2. Reparaste que eu avanço na exata proporção do teu recuo? Se te mantivesses no caminho do meio eu não precisaria avançar e tampouco tu precisarias recuar.
3. Reparaste que eu encho a tua taça na mesma proporção de que ela se me apresenta vazia? Se ela se mantivesse à meia borda, por certo eu não a transbordaria.
4. Reparaste que eu falo demais na exata medida em que tu falas de menos? Se ao invés de silêncio retornasses as minhas falas, na tua fala, o meu próprio silêncio se equilibraria.
5. Reparaste que todos os meus sins se contrapõem a todos os teus nãos? Se houvesse alguns sins dentre os teus nãos, os meus próprios sins aprenderiam a dizer talvez e no talvez, os nossos sins e nãos se reconciliariam.
6. Avança um pouco para que eu consiga recuar. Transborda um tanto a minha taça para que eu possa esvaziar. Rasga de leve o teu silêncio para que eu aprenda a me calar. Articula algumas afirmações para que eu aprenda a me negar
7. Fica da minha altura para que eu não tenha que esticar. Autor do Slide: Ria Ellwanger [email_address] Texto: Caminho do Meio, de Fátima Irene Pinto Musica: Ernesto Cortazar – Secrets of my heart Imagens: Michael Cox Este slide é exclusivo de: http://flori_jane.sites.uol.com.br/index.htm Equilibra assim os nossos pratos, Para além da nossa guerra de egos, E só então, em plenitude e verdade, Eu poderei te amar !