caso pratico

1. Desafio 3/10
Era uma tarde de primavera igual a todos as outras com a ligeira diferença que era
diferente de todas as outras que conhecíamos. O sol espreitava maroto no horizonte
alargando os dias, mas as ruas estavam despidas de gente e de alma, num tempo de
recolhimento físico obrigatório, que os meus dedicados alunos aproveitaram para estudar
profusamente.
Sigismundo e Hermenegilda conheceram-se no Tinder e foi amor ao primeiro match; as
necessidades de um e as carências do outro uniram-nos até que a morte ou a vizinha do
segundo direito os separe. Sendo certo que para a paixão basta uma praia e uma cabana e
as músicas do José Cid, o amor verdadeiro precisa de vinho e, como o alentejano está
caro, os nossos heróis precisaram de trabalhar para ganhar dinheiro.
Hermenegilda, que era dona de uma bimby e tinha talento para a doçaria, começou através
do instagram a vender doces para fora, as delícias de gildinha, como ficaram conhecidas
por toda a cidade e arrabaldes. Sigismundo, que além de lindo era demasiado macho para
fazer bolos, criou uma aplicação em diálogo com os restaurantes locais através da qual os
confinados podiam encomendar as refeições que os seus funcionários entregavam em
casa, numas motas todas coloridas adquiridas por si. Porque o negócio correu bem,
Sigismundo fez um acordo com garrafeiras, tabacarias, sex shops e quiosques de jornais,
entregando outros produtos de primeira necessidade, pelo que, todos os dias, reza a santos
e a demónios para que a pandemia nunca mais acabe.
Entretanto, comprou um computador portátil, um anel de noivado para surpreender a sua
amada, uma viagem a Itália e setenta rosas vermelhas. E ainda a casa de um vizinho por
uma pechincha porque ele que perdeu o emprego e não tem capacidade para honrar os
seus compromissos. Por falar em compromissos: os grupos têm vinte e oito minutos para
entregar, através do moodle, este pequeno caso prático.
Bom trabalho,

2. h.