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A PORCA
Porca Flamejante, 12 de outubro de 2014 Ano 1, Edição nº1 http:www.porcaflamejante.blogspot.com
ANALISAMOS O AGUARDADÍSSIMO ALIEN: ISOLATION
De volta ao espaço vazio, você tem a missão de sobreviver á um ser alienígena que te
caçará de todas as formas... E ele não é o único a superar obstáculo em sua viagem
Porca Testou -
Windows Techni-
cal Preview
Analisamos a prévia do próximo siste-
ma operacional da Microsoft - que mu-
dou de nome bem rápido - e demos
nosso parecer. Será que ele será um
grande sistema ou um completo fiasco
como o Windows Vista?
Página 2
O Legado Alien
Fizemos um especial sobre o alien
mais famoso dos cinemas e montamos
uma linha do tempo, explicando várias
coisas sobre ele, como origem, sua
trajetória no cinema e outras coias
para você que é fã da série.
Página 6
Mercado de Ga-
mes no Brasil em
Ascensão
Não é de hoje que o Brasil tem recebi-
do olhares cada vez maiores do resto
do mundo quando o assunto são os
games. E uma pesquisa liberada recen-
temente mostra o tamanho do mercado
interno nacional, se comparado aos
vizinhos da América Latina
Página 3
O Fantástico
Mundo dos Tra-
ding Card Games
- Parte 1
Não é difícil encontrar jogos de cartas
diferentes, tendo vários ambientados
nos mais variados mundos e para to-
dos os gostos. Começamos uma série
que irá abordar este fantástico mundo
dos Trading Card Games, ou TCG.
Página 3
“Os canais especializados em games
são confiáveis? Qual é o nível de en-
volvimento necessário ao crítico ga-
mer para que possa analisar de forma
imparcial (e detalhada, ao mesmo tem-
po) um jogo?”
Página 6
O Novo Crítico
Gamer
2
Little Big Planet 3
Terá Participação de
Doutor House
Little Big Planet vem sendo uma das
franquias da Sony que está dando certo,
tanto que já se foi cogitado usar o Sackboy
como mascote oficial da empresa, assim
como os lendários mascotes Mario e Sonic.
Agora, para o lançamento do novo jogo, no
PS4, a empresa está investindo bastante
para que o jogo seja mais criativo que nunca
(o ponto forte dos jogos anteriores), assim
como investimentos tanto na área gráfica
q u a n t o n a á r e a s o n o r a .
O último anúncio da empresa, que
deixou os fãs com grandes expectativas, foi
a participação de Hugh Laurie (o famoso
Dr. House) fazendo a dublagem do vilão do
jogo, Newton.
A escolha foi feita principalmente
porque Laurie é um antigo parceiro do co-
mediante Stephen Fry (também conhecido
por seu papel como convidado em Bones,
interpretando Gordon Wyatt), que foi o nar-
rador do jogo nas versões do jogo com du-
blagem em inglês.
Outras vozes conhecidas que estão
vindo são Nolan North, o Black Hand de
Shadow of Mordor, e Tara Strong, bastante
conhecida por, bem, por um monte de per-
sonagens de desenhos e games (Aqui tem
alguns).
Disaster Club - Plus
Edition
Os usuários da PSN Plus foram agra-
ciados com um brinde da Sony: Além dos
jogos habituais, que são dados aos membros
ativos todo mês, tivemos um brinde, o Dri-
veclub Plus Edition. Acontece que a Sony
troll "deu" o jogo e não disponibilizou o
download.
A empresa afirma que há uma situa-
ção delicada com os servidores da empresa,
e resolveu adiar a disponibilização do jogo,
que será liberado assim que o problema for
corrigido, ou seja, não há previsão ainda.
Lembrando que o jogo foi anunciado como
um brinde no vídeo desse mês da Plus, no
canal oficial da Sony.
Sendo assim, a edição especial do
"Forza Killer" do Playstation, segue apa-
nhando de seu principal concorrente, que
vai muito bem, obrigado, no XOne.
Porca Testou - Windows Technical Preview
RECOMENDAÇÕES AOS USUÁRIOS
O Windows Technical Preview é disponibilizado
pela própria microsoft de forma gratuita, por se tratar de
uma versão de testes em constante aprimoramento, não reco-
mendamos sua instalação para substituir o sistema utilizado
comumente, tendo em vista que o comportamento de uma
versão de testes vária de pc para pc. Caso tenha interesse em
testar o sistema, opte pela emulação em um ambien-
te virtual, assim não corre o risco de comprometer dados e
arquivos importantes.
O teste no caso foi feito pelo usuário +Th Mc e todas
as citações são meramente experiencias com o sistema ope-
racional, podendo ou não corresponder com outros testes.
MUDANÇAS RELEVANTES
A instalação do sistema adotada como atualização
retorna de maneira concisa e benéfica pra quem quer manter
os dados na transição de sistema.
É possível fazer a instalação do Windows TP X do
mesmo modo como é feita a instalação do windows 8 para o
8.1. Similar ao windows update, porém como o auxilio de
uma ISO do Windows TP, que é emulada pelo próprio Win-
dows 8, sem necessidade de um software a parte. Então o
sistema de boot avançado se instala através da ISO e lhe
permite algumas opções personalizadas, como manter al-
guns arquivos, todos os possíveis ou simplesmente apagar
tudo e recomeçar com o windows do zero.
“Optei pela opção de atualização, sendo assim esperava ao
menos que boa parte dos meus arquivos continuassem intac-
tos, já tinha feito essa atualização do 8 para o 8.1, algumas
coisas foram mantidas de forma intacta, outras nem tanto,
mas para minha surpresa, a transição do 8.1 para o 10 (X)
TP foi perfeita. Todos meus programas, arquivos armazena-
dos e criados no mesmo disco onde o sistema é instalado
continuaram intactos, bem como jogos e configurações usa-
das neles permaneceram como estavam, ou seja, iniciei um
windows novo, sem precisar me preocupar com nada, tudo o
Ao anunciar o sistema operacional Windows 10 na última semana, a Microsoft liberou as inscrições para eventuais testers e
curiosos no Insider, sendo assim o download da versão técnica do sistema foi disponibilizadas em isos de 32 e 64bits, respecti-
vamente conhecidas como x86 e x64, que são arquiteturas direcionados a determinados tipos de máquinas. O sistema que che-
gara em 2015, assim como seu antecessor, busca unificar o modo como a plataforma windows se comporta entre dispositivos de
mesa e portáteis.
Por João de Jesus Júnior - Thr2e
que precisava continuava ali pronto para uso."
A tela inicial minimalista formada por cubos prota-
gonista do windows 8 e coadjuvante no 8.1, foi migrada
para o clássico menu iniciar na versão TP do Windows X,
ou seja, todos os aplicativos que ficavam moldados no qua-
dro de blocos, continuam em um mesmo quadro de blocos,
porém incorporado ao menu iniciar que por sua vez
se adéqua ao tanto de blocos inseridos pelo usuário. E con-
sigo essa incorporação da tela minimalista no menu iniciar
trouxe também a pesquisa universal, onde podemos pesqui-
sar, desde páginas da web, arquivos e até mesmo aplicati-
vos pelo novo menu iniciar.
 Tanto as animações, quanto os ícones do siste-
ma foram atualizados.
 Foi inserida uma função que permite a criação de
diversas áreas de trabalho com conteúdos separados
de forma personalizável.
 Usando o atalho Winkey + TAB a tela de adição de
novas áreas de trabalho e consulta das já cria-
das aparece como na imagem abaixo.
As transições de janela foram reelaboradas, as ani-
mações estão suaves e rápidas, dando uma sensação maior
de fluidez ao partir de um aplicativo para outro. A charm
bar criada para o Windows 8 não está disponível a princípio
no TP.
Os aplicativos para windows 8 rodam em modo clás-
sico, ou seja, com interface minimalista, mas como qual-
quer outro programa do pc, podendo ser fechada pelo co-
nhecido "X" no canto superior direito da tela do app em
execução.
O desempenho do sistema em si, não teve uma gran-
de mudança, ao menos não senti nada de espantoso ao rodar
um jogo pesado no TP com relação ao 8.1. Os sistemas da
microsoft tendem a ter mudanças drásticas em suas atuali-
zações, portanto, vamos aguardando para ver o que mais
sairá de interessante neste windows TP .
3
Os Jogos da Disney
Chegam Ao Steam
Atualmente o Steam tem recebido uma porção
de jogos diários e isso vem aumentando con-
forma o tempo passa, porém, no caso eu já
havia percebido que não haviam títulos da Dis-
ney no catalogo, constatei quando fiz um ga-
meplay do Disney Universe a muito tempo
atrás.
Ontém a noite ao abrir o Steam fui surpreendi-
do pelo catalogo de jogos Disney adicionado a
loja, são vários titulos indo de Epic Mickey,
Carros, Toy Story e Aviões aos jogos com
mais expressividade como Split Secon e o ga-
me PURE.
Mercado de Games no Brasil em Ascensão
A Eurogamer.pt publicou recente que o Brasil é
uma potência quando se fala em games na América
Latina. Segundo o site, a Global Collect e o Newzoo
recolheram dados e descobriram que "o Brasil é o
país com maior taxa de crescimento na venda de vi-
deojogos, desde jogos a hardware, neste ano, atingin-
do um volume de negócio de 1 bilhão e 34 mi-
lhões de dólares."
Isso significa que uma grande fatia do mercado
latino-americano está em nossas mãos. A movimenta-
ção financeira aqui está 330 milhões de dólares a
mais que o segundo colocado, o México, que atingiu
a marca de um pouco mais de 1 bilhão e 10 milhões
dólares.
Essa previsão já havia sido estimada em junho
pela Newzoo baseada em dados de consumo, dei-
xando o Brasil em 11º no ranking mundial
O crescimento do marcado brasileiro já não é
mais novidade, visto que nos últimos anos os núme-
ros sempre estiveram positivos neste sentido. Em
2012 o Sebrae divulgou que "o Brasil é o quarto maior
mercado do mundo no segmento de jogos digitais,
com 35 milhões de usuários. O mercado nacional de
games movimentou R$ 5,3 bilhões em 2012,
com crescimento de 32% em relação a 2011".
O grande foco atualmente são os chamados
social games, presentes em redes sociais, atrain-
do 45,2 milhões de brasileiros. Logo após os social
games encontramos, empatados, consoles e PC/Mac,
com 33,7 milhões de adeptos cada e smartphones
com 25,8 milhões.
É um momento importante para a indústria e
para o nosso país em todos os sentidos, desde o con-
sumo até a produção desses jogos. Muito jogos e
desenvolvedores nacionais estão ganhando repercus-
são internacional por meio de competições e feiras de
jogos, mostrando que a indústria está se diversifican-
do cada vez mais
Vamos ficar de olho no que há de novo no
mundo dos games e esperamos que as empresas
também começam a olhar o Brasil com outros objeti-
vos, reconhecendo a importância da nossa participa-
ção no mercado e apresentado alternativas e produ-
tos pensados para a nossa realidade.
;)
Por Liliane “Lica” Santana
Série Baseada no Fil-
me “A Hora do Rush”
Está em Produção
Leeeeeeeeeembra aquele filme que pas-
sava no SBT, do Chris Tucker e o Jackie
Chan? Pois é, tem gente que nem deve saber o
que é isso, mas para os que curtiam o misto de
pancadaria/comédia temos uma notícia deveras
interessante: o canal americano CBS vai trazer
o filme para a TV na forma de uma série.
A trama é aquela que o pessoal deve
conhecer. Um policial estóico de Hong Kong é
destacado para resolver um caso em Los Ange-
les, onde tem que trabalhar com um policial
afro-americano totalmente arrogante e que não
quer de maneira alguma um parceiro para tra-
balhar.
O seriado de "A Hora do Rush" vai ser
produzido por Bill Lawrence e Blake McCor-
mick, sendo que ambos foram parte do time da
produção de Cougar Town. Eles irão escrever
e ser diretores-executivos da série, que contará
também com o diretor original dos filmes,
Brett Ratner, Arthur Sarkissian e Jeff Ingold.
Filmagens de Pirata
do Caribe 5 Já Tem
Data de Início
Sobre os Piratas do Caribe: As filmagens do 5
filme da série começam logo no início de 2015,
sendo rodada na Austrália. A pré produção já
começou, e o pessoal já está fazendo o trabalho
de fotografia dos lugares, pequenos ajustes e
afins. Segundo a informação divulgada, as fil-
magens trarão um impacto econômico gigante
para a região onde o pessoal vai filmar, gerando
uma grana de mais ou menos 19mi de obamas.
Coisa bagarai.
A origem dos TCGs vem dos Estados Unidos, da-
quelas coleções de cartinhas de jogadores da liga nacional
de Baseball. Com o tempo e o sucesso dessas coleções,
foram lançados novos modelos, baseados em outros espor-
tes, HQs, desenhos animados, filmes, etc. Foi então que
surgiu o primeiro jogo baseado em cartas colecionáveis,
que simulava um combate entre dois jogadores: Magic
The Gathering. Esse jogo tornou-se um modelo para todos
os Card Games vindouros, com elementos que viriam a
ser copiados ou modificados na maioria deles, como o
gerenciamento dos recursos, criaturas e magicas que alte-
ram as regras do jogo, e as áreas de jogo como o deck,
mão, campo e descarte.
Magic é o mais famoso e mais popular card game
da atualidade, embora nem sempre tenha sido dessa for-
ma. Ele já passou por alguns altos e baixos, e hoje tem a
supremacia sobre os TCG, por ter uma combinação de
regras sólidas, equilibrio, muita estratégia e artes belíssi-
mas. O jogo se trata de um duelo entre magos, os planes-
walkers (que são os jogadores), que retiram energia mági-
ca dos planos para utilizar feitiços, invocação de criaturas
e artefatos e tentar derrotar o mago adversário. No jogo,
propriamente dito, o jogador deve montar seu grimório
(seu deck) contendo uma variável quantidade de cartas
incluindo criaturas, magicas, feitiços, auras, artefatos,
terrenos, etc. As cartas que são mais importantes são os
terrenos, já que deles você tira mana para usar todas as
demais cartas, que terão um custo colorido no topo. As
cores predominantes de seu deck podem dizer a maneira
como você joga: o deck azul é focado em mágicas e fei-
tiços que controlam o campo de batalha, branco costuma
atacar com muitas criaturas pequenas, verde tem criatu-
ras custosas, mas extremamente poderosas, vermelho
ataca rápido e forte, embora peque na defesa, e finalmen-
te preto, que tem criaturas que voltam fácil do cemitério,
e tem facilidade de colocar criaturas adversárias lá. U-
sando essa combinação, você deve atingir seu oponente
até eliminar todos seus pontos de vida, embora o mesmo
possa bloquear seus ataques com suas próprias criaturas
ou mágicas.
Por Eduardo “Edknight” Botelho
O Fantástico Mundo dos Trading Card Games - Parte 1
4
O TERROR ESTÁ DE VOLTA, E VOCÊ DEVE SO-
BREVIVER Á CRIATURA PERFEITA...
O jogo alvo de uma das maiores controvérsias de notas dos últimos tempos chega com a
premissa do clássico filme de Ridley Scott, onde a sobrevivência é a palavra-chave, aliado
ao clima de terror claustrofóbico e fuga das garras da criatura perfeita.
5
O Legado Alien
Podemos afirmar sem sombra de dúvidas
que Alien é um dos maiores ícones do Scifi e,
porque não, uma das mais bem realizadas perso-
nagens da ficção. O xenomorfo nasceu na criação
do filme Alien - O oitavo passageiro, idealizado no
belíssimo roteiro de Dan O'Bannon, concebido
pelo traço autêntico e singular de H. R. Giger e
extraordinariamente estruturado por Ridley Scott
em 1979.
Desde então a personagem ultrapassou os
limites do filme, tornando-se livro, jogo, estátua e
tantas outras formas de homenagear esse orga-
nismo sensacional. Nas palavras de Ash:
"Um corpo perfeito. Sua perfeição estrutu-
ral é igualado apenas pela sua hostilidade. Admi-
ro a sua pureza, é um sobrevivente... sem uma
gota de consciência, remorso ou moralidade."
Isso é Alien! Da anatomia até as formas de
defesa e reprodução, feito para ser letal, preciso,
certeiro.
A amplitude do universo é o local ideal para
encontrar essa criatura, que busca meios para
garantir a continuidade da espécie, eliminando
qualquer ameaça que possa surgir. Por tudo isso
o primeiro filme da franquia é de horror e suspen-
se, uma busca desenfreada pela sobrevivência.
Não há defesas, não há combate, porque somen-
te um irá vencer e não serão os humanos
Conhecer as concepções de Alien e onde
seus criadores se inspiraram para sua produção
ajuda a compreender o fascínio por ele.
A ideia de vida em outros planetas tomou
forma por volta da década de 1980 e por meio
das influência de pesquisas e explorações espaci-
ais decorrentes do avanço tecnológico no campo
da Astronomia. As ciências, como a astrobiologia,
nasceram para analisar essas possibilidades e
para investigar a vida em outros planetas. Estu-
dos sobre zonas habitáveis e a utilização de ra-
diotelescópios são constantes, mas ainda não
tivemos evidências reais de que existe vida em
outros planetas. Entretanto, muitos argumentos
defendem algumas possibilidades positivas neste
sentido.
Essas possibilidades geraram uma grande
literatura sobre o assunto e muitos filmes foram
lançados com essa perspectiva, explorando o
universo e apresentando novas formas de vida.
Claro, diante de tudo isso também haviam os al-
tos lucros com produções nessa vertente.
Uma das produções que inspiraram Alien
foi "It! The Terror from Beyond Space", um filme
de 1958 que possui muito elementos utilizados no
filme. Ver um pequeno trecho dele é suficiente para
entender a relação entre ambos.
Não há ideias novas em Alien no que diz respei-
to aos acontecimentos ocorridos no filme, mas os ele-
mentos nele combinados são feitos com tal maestria
que produziram algo de espetacular na ficção científi-
ca. A imensidão do espaço, uma nave grande e som-
bria, uma tripulação à deriva, diante de uma ameaça
desconhecida, você já deve ter visto isso em algum
lugar, mas Alien é o primeiro que você irá se lembrar.
A película inclusive foi alvo de um processo por parte
do escritor Van Vogt, que alegou plágio de uma série
de histórias de sua autoria conhecidas como “The Vo-
yage of the Space Beagle”.
Até utilizar-se de uma heroína feminina já havia
acontecido nos cinemas em películas anteriores. Uma
curiosidade interessante neste sentido é que o roteiro
de Alien apresentava a possibilidade de todos os per-
sonagens serem unissex, a opção final foi feita pelo
diretor Ridley Scott.
Um outro elemento interessante da série, fator
também para sua marcante presença na ficção, é a
sua estética. H. R. Giger é o artista responsável pela
concepção artística, materializando a figura de Alien e
todo o universo em torno dele. O artista tem fortes
inspirações eróticas em suas obras, trabalhando com
conceitos como a interpretação psicanalítica de so-
nhos, o horror, o surrealismo e a mistura de elementos
orgânicos com máquinas.
A história do filme é simples: à bordo da Nostro-
mo, os tripulantes se veem diante de um mistério, uma
comunicação recebida e de origem desconhecida, que
os atrai para a presença dessa nova criatura, que con-
segue penetrar na nave e espalhar o horror. Um misto
de curiosidade e terror, suspense e sobrevivência se
espalha pelos minutos decorrentes após o magistral
nascimento do primeiro Alien à bordo, com certeza
uma das melhores e mais emblemáticas cenas do ci-
nema mundial:
Isso descortina um momento crítico sobre a
análise da criatura: seu ciclo de vida, que demonstra o
quanto os xenomorfos são precisos e letais. Sua pri-
meira forma de vida é o Ovo, que se abre em pétalas
e hospeda o Facehugger. O Facehugger é a segun-
da forma de vida, um parasitóide perfeito, que sabe
distinguir entre um humano e uma máquina, evita
hospedeiros com doenças ou variações genéticas
que podem prejudicar seu desenvolvimento, distin-
gue um ser vivo de um morto e permite que seu hos-
pedeiro fique vivo durante o Abraço, movimento em
que é implatado o Alien no organismo do hospedeiro.
Para garantir o sucesso no implante é quase impos-
sível retirar um Facehugger, seu sangue ácido impe-
de de ser cortado, pois mataria a pessoa "abraçada".
A remoção dele pode matar o hospedeiro, pois sua
calda se prende ao pescoço da pessoa, asfixiando-a
e, logo após o Abraço, sua pele fica mais grossa e
difícil de penetrar e só após a certeza da instalação
exitosa do Chestburster, é que o Facehugger solta o
rosto da pessoa e morre. O Chestburster nasce do
peito de seu hospedeiro, matando-o, e passa a se
alimentar e crescer rapidamente, dando origem ao
xenomorfo adulto, a quarta etapa do ciclo de vida do
Alien
E assim temos o primeiro contato com A cria-
tura e, ao lado da Tenente Ellen Ripley, protagonista
do filme, e a tribulação da Nostromo, participamos de
uma corrida desenfreada pela vida, sofrendo e imagi-
nando o que será da humanidade a partir do contato
com tal forma de vida
O sucesso foi inegável e até hoje angaria fãs e
inspira novos filmes, livros e produções culturais.
Após o primeiro filme foram realizado mais
três, específicos da série: Aliens: O Resgate (1986),
Alien 3 (1991) e Alien: Ressurreição (1997), além de
participar da franquia de filmes Predador e, recente-
mente, recebeu pequenas referências no filme Pro-
metheus. Todos eles não tiveram a maestria do pri-
meiro, foram alvo de críticas e controvérsias, alguns
amados, outros odiados, mas ainda assim continuam
e aprofundam a história do xenomorfo e suas ori-
gens.
É todo esse histórico que acompanha as ex-
pectativas sobre Alien: Isolation, o novo jogo com o
nosso Alien, que promete resgatar essa história, tra-
zer novos elementos e colocar o jogador em contato
com o clima do filme de 1979. O legado merece um
jogo à altura, inspirado em sua origem e que agrade
fãs e jogadores em geral.
Por Liliane “Lica” Santana
“No Espaço, Ninguém Vai Ouvir Você Gritar...”
6
No tempo da Ação Games, lia as análises para sa-
ber como eram os gráficos de um jogo, sua trilha sonora,
sua jogabilidade, história e o seu fator replay. E era isso,
as notas eram justas, pois os parâmetros eram claros. Em
boa parte, devido a simplicidade dos jogos naquele tempo.
Com a evolução absurda nos jogos em pouco me-
nos de vinte anos, hoje podemos julgar as expressões faci-
ais e nuances da personalidade de cada personagem. Algo
que, naturalmente, demanda uma maior atenção do crítico
gamer, um maior conhecimento sobre o título, universo e
público do jogo que irá analisar.
Tenho percebido um retrocesso nessa linha de tra-
balho. Com certa freqüência, tenho lido análises que se
atém aos cinco itens que mencionei ainda há pouco, sem
analisar todo o restante do que compõe o jogo, a sua es-
sência.
Percebi que um padrão surgia quando li as críticas
nos canais especializados sobre as DLCs de Dark Souls 2,
um jogo de nicho, com nível de dificuldade avançado e
bastante característico em sua essência.
Críticas que mencionavam o elevado nível de difi-
culdade das DLCs e história ainda mais confusa. Mas tudo
bem, em sendo um jogo de público (masoquista) bastante
específico, é de se entender que o crítico deva falar com a
massa, e não apenas com este público fiel.
Nestes últimos dias, vi o padrão se repetir com
Alien: Isolation.
Isolation teve notas excelentes, medianas e medío-
cres, em diversos canais. Parecia não haver um acordo
entre os “especialistas” da área.
No entanto, foram os argumentos que me espanta-
ram. Críticos falavam sobre a dificuldade elevada do jogo,
aleatoriedade na movimentação e comportamento do Ali-
en e a extensão do jogo, que passa de vinte horas. Recla-
mavam ainda sobre a impossibilidade de se matar o Alien.
Trata-se de o primeiro jogo baseado no primeiro filme da
série Alien, aquela obra prima de Ridley Scott, que ainda
hoje é referencial em horror.
Quem lembra desta obra prima, lembrará que nin-
guém que enfrentou a “criatura perfeita” e sobreviveu.
Lembrará ainda que Ellen Ripley se esgueirava e tentava
chegar a cápsula de fuga enquanto o alarme tocava ao
fundo, com a tensão em um crescendo absurdo.
O conhecedor da série Alien, e apaixonado pelo
primeiro filme, lembrará que Ripley só derrotou o xeno-
mórfo se utilizando da espaçonave. Que ela jamais teria
nenhuma chance cara a cara contra aquilo.
O despreparo do crítico, que não busca entender o
que a empresa se propôs com a criação de um jogo, ou
mesmo o que seu público busca com determinado título,
ao meu ver é uma das maiores falhas de hoje. O fã de
Dark Souls procura a dificuldade e a história escondida
sob os escombros do mundo em ruínas.
Por Guilherme “Gakuma” Souza
O Novo Crítico Gamer

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  • 1. 1 A PORCA Porca Flamejante, 12 de outubro de 2014 Ano 1, Edição nº1 http:www.porcaflamejante.blogspot.com ANALISAMOS O AGUARDADÍSSIMO ALIEN: ISOLATION De volta ao espaço vazio, você tem a missão de sobreviver á um ser alienígena que te caçará de todas as formas... E ele não é o único a superar obstáculo em sua viagem Porca Testou - Windows Techni- cal Preview Analisamos a prévia do próximo siste- ma operacional da Microsoft - que mu- dou de nome bem rápido - e demos nosso parecer. Será que ele será um grande sistema ou um completo fiasco como o Windows Vista? Página 2 O Legado Alien Fizemos um especial sobre o alien mais famoso dos cinemas e montamos uma linha do tempo, explicando várias coisas sobre ele, como origem, sua trajetória no cinema e outras coias para você que é fã da série. Página 6 Mercado de Ga- mes no Brasil em Ascensão Não é de hoje que o Brasil tem recebi- do olhares cada vez maiores do resto do mundo quando o assunto são os games. E uma pesquisa liberada recen- temente mostra o tamanho do mercado interno nacional, se comparado aos vizinhos da América Latina Página 3 O Fantástico Mundo dos Tra- ding Card Games - Parte 1 Não é difícil encontrar jogos de cartas diferentes, tendo vários ambientados nos mais variados mundos e para to- dos os gostos. Começamos uma série que irá abordar este fantástico mundo dos Trading Card Games, ou TCG. Página 3 “Os canais especializados em games são confiáveis? Qual é o nível de en- volvimento necessário ao crítico ga- mer para que possa analisar de forma imparcial (e detalhada, ao mesmo tem- po) um jogo?” Página 6 O Novo Crítico Gamer
  • 2. 2 Little Big Planet 3 Terá Participação de Doutor House Little Big Planet vem sendo uma das franquias da Sony que está dando certo, tanto que já se foi cogitado usar o Sackboy como mascote oficial da empresa, assim como os lendários mascotes Mario e Sonic. Agora, para o lançamento do novo jogo, no PS4, a empresa está investindo bastante para que o jogo seja mais criativo que nunca (o ponto forte dos jogos anteriores), assim como investimentos tanto na área gráfica q u a n t o n a á r e a s o n o r a . O último anúncio da empresa, que deixou os fãs com grandes expectativas, foi a participação de Hugh Laurie (o famoso Dr. House) fazendo a dublagem do vilão do jogo, Newton. A escolha foi feita principalmente porque Laurie é um antigo parceiro do co- mediante Stephen Fry (também conhecido por seu papel como convidado em Bones, interpretando Gordon Wyatt), que foi o nar- rador do jogo nas versões do jogo com du- blagem em inglês. Outras vozes conhecidas que estão vindo são Nolan North, o Black Hand de Shadow of Mordor, e Tara Strong, bastante conhecida por, bem, por um monte de per- sonagens de desenhos e games (Aqui tem alguns). Disaster Club - Plus Edition Os usuários da PSN Plus foram agra- ciados com um brinde da Sony: Além dos jogos habituais, que são dados aos membros ativos todo mês, tivemos um brinde, o Dri- veclub Plus Edition. Acontece que a Sony troll "deu" o jogo e não disponibilizou o download. A empresa afirma que há uma situa- ção delicada com os servidores da empresa, e resolveu adiar a disponibilização do jogo, que será liberado assim que o problema for corrigido, ou seja, não há previsão ainda. Lembrando que o jogo foi anunciado como um brinde no vídeo desse mês da Plus, no canal oficial da Sony. Sendo assim, a edição especial do "Forza Killer" do Playstation, segue apa- nhando de seu principal concorrente, que vai muito bem, obrigado, no XOne. Porca Testou - Windows Technical Preview RECOMENDAÇÕES AOS USUÁRIOS O Windows Technical Preview é disponibilizado pela própria microsoft de forma gratuita, por se tratar de uma versão de testes em constante aprimoramento, não reco- mendamos sua instalação para substituir o sistema utilizado comumente, tendo em vista que o comportamento de uma versão de testes vária de pc para pc. Caso tenha interesse em testar o sistema, opte pela emulação em um ambien- te virtual, assim não corre o risco de comprometer dados e arquivos importantes. O teste no caso foi feito pelo usuário +Th Mc e todas as citações são meramente experiencias com o sistema ope- racional, podendo ou não corresponder com outros testes. MUDANÇAS RELEVANTES A instalação do sistema adotada como atualização retorna de maneira concisa e benéfica pra quem quer manter os dados na transição de sistema. É possível fazer a instalação do Windows TP X do mesmo modo como é feita a instalação do windows 8 para o 8.1. Similar ao windows update, porém como o auxilio de uma ISO do Windows TP, que é emulada pelo próprio Win- dows 8, sem necessidade de um software a parte. Então o sistema de boot avançado se instala através da ISO e lhe permite algumas opções personalizadas, como manter al- guns arquivos, todos os possíveis ou simplesmente apagar tudo e recomeçar com o windows do zero. “Optei pela opção de atualização, sendo assim esperava ao menos que boa parte dos meus arquivos continuassem intac- tos, já tinha feito essa atualização do 8 para o 8.1, algumas coisas foram mantidas de forma intacta, outras nem tanto, mas para minha surpresa, a transição do 8.1 para o 10 (X) TP foi perfeita. Todos meus programas, arquivos armazena- dos e criados no mesmo disco onde o sistema é instalado continuaram intactos, bem como jogos e configurações usa- das neles permaneceram como estavam, ou seja, iniciei um windows novo, sem precisar me preocupar com nada, tudo o Ao anunciar o sistema operacional Windows 10 na última semana, a Microsoft liberou as inscrições para eventuais testers e curiosos no Insider, sendo assim o download da versão técnica do sistema foi disponibilizadas em isos de 32 e 64bits, respecti- vamente conhecidas como x86 e x64, que são arquiteturas direcionados a determinados tipos de máquinas. O sistema que che- gara em 2015, assim como seu antecessor, busca unificar o modo como a plataforma windows se comporta entre dispositivos de mesa e portáteis. Por João de Jesus Júnior - Thr2e que precisava continuava ali pronto para uso." A tela inicial minimalista formada por cubos prota- gonista do windows 8 e coadjuvante no 8.1, foi migrada para o clássico menu iniciar na versão TP do Windows X, ou seja, todos os aplicativos que ficavam moldados no qua- dro de blocos, continuam em um mesmo quadro de blocos, porém incorporado ao menu iniciar que por sua vez se adéqua ao tanto de blocos inseridos pelo usuário. E con- sigo essa incorporação da tela minimalista no menu iniciar trouxe também a pesquisa universal, onde podemos pesqui- sar, desde páginas da web, arquivos e até mesmo aplicati- vos pelo novo menu iniciar.  Tanto as animações, quanto os ícones do siste- ma foram atualizados.  Foi inserida uma função que permite a criação de diversas áreas de trabalho com conteúdos separados de forma personalizável.  Usando o atalho Winkey + TAB a tela de adição de novas áreas de trabalho e consulta das já cria- das aparece como na imagem abaixo. As transições de janela foram reelaboradas, as ani- mações estão suaves e rápidas, dando uma sensação maior de fluidez ao partir de um aplicativo para outro. A charm bar criada para o Windows 8 não está disponível a princípio no TP. Os aplicativos para windows 8 rodam em modo clás- sico, ou seja, com interface minimalista, mas como qual- quer outro programa do pc, podendo ser fechada pelo co- nhecido "X" no canto superior direito da tela do app em execução. O desempenho do sistema em si, não teve uma gran- de mudança, ao menos não senti nada de espantoso ao rodar um jogo pesado no TP com relação ao 8.1. Os sistemas da microsoft tendem a ter mudanças drásticas em suas atuali- zações, portanto, vamos aguardando para ver o que mais sairá de interessante neste windows TP .
  • 3. 3 Os Jogos da Disney Chegam Ao Steam Atualmente o Steam tem recebido uma porção de jogos diários e isso vem aumentando con- forma o tempo passa, porém, no caso eu já havia percebido que não haviam títulos da Dis- ney no catalogo, constatei quando fiz um ga- meplay do Disney Universe a muito tempo atrás. Ontém a noite ao abrir o Steam fui surpreendi- do pelo catalogo de jogos Disney adicionado a loja, são vários titulos indo de Epic Mickey, Carros, Toy Story e Aviões aos jogos com mais expressividade como Split Secon e o ga- me PURE. Mercado de Games no Brasil em Ascensão A Eurogamer.pt publicou recente que o Brasil é uma potência quando se fala em games na América Latina. Segundo o site, a Global Collect e o Newzoo recolheram dados e descobriram que "o Brasil é o país com maior taxa de crescimento na venda de vi- deojogos, desde jogos a hardware, neste ano, atingin- do um volume de negócio de 1 bilhão e 34 mi- lhões de dólares." Isso significa que uma grande fatia do mercado latino-americano está em nossas mãos. A movimenta- ção financeira aqui está 330 milhões de dólares a mais que o segundo colocado, o México, que atingiu a marca de um pouco mais de 1 bilhão e 10 milhões dólares. Essa previsão já havia sido estimada em junho pela Newzoo baseada em dados de consumo, dei- xando o Brasil em 11º no ranking mundial O crescimento do marcado brasileiro já não é mais novidade, visto que nos últimos anos os núme- ros sempre estiveram positivos neste sentido. Em 2012 o Sebrae divulgou que "o Brasil é o quarto maior mercado do mundo no segmento de jogos digitais, com 35 milhões de usuários. O mercado nacional de games movimentou R$ 5,3 bilhões em 2012, com crescimento de 32% em relação a 2011". O grande foco atualmente são os chamados social games, presentes em redes sociais, atrain- do 45,2 milhões de brasileiros. Logo após os social games encontramos, empatados, consoles e PC/Mac, com 33,7 milhões de adeptos cada e smartphones com 25,8 milhões. É um momento importante para a indústria e para o nosso país em todos os sentidos, desde o con- sumo até a produção desses jogos. Muito jogos e desenvolvedores nacionais estão ganhando repercus- são internacional por meio de competições e feiras de jogos, mostrando que a indústria está se diversifican- do cada vez mais Vamos ficar de olho no que há de novo no mundo dos games e esperamos que as empresas também começam a olhar o Brasil com outros objeti- vos, reconhecendo a importância da nossa participa- ção no mercado e apresentado alternativas e produ- tos pensados para a nossa realidade. ;) Por Liliane “Lica” Santana Série Baseada no Fil- me “A Hora do Rush” Está em Produção Leeeeeeeeeembra aquele filme que pas- sava no SBT, do Chris Tucker e o Jackie Chan? Pois é, tem gente que nem deve saber o que é isso, mas para os que curtiam o misto de pancadaria/comédia temos uma notícia deveras interessante: o canal americano CBS vai trazer o filme para a TV na forma de uma série. A trama é aquela que o pessoal deve conhecer. Um policial estóico de Hong Kong é destacado para resolver um caso em Los Ange- les, onde tem que trabalhar com um policial afro-americano totalmente arrogante e que não quer de maneira alguma um parceiro para tra- balhar. O seriado de "A Hora do Rush" vai ser produzido por Bill Lawrence e Blake McCor- mick, sendo que ambos foram parte do time da produção de Cougar Town. Eles irão escrever e ser diretores-executivos da série, que contará também com o diretor original dos filmes, Brett Ratner, Arthur Sarkissian e Jeff Ingold. Filmagens de Pirata do Caribe 5 Já Tem Data de Início Sobre os Piratas do Caribe: As filmagens do 5 filme da série começam logo no início de 2015, sendo rodada na Austrália. A pré produção já começou, e o pessoal já está fazendo o trabalho de fotografia dos lugares, pequenos ajustes e afins. Segundo a informação divulgada, as fil- magens trarão um impacto econômico gigante para a região onde o pessoal vai filmar, gerando uma grana de mais ou menos 19mi de obamas. Coisa bagarai. A origem dos TCGs vem dos Estados Unidos, da- quelas coleções de cartinhas de jogadores da liga nacional de Baseball. Com o tempo e o sucesso dessas coleções, foram lançados novos modelos, baseados em outros espor- tes, HQs, desenhos animados, filmes, etc. Foi então que surgiu o primeiro jogo baseado em cartas colecionáveis, que simulava um combate entre dois jogadores: Magic The Gathering. Esse jogo tornou-se um modelo para todos os Card Games vindouros, com elementos que viriam a ser copiados ou modificados na maioria deles, como o gerenciamento dos recursos, criaturas e magicas que alte- ram as regras do jogo, e as áreas de jogo como o deck, mão, campo e descarte. Magic é o mais famoso e mais popular card game da atualidade, embora nem sempre tenha sido dessa for- ma. Ele já passou por alguns altos e baixos, e hoje tem a supremacia sobre os TCG, por ter uma combinação de regras sólidas, equilibrio, muita estratégia e artes belíssi- mas. O jogo se trata de um duelo entre magos, os planes- walkers (que são os jogadores), que retiram energia mági- ca dos planos para utilizar feitiços, invocação de criaturas e artefatos e tentar derrotar o mago adversário. No jogo, propriamente dito, o jogador deve montar seu grimório (seu deck) contendo uma variável quantidade de cartas incluindo criaturas, magicas, feitiços, auras, artefatos, terrenos, etc. As cartas que são mais importantes são os terrenos, já que deles você tira mana para usar todas as demais cartas, que terão um custo colorido no topo. As cores predominantes de seu deck podem dizer a maneira como você joga: o deck azul é focado em mágicas e fei- tiços que controlam o campo de batalha, branco costuma atacar com muitas criaturas pequenas, verde tem criatu- ras custosas, mas extremamente poderosas, vermelho ataca rápido e forte, embora peque na defesa, e finalmen- te preto, que tem criaturas que voltam fácil do cemitério, e tem facilidade de colocar criaturas adversárias lá. U- sando essa combinação, você deve atingir seu oponente até eliminar todos seus pontos de vida, embora o mesmo possa bloquear seus ataques com suas próprias criaturas ou mágicas. Por Eduardo “Edknight” Botelho O Fantástico Mundo dos Trading Card Games - Parte 1
  • 4. 4 O TERROR ESTÁ DE VOLTA, E VOCÊ DEVE SO- BREVIVER Á CRIATURA PERFEITA... O jogo alvo de uma das maiores controvérsias de notas dos últimos tempos chega com a premissa do clássico filme de Ridley Scott, onde a sobrevivência é a palavra-chave, aliado ao clima de terror claustrofóbico e fuga das garras da criatura perfeita.
  • 5. 5 O Legado Alien Podemos afirmar sem sombra de dúvidas que Alien é um dos maiores ícones do Scifi e, porque não, uma das mais bem realizadas perso- nagens da ficção. O xenomorfo nasceu na criação do filme Alien - O oitavo passageiro, idealizado no belíssimo roteiro de Dan O'Bannon, concebido pelo traço autêntico e singular de H. R. Giger e extraordinariamente estruturado por Ridley Scott em 1979. Desde então a personagem ultrapassou os limites do filme, tornando-se livro, jogo, estátua e tantas outras formas de homenagear esse orga- nismo sensacional. Nas palavras de Ash: "Um corpo perfeito. Sua perfeição estrutu- ral é igualado apenas pela sua hostilidade. Admi- ro a sua pureza, é um sobrevivente... sem uma gota de consciência, remorso ou moralidade." Isso é Alien! Da anatomia até as formas de defesa e reprodução, feito para ser letal, preciso, certeiro. A amplitude do universo é o local ideal para encontrar essa criatura, que busca meios para garantir a continuidade da espécie, eliminando qualquer ameaça que possa surgir. Por tudo isso o primeiro filme da franquia é de horror e suspen- se, uma busca desenfreada pela sobrevivência. Não há defesas, não há combate, porque somen- te um irá vencer e não serão os humanos Conhecer as concepções de Alien e onde seus criadores se inspiraram para sua produção ajuda a compreender o fascínio por ele. A ideia de vida em outros planetas tomou forma por volta da década de 1980 e por meio das influência de pesquisas e explorações espaci- ais decorrentes do avanço tecnológico no campo da Astronomia. As ciências, como a astrobiologia, nasceram para analisar essas possibilidades e para investigar a vida em outros planetas. Estu- dos sobre zonas habitáveis e a utilização de ra- diotelescópios são constantes, mas ainda não tivemos evidências reais de que existe vida em outros planetas. Entretanto, muitos argumentos defendem algumas possibilidades positivas neste sentido. Essas possibilidades geraram uma grande literatura sobre o assunto e muitos filmes foram lançados com essa perspectiva, explorando o universo e apresentando novas formas de vida. Claro, diante de tudo isso também haviam os al- tos lucros com produções nessa vertente. Uma das produções que inspiraram Alien foi "It! The Terror from Beyond Space", um filme de 1958 que possui muito elementos utilizados no filme. Ver um pequeno trecho dele é suficiente para entender a relação entre ambos. Não há ideias novas em Alien no que diz respei- to aos acontecimentos ocorridos no filme, mas os ele- mentos nele combinados são feitos com tal maestria que produziram algo de espetacular na ficção científi- ca. A imensidão do espaço, uma nave grande e som- bria, uma tripulação à deriva, diante de uma ameaça desconhecida, você já deve ter visto isso em algum lugar, mas Alien é o primeiro que você irá se lembrar. A película inclusive foi alvo de um processo por parte do escritor Van Vogt, que alegou plágio de uma série de histórias de sua autoria conhecidas como “The Vo- yage of the Space Beagle”. Até utilizar-se de uma heroína feminina já havia acontecido nos cinemas em películas anteriores. Uma curiosidade interessante neste sentido é que o roteiro de Alien apresentava a possibilidade de todos os per- sonagens serem unissex, a opção final foi feita pelo diretor Ridley Scott. Um outro elemento interessante da série, fator também para sua marcante presença na ficção, é a sua estética. H. R. Giger é o artista responsável pela concepção artística, materializando a figura de Alien e todo o universo em torno dele. O artista tem fortes inspirações eróticas em suas obras, trabalhando com conceitos como a interpretação psicanalítica de so- nhos, o horror, o surrealismo e a mistura de elementos orgânicos com máquinas. A história do filme é simples: à bordo da Nostro- mo, os tripulantes se veem diante de um mistério, uma comunicação recebida e de origem desconhecida, que os atrai para a presença dessa nova criatura, que con- segue penetrar na nave e espalhar o horror. Um misto de curiosidade e terror, suspense e sobrevivência se espalha pelos minutos decorrentes após o magistral nascimento do primeiro Alien à bordo, com certeza uma das melhores e mais emblemáticas cenas do ci- nema mundial: Isso descortina um momento crítico sobre a análise da criatura: seu ciclo de vida, que demonstra o quanto os xenomorfos são precisos e letais. Sua pri- meira forma de vida é o Ovo, que se abre em pétalas e hospeda o Facehugger. O Facehugger é a segun- da forma de vida, um parasitóide perfeito, que sabe distinguir entre um humano e uma máquina, evita hospedeiros com doenças ou variações genéticas que podem prejudicar seu desenvolvimento, distin- gue um ser vivo de um morto e permite que seu hos- pedeiro fique vivo durante o Abraço, movimento em que é implatado o Alien no organismo do hospedeiro. Para garantir o sucesso no implante é quase impos- sível retirar um Facehugger, seu sangue ácido impe- de de ser cortado, pois mataria a pessoa "abraçada". A remoção dele pode matar o hospedeiro, pois sua calda se prende ao pescoço da pessoa, asfixiando-a e, logo após o Abraço, sua pele fica mais grossa e difícil de penetrar e só após a certeza da instalação exitosa do Chestburster, é que o Facehugger solta o rosto da pessoa e morre. O Chestburster nasce do peito de seu hospedeiro, matando-o, e passa a se alimentar e crescer rapidamente, dando origem ao xenomorfo adulto, a quarta etapa do ciclo de vida do Alien E assim temos o primeiro contato com A cria- tura e, ao lado da Tenente Ellen Ripley, protagonista do filme, e a tribulação da Nostromo, participamos de uma corrida desenfreada pela vida, sofrendo e imagi- nando o que será da humanidade a partir do contato com tal forma de vida O sucesso foi inegável e até hoje angaria fãs e inspira novos filmes, livros e produções culturais. Após o primeiro filme foram realizado mais três, específicos da série: Aliens: O Resgate (1986), Alien 3 (1991) e Alien: Ressurreição (1997), além de participar da franquia de filmes Predador e, recente- mente, recebeu pequenas referências no filme Pro- metheus. Todos eles não tiveram a maestria do pri- meiro, foram alvo de críticas e controvérsias, alguns amados, outros odiados, mas ainda assim continuam e aprofundam a história do xenomorfo e suas ori- gens. É todo esse histórico que acompanha as ex- pectativas sobre Alien: Isolation, o novo jogo com o nosso Alien, que promete resgatar essa história, tra- zer novos elementos e colocar o jogador em contato com o clima do filme de 1979. O legado merece um jogo à altura, inspirado em sua origem e que agrade fãs e jogadores em geral. Por Liliane “Lica” Santana “No Espaço, Ninguém Vai Ouvir Você Gritar...”
  • 6. 6 No tempo da Ação Games, lia as análises para sa- ber como eram os gráficos de um jogo, sua trilha sonora, sua jogabilidade, história e o seu fator replay. E era isso, as notas eram justas, pois os parâmetros eram claros. Em boa parte, devido a simplicidade dos jogos naquele tempo. Com a evolução absurda nos jogos em pouco me- nos de vinte anos, hoje podemos julgar as expressões faci- ais e nuances da personalidade de cada personagem. Algo que, naturalmente, demanda uma maior atenção do crítico gamer, um maior conhecimento sobre o título, universo e público do jogo que irá analisar. Tenho percebido um retrocesso nessa linha de tra- balho. Com certa freqüência, tenho lido análises que se atém aos cinco itens que mencionei ainda há pouco, sem analisar todo o restante do que compõe o jogo, a sua es- sência. Percebi que um padrão surgia quando li as críticas nos canais especializados sobre as DLCs de Dark Souls 2, um jogo de nicho, com nível de dificuldade avançado e bastante característico em sua essência. Críticas que mencionavam o elevado nível de difi- culdade das DLCs e história ainda mais confusa. Mas tudo bem, em sendo um jogo de público (masoquista) bastante específico, é de se entender que o crítico deva falar com a massa, e não apenas com este público fiel. Nestes últimos dias, vi o padrão se repetir com Alien: Isolation. Isolation teve notas excelentes, medianas e medío- cres, em diversos canais. Parecia não haver um acordo entre os “especialistas” da área. No entanto, foram os argumentos que me espanta- ram. Críticos falavam sobre a dificuldade elevada do jogo, aleatoriedade na movimentação e comportamento do Ali- en e a extensão do jogo, que passa de vinte horas. Recla- mavam ainda sobre a impossibilidade de se matar o Alien. Trata-se de o primeiro jogo baseado no primeiro filme da série Alien, aquela obra prima de Ridley Scott, que ainda hoje é referencial em horror. Quem lembra desta obra prima, lembrará que nin- guém que enfrentou a “criatura perfeita” e sobreviveu. Lembrará ainda que Ellen Ripley se esgueirava e tentava chegar a cápsula de fuga enquanto o alarme tocava ao fundo, com a tensão em um crescendo absurdo. O conhecedor da série Alien, e apaixonado pelo primeiro filme, lembrará que Ripley só derrotou o xeno- mórfo se utilizando da espaçonave. Que ela jamais teria nenhuma chance cara a cara contra aquilo. O despreparo do crítico, que não busca entender o que a empresa se propôs com a criação de um jogo, ou mesmo o que seu público busca com determinado título, ao meu ver é uma das maiores falhas de hoje. O fã de Dark Souls procura a dificuldade e a história escondida sob os escombros do mundo em ruínas. Por Guilherme “Gakuma” Souza O Novo Crítico Gamer