevar o volume, enquanto o ooo tenderão 
a baixar o volume. 
Advertência: o oboísta sempre poderá variar nos limites de sua embocadura, mas com responsabilidade, sem ir além 
do limite para não desafinar. 
DINÂMICAS 
Para aumentar o volume do som, é preciso aumentar o volume da coluna de ar, expelindo-o mais 
rapidamente. 
Estes efeitos são controlados pela embocadura em conjunto com os músculos abdominais. 
Particularmente no oboé, isto vai depender muito da habilidade alcançada no seu estudo e o “amadurecimento” de sua 
embocadura, e habilidade do “ouvido musical” para nunca desafinar, este é o grande desafio de “dinâmicas”. 
Exercício: toque notas longas iniciando de uma expressão “ppp” (pianíssimo) até uma “f” (forte), controlando a sua 
respiração e a saída de ar, corrigindo a embocadura de acordo cada faixa de notas (graves/agudas ou piano/forte). 
STACCATO 
Staccato é uma palavra italiana que significa destacado, o som deve ser produzido de modo seco e 
destacado. Há três tipos: staccato simples, meio-staccato e grande staccato/martelado. 
Staccato não significa curto: significa desconectado. 
Staccato diz respeito à liberação do som não tem nada a ver com o ataque/acentuação. Por isto, use a língua sem 
acentuar a nota (intensidade do som, sem força). 
Cada nota deve ser executada sem parar a respiração entre as nota. O ouvinte não deve perceber o som da língua 
atacando a palheta. 
Antes do som da nota desaparecer totalmente no fim de um período musical (na partitura), a embocadura deve relaxar 
gradativamente antes do fim do som, com um efeito de redução do volume do som. Caso contrário, o som pára de 
repente; o que dá um resultado desagradável, porém isto é comum no início do estudo. 
Exercício: toque rapidamente notas duplas, tercinas ou sextinas, o quanto mais rápido conseguir. 
PÁGINA 29 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
METODOLOGIA 
Material Didático e Conteúdo Programático 
Indicação do material didático, conteúdo do programa da cada etapa do 
ensino prático e indicação de requisitos mínimos. 
1º. Nível – Os primeiros descobrimentos 
• Atividades do nível 1 faz a imersão na técnica instrumental e método: 
o Notas longas, Dinâmica e afinação. 
o Articulação e independência de dedos. 
o Exercícios para articulação (fácil). 
o Células rítmicas. 
o Escalas maior, menor e harmônica. 
• Maiores objetivos: 
o Adquirir os materiais para início dos estudos (métodos e apostilas). 
o Desenvolver as habilidades musicais com dedicação e responsabilidade. 
o Conhecer a história do oboé, sua origem e repertório. 
• Habilidades mínimas: 
o Os elementos da produção do som: postura, treinar a respiração 
diafragmática, controle de embocadura/eliminar dúvidas. 
o Os elementos da técnica de digitação: postura, posição de mão / braço 
/ pulso / dedo, movimento dos dedos. 
o Coordenação e independência de dedos. 
• Desenvolvimento técnico: 
o Conhecer as primeiras notas / acidentes usando o método de apoio. 
o Treinar duas escalas maiores ou menores. 
o Eliminar vícios de postura ou digitação incorreta. 
• Desenvolvimento intelectual: 
o Desenvolver biblioteca pessoal de CDs e DVDs. Consulte seu instrutor. 
o Adquirir o material de apoio: naipes, vozes, canto e regência. 
o Artigo: O Papel do Músico na Orquestra. 
DESAFIO DO NÍVEL 1: Completar o estudo de habilidades mínimas do nível 1. 
Inicia o estudo de primeiras lições do método para aprimorar a instrumento musical. 
Metodologia de Ensino 
PÁGINA 30 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Oboéd’amore Patrícola A-1 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha
2º. Nível – A técnica 
• Atividades do nível 2 prepara-o para tocar no conjunto orquestral do GEM: 
o Notas longas, Dinâmica e afinação. 
o Articulação e independência de dedos. 
o Exercícios para articulação (fácil). 
o Células rítmicas. 
o Escalas maior, menor e harmônica. 
o Escala cromática: preparação e exercícios. 
o Estudo de Arpejo 1 e Mecanismo 1 e 2. 
o Hinos mais fáceis RJM (soprano). 
• Maiores objetivos: 
o Demonstrar progresso da técnica instrumental mínima. 
o Adquirir os métodos de apoio para aquecimento diário (opcional). 
• Habilidades mínimas: 
o Os elementos da produção do som com atenção na afinação! 
Outros elementos: postura perfeita (mãos/corpo), respiração, 
embocadura, aprimorar a articulação e intensidade do som. 
o Aumento da flexibilidade e coordenação de articulações. 
• Desenvolvimento técnico: 
o Conhecer a tessitura do oboé do “Si bemol grave” ao “Mi-2”. 
o Eliminar vícios de postura ou digitação incorretos. 
• Desenvolvimento intelectual: 
o Artigo: A importância da Musicalização na vida do Músico. 
o Classificação dos Instrumentos – Naipe: Madeiras. 
o Sugestão: assistir a um evento musical, work shop, recital, etc. 
• Repertório solo: 
o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 2. 
• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: 
o Atualmente cursando aula teórica de nível 3 ou superior . 
• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: 
o Estudo dos hinos propostos ao nível. 
DESAFIO DO NÍVEL 2: Completar o estudo de habilidades do nível 2 vai lhe conceder 
o ingresso na Prática Orquestral – Ensaio do Grupo de Estudos Musicais. 
Metodologia de Ensino 
PÁGINA 31 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá (rosewood)
3º. Nível – A expressão 
• Atividades do nível 3 prepara-o para tocar na Reunião de Jovens e Menores e 
Culto oficial na comum: 
o Melodias, Dinâmica e afinação. 
o Articulação e independência de dedos. 
o Exercícios de articulação - intermediário e difícil. 
o Células rítmicas (semi-colcheias). 
o Escalas maiores e menores (até 3 acidentes fixos). 
o Escala cromática: preparação e exercícios. 
o Estudo de Arpejo 1 e 2 e Mecanismo 1 e 3. 
o Primeiros hinos da RJM (soprano). 
• Maiores objetivos: 
o Demonstrar as habilidades adquiridas e experiência no grupo orquestral. 
o Desenvolver maiores progressos no método durante esta fase. 
• Habilidades mínimas: 
o Demonstrar afinação perfeita e coordenação motora. 
o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som. 
o Adquirir as ferramentas (faca, mandril) e acessórios (cana, linha, etc) 
para iniciar curso de confecção de palhetas duplas. 
• Desenvolvimento técnico: 
o Tocar a tessitura do oboé (até o “Dó-3”) com exercícios diatônicos. 
o Execução da escala cromática sem erros em figura de colcheia. 
• Repertório solo: 
o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 3. 
• Prática Orquestral – Ensaio no Grupo de Estudos Musicais: 
o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha. 
• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: 
o Atualmente cursando aula teórica de nível 4 ou superior . 
• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: 
o Estudo dos hinos propostos ao nível. 
DESAFIO DO NÍVEL 3: Completar o estudo de habilidades do nível 3 vai lhe conceder o 
ingresso na Reunião de Jovens e Menores e Ensaio Local. 
Metodologia de Ensino 
PÁGINA 32 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Corne inglês Patrícola C-1 S 3 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha
4º. Nível – Revisão geral 
• Atividades do nível 3 prepara-o para tocar no Ensaio Regional: 
o Melodias, Dinâmica, afinação e expressão. 
o Articulação e independência de dedos (revisão). 
o Células rítmicas (todos). 
o Exercícios de articulação - avançado. 
o Escalas maior, menor e harmônica (todas). 
o Escala cromática: exercícios em colcheia. 
o Estudo de Arpejo e Mecanismo (todos). 
o Principais hinos do Culto (soprano e outras vozes). 
• Maiores objetivos: 
o Demonstrar todas as habilidades e técnicas adquiridas. 
o Concentração total no progresso de estudo do método. 
• Habilidades mínimas: 
o Demonstrar afinação e expressão na execução de lições e hinos. 
o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som. 
• Desenvolvimento técnico: 
o Tocar a tessitura do oboé (até o “Dó-3”) com exercícios cromáticos. 
o Execução da escala cromática em erros/dúvidas em figura de colcheia. 
• Repertório solo: 
o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 4. 
o Opcional: estudar partituras de peças clássicas de fácil execução. 
• Prática Orquestral – Ensaio do GEM e Reunião de Jovens e Menores: 
o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha. 
o Demonstrar boa assiduidade e convivência com o grupo orquestral. 
• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: 
o Atualmente cursando aula teórica mínima de nível 4, o ideal é 5 . 
• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: 
o Estudo dos hinos propostos ao nível. 
DESAFIO DO NÍVEL 4: Completar o estudo de habilidades do nível 4 vai lhe conceder 
ingresso nos Cultos oficiais (da própria) comum. 
PÁGINA 33 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira 
Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha
5º. Nível – A técnica 
• Atividades do nível 5 preparam-o para completar todos os seus estudos: 
o Solos, melodias, Dinâmica, afinação e expressão. 
o Células rítmicas (todos). 
o Exercícios de articulação - avançado. 
o Escalas maior, menor e harmônica (todas). 
o Escala cromática: exercícios em colcheia. 
o Estudo de Arpejo e Mecanismo (todos). 
o Revisão dos hinos mais importantes. 
• Maiores objetivos: 
o Demonstrar todas as habilidades e técnicas adquiridas. 
o Eliminar dúvidas e possíveis vícios de postura, embocadura ou fraseado. 
• Habilidades mínimas: 
o Demonstrar afinação e expressão na execução de lições e hinos. 
o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som. 
o Fazer suas próprias palhetas duplas (amarração e raspagem). 
• Desenvolvimento técnico: 
o Revisão completo do programa mínimo de técnica instrumental. 
• Repertório solo: 
o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 5. 
o Opcional: estudar partituras de peças clássicas de fácil execução. 
• Prática Orquestral – Grupo de Estudos Musicais: 
o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha. 
o Demonstrar boa assiduidade e convivência com o grupo orquestral. 
o Permanecer com regularidade nos cultos oficiais e ensaios locais. 
• Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: 
o Atualmente cursando aula teórica de nível 5 ou grupo: revisão. 
• Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: 
o Revisão dos hinos dos níveis anteriores. 
o Estudo dos hinos propostos ao curso de oficialização. 
DESAFIO DO NÍVEL 5: Completar o estudo de habilidades do nível 5 vai lhe conceder 
ingresso aos Ensaios Regionais. Início de revisão de exercícios práticos no Oboé e 
preparação para o exame de oficialização. 
PÁGINA 34 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
CONHECIMENTOS GERAIS 
• A Tune a Day 
• Rubank 
• Gekeler 
• Ferling 
• Barret – Oboe Method 
• Vade Mecum (Andraud) 
• Giampieri 
• Gillet Studies 
• Brod 
• The Art of Oboe Playing 
• Bozza Etudes 
• Rothwell 
• Prestini 
• Salviani 
• Sellner 
• Singer Elementos fundamentais 
Enriquecimento intelectual 
Elementos fundamentais para seu enriquecimento intelectual. 
Repertório 
• Concerto para Oboé / Solo: 
o Tomaso Albinoni: concertos para um e dois oboés. 
o Antonio Vivaldi: concertos para oboé. 
o George Frideric Handel: concertos e sonatas para oboé. 
o Johann Sebastian Bach: numerosos concertos, peças sacras e cantadas. 
o Georg Philipp Telemann: concertos e sonatas para oboé. 
o Domenico Cimarosa: Concerto para oboé em Dó maior. 
• Concerto de Câmara para Oboé: 
o Mozart Quarteto de Oboé, K. 370 
o Beethoven Quinteto Piano e Madeiras 
o Mozart Quintet for Piano e Madeiras, K.452 
o Danzi Quinteto de Madeiras, op. 56, no. 1 
o Britten Quarteto Fantasia 
o Arnold Trio (flauta, oboé, clarinete) 
o Reicha Quinteto de Oboé em F, op. 107 
o Hindemith Quinteto de Madeiras 
o Nielsen Quinteto de Madeiras 
• Sonatas: 
o Saint Saëns 
o Poulenc 
o Hindemith 
o Handel C m/G m 
o Handel Bb maior 
o Telemann A m 
o J.S. Bach G m, BWV 1020 
o Vivaldi C m 
o Handel F maior 
Métodos e Estudos mais importantes 
PÁGINA 35 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Principais intérpretes oboístas 
• Atualidade 
o Brasileiros 
 Arcádio Minczuk, Joel Gisiger e Natan Albuquerque (todos da Osesp) 
 Alex Klein (mora no Brasil) 
 Israel Muniz (Orquestra Sinfônica de MG) 
 Washington Barella (mora na Alemanha) 
 Alexandre Ficarelli (USP/SP) 
o Estrangeiros 
 Albrecht Mayer 
 Santiago Araya (professor em SP) 
 J. Schellenberger 
 François Leleux 
 Jaime Martínez 
 Heinz Holliger 
 Diana Doherty 
• Em memória (estrangeiros) 
o Apollon M.R. 
o Henry Brod 
o Joseph Sellner 
o Fernand Gillet 
Sites na internet 
• Vendas de Palhetas, Ferramentas e Instrumentos (Oboés e Fagotes) 
o Palheta Dupla Brasil – http://www.palhetaduplabrasil.com.br 
o Oboés – Patrícola (Itália) – http://www.patricola.com.br 
o Oboés – F. Lorée (França) – http://www.loree-paris.com.br 
o Fagotes Takeda (Japão) – http://www.fagotes-takeda.com.br 
• Informações gerais 
o Blog sobre Oboé - http://aprendaoboe.blogspot.com 
o Grupos – http://www.palhetaduplabrasil.com.br 
o Fagote – http://aprendafagote.blogspot.com 
• Associações e instituições 
o http://www.idrs.org 
o http://www.doublereed.org 
• Download de teoria musical 
o http://www.escolinhamusical.com.br 
o http://www.oboebrasil.com.br 
o http://www.oboefagote.com.br 
PÁGINA 36 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
DIGITAÇÃO NO OBOÉ 
Posição das notas no instrumento 
Instruções para iniciantes com dicas e a tabela de posição das notas 
musicais no oboé e corne inglês. 
NOTA ESCRITA DIGITAÇÃO 
A 3 
B 3 
123Bb|123C 
B3 
C 4 
123B|123C 
B 3 
C4 
123|123C 
C 4 
D 4 
123|123C# 
D4 
123|123 
123|123Eb 
D 4 
E 4 123Eb|123 
E4 
F 4 
123|12- 
123|12F- 
123|1-3Eb 
E 4 
F4 
123F|12- 
F 4 
G 4 
123|1-- 
G4 
123|--- 
G 4 
A 4 
123G#|--- 
Tabela de Digitação 
PÁGINA 37 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
A4 
12-|--- 
A 4 
B 4 
12-|1-- 
B4 
C 5 
1--|--- 
B 4 
C5 
1--|1-- 
C 5 
D 5 
023|123C# 
D5 
023|123 
D 5 
E 5 
023|123Eb 
E5 
F 5 
I 123|12- 
I 123|12F-I 
123|1-3 
E 5 
F5 
I 123|1-3Eb 
F 5 
G 5 
I 123|1-- 
G5 
I 123|--- 
G 5 
A 5 
I 123G#|--- 
A5 
II12-|--- 
A 5 
B 5 
II12-|1-- 
Tabela de Digitação 
PÁGINA 38 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
B5 
C 6 
II1--|--- 
B 5 
C6 
II1--|1-- 
ATÉ AQUI PARA OFICIALIZAÇÃO NA CCB 
C 6 
D 6 
-23|12-C 
023|-–-C 
D 6 
023|---c 
023G#|-23 
D 6 
E 6 
023G#|-2-c 
I 023G#|-23 
E6 
F 6 
I 023G#|-23Eb 
I 02-B|-23 
E 6 
F6 
I 02-G#|023 Eb 
III 12-|12- 
F 6 
G 6 
I 02-G#|12-c 
III 1-3|1-- 
G6 
III 1--G#|12-c 
G 6 
A 6 
III 1-3|--- 
A6 
I --3B|-23Eb 
Tabela de Digitação 
PÁGINA 39 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Início do curso para estudantes iniciantes 
A essência dos estudos são exercícios para amadurecer a embocadura e 
prática de respiração (sopro, coluna de ar, retomada de ar, etc). 
Dia-a-dia do oboísta: 
Nesta etapa lembre-se dos cuidados para montar o oboé, molhar a palheta por 5 minutos antes de iniciar a 
tocar, seguir os parâmetros de postura, respiração diafragmática, sopro, e então, inicie os exercícios a seguir. 
As expressões de intensidade devem ser executadas e as lições devem ser repetidas muitas vezes. 
Legenda: 
Pianíssimo pp Muito suave 
Meio forte mf Meio forte (som normal) 
Piano p Suave 
Forte f Forte  Alto 
Meio piano mo Meio suave 
Fortíssimo ff Muito forte  altíssimo 
Ao tocar seu oboé (exceto se houver uma expressão marcada) a intensidade do som deve ser mantido sempre 
no mesmo nível (mf) de volume, sem aumentar ou diminuir o volume de som. Este tipo de alteração será 
indicado pelos sinais de dinâmica para o som crescer ou diminuir gradualmente mantendo a plenitude de um 
som rico e afinado. 
SÉRIE DE AQUECIMENTO 
Use as séries de aquecimento para iniciar seus estudos nos primeiros 3 meses. 
A 1 
SÉRIE DE HARMONIZAÇÃO 
Ao tocar este exercício harmônico fique atento nas mudanças de intensidade do som. 
2 
3 
4 
B 
2 
3 
1 
PÁGINA 40 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Articulação e independência de dedos - fácil 
Mão esquerda e a mão direita e independência de dedos. 
O estudante precisa de atividades para agilizar a digitação no instrumento com a independência de mãos e dedos. 
Explicações antes de começar: 
 MÃO ESQUERDA 
Dica: Quando livre, o dedo mínimo deverá estar levemente apoiado na chave do Mi bemol. Metrônomo 60 BMP. 
 MÃO DIREITA 
Dica: Quando livre, o dedo mínimo deverá estar levemente apoiado na chave do Dó #. 
PÁGINA 41 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Exercícios para articulação de embocadura 
Trabalhando com andamento em 60 batidas por minuto e aos poucos 
aumente a velocidade para alcançar 80 batidas por minuto. 
A agilidade precisa ser treinada e para isto propomos exercícios para articulação de embocadura com notas fáceis. 
Metrônomo em 60 batidas/minuto. Aumente gradativamente até 80 BMP: 
Importante: é necessário manter o andamento de 60 batidas por minuto para que o ritmo não diminua e não 
ocorra perca de velocidade; sempre observando as indicações de dinâmica para crescer a intensidade do som. 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
ESTUDO DE EXPRESSÃO 
A digitação precisa, a respiração e a sua afinação serão avaliadas! Mantenha os dedos próximos as chaves. 
1 
2 
1 
PÁGINA 42 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Exercícios de articulação – fácil, intermediário e avançado 
Diversos exercícios (simples e avançados) para treinar dedos e mãos. 
A finalidade pedagógica destes exercícios é ter resultados rápidos e apresentam ótimos resultados ao estudante. 
Articulações de nível: FÁCIL. 
Importante: Defina o metrônomo com 60 BMP e aumente gradativamente a velocidade a cada repetição. 
Dica: mantenha os dedos não-usados relaxados, das duas mãos - e próximos às respectivas chaves. 
 MÃO ESQUERDA 
 MÃO DIREITA 
PÁGINA 43 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Articulações de nível: AVANÇADO. 
Importante: Defina o metrônomo com 60 BMP. Atenção para as alterações de figuras / células rítmicas. 
 MÃO DIREITA 
PÁGINA 44 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
MUDANÇA DE OITAVA 
 ESTUDO DE MOVIMENTO DO DEDO ANULAR DA MÃO DIREITA – Sem usar o forquilha. 
 TRANSIÇÃO DE OITAVAS 
PÁGINA 45 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Ligaduras: iniciação a escala natural. 
1 
2 
Ligaduras com semínimas e mínimas. 
3 
45 
55 
PÁGINA 46 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Giampieri - Seleção de estudos da escala 
Principais estudos de saltos, mecanismo e escala cromática. 
Revisão do estudo da técnica de mecanismo com ligaduras. 
B 
C 
D 
B 
C 
D 
B 
A 
A 
A 
PÁGINA 47 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
C 
D 
B 
C 
D 
E 
F 
B 
C 
D 
A 
A 
PÁGINA 48 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
6 
7 
8 
PÁGINA 49 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Mecanismo – 1ª parte: refinamento da técnica. 
Mecanismo – 2ª parte: refinamento da técnica. 
PÁGINA 50 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Minha primeira escala. 
Diversos exercícios rítmicos em escalas. 
Exercícios e estudos rítmicos para aplicação por nível. Amadurecimento instrumental e leitura de partituras. 
Escalas para início de aquecimento: 
Escalas para início de aquecimento: 
Revisão do desenvolvimento rítmico: 
PÁGINA 51 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
G. Parès – Exercícios rítmicos 
Exercícios diários e escalas para Oboé – por Janet Craxton e Alan Richardson 
G. Parès: Sol maior - aquecimento de escalas com sustentação prolongada e exercícios. 
Desafio do aluno: desempenhar as atividades com disciplina, cuidado e calma. Aumente a velocidade 
apenas quando as dificuldades estiverem totalmente superadas. 
1 – Aquecimento: 
2 – Exercício: 
A 
B 
PÁGINA 52 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
G. Parès: Fá maior - aquecimento de escalas com sustentação prolongada e exercícios. 
Desafio do aluno: desempenhar as atividades com disciplina, cuidado e calma. Aumente a velocidade 
apenas quando as dificuldades estiverem totalmente superadas. 
1 – Aquecimento: 
2 – Exercício: 
A 
B 
C 
PÁGINA 53 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Curso de Técnica instrumental 
Llições para aprimorar os elementos essenciais da técnica do oboé (postura, 
embocadura, conhecer a palheta, coluna de ar, etc) e elementos melódicos. 
Antes de pegar o oboé: 
1. Tudo começa com uma boa conversa sobre o conteúdo do curso e o oboé com seu professor. 
2. As palhetas, montar o oboé, ter cuidados com o seu instrumento e identificar a importância do estudo. 
3. Praticar as primeiras séries para desenvolver a intimidade com o oboé e a leitura de notas musicais. 
Seções de estudo: 
Este material de introdução possui 7 (sete) deliciosas seções para você desenvolver sua técnica com o oboé, 
praticando lições fáceis você vai alcançar um nível de graduação melhor a cada dia. 
A cada novo nível você vai conhecer novas notas, ritmos, articulações, dinâmicas, etc; tudo em uma seqüência lógica 
baseada em um estudo longo de 4 anos sobre a metodologia de ensino de oboé (realizado na França). 
A experiência adquirida em cada seção vai lhe garantir: melhor afinação, melhor habilidade com as chaves do oboé, 
desenvolvimento de novas técnicas e melhor leitura das notas musicais. 
Leia as notas corretamente e dedique-se! 
Seção 1 – use as notas SOL, LÁ, SI: ritmo e fórmula de compasso simples. Exercício melódico de frases com 
marcações simples de 1 tempo (semínima) usando notas e figuras repetidas. 
Seção 2 – introdução à nota DÓ, intervalos e ligaduras. Figuras de Colcheia. Notas DÓ e SOL são usadas. 
Seção 3 – extensão de RÉ (grave) até RÉ (agudo) passando pelo FÁ# e introdução a melodias com intervalos 
maiores. As lições ganham novas tonalidades para avaliar o desempenho do aluno: DÓ Maior, SOL Maior, LÁ 
menor e MI menor. 
Seção 4 – mantida a região RÉ (grave) até RÉ (agudo) adicionando: SIb, FÁ e SOL#, também lições com 
tonalidade FÁ Maior e LÁ menor. Acidentes e pontos de aumento foram incluídos juntamente com mudança-aumento 
de ritmos e pausas. 
Seção 5 – extensão até o SOL agudo, adicionando o DÓ# e RÉ# e a tonalidade RÉ menor. Compasso 
composto. 
Seção 6 – introdução nas fórmulas de compasso: 3 / 8, 6 / 8 e 9 / 8, com as novas notas MIb e LÁ agudo e as 
tonalidades RÉ Maior, MIb Maior e SOL menor. 
Seção 7 – extensão até o Sib agudo ao Si (grave). Ocorrem movimentos sincopados com articulações simples. 
Figuras de semicolcheia. Todos os elementos anteriores, fórmulas de compasso com acidentes adicionais (2 
sustenidos e 2 bemóis), articulações, pausas e variações de ritmos e expressões. 
Antes de começar: 
Quando abrimos uma partitura pela primeira vez antes de tocar, precisamos examinar a partitura, verificar qual foi a 
fórmula de compasso, verificar se existem acidentes ou sinais durante os pentagramas e compassos, observar os 
tempos, acidentes, frases, etc, para que tudo dê certo, sempre usando o efeito de dinâmica. 
Qualquer músico profissional estuda muito qualquer pedacinho de compasso antes de se apresentar com a orquestra. 
Este prefácio vai ajuda você a ter disciplina para alcançar os seus objetivos musicais. 
Siga estas dicas e surpreenda seu professor com os seus avanços. 
PÁGINA 54 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Seção 1 – Primeiras notas: Sol, Lá, Si (mão esquerda) 
Três passos para o sucesso: 
1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo 
de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 
2. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando 
o valor das figuras musicais, figuras que têm repetições, frases e etc. 
3. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das 
lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 
Toque observando o desenho melódico: 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
PÁGINA 55 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Seção 2 – Introdução à Nota Dó e ligaduras 
Quatro passos para o sucesso: 
1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo 
de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 
2. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando 
o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 
3. Aviso sobre ligaduras: as ligaduras que aparecem estão em uma seqüência lógica, muito fácil de tocar. As 
frases são similares com as mesmas articulações da seção anterior. 
4. Continue avançando! 
Cuidado para não “correr” nas colcheias. Mantenha sempre o ritmo: 
8, afinado em Sol Maior 
9, observe as ligaduras 
10 
11, observe as colcheias 
12 
PÁGINA 56 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Seção 3 – De RÉ (grave) até RÉ (agudo) e ao FÁ# (mão direita) 
Seis passos para o sucesso: 
1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo 
de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 
2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol 
e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 
3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando 
o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 
4. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte 
ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 
5. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das 
lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 
6. Continue avançando! 
Aplique os efeitos de expressão marcados: 
13, nova Nota: Fá# 
14, nova Nota: Mi grave 
15, nova Nota: Ré grave 
16, defina bem cada nota 
17, mudança repentina de dinâmica 
PÁGINA 57 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
18, compasso ternário: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar 
19, atenção na mudança: “dim.” 
20, escala pentatônica: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar 
21, compasso ternário (3/4), dueto: toque com seu professor 
22, compasso ternário: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar 
PÁGINA 58 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
Seção 4 – Introdução ao Sib, Fá de forquilha e Sol # 
Sete passos para o sucesso: 
1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo 
de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 
2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol 
e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 
3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando 
o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 
4. Observe os acidentes: verifique quais são os acidentes que existem antes de tocar a nota. Sempre que 
aparecer a indicação “F” no pentagrama você pode usar o recurso: Fá de forquilha (consulte o professor). 
5. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte 
ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 
6. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das 
lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 
7. Continue avançando! 
Combine tudo o que aprendeu até aqui: 
23, nova Tonalidade: Fá maior e, nova Nota: Si bemol 
24, usando o recurso: Fá de forquilha 
25, nova Nota: Sol# e, nova Tonalidade: Lá menor 
26, usando o recurso: Fá de forquilha 
PÁGINA 59 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
27, introdução a figura pontuada em compasso quaternário (4/4) 
28, figura pontuada em compasso quaternário (4/4) 
29 
30 
31 
PÁGINA 60 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
32, dueto: notas agudas 
33, dueto: ré de meio buraco, notas pontuadas e dinâmica 
34 dueto: acidente fixo 
35, atenção na contagem de tempos 
PÁGINA 61 OBOÉ  Curso de Técnica Instrumental  Marcos Oliveira
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Metodo oboe ccb

  • 1. Curso de Oboé Oboé d’’amore, Corne inglês INTRODUÇÃO NÍVEL DE GRADUAÇÃO O INSTRUMENTO INGRESSO NA ORQUESTRA INSTRUÇÕES GERAIS METODOLOGIA DE ENSINO CONHECIMENTOS GERAIS TABELA DE DIGITAÇÃO CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL ESCALAS MAIORES E ARPEJOS ESTUDO MELÓDICO DE HINOS CONSIDERAÇÕES FINAIS Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha Autor: Marcos Oliveira Oboísta em São Paulo/SP Telefone: (11) 8033-3544 - 6430-8635 E-mail: marcos_oboista@yahoo.com.br Oboés italianos: www.patricola.com.br PPrrooggrraammaa MMíínniimmoo Técnica instrumental - Curso de Oboé para iniciantes PÁGINA 1 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira NÃO-COMERCIAL – ESTE MATERIAL NÃO PODE SER VENDIDO DEUS SEJA LOUVADO
  • 2. INTRODUÇÃO Aluno: _________________________________________________ Data de início: ___/___/_____ Localidade: ___________________ Sr estudante de Oboé, escreva o seu nome na linha acima e lembre-se: a primeira etapa começa com a organização das informações e um plano das aulas por nível para que perceba os avanços nas etapas de graduação, sendo honrado com isto com o seu ingresso na orquestra. Capítulos: NÍVEL DE GRADUAÇÃO Acompanhamento do instrutor aos níveis de graduação do aluno no programa mínimo proposto com indicação de datas de ingresso. O INSTRUMENTO Dicas mais importantes e esclarecimentos gerais sobre o instrumento, sua família e naipe. Guia de estudos para o aluno alcançar os seus objetivos com disciplina e assertividade. INGRESSO NA ORQUESTRA Etapas indicadas para cada fase de ingresso na orquestra de acordo o progresso do aluno nos estudos teóricos e práticos propostos. INSTRUÇÕES GERAIS Principais esclarecimentos sobre conceitos fundamentais do curso: comunhão e louvor, montando o oboé, palheta dupla, postura, respiração, técnica instrumental, primeiros sons e técnicas avançadas. METODOLOGIA DE ENSINO Explicação do programa e cada etapa do ensino prático com indicação de requisitos mínimos. CONHECIMENTOS GERAIS Instruções gerais que o oboísta iniciante precisa conhecer para seu enriquecimento intelectual. TABELA DE DIGITAÇÃO Tabela de fácil consulta para iniciantes com dicas e imagens de posição das notas musicais no oboé. PREFÁCIO e CURSO DE TÉCNICA INSTRUMENTAL Primeiras lições com os elementos essenciais da técnica do oboé com 7 (sete) níveis progressivos. ESCALAS MAIORES E ARPEJOS Exercícios de escalas maiores em sustenidos e bemóis em diferentes regiões (médias e agudas). ESTUDO MELÓDICO DE HINOS Seleção apurada dos principais hinos para a prática instrumental no oboé, classificado por nível de ingresso na orquestra de acordo as etapas do capítulo “ingresso na orquestra”. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nota de agradecimento, sobre o autor, a música na igreja e banner do site: www.escolinhamusical.com.br Importante: Este guia de estudo para técnica instrumental tem o simples objetivo de organizar as informações do programa mínimo para estudantes de música. Este material não é comercial e não pode ser vendido. Impressão é livre. DEUS SEJA LOUVADO Programa mínimo PÁGINA 2 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 3. NÍVEL DE GRADUAÇÃO Anotações de progresso. Tome nota no avanço dos estudos com as datas das etapas de graduação, ingresso na orquestra e de conclusão do curso de técnica instrumental. Ensaio de Candidatos no Grupo de Estudos Musicais A prática orquestral é o primeiro contato que o aluno tem com a orquestra, onde se familiariza com o conjunto orquestral e vive a música com sua harmonia completa. Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____ Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ Data de ingresso no primeiro ensaio musical: _____ / _____ /_____ Reunião de Jovens e Menores, Ensaio Local Tocar na RJM permite novos descobrimentos como: afinação e sonoridade. Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____ Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ Data de Ingresso: _____ / _____ /_____ Culto Oficial e Ensaio Regional Tocar no culto oficial é o segundo principal objetivo deste programa mínimo. Teste do Instrutor: _____ / _____ /_____ Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ Data de Ingresso: _____ / _____ /_____ Avaliação local e Exame de Oficialização A conclusão do pré-teste coincide com o término do programa mínimo. Avaliação final do Instrutor: _____ / _____ /_____ Teste do Encarregado: _____ / _____ /_____ Data do Teste: _____ / _____ /_____ Data de Apresentação: _____ / _____ /_____ Datas de graduação PÁGINA 3 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 4. O INSTRUMENTO Oboé, oboé d’amore e corne inglês Guia de introdução sobre os instrumento e esclarecimentos gerais. O Oboé, Oboé d’amore e o Corne inglês Todos possuem a mesma origem. O oboé é um instrumento musical erudito, de sopro da família das madeiras caracterizado pelo uso da palheta dupla. Possui formato cônico e é dividido em 4 partes (palheta, registro alto/médio, registro baixo e campana). Os harmônicos no Oboé têm intensidade superior à freqüência fundamental, isto permite a emissão de notas ricas; tornando as graves: densas; e as agudas: penetrantes. – O músico que toca o oboé é denominado oboísta”. – Toca sempre na altura da voz soprano. – Oboé vem do francês “haut bois”, que significa madeira alta, devido ao registro agudo. – Foi incorporado às orquestras em meados do século XVII (período barroco). A Família Os instrumentos da família do Oboé são: Oboé piccolo (Mib e FÁ), Oboé (DÓ), Oboé d’amore (LÁ), Corne inglês (FÁ), Oboé baixo (FÁ) e Oboé contra-baixo (Sib). O Corne inglês é mais grave e o timbre mais escuro. Dicas importantes É aconselhado ao estudante de música começar diretamente no Oboé, pois se já tocou outro instrumento terá de reaprender tudo, eliminar os vícios e aplicar-se nas principais abordagens do estudo do oboé. O domínio na digitação das notas no oboé requer estudo e disciplina do aluno e o acompanhamento de um instrutor oboísta. Antes de comprar Entre os instrumentos de palheta dupla existe muita diferença entre as marcas, os modelos, características, chaves e madeira. Recomendo a marca italiana: Patrícola, acesse o site: www.patricola.com.br Os oboés italianos Patrícola são artesanais, feitos em madeira e possuem o melhor custo benefício. Peça informações sobre os oboés e orientações sobre o estudo de oboé por e-mail: patricola@patricola.com.br ou ligue (11) 8033-3544. Acesse o site www.escolinhamusical.com.br e faça muitos downloads. Introdução ao Instrumento PÁGINA 4 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Oboé Patrícola SB-1 italiano, Modelo Estudante / Conservatório, Corpo de Granadilha
  • 5. Ao estudante: Parabéns pela sua decisão! Este material é um planejamento de estudos organizado para você perceber os seus avanços com uma nova experiência em cada etapa, fazendo música de uma forma agradável por toda a vida. Dedique-se com seriedade e estude! Comunhão: ao tocar seu instrumento, desde as primeiras lições, esqueça tudo ao seu redor, deixe que seu corpo, mente e alma fale através do seu som, entoando assim um louvor com espiritualidade e suavidade que te permita sentir e transmitir paz e alegria aqueles que ouvem o seu instrumento. A chave do sucesso! O bom começo para a chave do sucesso é: praticar. Dedicando-se: siga as orientações do seu instrutor e pratique o mínimo de 60 minutos por dia (na primeira semana) deve ser dedicado à prática do instrumento e 2 horas por dia a partir da 3ª. semana de estudos, mas sem excessos. Antes de iniciar: aqueça o seu corpo/mãos e dedos, embocadura e comece a tocar. Faça as lições mais difíceis primeiro, e somente por último as divertidas e partituras fáceis. Disciplina: não faça nada sem orientação para não levá-lo a maus hábitos, que podem trazer situações irrecuperáveis, vamos evitá-las com inteligência e bom humo! Com suor: A familiaridade com o instrumento e o progresso dos estudos irá conferir um entusiasmo crescente para enfrentar dificuldades e desenvolver sua expressão musical. Ouvindo: a audição de músicas clássicas e eruditas para oboé permitirá que você encontre naturalmente o seu “som pessoal”, e muita auto-avaliação. Saiba como progredir Aceitando orientação: durante o aprendizado você precisa planejar o que fazer e como vai fazer sendo auto-crítico com a qualidade do seu som e a intensidade do seu som, pensar como corrigir e melhorar sempre; e em seguida, repetir os exercícios e lições com desejo permanente no sucesso, isto irá lhe conceder melhorias a cada dia. E somente saberá se está ou não no caminho certo aceitando a orientação do instrutor. Material de apoio: acompanha este programa mínimo um livro de “Estudos rítmicos e melódicos” e também, livro de “Partituras” a fim de desenvolvermos a sua confiança. Sucesso começa com disciplina! Com o acompanhamento do instrutor, sua autocrítica e atenção aos detalhes deste programa mínimo de técnica instrumental, este guia irá lhe ajudar muito no seu desenvolvimento como músico e oboísta. Boa sorte! Tire suas dúvidas e dê sugestões Sempre pergunte: na dúvida sempre pergunte! Se a pergunta for simples, pergunte mesmo assim! Se achar que já sabe algo, mas falta ter certeza, pergunte! Se alguém afirmou, mas não provou que funciona, pergunte! Sempre podemos melhorar: não existe nada tão bom que não possa ser melhorado. Por isto, se você possui alguma sugestão de melhoria para este programa mínimo, envie agora a sua sugestão para o e-mail do instrutor indicado na capa do documento. Introdução ao Instrumento PÁGINA 5 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Oboé Patrícola SC-1 italiano, Modelo Semi-profissional, Corpo de Granadilha
  • 6. Curiosidades e resumo histórico Origem do nome O nome “Oboé” vem do nome francês haut bois, que significa madeira alta, devido ao seu registro agudo. Embora a pronúncia atual de haut bois se assemelhe a “oboá”, até o século XVII à pronúncia era “Oboé”. Como o instrumento já havia se espalhado pelo mundo quando esta mudança ocorreu, o nome permaneceu assim em português e em algumas outras línguas. Pela mesma razão, em algumas línguas o instrumento é chamado de “oboa”. Classificação A definição do Oboé é do Naipe: madeiras. O termo madeiras, refere-se à forma de execução e não ao material de que o instrumento é feito. E estes por sua vez são subdivididos de acordo com a forma de produção de som. Timbre característico Devido ao seu timbre penetrante e ao fato de ser o único instrumento de sopro que não depende de regulagem para afinação, é o Oboé que toca a nota “Lá” antes de um concerto começar, para que todos os outros instrumentistas afinem seus instrumentos. Origem do Oboé Os instrumentos de palheta dupla são utilizados no mundo inteiro desde os tempos mais remotos. As provas mais antigas levam-nos à civilização Suméria, a primeira a utilizar a escrita, três mil anos a. C. Conhecemos sobretudo o Aulos grego e a Tibia romana, mas encontram-se ainda hoje Oboés que evoluíram muito pouco e que nos dão a ideia de como eram os instrumentos primitivos. Apesar de serem diferentes, estes apresentam algumas analogias. Na nossa Idade Média, as Bombardas e Charamelas são usadas em diversas ocasiões. Mas foi na Renascença (Séc.XVI) e graças aos primeiros tratados de organologia que descobrimos a grande evolução que os instrumentos tiveram. O “espírito” inventivo da época trouxe melhoramentos consideráveis, por exemplo, a distância entre orifícios diminuiu, aparecem as primeiras chaves nos instrumentos, o apoio dos lábios fica mais curto permitindo assim um controle sobre a palheta, melhorando a sonoridade a afinação. No fim do Séc. XVI princípio de XVII, dá-se a grande mudança com o aparecimento da ópera em que a voz é solista. Para esta nova forma, são precisos instrumentos que acompanhem (imitem) o que a voz canta, assim no decorrer deste século e no seguinte assiste-se à introdução de novos instrumentos nas orquestras. As Flautas de bisel são substituídas pela Flauta travessa ou alemã, alguns instrumentos de palheta dupla, pela sua ‘dureza’ ficam em desuso, mas em contrapartida o fagote ganha terreno. O controle do som já é feito pelos lábios e a sua sonoridade é aceite pelos compositores. Só em 17 de Janeiro de 1657, Lully, utiliza o Oboé pela primeira vez no bailado L'amour Malade, embora não haja uma alusão concreta ao instrumento, há uma indicação inglesa de aproximadamente 1695 que refere: O presente Oboé com menos de 40 anos, é um aperfeiçoamento do (grande) Oboé francês, muito semelhante às Charamelas, aqui o adjetivo ‘grande’ não é para classificar o tamanho mas a tessitura, seria um Oboé grave. Neste comentário ao subtrair cerca de 40 anos à data, ficamos com mais certezas que o nosso Oboé entrou oficialmente na orquestra de Lully em 1657. PÁGINA 6 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 7. Daqui em diante o Oboé só conheceu a glória. No período Barroco e Clássico é utilizado por todos os compositores, tanto na orquestra como em solista, mas tecnicamente evolui pouco e Mozart começa a preferir o Clarinete, pela sua sonoridade doce e emissão fácil. Em 1799 nasce Henri Brod, grande virtuoso e pedagogo, veio sobretudo inovar a construção do Oboé, melhorando a forma interior, modernizando o mecanismo, e a grande inovação: inventou os atuais pratos onde encaixam as sapatilhas, possibilitando uma maior precisão em toda a construção. Também citar a importante contribuição da família Triébert, a partir de Guillaume Triébert(1770-1848) e seus filhos Charles-Louis(1810-1867) e Frédéric Triébert(1813-1878) que aprimoraram tanto a técnica quanto a mecânica dos oboés, tal qual o conhecemos hoje. Beethoven escreveu um concerto para Oboé que se perdeu. No Romantismo só há lugar para o Oboé na orquestra. Robert Schumann compôs as Drei Romanzen op.94 para oferecer a Clara Schumann, sua esposa, como prenda no Natal de 1849, sendo esta a única obra de um compositor representativo do período romântico escrita originalmente para Oboé. Naquela época o Oboé tem um papel de extrema importância na orquestra, nas sinfonias de Brahms, Mendelssohn, nas óperas de Rossini, Verdi, Wagner; sobretudo com os dois últimos, que também o Corne inglês tem um papel de destaque, basta citar alguns solos importantíssimos de óperas: (Verdi) Baile de Máscaras, Falstaff, D. Carlos, (Wagner) Tristão e Isolda e em todas as Óperas o Corne inglês tem sempre algo a cantar. Ainda na segunda metade do Séc.XIX a 13 de Outubro de 1842, nasce em Palermo (Sicilia) Antonino PASCULLI Oboísta-compositor, achando que não havia obras que satisfizessem a sua virtuosidade, resolveu escrevê-las. Temos assim no nosso repertório e a título de exemplo: Fantasia Sull' Opera Poliuto di Donizetti, Gran Concerto su temi dall' Opera I Vespri Siciliani di Verdi, etc., podemos considerar estas obras ainda do período Romântico. Devemos a Felix Mendelssohn o renascer do esquecido J.S.Bach, que é também o renascer da família dos OBOÉS, desde então votada a um imerecido esquecimento, sobretudo o Oboé d'Amore com a sua sonoridade entre o Oboé e o Corne inglês, tem o timbre ideal para acompanhar as vozes que Bach desejava que chegassem à Deus. No virar do Séc. XIX para o Séc. XX assistimos à grande mudança já com Ravel, que no seu concerto para Piano em Sol, compôe no segundo andamento um dos solos mais belos para Corne inglês, seguindo por Stravinsky. Desenvolvimento da construção e mecanismo No que diz respeito ao aperfeiçoamento do instrumento, este, atingiu a configuração atual em 1906, com o modelo do Conservatório de Paris. Outros países criaram modelos próprios, mas sempre com base no sistema francês. As grandes melhorias dos últimos anos, centram-se na afinação, precisão e durabilidade do mecanismo, homogeneidade do som em todos os registos, facilidade de emissão sobretudo na região grave. Os fabricantes alemães permaneceram mais fiéis à tradição ao passo que os franceses e italianos estiveram sempre abertos a algumas melhorias técnicas. Atualmente já é possível encontrar no mercado Oboés feitos de resina plástica, porém o som não possui as mesmas qualidades dos Oboés feitos em madeira, pois a madeira possui qualidades próprias que determinam sua sonoridade (densidade, presença de fibras e poros, melhor afinação, entre outras). Recomendamos os Oboés italianos: Patrícola Acesse o site e conheça os modelos de Oboés para estudantes e profissionais: www.patricola.com.br PÁGINA 7 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 8. ORQUESTRA Etapas e Requisitos de Ingresso na Orquestra Detalhamento das etapas de ingresso na orquestra. Nível 1 – Imersão de técnica instrumental 1. Objetivo: O candidato deve completar o nível 1 deste programa para iniciar o estudo do método do instrumento e os principais hinos. Nível 2 – Ensaio de Candidatos no Grupo de Estudos Musicais 1. Bona: Clave de Sol – Até a lição 40. Clave de Fá – iniciada. 2. Teoria: Nível 3 da Apostila da Teoria Musical ou Módulo 3 “Bona CCB” 3. Método: Observação: Iniciar Hinário quando chegar na pág. 43. Até a página 58. 4. Hinário: 402 408 407 415 435 433 434 450 Nível 3 – Reunião de Jovens e Menores, Ensaio Local 1. Bona: Clave de Sol – Até a lição 80. Clave de Fá – Até a lição 50. 2. Teoria: Nível 4 da Apostila da Teoria Musical ou Módulo 11 “Bona CCB” 3. Método: Até a página 67. 4. Hinário: 401 402 404 409 410 418 420 422 424 426 438 440 442 444 447 Nível 4 – Culto Oficial, Ensaio Regional 1. Bona: Clave de Sol e Fá – Até a lição 70. 2. Teoria: Apostila da Teoria Musical cou Módulo 12 “Bona CCB” 3. Método: Até a página 74. 4. Hinário: 1 8 10 25 31 44 50 66 70 80 93 98 116 120 125 148 166 172 201 212 248 249 282 307 320 332 342 357 378 387 395 Nível 5 – Exame de Oficialização 1. Bona: Clave de Sol e Fá – Até a lição 90. 2. Teoria: Até a página 75. 3. Método: Apostila de Teoria Musical completa ou “Bona CCB” até lição 90. 3. Hinário: 9 14 25 29 71 88 112 116 125 135 140 148 159 161 195 201 229 276 280 289 307 325 356 376 424 Etapas de Ingresso na Orquestra PÁGINA 8 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Oboéd’amore Patrícola A-1 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá
  • 9. INSTRUÇÕES GERAIS A importância da música Dimensões do ser humano O ser humano possui em sua vida sete dimensões: Física, Espiritual, Intelectual, Social, Profissional, Afetiva e Familiar. De todas as realizações do Homem, a arte é a que possui mais influência em todas essas dimensões da existência humana. E de todas as artes, a mais antiga é a Música. Assim como o percurso da história do homem, na suas lutas e realizações, se desenvolve na medida de milênios, do mesmo modo a arte, expressão espontânea, necessidade da humanidade, floresce em tempos igualmente amplos. É uma exigência a tal ponto irresistível que não há momento do viver humano, por mais árduo que possa ser, que não se empenhe na criação artística. A música é nossa mais antiga forma de expressão, mais antiga que a linguagem falada. De fato, a música é o Homem, muito mais que as palavras, pois estas são símbolos abstratos. A música toca nossos sentimentos mais profundamente que a maioria das palavras e nos faz responder com todo nosso ser. Muito antes do ser humano aprender a pintar, esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia produzir e apreciar o som. Obviamente esses sons seriam hoje considerados apenas ruídos, mas considerando que música é a arte de manipular os sons, o que o Homem primitivo produzia era música, ou um embrião musical. O instrumento musical mais antigo que existe é a voz humana. Com ela, o homem aprendeu a produzir os mais diversos sons, e a agrupar esses sons, formando as primeiras linhas melódicas. Depois inventou os instrumentos musicais, que se multiplicaram e evoluíram ao longo da História. Muitos destes desapareceram, e a Música mudou muito em todo este tempo. Mas o gosto do ser humano pela música permanece intacto. Para se estudar a Música, é preciso antes saber o que é música. Comunhão e louvor Aqui você já começou a entoar louvores a Deus Parabéns pela sua decisão! Este material é um planejamento de estudos organizado para você perceber os seus avanços com uma nova experiência em cada etapa, fazendo música de uma forma agradável por toda a vida. Dedique-se com seriedade e estude! Comunhão em tudo! Desde o início ao tocar seu instrumento, desde as primeiras lições, enquanto “fazer som” esqueça tudo ao seu redor. Deixe que seu corpo, sua mente e a sua alma fale através do seu som, entoando assim um louvor com espiritualidade e suavidade que te permita sentir e transmitir paz e alegria aqueles que ouvem o som do seu instrumento musical. PÁGINA 9 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 10. Encontrando um professor de Oboé Aqui é onde você começa a ter progresso realmente construtivo! Aqui é onde tudo começa! Um bom professor pode ajudar você a melhorar suas habilidades no Oboé mais rápido do que você seria capaz de fazer sozinho. Por criticar construtivamente o seu desempenho e cobrar mais resultados a cada dia, ajudando você a escolher estudos e o repertório adequado às suas necessidades, e dando-lhe dicas úteis de acordo com os desafios específicos que você está enfrentando em qualquer parte do aspecto da técnica instrumental. Se ficar atento e perspicaz durante suas sessões de prática nos estudos, você será capaz de ensinar a si mesmo a forma mais eficaz de fazer muito progresso em seus estudos. Mas em certo ponto, é como você ser um “mestre cabelereiro” e tentar cortar o seu próprio cabelo, isto não vai ser possível. Um professor, tal como seu cabeleireiro particular, tem duas coisas que você não tem: experiência e perspectiva (pense nisto como o equivalente musical de ter alguém para se certificar de que você não errou até a última tentativa de repetição!) Não importa quantos espelhos você vai usar para ver o que está fazendo em sua própria cabeça ou a qualidade do seu equipamento, objetivamente isto é extremamente difícil. Quando você adiciona um alto nível de experiência para a perspectiva do professor, coisas “mágicas” podem acontecer. O professor pode perceber um erro que você nunca percebeu, ou identificar algo em sua embocadura que faz toda a diferença em como soar soprar seu instrumento. Não escolha o professor. Você pode procurar um professor de Oboé de qualquer nível, seja você um novato ou um oboísta intermediário ou mesmo avançado. Cada oboísta é diferente, porque cada pessoa é diferente, portanto, não há dois oboístas com a mesma embocadura, técnica musical, idéias, pontos fortes ou fracos. E não há dois oboístas que conseguem cometer os mesmos erros, sejam eles simples ou não. O trabalho do professor é orientá-lo através de sua própria experiência pessoal como um oboísta. A experiência de um professor e o seu constante treinamento pode ajudá-lo no desenvolvimento da sua técnica instrumental e na questão musical de uma forma geral. Desde a sua técnica para a produção de som e melhorar você para começar a estudar peças e partituras mais avançadas, nesta fase você provavelmente vai ser muito mais interessados em estilos musicais e outros detalhes. Assim, vai dedicar-se em ter um som cada vez mais doce e melodioso. Por isto, um professor talentoso pode ajudá-lo a resolver seus desafios no Oboé. Vai fazê-lo tocar os estilos musicais de sua preferência e lhe mostrar como interpretar a música para torná-la realmente bonita e encantar quem te ouve. PÁGINA 10 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 11. QUANDO COMEÇAR Qualquer época é um bom momento para começar a ter aulas (não importa a sua idade), no entanto, um momento particularmente bom para olhar para esta opção, é quando você sente que é a hora certa. Talvez você bateu de frente em uma primeira dificuldade quando começou a estudar, por causa do mecanismo ou embocadura, ou mesmo se a partitura está trazendo maiores desafios, e então começam várias perguntas e pensamentos, como: É isto mesmo possível? ou então Qual é o caminho para conseguir fazer corretamente?, assim por diante. Ou talvez um aspecto técnico de seu Oboé, como um sapatilhamento ou problema no mecanismo, ou uma parte da técnica que você nunca soube fazer completamente bem, e não tem certeza por que, ou apenas está inseguro e sem respostas precisas, enfim, não sabe tomar uma direção. Estas são todas as grandes razões para procurar orientação de um profissional - um bom professor pode ajudar a colocá-lo no caminho rápido para o sucesso (ou apenas dizer-lhe para estudar mais horas por dia, também é sempre uma ótima opção!). ENCONTRANDO UM PROFESSOR Ao encontrar o professor, fale para ele sobre o seu nível atual e a sua área de interesses (o seu tipo de música, o que pretende tocar e onde pretende tocar – o seu objetivo musical). Professores de oboé são especializados em determinados níveis de técnica instrumental ou variados estilos. Por exemplo, um professor pode ser principalmente dedicado a iniciantes, incentivando um conjunto a tocar em coros e recitais de estúdio, enquanto outro pode ser um músico de orquestra e professor universitário que prefere ensinar trechos avançados, pode possuir variados repertórios e ensaiar partes orquestrais ou preparar oboístas para ingresso em orquestras profissionais. Ou você pode encontrar um oboísta dedicado a parte pedagógica, outro professor oboísta envolvido com ensino de grupo de estudos musicais de um projeto social ou ONG, ou um oboísta que toca Corne inglês, ou que executa música antiga ou gosta de ensinar músicas do período Barroco e Clássico, assim por diante. Suas chances são muito grandes. Lembre-se, um grande número de músicos e orquestras estão ao nosso redor, por isso suas chances de encontrar um professor de Oboé que compartilha os seus interesses e pode ser útil no tratamento específico de sua música e desafios são realmente muito grandes. Então, você precisa pesquisar para encontrar. PÁGINA 11 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 12. Para saber mais sobre os professores de oboé: a) Fale com músicos e oboístas em sua região, bairro, cidade. Se você não conhece algum oboísta, você pode conhecer um se participar do grupo de estudos musicais (da sua igreja, ou escola do bairro), ou um conservatório de música, uma associação de oboístas, ou um grupo de oboístas na internet, vá assistir uma apresentação de oboé, ou mesmo uma apresentação da orquestra sinfônica da sua cidade ou da banda orquestra da igreja mais próxima. b) Procure pelo maestro! Em sua igreja ou em seu bairro pode existir o encarregado da orquestra local responsável pelo grupo de estudos musicais em sua região, este é um lugar comum. Outra boa dica é participar de ensaios musicais, você pode achar oboístas ou fagotistas reunidos e no final do evento você pode abordá-los para questionar a respeito de aulas de oboé ou se conhece quem ensina. Certamente vai ter sucesso! c) Descubra quaisquer faculdades ou universidades perto de você que tenha curso de música. - O departamento de música pode ter uma lista de professores diplomados em oboé. - Ou você pode contatar um professor de oboé diretamente para consultar sobre aulas particulares. - Ou certamente vai conseguir contatos ou recomendação de um ou mais músicos que possam lhe ajudar a encontrar professores perto de você. Outra boa estratégia é participar assistir a recitais de oboé (que quase sempre são livres) e conversar com o intérprete oboísta depois do término. (Dica: depois da apresentação você pode abordar os músicos, especialmente para cumprimento o oboísta e então, apresentar suas necessidades musicais!) Se o artista é um professor, artista convidado, ou estudante, você pode descobrir muito ouvindo a sua música e fazer perguntas relacionadas com esta música ou com outro aspecto que você percebeu durante a sua apresentação. Você pode achar um professor dessa forma - você nunca sabe quem você pode conhecer! d) Entre em contato com uma escola de música perto de você e ver se eles podem colocá-lo em contato com o diretor da banda ou o maestro da orquestra. Maestros às vezes ensinam em particular, porque eles têm que saber tocar todos os instrumentos no conjunto, mas o seu conhecimento específico em clarinete pode ser limitado. No entanto, eles são capazes de recomendar um professor de Oboé na sua região e alguns professores sempre estão dispostos a lecionar aulas particulares para os alunos. e) Muitas lojas de instrumentos musicais conhecem escolas de ensino de música e instrumentistas de vários bairros e cidades onde há escolas que oferecem aulas de música e professores de Oboé. Pergunte. f) Ligue para uma escola de música, ou ligue para a sua igreja, peça orientação ao maestro ao encarregado da orquestra, e solicite o contato de professores (telefones ou email). Pode até mesmo pesquisar em um site onde você pode procurar os professores de cada instrumento musical. Se você mora em uma cidade pequena, vai encontrar mais facilmente na cidade grande mais próxima. Mecha-se, saia da zona de conforto: pergunte, questione, faça contatos e demonstre interesse! Boa sorte e Deus abençoe. PÁGINA 12 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 13. PRIMEIROS CONCEITOS Vamos começar! Disciplina e muito estudo são fundamentais O músico que toca o Oboé, Oboé d’amore ou Corne inglês é denominado: oboísta. Um iniciante pode começar diretamente no Oboé (a partir dos 9 anos de idade). O estudante que tem já um conhecimento básico de ritmo e divisão musical (a partir da lição 40 do Bona ou 5 do Pozzoli rítmico) pode concentrar-se melhor nas questões específicas do Oboé: que é a embocadura e a digitação. Entre outros objetos que formam a técnica: preparação, postura, flexibilidade, respiração, resistência, afinação, articulação, entonação, posição e movimento, controle da dinâmica, sensibilidade e concentração. E ainda: oitavas, vibrato, dinâmicas, entre outras. As posições da mão não requerem um grande esforço. A embocadura pode adaptar-se aos lábios pequenos e grandes. Os lábios maiores parecem adaptar-se mais facilmente. É importante que o estudante seja maduro o bastante para segurar o instrumento e manusear a palheta com cuidado. A manipulação cuidadosa é o básico para qualquer estudante progredir continuamente no estudo do Oboé e para alcançar o sucesso! Montando o oboé Oboé é um instrumento frágil O Oboé é um instrumento frágil, e deve ser manuseado com cuidado. Sempre se lembre disto! Se manuseado sem atenção, poderá ser muito suscetível a problemas nas chaves ou ou desgastes indesejáveis. Tanto durante a montagem do instrumento, nunca se deve usar força excessiva. As chaves são sensíveis e leves, e para executar as notas musicais também não é necessário esforço físico. Veja como montar o seu Oboé: REGISTRO ALTO REGISTRO MÉDIO/BAIXO CAMPANA Passo 3. Segurar o Registro Alto com a Mão Esquerda Passo 2. Colocar o polegar direito na Chave “Mi” da segunda junção. Manusear com cuidado as duas peças unindo-as delicadamente empurrando no sentido horário até que o mecanismo da ponta esteja alinhado corretamente. Dica importante: sempre use um lubrificante apropriado (sem exagero) na cortiça, toda vez que montar o Oboé. Se as junções estiverem muito apertadas, use pouca graxa, pois já será suficiente montar facilmente. PÁGINA 13 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Passo 1. Prender a campana no registro médio da mão esquerda. Colocar o seu polegar direito fechando a abertura da campana, e torcer até encaixar no eixo do registro médio.
  • 14. A palheta dupla A emissão do som O Oboé realiza a emissão de som com uma palheta dupla. A palheta dupla é composta por duas lâminas de cana, fixas a um tubo de latão (em inglês: staple) e firmemente amarradas, vibram quando o ar passa entre elas. Estas lâminas de cana vibram livremente no interior da boca, controladas pelos lábios, tal como uma câmara de pressão As vibrações obtidas no início produzem um som rouco, ainda longe dos sons melodiosos que precisamos buscar durante o aprendizado do Oboé. ANTES DE USAR - Mergulhe a palheta na água até a altura do início da linha (sem molhar a linha), por até 5 minutos antes de encaixá-la no bocal do oboé para tocar (o tempo depende do tipo da cana). Não é necessário deixar por muito tempo, pois a saliva também ajudará a deixá-la umedecida. Quando não estiver tocando o seu oboé, a palheta deve permanecer em local seco e protegido. Nunca toque com uma palheta totalmente seca ou parcialmente embebida, por isto pode causar rachaduras ou vazamentos. TIPO DE RASPAGEM - A matéria, a solidez, a forma e a raspagem das palhetas (tipo: americana, alemã, francesa), tem grandes variações de país para país, mas o seu uso é comum para a maioria dos oboístas (ilustração abaixo). REQUISITOS DE UMA BOA PALHETA DUPLA 1. ESTABILIDADE: a palheta deve executar notas grave sem desafinar e sem falhas / ondulações no som. Deve executar as outras notas em sintonia com todos registros com pouca mudança na embocadura. 2. RESPOSTA: a palheta deverá responder bem nos registros (graves e agudos) com pouco esforço dinâmico. 3. TIMBRE: a palheta deve produzir um timbre de qualidade, sem muito esforço labial, o que pode restringir a estabilidade e resposta. PREVENÇÃO É muito importante ter uma ou mais palhetas de reserva, pois a ponta é muito fácil de ser danificada. Existem muitos tipos de palhetas duplas para a venda no mercado, mas o ideal é que o oboísta faça a sua própria palheta. SOBRE COMPRA DE PALHETAS No início indicaremos as palhetas duplas adequadas para iniciantes, porém o ideal é aprender o “processo” para fazer suas próprias palhetas, e manusear as ferramentas adequadamente. Aprenderemos juntos durante o curso. CLASSIFICAÇÕES As palhetas duplas são classificadas como: macia (soft), média (medium) ou dura (hard), porém há variações entre um fabricante e outro. Mesmo assim, há palhetas macias ou duras demais. Experimente diversos fabricantes para determinar qual é o mais consistente para o seu nível de estudo, a sua embocadura e o seu instrumento. RESISTÊNCIA Você deve verificar para que exista uma boa “resistência” na palheta que permita tocar o Oboé mantendo uma boa sustentação da respiração, sem fazer esforço para manter a sustenção do “som”. PÁGINA 14 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 15. AJUSTANDO A PALHETA DUPLA Em regra geral, o ajuste da palheta é determinado por: 1. COMPRIMENTO da palheta. A palheta deve ser introduzida na abertura do Oboé até ao seu ponto de parada (nunca force). 2. ABERTURA da palheta (Vide as ilustrações ao lado). A abertura da palheta é igualmente importante. As aberturas podem ser facilmente ajustadas. a) Muito aberta: geralmente ela pode inflar mais e deixar o som mais grave. b) Muito fechada: possuem uma boa afinação, mas tende a ficar mais fechada. c) Abertura ideal: ao longo do tempo tornam-se mais fechadas e pode perder afinação. CONSIDERAÇÕES A abertura da palheta é um fator muito importante também por outros motivos. Se a palheta estiver demasiadamente aberta, o oboísta estará forçado a “morder”, para identificar a afinação ideal, e com isto a embocadura será desgastada rapidamente. MUITO ABERTA MUITO FECHADA ABERTURA IDEAL Porém, se estiver fechada ou muito fechada, será impossível manter a sustentação adequada da respiração durante a execução da partitura. Cada oboísta possui suas preferências pessoais, e aqui estão apresentadas características gerais para os seus primeiros descobrimentos. Tipo de palheta? Indicada para iniciantes é a palheta dupla com raspagem tipo: americana. Peso de palheta? Esta é uma característica da “palheta comercial”, mas o peso de cada palheta depende de cada oboísta. Se comprar sem auxílio do seu instrutor vai se prejudicar pelo alto preço. Palhetas duplas no início dos estudos É indicado que você compre palhetas feitas pelo seu instrutor, ou pague pelos materiais (cana, tubo, linha) para que ele confeccione uma palheta nova para você. A produção de palhetas é para etapas futuras, quando o seu estudo estiver avançado e já possuir experiência com o uso das ferramentas. PÁGINA 15 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 16. POSTURA Introdução Mas o que é “postura”? Definição: é a ação envolvendo a correção contínua de vários tipos de posições do corpo. “O quê” A postura é muito importante! É a primeira percepção do certo/errado está no sentido da respiração: a tomada de fôlego e sopro para o ar 'correr' livremente e com facilidade através de seu instrumento. Se houver obstruções na sua postura, você vai sentir muitas tensões desconfortáveis que dificultará o seu aprendizado. Sua postura, em geral, não deve ser de uma 'estátua', isto cria tensões nas pernas, quadris, tronco, braços, mãos, pescoço e cabeça. “Como?” Pergunte a si mesmo: “Eu me sinto confortável?”. Quando a resposta é “não”, é porque você está sentindo dor ou cansaço. Encontre a melhor forma de tocar. Conscientize-se na diferença que existe entre o que é natural usando o seu “padrão pessoal”, e sem maus hábitos. “Quando?” Você deve coordenar a parte superior do corpo para criar um padrão de respiração natural e fácil. Após praticar sinta-se relaxado e confortável, lembre-se de não aperte os lábios, não adquirir hábitos incorretos ou desabar sua postura. Cada indivíduo tem o seu padrão de movimento constante no espaço, por isto é muito importante você tocar seu instrumento com a sua postura pessoal. Seu instrutor existe para ser questionado, consulte-o sempre. Não deixe as dúvidas permanecerem. Pergunte! “MÁSCARA FACIAL” A “máscara facial” é uma técnica usada por cantores profissionais para manter a identidade da voz e mostrar sensações – dor ou alegria, e outras – durante uma apresentação, e fazem isto sempre que possível para demonstrar suas sensações pessoais. Use este recurso para obter resistência muscular na face e apoiar o uso dos lábios na embocadura. Esta ação divide as tensões naturais dos músculos labiais e ajuda na sustentação da embocadura. Enquanto estiver tocando, nos “micro-intervalos” de respiração é possível fazer um rápido relaxamento facial e retomar a posição original de apoio, para a próxima nota musical. Isto não é um simples exercício, é uma prática e faz parte da embocadura no oboé. O amadurecimento da embocadura vem com o estudo e dedicação! PÁGINA 16 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 17. ARTICULAÇÃO Uma partitura musical possui muitas variações no ataque e frases, e o compositor pede que elas sejam distintas entre si. Mas estas variações na partitura não são suficientes sozinhas, elas necessitam que o músico interprete corretamente no instrumento, percebendo claramente na audição a diferença entre elas, seja em uma ligadura , stacatto (simples ou martelatto) e assim por diante. Ocorrem erros quando o músico antecipa ou atrasa muito a sua ação e ataque. A ilustração abaixo mostra a posição correta e incorreta dos dedos em relação ao tempo da nota. ARTICULAÇÃO CORRETA ARTICULAÇÃO ERRADA OS DEDOS Desde o início dedique-se na relação entre dedos (a digitação) e a entonação do seu instrumento. O uso correto da digitação não apenas ajuda o desenvolvimento da técnica, mas também a articulação (modo de tocar) e a entonação (sustentação da afinação) dependem disto. Como está ilustrado abaixo, o primeiro dedo (localize: A-1) está repousado sobre a chave, mas não apertou ainda, apenas aperta e fecha quando está encostado na linha (localize: A-7). Note que há diferentes níveis de posição antes de fechar, fechando e em repouso com a chave aberta, seqüência completa Linha A, de 1 até 7. A sincronia dos dedos deve estar de acordo as nota musicais com precisão, para não haver atrasos, falhas nas notas e outros problemas de inconsistência sonora, os dedos precisam estar levemente em repouso sobre as chaves, e a posição dos dedos nas chaves das notas chaves Dó, Ré# devem se antecipar às notas, e vice-versa. 1 2 3 4 5 6 7 LINHA A ARTICULAÇÃO CORRETA LINHA B ARTICULAÇÃO ERRADA Observação: A “Linha B” ilustra as posições incorretas dos dedos de um principiante tenso e sem instrução. Este exemplo ajudará você a desenvolver a educação da “articulação e postura dos dedos”, que vai fazer efeito na sua capacidade de dominar o seu instrumento, e consequemente poderá prejudicar a sua postura e afinação. PÁGINA 17 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 18. EXERCÍCIOS PARA INICIANTES Sensibilidade – Com a definição deste programa mínimo sempre pratique as rotinas e séries de aquecimento no instrumento antes de tocar qualquer partitura ou lição de método. Com atenção na sensibilidade a articulação dos dedos sobre as chaves, sem afastar os dedos demasiadamente, para eliminar desde cedo os maus hábitos. Porquê – Todas as tensões são eliminadas no início dos estudos, com notas longas e a respiração correta. Fazendo a digitação de notas longas e praticando os músculos dos braços e das mãos para relaxarem e finalmente encontrar o perfil ideal para tocar o instrumento. Estudo – Estudar no mínimo 2 (duas) horas por dia irá desenvolvê-lo rapidamente na técnica do instrumento, o que facilitará o avanço nas rotinas/séries do programa mínimo e do método de ensino, permitindo ao cérebro sempre selecionar os hábitos corretos para a digitação, a respiração, a sincronia da digitação com o uso dos dedos. Estas ações unidas formam a diferença na sensibilidade do músico e no desenvolvimento de sua embocadura. NEUROLOGIA NA EDUCAÇÃO MUSICAL Recentes pesquisas científicas na área da neurologia têm feito importantes descobertas sobre a reação do cérebro na educação musical. Precisamos estar atentos a não dar para o cérebro a oportunidade da dúvida. Pois são causas que nascem da: conveniência, medo e preguiça. Como nasce a insegurança: se estudarmos uma partitura ou lição em várias maneiras, tocando lento, moderado ou rápido, errando e etc; sem orientação. Ou ainda, não saber a digitação das notas corretas no instrumento, etc; estaremos dando a oportunidade do cérebro escolher a versão que ele quer, de forma inconsciente. Por isto é importante “dizer” ao cérebro qual a informação correta desde o início. Papel do instrutor: usaremos o material de apoio para sempre haver “surpresas” agradáveis no desenvolvimento do estudo do aluno, com bom senso, entendendo as suas emoções musicais a cada nível, premiando-o sempre! Isto é ideal para o aluno desenvolver os seus parâmetros pessoais com liberdade. Compreenda as características e desafios pessoais de cada aluno, para sempre alinhá-lo no grupo de estudos musicais com os demais alunos, na prática orquestral que é o objetivo inicial, ao fim do curso que é ingressar no conjunto orquestral principal. PÁGINA 18 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 19. Movimento Principal abordagem sobre a técnica do A principal abordagem sobre a técnica do Oboé inicia-se com o movimento. Quando nós tocamos qualquer instrumento, tal como um Oboé, ou simplesmente quando estamos respirando, é uma atividade que existe uma quantidade de movimento. E desde o início deste estudo, deve-se ter atenção na qualidade do seu “movimento”, pois isto afetará drasticamente a qualidade do seu “aprendizado”, por isto lembre-se: faça o controle de movimentos, pois tudo afetará sua performance. PRINCÍPIOS BÁSICOS Abaixo estão citados os princípios básicos para ter em mente enquanto estuda as técnicas do oboé. • Desenvolver conhecimento sobre o mapeamento de movimentos de seu corpo. Explore a qualidade de seu movimento, corrigindo os maus hábitos e aplicando-se a melhorar sempre. • Aplicar a correção de postura, atentando para pescoço, coluna e braços, eliminando todas as formas de 'stress muscular', eliminar a ansiedade para obter controle total da postura correta. • Focar-se em um local de centralização e iniciar sua concentração, durante a execução musical. • Eliminar de seu vocabulário o uso de palavras que têm conotação negativa, quer seja no seu ensino musical ou no seu dia-a-dia. • Através de sua auto-avaliação com sensibilidade, você estará mais preparado para avaliar todos os movimentos ao seu redor, e aprenderá a reconhecer a diferença entre o movimento natural, o equilibrado, e de respiração e circulação; julgando quando for necessário realizar mudanças e melhorias, como: equilíbrio, leveza, potência, fluidez e liberdade. Sempre adotando o seu padrão pessoal. • No caso do Corne inglês, use o apoio da correia no pescoço para ter equilíbrio ao tocá-lo. Importante: no futuro, pós-oficialização, lembre-se de dividir seus conhecimentos para outro músico iniciante. A prática destes pontos faz a diferença no tocar, no seu desempenho, na sua etiqueta pessoal, e no seu crescimento intelectual. PÁGINA 19 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 20. Elementos da postura Desenvolvimento da sensibilidade do músico A técnica do Oboé é constituída por: postura, técnica de respiração, técnica do dedilhado, articulação e embocadura. Todas estas técnicas são os pilares para você extrair o seu melhor com a sua sensibilidade pessoal, tudo o que puder fazer “de melhor” a partir dos elementos citados abaixo. É muito interessante você explorar a extensão destas extremidades, e perceber como sua capacidade técnica irá crescer e tornar-se expressiva! Os 4 (quatro) elementos da postura (respiração, etc) se dividem assim entre as técnicas (espaço, peso, etc): ESPAÇO PESO TEMPO FLUXO Direcionamento em todos os sentidos, ou ponto de concentração. Elevação, ou definição do ponto de firmeza da força com os pés. Duração da sustentação, velocidade de mudanças de expressão. Considerar-se livre, sentido de liberdade, movimento musical. Respiração Condução do ar de forma flexível, modelagem do som, das notas e frases musiciais. Concentração do som em um ponto ou linha reta. Condução do ar através do Oboé de forma leve com pouca pressão de ar ou com muita pressão de ar. Condução do ar através de forma sustentada fazendo linhas longas/tocando legato, ou em formas súbitas com acentuações e mudanças bruscas de dinâmica. Tocar o Oboé com uma respiração relaxada, livre, sentindo e controlando o fluxo de ar no interior do tronco (diafragma). Dedilhado Abrindo e fechando as chaves do Oboé com consciência, de forma direta, sabendo exatamente onde as pontas dos dedos vão tocar ou passar das chaves. Usar os dedos de forma leve, no abrir/fechar as chaves tocando-as com suavidade e com sensibilidade, ou com força nas chaves para executar notas com outra sensibilidade. Você pode mover os dedos lentamente de forma calma ou muito rápido quando houver passagens musicais velozes. Você pode usar os dedos de forma muito leve, com menos controle ou ter mais firmeza para ter uma sensação de uso extremo de sua técnica. Articulação A articulação de notas pode ser muito flexível, usando diferentes vogais para moldar o espaço em sua boca ou garganta, ou usando a língua para criar expressões e tipos de ‘ataque’ na palheta. A articução de peso é definida pelas consoantes que vão formar o tom, leves, forte ou pesados, com uma maior parte de uso da língua. Em tempo, a articulação pode ser sustentada criando efeitos de ‘slow-motion’ e moldar o som, subidas com lentas ou rápidas mudanças na duração da articulação das notas. No fluxo de ar a articulação pode ser livre, sentindo o espaço da boca e a expansão da garganta, que faz a sensação de estreitamento da boca e da garganta. Embocadura Um conjunto de sentidos forma uma embocadura flexível, e um conjunto de músculos faciais e sua tensão muscular para o controle e domínio da palheta. Aqui é definida se há pouca pressão em torno da palheta para um som mais suave, ou mais forte com pressão para mais vibração e som forte. Em tempo, a embocadura pode sustentar a qualidade sonora, com mudanças lentas ou rápidas dando ‘brilho’ para a execução da partitura musical. Em fluxo, a embocadura precisa ser leve, permitindo a tensão reduzida dos músculos faciais, sendo sensível a correções da embocadura. PÁGINA 20 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 21. RESULTADO Agora ficou mais fácil avaliar os padrões de esforço: cada um de nós possui as suas variações de espaço, peso, tempo e fluxo. PADRÃO PESSOAL A intensidade de expressividade da sua técnica instrumental é que formará o tipo de seu padrão pessoal, formará a sua 'marca', a ‘cor’ do seu som, aquilo que permitirá que conheçam você pela sua sonoridade e postura. Ao estudar e analisar os padrões de seus movimentos pessoais, você saberá com facilidade como expandir suas qualidades, explorando as extremidades do seu padrão pessoal. VALORES INDIVIDUAIS Tudo nasce de um impulso interior. Um movimento, uma sensação, um pensamento, um sentimento ou emoção - e outros sentidos que constituem a nossa ação mensal e física, que formam os componentes do movimento. Este impulso interior ou motivação, é expressa por meio do movimento de fatores coordenados, o ser humano movimenta tudo, incluindo o pensamento, e portanto todos possuem (cada um ao seu modo e perspectiva) o potencial de encontrar o melhor de si nos 4 (quatro) fatores de movimento - espaço, peso, tempo, fluxo. Em particular, o princípio do sucesso de adotar e patricar estes padrões é de obebecermos as nossas características pessoais; adotando atitudes que nós aceitamos, onde os músculos trabalham naturalmente à sua intenção sem influenciar nas suas condições ou limitações físicas, para que não lutemos contra o que não conseguimos alcançar. Por isto, nunca tente imitar, crie o seu próprio “padrão pessoal”. APLICAÇÃO DOS FATORES DE MOVIMENTO Vejamos no quadro a seguir como a atitudade das pessoas se movem na aceitação ou resistindo aos quatro fatores de movimento. Fatores de Movimento Aceitação de Elementos Resistência Espaço Flexível Duro Peso Leveza Força Tempo Sustentação Súbito Fluxo Liberdade Vinculado Quadro de aceitação/resistência de fatores de movimento FASES DA MOVIMENTAÇÃO PARTICIPATIVA Os fatores de movimento estão associados com quatro fases da Movimentação interior participativa, e do poder do: pensamento, sensores/sensibilidade, intuição e sentidos, como se segue: Fatores de Movimento Progresso de Fases da aceitação... Capacidade adquirida Espaço Fase 1: Atenção Pensamento Peso Fase 2: Intenção Sensibilidade Tempo Fase 3: Decisão Intuição Fluxo Fase 4: Progressão Sensação Quadro de fases da movimentação participativa. PÁGINA 21 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 22. Postura das mãos Isto determinará a qualidade do aprendizado Obedecer a postura correta irá determinar os resultados e a qualidade do seu aprendizado. POSIÇÃO CERTA A posição correta dos dedos sobre as teclas começa com o primeiro dedo da mão esquerda, mantenha os dedos curvos, no centro das chaves e apontando levemente em direção a campanha da Oboé. - Mantenha as costas retas para facilitar a circulação da corrente de ar. - Traga o instrumento até você, não se curve para ir até o Oboé. - Segure o Oboé no ângulo de 45 graus ângulo do corpo. Mantenha seus ombros numa posição relaxada e cotovelos 10 a 15 cm de distância dos lados de seu corpo. - Sempre toque com os dedos próximos às chaves. Maus hábitos Nunca pratique estes itens. Corrija-os. POSIÇÃO ERRADA Então vamos eliminar os maus hábitos antes de continuar, são eles: A posição errada dos dedos dificulta muito o aprendizado e a execução de notas agudas. O espaço largo entre os dedos e os dedos não-curvos impede o aprendizado da digitação do Oboé e impede o progresso nos estudos. A qualidade do som será ruim e irá prejudicar a técnica. • Alterar a sua postura natural quando pegar o seu instrumento, por exemplo, ao tocar o Oboé, arqueando suas costas ou levantando seus ombros. • Ter uma postura que é demasiadamente estreita ou larga (tal como muito curvado), criando uma tensão desnecessária no tronco. • Relaxar muito ou tensionar muito o tórax (movimentar-se) quando inalar ou exalar o ar. • Tocar ou estudar com a boca machucada, você precisará se adaptar e criará vícios. • Inalar (inspiração) a sua capacidade máxima de ar, pois isto prejudica o controle de saída (expiração) do fluxo de ar. • Praticar estudo por mais de 6 horas por dia ou sessões práticas muito longas. • Utilizar postura e/ou esforço que atrapalham sua técnica, tornando-o cansativo e/ou tenso. • Fazer força para fechar as chaves do mecanismo. • Fixar a postura em parte do seu corpo. Exemplos: encostado em uma parede, de perna cruza, em pé só com apoio do lado direito, olhando para baixo, entre outras posturas incabíveis, etc. Corrija os maus hábitos antes de aparecerem em suas ações. Faça um check-up antes de começar. Seja auto-crítico e esteja sempre atento. PÁGINA 22 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 23. RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA Respiração com o uso do diafragma Etapas – Embocadura – Sopro Vamos descobrir como usar o diafragma! Etapa 1: Respire profundamente enchendo o fundo do seu pulmão (sem esgotar). O seu diafragma (vide ilustração ao lado) deverá expandir em primeiro lugar, depois o tórax e finalmente a parte superior do tórax. Trata-se de criar a expansão da parte superior do corpo em que, em última análise, irá te ajudar a soprar corretamente. Etapa 2: Exercite inalar “do diafragma” e não a partir do extremo superior da cavidade toráxica. Etapa 3: O sopro do ar para dentro do instrumento deve ser feito de forma natural, relaxada e sem esforço demasiado. Estes passos são particularmente importantes para um oboísta. Faça exercícios de notas longas no instrumento: apoie-se sempre nas rotinas e séries de aquecimento antes de tocar lições do método. A prática destes exercícios vão lhe permitir que isto seja algo natural e comum ao longo do tempo. Sempre! INSPIRAÇÃO Puxa o ar, enchendo o pulmão. EXPIRAÇÃO Expulsa o ar usando o PÁGINA 23 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira diafragma. Diafragma contraído Diafragma relaxado
  • 24. ADVERTÊNCIAS 1. Os ombros não devem ser usados como forma de tomada de fôlego. Este movimento não contribui e ainda serve para desviar a atenção de ação do seu diafragma. 2. O oboísta deve ter na “mente” que vai soprar através do instrumento e não apenas para ele. 3. Devido à pequena dimensão da abertura da palheta dupla, o instrumento requer efetivamente menos fôlego do que a maior dos instrumentos de sopro. Porém, exige uma grande quantidade de “ar de apoio”, mas o volume de ar que atravessa o Oboé é relativamente pequeno. Portanto, o grande problema é o modo de eliminação do ar dos pulmões, com o total suporte do diafragma. Por isto a boa postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para um bom desempenho. 4. O importante no sopro é a qualidade de sustentação da coluna de ar que corre pelo instrumento, da palheta (entrada de ar) até a campana (saída de ar), e não é a força ou intensidade do sopro no instrumento. Portanto, o grande desafio é o modo de eliminação do ar dos pulmões, com o total suporte do diafragma. Por isto a boa postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para um bom desempenho. QUANDO USARMOS O DIAFRAGMA Atualmente os professores de música (vocais e instrumentais) advertem desde o início os seus alunos sobre a importância da respiração diafragmática na cavidade abdominal. Promovem exercícios para o controle da respiração, e praticam também no instrumento ou canto. A figura abaixo mostra uma pessoa dormindo e respirando com a cavidade abdominal, mantendo uma respiração regular - no diafragma. A DIFERENÇA DE QUEM USA O DIAFRAGMA Assim como na natação, a diferença entre um “nadador campeão” e um “nadador sem medalhes” está na respiração, nas qualidade das braçadas, no salto de partida, na manutenção da energia para evitar desgaste físico e não perder velocidade na hora da linha de chegada. Todos aqueles que estão na competição conhecem estes elementos. Mas a dedicação do atleta em aplicar estes elementos, e a qualidade de suas ações, faz dele um campeão insuperável. Espirramos, apagamos as velas, enchemos bexigas e gritamos com o apoio e uso do diafragma. Lembrou dele agora? No seu instrumento musical, o sopro deve ser acompanhado com a produção natural e livre do som, com consciência das ações, em combinação com todos os elementos de postura. PÁGINA 24 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 25. COMO FUNCIONA O DIAFRAGMA A respiração apoiada no diafragma é a salvação dos problemas de embocadura. Os estudantes de instrumentos de sopro iniciantes dedicam 80% de força labial e força de sopro, e apenas 20% de qualidade de embocadura; e é nesta fase que nascem os maus hábitos. A inversão destas porcentagens para 80% de técnica e respiração apoiada no diafragma e 20% de embocadura educada, maximiza os avanços do aluno. Apertando mais os lábios quando desejam tocar em volume alto ou o registro agudo, e assim, não conseguem estudar por muito tempo e fica muito desgastado, sem fôlego, com o corpo dolorido ou stress muscular em uma região ou outra do corpo. Veja na ilustração como o ar deve entrar e sair, com o uso do diafragma. “Efeito sanfona”. INSPIRAÇÃO = Puxa o ar EXPIRAÇÃO = Expulsa o ar O AR “PEDE PASSAGEM” Conhecendo a respiração com o apoio do diafragma, controlamos a saída de ar, agora o ar 'pede passagem', e a postura da cabeça é responsável por isto. Para tanto, a coluna de ar precisa estar livre - Figura A - permitindo a corrente contínua entre no instrumento e produza as notas musicais. Instrumentos de sopro requerem efetivamente menos fôlego do que se imagina, a postura incorreta criou esta “cultura”. Na Figura B o ar está engarrafado e sem regularidade e a produção de som no instrumento não é natural, a afinação é prejudicada, a embocadura é exigida sem necessidade, o corpo cria tensões, e de força inconsciente e gradual, o estudante adquire maus hábitos. Figura A Figura B PÁGINA 25 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 26. A embocadura Modo correto de apoiar a palheta nos lábios Siga as orientações a seguir para amadurecer a sua embocadura. EMBOCADURA Etapa 1: Coloca-se a extremidade da palheta dupla entre seus lábios relaxados, alinhado ao centro, retraindo-os levemente para dentro da boca sem tocar nos dentes – primeira figura. Etapa 2: Puxe seus lábios criando uma tensão muscular nos cantos da boa, como um assovio. Etapa 3: Relaxe, inspire ar pelo nariz/boca e expire o ar fazendo a articulação “hoo” para tocar a sua 1ª. nota no oboé. Sempre mantenha os seus lábios relaxados e a ponta da palheta sem tocar nos dentes ou gengiva. Dica importante: use o apoio de um “afinador digital” para tocar notas longas e aplique-se em manter a afinação conforme indicar o “afinador”. O SOPRO Deve manter um sopro contínuo de ar na ponta da palheta dupla, colocando-as assim em vibração uma contra a outra. O importante é o sopro contínuo (coluna de ar), e não quantidade de ar (força do sopro). A vibração das duas canas coloca a coluna de ar existente dentro do Oboé também em vibração contínua, produzindo deste modo todas as notas. Execute os primeiros exercícios e as partituras do resto de sua vida, sempre com uma respiração calma. O Oboé é considerado um dos instrumentos de sopro de técnica mais difícil de respiração, já que requer um grande controle da saída de ar para produzir cada nota, dedique-se para adquirir sensibilidade nos músculos abdominais controlando com a respiração diafragmática. PÁGINA 26 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 27. TÉCNICA INSTRUMENTAL Primeiros sons 3-2-1. Praticar sempre Agora vamos descobrir como fazer os primeiros sons no oboé! Sabemos naturalmente que o tamanho e formas da cavidade (incluindo a boca, dentição, lábios) de cada pessoa diferem um para o outro, por isto, até mesmo o modo de tocar dos oboístas se difere um pouco jeito de tocar. Mesmo assim, vamos sugerir a seguir algumas explicações gerais que podem ser feita sobre o processo de execução das notas – emissão do som no instrumento. Vejamos a seguir os passos que lhe ajudará a emitir os primeiros sons no oboé: Passo 1: Deve-se colocar a ponta da língua levemente na ponta da palheta. Passo 2: Em segundo lugar, ele deve soprar. Nenhum som será produzido, naturalmente, porque a língua ainda está em contato com a palheta, mas é essencial que a ação da respiração diafragmática esteja presente antes da língua ser retirada. Passo 3: Deve-se puxar a língua par trás e para baixo rapidamente. Esta ação é semelhante ao cuspir uma pequena partícula a partir da ponta da língua. Alguns oboístas preferem articular a passagem de ar (golpe de língua entre as notas musicais) colocando a ponta da língua apenas debaixo da ponta da palheta. Exercício: Em passagens rápidas de uma partitura musical, a língua deve estar tão relaxada quanto por possível, e que não deve mover-se mais do que necessário. Ataques demorados podem ser causa de não conseguir usar a língua com a rapidez suficiente. AFINAÇÃO O oboísta precisa ter sensibilidade na emissão de seu som, pois em algumas vezes a solução é puxar a palheta ligeiramente para fora do boca, fechando a cana, ou colocar um pouco mais para dentro da boca (assim vai conseguir mais volume) para alcançar uma embocadura melhor, se isto realmente for satisfatório. Muitas vezes a afinação destas notas podem ser corrigidas regulando a posição dos lábios, iniciando com uma respiração mais tranquila e suave. Faça exercícios de relaxamento e toque com os dedos próximos às chaves. Notas graves: No Oboé as seguintes notas graves: Dó, Si, Sib, são notas que são especialmente sensíveis e vulneráveis a qualquer inconsistência na embocadura. Peça orientação de um professor oboísta. Outras vezes são falham com frequência por hábitos incorretos de embocadura. PÁGINA 27 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 28. Técnicas avançadas Expressão - Vibrato - Dinâmicas - Staccato EXPRESSÃO MUSICAL Expressão não é o resultado de inspiração. Expressão é o resultado do estudo, da prática, ao longo da vida. Executar uma expressão musical não tem nada com: estudar a música, tocar oboé, desempenhar papel de músico mas sim de olhar para a música, de admirar o que você está fazendo. Saborear as notas, sentir cada frase, deve-se ter na mente um 'plano' de como vai tocar: em cada nota, em cada frase. Você também precisa de um plano para todo o seu movimento e postura. Por isto a importância do cuidado no estudo e a dedicação deve ser enfatizado ao oboísta. Preparação musical: A preparação musical deve ser muito cuidadosa, sem atropelos e ansiedades, pois só te levarão a adiantar-se erroneamente. Deve lembrar-se que: você pode não obter o que você quer se você não sabe o que você verdadeiramente quer. Leitura na Música: A Música é como uma língua/idioma: exige alfabetização. Você deve aprender a ler e dar-lhe vida. Configuração: - Aprenda a reagir de acordo cada figura musical na partitura (séries/lições/hinário). - Aprenda a respeitar as marcas (articulações, ritmo, harmonia, melodia, etc). Especialmente se houver regência. - Aprenda a alcançar resultados em grupo (prática orquestral), na “orquestra” formada outros músicos e você. Por isto, as séries de notas longas com diferentes expressões (piano e forte) são muito importantes para o iniciante. VIBRATO Um vibrato agradável é um componente necessário para a qualidade de sua técnica no Oboé. Porém deve ser discreto, valorizando a parte essencial de uma nota ou uma passagem musical como algo que acontece em um segundo, nunca em todas as notas ou demasiadamente. Não é preciso muito esforço, além de fazer a palheta vibrar com movimentos suaves. A demonstração e estudo do vibrato devem iniciar quando existir uma embocadura segura e firme, para que permaneça afinado. O vibrato é um efeito produzido pela respiração diafragmática. Advertência: Não é recomendada a prática de controlar a saída do fluxo de ar na garganta, pois tende a ter um efeito adverso na qualidade do som. O vibrato deve ser praticado muito lentamente no início, quando os estudos estiverem mais avançados. Embora você possa realizar o vibrato com a mandíbulalábios, isto pode não trazer resultados idênticos. Exemplo de exercício: - Marcar o metrônomo para 88 pulsos por minuto, durante algumas semanas, fazer um 'vibrato' a cada pulso. - Avançar durante os próximos meses gradualmente até que consiga reproduzir 4 (quatro) pulsos de vibrato (na embocadura) a cada pulso do metrônomo fixado em 88 pulsos por minuto. - Em cada fase do exercício a taxa dos pulsos do metrônomo deve ser a mesma, porém se deve tentar sempre aumentar a quantidade e amplitude do seu 'vibrato' a cada pulso do metrônomo. PÁGINA 28 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 29. TÉCNICAS Visão geral - Não deve haver nenhum movimento da embocadura enquanto se toca, exceto o movimento da língua na divisão das notas, e naturalmente nas chaves. Por isto a correta posição das mãos e de todo o movimento do corpo, permitirá avanços rápidos no estudo do instrumento. Iniciando pela postura, até a posição correta dos dedos, com movimentos de digitação suaves, fazem o conjunto de uma boa técnica. A posição dos dedos deve ser confortável para mover-se rapidamente e com o mínimo de movimento corporal por possível, evidentemente sem afetar a embocadura. Embora os dedos devam se mover rapidamente para o lugar certo, a precisão é imprescindível. Se o movimento for demasiadamente brusco quando os dedos se movimentam, torna-se a passagem de notas semi-ligadas impossível, prejudicando o som e a afinação do oboé. O primeiro dedo da mão esquerda deve “carimbar” suavemente o meio-buraco do Ré da segunda oitava e também voltar com o mínimo de movimento, movimento inverso, quando chegar para o Ré grave. Quanto menos teclas são necessárias para produzir uma nota, mais bem coordenado os seus dedos vão ficar para você tocar melhor. A forma da boca pronuncinar as notas eee tendem a elevar o volume, enquanto o ooo tenderão a baixar o volume. Advertência: o oboísta sempre poderá variar nos limites de sua embocadura, mas com responsabilidade, sem ir além do limite para não desafinar. DINÂMICAS Para aumentar o volume do som, é preciso aumentar o volume da coluna de ar, expelindo-o mais rapidamente. Estes efeitos são controlados pela embocadura em conjunto com os músculos abdominais. Particularmente no oboé, isto vai depender muito da habilidade alcançada no seu estudo e o “amadurecimento” de sua embocadura, e habilidade do “ouvido musical” para nunca desafinar, este é o grande desafio de “dinâmicas”. Exercício: toque notas longas iniciando de uma expressão “ppp” (pianíssimo) até uma “f” (forte), controlando a sua respiração e a saída de ar, corrigindo a embocadura de acordo cada faixa de notas (graves/agudas ou piano/forte). STACCATO Staccato é uma palavra italiana que significa destacado, o som deve ser produzido de modo seco e destacado. Há três tipos: staccato simples, meio-staccato e grande staccato/martelado. Staccato não significa curto: significa desconectado. Staccato diz respeito à liberação do som não tem nada a ver com o ataque/acentuação. Por isto, use a língua sem acentuar a nota (intensidade do som, sem força). Cada nota deve ser executada sem parar a respiração entre as nota. O ouvinte não deve perceber o som da língua atacando a palheta. Antes do som da nota desaparecer totalmente no fim de um período musical (na partitura), a embocadura deve relaxar gradativamente antes do fim do som, com um efeito de redução do volume do som. Caso contrário, o som pára de repente; o que dá um resultado desagradável, porém isto é comum no início do estudo. Exercício: toque rapidamente notas duplas, tercinas ou sextinas, o quanto mais rápido conseguir. PÁGINA 29 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 30. METODOLOGIA Material Didático e Conteúdo Programático Indicação do material didático, conteúdo do programa da cada etapa do ensino prático e indicação de requisitos mínimos. 1º. Nível – Os primeiros descobrimentos • Atividades do nível 1 faz a imersão na técnica instrumental e método: o Notas longas, Dinâmica e afinação. o Articulação e independência de dedos. o Exercícios para articulação (fácil). o Células rítmicas. o Escalas maior, menor e harmônica. • Maiores objetivos: o Adquirir os materiais para início dos estudos (métodos e apostilas). o Desenvolver as habilidades musicais com dedicação e responsabilidade. o Conhecer a história do oboé, sua origem e repertório. • Habilidades mínimas: o Os elementos da produção do som: postura, treinar a respiração diafragmática, controle de embocadura/eliminar dúvidas. o Os elementos da técnica de digitação: postura, posição de mão / braço / pulso / dedo, movimento dos dedos. o Coordenação e independência de dedos. • Desenvolvimento técnico: o Conhecer as primeiras notas / acidentes usando o método de apoio. o Treinar duas escalas maiores ou menores. o Eliminar vícios de postura ou digitação incorreta. • Desenvolvimento intelectual: o Desenvolver biblioteca pessoal de CDs e DVDs. Consulte seu instrutor. o Adquirir o material de apoio: naipes, vozes, canto e regência. o Artigo: O Papel do Músico na Orquestra. DESAFIO DO NÍVEL 1: Completar o estudo de habilidades mínimas do nível 1. Inicia o estudo de primeiras lições do método para aprimorar a instrumento musical. Metodologia de Ensino PÁGINA 30 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Oboéd’amore Patrícola A-1 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha
  • 31. 2º. Nível – A técnica • Atividades do nível 2 prepara-o para tocar no conjunto orquestral do GEM: o Notas longas, Dinâmica e afinação. o Articulação e independência de dedos. o Exercícios para articulação (fácil). o Células rítmicas. o Escalas maior, menor e harmônica. o Escala cromática: preparação e exercícios. o Estudo de Arpejo 1 e Mecanismo 1 e 2. o Hinos mais fáceis RJM (soprano). • Maiores objetivos: o Demonstrar progresso da técnica instrumental mínima. o Adquirir os métodos de apoio para aquecimento diário (opcional). • Habilidades mínimas: o Os elementos da produção do som com atenção na afinação! Outros elementos: postura perfeita (mãos/corpo), respiração, embocadura, aprimorar a articulação e intensidade do som. o Aumento da flexibilidade e coordenação de articulações. • Desenvolvimento técnico: o Conhecer a tessitura do oboé do “Si bemol grave” ao “Mi-2”. o Eliminar vícios de postura ou digitação incorretos. • Desenvolvimento intelectual: o Artigo: A importância da Musicalização na vida do Músico. o Classificação dos Instrumentos – Naipe: Madeiras. o Sugestão: assistir a um evento musical, work shop, recital, etc. • Repertório solo: o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 2. • Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: o Atualmente cursando aula teórica de nível 3 ou superior . • Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: o Estudo dos hinos propostos ao nível. DESAFIO DO NÍVEL 2: Completar o estudo de habilidades do nível 2 vai lhe conceder o ingresso na Prática Orquestral – Ensaio do Grupo de Estudos Musicais. Metodologia de Ensino PÁGINA 31 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Jacarandá (rosewood)
  • 32. 3º. Nível – A expressão • Atividades do nível 3 prepara-o para tocar na Reunião de Jovens e Menores e Culto oficial na comum: o Melodias, Dinâmica e afinação. o Articulação e independência de dedos. o Exercícios de articulação - intermediário e difícil. o Células rítmicas (semi-colcheias). o Escalas maiores e menores (até 3 acidentes fixos). o Escala cromática: preparação e exercícios. o Estudo de Arpejo 1 e 2 e Mecanismo 1 e 3. o Primeiros hinos da RJM (soprano). • Maiores objetivos: o Demonstrar as habilidades adquiridas e experiência no grupo orquestral. o Desenvolver maiores progressos no método durante esta fase. • Habilidades mínimas: o Demonstrar afinação perfeita e coordenação motora. o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som. o Adquirir as ferramentas (faca, mandril) e acessórios (cana, linha, etc) para iniciar curso de confecção de palhetas duplas. • Desenvolvimento técnico: o Tocar a tessitura do oboé (até o “Dó-3”) com exercícios diatônicos. o Execução da escala cromática sem erros em figura de colcheia. • Repertório solo: o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 3. • Prática Orquestral – Ensaio no Grupo de Estudos Musicais: o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha. • Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: o Atualmente cursando aula teórica de nível 4 ou superior . • Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: o Estudo dos hinos propostos ao nível. DESAFIO DO NÍVEL 3: Completar o estudo de habilidades do nível 3 vai lhe conceder o ingresso na Reunião de Jovens e Menores e Ensaio Local. Metodologia de Ensino PÁGINA 32 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Corne inglês Patrícola C-1 S 3 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha
  • 33. 4º. Nível – Revisão geral • Atividades do nível 3 prepara-o para tocar no Ensaio Regional: o Melodias, Dinâmica, afinação e expressão. o Articulação e independência de dedos (revisão). o Células rítmicas (todos). o Exercícios de articulação - avançado. o Escalas maior, menor e harmônica (todas). o Escala cromática: exercícios em colcheia. o Estudo de Arpejo e Mecanismo (todos). o Principais hinos do Culto (soprano e outras vozes). • Maiores objetivos: o Demonstrar todas as habilidades e técnicas adquiridas. o Concentração total no progresso de estudo do método. • Habilidades mínimas: o Demonstrar afinação e expressão na execução de lições e hinos. o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som. • Desenvolvimento técnico: o Tocar a tessitura do oboé (até o “Dó-3”) com exercícios cromáticos. o Execução da escala cromática em erros/dúvidas em figura de colcheia. • Repertório solo: o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 4. o Opcional: estudar partituras de peças clássicas de fácil execução. • Prática Orquestral – Ensaio do GEM e Reunião de Jovens e Menores: o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha. o Demonstrar boa assiduidade e convivência com o grupo orquestral. • Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: o Atualmente cursando aula teórica mínima de nível 4, o ideal é 5 . • Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: o Estudo dos hinos propostos ao nível. DESAFIO DO NÍVEL 4: Completar o estudo de habilidades do nível 4 vai lhe conceder ingresso nos Cultos oficiais (da própria) comum. PÁGINA 33 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira Oboé Patrícola S 7 italiano, Modelo Profissional, Corpo de Granadilha
  • 34. 5º. Nível – A técnica • Atividades do nível 5 preparam-o para completar todos os seus estudos: o Solos, melodias, Dinâmica, afinação e expressão. o Células rítmicas (todos). o Exercícios de articulação - avançado. o Escalas maior, menor e harmônica (todas). o Escala cromática: exercícios em colcheia. o Estudo de Arpejo e Mecanismo (todos). o Revisão dos hinos mais importantes. • Maiores objetivos: o Demonstrar todas as habilidades e técnicas adquiridas. o Eliminar dúvidas e possíveis vícios de postura, embocadura ou fraseado. • Habilidades mínimas: o Demonstrar afinação e expressão na execução de lições e hinos. o Aperfeiçoar a embocadura com exercícios de intensidade do som. o Fazer suas próprias palhetas duplas (amarração e raspagem). • Desenvolvimento técnico: o Revisão completo do programa mínimo de técnica instrumental. • Repertório solo: o Seleção de hinos, estudo melódico, nível 5. o Opcional: estudar partituras de peças clássicas de fácil execução. • Prática Orquestral – Grupo de Estudos Musicais: o Participar do ensaio principal com todos os músicos da Escolinha. o Demonstrar boa assiduidade e convivência com o grupo orquestral. o Permanecer com regularidade nos cultos oficiais e ensaios locais. • Teoria Musical – Proposta de acompanhamento: o Atualmente cursando aula teórica de nível 5 ou grupo: revisão. • Execução de Hinos de Louvores e Súplicas à Deus: o Revisão dos hinos dos níveis anteriores. o Estudo dos hinos propostos ao curso de oficialização. DESAFIO DO NÍVEL 5: Completar o estudo de habilidades do nível 5 vai lhe conceder ingresso aos Ensaios Regionais. Início de revisão de exercícios práticos no Oboé e preparação para o exame de oficialização. PÁGINA 34 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 35. CONHECIMENTOS GERAIS • A Tune a Day • Rubank • Gekeler • Ferling • Barret – Oboe Method • Vade Mecum (Andraud) • Giampieri • Gillet Studies • Brod • The Art of Oboe Playing • Bozza Etudes • Rothwell • Prestini • Salviani • Sellner • Singer Elementos fundamentais Enriquecimento intelectual Elementos fundamentais para seu enriquecimento intelectual. Repertório • Concerto para Oboé / Solo: o Tomaso Albinoni: concertos para um e dois oboés. o Antonio Vivaldi: concertos para oboé. o George Frideric Handel: concertos e sonatas para oboé. o Johann Sebastian Bach: numerosos concertos, peças sacras e cantadas. o Georg Philipp Telemann: concertos e sonatas para oboé. o Domenico Cimarosa: Concerto para oboé em Dó maior. • Concerto de Câmara para Oboé: o Mozart Quarteto de Oboé, K. 370 o Beethoven Quinteto Piano e Madeiras o Mozart Quintet for Piano e Madeiras, K.452 o Danzi Quinteto de Madeiras, op. 56, no. 1 o Britten Quarteto Fantasia o Arnold Trio (flauta, oboé, clarinete) o Reicha Quinteto de Oboé em F, op. 107 o Hindemith Quinteto de Madeiras o Nielsen Quinteto de Madeiras • Sonatas: o Saint Saëns o Poulenc o Hindemith o Handel C m/G m o Handel Bb maior o Telemann A m o J.S. Bach G m, BWV 1020 o Vivaldi C m o Handel F maior Métodos e Estudos mais importantes PÁGINA 35 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 36. Principais intérpretes oboístas • Atualidade o Brasileiros Arcádio Minczuk, Joel Gisiger e Natan Albuquerque (todos da Osesp) Alex Klein (mora no Brasil) Israel Muniz (Orquestra Sinfônica de MG) Washington Barella (mora na Alemanha) Alexandre Ficarelli (USP/SP) o Estrangeiros Albrecht Mayer Santiago Araya (professor em SP) J. Schellenberger François Leleux Jaime Martínez Heinz Holliger Diana Doherty • Em memória (estrangeiros) o Apollon M.R. o Henry Brod o Joseph Sellner o Fernand Gillet Sites na internet • Vendas de Palhetas, Ferramentas e Instrumentos (Oboés e Fagotes) o Palheta Dupla Brasil – http://www.palhetaduplabrasil.com.br o Oboés – Patrícola (Itália) – http://www.patricola.com.br o Oboés – F. Lorée (França) – http://www.loree-paris.com.br o Fagotes Takeda (Japão) – http://www.fagotes-takeda.com.br • Informações gerais o Blog sobre Oboé - http://aprendaoboe.blogspot.com o Grupos – http://www.palhetaduplabrasil.com.br o Fagote – http://aprendafagote.blogspot.com • Associações e instituições o http://www.idrs.org o http://www.doublereed.org • Download de teoria musical o http://www.escolinhamusical.com.br o http://www.oboebrasil.com.br o http://www.oboefagote.com.br PÁGINA 36 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 37. DIGITAÇÃO NO OBOÉ Posição das notas no instrumento Instruções para iniciantes com dicas e a tabela de posição das notas musicais no oboé e corne inglês. NOTA ESCRITA DIGITAÇÃO A 3 B 3 123Bb|123C B3 C 4 123B|123C B 3 C4 123|123C C 4 D 4 123|123C# D4 123|123 123|123Eb D 4 E 4 123Eb|123 E4 F 4 123|12- 123|12F- 123|1-3Eb E 4 F4 123F|12- F 4 G 4 123|1-- G4 123|--- G 4 A 4 123G#|--- Tabela de Digitação PÁGINA 37 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 38. A4 12-|--- A 4 B 4 12-|1-- B4 C 5 1--|--- B 4 C5 1--|1-- C 5 D 5 023|123C# D5 023|123 D 5 E 5 023|123Eb E5 F 5 I 123|12- I 123|12F-I 123|1-3 E 5 F5 I 123|1-3Eb F 5 G 5 I 123|1-- G5 I 123|--- G 5 A 5 I 123G#|--- A5 II12-|--- A 5 B 5 II12-|1-- Tabela de Digitação PÁGINA 38 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 39. B5 C 6 II1--|--- B 5 C6 II1--|1-- ATÉ AQUI PARA OFICIALIZAÇÃO NA CCB C 6 D 6 -23|12-C 023|-–-C D 6 023|---c 023G#|-23 D 6 E 6 023G#|-2-c I 023G#|-23 E6 F 6 I 023G#|-23Eb I 02-B|-23 E 6 F6 I 02-G#|023 Eb III 12-|12- F 6 G 6 I 02-G#|12-c III 1-3|1-- G6 III 1--G#|12-c G 6 A 6 III 1-3|--- A6 I --3B|-23Eb Tabela de Digitação PÁGINA 39 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 40. Início do curso para estudantes iniciantes A essência dos estudos são exercícios para amadurecer a embocadura e prática de respiração (sopro, coluna de ar, retomada de ar, etc). Dia-a-dia do oboísta: Nesta etapa lembre-se dos cuidados para montar o oboé, molhar a palheta por 5 minutos antes de iniciar a tocar, seguir os parâmetros de postura, respiração diafragmática, sopro, e então, inicie os exercícios a seguir. As expressões de intensidade devem ser executadas e as lições devem ser repetidas muitas vezes. Legenda: Pianíssimo pp Muito suave Meio forte mf Meio forte (som normal) Piano p Suave Forte f Forte Alto Meio piano mo Meio suave Fortíssimo ff Muito forte altíssimo Ao tocar seu oboé (exceto se houver uma expressão marcada) a intensidade do som deve ser mantido sempre no mesmo nível (mf) de volume, sem aumentar ou diminuir o volume de som. Este tipo de alteração será indicado pelos sinais de dinâmica para o som crescer ou diminuir gradualmente mantendo a plenitude de um som rico e afinado. SÉRIE DE AQUECIMENTO Use as séries de aquecimento para iniciar seus estudos nos primeiros 3 meses. A 1 SÉRIE DE HARMONIZAÇÃO Ao tocar este exercício harmônico fique atento nas mudanças de intensidade do som. 2 3 4 B 2 3 1 PÁGINA 40 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 41. Articulação e independência de dedos - fácil Mão esquerda e a mão direita e independência de dedos. O estudante precisa de atividades para agilizar a digitação no instrumento com a independência de mãos e dedos. Explicações antes de começar: MÃO ESQUERDA Dica: Quando livre, o dedo mínimo deverá estar levemente apoiado na chave do Mi bemol. Metrônomo 60 BMP. MÃO DIREITA Dica: Quando livre, o dedo mínimo deverá estar levemente apoiado na chave do Dó #. PÁGINA 41 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 42. Exercícios para articulação de embocadura Trabalhando com andamento em 60 batidas por minuto e aos poucos aumente a velocidade para alcançar 80 batidas por minuto. A agilidade precisa ser treinada e para isto propomos exercícios para articulação de embocadura com notas fáceis. Metrônomo em 60 batidas/minuto. Aumente gradativamente até 80 BMP: Importante: é necessário manter o andamento de 60 batidas por minuto para que o ritmo não diminua e não ocorra perca de velocidade; sempre observando as indicações de dinâmica para crescer a intensidade do som. 1 2 3 4 5 6 ESTUDO DE EXPRESSÃO A digitação precisa, a respiração e a sua afinação serão avaliadas! Mantenha os dedos próximos as chaves. 1 2 1 PÁGINA 42 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 43. Exercícios de articulação – fácil, intermediário e avançado Diversos exercícios (simples e avançados) para treinar dedos e mãos. A finalidade pedagógica destes exercícios é ter resultados rápidos e apresentam ótimos resultados ao estudante. Articulações de nível: FÁCIL. Importante: Defina o metrônomo com 60 BMP e aumente gradativamente a velocidade a cada repetição. Dica: mantenha os dedos não-usados relaxados, das duas mãos - e próximos às respectivas chaves. MÃO ESQUERDA MÃO DIREITA PÁGINA 43 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 44. Articulações de nível: AVANÇADO. Importante: Defina o metrônomo com 60 BMP. Atenção para as alterações de figuras / células rítmicas. MÃO DIREITA PÁGINA 44 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 45. MUDANÇA DE OITAVA ESTUDO DE MOVIMENTO DO DEDO ANULAR DA MÃO DIREITA – Sem usar o forquilha. TRANSIÇÃO DE OITAVAS PÁGINA 45 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 46. Ligaduras: iniciação a escala natural. 1 2 Ligaduras com semínimas e mínimas. 3 45 55 PÁGINA 46 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 47. Giampieri - Seleção de estudos da escala Principais estudos de saltos, mecanismo e escala cromática. Revisão do estudo da técnica de mecanismo com ligaduras. B C D B C D B A A A PÁGINA 47 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 48. C D B C D E F B C D A A PÁGINA 48 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 49. 6 7 8 PÁGINA 49 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 50. Mecanismo – 1ª parte: refinamento da técnica. Mecanismo – 2ª parte: refinamento da técnica. PÁGINA 50 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 51. Minha primeira escala. Diversos exercícios rítmicos em escalas. Exercícios e estudos rítmicos para aplicação por nível. Amadurecimento instrumental e leitura de partituras. Escalas para início de aquecimento: Escalas para início de aquecimento: Revisão do desenvolvimento rítmico: PÁGINA 51 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 52. G. Parès – Exercícios rítmicos Exercícios diários e escalas para Oboé – por Janet Craxton e Alan Richardson G. Parès: Sol maior - aquecimento de escalas com sustentação prolongada e exercícios. Desafio do aluno: desempenhar as atividades com disciplina, cuidado e calma. Aumente a velocidade apenas quando as dificuldades estiverem totalmente superadas. 1 – Aquecimento: 2 – Exercício: A B PÁGINA 52 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 53. G. Parès: Fá maior - aquecimento de escalas com sustentação prolongada e exercícios. Desafio do aluno: desempenhar as atividades com disciplina, cuidado e calma. Aumente a velocidade apenas quando as dificuldades estiverem totalmente superadas. 1 – Aquecimento: 2 – Exercício: A B C PÁGINA 53 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 54. Curso de Técnica instrumental Llições para aprimorar os elementos essenciais da técnica do oboé (postura, embocadura, conhecer a palheta, coluna de ar, etc) e elementos melódicos. Antes de pegar o oboé: 1. Tudo começa com uma boa conversa sobre o conteúdo do curso e o oboé com seu professor. 2. As palhetas, montar o oboé, ter cuidados com o seu instrumento e identificar a importância do estudo. 3. Praticar as primeiras séries para desenvolver a intimidade com o oboé e a leitura de notas musicais. Seções de estudo: Este material de introdução possui 7 (sete) deliciosas seções para você desenvolver sua técnica com o oboé, praticando lições fáceis você vai alcançar um nível de graduação melhor a cada dia. A cada novo nível você vai conhecer novas notas, ritmos, articulações, dinâmicas, etc; tudo em uma seqüência lógica baseada em um estudo longo de 4 anos sobre a metodologia de ensino de oboé (realizado na França). A experiência adquirida em cada seção vai lhe garantir: melhor afinação, melhor habilidade com as chaves do oboé, desenvolvimento de novas técnicas e melhor leitura das notas musicais. Leia as notas corretamente e dedique-se! Seção 1 – use as notas SOL, LÁ, SI: ritmo e fórmula de compasso simples. Exercício melódico de frases com marcações simples de 1 tempo (semínima) usando notas e figuras repetidas. Seção 2 – introdução à nota DÓ, intervalos e ligaduras. Figuras de Colcheia. Notas DÓ e SOL são usadas. Seção 3 – extensão de RÉ (grave) até RÉ (agudo) passando pelo FÁ# e introdução a melodias com intervalos maiores. As lições ganham novas tonalidades para avaliar o desempenho do aluno: DÓ Maior, SOL Maior, LÁ menor e MI menor. Seção 4 – mantida a região RÉ (grave) até RÉ (agudo) adicionando: SIb, FÁ e SOL#, também lições com tonalidade FÁ Maior e LÁ menor. Acidentes e pontos de aumento foram incluídos juntamente com mudança-aumento de ritmos e pausas. Seção 5 – extensão até o SOL agudo, adicionando o DÓ# e RÉ# e a tonalidade RÉ menor. Compasso composto. Seção 6 – introdução nas fórmulas de compasso: 3 / 8, 6 / 8 e 9 / 8, com as novas notas MIb e LÁ agudo e as tonalidades RÉ Maior, MIb Maior e SOL menor. Seção 7 – extensão até o Sib agudo ao Si (grave). Ocorrem movimentos sincopados com articulações simples. Figuras de semicolcheia. Todos os elementos anteriores, fórmulas de compasso com acidentes adicionais (2 sustenidos e 2 bemóis), articulações, pausas e variações de ritmos e expressões. Antes de começar: Quando abrimos uma partitura pela primeira vez antes de tocar, precisamos examinar a partitura, verificar qual foi a fórmula de compasso, verificar se existem acidentes ou sinais durante os pentagramas e compassos, observar os tempos, acidentes, frases, etc, para que tudo dê certo, sempre usando o efeito de dinâmica. Qualquer músico profissional estuda muito qualquer pedacinho de compasso antes de se apresentar com a orquestra. Este prefácio vai ajuda você a ter disciplina para alcançar os seus objetivos musicais. Siga estas dicas e surpreenda seu professor com os seus avanços. PÁGINA 54 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 55. Seção 1 – Primeiras notas: Sol, Lá, Si (mão esquerda) Três passos para o sucesso: 1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais, figuras que têm repetições, frases e etc. 3. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! Toque observando o desenho melódico: 1 2 3 4 5 6 7 PÁGINA 55 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 56. Seção 2 – Introdução à Nota Dó e ligaduras Quatro passos para o sucesso: 1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 3. Aviso sobre ligaduras: as ligaduras que aparecem estão em uma seqüência lógica, muito fácil de tocar. As frases são similares com as mesmas articulações da seção anterior. 4. Continue avançando! Cuidado para não “correr” nas colcheias. Mantenha sempre o ritmo: 8, afinado em Sol Maior 9, observe as ligaduras 10 11, observe as colcheias 12 PÁGINA 56 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 57. Seção 3 – De RÉ (grave) até RÉ (agudo) e ao FÁ# (mão direita) Seis passos para o sucesso: 1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 4. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 5. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 6. Continue avançando! Aplique os efeitos de expressão marcados: 13, nova Nota: Fá# 14, nova Nota: Mi grave 15, nova Nota: Ré grave 16, defina bem cada nota 17, mudança repentina de dinâmica PÁGINA 57 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 58. 18, compasso ternário: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar 19, atenção na mudança: “dim.” 20, escala pentatônica: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar 21, compasso ternário (3/4), dueto: toque com seu professor 22, compasso ternário: esta peça começa no tempo fraco. Conte 1, 2 antes de começar PÁGINA 58 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 59. Seção 4 – Introdução ao Sib, Fá de forquilha e Sol # Sete passos para o sucesso: 1. Olhe no topo da lição a fórmula de compasso: antes de começar estrale os dedos para definir o seu ritmo de pulsação ou dê “play” no seu afinador digital com 74 batidas por minuto. 2. Observe os acidentes fixos na assinatura de clave: você precisa saber identificar logo após a Clave de Sol e a fórmula de compasso quantos acidentes existem (sustenidos ou bemóis). 3. Observe as figuras: enquanto marca o ritmo com os dedos no passo 1, observe a partitura e vá identificando o valor das figuras musicais (colcheias), ligaduras, figuras que têm repetições, frases e etc. 4. Observe os acidentes: verifique quais são os acidentes que existem antes de tocar a nota. Sempre que aparecer a indicação “F” no pentagrama você pode usar o recurso: Fá de forquilha (consulte o professor). 5. Verifique as pausas e dinâmicas: execute no oboé a mudança de dinâmica nas figuras e a acentuação forte ou fraca e acentos “cresc.” Para mudanças na intensidade do som (aumento da coluna de ar). 6. Mantenha o ritmo: lembre-se de manter o ritmo mesmo errando a nota, em seguida, faça repetições das lições na próxima retomada até acertar tudo. Se você parar vai continuar cometendo erros! 7. Continue avançando! Combine tudo o que aprendeu até aqui: 23, nova Tonalidade: Fá maior e, nova Nota: Si bemol 24, usando o recurso: Fá de forquilha 25, nova Nota: Sol# e, nova Tonalidade: Lá menor 26, usando o recurso: Fá de forquilha PÁGINA 59 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 60. 27, introdução a figura pontuada em compasso quaternário (4/4) 28, figura pontuada em compasso quaternário (4/4) 29 30 31 PÁGINA 60 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira
  • 61. 32, dueto: notas agudas 33, dueto: ré de meio buraco, notas pontuadas e dinâmica 34 dueto: acidente fixo 35, atenção na contagem de tempos PÁGINA 61 OBOÉ Curso de Técnica Instrumental Marcos Oliveira