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Estudo sobre as Prioridades
para Conservação do ARPA
(Nelson, Albernaz e Soares-Filho 2006)

       Ronaldo Weigand Jr., Ph.D.
          ronaldo@naveterra.net
A priorização de unidades de conservação no Programa ARPA

CONTEXTO
Contexto
• A seleção de unidades de conservação tem
  sido um tema presente no Programa Arpa
  desde o seu desenho.
• O desenho do ARPA, concluído em 2002,
  selecionou 12 UCs de proteção integral e
  determinou como o ARPA deveria selecionar
  novas UCs:
  – Mapa de Áreas Prioritárias
  – Salvaguardas socioambientais
O primeiro mapa de áreas
              prioritárias
• Entre 1997 e 2000
• Programa de Conservação e
  Utilização Sustentável da
  Diversidade Biológica
  Brasileira (PROBIO)
• 900 áreas
• Decreto no. 5092, de 21 de
  maio de 2004 e Portaria no.
  126 de 27 de maio de 2004
  do MMA tornam o Mapa
  uma ferramenta de política
  pública, devendo ser
  revisado a cada 10 anos.
Contexto
• Em 2003, o ARPA começa a operar, recebendo
  novas UCs com base no critério especificado
  no PAD.
  – 12 UCs de PI federais
  – UCs de US federais propostas pelo Ibama
Contexto
• Em 2004, 8 UCs estaduais de proteção integral
  estaduais existentes antes de 2000 foram
  incluídas com base em negociação política e
  nos critérios utilizados para as UCs federais.
• Novas UCs foram incluídas com base no Mapa
  e nas salvaguardas
Contexto
• Em 2005, o ARPA acelerava sua
  implementação, e as UCs selecionadas pela
  UCP/MMA passaram a ser alvo de
  questionamento pelos doadores.
  – Conflitos de visão
  – Preocupação com custos
  – Desatualização do Mapa de Áreas Prioritárias de
    1999
Contexto
• A saída, acolhida pelos parceiros do ARPA, seria a
  elaboração de uma estratégia de conservação e
  investimento
• Para isso, seria necessário atualizar o Mapa de
  Áreas Prioritárias ou desenvolver um
  procedimento provisório de identificação de
  áreas prioritárias para o ARPA.
  – Atualizar o Mapa implicaria em um atraso de mais de
    um ano na inclusão de novas áreas
  – O procedimento provisório daria uma resposta em
    poucos meses
Contexto
• Foi contratada uma equipe de pesquisadores
  para elaborar um estudo de prioridades:
  – Bruce Nelson (INPA): Coordenador
  – Ana Albernaz (MPEG): Biodiversidade
  – Britaldo Soares Filho (UFMG): Ameaças
• A supervisão era do Painel Científico de
  Aconselhamento (PCA) do ARPA, ao qual o
  estudo foi submetido.
• Enquanto isso, foi iniciada a atualização do
  Mapa de Áreas Prioritárias
Prioridades de Conservação
                                Áreas
• Critérios:                 prioritárias
   – Valor Biológico
   – Ameaça
   – Terceiro eixo:
     Efetividade em
     impedir o
     desmatamento
     futuro
Abrangência do estudo
ÁREAS AVALIADAS
UCs apoiadas pelo ARPA
Áreas prioritárias para criação de UCs
Áreas priorit. para proteção de qualquer tipo
Princípios, métodos e resultados no Estudo
PLANEJAMENTO SISTEMÁTICO DA
CONSERVAÇÃO
Planejamento Sistemático da
             Conservação
• Princípios:
  – Representatividade
  – Complementaridade
  – Flexibilidade
  – Insubstituibilidade
  – Vulnerabilidade
  – Eficiência
Representatividade
• Amostra representativa da biodiversidade da região
• Objetos de conservação são elementos da
  biodiversidade que são representados nessa
  amostra, por exemplo:
   – Espécies e sua variabilidade genética
   – Ambientes, paisagens e ecossistemas
   – Áreas importantes para os processos ecológicos
• Cada objeto tem uma meta a ser alcançada para sua
  conservação e persistência
Objetos de conservação no estudo
                                                                              •Consolidar os tipos vegetação
      70°W         65°W            60°W   55°W      50°W       45°W


                                                                              •Clipar com o limite do Bioma
                                                                      5°N
                                                                              •Intersectar com ecorregiões

                                                                             Tipos de Vegetação no Bioma da Floresta Amazônica
                                                                                         C1_arbo        P6_mar
                                                                      0°
                                                                                         C2_flor        R1_herb_am
                                                                                         C3_gram        R2_m
                                                                                         C4_tens_flom   S1_este_gram
                                                                                         Fa1_cipo_bs    S2_este_arbo
                                                                                         Fa2_palm_bs    S3_este_flor
                                                                      5°S
                                                                                         Fa3_bamb_bs    S4_arbo
                                                                                         Fa4_soro_bs    S5_flor
                                                                                         Fa5_palm_m     S6_gram
                                                                                         Fa6_cipo_m     S7_tens_fles
                                                                                         Fd1_al         S8_tens_flom
                                                                      10°S
                                                                                         Fd2_bs         Antropizada (até ~1980)
                                                                                         Fd3_m
                                                                                         Fe1_al
                                                                                         Fe2_deci_bs
                                                                                         Fe3_m
                                                                      15°S
                                                                                         Fe4_semi_bs
                                                                                         Fe5_semi_m
                                                                                         P1_fluv_arbu
0   250      500    1,000 Kilometros       34 Tipos de Vegetação
                                                                                         P2_fluv_buri
                                                Consolidados                             P3_fluv_herb
                                                                      20°S
                                                                                         P4_flma_herb
                                                                                         P5_flma_arbo
Objetos de conservação

• Objetos de conservação: 34 Tipos de Vegetação x
  Ecorregiões do WWF = ~200 objetos, dentro do Bioma
  da Floresta Amazônica
Unidades de Planejamento
Complementaridade
• Seleção para complementar a representação e
  maximizar o número de alvos/metas de
  conservação atingidas
     Meta

    objetos




         Todos os objetos de conservação representados
Valor Biológico Complementar
• Para atingir a meta de conservar 10% de cada objeto
  de conservação, calcular o valor complementar de
  cada unidade de planejamento (UP) em relação a
  uma área de reserva inicial;
• As unidades de planejamento disponíveis para
  completar as metas são:
   – UCs que não são reservas iniciais
   – Células de 60.000 hectares fora das UCs e TIs
• Não é calculado o valor biológico de áreas
  designadas como reserva inicial.
• Valor varia entre 0 e 1
Flexibilidade
• Metas de conservação podem ser atingidas
  por diversas combinações de áreas prioritárias
        Meta



                                 A

                                            C
                                B

                              Várias boas soluções possíveis
                                           A=C
“Insubstituibilidade”
• Ou valor biológico complementar
• probabilidade de uma determinada área ter
  de ser protegida para um determinado
  conjunto de metas seja alcançado

        Meta

      Objetos


                Insubstituíveis =               Redundante =
  Tem que estar presente em todas as soluções
“Insubstituibilidade”

• Dada uma meta de conservação de 10% da área de
  cada objeto, quais locais são mais “insubstituíveis”
  (nenhuma ou poucas alternativas disponíveis) para
  atingir a meta?
Cenários de Insubstituibilidade
• Reserva Inicial:                 • Reserva Inicial:
    – Todas as Terras Indígenas;       – UCs Federais de Proteção
    – Todas as UCs criadas               Integral criadas < 2000;
      antes de 2000;                   – Oito UCs estaduais de
    – Todas as UCs sem apoio             prot. Integral, apoiadas
      do ARPA independente               pelo ARPA.
      de categoria ou data
• Indisponível:                    • Indisponível:
    – Nada                             – Terras Indígenas
                                       – Flona, Florest, APA

       CENÁRIO “A”
                                          CENÁRIO “B”
70°W                    60°W   50°W



    Resultados de Insubstituibilidade

                                                                0°




                                                                10°S

                                    Irrepl. Cenario A
                                          Reserva Inicial
                                          Reservado
                                          Excluido
                                          Insubstituibilidade
                                          1 (insubstituivel)
                                          >0.8 - <1
                                          >0.6 - 0.8
                                          >0.4 - 0.6
                                          >0.2 - 0.4            20°S

                                            >0 - 0.2
0    250   500   1,000 Km
                                          IRREPL = 0
70°W                    60°W   50°W



    Resultados de Insubstituibilidade

                                                                0°




                                                                10°S

                                    Irrepl. Cenario B
                                          Reserva Inicial
                                          Reservado
                                          Excluido
                                          Insubstituibilidade
                                          1 (insubstituivel)
                                          >0.8 - <1
                                          >0.6 - 0.8
                                          >0.4 - 0.6
                                          >0.2 - 0.4            20°S

                                            >0 - 0.2
0    250   500   1,000 Km
                                          IRREPL = 0
Vulnerabilidade
• Probabilidade ou iminência da destruição ou
  alteração dos objetos de conservação
  – Análise qualitativa
  – Baseado no conhecimento de especialistas
• Análise quantitativa
  – Séries temporais
  – Taxas de desmatamento, ocupação ou
    fragmentação
  – Potencial agrícola
Perda/Ameaça
• Perda Atual
  – INPE-PRODES desmat acumulativo até 2004


• Ameaça Futura
  – Simulação da expansão do desmatamento até
    2036, usando o modelo de Britaldo Soares Filho et
    al (2006, Nature)
Ameaça Futura
• Drivers do
  desmatamento
  simulado:
   – Proximidade ao
     desmatamento pretérito
   – Proximidade a estradas
     pavimentadas
   – Prox. a estradas não
     pavimentadas
   – Prox. a áreas urbanas
   – Prox. a rios navegáveis

• Pesos diferenciados em
  cada uma de 39 regiões
Perda até 2004
Perda simulada até 2036
Business-as-usual
Resistência normal à penetração do desmatamento
UCs sem resistência ( “abertas”)




Este artifício permite medir:
• o grau de ameaça até 2036 dentro de
  cada UC,
• a efetividade de cada UC em impedir o
  desmatamento futuro e iminente
“Grau de ameaça até 2036”
• 2001 a 2036.
• Probabilidade e iminência de ser desmatada
• Obter a idade do desmatamento em 2036 para cada célula de 2x2
  km.
• Se nunca ocorre, seu valor é zero, se ocorre entre 2035 e 2036, seu
  valor é 1, se ocorre entre 2001 e 2002 seu valor é 35.
• As células já desmatadas em 2001, o ano zero da simulação,
  receberam a idade de 36 anos, um artifício para sua inclusão.
• Este intervalo de 0 a 36 foi escalonado para 0 a 100.
• Para quantificar o grau de ameaça de qualquer conjunto de células
  – uma UC, uma das Áreas Prioritárias do Governo Federal, ou um
  tipo de vegetação – basta tomar a média da idade escalonada de
  suas células com valores maiores que zero e multiplicar pela
  proporção de suas células que sofreram desmatamento até o
  último ano de simulação.
• Este atributo é o “grau de ameaça até 2036”
Cálculo de “Ameaça Futura e Iminente”
UCs-ARPA mais ameaçadas
          UCs com ameaça
         normalizada > 30%
UC Apoiada pelo ARPA         Ameaça
RESEX do Maracana               85%

RESEX do Ipau-Anilzinho         80%

RESEX do Rio Croa               69%

ESEC do Umirizal                67%

PE do Manissaua-Micu            62%

PE do Cristalino 2              62%
PE do Cristalino 1              61%

PE do Rio Cuieiras              55%
RESEX do Novo Axioma            54%

PE de Nhamunda                  50%

PE de Monte Alegre              47%

ESEC de Cunia                   47%

REBIO do Jaru                   47%

REBIO do Lago Piratuba          39%

ESEC do Rio Ronuro              39%
REBIO do Tapirape               33%

RDS de Itatupa-Baquia           32%

PN Serra do Pardo               31%

RESEX Verde para Sempre         31%

ESEC Serra dos Tres Irmaos      30%
Efetividade das UCs-ARPA para Frear o
                Desmatamento Iminente



         UCs com efetividade
         normalizada > 30%

UC Apoiada pelo      Soma     Efetividade
    ARPA            (BAU2)   Normalizada

PE do Manissauá-    40594        100
     Miçu
ESEC da Terra do    36469        90
    Meio
RESEX Verde para    35417        87
    Sempre
RDS dos Igarapes    15201        37
    Roosevelt
PN do Juruena       13473        33
PN Serra do Pardo   12342        30
Alto valor biológico & alto grau de ameaça
                  até 2036
                                            Prioridades, Cenário B
                             1.2


                             1.0
       Insubstituibilidade




                             0.8

                                                       Oito UCs-ARPA
                             0.6


                             0.4


                             0.2


                             0.0
                                   0   20         40        60       80   100
                                        Grau de Ameaça até 2035
Cenário B de Valor Biológico:
As mesmas oito UCs-ARPA tem Insubstituibilidade > 0,5 e Ameaça > 40
                NOME_UC                    APOIO           Insubst.   Ameaça    Efetividade
                                                                      (BAU 2)
                                                           (Cen. B)              (BAU 2)
       ESEC de Cunia                     Estabelecimento      1         47

       ESEC do Umirizal                  Criacao              1         67          12%

       PAREST do Sucunduri               Estabelecimento      1          0

       PE do Cristalino 1                Estabelecimento      1         61

       PE do Cristalino 2                Estabelecimento      1         62          19%

       PE do Manissaua-Micu              Criacao              1         62         100%

       PE Igarapes do Juruena            Estabelecimento      1          4

       PN das Montanhas do Tumucumaque   Estabelecimento      1          2          16%

       PN do Rio Novo                    Criacao              1          0
       RDS Aripuana                      Estabelecimento      1          0

       RDS do Bararati                   Estabelecimento      1          0

       RESEX do Auati-Parana             Estabelecimento      1          0

       RESEX do Catua-Ipixuna            Estabelecimento      1          6

       RESEX do Guariba                  Estabelecimento      1          3
       RESEX do Maracana                 Estabelecimento      1         85

       RESEX do Novo Axioma              Criacao              1         54          12%
       RESEX do Rio Unini                Estabelecimento      1          0

       RESEX do Toma Cuidado             Criacao              1          7

       UC em Barcelos N                  Estabelecimento      1          0

       UC em Barcelos S                  Estabelecimento      1          0

       RESEX do Rio Croa                 Criacao            0.8965      69
Eficiência
• relação custo / benefício.
• Máxima proteção da biodiversidade com o
  menor número de unidades e com a melhor
  relação área/proteção.
        Meta

       Objetos

                              A


                              B
                                  Solução A = melhor relação
                                       Custo beneficio
No caso do Arpa...
• Eficiência dizia respeito aos custos de
  implementação e consolidação
   – Os custos da terra não foram computados
• Estudo foi complementado e embasou a
  Estratégia de Conservação e Investimento (ECI)
  2006
   – Programa linear seleciona as UCs com base em
      • Contribuição para o alcance das metas de 10%
      • Custos com base nas metas de avanço negociadas com as
        UCs
      • Orçamento disponível
Limitações: biodiversidade
• Objetos de conservação são questionáveis
  – Proxies para biodiversidade de espécies
  – Ecorregiões
• Superestimativa da insubstituibilidade
  – Só considera protegidas as UCs apoiadas pelo ARPA
    (cenário B)
• Subestimativa da insubstituibilidade
  – Não descartou como disponíveis para seleção as áreas
    desmatadas (dados não estavam disponíveis)
70°W                     60°W   50°W



           Resultados de Nelson et al.

                                                                 0°




                                                                 10°S

                                     Irrepl. Cenario B
                                           Reserva Inicial
                                           Reservado
                                           Excluido
                                           Insubstituibilidade
                                           1 (insubstituivel)
                                           >0.8 - <1
                                           >0.6 - 0.8
                                           >0.4 - 0.6
                                           >0.2 - 0.4            20°S

                                             >0 - 0.2
0    250    500   1,000 Km
                                           IRREPL = 0
Limitações: ameaças
• “Ameaça de desmatamento” não reflete todos
  os tipos de ameaça: são somente proxies para
  outras como caça e extração predatórias e
  conflitos pela terra.
• O modelo de Soares-Filho não considerava
  vazamentos
• O modelo era de business as usual (BAU), que
  mudou muito desde 2006 e é muito incerto
  agora com o novo Código Florestal
Desdobramentos
• Atualização do Mapa de Áreas
  Prioritárias (2006-2007)
   – Tomou como base o estudo de
     ameaças
   – Reformulou completamente a
     proposta de objetos de
     conservação
      • Workshop científico resolveu não
        usar as ecorregiões.
      • Foram incluídos outros objetos:
        ambientes aquáticos (bacias,
        cachoeiras e proximidades de
        rios), ambientes terrestres (tipos
        de vegetação/ interflúvios/ idade
        geológica), espécies e centros de
        endemismo (primatas, borboletas
        e aves ), processos ecológicos e
        uso sustentável.
70°W                     60°W   50°W



           Resultados de Nelson et al.

                                                                 0°




                                                                 10°S

                                     Irrepl. Cenario B
                                           Reserva Inicial
                                           Reservado
                                           Excluido
                                           Insubstituibilidade
                                           1 (insubstituivel)
                                           >0.8 - <1
                                           >0.6 - 0.8
                                           >0.4 - 0.6
                                           >0.2 - 0.4            20°S

                                             >0 - 0.2
0    250    500   1,000 Km
                                           IRREPL = 0
Resultado do Workshop do Mapa de Áreas Prioritárias




            Mapa de insubstituibilidade ou importância
            biológica complementar
Desdobramentos
• Atualização do Mapa de Áreas
  Prioritárias (2006-2007)
  – Complementou o mapa gerado
    pelo sistema por uma análise
    “artesanal”, participativa e política,
    para lidar com:
     • Falta de dados sobre cobertura
       vegetal nativa
     • Falta de bases de dados com
       abrangência amazônica sobre objetos
       de conservação importantes
     • Ameaças não contempladas pelo
       estudo de Soares-Filho et al.
     • Necessidade de legitimidade pela
       participação
70°W                     60°W   50°W



           Resultados de Nelson et al.

                                                                 0°




                                                                 10°S

                                     Irrepl. Cenario B
                                           Reserva Inicial
                                           Reservado
                                           Excluido
                                           Insubstituibilidade
                                           1 (insubstituivel)
                                           >0.8 - <1
                                           >0.6 - 0.8
                                           >0.4 - 0.6
                                           >0.2 - 0.4            20°S

                                             >0 - 0.2
0    250    500   1,000 Km
                                           IRREPL = 0
Resultado do Workshop do Mapa de Áreas Prioritárias




            Mapa de insubstituibilidade ou importância
            biológica complementar
Desdobramentos
                                                                + modelagem
          Objetos, metas, ameaças           Estratégia de
                                                                  de custos,
                                           Conservação e
                                                                orçamento e
          Insubstituibilidade            Investimento (ECI)
Estudo                                                            metas de
                                                2006
  de                                                               avanço
Nelson    Tipos de vegetação, ameaças,
 et al.   experiência da metodologia                                  Objetos,
                                          Mapa de Áreas               metas,
                                           Prioritárias               ameaças

                                             Importância
                                               Urgência


                                                     ECI 2011

                                          +Maximizar o atendimento das
                                         prioridades ponderadas pela área
Obrigado!
  Ronaldo Weigand Jr.
ronaldo@naveterra.net
  www.naveterra.net

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Prioridades de Conservação no ARPA

  • 1. Estudo sobre as Prioridades para Conservação do ARPA (Nelson, Albernaz e Soares-Filho 2006) Ronaldo Weigand Jr., Ph.D. ronaldo@naveterra.net
  • 2. A priorização de unidades de conservação no Programa ARPA CONTEXTO
  • 3. Contexto • A seleção de unidades de conservação tem sido um tema presente no Programa Arpa desde o seu desenho. • O desenho do ARPA, concluído em 2002, selecionou 12 UCs de proteção integral e determinou como o ARPA deveria selecionar novas UCs: – Mapa de Áreas Prioritárias – Salvaguardas socioambientais
  • 4. O primeiro mapa de áreas prioritárias • Entre 1997 e 2000 • Programa de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO) • 900 áreas • Decreto no. 5092, de 21 de maio de 2004 e Portaria no. 126 de 27 de maio de 2004 do MMA tornam o Mapa uma ferramenta de política pública, devendo ser revisado a cada 10 anos.
  • 5. Contexto • Em 2003, o ARPA começa a operar, recebendo novas UCs com base no critério especificado no PAD. – 12 UCs de PI federais – UCs de US federais propostas pelo Ibama
  • 6. Contexto • Em 2004, 8 UCs estaduais de proteção integral estaduais existentes antes de 2000 foram incluídas com base em negociação política e nos critérios utilizados para as UCs federais. • Novas UCs foram incluídas com base no Mapa e nas salvaguardas
  • 7. Contexto • Em 2005, o ARPA acelerava sua implementação, e as UCs selecionadas pela UCP/MMA passaram a ser alvo de questionamento pelos doadores. – Conflitos de visão – Preocupação com custos – Desatualização do Mapa de Áreas Prioritárias de 1999
  • 8. Contexto • A saída, acolhida pelos parceiros do ARPA, seria a elaboração de uma estratégia de conservação e investimento • Para isso, seria necessário atualizar o Mapa de Áreas Prioritárias ou desenvolver um procedimento provisório de identificação de áreas prioritárias para o ARPA. – Atualizar o Mapa implicaria em um atraso de mais de um ano na inclusão de novas áreas – O procedimento provisório daria uma resposta em poucos meses
  • 9. Contexto • Foi contratada uma equipe de pesquisadores para elaborar um estudo de prioridades: – Bruce Nelson (INPA): Coordenador – Ana Albernaz (MPEG): Biodiversidade – Britaldo Soares Filho (UFMG): Ameaças • A supervisão era do Painel Científico de Aconselhamento (PCA) do ARPA, ao qual o estudo foi submetido. • Enquanto isso, foi iniciada a atualização do Mapa de Áreas Prioritárias
  • 10. Prioridades de Conservação Áreas • Critérios: prioritárias – Valor Biológico – Ameaça – Terceiro eixo: Efetividade em impedir o desmatamento futuro
  • 13. Áreas prioritárias para criação de UCs
  • 14. Áreas priorit. para proteção de qualquer tipo
  • 15. Princípios, métodos e resultados no Estudo PLANEJAMENTO SISTEMÁTICO DA CONSERVAÇÃO
  • 16. Planejamento Sistemático da Conservação • Princípios: – Representatividade – Complementaridade – Flexibilidade – Insubstituibilidade – Vulnerabilidade – Eficiência
  • 17. Representatividade • Amostra representativa da biodiversidade da região • Objetos de conservação são elementos da biodiversidade que são representados nessa amostra, por exemplo: – Espécies e sua variabilidade genética – Ambientes, paisagens e ecossistemas – Áreas importantes para os processos ecológicos • Cada objeto tem uma meta a ser alcançada para sua conservação e persistência
  • 18. Objetos de conservação no estudo •Consolidar os tipos vegetação 70°W 65°W 60°W 55°W 50°W 45°W •Clipar com o limite do Bioma 5°N •Intersectar com ecorregiões Tipos de Vegetação no Bioma da Floresta Amazônica C1_arbo P6_mar 0° C2_flor R1_herb_am C3_gram R2_m C4_tens_flom S1_este_gram Fa1_cipo_bs S2_este_arbo Fa2_palm_bs S3_este_flor 5°S Fa3_bamb_bs S4_arbo Fa4_soro_bs S5_flor Fa5_palm_m S6_gram Fa6_cipo_m S7_tens_fles Fd1_al S8_tens_flom 10°S Fd2_bs Antropizada (até ~1980) Fd3_m Fe1_al Fe2_deci_bs Fe3_m 15°S Fe4_semi_bs Fe5_semi_m P1_fluv_arbu 0 250 500 1,000 Kilometros 34 Tipos de Vegetação P2_fluv_buri Consolidados P3_fluv_herb 20°S P4_flma_herb P5_flma_arbo
  • 19. Objetos de conservação • Objetos de conservação: 34 Tipos de Vegetação x Ecorregiões do WWF = ~200 objetos, dentro do Bioma da Floresta Amazônica
  • 21. Complementaridade • Seleção para complementar a representação e maximizar o número de alvos/metas de conservação atingidas Meta objetos Todos os objetos de conservação representados
  • 22. Valor Biológico Complementar • Para atingir a meta de conservar 10% de cada objeto de conservação, calcular o valor complementar de cada unidade de planejamento (UP) em relação a uma área de reserva inicial; • As unidades de planejamento disponíveis para completar as metas são: – UCs que não são reservas iniciais – Células de 60.000 hectares fora das UCs e TIs • Não é calculado o valor biológico de áreas designadas como reserva inicial. • Valor varia entre 0 e 1
  • 23. Flexibilidade • Metas de conservação podem ser atingidas por diversas combinações de áreas prioritárias Meta A C B Várias boas soluções possíveis A=C
  • 24. “Insubstituibilidade” • Ou valor biológico complementar • probabilidade de uma determinada área ter de ser protegida para um determinado conjunto de metas seja alcançado Meta Objetos Insubstituíveis = Redundante = Tem que estar presente em todas as soluções
  • 25. “Insubstituibilidade” • Dada uma meta de conservação de 10% da área de cada objeto, quais locais são mais “insubstituíveis” (nenhuma ou poucas alternativas disponíveis) para atingir a meta?
  • 26. Cenários de Insubstituibilidade • Reserva Inicial: • Reserva Inicial: – Todas as Terras Indígenas; – UCs Federais de Proteção – Todas as UCs criadas Integral criadas < 2000; antes de 2000; – Oito UCs estaduais de – Todas as UCs sem apoio prot. Integral, apoiadas do ARPA independente pelo ARPA. de categoria ou data • Indisponível: • Indisponível: – Nada – Terras Indígenas – Flona, Florest, APA CENÁRIO “A” CENÁRIO “B”
  • 27. 70°W 60°W 50°W Resultados de Insubstituibilidade 0° 10°S Irrepl. Cenario A Reserva Inicial Reservado Excluido Insubstituibilidade 1 (insubstituivel) >0.8 - <1 >0.6 - 0.8 >0.4 - 0.6 >0.2 - 0.4 20°S >0 - 0.2 0 250 500 1,000 Km IRREPL = 0
  • 28. 70°W 60°W 50°W Resultados de Insubstituibilidade 0° 10°S Irrepl. Cenario B Reserva Inicial Reservado Excluido Insubstituibilidade 1 (insubstituivel) >0.8 - <1 >0.6 - 0.8 >0.4 - 0.6 >0.2 - 0.4 20°S >0 - 0.2 0 250 500 1,000 Km IRREPL = 0
  • 29. Vulnerabilidade • Probabilidade ou iminência da destruição ou alteração dos objetos de conservação – Análise qualitativa – Baseado no conhecimento de especialistas • Análise quantitativa – Séries temporais – Taxas de desmatamento, ocupação ou fragmentação – Potencial agrícola
  • 30. Perda/Ameaça • Perda Atual – INPE-PRODES desmat acumulativo até 2004 • Ameaça Futura – Simulação da expansão do desmatamento até 2036, usando o modelo de Britaldo Soares Filho et al (2006, Nature)
  • 31. Ameaça Futura • Drivers do desmatamento simulado: – Proximidade ao desmatamento pretérito – Proximidade a estradas pavimentadas – Prox. a estradas não pavimentadas – Prox. a áreas urbanas – Prox. a rios navegáveis • Pesos diferenciados em cada uma de 39 regiões
  • 35. Resistência normal à penetração do desmatamento
  • 36. UCs sem resistência ( “abertas”) Este artifício permite medir: • o grau de ameaça até 2036 dentro de cada UC, • a efetividade de cada UC em impedir o desmatamento futuro e iminente
  • 37. “Grau de ameaça até 2036” • 2001 a 2036. • Probabilidade e iminência de ser desmatada • Obter a idade do desmatamento em 2036 para cada célula de 2x2 km. • Se nunca ocorre, seu valor é zero, se ocorre entre 2035 e 2036, seu valor é 1, se ocorre entre 2001 e 2002 seu valor é 35. • As células já desmatadas em 2001, o ano zero da simulação, receberam a idade de 36 anos, um artifício para sua inclusão. • Este intervalo de 0 a 36 foi escalonado para 0 a 100. • Para quantificar o grau de ameaça de qualquer conjunto de células – uma UC, uma das Áreas Prioritárias do Governo Federal, ou um tipo de vegetação – basta tomar a média da idade escalonada de suas células com valores maiores que zero e multiplicar pela proporção de suas células que sofreram desmatamento até o último ano de simulação. • Este atributo é o “grau de ameaça até 2036”
  • 38. Cálculo de “Ameaça Futura e Iminente”
  • 39. UCs-ARPA mais ameaçadas UCs com ameaça normalizada > 30% UC Apoiada pelo ARPA Ameaça RESEX do Maracana 85% RESEX do Ipau-Anilzinho 80% RESEX do Rio Croa 69% ESEC do Umirizal 67% PE do Manissaua-Micu 62% PE do Cristalino 2 62% PE do Cristalino 1 61% PE do Rio Cuieiras 55% RESEX do Novo Axioma 54% PE de Nhamunda 50% PE de Monte Alegre 47% ESEC de Cunia 47% REBIO do Jaru 47% REBIO do Lago Piratuba 39% ESEC do Rio Ronuro 39% REBIO do Tapirape 33% RDS de Itatupa-Baquia 32% PN Serra do Pardo 31% RESEX Verde para Sempre 31% ESEC Serra dos Tres Irmaos 30%
  • 40. Efetividade das UCs-ARPA para Frear o Desmatamento Iminente UCs com efetividade normalizada > 30% UC Apoiada pelo Soma Efetividade ARPA (BAU2) Normalizada PE do Manissauá- 40594 100 Miçu ESEC da Terra do 36469 90 Meio RESEX Verde para 35417 87 Sempre RDS dos Igarapes 15201 37 Roosevelt PN do Juruena 13473 33 PN Serra do Pardo 12342 30
  • 41. Alto valor biológico & alto grau de ameaça até 2036 Prioridades, Cenário B 1.2 1.0 Insubstituibilidade 0.8 Oito UCs-ARPA 0.6 0.4 0.2 0.0 0 20 40 60 80 100 Grau de Ameaça até 2035
  • 42. Cenário B de Valor Biológico: As mesmas oito UCs-ARPA tem Insubstituibilidade > 0,5 e Ameaça > 40 NOME_UC APOIO Insubst. Ameaça Efetividade (BAU 2) (Cen. B) (BAU 2) ESEC de Cunia Estabelecimento 1 47 ESEC do Umirizal Criacao 1 67 12% PAREST do Sucunduri Estabelecimento 1 0 PE do Cristalino 1 Estabelecimento 1 61 PE do Cristalino 2 Estabelecimento 1 62 19% PE do Manissaua-Micu Criacao 1 62 100% PE Igarapes do Juruena Estabelecimento 1 4 PN das Montanhas do Tumucumaque Estabelecimento 1 2 16% PN do Rio Novo Criacao 1 0 RDS Aripuana Estabelecimento 1 0 RDS do Bararati Estabelecimento 1 0 RESEX do Auati-Parana Estabelecimento 1 0 RESEX do Catua-Ipixuna Estabelecimento 1 6 RESEX do Guariba Estabelecimento 1 3 RESEX do Maracana Estabelecimento 1 85 RESEX do Novo Axioma Criacao 1 54 12% RESEX do Rio Unini Estabelecimento 1 0 RESEX do Toma Cuidado Criacao 1 7 UC em Barcelos N Estabelecimento 1 0 UC em Barcelos S Estabelecimento 1 0 RESEX do Rio Croa Criacao 0.8965 69
  • 43. Eficiência • relação custo / benefício. • Máxima proteção da biodiversidade com o menor número de unidades e com a melhor relação área/proteção. Meta Objetos A B Solução A = melhor relação Custo beneficio
  • 44. No caso do Arpa... • Eficiência dizia respeito aos custos de implementação e consolidação – Os custos da terra não foram computados • Estudo foi complementado e embasou a Estratégia de Conservação e Investimento (ECI) 2006 – Programa linear seleciona as UCs com base em • Contribuição para o alcance das metas de 10% • Custos com base nas metas de avanço negociadas com as UCs • Orçamento disponível
  • 45. Limitações: biodiversidade • Objetos de conservação são questionáveis – Proxies para biodiversidade de espécies – Ecorregiões • Superestimativa da insubstituibilidade – Só considera protegidas as UCs apoiadas pelo ARPA (cenário B) • Subestimativa da insubstituibilidade – Não descartou como disponíveis para seleção as áreas desmatadas (dados não estavam disponíveis)
  • 46. 70°W 60°W 50°W Resultados de Nelson et al. 0° 10°S Irrepl. Cenario B Reserva Inicial Reservado Excluido Insubstituibilidade 1 (insubstituivel) >0.8 - <1 >0.6 - 0.8 >0.4 - 0.6 >0.2 - 0.4 20°S >0 - 0.2 0 250 500 1,000 Km IRREPL = 0
  • 47. Limitações: ameaças • “Ameaça de desmatamento” não reflete todos os tipos de ameaça: são somente proxies para outras como caça e extração predatórias e conflitos pela terra. • O modelo de Soares-Filho não considerava vazamentos • O modelo era de business as usual (BAU), que mudou muito desde 2006 e é muito incerto agora com o novo Código Florestal
  • 48. Desdobramentos • Atualização do Mapa de Áreas Prioritárias (2006-2007) – Tomou como base o estudo de ameaças – Reformulou completamente a proposta de objetos de conservação • Workshop científico resolveu não usar as ecorregiões. • Foram incluídos outros objetos: ambientes aquáticos (bacias, cachoeiras e proximidades de rios), ambientes terrestres (tipos de vegetação/ interflúvios/ idade geológica), espécies e centros de endemismo (primatas, borboletas e aves ), processos ecológicos e uso sustentável.
  • 49. 70°W 60°W 50°W Resultados de Nelson et al. 0° 10°S Irrepl. Cenario B Reserva Inicial Reservado Excluido Insubstituibilidade 1 (insubstituivel) >0.8 - <1 >0.6 - 0.8 >0.4 - 0.6 >0.2 - 0.4 20°S >0 - 0.2 0 250 500 1,000 Km IRREPL = 0
  • 50. Resultado do Workshop do Mapa de Áreas Prioritárias Mapa de insubstituibilidade ou importância biológica complementar
  • 51. Desdobramentos • Atualização do Mapa de Áreas Prioritárias (2006-2007) – Complementou o mapa gerado pelo sistema por uma análise “artesanal”, participativa e política, para lidar com: • Falta de dados sobre cobertura vegetal nativa • Falta de bases de dados com abrangência amazônica sobre objetos de conservação importantes • Ameaças não contempladas pelo estudo de Soares-Filho et al. • Necessidade de legitimidade pela participação
  • 52. 70°W 60°W 50°W Resultados de Nelson et al. 0° 10°S Irrepl. Cenario B Reserva Inicial Reservado Excluido Insubstituibilidade 1 (insubstituivel) >0.8 - <1 >0.6 - 0.8 >0.4 - 0.6 >0.2 - 0.4 20°S >0 - 0.2 0 250 500 1,000 Km IRREPL = 0
  • 53. Resultado do Workshop do Mapa de Áreas Prioritárias Mapa de insubstituibilidade ou importância biológica complementar
  • 54.
  • 55. Desdobramentos + modelagem Objetos, metas, ameaças Estratégia de de custos, Conservação e orçamento e Insubstituibilidade Investimento (ECI) Estudo metas de 2006 de avanço Nelson Tipos de vegetação, ameaças, et al. experiência da metodologia Objetos, Mapa de Áreas metas, Prioritárias ameaças Importância Urgência ECI 2011 +Maximizar o atendimento das prioridades ponderadas pela área
  • 56. Obrigado! Ronaldo Weigand Jr. ronaldo@naveterra.net www.naveterra.net