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A dengue em crianças
Você já ouviu falar na dengue? Com certeza, sim. Afinal, essa doença, causada por
um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é muito comum no verão e no
período chuvoso, devido ao maior acúmulo de água em terrenos abandonados. Febre
alta, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações são alguns dos sintomas
dessa moléstia. Mas você sabia que eles são mais comuns nos adultos? Em crianças
como você, a dengue se manifesta de forma um pouco diferente…

A melhor forma de combater a dengue é evitar o desenvolvimento do seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti (foto:
Genilton Vieira/Fiocruz).

De acordo com a pediatra Consuelo Oliveira, da Sociedade de Pediatria do Pará, ao
contrário dos adultos, as crianças não costumam sentir dores de cabeça tão fortes. Em
compensação, podem ter acessos de vômito e dores abdominais. Por outro lado, a
febre, que costuma ser alta nos adultos, é mais branda nas crianças. Assim, a doença
acaba muitas vezes sendo confundida com uma gripe.
Isso é ruim, pois os pais acabam dando para seus filhos medicamentos à base de
ácido acetilsalicílico para diminuir a febre. O problema é que remédios com essa
substância podem favorecer o aparecimento de hemorragias na evolução da doença.
Então, eis aí uma informação que você pode passar para eles e garantir que a doença
seja tratada corretamente desde o início.
Aliás, outra dica da pediatra que pode ser muito útil aos pais é ficar atento quando a
febre aparece sem nenhum motivo aparente e persiste por mais de dois dias. Além
disso, é importante observar se a criança – no caso, você! – tem tido mudança de
humor (ficar mais irritado) ou sonolência. Se forem constatados esses sintomas,
Consuelo recomenda que se consulte um médico para ter a certeza que se trata da
doença.
Confirmada a suspeita, começará o tratamento. Nele, o paciente ingere bastante
líquido (soro oral, sucos, água de coco), utiliza medicamentos para aliviar os sintomas
– como analgésicos para as dores e antitérmicos para a febre –, além de remédios
específicos, caso haja algum tipo de complicação.
Vale lembrar que, desde a década de 1980, o número de casos de dengue tem
crescido a cada ano no Brasil: não apenas os casos da dengue clássica, como
também os da forma mais grave da doença, a hemorrágica, que pode até mesmo levar
à morte, tanto adultos quanto crianças.
Como se vê, todo cuidado é pouco com essa doença. É claro, porém, que a melhor
forma de combatê-la é não permitir o desenvolvimento do seu transmissor, o
mosquito Aedes aegypti, que adora água limpa e parada para se reproduzir. Por isso,
deve-se evitar o acúmulo de água em qualquer tipo de recipiente, como vasos de
plantas, latas ou pneus. No entanto, caso você ou alguém da sua família seja
infectado pela doença, siga direitinho as recomendações médicas para melhorar logo
e aproveitar o verão que está aí.
Andressa Spata, Instituto Ciência Hoje
Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-dengue-em-criancas/

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  • 1. A dengue em crianças Você já ouviu falar na dengue? Com certeza, sim. Afinal, essa doença, causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é muito comum no verão e no período chuvoso, devido ao maior acúmulo de água em terrenos abandonados. Febre alta, dores de cabeça, nos músculos e nas articulações são alguns dos sintomas dessa moléstia. Mas você sabia que eles são mais comuns nos adultos? Em crianças como você, a dengue se manifesta de forma um pouco diferente… A melhor forma de combater a dengue é evitar o desenvolvimento do seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti (foto: Genilton Vieira/Fiocruz). De acordo com a pediatra Consuelo Oliveira, da Sociedade de Pediatria do Pará, ao contrário dos adultos, as crianças não costumam sentir dores de cabeça tão fortes. Em compensação, podem ter acessos de vômito e dores abdominais. Por outro lado, a febre, que costuma ser alta nos adultos, é mais branda nas crianças. Assim, a doença acaba muitas vezes sendo confundida com uma gripe. Isso é ruim, pois os pais acabam dando para seus filhos medicamentos à base de ácido acetilsalicílico para diminuir a febre. O problema é que remédios com essa substância podem favorecer o aparecimento de hemorragias na evolução da doença. Então, eis aí uma informação que você pode passar para eles e garantir que a doença seja tratada corretamente desde o início. Aliás, outra dica da pediatra que pode ser muito útil aos pais é ficar atento quando a febre aparece sem nenhum motivo aparente e persiste por mais de dois dias. Além disso, é importante observar se a criança – no caso, você! – tem tido mudança de humor (ficar mais irritado) ou sonolência. Se forem constatados esses sintomas, Consuelo recomenda que se consulte um médico para ter a certeza que se trata da doença. Confirmada a suspeita, começará o tratamento. Nele, o paciente ingere bastante líquido (soro oral, sucos, água de coco), utiliza medicamentos para aliviar os sintomas
  • 2. – como analgésicos para as dores e antitérmicos para a febre –, além de remédios específicos, caso haja algum tipo de complicação. Vale lembrar que, desde a década de 1980, o número de casos de dengue tem crescido a cada ano no Brasil: não apenas os casos da dengue clássica, como também os da forma mais grave da doença, a hemorrágica, que pode até mesmo levar à morte, tanto adultos quanto crianças. Como se vê, todo cuidado é pouco com essa doença. É claro, porém, que a melhor forma de combatê-la é não permitir o desenvolvimento do seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti, que adora água limpa e parada para se reproduzir. Por isso, deve-se evitar o acúmulo de água em qualquer tipo de recipiente, como vasos de plantas, latas ou pneus. No entanto, caso você ou alguém da sua família seja infectado pela doença, siga direitinho as recomendações médicas para melhorar logo e aproveitar o verão que está aí. Andressa Spata, Instituto Ciência Hoje Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-dengue-em-criancas/