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Um Juiz de Direito e uma sentença iluminada.
Um artigo, publicado no jornal “Gazeta do Povo” de Curitiba, em 23/01/1998, reproduz a sensibilidade  do autor, um Juiz de Direito, mesmo ao proferir uma sentença.
Vejam quanta sensibilidade e quanta dose de humanismo nesse homem que tem nas costas a responsabilidade de decidir destinos de vidas humanas, muitas vezes  abandonadas sem qualquer consideração. Eis o brilhante artigo:
Indaga-me, jovem amigo, se as sentenças podem ter alma e paixão. O esquema legal da sentença não proíbe que tenha alma, que nela pulsem vida e emoção, conforme o caso.
Na minha própria vida de juiz senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças.
Como devolver, por exemplo, a liberdade a uma mulher grávida, presa porque trazia consigo algumas gramas de maconha, sem penetrar na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana?
Foi o que tentei fazer ao libertar Edna, uma pobre mulher que estava presa ha oito meses, prestes a da à luz, com o despacho que a seguir transcrevo:
A acusada é multiplicadamente marginalizada: Por ser mulher, numa sociedade machista... Por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta.
Por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este mundo. Por não ter saúde. Por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si.
Mulher diante da qual este Juiz deveria se ajoelhar numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.
É uma dupla liberdade, a que concedo neste despacho: Liberdade para Edna e liberdade para o filho da Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o  som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este mundo, com força para lutar, sofrer e sobreviver.
Quando tanta gente foge da maternidade... Quando pílulas anticoncepcionais, pagas por instituições estrangeiras, são distribuídas de graça e sem qualquer critério ao povo brasileiro...
Quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas... Quando se deve afirmar ao mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens e não reduzir os comensais...
Quando por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si. Este Juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão
Saia livre, saia abençoada por Deus... Saia com seu filho, traga seu filho à luz... Porque cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um mundo novo, mais fraterno, mais puro, e algum dia cristão... Expeça-se incontinenti o “Alvará de Soltura”.
A sentença foi proferida pelo Exmo. Sr. Dr Juiz de Direito João Batista Herkenhoff, livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo.
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Juiz sensível liberta grávida presa

  • 1. Um Juiz de Direito e uma sentença iluminada.
  • 2. Um artigo, publicado no jornal “Gazeta do Povo” de Curitiba, em 23/01/1998, reproduz a sensibilidade do autor, um Juiz de Direito, mesmo ao proferir uma sentença.
  • 3. Vejam quanta sensibilidade e quanta dose de humanismo nesse homem que tem nas costas a responsabilidade de decidir destinos de vidas humanas, muitas vezes abandonadas sem qualquer consideração. Eis o brilhante artigo:
  • 4. Indaga-me, jovem amigo, se as sentenças podem ter alma e paixão. O esquema legal da sentença não proíbe que tenha alma, que nela pulsem vida e emoção, conforme o caso.
  • 5. Na minha própria vida de juiz senti muitas vezes que era preciso dar sangue e alma às sentenças.
  • 6. Como devolver, por exemplo, a liberdade a uma mulher grávida, presa porque trazia consigo algumas gramas de maconha, sem penetrar na sua sensibilidade, na sua condição de pessoa humana?
  • 7. Foi o que tentei fazer ao libertar Edna, uma pobre mulher que estava presa ha oito meses, prestes a da à luz, com o despacho que a seguir transcrevo:
  • 8. A acusada é multiplicadamente marginalizada: Por ser mulher, numa sociedade machista... Por ser pobre, cujo latifúndio são os sete palmos de terra dos versos imortais do poeta.
  • 9. Por ser prostituta, desconsiderada pelos homens, mas amada por um Nazareno que certa vez passou por este mundo. Por não ter saúde. Por estar grávida, santificada pelo feto que tem dentro de si.
  • 10. Mulher diante da qual este Juiz deveria se ajoelhar numa homenagem à maternidade, porém que, na nossa estrutura social, em vez de estar recebendo cuidados pré-natais, espera pelo filho na cadeia.
  • 11. É uma dupla liberdade, a que concedo neste despacho: Liberdade para Edna e liberdade para o filho da Edna que, se do ventre da mãe puder ouvir o som da palavra humana, sinta o calor e o amor da palavra que lhe dirijo, para que venha a este mundo, com força para lutar, sofrer e sobreviver.
  • 12. Quando tanta gente foge da maternidade... Quando pílulas anticoncepcionais, pagas por instituições estrangeiras, são distribuídas de graça e sem qualquer critério ao povo brasileiro...
  • 13. Quando milhares de brasileiras, mesmo jovens e sem discernimento, são esterilizadas... Quando se deve afirmar ao mundo que os seres têm direito à vida, que é preciso distribuir melhor os bens e não reduzir os comensais...
  • 14. Quando por motivo de conforto ou até mesmo por motivos fúteis, mulheres se privam de gerar, Edna engrandece hoje este Fórum, com o feto que traz dentro de si. Este Juiz renegaria todo o seu credo, rasgaria todos os seus princípios, trairia a memória de sua mãe, se permitisse sair Edna deste Fórum sob prisão
  • 15. Saia livre, saia abençoada por Deus... Saia com seu filho, traga seu filho à luz... Porque cada choro de uma criança que nasce é a esperança de um mundo novo, mais fraterno, mais puro, e algum dia cristão... Expeça-se incontinenti o “Alvará de Soltura”.
  • 16. A sentença foi proferida pelo Exmo. Sr. Dr Juiz de Direito João Batista Herkenhoff, livre-docente da Universidade Federal do Espírito Santo.