Babassuê - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José Tupinambá
TAPANÃ • BELÉM • PARÁ • AMAZÔNIA • BRASIL
ANO I • NÚMERO I • JUNHO DE 2013
Edição trimensal
Babassuê - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José Tupinambá
1. TAPANÃ • BELÉM • PARÁ • AMAZÔNIA • BRASIL
ANO I • NÚMERO I • JUNHO DE 2013
Após um ano da criação do primeiro boletim informativo do
Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José Tupinambá, o “Unidos na Fé”
(em junho de 2012), a equipe editorial lança uma versão do periódico,
com novo nome: “Babassuê”. Além disso, este boletim trás outras
novidades, como a mudança da diagramação, colaborações de
outros editores, colunistas, mas sempre conservando a qualidade de
conteúdo que havia no extinto “Unidos na Fé”.
As edições de agosto de 2012 a maio de 2013, do antigo
boletim, ficaram atrasadas e foram publicadas devido ao período de
finalização do curso de mestrado do editor-chefe, mas, segundo
ele, o “Babassuê” é uma nova proposta de reatualização e
retomada do boletim do Terreiro, que agora passará a ter
publicações trimensais.
O novo nome do boletim, Babassuê, é uma homenagem a
obra de Oneyda Alvarenga que também recebe o mesmo título.
No ano de 1938, o poeta Mário de Andrade envia Oneyda à Amazônia para
realizar a Missão de Pesquisas Folclóricas. Trata-se, pois, de um dos primeiros trabalhos sobre a Mina na
Amazônia, no qual Alvarenga registrou na capital maranhense o Tambor-de-Mina (no Terreiro Fé em
Deus) e o Tambor-de-Crioula. Anos depois, o folclorista veio a Belém e coletou informações diversas
sobre a Mina paraense, que em seu trabalho é denominada de Babassuê. A pesquisa de Oneyda é, sem
dúvida, uma coletânea importante para quem deseja estudar o Tambor de Mina, além de outras obras
que tratam sobre essa religião de matriz africana (Ruth e Seth Leacock; Anaíza Vergolino; Taissa de
Luca; etc.)
Em comemoração aos
30 anos de fundação do
nosso Terreiro, será lançada
a arte alusiva às
comemorações que
acontecerão em Setembro
deste ano. O projeto
artístico é do filho da Casa,
Marcel Franco, que torna
público a presente arte e
que também é o autor da
letra do Hino Jubilar do
TMNXJT, que segue nesta
edição (na página 2!).
I N F O R M E S
Convidamos nossos filhos e amigos para
o Solene Festejo da Cabocla Toya
Jarina (do Pai Luciano), que ocorrerá
em nosso Terreiro, no dia 24 de junho, às
17h00;
Está previsto para o dia 13 de julho o
Solene Festejo da Cabocla Ita Taquara,
mas o horário e a data inda serão
confirmados;
Outras informações sobre o nosso
terreiro você confere em nosso blog
(xangotupi.blogspot.com);
Dúvidas, sugestões, críticas, informações
sobre eventos, contribuições para o
nosso boletim, você pode enviar para o
nosso e-mail: xangotupi@blogspot.com;
Por enquanto é só, que Olorum, pela
intercessão de Pai Xangô, abençoe
você! Até a edição de setembro!
2. (Letra e música de Marcel Franco da Silva)
[Estribilho]
O meu terreiro está em festa,
Meus parabéns, Babá,
Com as bênçãos de Xangô
Com muito axé, Casa bendita
Teu jubileu, vou festejar
I
Desde a sua fundação
No Telégrafo sem fio
No ano de oitenta e três
És vencedora de batalhas
Casa santa, a tua história
Orgulha os filhos teus
[Estribilho]
O meu terreiro está em festa,
Meus parabéns, Babá,
Com as bênçãos de Xangô
Com muito axé, Casa bendita
Teu jubileu, vou festejar
II
Casa bem aventurada,
Sementinha que Olorum
Conduziu ao Tapanã
Mina de ouro, abençoada,
Onde reina Pai Xangô
E Dom José Tupinambá
[Estribilho]
O meu terreiro está em festa,
Meus parabéns, Babá,
Com as bênçãos de Xangô
Com muito axé, Casa bendita
Teu jubileu, vou festejar
III
Salve nossos ancestrais
Da primeira migração
De mineiros no Pará
Nego, Manuel Teu Santo
Anastácia e Colaço
Benedito e Ribamar
[Estribilho]
O meu terreiro está em festa,
Meus parabéns, Babá,
Com as bênçãos de Xangô
Com muito axé, Casa bendita
Teu jubileu, vou festejar
No sincretismo associou-se o Xangô das Pedreiras a São Jerônimo, aquele que amansa o leão e que tem o
poder da escrita e o livro onde escreve na pedra suas leis e seus julgamentos. Protetor dos intelectuais, dos
magistrados. Já na cachoeira o sincretismo foi com São João Batista, por causa do batismo de Jesus, de lavar a cabeça
na água doce para se purificar. Com o poder do fogo de Xangô é queimado, destruído tudo o que é de ruim e ocorre a
transmutação trazendo tudo o que é de bom, todo o bem possível, de acordo com o nosso merecimento. Isso é o que
pedimos nas fogueiras do mês de junho. Alguns dizem que São Judas
Tadeu, por ter um livro na mão também pode sincretizar-se com Xangô
ou que tem uma linha espiritual que atua nas correntes de Xangô.
Assim, Tudo o que é ligado a trabalhos e pedidos de estudos, à cabeça,
papéis, entregamos a linha de Xangô. Xangô é o grande Rei, poderoso,
autoritário, porém que tem compaixão e é justo. Xangô tem
autoridade é valente, mas tem um grande e bom coração. O seu
machado é o símbolo da imparcialidade. É uma divindade da vida,
representado pelo fogo ardente e por essa razão não tem afinidade
com a morte e nem com os outros orixás que se ligam à morte.
Xangô, sincretizado com São João Batista, é também o patrono da
linha do oriente, na qual se manifestam espíritos mestres em ciência
ocultas, astrologia, quiromancia, numerologia, cartomancia. Por este
motivo, a linha dos ciganos vêm trabalhar nesta irradiação.
* Texto originalmente publicado no blog tendadexango.blogspot.com.br, postado por Elias Reis, em 23/06/2008.
Editor-chefe: Marcel Franco da Silva
Colaboradores: Luciano de Xangô; Daniela de Abê
Revisão e editoração gráfica: Marcel Franco da Silva
Tiragem: 50 cópias - Publicação trimensal
Rua das Violetas, 124, Tapanã, Belém, Pará, CEP: 66825-350. Telefone: (91) 3288-3073.
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