O documento discute os conceitos e mitos em torno do Big Data, definindo-o como grandes volumes de dados dinâmicos e variados que requerem novas técnicas de análise. Apresenta que os dados sempre possuem contexto social e não refletem diretamente a realidade, e que as análises de Big Data requerem validação crítica, não sendo meros "aperta botões". Conclui que o desafio de organizar e cruzar dados é grande e o valor do Big Data está na geração de novo conhecimento.
Modelagem Ambiental + Modelagem de Dados Geográficos
Big Data, seu novo paradigma para análise de dados e seus mitos
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2. Big Data, seu novo paradigma para análise
de dados e seus mitos
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3. Alinhando alguns conceitos chaves sobre o valor do dado!
“Os dados são hoje elementos essenciais para promover conhecimento,
governança e capital.” Robert Kitchin no livro The Data Revolution (2013)
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4. Alinhando alguns conceitos chaves sobre o valor do dado!
O dado é fruto de nossas mentes e para as nossas mentes;
Quando falamos de dados, falamos de um produto da cognição humana!
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5. MITO 1 – Dado retrata a realidade
Qualquer dado possui um contexto técnico, social, étnico, cultural,
temporal e espacial que não podem ser desassociados;
O dado não reflete a realidade, mas a crença na verdade;
O dado sempre precisa ser posto em sua perspectiva social, mesmo no
caso do Big Data.
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6. Alinhando alguns conceitos chaves sobre o valor do dado!
A comunicação do dado é o que estabelece o seu maior valor: quando o
dado chega a outra mente, gerando informação e conhecimento.
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7. Alinhando alguns conceitos chaves sobre o valor do dado!
A ferramenta computador expande nossa capacidade de registro, análise,
compartilhamento e visualização de dados;
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8. Desafio! A “natural” entropia na produção de dados
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9. Se desorganizado, menos uso!
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Cadê aquele
arquivo?
10. Se mal formatado, menos uso!
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Não consigo
usar esse
dado
11. MITO 2 – Não basta colocar o dado em um site
O valor do dado se concretiza quando ele é reutilizado, gerando nova
informação e conhecimento no leitor do dado.
Não basta disponibilizar os dados, é necessário que o dado esteja em um
formato apropriado às necessidades do público-alvo. Por exemplo, dados
do censo demográfico do IBGE.
Dados são gerados por pessoas e para pessoas...
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12. Big Data, o que é?
Inicialmente designava base de dados massivas – o conceito foi sendo
rediscutido...
O termo se popularizou e surgiram “evangelistas” e céticos sobre os reais
potenciais do big data;
Um fato é que coletar, armazenar e analisar um volume inédito de dados
fez surgir novos métodos e técnicas;
Cresce também o entendimento que o big data é um novo platô de
produtividade, uma nova forma de agregar valor a partir dos dados.
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13. O volume de dados é sempre grande (terabyte, petabyte)...
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Dados de usuário de smartphone, e-mails, imagens de satélite,
conteúdo em mídias sociais...
14. Exaustividade dos dados! Geralmente não se trabalha com
amostras, mas com toda a população de pessoas/objetos/eventos
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15. Alta resolução (granularidade) e indexável (pode ser rotulado,
individualizado)
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16. É relacionável para que possa ser associado com outros dados a
fins de responder novas questões.
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17. É dinâmico, a velocidade de atualização é alta. Captura de
dados intensos no espaço e tempo.
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18. Possuem estrutura flexível: novos campos podem ser
adicionados e a base é escalável.
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19. Variado: combina diferentes tipos de dados (textos, imagens,
vídeos, áudios).
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20. Small Data, o que é?
Termo para fazer antagonismo ao big data;
Alguns autores colocam um lado social dizendo que o big data pertence a
“big companies” e o small data é democrático;
Também possui o seu valor, a maioria das bases de dados são small data.
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21. Big Data X Small Data
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Small Data Big Data
Volume Limitado a grande Muito grande
Exaustividade Amostras Toda a população
Resolução e identificação Limitado a grande Grande a muito grande
Velocidade Congelado ou lento Rápido, contínuo
Variedade Limitada a larga Larga
Flexibilidade e
escalabilidade
Baixa a mediana Alta
22. MITO 3 – Big Data é um conceito absoluto
O “Big” está nos olhos de quem vê.
Há certas características descritas no quadro anterior que depende do
interesse do analisador. Por exemplo, exaustividade e resolução.
A fronteira entre Small Data e Big Data nem sempre é clara. Por exemplo,
dados do censo demográfico.
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23. Análise de Dados
Objetivo é gerar novos dados que não eram evidentes a partir da
observação da base de dados original;
O Big Data traz novos paradigmas de análise – até então o foco era
analisar bases estáticas, específicas, amostrais e aderentes a hipóteses
rígidas (independência, estacionariedade, normalidade...); bases
produzidas para responder questões específicas.
Hoje há um conjunto de técnicas desenvolvidas para se trabalhar com Big
Data: Machine Learning, Data Mining, entre outros.
A Análise de Dados responde basicamente a 4 questões...
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24. Descrição: O que e quando algo aconteceu? Com que
frequência?
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25. Explicação: Por que algo acontece? Qual é seu impacto?
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26. Predição: O que se espera que aconteça depois? O acontece se
nós fizermos isso ou aquilo?
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27. Prescrição: Qual é a melhor resposta ou resultado? Como ele
pode ser alcançado?
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28. Grupos de Técnicas de Análise de Dados
Aprendizado de máquina (machine learning) – reconhecimento de
padrões complexos, construção de modelos para explicar e predizer
padrões; otimizar respostas. Pode supervisionado ou não supervisionado.
Mineração de dados e reconhecimento de padrões – parte da premissa
que toda a base de dados volumosa possui informação não aleatória,
válida, descritível e compreensível. Aplica métodos de aprendizado de
máquina, estatística, árvores de decisão, processamento de linguagens
naturais, entre outros.
Visualização de dados e visual analytics – métodos de apresentação visual
(gráficos, diagramas, mapas, ...) para apresentar estruturas e relações da
base de dados;
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29. Grupos de Técnicas de Análise de Dados
Análise estatística – estatística descritiva e inferencial buscam a descrição
e explicação de padrões e relações dentro da base de dados; são técnicas
mais difundidas entre os analistas.
Simulações – análises que almejam modelos próximos aos processos do
mundo real para predição e otimização de sistemas a partir de diferentes
cenários.
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30. MITO 4 - Análises “aperta botão”
Análises, modelos, sistemas e afins não capturam a total complexidade do
mundo real. Além disso, os dados também não e sempre possuem um
aspecto social.
Mesmo no Big Data, as análises devem ser validadas, criticadas e devem
possuir um escopo teórico que guie a sua interpretação.
Um modelo que funcione em um cenário, não necessariamente
funcionará em outro.
Cuidado com a abdução (abduction) – inferência para a melhor
explicação; premissas não consideradas na conclusão (diferente de
dedução ou indução).
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31. Conclusões
A boa compreensão do que o Big Data se trata auxilia na sua melhor
utilização;
O Big Data possui técnicas de análises, processos de captura e de
armazenamento especializados, entretanto detém características do
Small Data como, por exemplo, seus contextos sociais;
O desafio é organizar e cruzar dados ainda é grande, inclusive na gestão
pública;
O principal valor do Big Data pode ser associado a novas capacidade de
extrair novos dados para gerar mais conhecimento, governança e capital.
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32. Dica de bibliografia
The Data Revolution – Big Data, Data
Infrastructures & Their Consequences
Autor: Rob Kitchin | Ano: 2014
Obs: o Centro de Operações da Prefeitura do
Rio de Janeiro é citado como exemplo de
Big Data na gestão pública. Página 125.
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José Augusto Sapienza Ramos
Coordenador Acadêmico do Sistema Labgis – Núcleo de Geotecnologias da UERJ
sapienza@labgis.uerj.br