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Entrevista
Roberto
Dinamite
pág
Registro
de Atleta
TMS é o novo sistema de
transferência internacional
de jogadores
O Goool Neles!!!Primeira edição do jornal da SAFERJ é sucesso no cenário esportivo
RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2010 ANO I - Nº 2 FUNDADO EM 19/11/1979
SAFERJ firma parceria com
plano de Saúde CAMIM
Pág 3
Do anonimato a fama,
Caio fala sobre a carreira
Pág 2
JORNAL SAFERJ 01celso.indd 1 06/05/10 06:17
2 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010
Geral
Por conhecer bem os problemas da profissão e suas
consequências, estamos chamando a atenção de todos
para que reflitam sobre ser um atleta de futebol, pois, sem
dúvida, é uma das profissões mais interessantes, dentre
as diversas existentes.
Assim como existe o glamour, armadilhas perigosas
estão no caminho, principalmente daqueles atletas que
não se preocupam em manter um comportamento ético
e profissional.
A carreira é curta e, infelizmente, apenas uma parcela
muito pequena consegue chegar ao final com sucesso e
independência financeira.
Apesar do dia-a-dia de um atleta ser puxado, devido
a treinos, jogos, viagens e concentrações, é de extrema
importância que o atleta encontre força para se preparar
além do campo de futebol. Estudar, ou buscar algum tipo
de formação, irá ajudar muito ao encerrar a carreira, cri-
ando assim, uma possibilidade maior na sequência de sua
vida e, conseqüentemente, de sua família também.
O Saferj nos próximos meses estará disponibilizando cur-
sos de informática, línguas e técnicas de futebol para seus
associados, com o objetivo de contribuir com uma nova
formação profissional e assim gerar possibilidades futuras.
Talismã, coringa, carta na manga. Foi as-
sim que o jovem Caio de 19 anos chamou
a atenção de todos neste Campeonato Carioca
pelo Botafogo.
Mas o título de talismã preocupa o jogador.
“Eu estou acostumado a entrar no segundo
tempo e fazer gols decisivos, mas isso nem
sempre vai dar certo, e quando não der virá
a cobrança da torcida, e isso preocupa, ainda
bem que recebo muito conselho da minha famí-
lia” revela Caio.
Mesmo cotado pela imprensa, o xodó da
torcida alvinegra, busca a vaga de titular. “Tô
sempre disposto a ajudar, mas ninguém gos-
ta de ficar na reserva. Eu treino forte, tento
sempre chamar a atenção para poder ser titu-
lar no time”.
Antes de estourar na mídia carioca, a es-
trela de Caio já brilhava desde pequeno. Aos
dez anos foi morar nos Estados Unidos, e com
seu futebol e carisma já encantava a todos.
Através de uma proposta do Volta Redonda,
Caio retornou ao Brasil e o bom desempenho no
Campeonato Carioca na categoria juvenil , o le-
vou a jogar quatro meses no São Paulo F.C., que
demonstrou interesse na compra do atleta,
mas como não houve acordo entre as direto-
rias, Caio retornou ao Volta Redonda.
O jogador chegou ao Botafogo por se desta-
car em um jogo contra o Flamengo, na Gávea.
“Eu vinha fazendo um bom trabalho no campe-
onato do OPG, e nessa partida joguei muito bem
e fiz um gol, o auxiliar do Estevan Soares, Ger-
son Sodré, que assistiu ao jogo gostou de mim
e me levou para o Botafogo.” comemora Caio.
Eu estou acostumado a
entrar no segundo tempo e
fazer gols decisivos, mas isso
nem sempre vai dar certo
Ao chegar a equipe profissional do Alvinegro,
ficou no banco de reservas pela primeira vez,
na partida contra o Palmeiras no campeonato
brasileiro de 2009. “Foi uma sensação maravil-
hosa, fiquei muito animado e prometi pra mim
mesmo que 2010 tinha que ser o meu ano.
Fiz uma boa pré temporada, trabalhei firme e
está dando tudo certo” festeja o jogador que
teve proposta para deixar o Botafogo. “Recebi
proposta de um clube da Itália, mas primeiro
quero fazer um bom campeonato brasileiro, me
destacar e ser mais valorizado” afirma o talismã
que deixa um recado para os companheiros que
estão na luta por uma oportunidade no futebol.
“Tem que trabalhar forte, manter os pés no
chão. E o estudo é fundamental. Meu pai tem
um ditado que eu sempre levo comigo: craque
na bola craque na escola.”
na Bola e na Escola● Danielle Esperon
Sindicato da Paraíba
Parceria com o “prefeito
amigo dos atletas profis-
sionais da Paraíba”.
O Projeto também contri-
bui para um novo emprego
de ex-atletas em funções
como instrutores de fute-
bol responsáveis pela for-
mação cultural e social de
crianças. O Projeto poderá
se entender a médio prazo
por toda Paraíba.
Sindicato do Ceará
PROJETO FUTEBOL HOJE:
Este projeto social con-
templa atletas de futebol
profissional que se encon-
tram sem clube. O SAFECE
pretende reeditar em breve
este projeto que proporcio-
na oportunidade para estes
atletas manterem a forma
física, técnica e coletiva,
através de treinamentos e
jogos amistosos, enquanto
não retornam ao mercado
de trabalho. Já participa-
ram deste projeto atletas
como: Jardel, Maurílio,
Mazinho Lima, Clodoaldo,
Otonyel, Alex Magno entre
outros.
SAFERJ:
Presidente: Alfredo Sampaio
1º Vice Presidente: Denson Celço Costa Melo
2º Vice Presidente: Jorge Ivo Amaral da Silva
Diretor-Tesoureiro: Luiz Carlos Rebouças e Satana
JORNAL O GOOOL!
Editora-Chefe: Danielle Esperon
Diagramação: Buda Mendes e Celso Pupo
Gráfica: Jornal Lance
CAMPEÃO
Editorial
Alfredo Sampaio
Expediente
Federação Nacional dos Atletas Profissionais de de Futebol
Foto: Buda Mendes/Ferj
JORNAL SAFERJ 01celso.indd 2 06/05/10 06:17
3Rio de Janeiro, maio de 2010 - www.saferj.com.br
(no quadro abaixo tudo que
inclui o plano).
A CAMIM é um plano ambu-
latorial com 32 anos de credi-
bilidade no mercado, dividido
na zona oeste com dezoito mil
associados e crescendo cada
vez mais. Em breve um novo
posto em Nova Iguaçu, onde
funcionará 24h.
“Essa parceria é muito im-
portante para a CAMIM, pois o
SAFERJ é uma entidade fortís-
sima e vamos poder atingir um
público que necessita desse
carinho. O atleta pode vir se
associar a CAMIM que terá uma
atenção especial e um trata-
mento diferenciado.” Explica o
presidente da CAMIM, Júnior.
www.camim.com.br
Realengo 3332-0596
Jacarepaguá 3392-2019
Campinho 2450-2405
Anchieta 2455-6565
de menor expressão” comemo-
ra Alfredo Sampaio, presidente
do SAFERJ.
O vice presidente, Den-
inho, acompanha de perto
as dificuldades dos clubes de
pequeno porte. “Eu vou sem-
pre aos clubes, e os de menor
expressão a gente vê a dificul-
dade. Eles na maioria das vez-
es não tem condições de dar
suporte ao atleta em exames
de rotina. Essa parceria com
certeza vai trazer muitos bene-
fícios e tranqüilidade para es-
ses atletas trabalharem com
segurança.” Comenta Deninho.
É importante para o atleta
se cuidar e saber que sua famí-
lia também está segura. Pen-
sando nisso, que o plano dá o
direito do atleta agregar sua
família e fazer todos os exames
como: eletrocardiograma, par-
te de bioquímica, hematologia
e exames de sangue e outros
Uma Saudável ParceriaAtletas associados ao SAFERJ terão direito a plano de saúde a partir de R$ 27,00
Mais do que qualquer outro
profissional, o atleta de
futebol necessita de cuidados
com a saúde, para exercer suas
funções perfeitamente. Em vis-
ta disso, o SAFERJ firmou uma
parceria com o grupo CAMIM,
a fim de oferecer um plano
de saúde acessível a qualquer
atleta associado ao Sindicato
pagando uma mensalidade que
varia entre R$27,00 E R$62,00
(dependendo da idade).
Para usufruir do plano, o
atleta tem que ser associa-
do ao SAFERJ, e para isto, o
mesmo terá que comparecer
ao Sindicato para ter sua car-
teira, e ainda haverá um corre-
tor autorizado pelo SAFERJ que
irá aos clubes para maiores in-
formações sobre os benefícios
da nova parceria.
Preocupado com a saúde
dos atletas e tendo em vista
que os planos de saúde são
caros e nem todos podem
pagar, que a diretoria do SAF-
ERJ buscou mais um benefício
para seus atletas. Este plano
dá direito ao atleta realizar
consultas e exames gratuitos,
além de 50% de desconto em
internações, cirurgias e out-
ros procedimentos (ver quadro
abaixo). Assim o atleta pode
garantir sua saúde além dos
campos de futebol.
O plano de saúde CAMIM foi
o único que aceitou firmar um
convênio com um plano espe-
cial. “ Para o SAFERJ é mais
uma conquista, pois estamos
sempre buscando benefícios
para os atletas. E a CAMIM foi
o único plano de saúde que
aceitou firmar um contrato
com um valor específico e de
acordo com a realidade dos
atletas que atuam em clubes
Negócios
Foto: Leandro Becker/Saferj
Presidende do SAFERJ ,Alfredo Sampaio, no momento da assinatura do contrato com Junior, presidente da Camim
● Danielle Esperon
Conheça o Plano
00 – 28 R$ 27,00 ( por vida )
29 – 43 R$ 35,00 ( por vida )
44 – 58 R$ 45,00 ( por vida )
Maior ou igual 59 R$ 62,00 ( por vida )
Benefícios:
1° Consultas médicas nas especiali-
dades: ( sem carência )
	 Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia,
Urologia, Gastroenterologia, Geriatria,
Ginecologia, Alergologia, Angiologia,
Endocrinologia, Clínica Cirúrgica, Ob-
stetrícia, Neurologia, Ortopedia, Derma-
tologia, Otorrinolaringologia, Proctologia
e Odontologia;
2º Serviços complementares de diag-
nóstico: ( sem carência )
 	 Curativo, aplicações de injeções, veri-
ficação de pressão, Nebulização Sim-
ples, Repouso na Emergência em até
12 horas.
3° Medicações como: ( carência de 30
dias )
	 Glicose, Lasix, Novalgina, Adrenalina,
Baralgin, Aminofilina, Atropina, Cedi-
lamide, Buscopan, Plasil, , Dipirona.
4° Exames Laboratoriais: ( carência de
90 dias )
	 Hemograma Completo, Glicose, Fator
RH, Grupo Sangüíneo, Uréia, Amilase,
Creatinina, Lipase, Colesterol Total, Par-
asitológico (fezes), EAS (urina), E.C.G.,
Preventivo do Câncer Ginecológico.
5º Raio-X ( carência de 120 dias )
	 Ante braço, Braço, Clavícula, Articulação
escapulo umeral, Cotovelo, Crânio PA/
Lateral, Fêmur, Joelho, Mão, Pé, Calcâ-
neo, Perna, Punho, Seios da face, Tórax
PA, Tornozelo.
SAFERJ
Tel.: 2254-8905
Endereço: Rua professor Gabisso 237, Tijuca
JORNAL SAFERJ 01celso.indd 3 06/05/10 06:17
4 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010
Entrevista
Várias faces de Dinamite
Ídolo doVasco da
Gama, Roberto
Dinamite fala
da tristeza do
rebaixamento, dos
novos projetos, Copa
do Mundo e carreira
de deputado.
Como foi pra você o momento do
rebaixamento doVasco da Gama
no início da sua gestão como
Presidente do clube?
Roberto: Sofri muito com o
rebaixamento como todos os
vascaínos. Um sentimento de
tristeza, dor. Assumi o clube no
meio do ano com uma situa-
ção financeira muito delicada.
Mas em meio ao sofrimento do
rebaixamento já começamos
a montar um projeto para dis-
putar a segunda divisão e voltar
logo para a primeira, e o nosso
objetivo foi alcançado. Trazer o
Vasco a primeira divisão que é
seu lugar de origem e que nunca
deveria ter saído.
Quando você assumiu a presidên-
cia do clube teve medo de man-
char sua imagem de ídolo com a
torcida?
Roberto: Eu tinha uma vida
tranqüila, equilibrada, ídolo
do Vasco, o maior artilheiro
da história do clube e eu sabia
que se as coisas não aconte-
cessem como nós queríamos e
como o torcedor desejava, isso
poderia gerar um mal estar e o
torcedor poderia acabar esque-
cendo a minha história dentro
do Vasco. Mas eu tive uma sur-
presa muito grande, pois eu as-
sumi a presidência, no mesmo
ano o Vasco foi rebaixado, mas
mesmo o clube indo disputar
a segunda divisão, o torcedor
viu que o trabalho estava ap-
enas começando, e enxerga-
va com esperança de ver um
novo Vasco na minha gestão.
Isso me deu uma força muito
grande e trabalhamos para re-
tornar a elite do futebol e con-
tinuamos um trabalho sério para
que o torcedor tenha o direito
de sonhar com um Vasco cada
vez melhor.
Como você analisa sua gestão?
Roberto: A cobrança como pres-
idente do Vasco ela vai existir
sempre e acho que isso também
serve como desafio. Estamos tra-
balhando para que o clube possa
viver melhor. Temos profissionais
trabalhando dentro do Vasco de
altíssimo nível, para que possa-
mos buscar os resultados que
nós precisamos. Estamos procu-
rando equilibrar a parte admin-
istrativa, nos foi deixado mui-
tas pendências trabalhísticas e
pendências com atletas, esta-
mos trabalhando de uma forma
muito clara, transparente. Eu
quero retribuir a confiança que
o torcedor depositou em mim,
fazer um time competitivo para
lutar por títulos, que é isso que
o torcedor espera.
Quais foram as dificuldades de
montar o elenco para disputar
uma Série B?
Roberto: Muitos jogadores de
ponta não queriam disputar a
segunda divisão, por isso que
dou um destaque ao Carlos
Alberto, que é um jogador de
ponta, que já foi campeão do
mundo, e se prontificou, assu-
miu a posição de líder, puxou a
responsabilidade para si, ajudou
muito o Vasco e ajuda até hoje,
tem uma identificação com o
clube muito grande e se tornou
um ídolo da torcida. Trouxemos
o Dorival Júnior que deu muito
certo e jogadores que eram pou-
co conhecidos, mas que a união
e o trabalho fizeram que o Vasco
superasse todas as dificuldades
e alcançasse o nosso objetivo
que era o título da série B e re-
tornar a primeira divisão.
Com o retorno a primeira divisão,
o Gaúcho é a grande aposta do
Vasco?
Roberto: Temos que valorizar
a prata da casa, acreditamos
na competência do Gaúcho.
Sabemos que haverá uma co-
brança do torcedor, mas estamos
aqui para prestigiar o trabalho do
Gaúcho. Agora se ele (Gaúcho)
vai ficar até o final do campe-
onato, isso eu não sei, porque
futebol é resultado. Inclusive a
● Danielle Esperon
Foto: Carlos Junior/Saferj
JORNAL SAFERJ 01celso.indd 4 06/05/10 06:17
5Rio de Janeiro, maio de 2010 - www.saferj.com.br
diretoria do Vasco tem uma relação muito
aberta com o gaúcho, já conversamos sobre
isso, e vamos dar todas as condições para
que esses resultados apareçam. O prestígio
do Gaúcho é grande e queremos dar a ele
um grupo mais forte, mais competitivo, para
os aparecerem, e ele crescer como treinador
e claro ajudar o Vasco.
O que esperar doVasco neste retorno a sérieA?
Roberto: O campeonato brasileiro é uma
competição de alto nível, reúne grandes
times do futebol brasileiro. Vamos refor-
çar o elenco com pelo menos dois ou três
jogadores, e dentro de campo vamos lutar
pelos resultados.
O que você acha do time que o Dunga vem
montando para a Copa do Mundo. Ganso e
Neymar teriam vaga?
Roberto: Você convoca vinte e dois joga-
dores, mas sempre falta alguém. O Ganso
e o Neymar são talentosos, agora tirar
jogadores que estão servindo a Seleção já
há um tempo, jogadores inclusive que já
foram testados, é complicado. O Ganso e
o Neymar nunca serviram a seleção prin-
cipal do Brasil e é um desafio, eles podem
arrebentar como podem chegar lá e inibir.
Pois tem jogador que joga muito em seu
clube, mas chega na Seleção Brasileira e
não joga. Na minha visão o Dunga já sabe
quem ele vai levar para esta Copa do Mundo
na África do Sul, pode acontecer uma ou
duas surpresas, mas acredito que ele já
tenha o grupo formado.
O Dunga chegou a Seleção Brasileira sem ter
treinado nenhum clube. Um treinador da nova
geração, como você vê este fato?
Roberto: Treinar a Seleção Brasileira é o
cargo mais importante e todos os treina-
dores gostariam de estar. O Dunga assumiu
uma posição, ganhou Copa
América e por isso vai a Copa do Mundo,
porque é um treinador vencedor. Ele não
treinou nenhum clube mas mostrou com-
petência a frente da Seleção
Brasileira.
Quais os favoritos ao título da Copa do Mundo
da África do Sul?
Roberto: Hoje eu acho que todo mundo
joga muito igual. Então quando isso acon-
tece, temos o diferencial, que é o talento; o
cara que é fora de série. Com isso o embate
direto do Brasil é com a Argentina. O Messi
é um jogador de muito talento e que pode
decidir um jogo, como o Brasil também
pode. Copa do Mundo é conjunto, mas se
parar pra pensar, a Copa do Mundo de 94,
quando o Brasil foi Campeão, o Parreira
montou uma equipe unida, vários jogadores
foram importantes, como o Zinho, por ex-
emplo, mas o talento estava em cima do
Romário e do Bebeto. Então eu acho que
fica entre o Brasil, Argentina, Alemanha e
a Espanha como a grande surpresa para
esta Copa.
O que levou você a ingressar na carreira
política?
Roberto: Eu nem pensava em carreira
política, eu tinha um foco muito voltado
para o futebol, no encerramento da minha
carreira. Tudo o que eu queria era encer-
rar minha carreira e estar dentro do Vasco,
estar dentro de um processo de estar jun-
to com os jogadores, ter um trabalho na
base e depois num futuro estar dentro de
uma função no time profissional. Isso me
foi falado ao longo dos anos. Mas quando
eu encerrei a carreira isso não aconteceu
de forma oficial. Então me candidatei a
Vereador do município do Rio de Janeiro,
fiquei dois anos como Vereador, depois me
candidatei a Deputado
Estadual. Mas o que me deixa feliz é que
nesse novo desafio da minha vida eu fui o
primeiro ex-atleta a entrar nesse proces-
so político, me eleger e ter uma releição
garantida.
No mês de abril, faleceu Gradim, o homem
que levou você para o Vasco.Como foi esse
momento para você? Tinha contato com ele
ainda?
Roberto: Tinha contato com ele sim.
Gradim me pegou da casa dos meus pais
e me trouxe para treinar no Vasco. Se não
fosse ele, eu não teria chegado onde cheg-
uei. Acredito muito no destino, todos têm
uma missão, e ele cumpriu a dele, minha
relação era muito legal com ele até hoje,
mas ele cumpriu a etapa dele aqui na terra
e eu também quero cumprir a minha.
Você como ídolo, o que pode dizer para os
que estão começando a carreira no futebol?
Roberto: Tem que lutar pelos seus ob-
jetivos. Eu falo sempre para as crianças:
Sonhem, vocês tem esse direito. Mas tam-
bém precisamos dar condições para poder
proporcionar esse sonho. A relação familiar
também é muito importante, o estudo. O
futebol te dá a experiência de você conviver
integralmente com pessoas diferentes de
você. Por isso eu digo Sonhem e lutem.
Pois eu sempre lutei, tracei minhas metas
e fui em busca delas, e isso me levou a ser
uma pessoa vitoriosa.
Na edição anterior, o Zico foi o nosso entrev-
istado. Vocês sempre foram rivais dentro do
campo, e fora das quatro linhas?
Roberto: Eu estava lendo o jornal e vi a en-
trevista com o Zico, sempre fomos grandes
adversários em campo, mas temos uma
relação muito boa, de respeito, começa-
mos praticamente juntos. A rivalidade entre
Vasco e Flamengo era e é muito grande,
mas nunca precisei falar mal do Zico para
que o maracanã tivesse 100 mil pessoas.
Muitos jogadores de ponta não queriam disputar a
segunda divisão, por isso que dou um destaque ao Carlos
Alberto, que é um jogador de ponta, que já foi campeão
do mundo, e se prontificou, assumiu a posição de líder,
JORNAL SAFERJ 01celso.indd 5 06/05/10 06:17
6 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010
CBF Treinamento deTMS na Federação de Futebol do
Estado do Rio de Janeiro (FERJ), ministrado por
Marcelo Wellisch,TMS Manager da CBF
A FIFA poderá super-
visionar os detalhes de
cada transferência em
qualquer etapa do pro-
cesso. O TMS contribui
para proteger os joga-
dores menores de idade.
A partir de outubro se
um menor for registra-
do pela primeira vez em
um clube do exterior ou
for transferido para um
país que não seja o de
origem, esta decisão
deverá ser aprovada
primeiro pela comissão
do estatuto do jogador
da FIFA. “Antigamente
a CBF transferia e não
tinha muita regra para
impedir; agora há a reg-
ra da CBF que não per-
mite, da FIFA e do gov-
erno brasileiro.” Diz Luiz
Gustavo.
Outro dos benefí-
cios do TMS é em rela-
ção os clubes que for-
mam jogadores, já que
se pode utilizar para
ajudar a garantir que
esses clubes recebam
a compensação justa
pela formação do joga-
dor menor de idade.
Uma grande inovação acaba
de chegar para o sistema
administrativo do Futebol. A
nova ferramenta eletrônica
de transferências de corre-
spondência (TMS) está sendo
implantado para dar mais agi-
lidade às transferências inter-
nacionais dos jogadores.
O que antes era feito
através de fax, agora é feito
de forma eletrônica. “Antes
fazíamos três certificados de
transferência, um ficava na
CBF, outro ia para o país que
estava sendo feito a transfe-
rência e outro para a FIFA. Eu
assinava milhares de papéis e
como era feito tudo a mão eu
começava a fazer desde o dia
primeiro de janeiro e liberava
tudo no dia 15, que é quando
abre a janela de transferência.
Agora com este novo sistema
a rapidez é maior e a FIFA terá
o controle absoluto e vai sa-
ber de tudo o que está acon-
tecendo” explica Luiz Gustavo,
diretor de registro da CBF.
Após o México ter implanta-
do o TMS, o Brasil é o segundo
país a aderir ao novo sistema.
O TMS tem a vantagem de
ser um sistema eletrônico, de
cruzamento de dados onde a
transferência pode ser feita em
pouco tempo, desde que dentro
dos padrões recomendáveis.
“Os dois clubes têm que colo-
car a mesma informação, os
mesmos valores que envolvem
a transferência, as condições
de pagamento, o número de
parcelas, e até o vencimen-
to, pois sem isso o sistema
criará uma inadimplência caso
o pagamento não seja efet-
uado no dia certo.” Diz Luiz
Gustavo.
Para isto, a CBF disponibi-
lizou o TMS Manager, Marcelo
Wellisch para viajar todo o
Brasil e dar o treinamento. A
partir de outubro o TMS será
obrigatório e o único meio de
fazer uma transferência inter-
nacional. “Estou percorrendo
as 27 federações do Brasil
para dar o treinamento, por
ser um sistema muito rigoroso,
sendo fundamental que todos
os clubes participem deste
treinamento, uma vez que em
outubro ele será obrigatório.
Os clubes que não utilizarem o
TMS não poderão fazer a trans-
ferência” explica Marcelo, que
alerta: “Não adianta o clube
que não fez o treinamento ten-
tar usar o TMS. Pois tem que
abrir uma conta para o clube,
que só pode ser criada após o
treinamento e mediante a as-
sinatura de um termo onde ele
afirma que os dados que estão
sendo inseridos ali são confi-
denciais e pertinentes ao clube
dele, a FIFA e as entidades que
estão envolvidas com aquela
informação. Sendo assim com
a garantia quanto ao sigilo das
informações, a CBF encami-
nha este documento a FIFA e
só com esse documento que
a FIFA abre a conta. Portanto
não adianta tentar perguntar
para um companheiro como
faz que não irá adiantar.”.
Na última janela de trans-
ferência todos os clubes
grandes utilizaram o TMS,
porém é importante ressaltar a
todos os clubes, independente
de ser grande ou pequeno e
da divisão em que se encon-
tra, terão que utilizar o TMS
para poder fazer as transfer-
ências internacionais. “Por isso
é importante o treinamento,
existem clubes que formam os
jogadores para vender para o
exterior e aqueles que não
foram ao treinamento podem
perder uma oportunidade de
negócio” revela o TMS Man-
ager.
Este sistema é válido para
todos os atletas profissionais,
mas em breve a FIFA incluirá
os atletas amadores, futebol
feminino e futsal.
TMS protege os
jogadores menores
de idade
TMSo sistema inovador
Existem clubes
que formam os
jogadores para
vender para o
exterior e aqueles
que não foram
ao treinamento
podem perder uma
oportunidade de
negócio
A partir de
outubro o TMS
será obrigatório
e o único meio
de fazer uma
transferência
internacional
Foto: Carlos Junior/SAFERJ
Luiz Gustavo, diretor de registro da CBF, explica o processo de transferência internacional dos jogadores
● Danielle Esperon
JORNAL SAFERJ 01celso.indd 6 06/05/10 06:17
7Rio de Janeiro, maio de 2010 - www.saferj.com.br
Duque de
Caxias é o
Rio de Janeiro
na série B
Campeonato Brasileiro
Estamos repetindo o editorial da primeira edição pela
repercussão que houve entre os atletas.
Salários pagos “por fora”
dos contratos
e da carteira de trabalho
O Sindicato não aconselha esse tipo de situação, mas
não adianta, também, ignorá-la ou fingir que desconhec-
emos que há pagamentos “por fora”. Sabemos que os atle-
tas que a aceitam não têm como fugir dela: é a forma de
ser contratado; o que fazer então? O que passamos a sug-
erir que façam – embora seja difícil, pois quando vocês
recebem o pagamento já estão no sufoco – é o seguinte:
recebam o valor pago “por fora” (que sempre é pago em
dinheiro), depositem no banco em que vocês têm conta e
saquem o dinheiro, imediatamente. Desta forma, fica car-
acterizada a quantia recebida como salário, o que servirá de
prova no momento em que for necessário entrar com uma
Reclamação Trabalhista. É necessário, no entanto, infor-
mar a vocês que, quando ocorre esse tipo de pagamento, a
Previdência e o FGTS deixam de receber a parte deles, que
foi paga a vocês “por fora”, e, se vocês sofrerem uma lesão
que os deixe em longo tratamento e o clube notificar o fato
à Previdência, ela só pagará o benefício no valor que está
na carteira e no contrato, o mesmo acontecendo na hora
de levantar o FGTS. Usem o site do SAFERJ, se quiserem
maiores esclarecimentos.
Editorial
Dra. Yara Macedo
Com a permanência na elite do Campeonato
Carioca, o Duque de Caxias é o Rio de
Janeiro na série B do Campeonato Brasileiro.
E para 2010, a equipe da Baixada Fluminense
busca uma colocação confortável na tabela e
claro, almeja uma vaga para a primeira divisão
do Campeonato Brasileiro.
E para reforçar o elenco, Gabriel, Romário e
Jougle, que pertencem ao Botafogo Futebol e
Regatas, e dispensados pelo técnico Joel San-
tana, chegam ao Duque de Caxias para somar
e fazer uma boa campanha.
No ano de 2009, a equipe da Baixada Flu-
minense teve uma campanha irregular no início
da competição, terminando o primeiro semes-
tre na 13a
colocação. Já no segundo semestre
conseguiu uma reabilitação e após ficar seis
jogos invictos, o Duque de Caxias terminou a
competição em 8o
lugar.
● Danielle Esperon
HISTÓRIAS ENGRAÇADAS
CONTADAS POR BOLEIROS
“contada por Zico”
“Que quartinho quente”
É comum chegar nos clubes jogadores de fora. E no
Flamengo não era diferente, nosso grupo era de profis-
sionais, mas um grupo muito gozador, brincalhão. Uma
vez chegou um jogador chamado Merica que veio de
Alagoinhas, na Bahia. Então como era de costume, re-
solvemos fazer uma brincadeira com ele. Um dia, Merica
chegou bem vestido, e o chamamos para bater um papo.
Fomos levando o Merica para dentro da sauna. E todos os
jogadores começaram a tirar a roupa, ficando de sunga
apenas. O Merica não estava entendendo nada e queria
sair. Aí falamos: - Ah Merica, vamos conversar, como é em
Alagoinhas? E de repente Merica começou a suar e disse:
-Vem cá, vocês não tinham um lugar melhor pra conversar
não? Que quartinho quente esse daqui!
Coitado, nós já imaginávamos que ele não sabia o que
era sauna e fizemos essa brincadeira com ele, foi muito
divertido e a gozação foi geral.
Fotos: Buda Mendes
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8 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010
Fotos Direito de Arena e Jornal o Goool!
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  • 1. pág Entrevista Roberto Dinamite pág Registro de Atleta TMS é o novo sistema de transferência internacional de jogadores O Goool Neles!!!Primeira edição do jornal da SAFERJ é sucesso no cenário esportivo RIO DE JANEIRO, MAIO DE 2010 ANO I - Nº 2 FUNDADO EM 19/11/1979 SAFERJ firma parceria com plano de Saúde CAMIM Pág 3 Do anonimato a fama, Caio fala sobre a carreira Pág 2 JORNAL SAFERJ 01celso.indd 1 06/05/10 06:17
  • 2. 2 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010 Geral Por conhecer bem os problemas da profissão e suas consequências, estamos chamando a atenção de todos para que reflitam sobre ser um atleta de futebol, pois, sem dúvida, é uma das profissões mais interessantes, dentre as diversas existentes. Assim como existe o glamour, armadilhas perigosas estão no caminho, principalmente daqueles atletas que não se preocupam em manter um comportamento ético e profissional. A carreira é curta e, infelizmente, apenas uma parcela muito pequena consegue chegar ao final com sucesso e independência financeira. Apesar do dia-a-dia de um atleta ser puxado, devido a treinos, jogos, viagens e concentrações, é de extrema importância que o atleta encontre força para se preparar além do campo de futebol. Estudar, ou buscar algum tipo de formação, irá ajudar muito ao encerrar a carreira, cri- ando assim, uma possibilidade maior na sequência de sua vida e, conseqüentemente, de sua família também. O Saferj nos próximos meses estará disponibilizando cur- sos de informática, línguas e técnicas de futebol para seus associados, com o objetivo de contribuir com uma nova formação profissional e assim gerar possibilidades futuras. Talismã, coringa, carta na manga. Foi as- sim que o jovem Caio de 19 anos chamou a atenção de todos neste Campeonato Carioca pelo Botafogo. Mas o título de talismã preocupa o jogador. “Eu estou acostumado a entrar no segundo tempo e fazer gols decisivos, mas isso nem sempre vai dar certo, e quando não der virá a cobrança da torcida, e isso preocupa, ainda bem que recebo muito conselho da minha famí- lia” revela Caio. Mesmo cotado pela imprensa, o xodó da torcida alvinegra, busca a vaga de titular. “Tô sempre disposto a ajudar, mas ninguém gos- ta de ficar na reserva. Eu treino forte, tento sempre chamar a atenção para poder ser titu- lar no time”. Antes de estourar na mídia carioca, a es- trela de Caio já brilhava desde pequeno. Aos dez anos foi morar nos Estados Unidos, e com seu futebol e carisma já encantava a todos. Através de uma proposta do Volta Redonda, Caio retornou ao Brasil e o bom desempenho no Campeonato Carioca na categoria juvenil , o le- vou a jogar quatro meses no São Paulo F.C., que demonstrou interesse na compra do atleta, mas como não houve acordo entre as direto- rias, Caio retornou ao Volta Redonda. O jogador chegou ao Botafogo por se desta- car em um jogo contra o Flamengo, na Gávea. “Eu vinha fazendo um bom trabalho no campe- onato do OPG, e nessa partida joguei muito bem e fiz um gol, o auxiliar do Estevan Soares, Ger- son Sodré, que assistiu ao jogo gostou de mim e me levou para o Botafogo.” comemora Caio. Eu estou acostumado a entrar no segundo tempo e fazer gols decisivos, mas isso nem sempre vai dar certo Ao chegar a equipe profissional do Alvinegro, ficou no banco de reservas pela primeira vez, na partida contra o Palmeiras no campeonato brasileiro de 2009. “Foi uma sensação maravil- hosa, fiquei muito animado e prometi pra mim mesmo que 2010 tinha que ser o meu ano. Fiz uma boa pré temporada, trabalhei firme e está dando tudo certo” festeja o jogador que teve proposta para deixar o Botafogo. “Recebi proposta de um clube da Itália, mas primeiro quero fazer um bom campeonato brasileiro, me destacar e ser mais valorizado” afirma o talismã que deixa um recado para os companheiros que estão na luta por uma oportunidade no futebol. “Tem que trabalhar forte, manter os pés no chão. E o estudo é fundamental. Meu pai tem um ditado que eu sempre levo comigo: craque na bola craque na escola.” na Bola e na Escola● Danielle Esperon Sindicato da Paraíba Parceria com o “prefeito amigo dos atletas profis- sionais da Paraíba”. O Projeto também contri- bui para um novo emprego de ex-atletas em funções como instrutores de fute- bol responsáveis pela for- mação cultural e social de crianças. O Projeto poderá se entender a médio prazo por toda Paraíba. Sindicato do Ceará PROJETO FUTEBOL HOJE: Este projeto social con- templa atletas de futebol profissional que se encon- tram sem clube. O SAFECE pretende reeditar em breve este projeto que proporcio- na oportunidade para estes atletas manterem a forma física, técnica e coletiva, através de treinamentos e jogos amistosos, enquanto não retornam ao mercado de trabalho. Já participa- ram deste projeto atletas como: Jardel, Maurílio, Mazinho Lima, Clodoaldo, Otonyel, Alex Magno entre outros. SAFERJ: Presidente: Alfredo Sampaio 1º Vice Presidente: Denson Celço Costa Melo 2º Vice Presidente: Jorge Ivo Amaral da Silva Diretor-Tesoureiro: Luiz Carlos Rebouças e Satana JORNAL O GOOOL! Editora-Chefe: Danielle Esperon Diagramação: Buda Mendes e Celso Pupo Gráfica: Jornal Lance CAMPEÃO Editorial Alfredo Sampaio Expediente Federação Nacional dos Atletas Profissionais de de Futebol Foto: Buda Mendes/Ferj JORNAL SAFERJ 01celso.indd 2 06/05/10 06:17
  • 3. 3Rio de Janeiro, maio de 2010 - www.saferj.com.br (no quadro abaixo tudo que inclui o plano). A CAMIM é um plano ambu- latorial com 32 anos de credi- bilidade no mercado, dividido na zona oeste com dezoito mil associados e crescendo cada vez mais. Em breve um novo posto em Nova Iguaçu, onde funcionará 24h. “Essa parceria é muito im- portante para a CAMIM, pois o SAFERJ é uma entidade fortís- sima e vamos poder atingir um público que necessita desse carinho. O atleta pode vir se associar a CAMIM que terá uma atenção especial e um trata- mento diferenciado.” Explica o presidente da CAMIM, Júnior. www.camim.com.br Realengo 3332-0596 Jacarepaguá 3392-2019 Campinho 2450-2405 Anchieta 2455-6565 de menor expressão” comemo- ra Alfredo Sampaio, presidente do SAFERJ. O vice presidente, Den- inho, acompanha de perto as dificuldades dos clubes de pequeno porte. “Eu vou sem- pre aos clubes, e os de menor expressão a gente vê a dificul- dade. Eles na maioria das vez- es não tem condições de dar suporte ao atleta em exames de rotina. Essa parceria com certeza vai trazer muitos bene- fícios e tranqüilidade para es- ses atletas trabalharem com segurança.” Comenta Deninho. É importante para o atleta se cuidar e saber que sua famí- lia também está segura. Pen- sando nisso, que o plano dá o direito do atleta agregar sua família e fazer todos os exames como: eletrocardiograma, par- te de bioquímica, hematologia e exames de sangue e outros Uma Saudável ParceriaAtletas associados ao SAFERJ terão direito a plano de saúde a partir de R$ 27,00 Mais do que qualquer outro profissional, o atleta de futebol necessita de cuidados com a saúde, para exercer suas funções perfeitamente. Em vis- ta disso, o SAFERJ firmou uma parceria com o grupo CAMIM, a fim de oferecer um plano de saúde acessível a qualquer atleta associado ao Sindicato pagando uma mensalidade que varia entre R$27,00 E R$62,00 (dependendo da idade). Para usufruir do plano, o atleta tem que ser associa- do ao SAFERJ, e para isto, o mesmo terá que comparecer ao Sindicato para ter sua car- teira, e ainda haverá um corre- tor autorizado pelo SAFERJ que irá aos clubes para maiores in- formações sobre os benefícios da nova parceria. Preocupado com a saúde dos atletas e tendo em vista que os planos de saúde são caros e nem todos podem pagar, que a diretoria do SAF- ERJ buscou mais um benefício para seus atletas. Este plano dá direito ao atleta realizar consultas e exames gratuitos, além de 50% de desconto em internações, cirurgias e out- ros procedimentos (ver quadro abaixo). Assim o atleta pode garantir sua saúde além dos campos de futebol. O plano de saúde CAMIM foi o único que aceitou firmar um convênio com um plano espe- cial. “ Para o SAFERJ é mais uma conquista, pois estamos sempre buscando benefícios para os atletas. E a CAMIM foi o único plano de saúde que aceitou firmar um contrato com um valor específico e de acordo com a realidade dos atletas que atuam em clubes Negócios Foto: Leandro Becker/Saferj Presidende do SAFERJ ,Alfredo Sampaio, no momento da assinatura do contrato com Junior, presidente da Camim ● Danielle Esperon Conheça o Plano 00 – 28 R$ 27,00 ( por vida ) 29 – 43 R$ 35,00 ( por vida ) 44 – 58 R$ 45,00 ( por vida ) Maior ou igual 59 R$ 62,00 ( por vida ) Benefícios: 1° Consultas médicas nas especiali- dades: ( sem carência ) Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia, Urologia, Gastroenterologia, Geriatria, Ginecologia, Alergologia, Angiologia, Endocrinologia, Clínica Cirúrgica, Ob- stetrícia, Neurologia, Ortopedia, Derma- tologia, Otorrinolaringologia, Proctologia e Odontologia; 2º Serviços complementares de diag- nóstico: ( sem carência )   Curativo, aplicações de injeções, veri- ficação de pressão, Nebulização Sim- ples, Repouso na Emergência em até 12 horas. 3° Medicações como: ( carência de 30 dias ) Glicose, Lasix, Novalgina, Adrenalina, Baralgin, Aminofilina, Atropina, Cedi- lamide, Buscopan, Plasil, , Dipirona. 4° Exames Laboratoriais: ( carência de 90 dias ) Hemograma Completo, Glicose, Fator RH, Grupo Sangüíneo, Uréia, Amilase, Creatinina, Lipase, Colesterol Total, Par- asitológico (fezes), EAS (urina), E.C.G., Preventivo do Câncer Ginecológico. 5º Raio-X ( carência de 120 dias ) Ante braço, Braço, Clavícula, Articulação escapulo umeral, Cotovelo, Crânio PA/ Lateral, Fêmur, Joelho, Mão, Pé, Calcâ- neo, Perna, Punho, Seios da face, Tórax PA, Tornozelo. SAFERJ Tel.: 2254-8905 Endereço: Rua professor Gabisso 237, Tijuca JORNAL SAFERJ 01celso.indd 3 06/05/10 06:17
  • 4. 4 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010 Entrevista Várias faces de Dinamite Ídolo doVasco da Gama, Roberto Dinamite fala da tristeza do rebaixamento, dos novos projetos, Copa do Mundo e carreira de deputado. Como foi pra você o momento do rebaixamento doVasco da Gama no início da sua gestão como Presidente do clube? Roberto: Sofri muito com o rebaixamento como todos os vascaínos. Um sentimento de tristeza, dor. Assumi o clube no meio do ano com uma situa- ção financeira muito delicada. Mas em meio ao sofrimento do rebaixamento já começamos a montar um projeto para dis- putar a segunda divisão e voltar logo para a primeira, e o nosso objetivo foi alcançado. Trazer o Vasco a primeira divisão que é seu lugar de origem e que nunca deveria ter saído. Quando você assumiu a presidên- cia do clube teve medo de man- char sua imagem de ídolo com a torcida? Roberto: Eu tinha uma vida tranqüila, equilibrada, ídolo do Vasco, o maior artilheiro da história do clube e eu sabia que se as coisas não aconte- cessem como nós queríamos e como o torcedor desejava, isso poderia gerar um mal estar e o torcedor poderia acabar esque- cendo a minha história dentro do Vasco. Mas eu tive uma sur- presa muito grande, pois eu as- sumi a presidência, no mesmo ano o Vasco foi rebaixado, mas mesmo o clube indo disputar a segunda divisão, o torcedor viu que o trabalho estava ap- enas começando, e enxerga- va com esperança de ver um novo Vasco na minha gestão. Isso me deu uma força muito grande e trabalhamos para re- tornar a elite do futebol e con- tinuamos um trabalho sério para que o torcedor tenha o direito de sonhar com um Vasco cada vez melhor. Como você analisa sua gestão? Roberto: A cobrança como pres- idente do Vasco ela vai existir sempre e acho que isso também serve como desafio. Estamos tra- balhando para que o clube possa viver melhor. Temos profissionais trabalhando dentro do Vasco de altíssimo nível, para que possa- mos buscar os resultados que nós precisamos. Estamos procu- rando equilibrar a parte admin- istrativa, nos foi deixado mui- tas pendências trabalhísticas e pendências com atletas, esta- mos trabalhando de uma forma muito clara, transparente. Eu quero retribuir a confiança que o torcedor depositou em mim, fazer um time competitivo para lutar por títulos, que é isso que o torcedor espera. Quais foram as dificuldades de montar o elenco para disputar uma Série B? Roberto: Muitos jogadores de ponta não queriam disputar a segunda divisão, por isso que dou um destaque ao Carlos Alberto, que é um jogador de ponta, que já foi campeão do mundo, e se prontificou, assu- miu a posição de líder, puxou a responsabilidade para si, ajudou muito o Vasco e ajuda até hoje, tem uma identificação com o clube muito grande e se tornou um ídolo da torcida. Trouxemos o Dorival Júnior que deu muito certo e jogadores que eram pou- co conhecidos, mas que a união e o trabalho fizeram que o Vasco superasse todas as dificuldades e alcançasse o nosso objetivo que era o título da série B e re- tornar a primeira divisão. Com o retorno a primeira divisão, o Gaúcho é a grande aposta do Vasco? Roberto: Temos que valorizar a prata da casa, acreditamos na competência do Gaúcho. Sabemos que haverá uma co- brança do torcedor, mas estamos aqui para prestigiar o trabalho do Gaúcho. Agora se ele (Gaúcho) vai ficar até o final do campe- onato, isso eu não sei, porque futebol é resultado. Inclusive a ● Danielle Esperon Foto: Carlos Junior/Saferj JORNAL SAFERJ 01celso.indd 4 06/05/10 06:17
  • 5. 5Rio de Janeiro, maio de 2010 - www.saferj.com.br diretoria do Vasco tem uma relação muito aberta com o gaúcho, já conversamos sobre isso, e vamos dar todas as condições para que esses resultados apareçam. O prestígio do Gaúcho é grande e queremos dar a ele um grupo mais forte, mais competitivo, para os aparecerem, e ele crescer como treinador e claro ajudar o Vasco. O que esperar doVasco neste retorno a sérieA? Roberto: O campeonato brasileiro é uma competição de alto nível, reúne grandes times do futebol brasileiro. Vamos refor- çar o elenco com pelo menos dois ou três jogadores, e dentro de campo vamos lutar pelos resultados. O que você acha do time que o Dunga vem montando para a Copa do Mundo. Ganso e Neymar teriam vaga? Roberto: Você convoca vinte e dois joga- dores, mas sempre falta alguém. O Ganso e o Neymar são talentosos, agora tirar jogadores que estão servindo a Seleção já há um tempo, jogadores inclusive que já foram testados, é complicado. O Ganso e o Neymar nunca serviram a seleção prin- cipal do Brasil e é um desafio, eles podem arrebentar como podem chegar lá e inibir. Pois tem jogador que joga muito em seu clube, mas chega na Seleção Brasileira e não joga. Na minha visão o Dunga já sabe quem ele vai levar para esta Copa do Mundo na África do Sul, pode acontecer uma ou duas surpresas, mas acredito que ele já tenha o grupo formado. O Dunga chegou a Seleção Brasileira sem ter treinado nenhum clube. Um treinador da nova geração, como você vê este fato? Roberto: Treinar a Seleção Brasileira é o cargo mais importante e todos os treina- dores gostariam de estar. O Dunga assumiu uma posição, ganhou Copa América e por isso vai a Copa do Mundo, porque é um treinador vencedor. Ele não treinou nenhum clube mas mostrou com- petência a frente da Seleção Brasileira. Quais os favoritos ao título da Copa do Mundo da África do Sul? Roberto: Hoje eu acho que todo mundo joga muito igual. Então quando isso acon- tece, temos o diferencial, que é o talento; o cara que é fora de série. Com isso o embate direto do Brasil é com a Argentina. O Messi é um jogador de muito talento e que pode decidir um jogo, como o Brasil também pode. Copa do Mundo é conjunto, mas se parar pra pensar, a Copa do Mundo de 94, quando o Brasil foi Campeão, o Parreira montou uma equipe unida, vários jogadores foram importantes, como o Zinho, por ex- emplo, mas o talento estava em cima do Romário e do Bebeto. Então eu acho que fica entre o Brasil, Argentina, Alemanha e a Espanha como a grande surpresa para esta Copa. O que levou você a ingressar na carreira política? Roberto: Eu nem pensava em carreira política, eu tinha um foco muito voltado para o futebol, no encerramento da minha carreira. Tudo o que eu queria era encer- rar minha carreira e estar dentro do Vasco, estar dentro de um processo de estar jun- to com os jogadores, ter um trabalho na base e depois num futuro estar dentro de uma função no time profissional. Isso me foi falado ao longo dos anos. Mas quando eu encerrei a carreira isso não aconteceu de forma oficial. Então me candidatei a Vereador do município do Rio de Janeiro, fiquei dois anos como Vereador, depois me candidatei a Deputado Estadual. Mas o que me deixa feliz é que nesse novo desafio da minha vida eu fui o primeiro ex-atleta a entrar nesse proces- so político, me eleger e ter uma releição garantida. No mês de abril, faleceu Gradim, o homem que levou você para o Vasco.Como foi esse momento para você? Tinha contato com ele ainda? Roberto: Tinha contato com ele sim. Gradim me pegou da casa dos meus pais e me trouxe para treinar no Vasco. Se não fosse ele, eu não teria chegado onde cheg- uei. Acredito muito no destino, todos têm uma missão, e ele cumpriu a dele, minha relação era muito legal com ele até hoje, mas ele cumpriu a etapa dele aqui na terra e eu também quero cumprir a minha. Você como ídolo, o que pode dizer para os que estão começando a carreira no futebol? Roberto: Tem que lutar pelos seus ob- jetivos. Eu falo sempre para as crianças: Sonhem, vocês tem esse direito. Mas tam- bém precisamos dar condições para poder proporcionar esse sonho. A relação familiar também é muito importante, o estudo. O futebol te dá a experiência de você conviver integralmente com pessoas diferentes de você. Por isso eu digo Sonhem e lutem. Pois eu sempre lutei, tracei minhas metas e fui em busca delas, e isso me levou a ser uma pessoa vitoriosa. Na edição anterior, o Zico foi o nosso entrev- istado. Vocês sempre foram rivais dentro do campo, e fora das quatro linhas? Roberto: Eu estava lendo o jornal e vi a en- trevista com o Zico, sempre fomos grandes adversários em campo, mas temos uma relação muito boa, de respeito, começa- mos praticamente juntos. A rivalidade entre Vasco e Flamengo era e é muito grande, mas nunca precisei falar mal do Zico para que o maracanã tivesse 100 mil pessoas. Muitos jogadores de ponta não queriam disputar a segunda divisão, por isso que dou um destaque ao Carlos Alberto, que é um jogador de ponta, que já foi campeão do mundo, e se prontificou, assumiu a posição de líder, JORNAL SAFERJ 01celso.indd 5 06/05/10 06:17
  • 6. 6 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010 CBF Treinamento deTMS na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), ministrado por Marcelo Wellisch,TMS Manager da CBF A FIFA poderá super- visionar os detalhes de cada transferência em qualquer etapa do pro- cesso. O TMS contribui para proteger os joga- dores menores de idade. A partir de outubro se um menor for registra- do pela primeira vez em um clube do exterior ou for transferido para um país que não seja o de origem, esta decisão deverá ser aprovada primeiro pela comissão do estatuto do jogador da FIFA. “Antigamente a CBF transferia e não tinha muita regra para impedir; agora há a reg- ra da CBF que não per- mite, da FIFA e do gov- erno brasileiro.” Diz Luiz Gustavo. Outro dos benefí- cios do TMS é em rela- ção os clubes que for- mam jogadores, já que se pode utilizar para ajudar a garantir que esses clubes recebam a compensação justa pela formação do joga- dor menor de idade. Uma grande inovação acaba de chegar para o sistema administrativo do Futebol. A nova ferramenta eletrônica de transferências de corre- spondência (TMS) está sendo implantado para dar mais agi- lidade às transferências inter- nacionais dos jogadores. O que antes era feito através de fax, agora é feito de forma eletrônica. “Antes fazíamos três certificados de transferência, um ficava na CBF, outro ia para o país que estava sendo feito a transfe- rência e outro para a FIFA. Eu assinava milhares de papéis e como era feito tudo a mão eu começava a fazer desde o dia primeiro de janeiro e liberava tudo no dia 15, que é quando abre a janela de transferência. Agora com este novo sistema a rapidez é maior e a FIFA terá o controle absoluto e vai sa- ber de tudo o que está acon- tecendo” explica Luiz Gustavo, diretor de registro da CBF. Após o México ter implanta- do o TMS, o Brasil é o segundo país a aderir ao novo sistema. O TMS tem a vantagem de ser um sistema eletrônico, de cruzamento de dados onde a transferência pode ser feita em pouco tempo, desde que dentro dos padrões recomendáveis. “Os dois clubes têm que colo- car a mesma informação, os mesmos valores que envolvem a transferência, as condições de pagamento, o número de parcelas, e até o vencimen- to, pois sem isso o sistema criará uma inadimplência caso o pagamento não seja efet- uado no dia certo.” Diz Luiz Gustavo. Para isto, a CBF disponibi- lizou o TMS Manager, Marcelo Wellisch para viajar todo o Brasil e dar o treinamento. A partir de outubro o TMS será obrigatório e o único meio de fazer uma transferência inter- nacional. “Estou percorrendo as 27 federações do Brasil para dar o treinamento, por ser um sistema muito rigoroso, sendo fundamental que todos os clubes participem deste treinamento, uma vez que em outubro ele será obrigatório. Os clubes que não utilizarem o TMS não poderão fazer a trans- ferência” explica Marcelo, que alerta: “Não adianta o clube que não fez o treinamento ten- tar usar o TMS. Pois tem que abrir uma conta para o clube, que só pode ser criada após o treinamento e mediante a as- sinatura de um termo onde ele afirma que os dados que estão sendo inseridos ali são confi- denciais e pertinentes ao clube dele, a FIFA e as entidades que estão envolvidas com aquela informação. Sendo assim com a garantia quanto ao sigilo das informações, a CBF encami- nha este documento a FIFA e só com esse documento que a FIFA abre a conta. Portanto não adianta tentar perguntar para um companheiro como faz que não irá adiantar.”. Na última janela de trans- ferência todos os clubes grandes utilizaram o TMS, porém é importante ressaltar a todos os clubes, independente de ser grande ou pequeno e da divisão em que se encon- tra, terão que utilizar o TMS para poder fazer as transfer- ências internacionais. “Por isso é importante o treinamento, existem clubes que formam os jogadores para vender para o exterior e aqueles que não foram ao treinamento podem perder uma oportunidade de negócio” revela o TMS Man- ager. Este sistema é válido para todos os atletas profissionais, mas em breve a FIFA incluirá os atletas amadores, futebol feminino e futsal. TMS protege os jogadores menores de idade TMSo sistema inovador Existem clubes que formam os jogadores para vender para o exterior e aqueles que não foram ao treinamento podem perder uma oportunidade de negócio A partir de outubro o TMS será obrigatório e o único meio de fazer uma transferência internacional Foto: Carlos Junior/SAFERJ Luiz Gustavo, diretor de registro da CBF, explica o processo de transferência internacional dos jogadores ● Danielle Esperon JORNAL SAFERJ 01celso.indd 6 06/05/10 06:17
  • 7. 7Rio de Janeiro, maio de 2010 - www.saferj.com.br Duque de Caxias é o Rio de Janeiro na série B Campeonato Brasileiro Estamos repetindo o editorial da primeira edição pela repercussão que houve entre os atletas. Salários pagos “por fora” dos contratos e da carteira de trabalho O Sindicato não aconselha esse tipo de situação, mas não adianta, também, ignorá-la ou fingir que desconhec- emos que há pagamentos “por fora”. Sabemos que os atle- tas que a aceitam não têm como fugir dela: é a forma de ser contratado; o que fazer então? O que passamos a sug- erir que façam – embora seja difícil, pois quando vocês recebem o pagamento já estão no sufoco – é o seguinte: recebam o valor pago “por fora” (que sempre é pago em dinheiro), depositem no banco em que vocês têm conta e saquem o dinheiro, imediatamente. Desta forma, fica car- acterizada a quantia recebida como salário, o que servirá de prova no momento em que for necessário entrar com uma Reclamação Trabalhista. É necessário, no entanto, infor- mar a vocês que, quando ocorre esse tipo de pagamento, a Previdência e o FGTS deixam de receber a parte deles, que foi paga a vocês “por fora”, e, se vocês sofrerem uma lesão que os deixe em longo tratamento e o clube notificar o fato à Previdência, ela só pagará o benefício no valor que está na carteira e no contrato, o mesmo acontecendo na hora de levantar o FGTS. Usem o site do SAFERJ, se quiserem maiores esclarecimentos. Editorial Dra. Yara Macedo Com a permanência na elite do Campeonato Carioca, o Duque de Caxias é o Rio de Janeiro na série B do Campeonato Brasileiro. E para 2010, a equipe da Baixada Fluminense busca uma colocação confortável na tabela e claro, almeja uma vaga para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. E para reforçar o elenco, Gabriel, Romário e Jougle, que pertencem ao Botafogo Futebol e Regatas, e dispensados pelo técnico Joel San- tana, chegam ao Duque de Caxias para somar e fazer uma boa campanha. No ano de 2009, a equipe da Baixada Flu- minense teve uma campanha irregular no início da competição, terminando o primeiro semes- tre na 13a colocação. Já no segundo semestre conseguiu uma reabilitação e após ficar seis jogos invictos, o Duque de Caxias terminou a competição em 8o lugar. ● Danielle Esperon HISTÓRIAS ENGRAÇADAS CONTADAS POR BOLEIROS “contada por Zico” “Que quartinho quente” É comum chegar nos clubes jogadores de fora. E no Flamengo não era diferente, nosso grupo era de profis- sionais, mas um grupo muito gozador, brincalhão. Uma vez chegou um jogador chamado Merica que veio de Alagoinhas, na Bahia. Então como era de costume, re- solvemos fazer uma brincadeira com ele. Um dia, Merica chegou bem vestido, e o chamamos para bater um papo. Fomos levando o Merica para dentro da sauna. E todos os jogadores começaram a tirar a roupa, ficando de sunga apenas. O Merica não estava entendendo nada e queria sair. Aí falamos: - Ah Merica, vamos conversar, como é em Alagoinhas? E de repente Merica começou a suar e disse: -Vem cá, vocês não tinham um lugar melhor pra conversar não? Que quartinho quente esse daqui! Coitado, nós já imaginávamos que ele não sabia o que era sauna e fizemos essa brincadeira com ele, foi muito divertido e a gozação foi geral. Fotos: Buda Mendes JORNAL SAFERJ 01celso.indd 7 06/05/10 06:17
  • 8. 8 www.saferj.com.br - Rio de Janeiro, maio de 2010 Fotos Direito de Arena e Jornal o Goool! JORNAL SAFERJ 01celso.indd 8 06/05/10 06:17