1. O documento apresenta a terceira aula de uma série de aulas sobre Língua Portuguesa para a Polícia Federal, abordando as classes gramaticais de substantivo, artigo, numeral, adjetivo, interjeição, advérbio e preposição.
2. O professor fornece um sumário da aula e informa que dividiu o tópico "Emprego das Classes de Palavras" em duas partes.
3. Na aula, ele apresenta as classes gramaticais variáveis e invariáveis e inicia a explicação sobre o
1. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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AULA 03
Olá, futuros servidores da POLÍCIA FEDERAL!
Na aula 03, apresentarei a primeira parte das classes gramaticais. Para
melhor orientá-los na localização dos assuntos, elaborei o sumário abaixo:
SUMÁRIO
01. Classes Gramaticais ......................................................................02
02. Substantivo......................................................................................02
03. Artigo ...............................................................................................11
04. Adjetivo ............................................................................................15
05. Numeral . ..........................................................................................23
06. Interjeição .......................................................................................26
07. Advérbio...........................................................................................26
08. Palavras Denotativas . ....................................................................32
09. Preposição ......................................................................................37
10. Lista das Questões Comentadas na Aula. ....................................49
Para refletir: “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração.”
(Thomas Edison).
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2. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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CLASSES GRAMATICAIS
Inicialmente, informo a vocês que o tópico “Emprego das Classes de
Palavras” foi dividido em duas partes, por razões didáticas. Nesta aula (03),
abordaremos as seguintes classes gramaticais: substantivo, artigo, numeral,
adjetivo, interjeição, advérbio e preposição. No próximo encontro – aula 04 –
trabalharemos as classes dos verbos e dos pronomes.
E quanto às conjunções? Por apresentarem relação íntima com o tema
“Relações de coordenação e de subordinação entre orações e termos da oração”, o
estudo das conjunções ocorrerá na aula 05.
Feitas as considerações iniciais, passemos, agora, ao emprego das classes
de palavras.
A Nomenclatura Gramatical Brasileira apresenta dez classes gramaticais. Por
razões práticas, dividiremos essas categorias em variáveis e invariáveis:
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Substantivo
Adjetivo
Artigo
Numeral
Pronome
Verbo
Conjunção
Interjeição
Preposição
Advérbio
O que seriam classes gramaticais variáveis? Devemos entender classes de
palavras variáveis aquelas categorias que variam em gênero (masculino/feminino) e
número (singular/plural).
Caso particular ocorre com a classe verbal, uma vez que pode variar em
tempo, modo, número, pessoa e voz e, ainda, com a classe pronominal, pois
também pode apresentar variação em pessoa. Porém, fiquem tranquilos, pois este
assunto será visto no próximo encontro (aula 04).
A primeira classe de palavras variável que estudaremos hoje é o
substantivo. Essa categoria é responsável por designar nomes de seres, de
qualidades, de ações ou de estados.
O substantivo pode ser:
Próprio – designa, especificamente, o nome de um “ser” pertencente a uma
espécie.
Exemplos: Rio de Janeiro, Fabiano, Brasil.
Dica estratégica!
Substantivos próprios podem, dependendo do contexto, tornar-se comuns.
Exemplos:
Judas foi quem traiu Jesus.
Ele é um judas.
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Comum – designa, genericamente, o nome dos “seres” de uma espécie.
Exemplos: metrópole, homem, país.
Concreto – designa “seres” cuja existência independe de outros. Esqueçam
aquela noção que nos ensinaram na escola, em que se falava que o substantivo
concreto constitui-se naquilo que é palpável.
Exemplos: ar, Deus, gnomo.
Abstrato – designa “seres” cuja existência depende de outros. Serão
substantivos abstratos aqueles que representam qualidades, ações ou estados.
Exemplos: beleza, invenção, tristeza.
A existência da “beleza” pressupõe a existência de um ser que seja belo; a
“invenção” depende da criação feita por algum ser (a invenção do telefone, por
exemplo); por sua vez, a tristeza só existirá se existir um ser que tenham esse
sentimento.
Primitivo – aquele que origina a formação de outro vocábulo.
Exemplos: jardim, terra, livro.
Derivado – aquele que é formado a partir de um vocábulo.
Exemplos: jardineiro, terráqueo, livraria.
Simples – apresenta apenas um radical.
Exemplos: capim, sol, pé.
Composto – apresenta pelo menos dois radicais.
Exemplos: capim-limão, girassol, pontapé.
Coletivo – designa a totalidade de “seres” de uma espécie.
Exemplos: manada (de elefantes), corja (de bandidos, assaltantes), esquadra (de
navios).
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Vamos ver como o assunto foi cobrado pelo CESPE/UnB:
(CESPE/UnB-2007-TRE-AP)
Considerando o texto, assinale a opção correta com referência ao emprego das
classes de palavras e à acentuação gráfica.
1. Referem-se todas a substantivos próprios as seguintes siglas empregadas no
texto: PA, PNRA, INCRA e PRONERA.
Comentário: A sigla “PA” refere-se ao substantivo comum “projetos de
assentamento (linha 9). As demais referem-se a substantivos próprios:
PNRA – Plano Nacional de Reforma Agrária
INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
PRONERA – Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária.
Gabarito: Errado.
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Como disse a vocês, o substantivo pode variar em gênero e número. Vamos
ver como isso ocorre.
FLEXÃO DE GÊNERO
Quanto ao gênero, o substantivo pode ser masculino ou feminino.
Exemplos: aluno, aluna; irmão, irmã.
Aqui, cabe uma ressalva. Quanto à forma, os substantivos podem ser:
Uniformes – representam ambos os gêneros (masculino e feminino) com apenas
um radical.
Os substantivos uniformes subdividem-se em:
a) Sobrecomuns – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros.
Somente o contexto poderá determinar o gênero desses substantivos.
Exemplos: o cônjuge, a criança, a testemunha, o cadáver.
b) Comuns-de-dois – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros.
Nesse caso, porém, o determinante fará a distinção entre masculino e feminino.
Exemplos: o dentista / a dentista; o estudante / a estudante.
c) Epicenos – contêm uma só forma para ambos os gêneros. Nesse caso, porém, a
distinção dos gêneros será feita pelo acréscimo do vocábulo macho / fêmea.
Exemplos: a onça (macho/fêmea); o sabiá (macho/fêmea); a girafa (macho/fêmea).
Biformes – com apenas um radical, apresentam formas distintas para designar os
gêneros masculino e feminino.
Exemplos: freguês, freguesa; professor, professora; chorão, chorona; irmão, irmã.
Observação!
Existem pares de
chamados heterônimos.
vocábulos
semanticamente
opostos. São os
Exemplos: pai – mãe; genro – nora; cavalheiro – dama.
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Dica estratégica!
O gênero do artigo pode acarretar a mudança de sentido do substantivo.
Exemplos: o caixa (funcionário) – a caixa (recipiente); o coma (sono mórbido) – a
coma (cabeleireira); o coral (pólipo, canto em coro) – a coral (cobra venenosa).
FLEXÃO DE NÚMERO
Regra Geral
Em regra, a formação de plural dos substantivos ocorre com o acréscimo do
morfema -s. Isso ocorrerá quando os substantivos forem finalizados por vogal,
ditongo oral ou ditongo nasal -ÃE.
Exemplos: planeta – planetas; chapéu – chapéus; mãe – mães.
Regras Específicas
Substantivos finalizados por:
a) S
- acréscimo de ES nos monossílabos ou oxítonos.
Exemplos: ás – ases; ananás – ananases.
Observação: Os substantivos CAIS e CÓS são invariáveis.
- flexão no determinante, em caso de paroxítonos e proparoxítonos.
Exemplos: o vírus – os vírus; o ônibus – os ônibus.
b) AL, EL, OL e UL : plural em IS.
Exemplos: pardal – pardais; pincel - pincéis; álcool – alcoóis; azul – azuis.
Dica estratégica!
Alguns substantivos fazem plural em ES.
Exemplos: mal – males; cônsul – cônsules.
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b) IL
- Se forem oxítonos, o plural será em S.
Exemplos: fuzil – fuzis.
- Se forem paroxítonos, o plural será em EIS.
Exemplos: fácil – fáceis.
Atenção!
Os vocábulos a seguir apresentam dupla grafia e, portanto, admitem mais
de uma possibilidade de plural:
Oxítonos - projetil – projetis; reptil – reptis
Paroxítonos – projétil – projéteis; réptil – répteis.
c) M: plural em -M ou -NS.
Exemplos: armazém – armazéns; álbum – álbuns.
d) N : plural em -S ou -ES.
Exemplos: hímen – himens (ou hímenes); líquen – liquens (ou líquenes).
e) R, Z: plural em –ES.
Exemplos: hangar – hangares; arroz – arrozes; gravidez - gravidezes.
f) X : a flexão ocorrerá apenas no determinante (artigo, pronome, ...).
Exemplos: o ônix – os ônix; o clímax – os clímax.
Dica estratégica!
Alguns substantivos apresentam forma pluralizada: “bens”, “costas”, “férias”,
“haveres”, “óculos” etc. Não confundam esses vocábulos, por exemplo, com “bem”,
“costa” e “féria”, “haver”, “óculo”, pois o sentido é diferente. Vamos ver abaixo:
Bem : virtude, benefício
Bens : propriedades, riquezas
Costa : litoral
Costas : parte dorsal
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Féria : quantia em dinheiro
Férias : período de descanso
Haver : verbo “haver”
Haveres : bens (substantivo)
Óculo : luneta
Óculos : lentes em uma armação
Alguns substantivos são usados apenas no plural.
Exemplos: os afazeres, as alvíssaras, os arredores, as bodas, as calças,
as cócegas, as condolências, as efemérides, as exéquias, as fezes, os pêsames,
os parabéns, os picles, as reticências, os suspensórios, as têmporas, as vísceras,
os víveres etc.
Cuidado!
Alguns substantivos, quando pluralizados, deslocam a sílaba tônica.
Exemplos: caráter - caracteres; espécimen - especímenes; júnior - juniores;
sênior – seniores; lúcifer – lucíferes.
PLURAL DOS SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO
Para memorizar, vamos partir para o quadro-resumo abaixo:
SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO
plural em -ÕES.
Regra geral
Todos os paroxítonos
plural em -ÃOS.
Alguns oxítonos e
monossílabos
plural em -ÃOS.
Alguns oxítonos e
monossílabos
plural em -ÃES.
Alguns oxítonos
admitem dois
plurais
Alguns oxítonos
admitem três
plurais
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Exemplos
ação – ações; balão – balões.
etc.
acórdão – acórdãos; órfão – órfãos.
cidadão – cidadãos;cristão – cristãos.
etc.
alemão – alemães; pão – pães;
escrivão– escrivães.
etc.
aldeão – aldeãos, aldeões;
vulcão – vulcãos, vulcões;
verão – verãos, verões;
sultão – sultães, sultões;
guardião – guardiões, guardiões.
etc.
alão – alãos, alães, alões;
ancião – anciãos, anciães, anciões;
etc.
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SUBSTANTIVOS DIMINUTIVOS
Regra geral: retirada do -s , que será deslocado para após o sufixo.
Exemplos:
mães
mãe + zinha + s = mãezinhas
papéis
papei + zinho + s = papeizinhos
flores
flore + zinha + s = florezinhas
Dica estratégica!
Para formar o diminutivo plural em nomes que contenham S no radical,
deveremos acrescenta-se APENAS o sufixo no plural.
Exemplo:
pires (sing.) – piresinho (dim. singular) - piresinhos (dim. plural)
PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS
O plural dos nomes compostos pode ser feito de várias maneiras, conforme a
classe gramatical a que pertençam os elementos. Vejamos:
Todos os elementos variarão quando houver:
Substantivo + Substantivo
Substantivo + Adjetivo
(e vice-versa)
Numeral + Substantivo
Verbo + Verbo
(reduplicação)
abelha-rainha
aluno-mestre
abelhas-rainhas
alunos-mestres
amor-perfeito
amores-perfeitos
má-língua
más-línguas
primeira-dama
primeiras-damas
meio-dia
meios-dias
pega-pega
corre-corre
pegas-pegas
corres-corres
Nenhum elemento variará quando houver:
Verbo +
Pronome
ou
Advérbio
Verbos antonímicos
(sentidos opostos)
Frases substantivadas
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o bota-fora
os bota-fora
o fala-mansa
os fala-mansa
o leva-e-traz
os leva-e-traz
o perde-ganha
os perde-ganha
a Maria vai com as outras
as Maria vai com as outras
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Somente o primeiro elemento variará quando:
O segundo elemento
limitar o primeiro, indicando
finalidade ou semelhança
Houver preposição
Apenas o primeiro elemento do
composto for variável
decreto-lei
decretos-lei
salário-família
salários-família
cavalo-vapor
cavalos-vapor
caneta-tinteiro
canetas-tinteiro
olho de sogra
olhos de sogra
pé de moleque
pés de moleque
joão-ninguém
joões-ninguém
pedra-ume
pedras-umes
Somente o último elemento variará quando houver:
Sufixos
GRÃO e GRÃ
(significando ‘grande’)
e
BEL
(adjetivo ‘belo’)
Verbo
Advérbio
+
Interjeição
Prefixo
Substantivo
ou
Adjetivo
Compostos sem hífen
Onomatopeias
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lítero-musical
luso-brasileira
lítero-musicais
luso-brasileiras
Exceção:
surdo-mudo
Adjetivo + Adjetivo
surdos-mudos
grão-mestre
grão-mestres
grã-cruz
grã-cruzes
bel-prazer
bel-prazeres
guarda-pó
guarda-pós
sempre-viva
sempre-vivas
ave-maria
ave-marias
vizo-rei
vizo-reis
planalto
planaltos
fidalgo
fidalgos
mandachuva
mandachuvas
paraqueda
paraquedas
lobisomem
lobisomens
tico-tico
tico-ticos
bem-te-vi
bem-te-vis
pingue-pongue
pingue-pongues
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Alguns compostos admitem mais de uma forma pluralizada.
Exemplos:
fruta-pão
frutas-pão, frutas-pães
padre-nosso
padre-nossos, padres-nossos
salvo-conduto
salvo-condutos, salvos-condutos
etc.
ARTIGO – classe gramatical variável que antecede o substantivo, indicando
seu gênero e número.
O artigo pode ser:
Definido – refere-se a um ser preciso, determinado. É representado por o(s),
a(s).
Exemplos: O jogo foi fantástico. (Temos um jogo específico, do qual temos
conhecimento.)
Indefinido – refere-se a um ser de maneira imprecisa, vaga. É representado
por um, uma, uns, umas.
Exemplos: Um jogo foi fantástico. (Temos um jogo qualquer, não especificado.)
EMPREGO DO ARTIGO
O artigo definido pode:
- referir-se a uma espécie inteira.
Exemplo: O limão é azedo. (= Todo limão é azedo.)
- assumir o valor de pronomes demonstrativo e possessivo.
Exemplos:
Partirei no momento para a Espanha. (= este)
Na semana passada, eu estava com os pés inchados. (= meus)
- indicar intimidade ou familiaridade, quando empregado antes de nomes
próprios.
Exemplo:
Denise sempre estuda comigo. (não há familiaridade, intimidade)
A Denise sempre estuda comigo. (há familiaridade, intimidade)
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Importante!
O emprego do artigo definido será facultativo antes de pronomes
possessivos adjetivos.
Exemplo: Sua irmã é bonita.
ou
A sua irmã é bonita.
A anteposição do artigo substantiva qualquer palavra.
Exemplos:
O amar da cor à vida. (verbo passa a substantivo)
Ela me disse um não. (advérbio passa a substantivo)
(CESPE/UnB-2011/STM)
A respeito
segue.
do
texto
apresentado
acima,
julgue
o
item
que
se
2. A inserção do artigo definido plural “os” imediatamente antes da palavra “policiais”
(linha 6) não alteraria o sentido original do período.
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Comentário: A inserção do artigo definido “os” alteraria o sentido original do
período, pois traria uma ideia específica dos “policiais” entre tantos da mesma
carreira. Sem o artigo, a ideia é genérica, vaga, imprecisa.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2009-Ministério do Meio Ambiente)
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
3. A palavra "uso" (linha 4) está empregada como adjetivo.
Comentário: Conforme vimos, o artigo acompanha o substantivo. Em “(...) o uso
múltiplo (...)”, o vocábulo “uso” pertence à classe dos substantivos.
Gabarito: Errado.
OMISSÃO DO ARTIGO
Aqui, temos um ponto muito importante, pois é imprescindível para o
emprego do acento grave (aula 06).
Devemos omitir o artigo:
- antes de nomes ou expressões de sentido generalizado.
Exemplo: Tempo é dinheiro.
- antes do vocábulo casa, quando houver referência ao próprio lar.
Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos em casa. (e não “na casa”)
Dica estratégica!
Se o vocábulo casa estiver especificado, será admitido o emprego do artigo.
Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos na casa da Denise.
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- antes do vocábulo terra, significando terra firme.
Exemplo: Os marinheiros ficaram em terra. (e não “na terra”)
Dica estratégica!
Se o vocábulo terra estiver especificado, será admitido o emprego do artigo.
Exemplo: Os marinheiros ficaram na terra prometida.
- antes ou depois do pronome relativo cujo (e flexões).
Exemplo: Esta é a aluna a cuja mãe me referi. (a = preposição exigida pelo verbo
“referir-se”)
- antes de pronomes de tratamento iniciados por Vossa ou Sua.
Exemplos: Dirigi-me a Vossa Excelência. (a = preposição)
Escrevi uma carta a Sua Excelência, o deputado. (a = preposição)
Dica estratégica!
As formas de dona, senhora, senhorita e madame admitem a anteposição
de artigo.
Exemplos: A senhorita/senhora/dona/madame é muito bonita.
Pessoal, segue uma dica importante:
Quando o artigo estiver precedido da palavra TODO (e flexões), designará
totalidade; sem o artigo, significará “qualquer”, “cada”.
Exemplos:
Todos os alunos serão aprovados no concurso. (totalidade de alunos)
Todo dia estudamos para o concurso. (qualquer dia)
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15. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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ADJETIVO – classe de palavras que atribui qualidade ou estado a um
substantivo.
Os adjetivos podem ser:
Restritivos – atribuem características eventuais.
Exemplos: fogo baixo, homem sujo.
Explicativos – atribuem características inerentes, próprias.
Exemplos: fogo quente, homem mortal.
(CESPE/UnB-2011/Correios)
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16. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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Julgue o próximo item, relacionado à ordem dos termos linguísticos no texto.
4. A ordem das palavras nos sintagmas nominais “timidez excessiva” (linha 10),
“cartas virtuais” (linha 17) e “obras literárias” (linha 30) confirma a regra de que, em
geral, no português, o adjetivo vem posposto ao substantivo, principalmente quando
restritivo.
Comentário: A colocação dos adjetivos após os substantivos é a regra geral. É o
que ocorre em “timidez excessiva”, “cartas virtuais” e “obras literárias”. Os adjetivos
“excessiva”, “virtuais” e “literárias” são restritivos, ou seja, denotam uma qualidade
eventual do substantivo, devendo aparecer, em regra, posposto a este. Vale frisar
que, em certas circunstâncias, o significado do adjetivo poderá variar, se estiver
anteposto ou posposto ao substantivo.
Exemplos:
velho amigo (=amigo de longa data, antigo) / amigo velho (=amigo idoso).
bela garota (=garota de bons princípios) / garota bela (=garota bonita).
pessoa certa (=pessoa ideal) / certa pessoa (=qualquer pessoa).
pobre homem (=homem infeliz) / homem pobre (=homem sem recursos financeiros)
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2010/ABIN)
Com relação à estrutura coesiva, gramatical e vocabular do texto, julgue o item
seguinte.
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17. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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5. Os adjetivos "úteis" (linha 5), "atuais" (linha 6) e "perigosos" (linha 8) caracterizam
os "sistemas de inteligência" (linha 1).
Comentário: No contexto, os adjetivos “úteis” e “perigosos” referem-se aos
“sistemas de inteligência”. Entretanto, “atuais” relaciona-se a “adversários” (linha 7).
Gabarito: Errado.
Assim como os substantivos, os adjetivos flexionam-se em gênero e
número.
FLEXÃO DE GÊNERO
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:
Uniformes – são aqueles que contêm uma só forma.
Exemplos: aluno inteligente, aluna inteligente.
Biformes – flexionam-se em gênero, masculino e feminino.
Exemplos: aluno esperto, aluna esperta; rapaz cristão, moça cristã.
Nos adjetivos biformes, a regra geral é trocar a terminação -o por -a:
esperto, esperta; bonito, bonita.
Alguns adjetivos não seguem a regra acima.
Exemplo: trabalhador – trabalhadeira.
O adjetivo feminino de trabalhador não é trabalhadora ? Não, meus amigos.
O vocábulo trabalhadora é classificado como substantivo. Então, se quisermos
atribuir uma característica ao substantivo mulher, por exemplo, deveremos escrever
“mulher trabalhadeira”. Fiquem atentos!
Alguns adjetivos não variam em gênero. São os terminados em -u, -ês e -or.
Exemplos:
o cidadão/a cidadã zulu; o homem/a mulher cortês; o bilhete/a carta anterior.
Adjetivos terminados em “-eu”: troca-se a terminação por “-eia”.
Exemplos: europeu, europeia; plebeu, plebeia; pigmeu, pigmeia, ateu, ateia.
Exceções: judeu, judia; sandeu, sandia.
Em adjetivos terminados em “-ão”: troca-se a terminação por “-oa”, “-ã” ou
“-ona”.
Exemplos: beirão, beiroa; cristão, cristã; amigão, amigona.
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FLEXÃO DE NÚMERO
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras apresentadas para os
substantivos.
Exemplos: bonito – bonitos; bela – belas; esperto – espertos.
FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS
Regra geral: Como vimos na flexão dos nomes compostos, a regra geral dos
adjetivos compostos é flexionar somente o último termo.
Exemplos:
reunião lítero-musical
sapato marrom-escuro
reuniões lítero-musicais
sapatos marrom-escuros
Exceções: surdo-mudo
surdos-mudos; surda-muda
surdas-mudas.
Dica estratégica!
Quando o adjetivo composto estiver substantivado, ambos os elementos
variarão.
Exemplos:
o verde-claro os verdes-claros
o cinza-escuro os cinzas-escuros
Observação!
Os adjetivos compostos “azul-marinho”, “azul-celeste” e “ultravioleta”
são invariáveis.
- Quando os compostos indicadores de cor receberem auxílio de um
substantivo, nenhum elemento será flexionado.
Exemplos:
cinto rosa-claro
cintos rosa-claro
camisa verde-oliva
camisas verde-oliva
Observação!
Quando o substantivo for empregado em função adjetiva, ou seja, quando
estiver acompanhando o substantivo, permanecerá invariável.
Exemplos: gravatas laranja; camisas maçã.
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GRAUS DO ADJETIVO
O adjetivo pode apresentar-se nos graus:
- Normal – é a mera característica atribuída ao substantivo.
Exemplo: João é alto.
- Comparativo – compara dois seres ou objetos. Triparte-se em comparativo de
superioridade, igualdade e inferioridade.
Exemplos:
Eu sou mais alto do que ele. (comparativo de superioridade)
Eu sou tão alto quanto ele. (comparativo de igualdade)
Eu sou menos alto do que ele. (comparativo de inferioridade)
Dica estratégica!
Podemos comparar características de um mesmo ser.
Exemplos:
Ele é mais alto do que baixo. (comparativo de superioridade)
Ele é tão alto quanto magro. (comparativo de igualdade)
Ele é menos baixo do que alto. (comparativo de inferioridade)
- Superlativo – denota a característica do adjetivo em elevado grau, mas sem
estabelecer relações com outro ser. Divide-se em relativo e absoluto.
a) Relativo – intensifica a característica do ser em relação à totalidade de seres
semelhantes. Subdivide-se em superioridade e inferioridade.
Exemplos:
Eu sou o mais alto de todos. (superlativo relativo de superioridade)
Eu sou o menos alto de todos. (superlativo relativo de inferioridade)
b) Absoluto – subdivide-se em sintético (intensifica o adjetivo por meio de sufixos)
e analítico (o adjetivo é modificado por um advérbio de intensidade).
Exemplos:
Sou altíssimo. (superlativo absoluto sintético)
Sou muito alto. (superlativo absoluto analítico)
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20. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
SUPERLATIVOS ABSOLUTOS SINTÉTICOS ERUDITOS
No grau superlativo absoluto sintético, os adjetivos são denominados
eruditos. Exemplos:
Adjetivo
Superlativo absoluto
sintético
acre
amargo
antigo
célebre
cruel
difícil
doce
fácil
fiel
frio
humilde
acérrimo
amaríssimo
antiquíssimo
celebérrimo
crudelíssimo
dificílimo
dulcíssimo
facílimo
fidelíssimo
frigidíssimo
humílimo
Adjetivo
Superlativo absoluto
sintético
livre
magro
manso
mau
pequeno
pobre
sábio
sério
simples
terrível
libérrimo
macérrimo
mansuetíssimo
péssimo
mínimo
paupérrimo
sapientíssimo
seriíssimo
simplicíssimo
terribilíssimo
Atenção!
A forma superlativa absoluta sintética do adjetivo sério é seriíssimo
(palavra proparoxítona), e não “seríssimo”, como frequentemente ouvimos na
expressão popular, coloquial.
Locução adjetiva – expressão formada por uma preposição e um
substantivo. Equivale a um adjetivo.
Exemplos:
água de chuva = água pluvial
água de rio = água fluvial
suco de estômago = suco gástrico / estomacal
era de gelo = era glacial
período de guerra = período bélico
amor de irmão = amor fraternal
festas de verão = festas estivais
cordão de umbigo = cordão umbilical
atitude de paixão = atitude passional
jogada de mestre = jogada magistral
gesto de criança = gesto infantil / pueril
doença de fígado = doença hepática
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21. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2010/Instituto Rio Branco)
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22. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Com relação ao texto, julgue o item seguinte.
6. O adjetivo “dantesca” (linha 32) é utilizado metaforicamente para designar algo
assustador, uso que remete à visão que se tinha das viagens por mar na
Antiguidade.
Comentário: O adjetivo “dantesca” significa “medonha”, “assustadora”, “infernal”.
Sendo assim, não é empregado em seu sentido conotativo, metafórico, e sim no
sentido denotativo, dicionarizado. No contexto, caracteriza a visão de Ulisses.
Gabarito: Errado.
NUMERAL – classe de palavras que exprime quantidade, ordem,
multiplicação ou divisão.
O numeral classifica-se em:
Cardinal – designa quantidade.
Exemplos: zero, um, dois, três, quatro...
Ordinal – designa ordem.
Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto...
Uma dúvida muito comum ocorre quanto à classificação do numeral ambos.
Afinal, em qual das classificações de numerais essa palavra deve ser incluída ? Ora,
devemos classificá-lo como numeral cardinal, uma vez que substitui outro numeral
cardinal: “dois”.
E devemos empregá-lo com artigo ? Sempre que o numeral ambos estiver
antes de um substantivo, deveremos empregá-lo com artigo.
Exemplo: Ambos os alunos foram à festa. (= Os dois alunos foram à festa.)
Dica estratégica!
Os vocábulos último, penúltimo e antepenúltimo, por indicarem ordem, são
classificados como numerais ordinais.
Exemplos:
Ele foi o último a chegar.
José foi o antepenúltimo na corrida São Silvestre.
Multiplicativo – designa multiplicação.
Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...
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23. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Fracionário – indica divisão.
Exemplos: um terço, metade, meio, um quinto...
NUMERAIS
MULTIPLICATIVOS
FRACIONÁRIOS
duplo, dobro ou dúplice
meio ou metade
triplo ou tríplice
terço
quádruplo
quarto
quíntuplo
quinto
sêxtuplo
sexto
séptuplo
sétimo
óctuplo
oitavo
nônuplo
nono
décuplo
décimo
undécuplo
undécimo ou onze avos
duodécuplo
duodécimo ou doze avos
cêntuplo
centésimo
Dica estratégica!
Cuidado com algumas “armadilhas” de prova.
Exemplos:
A beata comprou um terço. (um = numeral cardinal; terço = substantivo)
Um terço dos alunos foi aprovado. (Um terço = numeral fracionário)
EMPREGO DO NUMERAL
Emprega-se numeral:
- na designação de séculos, reis, papas, príncipes, imperadores, capítulos de
obras, festas, feiras, utilizam-se algarismos romanos, devendo:
- usar o ordinal até o 10º.
Exemplos:
capítulo II = capítulo segundo
século VII = século sétimo
- usar o cardinal para os demais (desde que o numeral esteja posposto ao
substantivo).
Exemplos:
capítulo XII = capítulo doze
século XVII = século dezessete
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24. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Dica estratégica!
Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, deveremos lê-lo como
numeral ordinal.
Exemplos:
XII capítulo = décimo segundo capítulo
XVII século = décimo sétimo século
Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias e outros textos
oficiais, devemos:
- usar o ordinal até nove.
Exemplos: Artigo 3º (terceiro); Artigo 7º (sétimo)
- usar o cardinal de dez em diante.
Exemplos: Artigo 10 (dez); Artigo 20 (vinte); Artigo 46 (quarenta e seis).
No primeiro dia do mês, devemos:
- usar o numeral ordinal.
Exemplo: Hoje é dia primeiro.
- nos demais dias, devemos empregar o numeral cardinal.
Exemplo: Hoje é dia dez.
INTERJEIÇÃO – classe de palavras que exprime sentimentos ou emoções.
Exemplos:
Oba! Fui convocado para tomar posse! (alegria)
Você vai conseguir. Coragem! (animação)
Psiu! Você está falando muito alto. (silêncio)
Mantenha distância! Líquido inflamável. (advertência)
Ai! Cortei o dedo. (dor)
Cruzes! (medo)
Olá, pessoal! (saudação)
Raramente aparece alguma questão explorando o emprego das interjeições.
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25. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
ADVÉRBIO – classe de palavras invariável que exprime circunstância.
Modifica adjetivos, verbos e advérbios, podendo, também, modificar uma oração.
Exemplos:
Ela é muito bonita. (muito = advérbio)
Estudarei hoje. (hoje = advérbio)
Você escreve muito bem. (muito = advérbio)
Provavelmente você passará no concurso. (provavelmente = advérbio)
CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO
O advérbio pode apresentar as seguintes circunstâncias:
- tempo: amanhã, agora, anteontem, ontem, hoje, breve, antes, depois, jamais,
nunca, outrora, sempre etc.
Exemplo: Anteontem fizemos a prova.
Atenção!
Os advérbios nunca e jamais indicam tempo, e não negação. Fiquem
atentos!
- lugar: aqui, ali, cá, lá, acolá, atrás, dentro, embaixo, longe, perto etc.
Exemplo: Fique aqui, pois voltarei rapidamente.
- modo: bem, mal, depressa, assim, alerta, felizmente etc.
Exemplo: Sentiu-se bem após ver o gabarito da prova.
Em geral, os advérbios terminados em -mente são obtidos a partir do adjetivo
feminino: “educada + mente = educadamente”. Por essa razão, o -a, de
“educadamente” deve ser classificado como desinência de gênero feminino.
Entretanto, nem todos os advérbios terminados em -mente são oriundos de
adjetivos biformes: “feliz + -mente = felizmente”; “cortês + mente = cortesmente”.
Também não podemos dizer que todos os advérbios terminados em -mente
apresentam a circunstância de modo. Querem ver ? Por exemplo, na frase “Choveu
torrencialmente.”, o advérbio “torrencialmente” intensifica a forma verbal “Choveu”.
Logo, é um advérbio de intensidade: “Choveu muito”.
Dica estratégica!
Quando advérbios terminados em -mente estiverem em sequência, podemos
empregar o sufixo apenas no último.
Exemplo: Os policiais agiram calma e sabiamente.
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26. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
- intensidade: bastante, demais, mais, menos, muito, pouco, quão, assaz, tão etc.
Exemplo: Quão feliz fiquei ao saber o resultado do concurso. (= Fiquei muito feliz ao
saber o resultado do concurso.)
- dúvida: certamente, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez etc.
Exemplo: Possivelmente vocês passarão no concurso.
- afirmação: certamente, decididamente, efetivamente, realmente, sim etc.
Exemplo: Realmente vocês se divertirão muito com o enredo do filme.
- negação: não, absolutamente etc.
Exemplo: Não durma tarde!
GRAUS DO ADVÉRBIO
O advérbio apresenta os seguintes graus:
Comparativo
a) de superioridade: Ela fala mais sabiamente do que você.
b) de igualdade: Ela fala tão sabiamente quanto você.
c) de inferioridade: Ela fala menos sabiamente do que você.
Superlativo
a) absoluto sintético: Saí cedíssimo em direção ao museu.
b) absoluto analítico: Saí muito cedo em direção ao museu.
Dicas estratégicas!
1ª) Na linguagem coloquial (popular), o advérbio pode receber sufixo diminutivo
-inho. Nesses casos, porém, o sufixo possui valor superlativo.
Exemplos: Ele fez exercícios cedinho. (= muito cedo)
Ela dorme pertinho de você. (= muito perto)
2ª) A repetição do advérbio assume valor superlativo.
Exemplos: Devo estudar cedo, cedo. (= muito cedo)
Seus olhos eram azuis, azuis. (= muito azuis)
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27. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Alguns adjetivos possuem valor adverbial.
Exemplos: O aluno falou alto. (de maneira alta)
O rapaz está investindo pesado nos estudos. (de maneira pesada)
Locução adverbial – é o conjunto de duas ou mais palavras que tem o
mesmo valor de um advérbio. Normalmente sua estrutura é composta de uma
preposição e um substantivo.
Exemplos:
Atrasado para a prova, o candidato saiu às pressas.
O carro virou à direita.
Sempre vou a pé.
(CESPE/UnB-2004/STM)
Julgue o seguinte
texto acima.
item,
a
respeito
da
organização
das
ideias
no
7. Textualmente, o advérbio "daí" (linha 2) estabelece uma referência temporal para
a obtenção do sucesso.
Comentário: No texto, o advérbio “daí” denota a circunstância de início da obtenção
do sucesso, isto é, marca-o temporalmente.
Gabarito: Certo.
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28. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)
Com relação à correção gramatical e à adequação da linguagem do
texto apresentado às necessidades da redação oficial, julgue o
item seguinte.
8. Considerando-se as duas ocorrências do advérbio “onde”, primeiro e terceiro
parágrafos do documento, apenas na primeira respeitam-se as normas do padrão
escrito formal da língua portuguesa para o emprego desse advérbio.
Comentário: O advérbio “onde” deve ser empregado apenas para designar lugares.
É errado dizer “Estamos numa situação onde é necessário cuidado.”. O correto,
nesse caso, é empregar “em que”: “Estamos numa situação em que é necessário
cuidado”. Então, no texto da questão, a frase correta seria “Tem ocorrido, em anos
anteriores, (...) nos dias de folia carnavalesca, em que a ingestão (...)”.
Na segunda ocorrência, o emprego de “onde” está correto, pois designa um lugar
(Praça do DI).
Gabarito: Errado.
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29. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)
Julgue o seguinte item, a respeito do uso das estruturas linguísticas na organização
das ideias do texto acima.
9. A omissão do advérbio "já" (linha 1) manteria a coerência entre os argumentos,
mas não permitiria inferir que, no passado, "Criatividade e inovação" (linha 1) foram
consideradas "desafios do futuro" (linha 2).
Comentário: “Criatividade e inovação já não são encaradas como desafios do
futuro (...)” – o advérbio “já”, de circunstância temporal, possibilita inferir que, no
passado, “criatividade” e “inovação” eram tidas como “desafios do futuro”.
Se escrevêssemos “Criatividade e inovação não são encaradas como desafios do
futuro.” sem o advérbio já, haveria tão somente a afirmação de que, no presente,
“criatividade” e “inovação” não são “desafios do futuro”, prejudicando a inferência.
Entretanto, a coerência entre os argumentos é mantida, tal como afirma o
examinador.
Gabarito: Certo.
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30. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Palavras (e locuções) denotativas – não se enquadram nas classes de
palavras. Podem expressar, por exemplo:
Exemplos:
EXPRESSA
Adição
Afastamento
Afetividade
Aproximação
Concessão
Designação
Exclusão
Explicação
Inclusão
Negação
Realce
(Pode ser retirada do período
sem prejuízo
para a estrutura
sintática)
Restrição
Retificação
Situação
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PALAVRA(S) (E LOCUÇÕES)
DENOTATIVA(S)
EXEMPLO
ademais; além disso; ainda;
Ajudou-me
financeiramente.
ainda por cima, além de tudo ... Além disso, casou-se comigo.
embora
“Vou-me
embora
pra
Pasárgada” (Manuel Bandeira)
ainda bem que; felizmente;
Lamentavelmente, perdemos
infelizmente ...
o jogo.
quase, praticamente, cerca de, Havia cerca de vinte pessoas.
aproximadamente ...
mesmo; assim mesmo; ainda Mesmo com muito sono,
assim ...
permaneceu ao volante.
eis ...
Eis o concurso por que tanto
estudo.
apenas; exceto; sequer; só;
Só você passou no concurso.
somente ...
a saber; isto é; por exemplo ... Amanhã, isto é, sábado, será
o meu dia.
até; até mesmo; inclusive;
Romário fez uma ótima jogada.
mesmo; também ...
Até a torcida adversária o
aplaudiu.
não, tampouco, absolutamente, Você me empresta seu carro?
pois sim ...
Pois sim.
é que; é quem; sobretudo;
mesmo ...
em termos; em parte;
relativamente ...
aliás; isto é; ou melhor; ou
antes, digo ...
afinal; então, agora, em suma
...
Eu é que passei no concurso.
Você é quem foi aprovado.
Você, pessoalmente, é muito
linda.
Acertei todas as questões, isto
é, passei no concurso.
Afinal,
você
passou
no
concurso ?
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31. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2010/AGU)
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32. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Acerca dos aspectos
julgue o seguinte item.
semânticos
e
gramaticais
do
texto
apresentado,
10. O vocábulo pesado pode ser empregado no lugar de "pesadamente" (linha 24),
sem que isso acarrete prejuízo ao sentido e à correção gramatical do texto.
Comentário: Conforme vimos no estudo dos advérbios, alguns adjetivos possuem
valor possuem valor adverbial:
O aluno falou alto. (de maneira alta)
O rapaz está investindo pesado nos estudos. (de maneira pesada)
Em outras palavras, é possível substituir o advérbio “pesadamente” pelo
adjetivo “pesado” sem acarretar prejuízo ao sentido e à correção gramatical do
texto.
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2010/AGU)
A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.
11. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo.
Comentário: Segundo as lições sobre advérbio, o vocábulo “talvez” denota a
circunstância de dúvida. O perigo da questão reside na palavra denotativa até, visto
que denota a circunstância de inclusão.
Gabarito: Errado.
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33. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2011/STM)
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
12. A palavra “ontem” (linha 4) poderia ser deslocada para imediatamente após
“divulgada” (linha 5) sem causar prejuízo para a correção gramatical do período.
Comentário: De acordo com a gramática tradicional, a ordem direta da frase é:
Sujeito + Verbo + Complemento(s) + Adjunto Adverbial
Conforme estudamos, o advérbio exerce a função sintática de adjunto adverbial.
É possível, porém, deslocar elementos dentro da estrutura frasal, sem que
haja prejuízo para a correção gramatical do período. Nesses casos devemos
observar o emprego da vírgula, conforme veremos detalhadamente na aula sobre
pontuação:
“Esse dado foi revelado ontem”.
Esse dado foi ontem revelado.
Esse dado, ontem, foi revelado.
Ontem(,) esse dado foi revelado.
Gabarito: Certo.
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34. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2011/TRE-ES)
Com relação
seguir.
a
aspectos
linguísticos
do
texto,
julgue
o
item
a
13. A expressão “ao menos” (linha 15) poderia ser substituída, sem prejuízo
semântico ou sintático para o texto, pela expressão até mesmo.
Comentário: A expressão ao menos é equivalente a “pelo menos”. Sendo assim,
não é possível substituí-la por até mesmo, visto que esta expressão denota
circunstância de inclusão.
Gabarito: Errado.
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35. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
PREPOSIÇÃO - classe gramatical invariável que liga termos.
Exemplos:
Confiamos em seu sucesso.
Preciso de dinheiro.
CLASSIFICAÇÃO DA PREPOSIÇÃO
A preposição pode ser:
Essencial - desempenha a função típica de preposição desde sua origem: a, ante,
após, com, até, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob,
sobre, trás.
Dica estratégica!
As preposições essenciais exigem o emprego de mim e ti.
Exemplo: O trabalho foi feito por mim. (Na frase, indica o valor de agente)
Venceremos por ti. (Na frase, indica o valor de paciente)
Acidental - palavra que pertence a uma outra classe gramatical, mas que é usada
como preposição: afora, como, conforme, consoante, fora, exceto, salvo,
malgrado, durante, mediante, segundo, menos, que, senão etc.
Exemplos:
Temos que passar no concurso. (conjunção empregada como preposição)
Muitos sorriram, exceto ele. (advérbio empregado como preposição)
Dica estratégica!
As preposições acidentais exigem o emprego de eu e tu.
Exemplos: Muitos sorriram, exceto eu. / Todos foram à praia, senão tu.
Observação!
A preposição pode unir-se a outros elementos.
Exemplo:
A moça foi ao teatro. (a (preposição) + o (artigo definido))
O carro estacionado é deste rapaz. (=de (preposição) + este (pron. demonstrativo))
Você está numa enrascada. (= em (preposição) + uma (artigo indefinido))
Após as provas, iremos à praia. (= a (preposição) + a (artigo definido))
Iremos àquela praia maravilhosa após as provas. (a (preposição) + aquela (pronome
demonstrativo))
Com nomes próprios, não há união: Ele é colunista de O Globo.
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36. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
VALOR SEMÂNTICO DA PREPOSIÇÃO
As preposições que forem meramente exigidas pelo termo regente (verbo ou
nome) são chamadas de relacionais.
Exemplos:
Preciso de dinheiro. (o verbo precisar rege preposição de)
Aquele rapaz caminha igual a você. (o adjetivo igual rege preposição a)
Já as preposições que não forem exigidas pelo termo regente (verbo ou
nome) são chamadas de nocionais. Vejamos alguns exemplos:
A
O filho puxou ao avô. (conformidade)
Fomos a Copacabana. (destino)
Escrevam a lápis. (instrumento)
ANTE
Ficou conversando ante o portão de casa. (posição)
Ante o sucesso na profissão, ficou satisfeito. (causa)
ATÉ
Dirigimo-nos até a praia do Leme. (espaço)
Conversaram sobre futebol até às cinco horas da tarde. (tempo)
COM
O mendigo morreu com a fome. (causa)
Brindarei a aprovação com a namorada. (companhia)
Bateu na cabeça do prefeito com o jornal. (instrumento)
DE
Vim de Belém. (origem)
Falei muito de futebol. (assunto)
A moça dirigia-se à faculdade de anel no dedo. (companhia)
EM
Cursou a grade curricular e graduou-se em Letras. (especialidade)
Ficamos em seu apartamento. (lugar)
PARA
O vizinho veio para ajudá-la a consertar o encanamento. (finalidade)
Comprou a passagem e viajou para a Europa. (destino)
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37. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
POR
Vendia legumes por dois reais. (preço)
Atualmente, as pessoas comunicam-se muito por celular. (meio)
Locução prepositiva – grupo de palavras equivalente a uma preposição. A
última palavra deve ser uma preposição essencial.
Estava à mercê dos recursos de prova.
Caminhávamos à beira da água.
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38. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Em relação às ideias
julgue o item a seguir.
e
às
estruturas
linguísticas
do
texto
acima,
14. Nas duas ocorrências de “superior a” (linhas 13 e 15), “a” funciona como artigo
definido.
Comentário: Em ambas as ocorrências, o “a” representa uma preposição, exigida
pelo adjetivo “superior”.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2010/TRT-21ª Região)
Com relação ao sentido e
julgue os itens subsequentes.
às
estruturas
linguísticas
do
texto
acima,
15. No trecho “A que deu origem a O Dedo na Ferida foi realizada no ano passado”
(linhas 7-8), o elemento a recebe a mesma classificação na primeira e na segunda
ocorrências.
Comentário: Na primeira ocorrência, o a corresponde ao pronome demonstrativo
aquela (veremos esse assunto detalhadamente na próxima aula). Já na segunda, o
a é uma preposição, exigida pelo verbo “dar”.
Gabarito: Errado.
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39. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2005/TRE-PA)
Assinale a opção correta no que se refere às estruturas lingüísticas empregadas no
texto III.
16. Na linha 3, é indiferente, do ponto de vista semântico, o emprego da preposição
“sobre” ou sob.
Comentário: O emprego das preposições “sobre” e “sob” denota acepções
distintas. No contexto, “sobre” significa “a respeito de”. Já a preposição “sob” traz a
noção de “em baixo de”: O escorpião dorme sob a pedra.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco-Adaptada)
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40. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Em relação às ideias
julgue o item a seguir.
e
às
estruturas
linguísticas
do
texto
acima,
17. O termo “pelo” (linha 26) é resultado da contração das formas antigas da
preposição per e do artigo o.
Comentário: Nesta questão, o examinador exigiu dos candidatos o conhecimento
acerca da preposição arcaica “per”. Contraindo-se a preposição com o artigo “o”,
obtém-se a forma “pelo”.
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2009/Instituto Rio Branco)
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41. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Julgue os itens a seguir, a respeito da organização do texto acima.
18. A preposição por, usada em “pela participação do homem” (linha 1), tem a
função de introduzir um agente para a institucionalização das “relações sociais”
(linha 1).
Comentário: A preposição “por” pode introduzir as noções de agente ou paciente:
O trabalho foi feito por você. (Na frase, indica o valor de agente)
Venceremos por você. (Na frase, indica o valor de paciente)
No contexto em questão, é introduzida a acepção de agente – “a participação
do homem”.
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2008/TST)
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42. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima.
19. A retirada da preposição em “de transformar” (linha 3) violaria as regras de
gramática da língua portuguesa, já que essa expressão complementa “capacidade”
(linha 2).
Comentário: Quando houver somente um termo regente, será possível omitir a
segunda preposição, sem que haja violação às regras gramaticais. No contexto,
“capacidade” rege preposição “de” – capacidade de trabalhar –, podendo esta
preposição ser suprimida antes de “transformar”.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2011/Correios)
Com relação ao texto acima, julgue o item a seguir.
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43. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
20. Em “a despeito da tradição filosófica” (linha 13), o emprego da preposição “a”
deve-se à relação sintática que o substantivo “despeito” estabelece com o verbo
“colocar” (linha 12).
Comentário: A preposição “a” integra a locução prepositiva “a despeito de”, que traz
uma noção concessiva:
A despeito de seu empenho, passará no concurso.
Sendo assim, a justificativa do enunciado está incorreta.
Gabarito: Errado.
(CESPE/UnB-2011/FUB)
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44. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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Considerando
aspectos
item subsequente.
lexicais
e
tipológicos
do
texto,
julgue
o
21. Em “importar dos Estados Unidos da América” (linha 1), a preposição de,
contida em “dos”, expressa ideia de procedência.
Comentário: A questão explorou o valor semântico das preposições. No contexto
em que está inserida, a preposição de carrega a noção de origem, procedência:
“importado de algum lugar”.
Gabarito: Certo.
(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)
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45. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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Com base no texto apresentado, julgue o item a seguir.
22. Em "muito a aprender" (linha 4), "a" é preposição.
Comentário: A preposição é uma classe de palavras responsável por ligar
elementos. Em locuções verbais, quando estiver presente, a preposição une os
verbos: “tem muito a aprender”. Nesse caso, o advérbio “muito” foi inserido na
locução com a noção de intensidade.
Gabarito: Certo.
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46. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
(CESPE/UnB-2007-TRE-AP)
Considerando o texto, assinale a opção correta com referência ao emprego das
classes de palavras e à acentuação gráfica.
1. Referem-se todas a substantivos próprios as seguintes siglas empregadas no
texto: PA, PNRA, INCRA e PRONERA.
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47. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2011/STM)
A respeito
segue.
do
texto
apresentado
acima,
julgue
o
item
que
se
2. A inserção do artigo definido plural “os” imediatamente antes da palavra “policiais”
(linha 6) não alteraria o sentido original do período.
(CESPE/UnB-2009-Ministério do Meio Ambiente)
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
3. A palavra "uso" (linha 4) está empregada como adjetivo.
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48. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2011/Correios)
Julgue o próximo item, relacionado à ordem dos termos linguísticos no texto.
4. A ordem das palavras nos sintagmas nominais “timidez excessiva” (linha 10),
“cartas virtuais” (linha 17) e “obras literárias” (linha 30) confirma a regra de que, em
geral, no português, o adjetivo vem posposto ao substantivo, principalmente quando
restritivo.
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49. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2010/ABIN)
Com relação à estrutura coesiva, gramatical e vocabular do texto, julgue o item
seguinte.
5. Os adjetivos "úteis" (linha 5), "atuais" (linha 6) e "perigosos" (linha 8) caracterizam
os "sistemas de inteligência" (linha 1).
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50. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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(CESPE/UnB-2010/Instituto Rio Branco)
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51. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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Com relação ao texto, julgue o item seguinte.
6. O adjetivo “dantesca” (linha 32) é utilizado metaforicamente para designar algo
assustador, uso que remete à visão que se tinha das viagens por mar na
Antiguidade.
(CESPE/UnB-2004/STM)
Julgue o seguinte
texto acima.
item,
a
respeito
da
organização
das
ideias
no
7. Textualmente, o advérbio "daí" (linha 2) estabelece uma referência temporal para
a obtenção do sucesso.
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52. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)
Com relação à correção gramatical e à adequação da linguagem do
texto apresentado às necessidades da redação oficial, julgue o
item seguinte.
8. Considerando-se as duas ocorrências do advérbio “onde”, primeiro e terceiro
parágrafos do documento, apenas na primeira respeitam-se as normas do padrão
escrito formal da língua portuguesa para o emprego desse advérbio.
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53. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)
Julgue o seguinte item, a respeito do uso das estruturas linguísticas na organização
das ideias do texto acima.
9. A omissão do advérbio "já" (linha 1) manteria a coerência entre os argumentos,
mas não permitiria inferir que, no passado, "Criatividade e inovação" (linha 1) foram
consideradas "desafios do futuro" (linha 2).
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54. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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(CESPE/UnB-2010/AGU)
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55. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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Acerca dos aspectos
julgue o seguinte item.
semânticos
e
gramaticais
do
texto
apresentado,
10. O vocábulo pesado pode ser empregado no lugar de "pesadamente" (linha 24),
sem que isso acarrete prejuízo ao sentido e à correção gramatical do texto.
(CESPE/UnB-2010/AGU)
A respeito de aspectos linguísticos do texto, julgue o item a seguir.
11. No verso 5, os vocábulos “Talvez” e “até” expressam circunstâncias de tempo.
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56. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2011/STM)
Com base no texto acima, julgue o item a seguir.
12. A palavra “ontem” (linha 4) poderia ser deslocada para imediatamente após
“divulgada” (linha 5) sem causar prejuízo para a correção gramatical do período.
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57. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
(CESPE/UnB-2011/TRE-ES)
Com relação
seguir.
a
aspectos
linguísticos
do
texto,
julgue
o
item
a
13. A expressão “ao menos” (linha 15) poderia ser substituída, sem prejuízo
semântico ou sintático para o texto, pela expressão até mesmo.
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58. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco)
Em relação às ideias
julgue o item a seguir.
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e
às
estruturas
linguísticas
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do
texto
acima,
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59. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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14. Nas duas ocorrências de “superior a” (linhas 13 e 15), “a” funciona como artigo
definido.
(CESPE/UnB-2010/TRT-21ª Região)
Com relação ao sentido e
julgue os itens subsequentes.
às
estruturas
linguísticas
do
texto
acima,
15. No trecho “A que deu origem a O Dedo na Ferida foi realizada no ano passado”
(linhas 7-8), o elemento a recebe a mesma classificação na primeira e na segunda
ocorrências.
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60. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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(CESPE/UnB-2005/TRE-PA)
Assinale a opção correta no que se refere às estruturas lingüísticas empregadas no
texto III.
16. Na linha 3, é indiferente, do ponto de vista semântico, o emprego da preposição
“sobre” ou sob.
(CESPE/UnB-2008/Instituto Rio Branco)
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61. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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Em relação às ideias
julgue o item a seguir.
e
às
estruturas
linguísticas
do
texto
acima,
17. O termo “pelo” (linha 26) é resultado da contração das formas antigas da
preposição per e do artigo o.
(CESPE/UnB-2009/Instituto Rio Branco)
Julgue os itens a seguir, a respeito da organização do texto acima.
18. A preposição por, usada em “pela participação do homem” (linha 1), tem a
função de introduzir um agente para a institucionalização das “relações sociais”
(linha 1).
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62. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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(CESPE/UnB-2008/TST)
Julgue os seguintes itens a respeito do texto acima.
19. A retirada da preposição em “de transformar” (linha 3) violaria as regras de
gramática da língua portuguesa, já que essa expressão complementa “capacidade”
(linha 2).
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63. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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(CESPE/UnB-2011/Correios)
Com relação ao texto acima, julgue o item a seguir.
20. Em “a despeito da tradição filosófica” (linha 13), o emprego da preposição “a”
deve-se à relação sintática que o substantivo “despeito” estabelece com o verbo
“colocar” (linha 12).
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64. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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(CESPE/UnB-2011/FUB)
Considerando
aspectos
item subsequente.
lexicais
e
tipológicos
do
texto,
julgue
o
21. Em “importar dos Estados Unidos da América” (linha 1), a preposição de,
contida em “dos”, expressa ideia de procedência.
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65. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
Teoria e questões comentadas
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(CESPE/UnB-2009/DETRAN-DF)
Com base no texto apresentado, julgue o item a seguir.
22. Em "muito a aprender" (linha 4), "a" é preposição.
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66. Língua Portuguesa para a Polícia Federal
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------------------------------------------------------------------Gabarito
01. ERRADO
02. ERRADO
03. ERRADO
04. CERTO
05. ERRADO
06. ERRADO
07. CERTO
08. ERRADO
09. ERRADO
10. CERTO
11.ERRADO
12. CERTO
13. ERRADO
14. ERRADO
15. ERRADO
16. ERRADO
17. CERTO
18. CERTO
19. ERRADO
20. ERRADO
21. CERTO
22. CERTO
Sempre
que
precisarem,
façam
contato
fabianosales@estrategiaconcursos.com.br .
por
meio
do
endereço
Bons estudos e até o próximo encontro!
Forte abraço!
Prof. Fabiano Sales.
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