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Hebreus



OBJETIVO:este módulo apresentará uma visão sobre o mundo dos hebreus ou
também chamados , israelitas. Descendentes do patriarca Abraão, tiveram uma
vida de muitas peregrinações. Como era seu modo de vida, política, religião e
sociedade e que contribuições deixaram para as próximas civilizações.



Hebreus(israelitas)

Qual a origem e significado do termo “hebreu”?

 Esse nome vem da raiz ‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar,
cruzar”. Esse nome denota viadantes, aqueles que ‘passam adiante’. Isto porque
os israelitas por um tempo realmente levaram uma vida nômade.

 Os hebreus tiveram uma história de migração, lutas, fugas e cativeiros, mas
procuravam e conseguiram preservar sua cultura.

A civilização hebraica, formada por pastores nômades viviam na cidade de Ur,
na Mesopotâmia. Conduzidos por Abraão, partiram de Ur e se estabeleceram na
Palestina. No meio do seu território havia o rio Jordão, que fazia da região a
área mais fértil e favorável para a agricultura. Eles chegaram a Palestina por
volta de 2.000 a. C., esse território era conhecido como terra de Canaã.

 Você encontrará um registro completo sobre a vida dos hebreus na Bíblia. Lá
estão registrados toda sua peregrinação, sua moral, costumes, leis e história
religiosa. Eles deixaram como herança o monoteísmo,a crença em um único
Deus verdadeiro.

 Podemos dividir a história dos hebreus em 3 etapas: governo dos patriarcas,
governo dos juízes e governo dos reis.

Então, vamos começar??!!



GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS



Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram
encarados como o “pai” da comunidade.
O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo
testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia.

Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina( terra prometida).
Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na Palestina por quase três séculos.
Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles
saíram de Ur em direção a terra Prometida confiando na promessa de seu único
Deus Jeová de levá-los a uma terra que mana ‘leite e mel’.

 Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para filho. De Abraão foi para
Isaque e depois para Jacó. Este último, teve um destaque interessante, pois
Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as
doze tribos de Israel.

 Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e
uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito,
onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados
pelos faraós.

 Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa
idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele , fugiram do Egito.
Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico
algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus , Jeová,
abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto
e por fim retornaram à palestina.

 Durante a perambulação , Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso
quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para reapossarem
a Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e
posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase 2
séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes.

E assim passamos para a segunda era hebraica.

GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES

 Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares,
indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns
300 anos, entre a conquista da Palestina ( chamada também de Canaã) até o
início da monarquia.

 Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por
sua monstruosa força.
GOVERNO OU ERA DOS REIS( MONARQUIA)

 Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam
pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus
instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força
para enfrentar os adversários.

 O primeiro rei hebreu foi:Saul, da tribo de Benjamim. Ele , porém não teve
sucesso em enfrentar os inimigos e , em batalha ao ver que não conseguiria
derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam.

 Já no século XI a. C.,Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência nos
combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e
estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi
conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.

 Seu filho , Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história
pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Se tornou rei muito jovem,
segundo a Bíblia, sua primeira esposa foi a filha de faraó, mas depois dela
chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas. Ampliou a participação no
comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém,
dedicado a Jeová. Os exageros iam da economia à cultura.

 Mas haviam altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas
construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de
Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se
dividindo. Criando o reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em
Samaria e Jerusalém , respectivamente.

 O reino , com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos
babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O
cativeiro iniciou-se em 587 a. C. e durou até 538 a.C.. depois houve o retorno a
Palestina e o início da reconstrução das muralhas da cidade , do templo e da
própria cidade.

 Mais tarde, foram conquistados novamente pelos greco-macedônios e pelos
romanos.

 Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus
abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora.

Somente em 1948 foi fundado novamente o Estado de Israel, junto com
conflitos com árabes e de outras nacionalidades. Mas somente nos anos 90 , foi
que surgiram acordos, mas não com paz completa.



SOCIEDADE HEBRAICA



A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou
então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe
tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros,
sacerdotes, funcionários públicos e a família real.

Como mostra a pirâmide abaixo:

ECONOMIA

 Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação
de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus
desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o
lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social.

CULTURA

 Os hititas, habitantes da Ásia, os ensinavam a usar o ferro. Os araneus da Síria,
os influenciaram na língua e na escrita, usando o aramaico.

 Mas a religião era a base da cultura. O monoteísmo – crença em um só deus-
acabou, fundando o cristianismo e o islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou
Iavé, como único Deus. Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que
libertaria o povo. Comemoravam a Páscoa, que na verdade representava a
saída dos hebreus do Egito( êxodo) além do pentecostes, que era o
derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos. Guardavam também o
sábado, resguardando-se de qualquer atividade.

Na literatura, destaca-se a Bíblia que é dividida por eles em:

livros históricos: que descrevem a própria história deles, desde Josué até a
conquista e dominação Persa. São estes os livros de: Josué,Juízes, Samuel.

Livros proféticos: são livros proféticos de acontecimentos futuros. Entre eles
estão os livros de : Isaías, Daniel, Ezequiel e Amós.

Livros didáticos: são os que ensinam princípios religiosos, morais e sociais.
Entre eles tem-se os livros de :Jó, Salmos, Provérbios e o cântico de Salomão
também chamado de Cântico dos cânticos.

Os hebreus nos influenciam muito em sentido religioso e literário, mas foram
vagarosos no desenvolvimento científico. Na arquitetura destaca-se o Templo
em Jerusalém, dedicado a Jeová, construído por Salomão.

ATENÇÃO OUTRA PARTE DO TRABALHO, VEJA OQUE VOCÊ CONCEGUE
RETIRAR UM POUCO DE CADA TEXTO.

O que sabemos sobre o povo Hebreu deve-se sobretudo às informações da
Bíblia, principalmente do Antigo testamento; mas pesquisas arqueológicas e
obras de historiadores judeus muito têm esclarecido os estudos sobre os
Hebreus.

Segundo o livro Gênesis do Antigo testamento, Taré, juntamente com sua
família, abandonou a cidade de Ur, na Mesopotâmia, e desceu em direção ao
sul, pelas margens do Eufrates. Taré era membro de uma tribo semita, grupo
étnico descendente de Sem (filho do lendário Noé, do Dilúvio). Hoje, os semitas
compreendem dois importantes povos: os Hebreus (judeus) e os árabes. Com a
morte de Taré, a liderança dessa tribo nômade ficou com Abraão, que, segundo
a tradição, recebeu inspirações divinas para ir com seu povo até Canaã (região
da Palestina), a Terra prometida.

O povo Hebreu, também conhecido por judeus ou israelitas, é o povo da
Antigüidade que possui o maior e mais fiel número de registros históricos, sendo
a Bíblia Sagrada sua fonte de informações mais precisa, e auxiliadora no
encontro de vários achados arqueológicos. O princípio deste povo esta em Sem,
pai dos povos Semitas. Conforme a Bíblia, Sem teve por filhos: Elam, origem
dos islamitas, Assur, origem dos assírios, Arfaxade, origem dos caldeus, Lude e
Arã. Arfaxade gerou a Heber, origem da nomenclatura "hebreu" e também seu
fundador, da descendência de Heber veio Tera, pai de Abraão, que nasceu na
cidade de Ur dos caldeus.

Inicialmente os hebreus viviam na Mesopotâmia. Abraão, porém, recebeu um
chamado de Deus e partiu com sua esposa, Sara e seus servos, Ló, sobrinho de
Abraão incorporou-se a sua tribo.

Abraão chegou a região da Palestina, terra de ocupação Cananéia, por volta de
2000 a.C., nesta região viveram como semi-nômades. Esta região, porém, foi
assolada por grande fome. Abraão, rico e próspero pastor, tomou sua tribo e
retirou-se para o Egito, onde permaneceram por um breve período. Ao sair do
Egito, Ló e Abraão separaram-se. Ló instalou-se na região de pastagens do rio
Jordão, mais tarde fixou-se na região de Sodoma. Abraão mudou-se para
Canaã, nesta ocasião recebeu uma revelação de Deus: "Ergue os olhos e olha
desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente,
porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para
sempre." (Gênesis 13.14-15)

Abraão mudou-se para a região de Hebrom, onde levantou um altar a Deus.

Quedorlaomer, rei do Elam, formou acordo com Anrafael (nome que identifica
Hamurabi), rei de Sinear (região que posteriormente veio a ser conhecida como
Babilônia), Arioque, rei de Elasar e Tibal, rei de Goim, e subjugou os cananeus
por doze anos. Quedorlaomer conquistou os Refains, os Zuzins e os Emins.
Derrotou também os Amalequitas e os Amorreus.

Os reis Bera de Sodoma, Birsa de Gomorra, Sinabe de Admá, Semeber de
Zeboim e o rei de Zoar, colocaram-se contra Quedorlaomer e seu aliados. O rei
do Elam os venceu na batalha do vale de Sidim, os reis vencidos fugiram para
as montanhas, os vencedores tomaram em cativeiros os povos vencidos e
levaram as riquezas destes, Ló, sobrinho de Abraão, foi levado juntamente em
cativeiro.

Abraão, já muito próspero, comandou 318 guerreiros de sua tribo, venceu
Quedorlaomer e resgatou os despojos de guerra e os cativos, incluindo seu
sobrinho Ló.

Abraão não possuía descendente, Sara , estéril, deu a Abraão sua escrava
egípcia, Agar, para que com esta Abraão viesse a ter descendentes. Deste
ajuntamento nasceu Ismael.

Abraão, já com idade bastante avançada, gera com sua esposa Sara, conforme
promessa de Deus, um filho ao qual chama de Isaac. Isaac casa-se com
Rebeca, sobrinha de Sara, e tem dois filhos, os gêmeos Esaú e Jacó, este
último tem mudado seu nome para Israel, nome ao qual seus descendentes até
o dia de hoje são conhecidos.

Entre 1700 e 1500 a.C., mais povos penetraram na região adaptando-se às
condições sócio-econômicas locais. A ocupação da região pelos hebreus foi
sistematizada por Jacó, que depois veio a se chamar Israel. O povo hebreu,
ainda segundo a tradição, descende desses patriarcas.

O Egito e o Êxodo

O Egito oferecia melhores condições de sobrevivência que a Palestina. Para lá
rumou Jacó (Israel), com parte da população dos hebreus. No Egito, os hebreus
permaneceram longos anos, trabalhando para o faraó. Não era escravos, pois
podiam viver juntos, criar seus filhos e preservar sua língua e seus costumes.
Além disso, alguns ocupavam importantes posições no governo.

A permanência dos hebreus no Egito coincidiu com o período de invasão dos
Hicsos. Após a expulsão destes sob a liderança de Moisés, os hebreus iniciaram
a sua "retirada" em direção à palestina (1270 a 1220 a.C.) Esse foi o lendário
Êxodo. A partir daí, guiados pelas iluminações e visões de Moisés, os hebreus
passaram a adorar um só deus, Jeová (ou Iavé), dando os primeiros passos em
direção ao monoteísmo.

Organização Social

Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de
Josué, conquistaram parte de Canaã. Nessa época, o povo hebreu estava
dividido em 12 tribos ("os doze filhos de Israel"). Viviam em clãs compostos
pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres. O poder e o
prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses
clãs eram muito frágeis.

Essa divisão em tribos dificultava a melhor condução das lutas contra os antigos
habitantes da região, que resistiam à penetração dos israelitas. Com a invasão
dos filisteus, a situação tornou-se ainda mais difícil.

Política

Surgiram então, chefes de sensíveis qualidades militares que ficaram
conhecidos como juizes: Otoniel, Débora, Gedeão, Sansão e Samuel. Esses
juizes, além de combater os filisteus, tiveram que lutar contra os amoritas, povos
que se estabeleceram na Transjordânia.

O governo dos juizes evoluiu e impulsionou os hebreus a se organizarem num
sistema de governo monárquico.

Os Reis Hebreus

Samuel centralizou politicamente esse povo já unificado religiosamente pelo
monoteísmo. Saul (a partir de 1010 a.C.) foi o primeiro rei de Israel.

Como a unção de Davi (1006 a 966 a.C.) como rei dos hebreus, iniciou-se uma
fase marcada pelo expansionismo militar e pela prosperidade, Durante esse
reinado, foi escolhida Jerusalém para capital do Estado, o que simbolizou a
unificação das tribos localizadas no norte e no sul da palestina.

Salomão (906 a 926 a.C.), filho de Davi, desenvolveu o comércio, aumentado a
influência do reinado sem recorrer à guerra. Construiu o templo de Iavé (Jeová).
No entanto, o fausto e a riqueza que marcaram seu governo exigiam o constante
aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um
clima de insatisfação no povo hebreu.

O Cisma Político-Religioso

Os Reinos de Israel e Judá

Com a morte de Salomão, houve a divisão religiosa e política das tribos e o fim
da monarquia unificada.

Ao norte foi formado o reino de Israel, composto de 10 tribos que, após disputas
internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri para rei.
Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a vários deuses.

O culto e o fausto da corte pesavam sobre os camponeses, que pagavam
impostos sempre maiores. Nesse momento. O movimento profético ganhou
força. O profeta Elias, por exemplo, defendia as aspirações do campesinato
pobre e liderava a oposição à dinastia dos omridas.

Em 842 a.C., Jehu, com o apoio da população oprimida, deu um golpe de
Estado e foi ungido rei por Elias. Após um período de confusão, foi novamente
restabelecida a ordem, mas em 723-722 a.C. o rei assírio Sargão II invadiu
Israel e destruiu a capital Samaria. Concretizavam-se assim as profecias de
Amós: Israel seria destruída por um invasor. Israel tornou-se província assíria e
grande parte de seus habitantes foi transportada para a Mesopotâmia.

O reino de Judá, composto de duas tribos e com capital em Jerusalém,
permaneceu fiel ao monoteísmo. Em meados do século VII a.C. , o rei Ezequias
(725 a 697 a.C.) aliou-se ao Egito tentando evitar a invasão assíria; mesmo
assim, grande parte do território de Judá foi tomada pelos assírios.

Josias (639 a 609 a.C.) conseguiu recuperar parte da independência do reino de
Judá. Mas essa região passou então a ser uma área de disputa entre o império
babilônico e o egípcio. Nabucodonosor II, rei da babilônia, invadiu o reino de
Judá e destruiu Jerusalém e o templo, transferindo o rei e os mais ilustres
habitantes da regiãopara a Babilônia. Este episódio é chamado de cativeiro
babilônico pela Bíblia, pois ali os hebreus permaneceram durante cerca de 50
anos.

Decadência e dispersão

Quando o Império babilônico foi vencido por Ciro, rei dos persas, os hebreus
foram libertados e voltaram à região da antiga Jerusalém. Ali ergueram
novamente o templo. Paulatinamente, foram eliminadas as diferenciações entre
os filhos de Israel e os de Juda, que ficaram genericamente conhecidos como
judeus.

A partir de então os judeus foram dominados por vários povos em expansão.
Mas o domínio efetivo da região deu-se em 63 a.C., quando a Palestina foi
incorporada a uma potência que dominava quase todo o mundo da época: o
império romano. De início, não houve interferência nas crenças religiosas dos
judeus. Mas no ano 70 da nossa era, com a divinização do imperador romano e
a recusa dos judeus em reconhecê-lo como tal, foi ordenada a destruição de
Jerusalém. Seu povo dispersou-se pelo mundo. A esse fenômeno deu-se o
nome de Diáspora.

Religião e Cultura

A história do povo hebreu não pode ser dissociada da história de sua religião. Há
uma ligação tão íntima que se torna difícil falar separadamente de uma delas.

Nem sempre os hebreus foram monoteístas. No início de sua história, Iavé
(Jeová) era um deus entre muitos. Mas, com o desenvolvimento histórico, Iavé
foi-se sobrepondo às outras deidades. Os hebreus foram um dos primeiros
povos a sistematizar o monoteísmo.

Iavé exigia homenagens e oferendas exclusivas em sua honra, em troca, seria o
Todo-Poderoso protetor do povo hebreu.

A primeira codificação do iaveísmo foi feita por Moisés (Decálogo ou Dez
mandamentos). Os profetas desempenharam importante papel na religião
judaica: reformadores religiosos, pobres, mantiveram o povo de Israel fiel ao
culto de Jeová. Os profetas mais importantes foram Elias, Oséias e Amós, no
reino de Israel; Isaías e jeremias, no reino de Judá.

Depois dos séculos III e II a.C. começou a expectativa da vinda de um profeta do
mesmo porte de Moisés. Ele deveria ser um ungido e tornar-se o Messias, isto é,
aquele em que o povo acreditava que o salvaria. Estava nascendo o
messianismo, que resultou no cristianismo, uma vertente do judaísmo, que se
espalhou por grande parte do globo terrestre.

A produção cultural hebraica está ligada com sua vida religiosa. Salomão
escreveu mais de 3000 provérbios, mais de um milhar de cânticos e emitiu
opiniões sobre Botânicas e Zoologia. O legado cultural hebreu foi importante
para a formação de vários traços da cultura ocidental.

Abraão e a Origem do Conflito
Abraão é chamado de pai de todos os que crêem. Mas apenas através de
Isaque, Jacó e de seus descendentes é que Deus prometeu cumprir a sua
intenção de estabelecer o Reino de Deus na terra e oferecer salvação à
humanidade. A seguir, veremos como os erros de Abraão geraram um grande
conflito que chega até nossos dias no Oriente Médio. Abraão também é
considerado o pai dos árabes.

Abraão é o homem com quem esse conflito árabe/judeu começou. Ele foi uma
pessoa singular porque recebeu uma promessa muito especial de Deus, o
Criador.

No capítulo 11 de Gênesis lemos a respeito da tentativa malograda de conseguir
uma unidade mundial através da Torre de Babel, que supostamente deveria
atingir os céus. Em Gênesis 12 lemos, então: "Ora, disse o SENHOR a Abrão:
Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te
mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o
nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os
que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (vv. 1-3).

Não se trata de uma bênção pronunciada por um sacerdote, um profeta ou
algum grande dignitário. Esta bênção foi confirmada pela promessa quádrupla
dada a Abraão por ninguém menos do que o próprio Criador do céu e da terra, o
Deus eterno que sempre foi, e que é, e sempre será!

Esse homem, Abraão, foi instruído por Deus a deixar tudo para trás e fazer uma
jornada à Terra Santa. Ele teve de deixar seu país, sua parentela, até mesmo a
casa de seu pai, e viajar para um lugar que lhe era desconhecido. E esse
homem confiou no Deus vivo que lhe havia falado e partiu.

Uma das características singulares de Abraão foi que ele obedeceu naquilo que
foi instruído a fazer. Ele creu em Deus e imediatamente agiu. Por esse motivo,
lemos no Novo Testamento: "...para vir [Abraão] a ser o pai de todos os que
crêem..." (Romanos 4.11).

Abraão era um admirável e fiel servo do Senhor. Ele creu em Deus mais do que
em qualquer outra coisa. Todavia, em algumas ocasiões, Abraão permitiu que a
sua carne corresse em paralelo à sua vida de fé.

Por isso o conflito que vemos hoje no Oriente Médio pode ser remontado às
origens desse grande patriarca do povo de Israel e dos árabes.

Abraão e os Árabes

A paciência de Sarah, esposa de Abraão, esgotou-se primeiro: "Disse Sarah a
Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a
minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao
conselho de Sarah" (Gênesis 16.2).

Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza. Ele se
esqueceu de Deus e logicamente chegou ao ponto onde também deve ter
pensado: "Nós temos de fazer alguma coisa!"

Pode bem ser que ele tenha concordado com Sarah, julgado ser essa a solução
do Senhor, e deste modo seguido o conselho de sua esposa.

"Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora
por ela desprezada" (v. 4).

Obviamente, esse não era o caminho que Deus planejara para dar uma
descendência numerosa a Abraão. Imediatamente começaram os problemas.
Sarah, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva
Hagar, que deu a Abraão um filho, o seu primogênito, chamado Ismael.

Se Abraão e Sarah reconheceram que aquilo que fizeram estava errado, não há
evidência disso nas Escrituras.

Treze anos mais tarde, entretanto, Deus falou a Abrão, agora com 99 anos de
idade, repetindo novamente a promessa que Ele lhe fizera anos atrás.

Mas então Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Abrão significa "pai das
alturas" ou "pai exaltado", e Abraão significa "pai de multidão".

Depois de receber outras instruções, Abraão aparentemente começou a pensar
que Deus estava confirmando Ismael como Sua semente escolhida. Ele orou:
"...Tomara que viva Ismael diante de ti!" (Gênesis 17.18).

Mas Deus rapidamente o corrigiu: "De fato, Sarah, tua mulher, te dará um filho, e
lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança. Aliança perpétua
para a sua descendência" (v. 19).

Apesar disso, Deus afirmou muito especificamente que havia ouvido as orações
de Abraão a favor de Ismael: "Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei
fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei
uma grande nação" (v. 20). Mas o Senhor enfatizou que Ismael não era o
portador da aliança, mas sim Isaque: "A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei
com Isaque, o qual Sarah te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano" (v.
21).

A escolha de Isaque, entretanto, não diminuiu a tremenda bênção sobre Ismael.
Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de
maneira normal, mas "extraordinariamente". Ele seria pai de 12 príncipes e não
se tornaria apenas uma nação, mas "uma grande nação".

O cumprimento dessa profecia encontra-se em Gênesis 25. Lemos na
genealogia de Ismael que dele realmente descenderam 12 príncipes.

Ismael, portanto, não deve ser menosprezado ou rejeitado, pois Deus deu a ele
e a seus descendentes grandiosas bênçãos e as promessas que acabamos de
citar.

Entretanto, os descendentes de Ismael tornaram-se inimigos ferrenhos de Israel,
descendentes de Isaque (veja Salmo 83). E permanecem assim até o dia de
hoje.

Outros Descendentes de Abraão

Sarah, a amada esposa de Abraão, deu à luz ao filho da promessa com 90 anos
de idade e acabou morrendo aos 127 anos. Após Abraão ter enviado o seu servo
para procurar uma esposa para Isaque, o que, incidentalmente, fornece-nos um
quadro profético da Noiva de Cristo, achou obviamente que o seu chamado
estava completado, que o seu ministério estava concluído.

Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz: "Desposou Abraão
outra mulher; chamava-se Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã,
Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram:
Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e
Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. Abraão deu tudo o que possuía a
Isaque. Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda
em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental" (vv.
1-6). Abraão, já em idade avançada, criou outra família!

Pesquisando sobre a genealogia dessa família, descobrimos que os filhos de
Abraão com Quetura também se tornaram inimigos ferrenhos de Israel. Portanto,
vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como
pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.

Nesse contexto, é extremamente interessante observar o que mostrou uma
pesquisa recente:

Estudo de DNA comprova que judeus e árabes são parentes próximos, como diz
a Bíblia

(...) Com uma nova técnica baseada no estudo da descendência masculina,
biólogos concluíram que as várias populações judaicas não apenas são
parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e
sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma
comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há 4000 anos. Em termos
genéticos significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os
judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas
200 gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas.
Impressiona como o resultado da pesquisa é coerente com a versão expressa
da Bíblia de que os árabes e judeus descendem de um ancestral comum, o
patriarca Abraão.



OUTRO TEXTO CADA UM TEM UM POUCO DO OUTRO.

História Geral

Os Hebreus



Os hebreus eram um povo de origem semita (os semitas compreendem dois
importantes povos: os hebreus e os árabes), que se distinguiram de outros
povos da antigüidade por sua crença religiosa. O termo hebreu significa "gente
do outro lado do rio”, isto é, do rio Eufrates.

Os hebreus foram um dos povos que mais influenciaram a civilização atual. Sua
religião o judaísmo influenciou tanto o cristianismo quanto o islamismo.

O conhecimento acerca desse povo, vem principalmente das informações e
relatos bíblicos (o Antigo Testamento), das pesquisas arqueológicas e obras de
historiadores judeus.

Em 1947, com a descoberta de pergaminhos em cavernas às margens do Mar
Morto (os Manuscritos do Mar Morto), foi possível obter mais informações sobre
os hebreus. Esses pergaminhos foram deixados por uma comunidade que viveu
ali por volta do século I a.C.



Os Patriarcas



Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades,
organizados em clãs ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por
Abraão, deixaram a cidade de Ur , na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina
(Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C.

A Palestina era uma pequena faixa de terra, que se estendia pelo vale do rio
Jordão. Limitava-se ao norte, com a Fenícia, ao sul com as terras de Judá, a
leste com o deserto da Arábia e, a oeste com o mar Mediterrâneo.

Governados por patriarcas, os hebreus viveram na palestina durante três
séculos. Os principais patriarcas hebreus, foram Abraão (o primeiro patriarca),
Isaac, Jacó (também chamado Israel, daí o nome israelita), Moisés e Josué.

Por volta de 1750 a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina. Os hebreus foram
obrigados a deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no
Egito. Permaneceram no Egito, cerca de 400 anos, até serem perseguidos e
escravizados pelos faraós. Liderados então, pelo patriarca Moisés, os hebreus
abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina. Essa saída em
massa dos hebreus do Egito é conhecida como Êxodo.




Moisés

De acordo com a Bíblia, foi durante o êxodo dos hebreus, que Moisés recebeu
de Deus a tábua dos Dez Mandamentos (Decálogo), quando atravessava o
deserto do Sinai. A partir daí, os hebreus passaram a adorar um só deus, Jeová
(ou Iahweh), adotando o monoteísmo.

Moisés




Os Juízes



 De volta à Palestina, sob a liderança de Josué, os hebreus tiveram de lutar
contra o povo cananeu e , posteriormente, contra os filisteus. Josué (sucessor
de Moisés), distribuiu as terras conquistadas entre as doze tribos de Israel.
Nesse período os hebreus, passaram a se dedicar à agricultura, a criação de
animais e ao comércio, tornavam-se portanto sedentários.
No período de lutas pela conquista da Palestina, que durou quase dois séculos,
os hebreus foram governados pelos juízes. Os juízes eram chefes políticos,
militares e religiosos. Embora comandassem os hebreus de forma enérgica, não
tinham uma estrutura administrativa permanente. Entre os mais famosos juízes
destaca-se Sansão, que ficou conhecido por sua grande força, conforme relata a
Bíblia. Outros juízes importantes foram Gedeão e Samuel.



Os Reis



A seqüência de lutas e problemas sociais criou a necessidade de um comando
militar único. Os hebreus adotaram então, a monarquia. O objetivo era
centralizar o poder nas mãos de um rei e, assim, ter mais força para enfrentar os
povos inimigos, como os filisteus.

 O primeiro rei dos hebreus foi Saul (1010 a.C.). Depois veio o rei Davi (1006-
966 a.C.), conhecido por ter vencido os filisteus (segundo a Bíblia, ele derrotou o
gigante filisteu Golias). Com a conquista de toda a Palestina, a cidade de
Jerusalém tornou-se a capital política e religiosa dos hebreus.

 O sucessor de Davi foi seu filho Salomão, que terminou a organização da
monarquia hebraica e seu reinado marcou o apogeu do reino hebraico. Durante
o reinado de Salomão (966-926 a.C.), houve um grande desenvolvimento
comercial, foram construídos palácios, fortificações, a construção do Templo de
Jerusalém, criou um poderoso exército, organizou a administração e o sistema
de impostos. Montou uma luxuosa corte, com muitos funcionários e grandes
despesas.

 Para poder sustentar uma corte tão luxuosa, Salomão obrigava o povo hebreu a
pagar pesados impostos. O preço dessa exploração foi o surgimento de revoltas
sociais.

 Com a morte de Salomão, essas revoltas provocaram a divisão religiosa e
política das tribos e o fim da monarquia unificada.

Formaram-se dois reinos: ao norte, dez tribos formaram o reino de Israel, com
capital em Samaria e, ao sul, as duas tribos restantes formaram o reino de Judá,
com capital em Jerusalém.

 Em 722 a.C., os reinos de Israel foram conquistados pelos assírios,
comandados por Sargão II. Grande parte dos hebreus foi escravizada e
espalhada pelo Império Assírio.

 Em 587 a.C., o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, comandados por
Nabucodonosor. Os babilônios destruíram Jerusalém e aprisionaram os hebreus,
levando-os para a Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como o Cativeiro da
Babilônia.

 Os hebreus permaneceram presos até 538 a.C., quando o rei persa Ciro II
conquistou a Babilônia, e puderam então à Palestina, que se tornara província
do Império Persa e reconstruíram então o templo de Jerusalém.

A partir dessa época, os hebreus não mais conseguiram conquistar a autonomia
política da Palestina, que se tornou sucessivamente província dos impérios
persa, macedônio e romano.

 Durante o domínio romano na Palestina, o nacionalismo dos hebreus fortaleceu-
se, levando-os a se revoltar contra Roma. No ano 70 da nossa era, o imperador
romano Tito, sufocou uma rebelião hebraica e destruiu o segundo templo de
Jerusalém. Os hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões do mundo.
Esse episódio ficou conhecido como Diáspora (Dispersão).

 No ano de 136, sofreram a Segunda Diáspora, no reinado de Adriano
(imperador romano), os judeus foram definitivamente expulsos da Palestina.

Dispersos pelo mundo, o povo israelita, organizou-se em pequenas
comunidades. Unidos, preservaram os elementos básicos de sua cultura, como
a linguagem, a religião e alguns objetivos comuns, entre eles voltar um dia à
Palestina. Assim, os hebreus se mantiveram como nação, embora não
constituíssem um Estado.

 Somente em 1948, os judeus puderam se reunir num Estado independente,
com a determinação da ONU (Organização das Nações Unidas), que criou o
Estado de Israel. Decisão que criou sérios problemas na região do Oriente
Médio, pois com a saída dos judeus da Palestina, no século I, outros povos,
principalmente de origem árabe ocuparam e fixaram-se na região. A oposição
dos árabes à existência do Estado de Israel, tem resultado em continuados
conflitos na região.



Economia e Sociedade



A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a nômade
e a sedentária.

A princípio, os hebreus eram pastores nômades (não tinham habitação fixa),
que se dedicavam à criação de ovelhas e cabras. Os bens pertenciam a todos
do clã.

 Mais tarde, já fixados na Palestina, foram deixando os antigos costumes das
comunidades nômades. Desenvolveram a agricultura e o comércio, tornaram-se
sedentários.

 Nos primeiros tempos a propriedade da terra era coletiva, depois foi surgindo a
propriedade privada da terra e dos demais bens. Surgiram as diferentes classes
sociais e a exploração de uma classe pela outra. A conseqüência dessas
mudanças foi que grandes proprietários e comerciantes exibiam luxo e riqueza,
enquanto os camponeses pobres e os escravos viviam na miséria.



Cultura



A religião é uma das principais bases da cultura hebraica e representa a
principal contribuição cultural dos hebreus ao mundo ocidental.

A religião hebraica possui dois traços característicos: o monoteísmo e a idéia
messiânica. A maioria dos povos da antigüidade era politeísta (acreditavam na
existência de vários deuses), enquanto os hebreus adotaram o monoteísmo,
acreditavam em um único Deus, criador do universo.

A idéia messiânica foi divulgada pelos profetas. Acreditavam na vinda de um
messias, um enviado de Deus para conduzir os homens à salvação eterna. Para
os cristãos esse messias é Jesus Cristo, o que os judeus não aceitam. Assim,
continuam aguardando a vinda do messias.

A doutrina fundamental da religião hebraica (o Judaísmo) encontra-se no
Pentateuco, contido no Velho Testamento da Bíblia. O Pentateuco é composto
pelo: Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, Números e Levítico. Os hebreus chamam
esse livro de Torá.

A religião hebraica prescreve uma conduta moral orientada pela justiça, a
caridade e o amor ao próximo. Entre as principais festas judaicas, destacam-se:
a Páscoa, que comemora a saída dos hebreus do Egito em busca da Terra
Prometida; o Pentecostes, que recorda a entrega dos Dez Mandamentos a
Moisés; o Tabernáculo, que relembra a longa permanência dos hebreus no
deserto, durante o Êxodo.

 Na literatura, o melhor exemplo são os livros bíblicos do Velho Testamento,
dentre os quais destacam-se os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Livro de Jó e
os Provérbios.

A Bíblia é um conjunto de livros escritos por vários autores ao longo de vários
séculos.

29/05/05



CURIODIDADES

Os hebreus foram o único povo monoteísta da antiguidade por muito tempo.

No fim da Invasão Romana, o último local de resistência dos hebreus foi no forte
de Masada, mas os romanos venceram. 900 hebreus suicidaram-se antes da
derrota, para evitar que fossem mortos pelos romanos ou escravizados.

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  • 1. Hebreus OBJETIVO:este módulo apresentará uma visão sobre o mundo dos hebreus ou também chamados , israelitas. Descendentes do patriarca Abraão, tiveram uma vida de muitas peregrinações. Como era seu modo de vida, política, religião e sociedade e que contribuições deixaram para as próximas civilizações. Hebreus(israelitas) Qual a origem e significado do termo “hebreu”? Esse nome vem da raiz ‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar, cruzar”. Esse nome denota viadantes, aqueles que ‘passam adiante’. Isto porque os israelitas por um tempo realmente levaram uma vida nômade. Os hebreus tiveram uma história de migração, lutas, fugas e cativeiros, mas procuravam e conseguiram preservar sua cultura. A civilização hebraica, formada por pastores nômades viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia. Conduzidos por Abraão, partiram de Ur e se estabeleceram na Palestina. No meio do seu território havia o rio Jordão, que fazia da região a área mais fértil e favorável para a agricultura. Eles chegaram a Palestina por volta de 2.000 a. C., esse território era conhecido como terra de Canaã. Você encontrará um registro completo sobre a vida dos hebreus na Bíblia. Lá estão registrados toda sua peregrinação, sua moral, costumes, leis e história religiosa. Eles deixaram como herança o monoteísmo,a crença em um único Deus verdadeiro. Podemos dividir a história dos hebreus em 3 etapas: governo dos patriarcas, governo dos juízes e governo dos reis. Então, vamos começar??!! GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade.
  • 2. O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia. Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina( terra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção a terra Prometida confiando na promessa de seu único Deus Jeová de levá-los a uma terra que mana ‘leite e mel’. Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para filho. De Abraão foi para Isaque e depois para Jacó. Este último, teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel. Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós. Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele , fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus , Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina. Durante a perambulação , Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para reapossarem a Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase 2 séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes. E assim passamos para a segunda era hebraica. GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina ( chamada também de Canaã) até o início da monarquia. Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua monstruosa força.
  • 3. GOVERNO OU ERA DOS REIS( MONARQUIA) Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários. O primeiro rei hebreu foi:Saul, da tribo de Benjamim. Ele , porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e , em batalha ao ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam. Já no século XI a. C.,Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino. Seu filho , Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Se tornou rei muito jovem, segundo a Bíblia, sua primeira esposa foi a filha de faraó, mas depois dela chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas. Ampliou a participação no comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém, dedicado a Jeová. Os exageros iam da economia à cultura. Mas haviam altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém , respectivamente. O reino , com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O cativeiro iniciou-se em 587 a. C. e durou até 538 a.C.. depois houve o retorno a Palestina e o início da reconstrução das muralhas da cidade , do templo e da própria cidade. Mais tarde, foram conquistados novamente pelos greco-macedônios e pelos romanos. Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora. Somente em 1948 foi fundado novamente o Estado de Israel, junto com
  • 4. conflitos com árabes e de outras nacionalidades. Mas somente nos anos 90 , foi que surgiram acordos, mas não com paz completa. SOCIEDADE HEBRAICA A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família real. Como mostra a pirâmide abaixo: ECONOMIA Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social. CULTURA Os hititas, habitantes da Ásia, os ensinavam a usar o ferro. Os araneus da Síria, os influenciaram na língua e na escrita, usando o aramaico. Mas a religião era a base da cultura. O monoteísmo – crença em um só deus- acabou, fundando o cristianismo e o islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou Iavé, como único Deus. Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que libertaria o povo. Comemoravam a Páscoa, que na verdade representava a saída dos hebreus do Egito( êxodo) além do pentecostes, que era o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos. Guardavam também o sábado, resguardando-se de qualquer atividade. Na literatura, destaca-se a Bíblia que é dividida por eles em: livros históricos: que descrevem a própria história deles, desde Josué até a conquista e dominação Persa. São estes os livros de: Josué,Juízes, Samuel. Livros proféticos: são livros proféticos de acontecimentos futuros. Entre eles estão os livros de : Isaías, Daniel, Ezequiel e Amós. Livros didáticos: são os que ensinam princípios religiosos, morais e sociais. Entre eles tem-se os livros de :Jó, Salmos, Provérbios e o cântico de Salomão
  • 5. também chamado de Cântico dos cânticos. Os hebreus nos influenciam muito em sentido religioso e literário, mas foram vagarosos no desenvolvimento científico. Na arquitetura destaca-se o Templo em Jerusalém, dedicado a Jeová, construído por Salomão. ATENÇÃO OUTRA PARTE DO TRABALHO, VEJA OQUE VOCÊ CONCEGUE RETIRAR UM POUCO DE CADA TEXTO. O que sabemos sobre o povo Hebreu deve-se sobretudo às informações da Bíblia, principalmente do Antigo testamento; mas pesquisas arqueológicas e obras de historiadores judeus muito têm esclarecido os estudos sobre os Hebreus. Segundo o livro Gênesis do Antigo testamento, Taré, juntamente com sua família, abandonou a cidade de Ur, na Mesopotâmia, e desceu em direção ao sul, pelas margens do Eufrates. Taré era membro de uma tribo semita, grupo étnico descendente de Sem (filho do lendário Noé, do Dilúvio). Hoje, os semitas compreendem dois importantes povos: os Hebreus (judeus) e os árabes. Com a morte de Taré, a liderança dessa tribo nômade ficou com Abraão, que, segundo a tradição, recebeu inspirações divinas para ir com seu povo até Canaã (região da Palestina), a Terra prometida. O povo Hebreu, também conhecido por judeus ou israelitas, é o povo da Antigüidade que possui o maior e mais fiel número de registros históricos, sendo a Bíblia Sagrada sua fonte de informações mais precisa, e auxiliadora no encontro de vários achados arqueológicos. O princípio deste povo esta em Sem, pai dos povos Semitas. Conforme a Bíblia, Sem teve por filhos: Elam, origem dos islamitas, Assur, origem dos assírios, Arfaxade, origem dos caldeus, Lude e Arã. Arfaxade gerou a Heber, origem da nomenclatura "hebreu" e também seu fundador, da descendência de Heber veio Tera, pai de Abraão, que nasceu na cidade de Ur dos caldeus. Inicialmente os hebreus viviam na Mesopotâmia. Abraão, porém, recebeu um chamado de Deus e partiu com sua esposa, Sara e seus servos, Ló, sobrinho de Abraão incorporou-se a sua tribo. Abraão chegou a região da Palestina, terra de ocupação Cananéia, por volta de 2000 a.C., nesta região viveram como semi-nômades. Esta região, porém, foi assolada por grande fome. Abraão, rico e próspero pastor, tomou sua tribo e retirou-se para o Egito, onde permaneceram por um breve período. Ao sair do Egito, Ló e Abraão separaram-se. Ló instalou-se na região de pastagens do rio Jordão, mais tarde fixou-se na região de Sodoma. Abraão mudou-se para
  • 6. Canaã, nesta ocasião recebeu uma revelação de Deus: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente, porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre." (Gênesis 13.14-15) Abraão mudou-se para a região de Hebrom, onde levantou um altar a Deus. Quedorlaomer, rei do Elam, formou acordo com Anrafael (nome que identifica Hamurabi), rei de Sinear (região que posteriormente veio a ser conhecida como Babilônia), Arioque, rei de Elasar e Tibal, rei de Goim, e subjugou os cananeus por doze anos. Quedorlaomer conquistou os Refains, os Zuzins e os Emins. Derrotou também os Amalequitas e os Amorreus. Os reis Bera de Sodoma, Birsa de Gomorra, Sinabe de Admá, Semeber de Zeboim e o rei de Zoar, colocaram-se contra Quedorlaomer e seu aliados. O rei do Elam os venceu na batalha do vale de Sidim, os reis vencidos fugiram para as montanhas, os vencedores tomaram em cativeiros os povos vencidos e levaram as riquezas destes, Ló, sobrinho de Abraão, foi levado juntamente em cativeiro. Abraão, já muito próspero, comandou 318 guerreiros de sua tribo, venceu Quedorlaomer e resgatou os despojos de guerra e os cativos, incluindo seu sobrinho Ló. Abraão não possuía descendente, Sara , estéril, deu a Abraão sua escrava egípcia, Agar, para que com esta Abraão viesse a ter descendentes. Deste ajuntamento nasceu Ismael. Abraão, já com idade bastante avançada, gera com sua esposa Sara, conforme promessa de Deus, um filho ao qual chama de Isaac. Isaac casa-se com Rebeca, sobrinha de Sara, e tem dois filhos, os gêmeos Esaú e Jacó, este último tem mudado seu nome para Israel, nome ao qual seus descendentes até o dia de hoje são conhecidos. Entre 1700 e 1500 a.C., mais povos penetraram na região adaptando-se às condições sócio-econômicas locais. A ocupação da região pelos hebreus foi sistematizada por Jacó, que depois veio a se chamar Israel. O povo hebreu, ainda segundo a tradição, descende desses patriarcas. O Egito e o Êxodo O Egito oferecia melhores condições de sobrevivência que a Palestina. Para lá rumou Jacó (Israel), com parte da população dos hebreus. No Egito, os hebreus permaneceram longos anos, trabalhando para o faraó. Não era escravos, pois
  • 7. podiam viver juntos, criar seus filhos e preservar sua língua e seus costumes. Além disso, alguns ocupavam importantes posições no governo. A permanência dos hebreus no Egito coincidiu com o período de invasão dos Hicsos. Após a expulsão destes sob a liderança de Moisés, os hebreus iniciaram a sua "retirada" em direção à palestina (1270 a 1220 a.C.) Esse foi o lendário Êxodo. A partir daí, guiados pelas iluminações e visões de Moisés, os hebreus passaram a adorar um só deus, Jeová (ou Iavé), dando os primeiros passos em direção ao monoteísmo. Organização Social Após a morte de Moisés, os hebreus chegaram à palestina e, sob a liderança de Josué, conquistaram parte de Canaã. Nessa época, o povo hebreu estava dividido em 12 tribos ("os doze filhos de Israel"). Viviam em clãs compostos pelos patriarcas, seus filhos, mulheres e trabalhadores não livres. O poder e o prestígio desses clãs eram personificados pelo patriarca, e os laços entre esses clãs eram muito frágeis. Essa divisão em tribos dificultava a melhor condução das lutas contra os antigos habitantes da região, que resistiam à penetração dos israelitas. Com a invasão dos filisteus, a situação tornou-se ainda mais difícil. Política Surgiram então, chefes de sensíveis qualidades militares que ficaram conhecidos como juizes: Otoniel, Débora, Gedeão, Sansão e Samuel. Esses juizes, além de combater os filisteus, tiveram que lutar contra os amoritas, povos que se estabeleceram na Transjordânia. O governo dos juizes evoluiu e impulsionou os hebreus a se organizarem num sistema de governo monárquico. Os Reis Hebreus Samuel centralizou politicamente esse povo já unificado religiosamente pelo monoteísmo. Saul (a partir de 1010 a.C.) foi o primeiro rei de Israel. Como a unção de Davi (1006 a 966 a.C.) como rei dos hebreus, iniciou-se uma fase marcada pelo expansionismo militar e pela prosperidade, Durante esse reinado, foi escolhida Jerusalém para capital do Estado, o que simbolizou a unificação das tribos localizadas no norte e no sul da palestina. Salomão (906 a 926 a.C.), filho de Davi, desenvolveu o comércio, aumentado a influência do reinado sem recorrer à guerra. Construiu o templo de Iavé (Jeová).
  • 8. No entanto, o fausto e a riqueza que marcaram seu governo exigiam o constante aumento de impostos, que empobreciam mais e mais o trabalhador, criando um clima de insatisfação no povo hebreu. O Cisma Político-Religioso Os Reinos de Israel e Judá Com a morte de Salomão, houve a divisão religiosa e política das tribos e o fim da monarquia unificada. Ao norte foi formado o reino de Israel, composto de 10 tribos que, após disputas internas, chegaram a um acordo em 878 a.C., com a escolha de Omri para rei. Apesar de a veneração a Iavé persistir, foi introduzido o culto a vários deuses. O culto e o fausto da corte pesavam sobre os camponeses, que pagavam impostos sempre maiores. Nesse momento. O movimento profético ganhou força. O profeta Elias, por exemplo, defendia as aspirações do campesinato pobre e liderava a oposição à dinastia dos omridas. Em 842 a.C., Jehu, com o apoio da população oprimida, deu um golpe de Estado e foi ungido rei por Elias. Após um período de confusão, foi novamente restabelecida a ordem, mas em 723-722 a.C. o rei assírio Sargão II invadiu Israel e destruiu a capital Samaria. Concretizavam-se assim as profecias de Amós: Israel seria destruída por um invasor. Israel tornou-se província assíria e grande parte de seus habitantes foi transportada para a Mesopotâmia. O reino de Judá, composto de duas tribos e com capital em Jerusalém, permaneceu fiel ao monoteísmo. Em meados do século VII a.C. , o rei Ezequias (725 a 697 a.C.) aliou-se ao Egito tentando evitar a invasão assíria; mesmo assim, grande parte do território de Judá foi tomada pelos assírios. Josias (639 a 609 a.C.) conseguiu recuperar parte da independência do reino de Judá. Mas essa região passou então a ser uma área de disputa entre o império babilônico e o egípcio. Nabucodonosor II, rei da babilônia, invadiu o reino de Judá e destruiu Jerusalém e o templo, transferindo o rei e os mais ilustres habitantes da regiãopara a Babilônia. Este episódio é chamado de cativeiro babilônico pela Bíblia, pois ali os hebreus permaneceram durante cerca de 50 anos. Decadência e dispersão Quando o Império babilônico foi vencido por Ciro, rei dos persas, os hebreus foram libertados e voltaram à região da antiga Jerusalém. Ali ergueram
  • 9. novamente o templo. Paulatinamente, foram eliminadas as diferenciações entre os filhos de Israel e os de Juda, que ficaram genericamente conhecidos como judeus. A partir de então os judeus foram dominados por vários povos em expansão. Mas o domínio efetivo da região deu-se em 63 a.C., quando a Palestina foi incorporada a uma potência que dominava quase todo o mundo da época: o império romano. De início, não houve interferência nas crenças religiosas dos judeus. Mas no ano 70 da nossa era, com a divinização do imperador romano e a recusa dos judeus em reconhecê-lo como tal, foi ordenada a destruição de Jerusalém. Seu povo dispersou-se pelo mundo. A esse fenômeno deu-se o nome de Diáspora. Religião e Cultura A história do povo hebreu não pode ser dissociada da história de sua religião. Há uma ligação tão íntima que se torna difícil falar separadamente de uma delas. Nem sempre os hebreus foram monoteístas. No início de sua história, Iavé (Jeová) era um deus entre muitos. Mas, com o desenvolvimento histórico, Iavé foi-se sobrepondo às outras deidades. Os hebreus foram um dos primeiros povos a sistematizar o monoteísmo. Iavé exigia homenagens e oferendas exclusivas em sua honra, em troca, seria o Todo-Poderoso protetor do povo hebreu. A primeira codificação do iaveísmo foi feita por Moisés (Decálogo ou Dez mandamentos). Os profetas desempenharam importante papel na religião judaica: reformadores religiosos, pobres, mantiveram o povo de Israel fiel ao culto de Jeová. Os profetas mais importantes foram Elias, Oséias e Amós, no reino de Israel; Isaías e jeremias, no reino de Judá. Depois dos séculos III e II a.C. começou a expectativa da vinda de um profeta do mesmo porte de Moisés. Ele deveria ser um ungido e tornar-se o Messias, isto é, aquele em que o povo acreditava que o salvaria. Estava nascendo o messianismo, que resultou no cristianismo, uma vertente do judaísmo, que se espalhou por grande parte do globo terrestre. A produção cultural hebraica está ligada com sua vida religiosa. Salomão escreveu mais de 3000 provérbios, mais de um milhar de cânticos e emitiu opiniões sobre Botânicas e Zoologia. O legado cultural hebreu foi importante para a formação de vários traços da cultura ocidental. Abraão e a Origem do Conflito
  • 10. Abraão é chamado de pai de todos os que crêem. Mas apenas através de Isaque, Jacó e de seus descendentes é que Deus prometeu cumprir a sua intenção de estabelecer o Reino de Deus na terra e oferecer salvação à humanidade. A seguir, veremos como os erros de Abraão geraram um grande conflito que chega até nossos dias no Oriente Médio. Abraão também é considerado o pai dos árabes. Abraão é o homem com quem esse conflito árabe/judeu começou. Ele foi uma pessoa singular porque recebeu uma promessa muito especial de Deus, o Criador. No capítulo 11 de Gênesis lemos a respeito da tentativa malograda de conseguir uma unidade mundial através da Torre de Babel, que supostamente deveria atingir os céus. Em Gênesis 12 lemos, então: "Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (vv. 1-3). Não se trata de uma bênção pronunciada por um sacerdote, um profeta ou algum grande dignitário. Esta bênção foi confirmada pela promessa quádrupla dada a Abraão por ninguém menos do que o próprio Criador do céu e da terra, o Deus eterno que sempre foi, e que é, e sempre será! Esse homem, Abraão, foi instruído por Deus a deixar tudo para trás e fazer uma jornada à Terra Santa. Ele teve de deixar seu país, sua parentela, até mesmo a casa de seu pai, e viajar para um lugar que lhe era desconhecido. E esse homem confiou no Deus vivo que lhe havia falado e partiu. Uma das características singulares de Abraão foi que ele obedeceu naquilo que foi instruído a fazer. Ele creu em Deus e imediatamente agiu. Por esse motivo, lemos no Novo Testamento: "...para vir [Abraão] a ser o pai de todos os que crêem..." (Romanos 4.11). Abraão era um admirável e fiel servo do Senhor. Ele creu em Deus mais do que em qualquer outra coisa. Todavia, em algumas ocasiões, Abraão permitiu que a sua carne corresse em paralelo à sua vida de fé. Por isso o conflito que vemos hoje no Oriente Médio pode ser remontado às origens desse grande patriarca do povo de Israel e dos árabes. Abraão e os Árabes A paciência de Sarah, esposa de Abraão, esgotou-se primeiro: "Disse Sarah a
  • 11. Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarah" (Gênesis 16.2). Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza. Ele se esqueceu de Deus e logicamente chegou ao ponto onde também deve ter pensado: "Nós temos de fazer alguma coisa!" Pode bem ser que ele tenha concordado com Sarah, julgado ser essa a solução do Senhor, e deste modo seguido o conselho de sua esposa. "Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada" (v. 4). Obviamente, esse não era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente começaram os problemas. Sarah, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar, que deu a Abraão um filho, o seu primogênito, chamado Ismael. Se Abraão e Sarah reconheceram que aquilo que fizeram estava errado, não há evidência disso nas Escrituras. Treze anos mais tarde, entretanto, Deus falou a Abrão, agora com 99 anos de idade, repetindo novamente a promessa que Ele lhe fizera anos atrás. Mas então Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Abrão significa "pai das alturas" ou "pai exaltado", e Abraão significa "pai de multidão". Depois de receber outras instruções, Abraão aparentemente começou a pensar que Deus estava confirmando Ismael como Sua semente escolhida. Ele orou: "...Tomara que viva Ismael diante de ti!" (Gênesis 17.18). Mas Deus rapidamente o corrigiu: "De fato, Sarah, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança. Aliança perpétua para a sua descendência" (v. 19). Apesar disso, Deus afirmou muito especificamente que havia ouvido as orações de Abraão a favor de Ismael: "Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação" (v. 20). Mas o Senhor enfatizou que Ismael não era o portador da aliança, mas sim Isaque: "A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sarah te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano" (v. 21). A escolha de Isaque, entretanto, não diminuiu a tremenda bênção sobre Ismael.
  • 12. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas "extraordinariamente". Ele seria pai de 12 príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas "uma grande nação". O cumprimento dessa profecia encontra-se em Gênesis 25. Lemos na genealogia de Ismael que dele realmente descenderam 12 príncipes. Ismael, portanto, não deve ser menosprezado ou rejeitado, pois Deus deu a ele e a seus descendentes grandiosas bênçãos e as promessas que acabamos de citar. Entretanto, os descendentes de Ismael tornaram-se inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (veja Salmo 83). E permanecem assim até o dia de hoje. Outros Descendentes de Abraão Sarah, a amada esposa de Abraão, deu à luz ao filho da promessa com 90 anos de idade e acabou morrendo aos 127 anos. Após Abraão ter enviado o seu servo para procurar uma esposa para Isaque, o que, incidentalmente, fornece-nos um quadro profético da Noiva de Cristo, achou obviamente que o seu chamado estava completado, que o seu ministério estava concluído. Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz: "Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental" (vv. 1-6). Abraão, já em idade avançada, criou outra família! Pesquisando sobre a genealogia dessa família, descobrimos que os filhos de Abraão com Quetura também se tornaram inimigos ferrenhos de Israel. Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel. Nesse contexto, é extremamente interessante observar o que mostrou uma pesquisa recente: Estudo de DNA comprova que judeus e árabes são parentes próximos, como diz a Bíblia (...) Com uma nova técnica baseada no estudo da descendência masculina,
  • 13. biólogos concluíram que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há 4000 anos. Em termos genéticos significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas 200 gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. Impressiona como o resultado da pesquisa é coerente com a versão expressa da Bíblia de que os árabes e judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão. OUTRO TEXTO CADA UM TEM UM POUCO DO OUTRO. História Geral Os Hebreus Os hebreus eram um povo de origem semita (os semitas compreendem dois importantes povos: os hebreus e os árabes), que se distinguiram de outros povos da antigüidade por sua crença religiosa. O termo hebreu significa "gente do outro lado do rio”, isto é, do rio Eufrates. Os hebreus foram um dos povos que mais influenciaram a civilização atual. Sua religião o judaísmo influenciou tanto o cristianismo quanto o islamismo. O conhecimento acerca desse povo, vem principalmente das informações e relatos bíblicos (o Antigo Testamento), das pesquisas arqueológicas e obras de historiadores judeus. Em 1947, com a descoberta de pergaminhos em cavernas às margens do Mar Morto (os Manuscritos do Mar Morto), foi possível obter mais informações sobre os hebreus. Esses pergaminhos foram deixados por uma comunidade que viveu ali por volta do século I a.C. Os Patriarcas Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades,
  • 14. organizados em clãs ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur , na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina (Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C. A Palestina era uma pequena faixa de terra, que se estendia pelo vale do rio Jordão. Limitava-se ao norte, com a Fenícia, ao sul com as terras de Judá, a leste com o deserto da Arábia e, a oeste com o mar Mediterrâneo. Governados por patriarcas, os hebreus viveram na palestina durante três séculos. Os principais patriarcas hebreus, foram Abraão (o primeiro patriarca), Isaac, Jacó (também chamado Israel, daí o nome israelita), Moisés e Josué. Por volta de 1750 a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina. Os hebreus foram obrigados a deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito. Permaneceram no Egito, cerca de 400 anos, até serem perseguidos e escravizados pelos faraós. Liderados então, pelo patriarca Moisés, os hebreus abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina. Essa saída em massa dos hebreus do Egito é conhecida como Êxodo. Moisés De acordo com a Bíblia, foi durante o êxodo dos hebreus, que Moisés recebeu de Deus a tábua dos Dez Mandamentos (Decálogo), quando atravessava o deserto do Sinai. A partir daí, os hebreus passaram a adorar um só deus, Jeová (ou Iahweh), adotando o monoteísmo. Moisés Os Juízes De volta à Palestina, sob a liderança de Josué, os hebreus tiveram de lutar contra o povo cananeu e , posteriormente, contra os filisteus. Josué (sucessor de Moisés), distribuiu as terras conquistadas entre as doze tribos de Israel. Nesse período os hebreus, passaram a se dedicar à agricultura, a criação de animais e ao comércio, tornavam-se portanto sedentários.
  • 15. No período de lutas pela conquista da Palestina, que durou quase dois séculos, os hebreus foram governados pelos juízes. Os juízes eram chefes políticos, militares e religiosos. Embora comandassem os hebreus de forma enérgica, não tinham uma estrutura administrativa permanente. Entre os mais famosos juízes destaca-se Sansão, que ficou conhecido por sua grande força, conforme relata a Bíblia. Outros juízes importantes foram Gedeão e Samuel. Os Reis A seqüência de lutas e problemas sociais criou a necessidade de um comando militar único. Os hebreus adotaram então, a monarquia. O objetivo era centralizar o poder nas mãos de um rei e, assim, ter mais força para enfrentar os povos inimigos, como os filisteus. O primeiro rei dos hebreus foi Saul (1010 a.C.). Depois veio o rei Davi (1006- 966 a.C.), conhecido por ter vencido os filisteus (segundo a Bíblia, ele derrotou o gigante filisteu Golias). Com a conquista de toda a Palestina, a cidade de Jerusalém tornou-se a capital política e religiosa dos hebreus. O sucessor de Davi foi seu filho Salomão, que terminou a organização da monarquia hebraica e seu reinado marcou o apogeu do reino hebraico. Durante o reinado de Salomão (966-926 a.C.), houve um grande desenvolvimento comercial, foram construídos palácios, fortificações, a construção do Templo de Jerusalém, criou um poderoso exército, organizou a administração e o sistema de impostos. Montou uma luxuosa corte, com muitos funcionários e grandes despesas. Para poder sustentar uma corte tão luxuosa, Salomão obrigava o povo hebreu a pagar pesados impostos. O preço dessa exploração foi o surgimento de revoltas sociais. Com a morte de Salomão, essas revoltas provocaram a divisão religiosa e política das tribos e o fim da monarquia unificada. Formaram-se dois reinos: ao norte, dez tribos formaram o reino de Israel, com capital em Samaria e, ao sul, as duas tribos restantes formaram o reino de Judá, com capital em Jerusalém. Em 722 a.C., os reinos de Israel foram conquistados pelos assírios, comandados por Sargão II. Grande parte dos hebreus foi escravizada e
  • 16. espalhada pelo Império Assírio. Em 587 a.C., o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, comandados por Nabucodonosor. Os babilônios destruíram Jerusalém e aprisionaram os hebreus, levando-os para a Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia. Os hebreus permaneceram presos até 538 a.C., quando o rei persa Ciro II conquistou a Babilônia, e puderam então à Palestina, que se tornara província do Império Persa e reconstruíram então o templo de Jerusalém. A partir dessa época, os hebreus não mais conseguiram conquistar a autonomia política da Palestina, que se tornou sucessivamente província dos impérios persa, macedônio e romano. Durante o domínio romano na Palestina, o nacionalismo dos hebreus fortaleceu- se, levando-os a se revoltar contra Roma. No ano 70 da nossa era, o imperador romano Tito, sufocou uma rebelião hebraica e destruiu o segundo templo de Jerusalém. Os hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões do mundo. Esse episódio ficou conhecido como Diáspora (Dispersão). No ano de 136, sofreram a Segunda Diáspora, no reinado de Adriano (imperador romano), os judeus foram definitivamente expulsos da Palestina. Dispersos pelo mundo, o povo israelita, organizou-se em pequenas comunidades. Unidos, preservaram os elementos básicos de sua cultura, como a linguagem, a religião e alguns objetivos comuns, entre eles voltar um dia à Palestina. Assim, os hebreus se mantiveram como nação, embora não constituíssem um Estado. Somente em 1948, os judeus puderam se reunir num Estado independente, com a determinação da ONU (Organização das Nações Unidas), que criou o Estado de Israel. Decisão que criou sérios problemas na região do Oriente Médio, pois com a saída dos judeus da Palestina, no século I, outros povos, principalmente de origem árabe ocuparam e fixaram-se na região. A oposição dos árabes à existência do Estado de Israel, tem resultado em continuados conflitos na região. Economia e Sociedade A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a nômade
  • 17. e a sedentária. A princípio, os hebreus eram pastores nômades (não tinham habitação fixa), que se dedicavam à criação de ovelhas e cabras. Os bens pertenciam a todos do clã. Mais tarde, já fixados na Palestina, foram deixando os antigos costumes das comunidades nômades. Desenvolveram a agricultura e o comércio, tornaram-se sedentários. Nos primeiros tempos a propriedade da terra era coletiva, depois foi surgindo a propriedade privada da terra e dos demais bens. Surgiram as diferentes classes sociais e a exploração de uma classe pela outra. A conseqüência dessas mudanças foi que grandes proprietários e comerciantes exibiam luxo e riqueza, enquanto os camponeses pobres e os escravos viviam na miséria. Cultura A religião é uma das principais bases da cultura hebraica e representa a principal contribuição cultural dos hebreus ao mundo ocidental. A religião hebraica possui dois traços característicos: o monoteísmo e a idéia messiânica. A maioria dos povos da antigüidade era politeísta (acreditavam na existência de vários deuses), enquanto os hebreus adotaram o monoteísmo, acreditavam em um único Deus, criador do universo. A idéia messiânica foi divulgada pelos profetas. Acreditavam na vinda de um messias, um enviado de Deus para conduzir os homens à salvação eterna. Para os cristãos esse messias é Jesus Cristo, o que os judeus não aceitam. Assim, continuam aguardando a vinda do messias. A doutrina fundamental da religião hebraica (o Judaísmo) encontra-se no Pentateuco, contido no Velho Testamento da Bíblia. O Pentateuco é composto pelo: Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, Números e Levítico. Os hebreus chamam esse livro de Torá. A religião hebraica prescreve uma conduta moral orientada pela justiça, a caridade e o amor ao próximo. Entre as principais festas judaicas, destacam-se: a Páscoa, que comemora a saída dos hebreus do Egito em busca da Terra Prometida; o Pentecostes, que recorda a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés; o Tabernáculo, que relembra a longa permanência dos hebreus no
  • 18. deserto, durante o Êxodo. Na literatura, o melhor exemplo são os livros bíblicos do Velho Testamento, dentre os quais destacam-se os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Livro de Jó e os Provérbios. A Bíblia é um conjunto de livros escritos por vários autores ao longo de vários séculos. 29/05/05 CURIODIDADES Os hebreus foram o único povo monoteísta da antiguidade por muito tempo. No fim da Invasão Romana, o último local de resistência dos hebreus foi no forte de Masada, mas os romanos venceram. 900 hebreus suicidaram-se antes da derrota, para evitar que fossem mortos pelos romanos ou escravizados.