Formação do Sistema Solar e Corpos Celestes

GEOLOGIA | 10º Ano
TEMA II: A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL
1. FORMAÇÃO DO
SISTEMA SOLAR

PLANETAS E PEQUENOS CORPOS DO SISTEMA SOLAR
1. FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR
1.2 Planetas e Pequenos Corpos do Sistema Solar

PLANETAS DO SISTEMA SOLAR
 Planeta principal é um corpo celeste que:
• orbita em torno do Sol
• tem massa suficiente para ter gravidade própria e assume
uma forma arredondada
• domina claramente a
sua órbita (possui uma
órbita desimpedida de
outros astros)

 Planeta anão é um corpo celeste que:
• orbita em torno do Sol
• tem uma forma arredondada
• não possui uma órbita desimpedida de outros astros

Planeta secundário ou satélite natural é um planeta que
gira em torno de outro planeta.

Órbita – linha imaginária que os planetas e outros astros
efetuam em torno de uma estrela
 Movimento de translação

• sentido direto:
 Mercúrio
 Terra
 Marte
 Júpiter
 Saturno
 Neptuno
• sentido retrógrado:
Vénus,
Úrano (aparente)
 Movimento de rotação

Os planetas principais são divididos, do ponto de vista
dimensional e físico, em:
• Planetas menores, terrestres ou telúricos:
Mercúrio
Vénus
Terra
Marte

• Planetas gigantes ou gasosos:
Júpiter
Saturno
Úrano Neptuno

Quanto à sua localização em relação à cintura de asteróides,
podem ser classificados em:
• planetas interiores – Mercúrio, Vénus, Terra e Marte
• planetas exteriores – Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno

Planeta
Distância ao Período Período Inclinação Temperatura
Sol (milhões km) Translação Rotação axial aproximada (ºC)
Mercúrio 57.9 88d 58.6d 0º -170/+400
Vénus 108.2 224.7d 243d (r) 3º + 460
Terra 149.6 365d 23h56m 23º27' -60/+60
Marte 227.9 687d 24h37m 25º12' -100/+20
Júpiter 778.3 11.86a 9h55m 3º5' -140
Saturno 1427 29.46a 10h40m 26º44' -160
Urano 2870 84a 17.3h (r) 97º55' -180
Neptuno 4497 165a 18h30m 28º48' -200
Lua - 27.3d 27.3d - -180/+120

Planeta
Diâmetro Massa Massa Atmosfera Satélites Anéis
Equatorial (km) (unidade =1) Volúmica (kg m3)
Mercúrio 4880 0,055 5.4103 Inexistente 0 0
Vénus 12110 0,81 5.2103 CO2 0 0
Terra 12756 1,0 5.5103 N, O2, CO2 1 0
Marte 6794 0,1 3.9103 CO2 2 0
Júpiter 143200 317,8 1.3103 H, He 16+ 1
Saturno 120000 95,1 0.7103 H, He 23+ 1000?
Urano 51800 14,5 1.2103 H, He, CH4 5+ 10
Neptuno 49500 17,2 1.7103 H, He 8+ ?
Lua 3476 0,11 3.3103 Inexistente - -

PEQUENOS CORPOS DO SISTEMA SOLAR
 fragmentos rochosos, cujas dimensões variam de pequenas
rochas até 1 000 km de diâmetro
 apresentam uma superfície irregular
 ausência de atmosfera
➢ Cerca de 95% destes corpos
ocupam um espaço
compreendido entre as órbitas
de Marte e de Júpiter – cintura
de asteróides.
 ASTEROIDES

As hipóteses mais aceites na atualidade sobre as origens dos
asteroides são duas:
▪ correspondem, provavelmente, a material
interplanetário que não foi capaz de se aglutinar e dar
origem a um planeta;
▪ são restos de um planeta que se terá fragmentado em
tempos remotos (hipótese menos provável).

➢ Asteroides da Cintura de asteroides
➢ Asteroides Próximos da Terra (Near-Earth Asteroids, NEA)
➢ Asteroides Troianos
➢ Asteroides centauros
• Possuem Ni, Fe e silicatos
• Alguns considerados “relíquias” da matéria prima do Sistema
Solar, fornecem importantes conhecimentos sobre a composição
da nébula e a formação do Sistema Solar

 COMETAS
• Pequenos e rochosos ( de 8 a 10 km), de reduzida massa e
órbitas elípticas muito excêntricas em relação ao Sol
• São formados por gelo, metano, amónia e minerais ricos em
carbono
• Próximo do Sol possuem núcleo (corpo + primitivo do S.S., não
sofreram diferenciação), cabeleira e cauda
Origem:
• Cintura de Kuiper
• Nuvem de Cometas de
Oort

 Fragmentos de matéria sólida com massa muito variável,
(meteoroides), cujas trajetórias no espaço podem ser mudadas
pela força gravitacional da Terra, promovendo o seu choque com a
superfície do nosso planeta.
 No caso da massa do fragmento ser pequena, toda ela pode ser
consumida pelo calor produzido pelo atrito com a atmosfera, o
que o torna incandescente. Neste caso, o corpo é chamado de
meteoro.
 Quando resistem ao atrito e chegam a embater na superfície
terrestre designam-se por meteoritos. Estes por vezes formam
crateras de impacto.
 METEORITOS

• Fragmentos de dimensão muito variável, sem trajetória
definida, que atingem a superfície terrestre ou de outros
planetas
• Podem ter origem em asteroides (») ou na desintegração de
cometas
• Podem originar depressões na superfície – crateras de
impacto

Os meteoritos podem ter surgido de várias formas, das
quais se destacam:
➢ a fragmentação de asteroides de maiores dimensões que
originaram diferentes tipos de meteoritos.
PORQUÊ?
 Durante o processo de acreção desenvolveram no seu interior
elevadas temperaturas que permitiram a diferenciação gravítica
dos materiais:
- materiais mais leves (ex. silicatos)  camadas superficiais
- materiais mais pesados (ex. Fe e Ni)  núcleo

➢ asteroides de menores dimensões que nunca sofreram
diferenciação  matéria semelhante à existente na nébula solar
Os meteoritos são classificados com base na sua composição e
textura, à semelhança do que acontece com as rochas
terrestres.

Tipos de meteoritos:
• Sideritos/férreos (≈ 90% Fe-Ni) – ligas de Fe-Ni; inclusões de
troilite (SFe).
• Siderólitos/petroférreos (≈ 50% Fe-Ni) – ligas de Fe-Ni; silicatos
(plagioclases/ feldspatos).
• Aerólitos/pétreos – ↑ % de minerais silicatados e ↓ % da liga de
Fe-Ni.
Siderito (rico em Fe – 628kg)
Siderólito
Aerólito

Importância do estudo dos meteoritos:
• compreender os mecanismos que levaram à formação e
diferenciação do planeta Terra
• formular hipóteses sobre a composição química do interior da
Terra
• determinar a idade da Terra e do Sistema Solar

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