1. O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos astronômicos que
se ligam ao Sol através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados
por meio de um colapso de uma nuvem molecular gigante há 4,6 bilhões de anos. Entre os
muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa está contida dentro de
oito planetas relativamente solitários, cujas órbitas são quase circulares e se encontram
dentro de um disco quase plano, denominado plano da eclíptica. Os quatro menores
planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são conhecidos como planetas telúricos ou
sólidos, encontram-se mais próximos do Sol e são compostos principalmente de metais e
rochas. Os quatro maiores planetas (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se mais
distantes do Sol e concentram mais massa do que os planetas telúricos, sendo também
chamados de planetas gasosos. Os dois maiores, Júpiter e Saturno, são compostos em sua
maior parte de hidrogênio e hélio. Urano e Netuno, conhecidos também como "planetas
ultra periféricos", são cobertos de gelo, sendo às vezes referidos como "gigantes de gelo",
apresentando também em sua composição água, amônia e metano.
As órbitas dos planetas do Sistema Solar se encontram ordenadas a distâncias
crescentes do Sol de modo que a distância de cada planeta é aproximadamente o dobro da
distância do planeta imediatamente anterior. Esta relação é conhecida como Lei de Titius-
Bode, uma fórmula empírica que indica a distância de cada planeta ao Sol em unidades
astronômicas (UA):
Onde = 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128.
Nesta formulação, a órbita de Mercúrio corresponde a k = 0, o que dá um semieixo
maior de 0,4 UA, enquanto que a órbita de Marte (k = 4) tem um semieixo maior de 1,6
UA. Porém, os valores observados são, respectivamente, 0,38 UA e 1,52 UA. Ceres, o maior
asteroide, corresponderia a k = 8. Esta lei não se ajusta a todos os planetas (por
exemplo, Netuno está muito mais próximo do Sol do que a distância predita por essa lei).
Não se conhece nenhuma justificativa para a lei de Titius-Bode e muitos cientistas
consideram que se trata apenas de uma coincidência.
2. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, é o planeta que orbita com maior
velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias), apesar de não emitir luz própria visível,
reflecte a luz do Sol e é um dos objectos mais brilhantes do céu. No entanto, é um planeta
difícil de observar. Visto da Terra, nunca se afasta muito do Sol e está a maior parte do
tempo ofuscado por este. Sem telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr ou o nascer
do Sol.
Vénus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra.
Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período
invulgarmente longo. Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si
próprios no mesmo sentido, Vénus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua
rotação é retrógrada, o que significa que em Vénus o Sol nasce a este e põe-se a oeste.