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TRABALHO SOBRE COCAÍNA
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  VERÓ
  VERÓNICA
  BRÁ
  BRÁS            JOSÉ
                  JOSÉ FERRAZ
Cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster
do ácido benzoico é um alcaloide usado
como droga, derivada do arbusto
Erythroxylum coca Lamarck, com efeitos
anestésicos e cujo uso continuado, pode
causar outros efeitos indesejados como
dependência, hipertensão arterial e
distúrbios psiquiátricos.
A folha de coca (cujo consumo mesmo se
em grandes quantidades, leva apenas à
absorção de uma dose minúscula de
cocaína) é usada comprovadamente há
mais de 1200 anos pelos povos nativos da
América do Sul. Eles a mastigavam para
ajudar a suportar a fome, a sede e o
cansaço, sendo, ainda hoje, consumida
legalmente em alguns países (Peru, Bolívia)
sob a forma de chá (a absorção do princípio
ativo, por esta via, é muito baixa).
Os Incas e outros povos dos Andes
usaram-na certamente, permitindo-lhes
trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação
do ar e o frio tornam o trabalho árduo
especialmente      difícil.  A   sua     ação
anorexiante (supressora da fome) lhes
permitia transportar apenas um mínimo de
comida durante alguns dias.
Inicialmente os espanhóis, constatando o
uso quase religioso da planta, nas suas
tentativas de converter os índios ao
cristianismo, declararam a planta produto
do demónio.
 O seu uso entre os espanhóis do novo
mundo espalhou-se, sendo as folhas
usadas para tratar feridas e ossos partidos
ou curar a constipação/resfriado. A coca foi
levada para a Europa em 1580.
O alcaloide cocaína foi isolado das folhas de
 coca por Niemann em 1859 ou 1860, que lhe
 deu o nome. No entanto há boas razões
 para supor que foi antes Friedrich Gaedcke
 que a isolou pela primeira vez em 1855 ou
 1856.
O seu uso espalhou-se gradualmente. Após
visitas à América do Sul de cientistas
italianos que levaram amostras da planta
para o seu país, o químico Angelo Mariani
desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma
infusão alcoólica de folhas de coca (mais
poderosa devido ao poder extrativo do
etanol que as infusões de água ou chás
usadas antes). O vinho Mariani era muito
apreciado pelo Papa Leão XIII, que
inclusivamente premiou Mariani com uma
medalha honorífica.
A Coca-Cola seria inventada em parte como
tentativa de competição dos comerciantes
americanos com o vinho Mariani importado
da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a
sua invenção até 1903 a incluir cocaína nos
seus ingredientes, e os seus efeitos foram
sem dúvida determinantes do poder
atrativo inicial da bebida.
Anúncio à Coca-Cola com cocaína, 1900.
A cocaína tornou-se popular entre as
classes altas no fim do século XIX. Entre
consumidores famosos do vinho Mariani
contavam-se Ulysses Grant, o Papa Leão
XIII, que até apareceu na publicidade do
produto e Frédéric Bartholdi (francês,
criador da Estátua da liberdade), que
comentou que se o vinho tivesse sido
inventado mais cedo teria feito a estátua
mais alta (um sintoma de excesso de
autoconfiança típico).
A cocaína foi nessa altura popularizada como
tratamento para a toxicodependência de morfina.
Em Viena, Sigmund Freud, o médico criador da
psicanálise    experimentou-a    em    pacientes,
fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos.
Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre
as suas experiências. Contudo acabou por se
desiludir com a dependência a que foram
reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a
forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em
1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico
local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de
pacientes antes de serem operados.
A popularidade da cocaína ganha terreno:
Em 1885 a companhia americana Park
Davis vendia livremente cocaína em
cigarros, pó ou liquido injetável sob o lema
de "substituir a comida; tornar os covardes
corajosos, os silenciosos eloquentes e os
sofredores     insensíveis    à    dor".   O
personagem fictício Sherlock Holmes
(personagem de Arthur Conan Doyle) chega
mesmo a injetar "cocaína" nas veias numa
das histórias! Em 1909 Ernest Shackleton
leva cocaína para a sua viagem à Antártica,
assim como o Capitão Robert Scott.
Apesar     do entusiasmo, os efeitos
negativos da cocaína acabaram por ser
descobertos. Com o uso da cocaína pelas
classes baixas, e nos EUA pelos afro-
americanos, acabou por assustar as
classes altas a um extremo que o seu óbvio
potencial de dependência e graves
problemas para a saúde nunca levaram. Os
alertas racistas no sul dos EUA sobre os
"ataques a mulheres brancas do Sul que
são o resultado direto do cérebro do negro
enlouquecido por cocaína" como exprimiu
um farmacêutico proeminente, acabaram
por resultar na regulação e posterior
proibição da substância.
A cocaína tem o aspeto de um pó branco e
cristalino (é um sal, hidroclorato de
cocaína). Pode ser consumida de várias
formas, mas o modo mais comum é pela
aspiração da droga, que normalmente se
apresenta sob forma de pó. Alguns
consumidores chegam a injetar a droga
diretamente na corrente sanguínea, o que
eleva consideravelmente o risco de uma
parada cardíaca irreversível, causada por
uma overdose.
O crack é a cocaína alcalina, não salina - e
é obtido da mistura da pasta de cocaína
com bicarbonato de sódio. O crack é
conhecido nos Estados Unidos da América
como "cocaína dos pobres e mendigos".
Em Portugal é conhecida por “Base”. É
consumida fumada, numa garrafa, num
cachimbo feito em inox ou em cachimbos
de vidro.
A cocaína é um inibidor da enzima MAO
(monoamina oxidase), da recaptação e
estimulante da liberação de noradrenalina e
dopamina, existentes nos neurônios. A
dopamina      e     a    noradrenalina     são
neurotransmissores     cerebrais    que    são
secretados para a sinapse, de onde são
recolhidos outra vez para dentro dos neurônios
por esses transportadores inibidos pela
cocaína. Logo o seu consumo aumenta a
concentração       e      duração       desses
neurotransmissores. Os efeitos são similares
aos das anfetaminas, mas mais intensos e
menos prolongados. Causa constrição local.
Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre
após uma dose moderada; efeitos com
grande dose; efeitos tóxicos agudos que
têm uma probabilidade significativa de
ocorrer após cada dose; efeitos no
consumidor crônico, a longo prazo.
 A cocaína pode causar malformações e
atrofia do cérebro e malformações dos
membros na criança se usada durante a
gravidez. Ela pode ser detetada nos cabelos
durante muito tempo após consumo.
Muitos efeitos devem-se à estimulação dos
sistemas simpático e dopaminérgicos
diretamente. A cocaína causa danos
cerebrais microscópicos significativos com
cada dose. Com o início do consumo
regular os danos tornam-se irreversíveis.
 Os seus efeitos imediatos duram de 30 a 40
minutos. Entre os efeitos descritos da
droga no sistema nervoso central estão:
Efeitos
psicológicos:
euforia, sensação
de poder, ausência
de            medo,
ansiedade,
agressividade,
excitação     física,
mental e sexual,
anorexia (perda do
apetite), insônias,
delírios.
Efeitos no organismos:
taquicardia, aumento na
frequência dos batimentos
cardíacos (sensação do
coração bater mais rápido e
mais forte contra o peito),
hipertensão           arterial,
vasoconstrição, urgência de
urinação,           tremores,
midríase     (dilatação     da
pupila), hiperglicemia, suor
e salivação intensa e com
textura    grossa,     dentes
anestesiados.
É muito difícil definir a dose considerada
alta, visto que varia de pessoa a pessoa e
varia de acordo com a percentagem de
pureza da cocaína consumida. Para alguns
organismos, com apenas 1g, ou um pacote,
os efeitos abaixo descritos já começam a
aparecer.
 Os efeitos, em altas doses, são:
convulsões,        depressão        neuronal,
alucinações,       paranoia      (geralmente
reversível), taquicardia, mãos e pés
adormecidos,      depressão     do     centro
neuronal        respiratório,      depressão
vasomotora e até mesmo coma e morte em
uma overdose.
A cocaína apresenta fenômeno de
tolerância     bem     definido   e    de
estabelecimento rápido. Para obter os
mesmos efeitos, o consumidor tem de usar
doses cada vez maiores. Os efeitos da
cocaína, com o tempo, começam a durar
menos e começam a ter intensidade menor
com o tempo de uso, então o consumidor
consome cada vez mais a droga para se
satisfazer na mesma intensidade que antes.
Provoca danos cerebrais extensos em um
curtíssimo período de tempo de consumo.
É realmente muito difícil definir o período de
tempo em que pode-se começar a notar os
efeitos aqui descritos. Pode variar de acordo
com a frequência de uso e a pureza da cocaína
consumida. Pode-se dizer que não se trata de
um tempo muito longo para começarem a
aparecer estes efeitos. Há pessoas que após
consumo de uma pequena quantidade desta
droga durante alguns meses começam a
apresentar alguns dos sintomas aqui descritos.
 A cocaína não tem síndrome física bem
definida (como por exemplo o da heroína), no
entanto os efeitos da sua privação não são
subjetivos.
Após consumo durante apenas alguns
dias, há universalmente: depressão (muitas
vezes profunda), disforia (ansiedade e mal
estar), deterioração das funções motoras,
elevada     perda   da    capacidade    de
aprendizagem, perda de comportamentos
aprendidos. A síndrome psicológica da
cocaína é extremamente poderosa. Há
comprovações obtidas através de estudos
epidemiológicos de que a cocaína é muito
mais viciante que a ganza(cannabis), o
álcool ou o tabaco.
Efeitos a longo prazo:
Perda de memória
Perda da capacidade de concentração mental
Perda da capacidade analítica.
Falta de ar permanente, trauma pulmonar,
dores torácicas
Destruição total do septo nasal (se inalada).
Perda de peso até níveis de desnutrição
Cefaleias (dores de cabeça)
Síncopes (desmaios)
Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação
do corpo ser percorrido por insetos")
Silicose, pois é comum o traficante adicionar
talco industrial para aumentar seus lucros, fato
verificado em necropsia, exame de
hemogramas.
Arritmias cardíacas: complicação
possivelmente fatal.
Trombose coronária com enfarte do miocárdio
(provoca 25% dos enfartes totais em jovens de
18-45 anos)
Trombose cerebral com AVC.
Outras hemorragias cerebrais devidas à
vasoconstrição simpática.
Necrose (morte celular) cerebral
Insuficiência renal
Insuficiência cardíaca
Hipertermia com coagulação disseminada
potencialmente fatal.
DROGA DISSIMULADA
A dose de cocaína ou outro estimulante é
gradualmente     diminuída.   Se    ocorrerem
distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados
com antipsicóticos e antidepressivos. É
possível que os agonistas do recetor da
dopamina amantadina, sejam úteis no futuro,
para minimizar as síndromes de privação.
A imunização ativa é uma nova terapia que
poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o
sistema imunitário para destruir a cocaína
como se fosse um invasor.
A cocaína é ilegal em todos os países do
Mundo. A planta da coca é cultivada
legalmente em volumes controlados em vários
países     da   América     do    Sul,     mais
especificamente na cordilheira dos Andes
(Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca
são legais nesses países, mas a sua refinação
é proibida. Normalmente a refinação é feita nos
Estados Unidos, maior consumidor não só de
cocaína, mas de drogas do mundo.
A cocaína é a droga com maiores vendas em
dinheiro na maior parte do mundo. Nos EUA
em 2003 terão sido vendidos 35 milhões de
dólares do produto.
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Cocaina

  • 2. TRABALHO SOBRE COCAÍNA REALIZADO POR: APRESENTADO POR: VERÓ VERÓNICA BRÁ BRÁS JOSÉ JOSÉ FERRAZ
  • 3. Cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzoico é um alcaloide usado como droga, derivada do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, com efeitos anestésicos e cujo uso continuado, pode causar outros efeitos indesejados como dependência, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos.
  • 4. A folha de coca (cujo consumo mesmo se em grandes quantidades, leva apenas à absorção de uma dose minúscula de cocaína) é usada comprovadamente há mais de 1200 anos pelos povos nativos da América do Sul. Eles a mastigavam para ajudar a suportar a fome, a sede e o cansaço, sendo, ainda hoje, consumida legalmente em alguns países (Peru, Bolívia) sob a forma de chá (a absorção do princípio ativo, por esta via, é muito baixa).
  • 5. Os Incas e outros povos dos Andes usaram-na certamente, permitindo-lhes trabalhar a altas altitudes, onde a rarefação do ar e o frio tornam o trabalho árduo especialmente difícil. A sua ação anorexiante (supressora da fome) lhes permitia transportar apenas um mínimo de comida durante alguns dias.
  • 6. Inicialmente os espanhóis, constatando o uso quase religioso da planta, nas suas tentativas de converter os índios ao cristianismo, declararam a planta produto do demónio. O seu uso entre os espanhóis do novo mundo espalhou-se, sendo as folhas usadas para tratar feridas e ossos partidos ou curar a constipação/resfriado. A coca foi levada para a Europa em 1580.
  • 7.
  • 8. O alcaloide cocaína foi isolado das folhas de coca por Niemann em 1859 ou 1860, que lhe deu o nome. No entanto há boas razões para supor que foi antes Friedrich Gaedcke que a isolou pela primeira vez em 1855 ou 1856.
  • 9. O seu uso espalhou-se gradualmente. Após visitas à América do Sul de cientistas italianos que levaram amostras da planta para o seu país, o químico Angelo Mariani desenvolveu, em 1863 o vinho Mariani, uma infusão alcoólica de folhas de coca (mais poderosa devido ao poder extrativo do etanol que as infusões de água ou chás usadas antes). O vinho Mariani era muito apreciado pelo Papa Leão XIII, que inclusivamente premiou Mariani com uma medalha honorífica.
  • 10.
  • 11. A Coca-Cola seria inventada em parte como tentativa de competição dos comerciantes americanos com o vinho Mariani importado da Itália. A Coca-Cola continuaria desde a sua invenção até 1903 a incluir cocaína nos seus ingredientes, e os seus efeitos foram sem dúvida determinantes do poder atrativo inicial da bebida.
  • 12. Anúncio à Coca-Cola com cocaína, 1900.
  • 13. A cocaína tornou-se popular entre as classes altas no fim do século XIX. Entre consumidores famosos do vinho Mariani contavam-se Ulysses Grant, o Papa Leão XIII, que até apareceu na publicidade do produto e Frédéric Bartholdi (francês, criador da Estátua da liberdade), que comentou que se o vinho tivesse sido inventado mais cedo teria feito a estátua mais alta (um sintoma de excesso de autoconfiança típico).
  • 14.
  • 15. A cocaína foi nessa altura popularizada como tratamento para a toxicodependência de morfina. Em Viena, Sigmund Freud, o médico criador da psicanálise experimentou-a em pacientes, fascinado pelos seus efeitos psicotrópicos. Publicou inclusivamente um livro Über Coca sobre as suas experiências. Contudo acabou por se desiludir com a dependência a que foram reduzidos vários dos seus amigos. Foi ele que a forneceu ao oftalmologista Carl Köller, que em 1884 a usou pela primeira vez enquanto anestésico local, aplicando gotas com cocaína nos olhos de pacientes antes de serem operados.
  • 16.
  • 17. A popularidade da cocaína ganha terreno: Em 1885 a companhia americana Park Davis vendia livremente cocaína em cigarros, pó ou liquido injetável sob o lema de "substituir a comida; tornar os covardes corajosos, os silenciosos eloquentes e os sofredores insensíveis à dor". O personagem fictício Sherlock Holmes (personagem de Arthur Conan Doyle) chega mesmo a injetar "cocaína" nas veias numa das histórias! Em 1909 Ernest Shackleton leva cocaína para a sua viagem à Antártica, assim como o Capitão Robert Scott.
  • 18.
  • 19. Apesar do entusiasmo, os efeitos negativos da cocaína acabaram por ser descobertos. Com o uso da cocaína pelas classes baixas, e nos EUA pelos afro- americanos, acabou por assustar as classes altas a um extremo que o seu óbvio potencial de dependência e graves problemas para a saúde nunca levaram. Os alertas racistas no sul dos EUA sobre os "ataques a mulheres brancas do Sul que são o resultado direto do cérebro do negro enlouquecido por cocaína" como exprimiu um farmacêutico proeminente, acabaram por resultar na regulação e posterior proibição da substância.
  • 20.
  • 21. A cocaína tem o aspeto de um pó branco e cristalino (é um sal, hidroclorato de cocaína). Pode ser consumida de várias formas, mas o modo mais comum é pela aspiração da droga, que normalmente se apresenta sob forma de pó. Alguns consumidores chegam a injetar a droga diretamente na corrente sanguínea, o que eleva consideravelmente o risco de uma parada cardíaca irreversível, causada por uma overdose.
  • 22.
  • 23. O crack é a cocaína alcalina, não salina - e é obtido da mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio. O crack é conhecido nos Estados Unidos da América como "cocaína dos pobres e mendigos". Em Portugal é conhecida por “Base”. É consumida fumada, numa garrafa, num cachimbo feito em inox ou em cachimbos de vidro.
  • 24.
  • 25. A cocaína é um inibidor da enzima MAO (monoamina oxidase), da recaptação e estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, existentes nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, mas mais intensos e menos prolongados. Causa constrição local.
  • 26.
  • 27. Há efeitos imediatos, que ocorrem sempre após uma dose moderada; efeitos com grande dose; efeitos tóxicos agudos que têm uma probabilidade significativa de ocorrer após cada dose; efeitos no consumidor crônico, a longo prazo. A cocaína pode causar malformações e atrofia do cérebro e malformações dos membros na criança se usada durante a gravidez. Ela pode ser detetada nos cabelos durante muito tempo após consumo.
  • 28.
  • 29. Muitos efeitos devem-se à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos diretamente. A cocaína causa danos cerebrais microscópicos significativos com cada dose. Com o início do consumo regular os danos tornam-se irreversíveis. Os seus efeitos imediatos duram de 30 a 40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga no sistema nervoso central estão:
  • 30.
  • 31. Efeitos psicológicos: euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios.
  • 32. Efeitos no organismos: taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos (sensação do coração bater mais rápido e mais forte contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, midríase (dilatação da pupila), hiperglicemia, suor e salivação intensa e com textura grossa, dentes anestesiados.
  • 33. É muito difícil definir a dose considerada alta, visto que varia de pessoa a pessoa e varia de acordo com a percentagem de pureza da cocaína consumida. Para alguns organismos, com apenas 1g, ou um pacote, os efeitos abaixo descritos já começam a aparecer. Os efeitos, em altas doses, são: convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranoia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose.
  • 34.
  • 35. A cocaína apresenta fenômeno de tolerância bem definido e de estabelecimento rápido. Para obter os mesmos efeitos, o consumidor tem de usar doses cada vez maiores. Os efeitos da cocaína, com o tempo, começam a durar menos e começam a ter intensidade menor com o tempo de uso, então o consumidor consome cada vez mais a droga para se satisfazer na mesma intensidade que antes. Provoca danos cerebrais extensos em um curtíssimo período de tempo de consumo.
  • 36.
  • 37. É realmente muito difícil definir o período de tempo em que pode-se começar a notar os efeitos aqui descritos. Pode variar de acordo com a frequência de uso e a pureza da cocaína consumida. Pode-se dizer que não se trata de um tempo muito longo para começarem a aparecer estes efeitos. Há pessoas que após consumo de uma pequena quantidade desta droga durante alguns meses começam a apresentar alguns dos sintomas aqui descritos. A cocaína não tem síndrome física bem definida (como por exemplo o da heroína), no entanto os efeitos da sua privação não são subjetivos.
  • 38.
  • 39. Após consumo durante apenas alguns dias, há universalmente: depressão (muitas vezes profunda), disforia (ansiedade e mal estar), deterioração das funções motoras, elevada perda da capacidade de aprendizagem, perda de comportamentos aprendidos. A síndrome psicológica da cocaína é extremamente poderosa. Há comprovações obtidas através de estudos epidemiológicos de que a cocaína é muito mais viciante que a ganza(cannabis), o álcool ou o tabaco.
  • 40.
  • 41. Efeitos a longo prazo: Perda de memória Perda da capacidade de concentração mental Perda da capacidade analítica. Falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas Destruição total do septo nasal (se inalada). Perda de peso até níveis de desnutrição Cefaleias (dores de cabeça) Síncopes (desmaios) Distúrbios dos nervos periféricos ("sensação do corpo ser percorrido por insetos") Silicose, pois é comum o traficante adicionar talco industrial para aumentar seus lucros, fato verificado em necropsia, exame de hemogramas.
  • 42.
  • 43. Arritmias cardíacas: complicação possivelmente fatal. Trombose coronária com enfarte do miocárdio (provoca 25% dos enfartes totais em jovens de 18-45 anos) Trombose cerebral com AVC. Outras hemorragias cerebrais devidas à vasoconstrição simpática. Necrose (morte celular) cerebral Insuficiência renal Insuficiência cardíaca Hipertermia com coagulação disseminada potencialmente fatal.
  • 45. A dose de cocaína ou outro estimulante é gradualmente diminuída. Se ocorrerem distúrbios psiquiátricos, devem ser tratados com antipsicóticos e antidepressivos. É possível que os agonistas do recetor da dopamina amantadina, sejam úteis no futuro, para minimizar as síndromes de privação. A imunização ativa é uma nova terapia que poderá ser promissora. Consiste em "treinar" o sistema imunitário para destruir a cocaína como se fosse um invasor.
  • 46.
  • 47. A cocaína é ilegal em todos os países do Mundo. A planta da coca é cultivada legalmente em volumes controlados em vários países da América do Sul, mais especificamente na cordilheira dos Andes (Bolívia, Colômbia e Peru). As folhas da coca são legais nesses países, mas a sua refinação é proibida. Normalmente a refinação é feita nos Estados Unidos, maior consumidor não só de cocaína, mas de drogas do mundo. A cocaína é a droga com maiores vendas em dinheiro na maior parte do mundo. Nos EUA em 2003 terão sido vendidos 35 milhões de dólares do produto.
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