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FUNDAMENTOS
DE
HARDWARE
________________________________________________________________________________
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS COMPUTADORES................................................................... 2
1.1 Ábaco (aproximadamente 3500 a.c)............................................................................... 2
1.2 Bastões de Napier (1610 - 1614)..................................................................................... 2
1.3 Réguas de Cálculo (1621)................................................................................................ 3
1.4 Calculadora de Pascal (1642) .......................................................................................... 3
1.5 Calculadora de Leibnitz (1671)........................................................................................ 4
1.6 Placa Perfurada (1801).................................................................................................... 4
1.7 Arithmometer (1820) ...................................................................................................... 5
1.8 Máquina diferencial de Babbage (1823)......................................................................... 5
1.9 Máquina Analítica ........................................................................................................... 6
1.10 Máquina de Hollerith (1886)........................................................................................... 6
1.11 Mark I .............................................................................................................................. 7
1.12 ABC (Atanasoff Berry Computer) .................................................................................... 7
1.13 ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator)................................................... 8
1.14 John Von Newman .......................................................................................................... 8
1.15 ALTAIR 8800 .................................................................................................................... 9
1.16 Apple ............................................................................................................................. 10
2. Hardware Básico ............................................................................................................... 10
2.1 Definição de computador................................................................................................... 11
2.2 Arquitetura de Von Neumann............................................................................................ 12
3. Conceitos básicos de eletrônica........................................................................................ 12
3.1 Principais grandezas elétricas ............................................................................................ 12
3.2 Lei de Ohm ......................................................................................................................... 13
3.3 Tipos de corrente ............................................................................................................... 13
3.4 Resistores ........................................................................................................................... 13
3.5 Capacitores......................................................................................................................... 14
3.6 Diodos.................................................................................................................................14
3.7 Transistores........................................................................................................................ 15
3.8 CI’s ...................................................................................................................................... 15
3.9 Outros componentes importantes em hardware.............................................................. 15
4. Ferramentas básicas recomendadas ................................................................................16
4.1 Alguns softwares ................................................................................................................ 17
4.2 Ter um local estruturado para fazer a manutenção é essencial........................................17
5. Usando o multímetro digital............................................................................................. 17
5.1 Padronização de Cores e Tensões da Fonte de Computadores......................................... 19
6. Placa-mãe.......................................................................................................................... 20
6.1 Tipos de placas ...................................................................................................................20
________________________________________________________________________________
6.2 Alguns dispositivos contidos na placa................................................................................ 22
6.3 Diagrama em bloco de uma placa-mãe ............................................................................. 30
6.3.1 Exemplo placa-mãe Gigabyte.................................................................................... 31
7. Memórias.......................................................................................................................... 32
7.1 MEMÓRIA VIRTUAL............................................................................................................ 32
7.2 Encapsulamentos ............................................................................................................... 32
7.3 Instalação de memórias .....................................................................................................36
8. Outros dispositivos de hardware...................................................................................... 37
8.1 Hard disk.............................................................................................................................37
8.2 Conector de dados ............................................................................................................. 38
8.3 Drives de CD/DVD............................................................................................................... 39
8.4 Placas e conexões diversas................................................................................................. 40
9. Processadores................................................................................................................... 43
9.1 Arquitetura da CPU ............................................................................................................ 44
9.2 Sinais de controle ............................................................................................................... 44
9.3 Encapsulamentos ............................................................................................................... 45
9.4 Arquitetura RISC, CISC e Híbrida ........................................................................................ 46
10. Montagem..................................................................................................................... 46
10.1 Acabamento do gabinete................................................................................................. 47
10.2 Ventilação do gabinete .................................................................................................... 48
10.3 Ligação do painel frontal do Gabinete ............................................................................. 48
11. Procedimentos para configuração do SETUP................................................................ 49
11.1 O que é BIOS ?.................................................................................................................. 49
11.2 O Setup............................................................................................................................. 49
12. Reparação...................................................................................................................... 50
12.1 Códigos de erro da BIOS...................................................................................................50
12.2 Sintomas de defeitos comuns.......................................................................................... 53
12.2.1 Tela escura, sem sons....................................................................................................53
12.2.2 Tela escura com beeps.................................................................................................. 56
12.2.3 No ROM Basic, System Halted......................................................................................56
12.2.4 Teclado troca caracteres............................................................................................... 59
12.2.5 “Keyboard Error” durante o boot.................................................................................60
12.2.6 Sistema operacional inválido ........................................................................................ 60
12.2.7 HDD Controller Failure ................................................................................................. 61
12.2.8 Mouse inativo............................................................................................................... 61
12.2.9 Imagem sem sincronismo, desde que o PC é ligado....................................................62
12.2.10 Imagem sem sincronismo no Windows ...................................................................... 63
12.2.11 CMOS Ckecksum Error – Defaults Loaded ..................................................................63
12.2.12 Cursor do mouse não caminha direito na tela............................................................ 63
12.2.13 Erros na memória durante o uso normal do PC.......................................................... 63
________________________________________________________________________________
12.2.14 Travamentos e falhas no Windows............................................................................. 66
12.2.15 Erros de leitura no disco rígido ................................................................................... 68
12.2.16 PC reseta sozinho ........................................................................................................ 69
12.2.17 Travamento na finalização do Windows..................................................................... 70
12.2.18 Windows trava na inicialização................................................................................... 70
12.2.19 Limpeza de contatos ................................................................................................... 72
Limpando a poeira ............................................................................................................ 72
Limpando os contatos ....................................................................................................... 72
Limpeza rápida.................................................................................................................. 74
Mau contato em cabos............................................................................................74
Consertando o cabo........................................................................................................... 76
12.2.20 Problemas com o drive de CD-ROM............................................................................ 76
Limpeza na cabeça............................................................................................................ 76
Abrindo o drive de CD-ROM ........................................................................................... 77
13. Referências.................................................................................................................... 79
COMPLEMENTO:
14. Os principais cuidados com os programas ao montar um PC .................................................. 80
________________________________________________________________________________
1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HARDWARE
Como tudo funciona?
Para um leigo, um computador pode parecer uma máquina misteriosa, uma “caixa preta” onde
de alguma forma mística são guardadas e processadas informações.
Porém, de misterioso os computadores não têm nada. Tudo funciona de maneira ordenada, e
até certo ponto simples. O objetivo principal deste trabalho é dar uma visão geral sobre os
componentes que formam um microcomputador, e como tudo funciona.
No decorrer deste trabalho você conhecerá mais a fundo cada componente, aprenderá a montar
e configurar micros padrão PC e a solucionar problemas de funcionamento, estando pronto
para resolver seus próprios problemas, ajudar amigos, ou mesmo trabalhar na área de
manutenção.
Bons estudos!
Gelber Xavier de Freitas
Abril 2014
________________________________________________________________________________
2
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS COMPUTADORES
1.1 Ábaco (aproximadamente 3500 a.c)
Um instrumento para auxiliar nos cálculos. Conhecido em chinês como Suan-pan e em
japonês como Soroban, ainda é muito utilizado nos países asiáticos e em alguns centros de
ensino pelo mundo.
Fig. 1 – Ábaco
1.2 Bastões de Napier (1610 - 1614)
Passaram-se séculos sem que qualquer invenção ficasse registrada até que fossem
criados tais bastões. Eram tabelas móveis de multiplicação e divisão feitas de marfim. O
responsável foi um nobre escocês chamado John Napier, inventor também dos logaritmos.
Fig. 2 – Bastões de Napier
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3
1.3 Réguas de Cálculo (1621)
As tabelas de Napier influenciaram diretamente a invenção da régua de cálculo,
concretizada pelo matemático inglês William Oughtred com uma forma circular considerada
como um dos primeiros dispositivos analógicos de computação. A Régua de Cálculo e as
calculadoras mecânicas foram largamente utilizadas até 1970, quando surgiram as
calculadoras eletrônicas.
Fig. 3 – Régua de cálculo
1.4 Calculadora de Pascal (1642)
Inventada por Blaise Pascal, matemático francês; construída com rodas dentadas, seu
intuito era simplificar o ofício do pai, que era contador; Conhecida como Pascaline.
Fig. 4- Pascaline
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4
1.5 Calculadora de Leibnitz (1671)
Inventada pelo filósofo e matemático alemão de Leipzig, Gottfried Wilhelm von
Leibnitz , introduziu o conceito de realizar multiplicações e divisões através de adições e
subtrações sucessivas. Em 1694, a máquina foi construída e apresentava certa evolução em
relação à Calculadora de Pascal.
Fig. 5 – Calculadora de Leibnitz
1.6 Placa Perfurada (1801)
Joseph Marie Jacquard introduziu o conceito de armazenamento de informações em
placas perfuradas, que não eram usadas especificamente em processamento de dados, mas
para controlar uma máquina de tecelagem. Esse processo despertou já nessa época, temor pelo
desemprego, provocando uma grande reação popular contra essa espécie de pré-automação.
Fig. 6 – Máquina perfuradora
________________________________________________________________________________
5
1.7 Arithmometer (1820)
Charles Xavier Thomas, projetou e construiu uma máquina capaz de efetuar as 4
operações aritméticas básicas: a Arithmometer. Esta foi a primeira calculadora realmente
comercializada com sucesso: até 1850 vendeu-se cerca de 1500 Arithmometers. Ela fazia
multiplicações com o mesmo princípio da calculadora de Leibnitz e com a assistência do
usuário efetuava as divisões.
Fig. 7 – Máquina para operações matemáticas básicas
1.8 Máquina diferencial de Babbage (1823)
Charles Babbage, um matemático e engenheiro britânico, construiu uma máquina - a
máquina de diferenças — que baseava se também no princípio de discos giratórios e era
operada por uma simples manivela. Babbage é considerado o precursor dos modernos
computadores eletrônicos digitais.
Fig. 8 – Máquina diferencial
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6
1.9 Máquina Analítica
Em 1833, Babbage projetou uma máquina bastante aperfeiçoada (com o auxílio de
Ada Lovelace), que chamou de Máquina Analítica. Ada é uma das poucas mulheres a figurar
na história do computador.
Fig. 9 – Máquina analítica
1.10 Máquina de Hollerith (1886)
Aproximadamente em 1885, Herman Hellerith, funcionário do Departamento de
Recenseamento dos E.U.A., percebeu que a realização do censo anual demorava cerca de 10
anos para ser concluído e que a maioria das perguntas tinha como resposta sim ou não. Em
1886 idealizou um cartão perfurado que guardaria as informações coletadas no censo e uma
máquina capaz de tabular essas informações. Construiu então a Máquina de Recenseamento
ou Máquina Tabuladora, perfurando-se cerca de 56 milhões de cartões.
Fig. 10 – Máquina de Hollerith
________________________________________________________________________________
7
1.11 Mark I
Foi criado entre 1937 e 1944, durante a II Guerra Mundial. Uma calculadora
eletromecânica muito grande, idealizada por H. Aiken na Universidade de Harvard, foi
considerado o primeiro projeto de computador. Utilizava muitas válvulas, as operações
internas eram controladas por relés e os cálculos eram realizados mecanicamente. Integrava
conceitos de computadores digitais e analógicos, pois tinha sistema eletrônico e mecânico na
mesma máquina. Media 2,5 m de altura e 18 m de comprimento.
Fig. 11 – Mark I
1.12 ABC (Atanasoff Berry Computer)
Criado em 1939. Foi o primeiro a usar válvulas para circuitos lógicos e o primeiro a
ter memória para armazenar dados, princípio no qual se baseiam os computadores digitais.
Fig. 12 – Computador ABC
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8
1.13 ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator)
Criado entre 1943 e 1946. Foi considerado o primeiro grande computador digital. Não
usava um programa de armazenamento interno. Os programas eram introduzidos por meio de
cabos, o que fazia sua preparação para cálculos demorar semanas. Ocupava 170 m², pesava 30
toneladas, funcionava com 18 mil válvulas e 10 mil capacitores, além de milhares de
resistores a relé, consumindo uma potência de 150 kW. Como tinha vários componentes
discretos, não funcionava por muitos minutos seguidos sem que um deles quebrasse. Chega a
ser em algumas operações, mil vezes mais rápido que o MARK I.
Fig. 13 - ENIAC
1.14 John Von Newman
Matemático húngaro formula nos Estados Unidos a proposição prática para
computadores universais, que armazenam programas em memórias, melhorando o método
inicialmente utilizado pelo ENIAC. Esse princípio é utilizado nos computadores até hoje.
Em 1951 se inicia a produção em série de computadores (IBM/UNIVAC).
Em 1961 chegou o primeiro computador no Brasil: um UNIVAC 1105, ainda com
válvulas, para o IBGE.
________________________________________________________________________________
9
Fig. 14 – IBM/UNIVAC
1.15 ALTAIR 8800
Na década de 80, nasceu a Intel, que começou a desenvolver o primeiro
microprocessador, o Intel 4004 de 4 bits, um circuito integrado com 2250 transistores,
equivalente ao ENIAC.
O 4004 foi seguido pelo Intel 8008 de 8 bits e, mais tarde, pelo Intel 8080. O primeiro
microcomputador da história foi o Altair 8800, que usava o chip Intel 8088, tornou-se padrão
mundial da época para os microcomputadores de uso pessoal, abrindo uma nova era na
história da informática.
Fig. 15 – Altair 8800
________________________________________________________________________________
10
1.16 Apple
Sthephen Wozniak e Steve Jobs formaram em 1976 uma pequena empresa, a Apple,
onde construíram, numa garagem de fundo de quintal, o Apple I. Um ano depois, com um
novo e melhor projeto, surge o Apple II, primeiro microcomputador com grande sucesso
comercial e, mais tarde, o Apple III. Em 1983 entra no mercado o Lisa e em 1984 o
Macintosh, com tecnologia de 32 bits.
Fig. 16 – Apple I
Em 1981, a IBM entrou no mercado de micros, introduzindo o PC, um
microcomputador com tecnologia de 16 bits (Intel 8088) que em pouco tempo se tornou um
padrão.
E a partir desta época, até os dias de hoje, a evolução é constante, com processadores
cada vez mais rápidos e eficientes.
2. Hardware Básico
Fig. 17 – Periféricos de entrada e saída
________________________________________________________________________________
11
Conjunto de dispositivos elétricos/eletrônicos que englobam a CPU, a memória e os
dispositivos de entrada/saída de um sistema de computador.
Composto de objetos tangíveis: circuitos integrados, placas de circuito impresso,
cabos, fontes de alimentação, memórias, impressoras, monitores, teclados etc.
Parte física, aquela com a qual temos contato.
Fig. 18 – Algumas partes físicas
2.1 Definição de computador
Fig. 19 - Estrutura básica de um processo computacional
Conjunto de dispositivos eletrônicos interligados, que conseguem executar um
determinado trabalho, orientado por um programa e em grande velocidade.
________________________________________________________________________________
12
2.2 Arquitetura de Von Neumann
Uma unidade central de processamento recebe informações através de uma unidade de
entrada de dados, processa estas informações segundo as especificações de um programa
armazenado em uma unidade de memória, e devolve os resultados através de uma unidade de
saída de dados.
Fig. 20 – arquitetura de Von Neumann
3. Conceitos básicos de eletrônica
3.1 Principais grandezas elétricas
- Tensão: é a diferença de potencial (d.d.p.) elétrico entre dois pontos de um condutor;
unidade de medida: Volts (V)
- Corrente elétrica: é a carga elétrica em movimento ao longo de um condutor;
unidade de medida: Ampére (A)
- Resistência: é a dificuldade que um condutor oferece à passagem de uma corrente
elétrica, ou a perda de energia que uma carga sofre ao atravessar um condutor.
unidade de medida: ohms (Ω)
________________________________________________________________________________
13
3.2 Lei de Ohm
Quanto maior a tensão maior será a corrente, e quanto maior a resistência menor será a
corrente.
Podemos traduzir isto na seguinte equação:
V = R * I
3.3 Tipos de corrente
- alternada: caracterizados pelos pólos fase (127 a 220V) e neutro.
Exemplo: a tomada
- contínua: caracterizado por pólos positivo e negativo, e não variam no tempo.
Exemplo: baterias, pilhas, saída de fonte
Fig. 21 – Exemplo de corrente alternada e contínua em uma fonte de PC
3.4 Resistores
Componente que tem como característica diminuir a corrente ou tensão para uma
determinada aplicação.
Fig. 22 – Simbologia e aspecto de um resistor
________________________________________________________________________________
14
Tabela 1 – Código de cores dos resistores
3.5 Capacitores
Componente eletrônico com capacidade de armazenar cargas.
Fig. 23 – Tipos de capacitores
3.6 Diodos
É um componente elétrico que permite que a corrente atravesse-o num sentido com
muito mais facilidade do que no outro. O tipo mais comum de diodo é o diodo semicondutor,
no entanto, existem outras tecnologias de diodo.
Fig. 24 – Aspecto e símbolo de um diodo
________________________________________________________________________________
15
3.7 Transistores
Fig. 25 – símbolo e aspecto de um transistor
3.8 CI’s
Fig. 26 – Aspecto de um circuito integrado
3.9 Outros componentes importantes em hardware
- Reguladores de tensão: imagem semelhante ao transistor, veja fig. 25.
- Fusível: utilizado por fontes, estabilizadores e filtros, na maioria dos casos este fusível
é de 5A;
Fig. 27 – Fusível de vidro
________________________________________________________________________________
16
4. Ferramentas básicas recomendadas
KIT FERRAMENTAS:
- Chaves de fenda
pequena e média;
- Chaves Philips
pequena e média;
- Pinças curvas e retas;
- Alicates de bico e de
corte;
Multímetro digital
Estação de solda
Sugador de solda
Chave teste Lupa pequena ou de bancada
________________________________________________________________________________
17
Soprador de ar - Pincel pequeno e grande;
- Lanterna.
Tabela 2 – Ferramentas básicas
4.1 Alguns softwares
- Windows (XP, Server, Seven, Vista);
- Linux;
- CD de testes e drivers;
- Office;
- E outros softwares.
4.2 Ter um local estruturado para fazer a manutenção é
essencial
- Bancada ou mesa com gavetas;
- Ambiente com boa iluminação;
- Local para colocar os equipamentos (prateleira, armário, etc);
- Computador;
5. Usando o multímetro digital
Um multímetro digital pode ajudar bastante nas atividades de hardware,
principalmente em manutenção. Com ele você pode checar as tensões da fonte de alimentação
e da rede elétrica, checar o estado da bateria da placa de CPU, etc. Seu custo é menor do que
você pensa. Com cerca de 20 reais, você compra um modelo simples.
________________________________________________________________________________
18
Fig. 28 – Multímetro digital
Um multímetro possui duas pontas de prova, uma vermelha e uma preta. A preta deve
ser conectada no ponto do multímetro indicado com GND ou COM (este é o chamado
―terra‖). A ponta de prova vermelha pode ser ligada em outras entradas, mas para a maioria
das medidas realizadas, a ligação é feita no ponto indicado com V--mA.
Uma chave rotativa é usada para selecionar o tipo de medida elétrica a ser feita: V para
voltagem,  para resistência e mA para corrente. Uma chave é usada para a medição de
voltagens em AC (corrente alternada) ou DC (corrente contínua). Por exemplo, para medir as
tensões da fonte de alimentação, ou a tensão da bateria, usamos a chave em DC. Para medir as
tensões da rede elétrica, utilizamos a escala AC.
Para cada grandeza elétrica existem várias escalas. Por exemplo, entre as várias
posições da chave rotativa, podem existir algumas específicas para as seguintes faixas de
voltagem: 200 mV, 2 V, 20 V, 200 V e 2000 V.
Se você pretende medir a tensão da bateria da placa de CPU (em torno de 3 volts), não
use a escala de 2V, pois tensões acima de 2V serão indicadas como 1,9999 V. Escolha então a
escala de 20V, pois terá condições de fazer a medida esperada. Da mesma forma, para medir a
tensão de uma rede elétrica de 220 volts (use AC, pois trata-se de tensão alternada), não
escolha a escala de 200 volts, pois a máxima tensão medida será de 199,99 volts. Escolha
então a escala de 2.000 volts ou outra para tensões elevadas.
Como regra geral, sempre que a leitura indicada tem valor máximo ou outra indicação
que esteja fora da escala, devemos utilizar uma escala maior. Quando não temos idéia
aproximada da tensão que vamos medir, devemos começar com a escala de maior valor
possível, pois se medirmos uma tensão muito elevada usando uma escala baixa, podemos
danificar o aparelho.
Para medir a tensão entre dois pontos, selecione a escala e encoste as pontas de prova
nos terminais nos quais a tensão deve ser medida. Muitas vezes queremos fazer medidas de
________________________________________________________________________________
19
tensão relativas ao terra (o terminal ―negativo‖ da fonte de alimentação). Você pode então
fixar a ponta de prova preta em um ponto ligado ao terra (por exemplo, os fios pretos do
conector de alimentação da placa de CPU) e usar a outra ponta de prova para medir a tensão
no ponto desejado.
5.1 Padronização de Cores e Tensões da Fonte de
Computadores
Antes de tentar medir as tensões da fonte deveremos saber que as tensões e cores dos
fios são padronizadas, assim sendo todo o fio vermelho será 5V, amarelo 12V e assim por
diante. Note que os conectores poderão ser diferentes, mas as cores nunca.
Para ficar mais fácil aqui uma lista com as cores dos fios e suas tensões:
Vermelho (+5V)
Branco (-5V)
Preto (Terra ou GND)
Verde (PSO)
Azul (-12V)
Laranja (3.3 V)
Amarelo (+12V)
Roxo (+5VSB)
Cinza (Power)
Fig. 29 – conectores de uma fonte ATX
________________________________________________________________________________
20
Atividade prática:
• Vamos medir a fonte de um PC, para isso iremos fazer um jumper no conector da
fonte entre o fio verde (PSO) e o preto (GND).
• Verificar a tensão da tomada
• Verificar a voltagem da bateria da placa-mãe
OBS.: Somente faça as medições em ambiente claro, sossegado e livre de
interferências tais como crianças ou animais, pois um erro ou esbarrão poderá
danificar seu equipamento irremediavelmente. Não invente gambiarras ou ferramentas
e sempre tenha atenção ao que esteja fazendo.
6. Placa-mãe
Placa-mãe, também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito
impresso eletrônico/electrónico. É considerado o elemento mais importante de um
computador, pois tem como função permitir que o processador se comunique com todos os
periféricos instalados. Na placa-mãe encontramos não só o processador, mas também a
memória RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os conectores do barramento
PCI e os chipset, que são os principais circuitos integrados da placa-mãe e são responsáveis
pelas comunicações entre o processador e os demais componentes.
6.1 Tipos de placas
- AT:
AT é a sigla para (Advanced Technology). Trata-se de um tipo de placa-mãe já antiga.
Seu uso foi constante de 1983 até 1996. Um dos fatos que contribuíram para que o padrão AT
deixasse de ser usado (e o ATX fosse criado), é o espaço interno reduzido, que com a
instalação dos vários cabos do computador (flat cable, alimentação), dificultavam a circulação
de ar, acarretando, em alguns casos danos permanentes à máquina devido ao super
aquecimento. Isso exigia grande habilidade do técnico montador para aproveitar o espaço
disponível da melhor maneira. Além disso, o conector de alimentação da fonte AT, que é
ligado à placa-mãe, é composto por dois plugs semelhantes (cada um com seis pinos), que
devem ser encaixados lado a lado, sendo que os fios de cor preta de cada um devem ficar
localizados no meio. Caso esses conectores sejam invertidos e a fonte de alimentação seja
ligada, a placa-mãe será fatalmente queimada. Com o padrão AT, é necessário desligar o
computador pelo sistema operacional, aguardar um aviso de que o computador já pode ser
desligado e clicar no botão "Power" presente na parte frontal do gabinete. Somente assim o
equipamento é desligado. Isso se deve a uma limitação das fontes AT, que não foram
projetadas para fazer uso do recurso de desligamento automático. Os modelos AT geralmente
são encontrados com slots ISA, EISA, VESA nos primeiro modelos e, ISA e PCI nos mais
novos AT (chamando de baby AT quando a placa-mãe apresenta um tamanho mais reduzido
que os dos primeiros modelos AT). Somente um conector "soldado" na própria placa-mãe,
que no caso, é o do teclado que segue o padrão DIN e o mouse utiliza a conexão serial.
________________________________________________________________________________
21
Posição dos slots de memória RAM e socket de CPU sempre em uma mesma região na placa-
mãe, mesmo quando placas de fabricantes diferentes. Nas placas AT são comuns os slots de
memória SIMM ou SDRAM, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe.
Fig. 30 -Placa tipo AT (antiga)
- AT e ATX:
Modelo de transição entre o AT e o ATX uma vez que as duas tecnologias são
encontradas simultaneamente. Esta é uma estratégia criada pelos fabricantes para obterem
maior flexibilidade comercial.
- ATX:
ATX é a sigla para (Advanced Technology Extended). Pelo nome, é possível notar que
trata-se do padrão AT aperfeiçoado. Um dos principais desenvolvedores do ATX foi a Intel.
O objetivo do ATX foi de solucionar os problemas do padrão AT (citados anteriormente), o
padrão apresenta uma série de melhoras em relação ao anterior. Atualmente todos os
computadores novos vêm baseados neste padrão. Entre as principais características do ATX,
estão:
- o maior espaço interno, proporcionando uma ventilação adequada,
- conectores de teclado e mouse no formato mini-DIM PS/2 (conectores menores)
- conectores serial e paralelo ligados diretamente na placa-mãe, sem a necessidade de
cabos,
________________________________________________________________________________
22
- melhor posicionamento do processador, evitando que o mesmo impeça a instalação de
placas de expansão por falta de espaço.
Quanto à fonte de alimentação, encontramos melhoras significativas. A começar pelo
conector de energia ligado à placa-mãe. Ao contrário do padrão AT, não é possível encaixar o
plug de forma invertida. Cada orifício do conector possui um formato, que dificulta o encaixe
errado. A posição dos slots de memória RAM e socket de CPU variam a posição conforme o
fabricante. Nestas placas serão encontrados slots de memória SDRAM, Rambus, DDR, DDR-
II, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe. Geralmente os slots de
expansão mais encontrados são os PCI, AGP, AMR/CNR e PCI-Express. As placas mais
novas vêm com entrada na própria placa-mãe para padrões de disco rígido IDE ou Serial
ATA.
Fig. 31 – placa tipo ATX
6.2 Alguns dispositivos contidos na placa
- Jumpers
Todas as placas de CPU, mesmo as mais modernas, possuem uma grande quantidade
de jumpers (também chamados de "straps"). Tratam-se de pequenas peças plásticas, medindo
alguns milímetros, nas quais existem dois contatos ligados internamente. Esses jumpers são
encaixados em pinos metálicos existentes nas placas de CPU e nas placas de expansão, e
________________________________________________________________________________
23
servem para definir determinadas opções de funcionamento a nível de hardware. Em cada par
de pinos metálicos, existem duas opções: com jumper ou sem jumper. Existem também trios
de pinos metálicos, nos quais existem três opções de encaixe: 1-2, 2-3 ou sem conexão. Cada
uma delas possui um significado diferente. Para saber o exato significado de cada jumper, é
preciso consultar as instruções existentes no manual da placa em questão.
Fig. 32 - jumpers
- CMOS e bateria
O chip CMOS possui dupla função:
- Um relógio-calendário
- Uma pequena quantidade de memória RAM
Graças à presença da bateria que mantém o chip CMOS em funcionamento
permanente, mesmo quando o computador está desligado, o relógio-calendário do chip
CMOS passa o tempo todo marcando horas, minutos, segundos, dias, meses e anos. A
memória RAM possui uma capacidade muito pequena, em geral apenas 64 bytes, mas é
suficiente para armazenar as diversas opções de funcionamento a nível de hardware.
Alguns exemplos dessas opções são:
- A quantidade de memória RAM
- O tipo de microprocessador instalado
- O número e os tipos dos drivers de disquete
- Parâmetros do disco rígido
- Parâmetros relacionados com a velocidade de acesso à memória
- Parâmetros relacionados com a velocidade de acesso aos slots
- Senhas
- Habilitação das interfaces existentes na placa de CPU
- Modos de atuação da memória cache
Todos esses itens devem ser programados quando é feita a instalação da placa de CPU.
________________________________________________________________________________
24
Fig. 33 – Cmos e bateria
- Barramentos
Barramentos são conjuntos de sinais digitais com os quais o microprocessador
comunica-se com o seu exterior. Isto inclui:
- Memória
- Chips da placa de CPU (Ex: VLSI)
- Placas de expansão
A maior parte dos sinais digitais que compõem os barramentos são originados no
próprio microprocessador, a partir dos seus três barramentos básicos:
- Barramento de dados
- Barramento de endereços
- Barramento de controle
- ISA
Este barramento é formado pelos slots de 8 e 16 bits existentes nas placas de CPU, e
também é usado internamente nessas placas, para a comunicação entre o microprocessador e
determinados dispositivos da placa de CPU, como a interface de teclado, controladores de
interrupção, timers e diversos outros circuitos. Do ponto de vista do usuário, o que interessa é
a presença dos slots de 8 e 16 bits, conhecidos como "Slots ISA".
Fig. 34 – placa e slot ISA
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25
- PCI
Ao desenvolver o microprocessador Pentium, a Intel criou também um novo
barramento, veloz e muito mais versátil. Trata-se do barramento PCI (Peripheral Component
Interconnect), usado já nas primeiras placas de CPU Pentium a serem lançadas no mercado.
Possui as seguintes características:
- Opera com 32 ou 64 bits
- Apresenta taxas de transferência de até 132 MB/s, com 32 bits
- Possui suporte para o padrão PnP (Plug and Play)
Fig. 35 – placa PCI e slots ISA e PCI
- Conector para o teclado (ATX)
Placas ATX possuem na sua parte traseira, conectores de suas diversas interfaces.
Entre eles, encontramos o conector de teclado, padrão PS/2. Caso seja necessário ligar um
teclado com conector DIN (o tradicionalmente usado na maioria dos teclados), será necessário
utilizar um adaptador, normalmente fornecido junto com o gabinete, mas que também pode
ser comprado em separado, em lojas que revendem produtos de informática.
Fig. 36 – conexão com parte traseira da placa
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26
- Conector da fonte de alimentação (ATX)
As fontes de alimentação ATX utilizam um único conector de 20 vias, que deve ser
ligado na placa de CPU. A figura 8 mostra o conector existente na placa de CPU. Observe que
além da presença de uma guia plástica na parte lateral, os seus furos possuem formatos
diferentes, sendo alguns quadrados e outros pentagonais. Isto evita que o conector da fonte
seja ligado de forma invertida.
Fig. 37 – conexão com fonte ATX
- Conectores para o painel do gabinete
Trata-se de um grupo de pinos metálicos, nos quais devem ser encaixados pequenos
conectores existentes nas extremidades dos fios que partem dos dispositivos do painel frontal
do gabinete. Existem conexões para os LEDs, botão RESET, botão Power, alto falante, etc.
Fig. 38 – conectores com painel frontal gabinete
- Chipset
São muito importantes esses chips, responsáveis por várias tarefas vitais: controle da
memória DRAM, controle dos barramentos ISA e PCI, circuitos que formam as interfaces
IDE, controladores de DMA e de interrupções, etc.
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Chip: pastilha
Set: conjunto
Um dos circuitos mais importantes da placa-mãe, e todo seu desenvolvimento é
feito em paralelo com o processador, então a cada novo processador lançado no
mercado, é comum que exista apenas um chipset que o suporte.
Ex.: Norte e sul
Fig. 39 - chipset
- BIOS
O BIOS (Basic Input/Output System ou Sistema Básico de Entrada e Saída) é um
programa que fica armazenado em um chip de memória ROM, localizado na placa de CPU.
Junto com o BIOS, nesta mesma ROM, existe também um software para fazer a programação
da configuração de hardware, através da alteração dos dados do chip CMOS. Este programa é
chamado de CMOS Setup.
Fig. 40 - BIOS
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28
- AGP
Visando obter maior taxa de transferência entre a placa de CPU e a placa de vídeo
(obtendo assim gráficos com movimentos mais rápidos), a Intel desenvolveu um novo
barramento, próprio para comunicação com placas de vídeo especiais. Trata-se do AGP
(Accelerated Graphics Port).
Fig. 41 – Slot AGP
- Conectores das interfaces
Fig. 42 – conectores IDE e Disquete
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29
Fig . 43 - visão geral da placa mãe
Tabela 3 – indicações da visão geral da placa-mãe
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6.3 Diagrama em bloco de uma placa-mãe
Fig. 44 – Diagrama em bloco genérico
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31
6.3.1Exemplo placa-mãe Gigabyte
Fig. 45 – Placa Gigabyte e seu diagrama de bloco
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32
7. Memórias
A memória principal é um local de armazenamento de acesso rápido onde são
guardadas as instruções e os dados de que a CPU necessita para a execução de uma dada
tarefa.
RAM: Quando o computador é ligado, é ―carregada‖ na memória RAM a informação
(programas e drivers) necessária ao seu funcionamento. Quanto maior for a memória RAM,
mais informações poderá guardar, o que se traduz numa maior otimização. EX.: DIMM,
DDR, ETC.
ROM: As memórias ROM têm como função o armazenamento de instruções básicas
sobre o hardware do computador, tais como as rotinas de arranque, rotinas de teste de
dispositivos de hardware e todas as instruções necessárias para que o processador reconheça e
interaja corretamente com os dispositivos de entrada e saída. EX.: BIOS.
- CACHE: MAIS RÁPIDA:
-
- CACHE L1: encontra-se dentro do processador ou cache interna. A sua
capacidade pode ir até aos 128 Kbytes, divididos em duas partes (uma para dados e outra para
instruções).
- CACHE L2: encontra-se na motherboard ou dentro do processador (mais
recentemente). Quando é externa, a sua capacidade depende do chipset presente na
motherboard. Quando é interna, a capacidade varia de 128 Kbytes a 2 Mbytes.
- CACHE L3: encontra-se dentro do processador, e sua capacidade pode chegar até
8 MB, compartilhado (acessível a todos os núcleos).
7.1 MEMÓRIA VIRTUAL
É uma espécie de simulação de memória ram no hd. Pode ser habilitada ou
desabilitada pelo usuário do pc.
7.2 Encapsulamentos
É o padrão físico da memória ram, isto é, seu formato, quantidade de vias e tipo de slot
utilizado.
- Dip: pc’s antigos ( fabricados até 1991), são encaixados em conectores diretamente na
placa mãe, que além de ocupar muito espaço físico, são difíceis de encaixar.
Fig. 46 – memória DIP
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33
- SIPP: esse tipo encapsulamento é uma espécie de evolução do DIP. A principal
diferença é que esse tipo de memória possui, na verdade, um conjunto de chips DIP
que formavam um pente de memória. O padrão SIPP foi aplicado em placas-mãe de
processadores 286 e 386.
Fig. 47 – memória SIPP
- SIMM/30: Foi o primeiro tipo a usar um slot (um tipo de conector de encaixe) para
sua conexão à placa-mãe. Existiram pentes no padrão SIMM com capacidade de
armazenamento de 1 MB a 16 MB. Este tipo foi muito usado nas plataformas 386 e
486 (primeiros modelos).
Fig. 48 – memória SIMM/30
- SIMM/72: Usado principalmente nas placas de CPU Pentium com barramento de
dados 64 bits.
Fig. 49 – comparação entre SIMM/72 e SIMM/30
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34
- DIMM/168: Têm um total de 168 terminais, sendo 84 na face frontal e 84 na face
posterior. Módulos DIMM/168 operam com 64 bits simultâneos.
Fig. 50 – memória DIMM
- DIMM/184: Também conhecido como DDR. Tem o mesmo tamanho que o
DIMM/168, porém com um corte.
Fig. 51 – diferença entre DIMM e DDR
- RIMM/184: Encapsulamento RAMBUS, extremamente caras.
DESVANTAGEM: Placas que utilizam módulos RIMMs não podem ficar com slots vazios,
sendo necessário um módulo de continuidade C-RIMM.
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35
Fig. 52 – memória RIMM e C-RIMM
- DIMM/240: Também conhecida como DDR2, sendo 120 contatos de cada lado.
Fig. 53 – memória DDR2
- DDR3: Os módulos DDR3 utilizam os mesmos 240 contatos dos módulos DDR2 e
mantém o mesmo formato. A única diferença visível (fora etiquetas e códigos de
identificação) é a mudança na posição do chanfro, que passou a ser posicionado mais próximo
do canto do módulo.
Fig. 54 – memória DDR3
________________________________________________________________________________
36
Fig. 55 – comparação entre as 3 DDR’s
7.3 Instalação de memórias
Os módulos DIMM/168, DIMM/184, RIMM/184 e DIMM/240 são instalados nos
slots de forma idêntica. A principal diferença está na quantidade de cortes de cada módulo, o
que impede de ser instalado em um slot não projetado para ele.
Veja:
________________________________________________________________________________
37
Fig. 56 – encaixando e soltando a memória
8. Outros dispositivos de hardware
8.1 Hard disk
Também conhecido como winchester, trata-se de um aparelho responsável por
armazenar informações permanentemente nos computadores.
Fig. 57 – HD por dentro
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38
Fig. 58 – Divisão de trilhas e setores
Para armazenar e localizar dados em um HD, um dispositivo chamado controlador (ou
controladora) se utiliza de informações conhecidas por número de trilhas, setores e cilindros.
Fig. 59 – Visão parte de conexões do HD
8.2 Conector de dados
Fig. 60 - Cabo Flat IDE de 40 ou 80 Vias
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39
- Cabo SATA: trabalha com taxas de transferência superiores ao IDE
Fig. 61 – Cabo SATA
Antigamente o drive de disquete era de 5 ¼, ―atualmente‖ o drive utilizado é o 3 ½.
Fig. 62 - Cabo flat para conexão do disquete
8.3 Drives de CD/DVD
Fig. 63 – visão traseira de um drive de CD/DVD com conexão IDE
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40
8.4 Placas e conexões diversas
- Conector Serial e Paralela:
Fig. 64 – Porta serial e paralela
- Placa de vídeo:
Fig. 65 – Demonstração de conexão do cabo VGA a placa
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41
- Placa de áudio:
Fig. 66 – placa de áudio PCI
- Placa de rede:
Fig. 67 – Placa de rede com BNC e RJ-45
- Conector fonte AT:
Fig. 68 – ligação de fonte AT a placa-mãe
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42
- Saídas da fonte:
Fig. 69 – conexões de disquete, CD/DVD e HD
- Conexões do cooler:
Fig. 70 – Conexão do cooler do processador a placa-mãe
- Espaçadores e parafusos:
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43
Fig. 71 – Espaçadores e indicação de locais para fixação da placa-mãe
Fig. 72 – diferença entre os parafusos do gabinete, placas e drives
9. Processadores
Os processadores (ou CPUs, de Central Processing Unit) são chips responsáveis pela
execução de cálculos, decisões lógicas e instruções que resultam em todas as tarefas que um
computador pode fazer e, por esse motivo, são também referenciados como "cérebros" dessas
máquinas.
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44
9.1 Arquitetura da CPU
Fig. 73 – CPU internamente
 ULA: executa todas as operações aritméticas e lógicas;
 Registradores: onde os dados são temporariamente armazenados; Deles, a ULA, extraí
as instruções sobre as operações específicas a serem realizadas e sobre o segmento da
memória RAM onde esvaziará seus resultados depois de executar todas as instruções;
 Controle: controla o fluxo de informações e a ordem de execução do programa;
 Relógio: sincroniza perfeitamente a execução das operações.
9.2 Sinais de controle
Cada pino do processador tem uma determinada função, ou sinal.
O mais importante deles é o clock, que serve para sincronizar todo o funcionamento
do processador, ou seja, todos os circuitos do PC trocarão informações no momento em que o
clock permitir.
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45
Exemplo: Plataforma dos processadores QUAD Core da Intel
Fig. 74 – Comunicação entre CPU e RAM com intermédio do chipset norte
9.3 Encapsulamentos
Fig. 75 – tipos de CPU’s e soquetes
________________________________________________________________________________
46
9.4 Arquitetura RISC, CISC e Híbrida
 CISC: computador de conjunto de instruções complexo. Possui muitas instruções e é
lento.
 RISC: computador de conjunto de instruções reduzido. São mais simples, menores e
rápidos.
 Híbrido: computador de conjunto complexo e reduzido de instruções, ou seja, a junção
da CISC e RISC.
Obs.: a arquitetura CISC foi usada até os processadores Pentium e Pentium MMX, a partir do
Pentium II é usada a arquitetura Híbrida.
10. Montagem
Fig. 76 – placas e periféricos acoplados a Placa-mãe
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47
10.1 Acabamento do gabinete
Ao encaixar a placa-mãe no gabinete, não esquecer de remover a chapa metálica
padrão do gabinete e inserir o espelho próprio que acompanha a placa-mãe, conforme ilustra a
figura abaixo:
Fig. 77 – vista traseira do gabinete
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10.2 Ventilação do gabinete
A temperatura máxima admissível em um gabinete é de 45ºC.
Quando terminar de encaixar todas as placas e cabos deve-se organizar toda a fiação
interna de modo a não interromper a renovação de ar, conforme ilustra a figura abaixo:
Fig. 78 – Processo de refrigeração interna
10.3 Ligação do painel frontal do Gabinete
Fig. 79 – parte frontal de um gabinete AT
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49
11. Procedimentos para configuração do SETUP
11.1 O que é BIOS ?
Bios (Basic Input/Output System) nada mais é que um programa que localiza e
identifica os componentes básicos para o funcionamento do computador e para que o sistema
possa ser carregado.
11.2 O Setup
Já o Setup contém todas as informações para que o sistema reconheça os componentes
instalados no computador: se qualquer dispositivo não for identificado ou localizado pelo
BIOS, você terá problemas para fazê-lo funcionar no sistema operacional.
Para acessar o Setup do computador, quando o mesmo é ligado aparecerá uma
mensagem semelhante a esta :"Pressione a tecla <Del> para rodar o Setup". Pressione-a e
aparecerá esta tela: (este é um Setup do fabricante do BIOS chamado "Award", sendo que
cada placa-mãe tem uma versão de Setup, variando os fabricantes e versões.)
Fig. 80 – tela principal de uma BIOS AWARD
 Uma dica: nunca altere mais de uma opção ao mesmo tempo no Setup: altere
sempre uma opção de cada vez pois se seu computador apresentar problemas, você
saberá onde alterou para que volte a opção anterior. Se você alterar várias opções
de uma única vez ficará mais difícil saber onde está o problema...
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50
12. Reparação
12.1 Códigos de erro da BIOS
Durante o boot, o BIOS realiza uma série de testes, visando detectar com exatidão os
componentes de hardware instalados no micro. Este teste é chamado de POST (pronuncia-se
poust), acrônimo de "Power-On Self Test". Os dados do POST são mostrados durante a
inicialização, na forma da tabela que aparece antes do carregamento do sistema operacional,
indicando a quantidade de memória instalada, assim como os discos rígidos, drives de
disquetes, portas seriais e paralelas e drives de CD-ROM padrão IDE instalados no micro.
Além de detectar o hardware instalado, a função do POST é verificar se tudo está funcionando
corretamente. Caso seja detectado algum problema em um componente vital para o
funcionamento do sistema, como as memórias, processador ou placa de vídeo, o BIOS emitirá
uma certa seqüência de bips sonoros, alertando sobre o problema. Problemas menores, como
conflitos de endereços, problemas com o teclado, ou falhas do disco rígido serão mostrados na
forma de mensagens na tela.
O código de bips varia de acordo com a marca do BIOS (Award ou AMI, por
exemplo) podendo também haver pequenas mudanças de uma placa mãe para outra.
Geralmente, o manual da placa mãe traz uma tabela com as seqüências de bips usadas. As
instruções a seguir lhe servirão como referência caso não tenha em mãos o manual da placa
mãe:
AMI BIOS Tone POST Codes
Apito Condição de Erro
1 curto Atualização de DRAM
2 curtos Circuito de Paridade
3 curtos Memória Base 64K RAM
4 curtos Timer do Sistema
5 curtos Processador
6 curtos Controlador de teclado - gate A20
7 curtos Virtual mode exception
8 curtos Teste de memória (read/write) de vídeo
9 curtos ROM BIOS checksum
10 curtos CMOS shutdown read/write
11 curtos Memória Cache
1 longo, 3 curtos Memória Convencional/extendida
1 longo, 8 curtos Teste de Display/retrace
AWARD BIOS Tone POST Codes
Apito Condição de Erro
1 longo, 2 curtos Erro de Display - não é possível mostrar outras informações
Qualquer outro Erro de memória RAM
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*Demais problemas ou condições são mostrados na tela
Phoenix BIOS Tone POST Codes - Erros Fatais
Apito Condição
Nenhum teste de registro de CPU
Nenhum teste dos 64K RAM iniciais
Nenhum Procedimento de carregamento do vetor de interrupção
Nenhum falha de força CMOS/cálculo do checksum
Nenhum Procedimento de validação de configuração de vídeo
Nenhum vídeo funcionando com vídeo ROM
Nenhum vídeo funcional
Nenhum vídeo Monocromático funcional
Nenhum vídeo CGA funcional
1-1-3 CMOS write/read
1-1-4 ROM BIOS checksum
1-2-1 Timer do Sistema
1-2-2 inicialização do DMA
1-2-3 registro da página de DMA (write/read)
1-3-1 verificação da atualização da memória RAM
1-3-3 chip dos 64K RAM iniciais ou linha de dados
1-3-4 lógica odd/even dos 64K RAM iniciais
1-4-1 endereço de linha dos 64K RAM iniciais
1-4-2 falha de paridade nos 64K RAM iniciais
2-1-1 Bit 0, 64K RAM iniciais
2-1-2 Bit 1, 64K RAM iniciais
2-1-3 Bit 2, 64K RAM iniciais
2-1-4 Bit 3, 64K RAM iniciais
2-2-1 Bit 4, 64K RAM iniciais
2-2-2 Bit 5, 64K RAM iniciais
2-2-3 Bit 6, 64K RAM iniciais
2-2-4 Bit 7, 64K RAM iniciais
2-3-1 Bit 8, 64K RAM iniciais
2-3-2 Bit 9, 64K RAM iniciais
2-3-3 Bit 10, 64K RAM iniciais
2-3-4 Bit 11, 64K RAM iniciais
2-4-1 Bit 12, 64K RAM iniciais
2-4-2 Bit 13, 64K RAM iniciais
2-4-3 Bit 14, 64K RAM iniciais
2-4-4 Bit 15, 64K RAM iniciais
3-1-1 registro de DMA Slave
________________________________________________________________________________
52
3-1-2 registro de DMA Master
3-1-3 Registrador da interrupção Master
3-1-4 Registrador da interrupção Slave
3-2-4 controlador de teclado
3-3-4 inicialização do vídeo
3-4-1 retrace do vídeo
3-4-2 procura por ROM de vídeo em processamento
4-2-1 teste da interrupção do Timer
4-2-2 teste de Shutdown
4-2-3 falha na porta A20
4-2-4 interrupção inesperada em modo protegido
4-3-1 teste de RAM (endereço da falha >FFFFh)
4-3-3 Intervalo do timer canal 2
4-3-4 relógio do sistema
4-4-1 porta Serial
4-4-2 porta Paralela
4-4-3 teste do co-processador matemático
1-1-2* seleção da placa de sistema
1-1-3* Extender CMOS RAM
*código de áudio precedido por tom mais grave
IBM POST Tone Codes
Apito Condição
Nenhum placa mãe, fonte
1 curto Sistema passou por todos os testes
2 curtos Erro de display
contínuo Placa mãe, fonte
1 longo, 1 curto placa mães
1 longo, 2 curtos placa de vídeo
1 longo, 3 curtos EGA
3 longos cartão 3270
Tabela 4 – códigos de erro da BIOS
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53
12.2 Sintomas de defeitos comuns
Vejamos agora alguns sintomas de problemas típicos que podem ocorrer com um PC.
Para cada sintoma, serão indicadas as causas prováveis e as suas soluções:
12.2.1 Tela escura, sem sons
Você liga o computador e a tela fica apagada. Nenhum som é emitido pelo alto falante.
Parece que o computador está completamente inativo. Faça o seguinte:
1) Cheque se o monitor está ligado e conectado corretamente
2) Verifique se a chave 110/220 na parte traseira da fonte está correta
3) Confira as conexões da fonte
4) Veja se as placas de expansão estão bem encaixadas nos slots
5) Verifique o cabo flat IDE
6) Teste a fonte
7) Verifique os jumpers da placa de CPU
8) Verifique as memórias
9) Desmonte o PC e monte-o por partes
10) Use uma placa de diagnóstico
Monitor - A ausência de POST pode ter uma causa bastante simples, um erro gros-
seiro, mas também pode ser causada por um problema bastante sério. Comece verificando se
o monitor está ligado e se seus cabos estão conectados. Se possível teste o monitor em outro
computador.
Placa de vídeo - A placa de vídeo pode estar defeituosa ou mal conectada. Quando a
placa de vídeo não funciona, não aparece imagem no monitor, e o alto falante emite beeps
para indicar o erro. Entretanto, também é possível que durante o teste da placa de vídeo reali-
zado no POST, o BIOS apresente um travamento causado pela placa de vídeo defeituosa. Não
conseguiria portanto informar o erro através de beeps. Verifique então se a placa de vídeo está
encaixada corretamente. Depois de testar a fonte, você pode ainda experimentar colocar uma
outra placa de vídeo no PC, apenas para efeito de teste. Observe que se a placa antiga estiver
defeituosa, a nova placa enviará imagem ao monitor, você poderá executar um boot no modo
________________________________________________________________________________
54
MS-DOS, mas a placa não funcionará corretamente no Windows, pois estará sendo usado o
driver de vídeo da placa original.
Conexão da fonte - Também é possível que a fonte de alimentação não esteja cor-
retamente conectada na placa de CPU. Verifique se esta conexão está correta.
Placas de expansão – Quando uma placa de expansão está mal encaixada pode causar
travamentos quando o PC é ligado. Verifique se todas elas estão corretamente encaixadas nos
seus slots. As placas devem ser aparafusadas no gabinete, caso contrário podem soltar com
muita facilidade.
Cabo flat IDE - Se o PC ficou com tela escura e inativo logo depois que você fez
alguma alteração nas conexões dos dispositivos IDE, provavelmente aí está a razão do
problema. Você pode ter encaixado o cabo flat IDE de forma invertida, ou na interface IDE,
ou em algum dos dispositivos IDE.
Fonte - A fonte de alimentação é sempre suspeita em quase todas as anomalias que
ocorrem em um PC. É preciso verificar se suas tensões estão dentro da faixa de tolerância
permitida, e também se existe ripple.
Processador - O processador pode estar programado com clocks errados, ou pode ter
sido danificado por configuração de clocks e voltagens erradas, ou pelo fato do cooler ter pa-
rado ou ficado solto. Se o cooler estiver parado ou solto, é possível que isto tenha causado o
superaquecimento do processador, danificando-o. Será preciso trocar o processador.
A configuração de voltagem do processador é importantíssima. Quando um pro-
cessador está programado com uma voltagem errada, ou não funcionará, ou travará depois de
poucos minutos, ou então poderá ficar aquecido e queimar. Em PCs que utilizam overclock
(processador operando com clock mais elevado que o permitido), o processador poderá ter
queimado, ou simplesmente ter deixado de aceitar o clock elevado, devido ao desgaste.
Confira portanto se o clock interno e o externo estão corretamente configurados.
Memórias - Falha nas memórias também pode causar este problema. Quando existe
pelo menos uma quantidade mínima de memória RAM em boas condições, o POST pode
funcionar, pelo menos a ponto de emitir um código de beeps para indicar que a memória está
ruim. Entretanto, quando não existe memória alguma disponível, o POST não consegue
operar e o processador fica paralisado. Uma memória DRAM instalada no primeiro banco, ao
estar mal encaixada, com mau contato, defeituosa, ou mesmo sendo do tipo errado (tempo de
acesso inadequado, mistura de FPM com EDO, por exemplo) pode causar este problema.
Placas de diagnóstico - Muito valiosa é a ajuda de placas de diagnóstico como a PC
Sentry e a Omni Analyzer (www.spider.com.br). Essas placas possuem um display
hexadecimal que exibe um código através do qual podemos identificar em qual etapa o POST
foi paralisado. Podemos então direcionar os testes para aquele componente.
________________________________________________________________________________
55
Desmontar para testar - Em casos de ausência de POST, é possível que algum
componente esteja causando um curto-circuito ou outro efeito que resulte em travamento.
Desta forma o processador pode não funcionar, ou o POST pode travar nas suas etapas
iniciais. O procedimento recomendável neste caso é desconectar todos os módulos do PC, e
conectá-los por partes. Comece retirando todas as placas de expansão. Desconecte todos os
cabos flat que estiverem ligados na placa de CPU. Desfaça as conexões do painel frontal do
gabinete, deixando apenas o Reset e o PC Speaker. No caso de gabinetes ATX, deixe também
conectado o Power Switch. Desconecte o teclado, mouse, impressora, caixas de som e demais
dispositivos externos. O PC ficará apenas com a fonte ligada na placa de CPU, que por sua
vez estará ligada no Reset e Speaker (e Power Switch no caso de gabinetes ATX).
Ligue agora o computador e espere alguns minutos até a emissão de beeps. Se os
beeps não ocorrerem, tudo indica que existe um defeito, ou na placa de CPU ou na fonte.
Caso você tenha medido as tensões da fonte e esteja tudo OK, é muito provável que o
problema esteja na placa de CPU. O ideal nesse caso é substituir a fonte por uma em bom
estado, para ter a certeza absoluta de que a fonte original não é a causadora do problema.
Você deverá então fazer o conserto da placa de CPU, e se não for possível, fazer a sua troca.
Mais adiante neste capítulo mostraremos que tipos de conserto podem ser feitos na placa de
CPU.
Se depois de deixar o PC quase todo desmontado, você finalmente conseguir ouvir
beeps emitidos pelo PC Speaker, temos um bom sinal. Significa que o componente causador
do problema é um daqueles que você retirou. O PC está melhor que antes, pois nem estava
conseguindo emitir beeps. Consulte a tabela de Beep error codes no manual da placa de CPU
para identificar o problema detectado.
Monte o PC aos poucos, adicionando os componentes originais, até o problema se
manifestar novamente. Recomendamos a seguinte ordem:
1) Conecte a placa de vídeo e o monitor, ligue para testar
2) Conecte o teclado, ligue para testar
3) Conecte o drive de disquetes, tente executar um boot por disquete
4) Conecte o disco rígido, tente executar um boot limpo pelo disco rígido
5) Conecte o mouse e tente executar um boot limpo
6) Conecte a impressora tente executar um boot limpo
7) Conecte cada uma das placas de expansão e tente executar um boot limpo
Tabela 5 – Sequência de montagem do PC
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56
Em um desses testes, você verá que o problema retornou. Se não retornar, significa
que alguma conexão estava errada, e ao desmontar e montar, o problema foi solucionado.
Pode ter sido uma conexão errada, ou então algum mau contato. Se as placas estiverem com
poeira, é possível que a oxidação e a própria poeira estejam causando mau contato. Faça então
uma limpeza geral de contatos.
12.2.2 Tela escura com beeps
Tela escura com emissão de beeps pelo PC Speaker é um defeito menos ruim que tela
escura sem emissão de beeps. Você deve consultar a tabela de códigos de erro existente no
manual da sua placa de CPU. Você poderá desta forma investigar a causa do problema. Este
problema recai portanto no problema anterior (tela escura sem beeps) que acabamos de
apresentar.
Certas placas de CPU emitem beeps indefinidamente ao serem ligadas com um
módulo de memória defeituoso ou incompatível, ou então quando o cooler do processador não
está conectado corretamente. Normalmente a conexão do cooler na placa de CPU é chamada
CPU FAN. O BIOS dá a partida em baixa velocidade, e ao detectar que não existe rotação no
cooler (pode estar desligado ou ligado no conector errado), produz a seqüência de beeps e
paralisa o sistema, evitando que o uso do clock normal sobreaqueça e danifique o
processador.
A tela escura com beeps também pode ocorrer quando a placa de vídeo está mal
encaixada no seu slot, o que costuma ocorrer muito em gabinetes de precisão mecânica ruim.
12.2.3 No ROM Basic, System Halted
Essa mensagem de erro indica que o PC não conseguiu realizar o boot, nem pelo disco
rígido, nem por disquete. Como a seqüência de boot normal é primeiro tentar o drive A, para
em caso de falha, tentar o disco rígido, esta mensagem sempre indicará que existe algo de
errado com o disco rígido. Os problemas possíveis são:
 O disco rígido, ou a interface IDE, ou o cabo flat está defeituoso
 O disco rígido não está declarado no CMOS Setup
 O disco está com parâmetros errados no CMOS Setup
 Existe erro na configuração de jumpers do disco rígido
 A partição primária do disco rígido não está ativa
 O disco rígido foi atacado por vírus
 O disco rígido não está particionado
 O disco rígido não está formatado
 O cabo flat IDE de 80 vias está ligado de forma errada.
A mensagem ―No ROM Basic, System Halted‖ pode trazer a má notícia de que existe
um componente defeituoso. Pode ser um defeito no disco rígido, o que seria um grande
________________________________________________________________________________
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transtorno. Pode ser um defeito na interface IDE, o que também dará trabalho e terá um custo
para solucionar, mas pelo menos os dados do disco estarão a salvo. O cabo flat também pode
estar defeituoso, o que representa um prejuízo mínimo. Mas antes de colocar esses
componentes sob suspeita, outras verificações devem ser feitas.
Conferir as conexões - Devemos checar se as conexões do cabo flat na sua interface e
no disco rígido estão perfeitas. É possível ainda que um outro dispositivo ligado na mesma
interface IDE onde está ligado o disco rígido esteja com a conexão frouxa. Também é preciso
conferir a ligação da fonte de alimentação no disco rígido. Tome cuidado com o cabo flat IDE
de 80 vias. Os conectores das duas extremidades não são iguais, como ocorre com os cabos de
40 vias. O conector mais afastado dos outros dois (muitas vezes este conector é azul) é o que
deve ser ligado na interface IDE.
Fonte - Também neste caso é preciso checar as tensões da fonte de alimentação, já que
quando a fonte não está em perfeitas condições, vários defeitos podem ocorrer em diversos
componentes do PC.
Interferência da fonte - Muitos gabinetes possuem um local para a instalação do
disco rígido, acima ou abaixo da fonte de alimentação. Se o disco rígido está instalado deste
forma, procure remanejá-lo para outro local. Se não for possível, faça com que a carcaça do
disco fique voltada para a fonte. Quando a placa de circuito do disco rígido fica voltada para a
fonte (quando o HD está próximo da fonte), é comum ocorrerem interferências que
prejudicam o funcionamento do disco rígido. Confira também se os jumpers Master/Slave do
disco rígido estão configurados de forma correta.
Parâmetros no Setup - O próximo passo é verificar se o disco rígido está declarado
corretamente no Standard CMOS Setup: número de cabeças, número de setores e número de
cilindros. Em caso de problemas, comece simplificando outros parâmetros, como:
IDE block mode : desabilitar
IDE 32 bit transfers : desabilitar
PIO Mode : programe com zero
IDE Ultra DMA : desabilitar
Procure descobrir os parâmetros corretos do disco rígido. Muitas vezes essas infor-
mações estão impressas na sua carcaça. Pode também ser usado o comando Auto Detect IDE.
Se tiver o manual do disco rígido, lá também estão indicados esses parâmetros. Feita a
programação, tente executar um boot pelo disco rígido.
Seqüência de boot – Verifique no CMOS Setup como está definida a seqüência de
boot. Por exemplo, quando deixamos na opção ―CD-ROM / C:‖ e fazemos a instalação do
Windows XP, o boot será feito pelo CD-ROM mesmo depois que o sistema estiver instalado.
Se retirarmos o CD-ROM e não alterarmos a seqüência para ―C: / CD-ROM‖, o sistema
poderá apresentar erro no boot.
________________________________________________________________________________
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Problemas nas partições - Se mesmo assim a mensagem de erro persistir, execute um
boot através de um disquete. Acesse agora o disco rígido, usando por exemplo o comando
DIR C:. Se o disco rígido for acessado normalmente com este comando, e mesmo assim o
boot por ele não for possível, provavelmente falta declarar a sua partição primária como ativa.
Execute o programa FDISK, da mesma versão do sistema operacional existente no disco
rígido, e use o comando 2 – Definir partição ativa. Declare então que a partição primária
(partição 1) deve ser ativa. Depois de sair do FDISK, o boot já poderá ser executado pelo
drive C.
Formatação lógica e vírus - Talvez o problema não seja causado pelo fato da partição
não estar ativa. Pode ser que ao usar o comando DIR C: ocorra algum tipo de erro, como:
Unidade inválida Tipo de mídia inválido lendo a unidade C- O problema então é
mais sério, e provavelmente será preciso usar o programa FORMAT e/ou o FDISK, com
perda dos dados que estavam no disco rígido. É possível que o disco rígido não esteja sendo
acessado por não estar formatado, ou não estar particionado. Se o disco rígido estava
funcionando perfeitamente e passou a apresentar este problema, significa que áreas vitais
localizadas no seu início (tabela de partições, setor de boot, FAT e diretório raiz) foram
afetadas, ou por um vírus, ou por um transiente na rede elétrica. Para recuperar o disco rígido
sem perder os dados que anteriormente estavam no disco rígido, será preciso usar o programa
Image do Norton Utilities. Também será preciso que o programa Image seja executado a cada
boot, tornando possível uma eventual recuperação em um caso como este. Não será possível
recuperar dados de um disco com o programa Image se ele não tiver sido previamente
utilizado para fazer uma cópia das áreas vitais do disco.
Se o disco rígido estava vazio, ou se por algum outro motivo podemos descartar os
seus dados, podemos resolver o problema usando os programas FDISK e FORMAT. Se o
programa Image do Norton Utilities não foi previamente utilizado, provavelmente não será
possível recuperar os dados. O disco rígido, depois de reparado, ficará vazio.
Comece então fazendo uma verificação de vírus no disco rígido. Para isto será preciso
executar um boot com um disquete contendo um programa anti-vírus.
Suponha que não foram detectados vírus, mas ao executarmos o boot com um disquete
e usarmos o comando DIR C:, a mensagem de erro apresentada tenha sido:
Tipo de mídia inválido lendo a unidade C
Significa que a formatação lógica está ausente ou errada, pois o tipo de mídia (Media
Type) é uma das informações gravadas pelo programa FORMAT.COM. Usamos então o
comando:
FORMAT C: /S
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Depois desta formatação lógica, o boot poderá ser realizado pelo drive C. Entretanto,
este drive estará vazio, seus dados terão sido apagados.
Suponha que ao tentar acessar o drive C depois de um boot pelo drive A, a mensagem
de erro tenha sido:
Unidade inválida
Tente então usar, a partir do disquete, o comando:
FDISK /MBR
Tente agora realizar um boot pelo drive A e a seguir usar o comando DIR C:. Isto
deverá trazer de volta o drive, ou pelo menos mudar a mensagem de erro para ―Tipo de mídia
inválido‖. Se for desta forma, use agora o comando
FORMAT C: /S
Se o comando FDISK /MBR não resolver, será preciso usar o FDISK para criar e
ativar a partição primária. Execute então outro boot com o disquete e use o programa
FORMAT.
OBS: O Windows ME e o Windows XP não executam boot pelo disco rígido no modo
MS-DOS, somente no modo Windows. Nesses sistemas, o boot no modo MS-DOS só pode
ser feito através de disquete.
Defeito de hardware - Se tudo isso foi feito e o disco rígido não funcionou, é possível
que exista um defeito de hardware. Será preciso usar o método do troca-troca para descobrir
se o problema está no disco rígido, ou na interface IDE, ou no cabo flat. Note ainda que nesse
caso, apesar de poder aparecer a mensagem No ROM Basic, também é comum ocorrerem
durante o POST, mensagens como:
HDD Controller Failure
Primary Master Error
Através de substituições você fatalmente descobrirá onde está o defeito.
12.2.4 Teclado troca caracteres
O problema pode ser um defeito no teclado, e a substituição por um novo será a
solução. Se o problema persistir mesmo com um teclado bom, então provavelmente está
localizado na interface de teclado. Nos PCs atuais esta interface está localizada no Super I/O,
portanto em caso de defeito na interface a placa de CPU estará perdida. Uma solução é utilizar
um teclado USB, deixando de lado a interface de teclado comum. Em PCs antigos, esta
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interface é formada pelo chip 8042, sobre o qual existe normalmente uma etiqueta com a
indicação Keyboard BIOS. Experimente instalar no seu lugar, o 8042 retirado de uma outra
placa de CPU. Este chip pode ser obtido em sucatas de peças para PC. Uma placa de CPU
estragada chega a custar de 10 a 20 reais, e dela podemos extrair algumas peças, inclusive o
8042.
Soluções paliativas para problemas com o teclado:
Se o seu teclado às vezes fica maluco e troca caracteres mas você ainda não teve
tempo para resolver o problema, existe um pequeno macete. Pressione simultaneamente as
duas teclas SHIFT, e o teclado voltará ao normal (pelo menos por enquanto). Se o seu PC fica
aparentemente travado no início do boot, logo depois do teste de memória, pressione a barra
de espaço.
12.2.5 “Keyboard Error” durante o boot
Ao ser ligado o computador, logo depois do POST e antes do carregamento do sistema
operacional, pode aparecer a mensagem:
Keyboard Error – Press <F1> to continue
Esta mensagem pode ocorrer pelo fato do teclado estar defeituoso, mas normalmente
ocorre quando a rotina de teste de teclado do POST é feita antes que o microprocessador
existente dentro do teclado realize a sua inicialização. Para evitar este problema, procuramos
no Standard CMOS Setup o comando Keyboard e o programamos como Disabled. Isto
significa que o teclado não será testado durante o POST, e desta forma o erro será eliminado.
Outra forma de evitar este problema é comandar um teste de memória mais demorado.
Habilite a opção Above 1 MB Memory Test e desabilite a opção Quick Boot ou Quick Power
on Self Test. Isto dará tempo ao chip do teclado para fazer sua inicialização, eliminando o
problema.
12.2.6 Sistema operacional inválido
Esta é uma mensagem de erro que ocorre quando alguns dos arquivos envolvidos no
boot estão em falta, ou quando existe algum problema no setor de boot. Quando isto ocorre,
conseguimos executar um boot através de um disquete e acessar o drive C, porém o boot pelo
drive C não funciona. Para resolver este problema é preciso executar um boot com um
disquete contendo o programa SYS.COM. Deve ser da mesma versão que a existente no disco
rígido. Use o comando:
SYS C:
Os arquivos necessários para o boot serão copiados do disquete para o drive C. Feito
isto, já será possível executar um boot pelo drive C.
________________________________________________________________________________
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Este problema também ocorre quando os parâmetros do disco rígido no CMOS Setup
são alterados depois que o sistema operacional já está instalado.
12.2.7 HDD Controller Failure
Significa ―Falha na controladora do disco rígido‖. Esta mensagem de erro ocorre
durante o POST quando é detectado algum problema no acesso ao disco rígido. Ao contrário
do que muitos pensam, este problema não está necessariamente na interface IDE. Pode estar
no próprio disco rígido. As suas causas possíveis são:
 O disco rígido, ou a interface IDE, ou o cabo flat está defeituoso
 O disco rígido não está declarado no CMOS Setup
 O disco está com parâmetros errados no CMOS Setup
 Existe erro na configuração de jumpers do disco rígido
No item 3 desta seção já apresentamos os procedimentos a serem usados para checar
cada um desses pontos. Se mesmo com essas checagens o problema persistir, existe grande
chance do disco rígido, ou a sua interface, ou o cabo flat estar defeituoso. A melhor coisa a
fazer é tentar substituições até descobrir a causa do problema.
12.2.8 Mouse inativo
Muitos são os problemas que podem levar o mouse a não funcionar. Essa inatividade é
representada pela ausência do cursor do mouse na tela, ou então por um cursor imóvel. Aqui
estão algumas causas possíveis.
 Mouse defeituoso
 Interface para mouse defeituosa
 Fonte de alimentação defeituosa (sem tensões de +12 e –12 volts)
 A interface do mouse pode estar desabilitada
 Erro na conexão entre a placa de CPU e o conector da interface do mouse
 Uso de conectores de outra placa
 Conflito de hardware
 Mouse ligado na COM2, no modo MS-DOS
Troca simples - Muitos modelos de mouse têm baixa qualidade, e podem realmente
apresentar defeito com relativa facilidade. Como o mouse é muito suspeito, é aconselhável
tentar antes substituí-lo por um mouse em boas condições, ou então instalar o mouse suspeito
em outro computador para verificar o seu funcionamento.
Software de diagnóstico - A interface na qual o mouse está conectado (COM1,
COM2 ou interface para mouse PS/2) pode estar defeituosa. Podemos checar o seu
funcionamento usando um programa de diagnóstico. Devemos acoplar o conector loopback na
________________________________________________________________________________
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porta serial para fazer o teste completo. Quando um erro é apresentado, é possível que não
seja exatamente na interface serial, mas no cabo que liga a interface serial até o seu conector
na parte traseira do PC. No caso de placas AT, o conector do mouse é separado da placa, e
ligado através de um cabo auxiliar. Este cabo pode estar mal conectado, ou então conectado
de forma invertida, ou mesmo defeituoso. É possível ainda que esteja sendo usado o cabo de
uma outra placa de CPU, incompatível com a placa atual. Esses cabos não são padronizados, e
o cabo que acompanha uma placa não necessariamente funcionará com outras placas.
Teste em outra porta - Para verificar se o problema está na porta serial, podemos
tentar ligar o mouse em outra porta. Se o mouse está na COM1, ligue-o na COM2. O
Windows reconhecerá automaticamente a porta onde o mouse está ligado e aceitará os seus
comandos. Tome cuidado com o caso do mouse padrão PS/2. A maioria das placas de CPU
atuais possuem uma interface para mouse padrão PS/2. Essa interface não é uma COM1 nem
COM2, e normalmente utiliza a IRQ12. Precisa ser habilitada no CMOS Setup para que
funcione. Procure no Peripheral Configuration o item Mouse function e habilite-o.
Conflito de hardware - Quando a interface na qual está ligado o mouse entra em
conflito de hardware com outra interface, o mouse apresentará funcionamento errático, ou
simplesmente travará. O caso mais comum é quando o mouse está usando COM1/IRQ4 e o
modem está configurado como COM3/IRQ4. É preciso reconfigurar os endereços e IRQs dos
dispositivos envolvidos para desfazer o conflito de hardware. Observe que a interface para
mouse padrão PS/2 também pode apresentar conflito, caso outra interface esteja também
usando a IRQ12. Use o Gerenciador de Dispositivos para verificar possíveis conflitos de
hardware.
Driver para MS-DOS - Se o mouse funciona no Windows e não funciona no modo
MS-DOS, temos aqui outro problema típico. Para que o mouse funcione em modo MS-DOS é
preciso que seja executado o seu driver, normalmente um programa com o nome
MOUSE.COM, GMOUSE.COM, MMOUSE.COM ou similar. Outra questão a ser verificada
é a ligação do mouse na COM2. No Windows o mouse funciona automaticamente, tanto na
COM1 como na COM2. No caso do modo MS-DOS, é preciso avisar ao driver do mouse,
qual é a porta serial usada. Use o programa de driver do mouse com o parâmetro /? ou /H e
serão apresentadas instruções para que o mouse funcione na COM2.
12.2.9 Imagem sem sincronismo, desde que o PC é ligado
A imagem do monitor fica rolando na tela, totalmente distorcida e na maioria das
vezes impossível de ler. Quando este problema ocorre apenas no Windows ou quando é
ativado algum modo gráfico de alta resolução, não se trata de um defeito, mas de um erro na
programação da placa de vídeo. Por outro lado, quando desde o instante em que o PC é ligado
a imagem fica instável, provavelmente temos um problema sério:
 Monitor defeituoso
 Cabo de vídeo defeituoso
________________________________________________________________________________
63
 Placa de vídeo defeituosa
Você pode fazer substituições usando outro computador, e fatalmente encontrará a
causa do problema. Se o defeito estiver no cabo você poderá consertá-lo, ou então adquirir um
cabo novo, o que dá muito menos trabalho. O monitor defeituoso deve ser enviado a uma
assistência técnica especializada neste tipo de conserto. Uma placa de vídeo defeituosa poderá
ser simplesmente trocada.
12.2.10 Imagem sem sincronismo no Windows
Quando o monitor apresenta imagens perfeitas durante o processo de boot, mas fica
fora de sincronismo quando é iniciado o Windows, ou então quando é executado algum
programa gráfico que use imagens de alta resolução, não existe defeito algum, nem no
monitor, nem no cabo, nem na placa de vídeo. O problema está nas freqüências horizontais
usadas pela placa de vídeo, por estarem acima dos valores permitidos pelo monitor. É preciso
portanto ajustar as freqüências da placa de vídeo para que se tornem compatíveis com as do
monitor. Com este pequeno ajuste, o problema de falta de sincronismo estará solucionado. O
ajuste é feito através do quadro de configurações de vídeo.
12.2.11 CMOS Ckecksum Error – Defaults Loaded
Esta mensagem indica que ocorreu um alteração indevida nos dados do CMOS Setup.
Quando isto ocorre, normalmente o BIOS faz o carregamento automático de valores default.
Em geral indica um problema no chip CMOS, ou mais provavelmente na bateria, que pode
estar fraca, descarregada, danificada ou desabilitada.
12.2.12 Cursor do mouse não caminha direito na tela
O cursor do mouse aparece na tela e caminha conforme os movimento feitos pelo
usuário, mas esses movimentos são erráticos, na forma de saltos, ou então ficando limitados
ao sentido horizontal ou vertical. Esses são sintomas de sujeira no mouse. Se você quiser,
pode confirmar isso instalando outro mouse. Se o outro mouse funcionar, fica comprovado
que o problema é sujeira.
12.2.13 Erros na memória durante o uso normal do PC
Se as memórias do PC não possuem bits de paridade, então a checagem de paridade
deve ser desabilitada no CMOS Setup. Desta forma a mensagem Parity Error não ocorre
nunca, nem no POST, nem depois do boot. Digamos então que tenha ocorrido o seguinte:
a) As memórias possuem paridade
b) A checagem de paridade está habilitada no CMOS Setup
c) Apareceu a mensagem Parity Error em uso normal do PC
________________________________________________________________________________
64
A mensagem de erro pode ter aparecido depois do POST, durante o processo de boot,
ou mesmo durante o uso normal de programas no PC. Nessas condições, significa que existem
posições de memória defeituosas. Ou então, as memórias podem estar boas e ter ocorrido um
mau contato. Ou ainda, as memórias e os contatos podem estar bons, mas pode ter ocorrido
um problema na fonte, ou uma interferência na rede elétrica, ou ainda pode ser o resultado de
uma programação mal feita no Advanced Chipset Setup. Até mesmo o aquecimento do
processador ou uma falha na placa de CPU pode causar este erro.
Quando a memória não possui paridade, ou então quando possui e está desabilitada a
sua checagem, eventuais erros na memória serão manifestados através de travamentos e
operações ilegais no Windows.
Podemos citar as seguintes causas possíveis para o os erros na memória:
 Fonte defeituosa
 Transientes na rede elétrica
 Mau contato nos módulos de memória
 Envenenamentos no CMOS Setup
 Defeito na memória
 Aquecimento do processador
 Falha na placa de CPU
Software de diagnóstico - Na pesquisa de problemas na memória, é muito útil exe-
cutar os testes de memória dos programas de diagnóstico. Se durante o teste de memória
forem apresentados erros, significa que realmente existe algo de errado, ou na memória ou em
outro componente que causa o seu mau funcionamento. A cada tentativa de solução, devemos
testar novamente as memórias para verificar se os erros continuam. Por exemplo, digamos
que sempre ocorra erro no teste de memória, e que façamos a troca dos módulos de memória.
Se depois desta troca, o teste de memória deixar de apresentar erros, significa que a troca
resolveu o problema. Se você trocar a fonte, teste as memórias. Se você instalar um estabiliza-
dor, teste as memórias. Se você fizer uma limpeza nos contatos, ou se fizer ajustes no CMOS
Setup, teste as memórias.
Reinstalação de software - Um critério errado para saber se as memórias ficaram
boas é verificar se os travamentos e operações ilegais no Windows cessaram. Isso é errado,
pois mesmo com as memórias já boas, arquivos de programas podem estar corrompidos,
causando as anomalias. Nessa situação, é muito provável que uma reinstalação do Windows e
dos aplicativos resolva o problema.
Fonte - O erro na memória pode estar sendo causado por uma fonte de alimentação
defeituosa. Quando as tensões estão fora das especificações, ou quando existe ripple, vários
circuitos podem não funcionar corretamente. É necessário portanto testar a fonte de
alimentação, e em caso de suspeita, substituí-la.
________________________________________________________________________________
65
Rede elétrica - A rede elétrica problemática também pode causar erros nas memórias.
Transientes na rede elétrica resultam em quedas e picos nas tensões fornecidas pela fonte.
Essas imperfeições chegam às memórias, o que resulta em erros. Para evitar esses erros, não
ligue eletrodomésticos na mesma tomada onde está o PC, e utilize um estabilizador de
voltagem.
Maus contatos - Módulos de memória e seus soquetes podem apresentar maus
contatos. O mesmo pode ocorrer com os seus soquetes. Tomando muito cuidado para não
tocar nas partes metálicas do módulo de memória e dos seus soquetes, limpe a poeira dos
soquetes, limpe os contatos do módulo usando uma borracha, retire os resíduos de borracha
usando um pincel e aplique spray limpador de contatos nos módulos de memória e nos seus
soquetes. Espere secar e instale novamente os módulos de memória.
CMOS Setup - Não chegou ainda a hora de condenar os módulos de memória. É
possível que o problema seja causado por ajustes indevidos no CMOS Setup. Dentro do
Advanced Chipset Setup existem vários itens que controlam a velocidade de acesso às
memórias. Se essa velocidade estiver exageradamente alta, podem realmente ocorrer erros na
memória. Experimente programar todos os itens relacionados com a velocidade de acesso às
memórias usando os maiores valores possíveis, ou seja, usando os tempos de acesso mais
longos.
Troque as memórias - Se depois de todas essas tentativas os erros na memória per-
sistirem, é possível que o problema seja realmente um dos módulos de memória. Faça então a
substituição desses módulos e teste o funcionamento usando um programa de diagnóstico.
Tome muito cuidado para não danificar as memórias e a placa de CPU com sua eletricidade
estática.
Problemas no processador - Os erros na memória podem não ser originados na
memória. Os bits podem sair da memória em perfeitas condições e ao passarem pelo chipset
sofrerem erros. Também podem chegar ao processador e dentro dele serem adulterados. Esses
erros são manifestados através de travamentos e operações ilegais no Windows. O
aquecimento do processador é um dos principais causadores de problemas. Pode ocorrer nas
seguintes situações:
 Processador usando overclock
 Voltagem do processador errada
 Cooler danificado ou mal instalado
 Ventilação do gabinete deficitária
 Processador sem pasta térmica
Muitos usuários aumentam através de jumpers da placa de CPU, o clock interno e/ou o
clock externo do processador. Este procedimento é chamado de overclock. A programação
errada das voltagens do processador também causa mau funcionamento ou aquecimento, o
________________________________________________________________________________
66
que resulta em travamentos e outras anomalias. Verifique a programação dos clocks e da
voltagem da placa de CPU e corrija os valores.
Se o cooler do processador estiver danificado, parado ou solto, o processador irá
aquecer e certamente ocorrerão travamentos e outros problemas. Pior ainda, o processador
pode ser danificado. Mesmo quando o cooler estiver funcionando, a ventilação do gabinete
pode ser deficitária. Providencie para que o sistema de ventilação do gabinete opere com
máxima, o que resulta em melhor refrigeração do processador. Verifique se o cooler está
instalado na posição correta ou se está invertido (giro de 180 graus).
Finalmente, faça a aplicação de pasta térmica entre o processador e o cooler. A pasta
térmica é recomendada pelos fabricantes de processadores, e reduz bastante a sua
temperatura, aumentando a sua confiabilidade. Muitos travamentos e falhas no Windows já
foram resolvidos com a simples aplicação de pasta térmica.
O chipset - A memória e o processador podem estar em boas condições, mas entre
eles, o chipset pode estar introduzindo erros pelos dados que nele trafegam. Isto tem maior
chance de ocorrer quando a placa de CPU opera com overclock externo. Ajuste o valor do
clock externo através dos jumpers da placa de CPU ou do CMOS Setup.
Placa de CPU danificada - Finalmente, os travamentos, falhas no Windows e erros
na memória pode estar sendo causados por uma placa de CPU danificada. A placa pode ter
sofrido maus tratos durante a sua instalação (eletricidade estática) ou durante a sua vida útil
(aquecimento excessivo). A solução é a troca por uma nova.
Não esqueça de reinstalar o software - Se você fizer várias tentativas de solucionar
os problemas de hardware e os travamentos e falhas no Windows continuarem, não desanime.
O hardware poderá se tornar 100% confiável depois do seu conserto, mas arquivos do
Windows e dos demais softwares podem estar corrompidos. Depois de checar todos os pontos
de hardware que ensinamos, reinstale o Windows e os softwares, pois agora deverá funcionar
tudo.
12.2.14 Travamentos e falhas no Windows
A maior parte da atividade do computador ocorre entre a memória e o processador. Os
circuitos de paridade monitoram constantemente a integridade dos dados transmitidos e
recebidos da memória. Ao detectar um erro, é imediatamente apresentada a mensagem Parity
Error. Quando o PC não utiliza paridade (ou porque o chipset da placa de CPU não tem
circuitos de paridade, ou porque as memórias não têm bits de paridade, ou porque a checagem
de paridade está desabilitada no CMOS Setup), um eventual erro não será detectado. O PC
continuará trabalhando mesmo com o erro. Se este erro fizer parte de um arquivo que está
sendo gravado, este arquivo ficará corrompido. Se for uma instrução a ser executada pelo
processador, esta será considerada uma instrução inválida. O Windows pode detectar certas
instruções ilegais, apresentando mensagens como:
________________________________________________________________________________
67
Este programa executou uma operação ilegal
Pior ainda, o Windows pode não detectar que se trata de uma instrução inválida. Um
bit errado pode fazer o que deveria ser uma adição ser executado como uma subtração. O
programa realiza sua tarefa de forma errada, e pode gerar dados inconsistentes e arquivos
corrompidos.
Portanto, travamentos e falhas no Windows podem ser causados pelo mesmo tipo de
erro que resulta na mensagem Parity Error. Para solucioná-los você precisa pesquisar todos
os pontos discutidos no item 19 – Erros na memória durante o uso normal do PC. Os mesmos
problemas que causam os erros de paridade também causam travamentos nos PCs que operam
sem paridade.
As falhas no Windows podem ter outras causas:
 Memória cache defeituosa ou mal configurada no Setup
 Conflitos de hardware
 Arquivos corrompidos
 Programas com bugs
 Conflitos entre programas e drivers
 Conflitos na memória superior
 Conflitos gerados por programas residentes
Cache – Podem ocorrer problemas nos casos de placas de CPU que possuem cache
externa. Para tirar a dúvida, experimente desabilitar a cache externa, através do Advanced
CMOS Setup. O computador ficará um pouco mais lento. Deixe o computador funcionar
durante algum tempo, se possível alguns dias de uso normal. Execute testes repetitivos na
memória DRAM, no processador e na placa de CPU, usando um programa de diagnóstico. Se
com a cache externa desabilitada os problemas cessarem, tudo indica que aí está o problema.
Habilite novamente a cache externa, e se desta vez ocorrer erro, ficará comprovado que o
problema realmente está na cache externa. Para solucionar o problema você deverá
inicialmente fazer ajustes no Advanced Chipset Setup, aumentando os tempos de acesso a esta
memória. Se isso não resolver será preciso trocar os chips de cache, ou trocar a placa de CPU,
caso esses chips sejam soldados.
Conflitos de hardware - Os travamentos e operações ilegais podem estar sendo
causados por conflitos de hardware. Cheque eventuais conflitos usando o Gerenciador de
Dispositivos. Utilize as técnicas usuais para eliminar conflitos de hardware.
Problemas de software - Arquivos corrompidos também podem causar diversas
anomalias, como travamentos e operações ilegais. Por isso muitas vezes fazer a reinstalação
do Windows, de aplicativos e de drivers resolve os problemas. Os arquivos corrompidos
podem surgir por instabilidades na rede elétrica, desligamento de forma errada, defeitos de
hardware em geral podem danificar dados do disco rígido. Mesmo depois que os defeitos de
________________________________________________________________________________
68
hardware forem resolvidos, esses arquivos continuam corrompidos, causando problemas.
Repita a instalação do software no qual os problemas ocorrem. Os problemas somente serão
solucionados se estiverem realmente sendo causados por arquivos corrompidos. Se esta não
for a causa do problema, pode fazer quantas reinstalações quiser que os problemas
continuarão. Por exemplo, se a cache externa estiver defeituosa, pode formatar o disco rígido
e reinstalar o Windows centenas de vezes, mas o erro continuará. Antes de partir para a
reinstalação de software, devemos ter certeza absoluta de que o hardware está em perfeitas
condições.
Programas com bugs - Os travamentos, operações ilegais e anomalias podem ser
causados por programas com bugs, ou seja, com erros de projeto. Não é uma boa idéia utilizar
versões beta de programas, eles podem causar problemas, inclusive atrapalhando programas
bons. Se você desconfia de um determinado software de má qualidade, não hesite em fazer a
sua desinstalação. Acesse o site do fabricante do software e verifique se existem atualizações,
ou pelo menos soluções para eventuais problemas.
Defeito de hardware - Mesmo que não existam conflitos de hardware, é possível que
algum dispositivo esteja com problemas de funcionamento que resultem em conflitos. Por
exemplo, se uma placa de som estiver com o acesso aos canais de DMA sendo feito de forma
errática, operações ilegais e travamentos ocorrerão quando a placa for usada na gravação e
reprodução de sons digitalizados. Verifique se existe alguma lógica nos travamentos. Se
sempre ocorrem no uso de programas de comunicação, suspeite do modem. Se sempre
ocorrerem durante a reprodução ou gravação de sons, suspeite da placa de som.
12.2.15 Erros de leitura no disco rígido
Algumas possíveis causas para este problema são:
 Problemas na fonte ou na rede elétrica
 Um problema de hardware está prestes a acontecer
 Disco rígido está com setores defeituosos
Fonte e rede elétrica - A instalação de um bom estabilizador de voltagem resolverá o
problema. Meça as tensões da fonte, e se possível o seu ripple, usando uma placa testadora de
fontes (ver final do artigo).
Maus contatos – Podem ocorrer por afrouxamento gradual dos conectores, causado
por vibração, ou então pela ação da poeira e umidade.
HD defeituoso - É possível que o disco rígido esteja começando a apresentar sinais de
cansaço, no caso de discos antigos, ou que esteja com um defeito de fabricação começando a
aparecer. O problema também pode estar na interface IDE. Se o instalador não tomou os
devidos cuidados com a eletricidade estática, o chipset pode ter ficado parcialmente
danificado. O defeito pode estar começando a se manifestar.
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  • 2. ________________________________________________________________________________ ÍNDICE INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS COMPUTADORES................................................................... 2 1.1 Ábaco (aproximadamente 3500 a.c)............................................................................... 2 1.2 Bastões de Napier (1610 - 1614)..................................................................................... 2 1.3 Réguas de Cálculo (1621)................................................................................................ 3 1.4 Calculadora de Pascal (1642) .......................................................................................... 3 1.5 Calculadora de Leibnitz (1671)........................................................................................ 4 1.6 Placa Perfurada (1801).................................................................................................... 4 1.7 Arithmometer (1820) ...................................................................................................... 5 1.8 Máquina diferencial de Babbage (1823)......................................................................... 5 1.9 Máquina Analítica ........................................................................................................... 6 1.10 Máquina de Hollerith (1886)........................................................................................... 6 1.11 Mark I .............................................................................................................................. 7 1.12 ABC (Atanasoff Berry Computer) .................................................................................... 7 1.13 ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator)................................................... 8 1.14 John Von Newman .......................................................................................................... 8 1.15 ALTAIR 8800 .................................................................................................................... 9 1.16 Apple ............................................................................................................................. 10 2. Hardware Básico ............................................................................................................... 10 2.1 Definição de computador................................................................................................... 11 2.2 Arquitetura de Von Neumann............................................................................................ 12 3. Conceitos básicos de eletrônica........................................................................................ 12 3.1 Principais grandezas elétricas ............................................................................................ 12 3.2 Lei de Ohm ......................................................................................................................... 13 3.3 Tipos de corrente ............................................................................................................... 13 3.4 Resistores ........................................................................................................................... 13 3.5 Capacitores......................................................................................................................... 14 3.6 Diodos.................................................................................................................................14 3.7 Transistores........................................................................................................................ 15 3.8 CI’s ...................................................................................................................................... 15 3.9 Outros componentes importantes em hardware.............................................................. 15 4. Ferramentas básicas recomendadas ................................................................................16 4.1 Alguns softwares ................................................................................................................ 17 4.2 Ter um local estruturado para fazer a manutenção é essencial........................................17 5. Usando o multímetro digital............................................................................................. 17 5.1 Padronização de Cores e Tensões da Fonte de Computadores......................................... 19 6. Placa-mãe.......................................................................................................................... 20 6.1 Tipos de placas ...................................................................................................................20
  • 3. ________________________________________________________________________________ 6.2 Alguns dispositivos contidos na placa................................................................................ 22 6.3 Diagrama em bloco de uma placa-mãe ............................................................................. 30 6.3.1 Exemplo placa-mãe Gigabyte.................................................................................... 31 7. Memórias.......................................................................................................................... 32 7.1 MEMÓRIA VIRTUAL............................................................................................................ 32 7.2 Encapsulamentos ............................................................................................................... 32 7.3 Instalação de memórias .....................................................................................................36 8. Outros dispositivos de hardware...................................................................................... 37 8.1 Hard disk.............................................................................................................................37 8.2 Conector de dados ............................................................................................................. 38 8.3 Drives de CD/DVD............................................................................................................... 39 8.4 Placas e conexões diversas................................................................................................. 40 9. Processadores................................................................................................................... 43 9.1 Arquitetura da CPU ............................................................................................................ 44 9.2 Sinais de controle ............................................................................................................... 44 9.3 Encapsulamentos ............................................................................................................... 45 9.4 Arquitetura RISC, CISC e Híbrida ........................................................................................ 46 10. Montagem..................................................................................................................... 46 10.1 Acabamento do gabinete................................................................................................. 47 10.2 Ventilação do gabinete .................................................................................................... 48 10.3 Ligação do painel frontal do Gabinete ............................................................................. 48 11. Procedimentos para configuração do SETUP................................................................ 49 11.1 O que é BIOS ?.................................................................................................................. 49 11.2 O Setup............................................................................................................................. 49 12. Reparação...................................................................................................................... 50 12.1 Códigos de erro da BIOS...................................................................................................50 12.2 Sintomas de defeitos comuns.......................................................................................... 53 12.2.1 Tela escura, sem sons....................................................................................................53 12.2.2 Tela escura com beeps.................................................................................................. 56 12.2.3 No ROM Basic, System Halted......................................................................................56 12.2.4 Teclado troca caracteres............................................................................................... 59 12.2.5 “Keyboard Error” durante o boot.................................................................................60 12.2.6 Sistema operacional inválido ........................................................................................ 60 12.2.7 HDD Controller Failure ................................................................................................. 61 12.2.8 Mouse inativo............................................................................................................... 61 12.2.9 Imagem sem sincronismo, desde que o PC é ligado....................................................62 12.2.10 Imagem sem sincronismo no Windows ...................................................................... 63 12.2.11 CMOS Ckecksum Error – Defaults Loaded ..................................................................63 12.2.12 Cursor do mouse não caminha direito na tela............................................................ 63 12.2.13 Erros na memória durante o uso normal do PC.......................................................... 63
  • 4. ________________________________________________________________________________ 12.2.14 Travamentos e falhas no Windows............................................................................. 66 12.2.15 Erros de leitura no disco rígido ................................................................................... 68 12.2.16 PC reseta sozinho ........................................................................................................ 69 12.2.17 Travamento na finalização do Windows..................................................................... 70 12.2.18 Windows trava na inicialização................................................................................... 70 12.2.19 Limpeza de contatos ................................................................................................... 72 Limpando a poeira ............................................................................................................ 72 Limpando os contatos ....................................................................................................... 72 Limpeza rápida.................................................................................................................. 74 Mau contato em cabos............................................................................................74 Consertando o cabo........................................................................................................... 76 12.2.20 Problemas com o drive de CD-ROM............................................................................ 76 Limpeza na cabeça............................................................................................................ 76 Abrindo o drive de CD-ROM ........................................................................................... 77 13. Referências.................................................................................................................... 79 COMPLEMENTO: 14. Os principais cuidados com os programas ao montar um PC .................................................. 80
  • 5. ________________________________________________________________________________ 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HARDWARE Como tudo funciona? Para um leigo, um computador pode parecer uma máquina misteriosa, uma “caixa preta” onde de alguma forma mística são guardadas e processadas informações. Porém, de misterioso os computadores não têm nada. Tudo funciona de maneira ordenada, e até certo ponto simples. O objetivo principal deste trabalho é dar uma visão geral sobre os componentes que formam um microcomputador, e como tudo funciona. No decorrer deste trabalho você conhecerá mais a fundo cada componente, aprenderá a montar e configurar micros padrão PC e a solucionar problemas de funcionamento, estando pronto para resolver seus próprios problemas, ajudar amigos, ou mesmo trabalhar na área de manutenção. Bons estudos! Gelber Xavier de Freitas Abril 2014
  • 6. ________________________________________________________________________________ 2 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS COMPUTADORES 1.1 Ábaco (aproximadamente 3500 a.c) Um instrumento para auxiliar nos cálculos. Conhecido em chinês como Suan-pan e em japonês como Soroban, ainda é muito utilizado nos países asiáticos e em alguns centros de ensino pelo mundo. Fig. 1 – Ábaco 1.2 Bastões de Napier (1610 - 1614) Passaram-se séculos sem que qualquer invenção ficasse registrada até que fossem criados tais bastões. Eram tabelas móveis de multiplicação e divisão feitas de marfim. O responsável foi um nobre escocês chamado John Napier, inventor também dos logaritmos. Fig. 2 – Bastões de Napier
  • 7. ________________________________________________________________________________ 3 1.3 Réguas de Cálculo (1621) As tabelas de Napier influenciaram diretamente a invenção da régua de cálculo, concretizada pelo matemático inglês William Oughtred com uma forma circular considerada como um dos primeiros dispositivos analógicos de computação. A Régua de Cálculo e as calculadoras mecânicas foram largamente utilizadas até 1970, quando surgiram as calculadoras eletrônicas. Fig. 3 – Régua de cálculo 1.4 Calculadora de Pascal (1642) Inventada por Blaise Pascal, matemático francês; construída com rodas dentadas, seu intuito era simplificar o ofício do pai, que era contador; Conhecida como Pascaline. Fig. 4- Pascaline
  • 8. ________________________________________________________________________________ 4 1.5 Calculadora de Leibnitz (1671) Inventada pelo filósofo e matemático alemão de Leipzig, Gottfried Wilhelm von Leibnitz , introduziu o conceito de realizar multiplicações e divisões através de adições e subtrações sucessivas. Em 1694, a máquina foi construída e apresentava certa evolução em relação à Calculadora de Pascal. Fig. 5 – Calculadora de Leibnitz 1.6 Placa Perfurada (1801) Joseph Marie Jacquard introduziu o conceito de armazenamento de informações em placas perfuradas, que não eram usadas especificamente em processamento de dados, mas para controlar uma máquina de tecelagem. Esse processo despertou já nessa época, temor pelo desemprego, provocando uma grande reação popular contra essa espécie de pré-automação. Fig. 6 – Máquina perfuradora
  • 9. ________________________________________________________________________________ 5 1.7 Arithmometer (1820) Charles Xavier Thomas, projetou e construiu uma máquina capaz de efetuar as 4 operações aritméticas básicas: a Arithmometer. Esta foi a primeira calculadora realmente comercializada com sucesso: até 1850 vendeu-se cerca de 1500 Arithmometers. Ela fazia multiplicações com o mesmo princípio da calculadora de Leibnitz e com a assistência do usuário efetuava as divisões. Fig. 7 – Máquina para operações matemáticas básicas 1.8 Máquina diferencial de Babbage (1823) Charles Babbage, um matemático e engenheiro britânico, construiu uma máquina - a máquina de diferenças — que baseava se também no princípio de discos giratórios e era operada por uma simples manivela. Babbage é considerado o precursor dos modernos computadores eletrônicos digitais. Fig. 8 – Máquina diferencial
  • 10. ________________________________________________________________________________ 6 1.9 Máquina Analítica Em 1833, Babbage projetou uma máquina bastante aperfeiçoada (com o auxílio de Ada Lovelace), que chamou de Máquina Analítica. Ada é uma das poucas mulheres a figurar na história do computador. Fig. 9 – Máquina analítica 1.10 Máquina de Hollerith (1886) Aproximadamente em 1885, Herman Hellerith, funcionário do Departamento de Recenseamento dos E.U.A., percebeu que a realização do censo anual demorava cerca de 10 anos para ser concluído e que a maioria das perguntas tinha como resposta sim ou não. Em 1886 idealizou um cartão perfurado que guardaria as informações coletadas no censo e uma máquina capaz de tabular essas informações. Construiu então a Máquina de Recenseamento ou Máquina Tabuladora, perfurando-se cerca de 56 milhões de cartões. Fig. 10 – Máquina de Hollerith
  • 11. ________________________________________________________________________________ 7 1.11 Mark I Foi criado entre 1937 e 1944, durante a II Guerra Mundial. Uma calculadora eletromecânica muito grande, idealizada por H. Aiken na Universidade de Harvard, foi considerado o primeiro projeto de computador. Utilizava muitas válvulas, as operações internas eram controladas por relés e os cálculos eram realizados mecanicamente. Integrava conceitos de computadores digitais e analógicos, pois tinha sistema eletrônico e mecânico na mesma máquina. Media 2,5 m de altura e 18 m de comprimento. Fig. 11 – Mark I 1.12 ABC (Atanasoff Berry Computer) Criado em 1939. Foi o primeiro a usar válvulas para circuitos lógicos e o primeiro a ter memória para armazenar dados, princípio no qual se baseiam os computadores digitais. Fig. 12 – Computador ABC
  • 12. ________________________________________________________________________________ 8 1.13 ENIAC (Electronic Numeric Integrator and Calculator) Criado entre 1943 e 1946. Foi considerado o primeiro grande computador digital. Não usava um programa de armazenamento interno. Os programas eram introduzidos por meio de cabos, o que fazia sua preparação para cálculos demorar semanas. Ocupava 170 m², pesava 30 toneladas, funcionava com 18 mil válvulas e 10 mil capacitores, além de milhares de resistores a relé, consumindo uma potência de 150 kW. Como tinha vários componentes discretos, não funcionava por muitos minutos seguidos sem que um deles quebrasse. Chega a ser em algumas operações, mil vezes mais rápido que o MARK I. Fig. 13 - ENIAC 1.14 John Von Newman Matemático húngaro formula nos Estados Unidos a proposição prática para computadores universais, que armazenam programas em memórias, melhorando o método inicialmente utilizado pelo ENIAC. Esse princípio é utilizado nos computadores até hoje. Em 1951 se inicia a produção em série de computadores (IBM/UNIVAC). Em 1961 chegou o primeiro computador no Brasil: um UNIVAC 1105, ainda com válvulas, para o IBGE.
  • 13. ________________________________________________________________________________ 9 Fig. 14 – IBM/UNIVAC 1.15 ALTAIR 8800 Na década de 80, nasceu a Intel, que começou a desenvolver o primeiro microprocessador, o Intel 4004 de 4 bits, um circuito integrado com 2250 transistores, equivalente ao ENIAC. O 4004 foi seguido pelo Intel 8008 de 8 bits e, mais tarde, pelo Intel 8080. O primeiro microcomputador da história foi o Altair 8800, que usava o chip Intel 8088, tornou-se padrão mundial da época para os microcomputadores de uso pessoal, abrindo uma nova era na história da informática. Fig. 15 – Altair 8800
  • 14. ________________________________________________________________________________ 10 1.16 Apple Sthephen Wozniak e Steve Jobs formaram em 1976 uma pequena empresa, a Apple, onde construíram, numa garagem de fundo de quintal, o Apple I. Um ano depois, com um novo e melhor projeto, surge o Apple II, primeiro microcomputador com grande sucesso comercial e, mais tarde, o Apple III. Em 1983 entra no mercado o Lisa e em 1984 o Macintosh, com tecnologia de 32 bits. Fig. 16 – Apple I Em 1981, a IBM entrou no mercado de micros, introduzindo o PC, um microcomputador com tecnologia de 16 bits (Intel 8088) que em pouco tempo se tornou um padrão. E a partir desta época, até os dias de hoje, a evolução é constante, com processadores cada vez mais rápidos e eficientes. 2. Hardware Básico Fig. 17 – Periféricos de entrada e saída
  • 15. ________________________________________________________________________________ 11 Conjunto de dispositivos elétricos/eletrônicos que englobam a CPU, a memória e os dispositivos de entrada/saída de um sistema de computador. Composto de objetos tangíveis: circuitos integrados, placas de circuito impresso, cabos, fontes de alimentação, memórias, impressoras, monitores, teclados etc. Parte física, aquela com a qual temos contato. Fig. 18 – Algumas partes físicas 2.1 Definição de computador Fig. 19 - Estrutura básica de um processo computacional Conjunto de dispositivos eletrônicos interligados, que conseguem executar um determinado trabalho, orientado por um programa e em grande velocidade.
  • 16. ________________________________________________________________________________ 12 2.2 Arquitetura de Von Neumann Uma unidade central de processamento recebe informações através de uma unidade de entrada de dados, processa estas informações segundo as especificações de um programa armazenado em uma unidade de memória, e devolve os resultados através de uma unidade de saída de dados. Fig. 20 – arquitetura de Von Neumann 3. Conceitos básicos de eletrônica 3.1 Principais grandezas elétricas - Tensão: é a diferença de potencial (d.d.p.) elétrico entre dois pontos de um condutor; unidade de medida: Volts (V) - Corrente elétrica: é a carga elétrica em movimento ao longo de um condutor; unidade de medida: Ampére (A) - Resistência: é a dificuldade que um condutor oferece à passagem de uma corrente elétrica, ou a perda de energia que uma carga sofre ao atravessar um condutor. unidade de medida: ohms (Ω)
  • 17. ________________________________________________________________________________ 13 3.2 Lei de Ohm Quanto maior a tensão maior será a corrente, e quanto maior a resistência menor será a corrente. Podemos traduzir isto na seguinte equação: V = R * I 3.3 Tipos de corrente - alternada: caracterizados pelos pólos fase (127 a 220V) e neutro. Exemplo: a tomada - contínua: caracterizado por pólos positivo e negativo, e não variam no tempo. Exemplo: baterias, pilhas, saída de fonte Fig. 21 – Exemplo de corrente alternada e contínua em uma fonte de PC 3.4 Resistores Componente que tem como característica diminuir a corrente ou tensão para uma determinada aplicação. Fig. 22 – Simbologia e aspecto de um resistor
  • 18. ________________________________________________________________________________ 14 Tabela 1 – Código de cores dos resistores 3.5 Capacitores Componente eletrônico com capacidade de armazenar cargas. Fig. 23 – Tipos de capacitores 3.6 Diodos É um componente elétrico que permite que a corrente atravesse-o num sentido com muito mais facilidade do que no outro. O tipo mais comum de diodo é o diodo semicondutor, no entanto, existem outras tecnologias de diodo. Fig. 24 – Aspecto e símbolo de um diodo
  • 19. ________________________________________________________________________________ 15 3.7 Transistores Fig. 25 – símbolo e aspecto de um transistor 3.8 CI’s Fig. 26 – Aspecto de um circuito integrado 3.9 Outros componentes importantes em hardware - Reguladores de tensão: imagem semelhante ao transistor, veja fig. 25. - Fusível: utilizado por fontes, estabilizadores e filtros, na maioria dos casos este fusível é de 5A; Fig. 27 – Fusível de vidro
  • 20. ________________________________________________________________________________ 16 4. Ferramentas básicas recomendadas KIT FERRAMENTAS: - Chaves de fenda pequena e média; - Chaves Philips pequena e média; - Pinças curvas e retas; - Alicates de bico e de corte; Multímetro digital Estação de solda Sugador de solda Chave teste Lupa pequena ou de bancada
  • 21. ________________________________________________________________________________ 17 Soprador de ar - Pincel pequeno e grande; - Lanterna. Tabela 2 – Ferramentas básicas 4.1 Alguns softwares - Windows (XP, Server, Seven, Vista); - Linux; - CD de testes e drivers; - Office; - E outros softwares. 4.2 Ter um local estruturado para fazer a manutenção é essencial - Bancada ou mesa com gavetas; - Ambiente com boa iluminação; - Local para colocar os equipamentos (prateleira, armário, etc); - Computador; 5. Usando o multímetro digital Um multímetro digital pode ajudar bastante nas atividades de hardware, principalmente em manutenção. Com ele você pode checar as tensões da fonte de alimentação e da rede elétrica, checar o estado da bateria da placa de CPU, etc. Seu custo é menor do que você pensa. Com cerca de 20 reais, você compra um modelo simples.
  • 22. ________________________________________________________________________________ 18 Fig. 28 – Multímetro digital Um multímetro possui duas pontas de prova, uma vermelha e uma preta. A preta deve ser conectada no ponto do multímetro indicado com GND ou COM (este é o chamado ―terra‖). A ponta de prova vermelha pode ser ligada em outras entradas, mas para a maioria das medidas realizadas, a ligação é feita no ponto indicado com V--mA. Uma chave rotativa é usada para selecionar o tipo de medida elétrica a ser feita: V para voltagem,  para resistência e mA para corrente. Uma chave é usada para a medição de voltagens em AC (corrente alternada) ou DC (corrente contínua). Por exemplo, para medir as tensões da fonte de alimentação, ou a tensão da bateria, usamos a chave em DC. Para medir as tensões da rede elétrica, utilizamos a escala AC. Para cada grandeza elétrica existem várias escalas. Por exemplo, entre as várias posições da chave rotativa, podem existir algumas específicas para as seguintes faixas de voltagem: 200 mV, 2 V, 20 V, 200 V e 2000 V. Se você pretende medir a tensão da bateria da placa de CPU (em torno de 3 volts), não use a escala de 2V, pois tensões acima de 2V serão indicadas como 1,9999 V. Escolha então a escala de 20V, pois terá condições de fazer a medida esperada. Da mesma forma, para medir a tensão de uma rede elétrica de 220 volts (use AC, pois trata-se de tensão alternada), não escolha a escala de 200 volts, pois a máxima tensão medida será de 199,99 volts. Escolha então a escala de 2.000 volts ou outra para tensões elevadas. Como regra geral, sempre que a leitura indicada tem valor máximo ou outra indicação que esteja fora da escala, devemos utilizar uma escala maior. Quando não temos idéia aproximada da tensão que vamos medir, devemos começar com a escala de maior valor possível, pois se medirmos uma tensão muito elevada usando uma escala baixa, podemos danificar o aparelho. Para medir a tensão entre dois pontos, selecione a escala e encoste as pontas de prova nos terminais nos quais a tensão deve ser medida. Muitas vezes queremos fazer medidas de
  • 23. ________________________________________________________________________________ 19 tensão relativas ao terra (o terminal ―negativo‖ da fonte de alimentação). Você pode então fixar a ponta de prova preta em um ponto ligado ao terra (por exemplo, os fios pretos do conector de alimentação da placa de CPU) e usar a outra ponta de prova para medir a tensão no ponto desejado. 5.1 Padronização de Cores e Tensões da Fonte de Computadores Antes de tentar medir as tensões da fonte deveremos saber que as tensões e cores dos fios são padronizadas, assim sendo todo o fio vermelho será 5V, amarelo 12V e assim por diante. Note que os conectores poderão ser diferentes, mas as cores nunca. Para ficar mais fácil aqui uma lista com as cores dos fios e suas tensões: Vermelho (+5V) Branco (-5V) Preto (Terra ou GND) Verde (PSO) Azul (-12V) Laranja (3.3 V) Amarelo (+12V) Roxo (+5VSB) Cinza (Power) Fig. 29 – conectores de uma fonte ATX
  • 24. ________________________________________________________________________________ 20 Atividade prática: • Vamos medir a fonte de um PC, para isso iremos fazer um jumper no conector da fonte entre o fio verde (PSO) e o preto (GND). • Verificar a tensão da tomada • Verificar a voltagem da bateria da placa-mãe OBS.: Somente faça as medições em ambiente claro, sossegado e livre de interferências tais como crianças ou animais, pois um erro ou esbarrão poderá danificar seu equipamento irremediavelmente. Não invente gambiarras ou ferramentas e sempre tenha atenção ao que esteja fazendo. 6. Placa-mãe Placa-mãe, também denominada mainboard ou motherboard, é uma placa de circuito impresso eletrônico/electrónico. É considerado o elemento mais importante de um computador, pois tem como função permitir que o processador se comunique com todos os periféricos instalados. Na placa-mãe encontramos não só o processador, mas também a memória RAM, os circuitos de apoio, as placas controladoras, os conectores do barramento PCI e os chipset, que são os principais circuitos integrados da placa-mãe e são responsáveis pelas comunicações entre o processador e os demais componentes. 6.1 Tipos de placas - AT: AT é a sigla para (Advanced Technology). Trata-se de um tipo de placa-mãe já antiga. Seu uso foi constante de 1983 até 1996. Um dos fatos que contribuíram para que o padrão AT deixasse de ser usado (e o ATX fosse criado), é o espaço interno reduzido, que com a instalação dos vários cabos do computador (flat cable, alimentação), dificultavam a circulação de ar, acarretando, em alguns casos danos permanentes à máquina devido ao super aquecimento. Isso exigia grande habilidade do técnico montador para aproveitar o espaço disponível da melhor maneira. Além disso, o conector de alimentação da fonte AT, que é ligado à placa-mãe, é composto por dois plugs semelhantes (cada um com seis pinos), que devem ser encaixados lado a lado, sendo que os fios de cor preta de cada um devem ficar localizados no meio. Caso esses conectores sejam invertidos e a fonte de alimentação seja ligada, a placa-mãe será fatalmente queimada. Com o padrão AT, é necessário desligar o computador pelo sistema operacional, aguardar um aviso de que o computador já pode ser desligado e clicar no botão "Power" presente na parte frontal do gabinete. Somente assim o equipamento é desligado. Isso se deve a uma limitação das fontes AT, que não foram projetadas para fazer uso do recurso de desligamento automático. Os modelos AT geralmente são encontrados com slots ISA, EISA, VESA nos primeiro modelos e, ISA e PCI nos mais novos AT (chamando de baby AT quando a placa-mãe apresenta um tamanho mais reduzido que os dos primeiros modelos AT). Somente um conector "soldado" na própria placa-mãe, que no caso, é o do teclado que segue o padrão DIN e o mouse utiliza a conexão serial.
  • 25. ________________________________________________________________________________ 21 Posição dos slots de memória RAM e socket de CPU sempre em uma mesma região na placa- mãe, mesmo quando placas de fabricantes diferentes. Nas placas AT são comuns os slots de memória SIMM ou SDRAM, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe. Fig. 30 -Placa tipo AT (antiga) - AT e ATX: Modelo de transição entre o AT e o ATX uma vez que as duas tecnologias são encontradas simultaneamente. Esta é uma estratégia criada pelos fabricantes para obterem maior flexibilidade comercial. - ATX: ATX é a sigla para (Advanced Technology Extended). Pelo nome, é possível notar que trata-se do padrão AT aperfeiçoado. Um dos principais desenvolvedores do ATX foi a Intel. O objetivo do ATX foi de solucionar os problemas do padrão AT (citados anteriormente), o padrão apresenta uma série de melhoras em relação ao anterior. Atualmente todos os computadores novos vêm baseados neste padrão. Entre as principais características do ATX, estão: - o maior espaço interno, proporcionando uma ventilação adequada, - conectores de teclado e mouse no formato mini-DIM PS/2 (conectores menores) - conectores serial e paralelo ligados diretamente na placa-mãe, sem a necessidade de cabos,
  • 26. ________________________________________________________________________________ 22 - melhor posicionamento do processador, evitando que o mesmo impeça a instalação de placas de expansão por falta de espaço. Quanto à fonte de alimentação, encontramos melhoras significativas. A começar pelo conector de energia ligado à placa-mãe. Ao contrário do padrão AT, não é possível encaixar o plug de forma invertida. Cada orifício do conector possui um formato, que dificulta o encaixe errado. A posição dos slots de memória RAM e socket de CPU variam a posição conforme o fabricante. Nestas placas serão encontrados slots de memória SDRAM, Rambus, DDR, DDR- II, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe. Geralmente os slots de expansão mais encontrados são os PCI, AGP, AMR/CNR e PCI-Express. As placas mais novas vêm com entrada na própria placa-mãe para padrões de disco rígido IDE ou Serial ATA. Fig. 31 – placa tipo ATX 6.2 Alguns dispositivos contidos na placa - Jumpers Todas as placas de CPU, mesmo as mais modernas, possuem uma grande quantidade de jumpers (também chamados de "straps"). Tratam-se de pequenas peças plásticas, medindo alguns milímetros, nas quais existem dois contatos ligados internamente. Esses jumpers são encaixados em pinos metálicos existentes nas placas de CPU e nas placas de expansão, e
  • 27. ________________________________________________________________________________ 23 servem para definir determinadas opções de funcionamento a nível de hardware. Em cada par de pinos metálicos, existem duas opções: com jumper ou sem jumper. Existem também trios de pinos metálicos, nos quais existem três opções de encaixe: 1-2, 2-3 ou sem conexão. Cada uma delas possui um significado diferente. Para saber o exato significado de cada jumper, é preciso consultar as instruções existentes no manual da placa em questão. Fig. 32 - jumpers - CMOS e bateria O chip CMOS possui dupla função: - Um relógio-calendário - Uma pequena quantidade de memória RAM Graças à presença da bateria que mantém o chip CMOS em funcionamento permanente, mesmo quando o computador está desligado, o relógio-calendário do chip CMOS passa o tempo todo marcando horas, minutos, segundos, dias, meses e anos. A memória RAM possui uma capacidade muito pequena, em geral apenas 64 bytes, mas é suficiente para armazenar as diversas opções de funcionamento a nível de hardware. Alguns exemplos dessas opções são: - A quantidade de memória RAM - O tipo de microprocessador instalado - O número e os tipos dos drivers de disquete - Parâmetros do disco rígido - Parâmetros relacionados com a velocidade de acesso à memória - Parâmetros relacionados com a velocidade de acesso aos slots - Senhas - Habilitação das interfaces existentes na placa de CPU - Modos de atuação da memória cache Todos esses itens devem ser programados quando é feita a instalação da placa de CPU.
  • 28. ________________________________________________________________________________ 24 Fig. 33 – Cmos e bateria - Barramentos Barramentos são conjuntos de sinais digitais com os quais o microprocessador comunica-se com o seu exterior. Isto inclui: - Memória - Chips da placa de CPU (Ex: VLSI) - Placas de expansão A maior parte dos sinais digitais que compõem os barramentos são originados no próprio microprocessador, a partir dos seus três barramentos básicos: - Barramento de dados - Barramento de endereços - Barramento de controle - ISA Este barramento é formado pelos slots de 8 e 16 bits existentes nas placas de CPU, e também é usado internamente nessas placas, para a comunicação entre o microprocessador e determinados dispositivos da placa de CPU, como a interface de teclado, controladores de interrupção, timers e diversos outros circuitos. Do ponto de vista do usuário, o que interessa é a presença dos slots de 8 e 16 bits, conhecidos como "Slots ISA". Fig. 34 – placa e slot ISA
  • 29. ________________________________________________________________________________ 25 - PCI Ao desenvolver o microprocessador Pentium, a Intel criou também um novo barramento, veloz e muito mais versátil. Trata-se do barramento PCI (Peripheral Component Interconnect), usado já nas primeiras placas de CPU Pentium a serem lançadas no mercado. Possui as seguintes características: - Opera com 32 ou 64 bits - Apresenta taxas de transferência de até 132 MB/s, com 32 bits - Possui suporte para o padrão PnP (Plug and Play) Fig. 35 – placa PCI e slots ISA e PCI - Conector para o teclado (ATX) Placas ATX possuem na sua parte traseira, conectores de suas diversas interfaces. Entre eles, encontramos o conector de teclado, padrão PS/2. Caso seja necessário ligar um teclado com conector DIN (o tradicionalmente usado na maioria dos teclados), será necessário utilizar um adaptador, normalmente fornecido junto com o gabinete, mas que também pode ser comprado em separado, em lojas que revendem produtos de informática. Fig. 36 – conexão com parte traseira da placa
  • 30. ________________________________________________________________________________ 26 - Conector da fonte de alimentação (ATX) As fontes de alimentação ATX utilizam um único conector de 20 vias, que deve ser ligado na placa de CPU. A figura 8 mostra o conector existente na placa de CPU. Observe que além da presença de uma guia plástica na parte lateral, os seus furos possuem formatos diferentes, sendo alguns quadrados e outros pentagonais. Isto evita que o conector da fonte seja ligado de forma invertida. Fig. 37 – conexão com fonte ATX - Conectores para o painel do gabinete Trata-se de um grupo de pinos metálicos, nos quais devem ser encaixados pequenos conectores existentes nas extremidades dos fios que partem dos dispositivos do painel frontal do gabinete. Existem conexões para os LEDs, botão RESET, botão Power, alto falante, etc. Fig. 38 – conectores com painel frontal gabinete - Chipset São muito importantes esses chips, responsáveis por várias tarefas vitais: controle da memória DRAM, controle dos barramentos ISA e PCI, circuitos que formam as interfaces IDE, controladores de DMA e de interrupções, etc.
  • 31. ________________________________________________________________________________ 27 Chip: pastilha Set: conjunto Um dos circuitos mais importantes da placa-mãe, e todo seu desenvolvimento é feito em paralelo com o processador, então a cada novo processador lançado no mercado, é comum que exista apenas um chipset que o suporte. Ex.: Norte e sul Fig. 39 - chipset - BIOS O BIOS (Basic Input/Output System ou Sistema Básico de Entrada e Saída) é um programa que fica armazenado em um chip de memória ROM, localizado na placa de CPU. Junto com o BIOS, nesta mesma ROM, existe também um software para fazer a programação da configuração de hardware, através da alteração dos dados do chip CMOS. Este programa é chamado de CMOS Setup. Fig. 40 - BIOS
  • 32. ________________________________________________________________________________ 28 - AGP Visando obter maior taxa de transferência entre a placa de CPU e a placa de vídeo (obtendo assim gráficos com movimentos mais rápidos), a Intel desenvolveu um novo barramento, próprio para comunicação com placas de vídeo especiais. Trata-se do AGP (Accelerated Graphics Port). Fig. 41 – Slot AGP - Conectores das interfaces Fig. 42 – conectores IDE e Disquete
  • 33. ________________________________________________________________________________ 29 Fig . 43 - visão geral da placa mãe Tabela 3 – indicações da visão geral da placa-mãe
  • 34. ________________________________________________________________________________ 30 6.3 Diagrama em bloco de uma placa-mãe Fig. 44 – Diagrama em bloco genérico
  • 36. ________________________________________________________________________________ 32 7. Memórias A memória principal é um local de armazenamento de acesso rápido onde são guardadas as instruções e os dados de que a CPU necessita para a execução de uma dada tarefa. RAM: Quando o computador é ligado, é ―carregada‖ na memória RAM a informação (programas e drivers) necessária ao seu funcionamento. Quanto maior for a memória RAM, mais informações poderá guardar, o que se traduz numa maior otimização. EX.: DIMM, DDR, ETC. ROM: As memórias ROM têm como função o armazenamento de instruções básicas sobre o hardware do computador, tais como as rotinas de arranque, rotinas de teste de dispositivos de hardware e todas as instruções necessárias para que o processador reconheça e interaja corretamente com os dispositivos de entrada e saída. EX.: BIOS. - CACHE: MAIS RÁPIDA: - - CACHE L1: encontra-se dentro do processador ou cache interna. A sua capacidade pode ir até aos 128 Kbytes, divididos em duas partes (uma para dados e outra para instruções). - CACHE L2: encontra-se na motherboard ou dentro do processador (mais recentemente). Quando é externa, a sua capacidade depende do chipset presente na motherboard. Quando é interna, a capacidade varia de 128 Kbytes a 2 Mbytes. - CACHE L3: encontra-se dentro do processador, e sua capacidade pode chegar até 8 MB, compartilhado (acessível a todos os núcleos). 7.1 MEMÓRIA VIRTUAL É uma espécie de simulação de memória ram no hd. Pode ser habilitada ou desabilitada pelo usuário do pc. 7.2 Encapsulamentos É o padrão físico da memória ram, isto é, seu formato, quantidade de vias e tipo de slot utilizado. - Dip: pc’s antigos ( fabricados até 1991), são encaixados em conectores diretamente na placa mãe, que além de ocupar muito espaço físico, são difíceis de encaixar. Fig. 46 – memória DIP
  • 37. ________________________________________________________________________________ 33 - SIPP: esse tipo encapsulamento é uma espécie de evolução do DIP. A principal diferença é que esse tipo de memória possui, na verdade, um conjunto de chips DIP que formavam um pente de memória. O padrão SIPP foi aplicado em placas-mãe de processadores 286 e 386. Fig. 47 – memória SIPP - SIMM/30: Foi o primeiro tipo a usar um slot (um tipo de conector de encaixe) para sua conexão à placa-mãe. Existiram pentes no padrão SIMM com capacidade de armazenamento de 1 MB a 16 MB. Este tipo foi muito usado nas plataformas 386 e 486 (primeiros modelos). Fig. 48 – memória SIMM/30 - SIMM/72: Usado principalmente nas placas de CPU Pentium com barramento de dados 64 bits. Fig. 49 – comparação entre SIMM/72 e SIMM/30
  • 38. ________________________________________________________________________________ 34 - DIMM/168: Têm um total de 168 terminais, sendo 84 na face frontal e 84 na face posterior. Módulos DIMM/168 operam com 64 bits simultâneos. Fig. 50 – memória DIMM - DIMM/184: Também conhecido como DDR. Tem o mesmo tamanho que o DIMM/168, porém com um corte. Fig. 51 – diferença entre DIMM e DDR - RIMM/184: Encapsulamento RAMBUS, extremamente caras. DESVANTAGEM: Placas que utilizam módulos RIMMs não podem ficar com slots vazios, sendo necessário um módulo de continuidade C-RIMM.
  • 39. ________________________________________________________________________________ 35 Fig. 52 – memória RIMM e C-RIMM - DIMM/240: Também conhecida como DDR2, sendo 120 contatos de cada lado. Fig. 53 – memória DDR2 - DDR3: Os módulos DDR3 utilizam os mesmos 240 contatos dos módulos DDR2 e mantém o mesmo formato. A única diferença visível (fora etiquetas e códigos de identificação) é a mudança na posição do chanfro, que passou a ser posicionado mais próximo do canto do módulo. Fig. 54 – memória DDR3
  • 40. ________________________________________________________________________________ 36 Fig. 55 – comparação entre as 3 DDR’s 7.3 Instalação de memórias Os módulos DIMM/168, DIMM/184, RIMM/184 e DIMM/240 são instalados nos slots de forma idêntica. A principal diferença está na quantidade de cortes de cada módulo, o que impede de ser instalado em um slot não projetado para ele. Veja:
  • 41. ________________________________________________________________________________ 37 Fig. 56 – encaixando e soltando a memória 8. Outros dispositivos de hardware 8.1 Hard disk Também conhecido como winchester, trata-se de um aparelho responsável por armazenar informações permanentemente nos computadores. Fig. 57 – HD por dentro
  • 42. ________________________________________________________________________________ 38 Fig. 58 – Divisão de trilhas e setores Para armazenar e localizar dados em um HD, um dispositivo chamado controlador (ou controladora) se utiliza de informações conhecidas por número de trilhas, setores e cilindros. Fig. 59 – Visão parte de conexões do HD 8.2 Conector de dados Fig. 60 - Cabo Flat IDE de 40 ou 80 Vias
  • 43. ________________________________________________________________________________ 39 - Cabo SATA: trabalha com taxas de transferência superiores ao IDE Fig. 61 – Cabo SATA Antigamente o drive de disquete era de 5 ¼, ―atualmente‖ o drive utilizado é o 3 ½. Fig. 62 - Cabo flat para conexão do disquete 8.3 Drives de CD/DVD Fig. 63 – visão traseira de um drive de CD/DVD com conexão IDE
  • 44. ________________________________________________________________________________ 40 8.4 Placas e conexões diversas - Conector Serial e Paralela: Fig. 64 – Porta serial e paralela - Placa de vídeo: Fig. 65 – Demonstração de conexão do cabo VGA a placa
  • 45. ________________________________________________________________________________ 41 - Placa de áudio: Fig. 66 – placa de áudio PCI - Placa de rede: Fig. 67 – Placa de rede com BNC e RJ-45 - Conector fonte AT: Fig. 68 – ligação de fonte AT a placa-mãe
  • 46. ________________________________________________________________________________ 42 - Saídas da fonte: Fig. 69 – conexões de disquete, CD/DVD e HD - Conexões do cooler: Fig. 70 – Conexão do cooler do processador a placa-mãe - Espaçadores e parafusos:
  • 47. ________________________________________________________________________________ 43 Fig. 71 – Espaçadores e indicação de locais para fixação da placa-mãe Fig. 72 – diferença entre os parafusos do gabinete, placas e drives 9. Processadores Os processadores (ou CPUs, de Central Processing Unit) são chips responsáveis pela execução de cálculos, decisões lógicas e instruções que resultam em todas as tarefas que um computador pode fazer e, por esse motivo, são também referenciados como "cérebros" dessas máquinas.
  • 48. ________________________________________________________________________________ 44 9.1 Arquitetura da CPU Fig. 73 – CPU internamente  ULA: executa todas as operações aritméticas e lógicas;  Registradores: onde os dados são temporariamente armazenados; Deles, a ULA, extraí as instruções sobre as operações específicas a serem realizadas e sobre o segmento da memória RAM onde esvaziará seus resultados depois de executar todas as instruções;  Controle: controla o fluxo de informações e a ordem de execução do programa;  Relógio: sincroniza perfeitamente a execução das operações. 9.2 Sinais de controle Cada pino do processador tem uma determinada função, ou sinal. O mais importante deles é o clock, que serve para sincronizar todo o funcionamento do processador, ou seja, todos os circuitos do PC trocarão informações no momento em que o clock permitir.
  • 49. ________________________________________________________________________________ 45 Exemplo: Plataforma dos processadores QUAD Core da Intel Fig. 74 – Comunicação entre CPU e RAM com intermédio do chipset norte 9.3 Encapsulamentos Fig. 75 – tipos de CPU’s e soquetes
  • 50. ________________________________________________________________________________ 46 9.4 Arquitetura RISC, CISC e Híbrida  CISC: computador de conjunto de instruções complexo. Possui muitas instruções e é lento.  RISC: computador de conjunto de instruções reduzido. São mais simples, menores e rápidos.  Híbrido: computador de conjunto complexo e reduzido de instruções, ou seja, a junção da CISC e RISC. Obs.: a arquitetura CISC foi usada até os processadores Pentium e Pentium MMX, a partir do Pentium II é usada a arquitetura Híbrida. 10. Montagem Fig. 76 – placas e periféricos acoplados a Placa-mãe
  • 51. ________________________________________________________________________________ 47 10.1 Acabamento do gabinete Ao encaixar a placa-mãe no gabinete, não esquecer de remover a chapa metálica padrão do gabinete e inserir o espelho próprio que acompanha a placa-mãe, conforme ilustra a figura abaixo: Fig. 77 – vista traseira do gabinete
  • 52. ________________________________________________________________________________ 48 10.2 Ventilação do gabinete A temperatura máxima admissível em um gabinete é de 45ºC. Quando terminar de encaixar todas as placas e cabos deve-se organizar toda a fiação interna de modo a não interromper a renovação de ar, conforme ilustra a figura abaixo: Fig. 78 – Processo de refrigeração interna 10.3 Ligação do painel frontal do Gabinete Fig. 79 – parte frontal de um gabinete AT
  • 53. ________________________________________________________________________________ 49 11. Procedimentos para configuração do SETUP 11.1 O que é BIOS ? Bios (Basic Input/Output System) nada mais é que um programa que localiza e identifica os componentes básicos para o funcionamento do computador e para que o sistema possa ser carregado. 11.2 O Setup Já o Setup contém todas as informações para que o sistema reconheça os componentes instalados no computador: se qualquer dispositivo não for identificado ou localizado pelo BIOS, você terá problemas para fazê-lo funcionar no sistema operacional. Para acessar o Setup do computador, quando o mesmo é ligado aparecerá uma mensagem semelhante a esta :"Pressione a tecla <Del> para rodar o Setup". Pressione-a e aparecerá esta tela: (este é um Setup do fabricante do BIOS chamado "Award", sendo que cada placa-mãe tem uma versão de Setup, variando os fabricantes e versões.) Fig. 80 – tela principal de uma BIOS AWARD  Uma dica: nunca altere mais de uma opção ao mesmo tempo no Setup: altere sempre uma opção de cada vez pois se seu computador apresentar problemas, você saberá onde alterou para que volte a opção anterior. Se você alterar várias opções de uma única vez ficará mais difícil saber onde está o problema...
  • 54. ________________________________________________________________________________ 50 12. Reparação 12.1 Códigos de erro da BIOS Durante o boot, o BIOS realiza uma série de testes, visando detectar com exatidão os componentes de hardware instalados no micro. Este teste é chamado de POST (pronuncia-se poust), acrônimo de "Power-On Self Test". Os dados do POST são mostrados durante a inicialização, na forma da tabela que aparece antes do carregamento do sistema operacional, indicando a quantidade de memória instalada, assim como os discos rígidos, drives de disquetes, portas seriais e paralelas e drives de CD-ROM padrão IDE instalados no micro. Além de detectar o hardware instalado, a função do POST é verificar se tudo está funcionando corretamente. Caso seja detectado algum problema em um componente vital para o funcionamento do sistema, como as memórias, processador ou placa de vídeo, o BIOS emitirá uma certa seqüência de bips sonoros, alertando sobre o problema. Problemas menores, como conflitos de endereços, problemas com o teclado, ou falhas do disco rígido serão mostrados na forma de mensagens na tela. O código de bips varia de acordo com a marca do BIOS (Award ou AMI, por exemplo) podendo também haver pequenas mudanças de uma placa mãe para outra. Geralmente, o manual da placa mãe traz uma tabela com as seqüências de bips usadas. As instruções a seguir lhe servirão como referência caso não tenha em mãos o manual da placa mãe: AMI BIOS Tone POST Codes Apito Condição de Erro 1 curto Atualização de DRAM 2 curtos Circuito de Paridade 3 curtos Memória Base 64K RAM 4 curtos Timer do Sistema 5 curtos Processador 6 curtos Controlador de teclado - gate A20 7 curtos Virtual mode exception 8 curtos Teste de memória (read/write) de vídeo 9 curtos ROM BIOS checksum 10 curtos CMOS shutdown read/write 11 curtos Memória Cache 1 longo, 3 curtos Memória Convencional/extendida 1 longo, 8 curtos Teste de Display/retrace AWARD BIOS Tone POST Codes Apito Condição de Erro 1 longo, 2 curtos Erro de Display - não é possível mostrar outras informações Qualquer outro Erro de memória RAM
  • 55. ________________________________________________________________________________ 51 *Demais problemas ou condições são mostrados na tela Phoenix BIOS Tone POST Codes - Erros Fatais Apito Condição Nenhum teste de registro de CPU Nenhum teste dos 64K RAM iniciais Nenhum Procedimento de carregamento do vetor de interrupção Nenhum falha de força CMOS/cálculo do checksum Nenhum Procedimento de validação de configuração de vídeo Nenhum vídeo funcionando com vídeo ROM Nenhum vídeo funcional Nenhum vídeo Monocromático funcional Nenhum vídeo CGA funcional 1-1-3 CMOS write/read 1-1-4 ROM BIOS checksum 1-2-1 Timer do Sistema 1-2-2 inicialização do DMA 1-2-3 registro da página de DMA (write/read) 1-3-1 verificação da atualização da memória RAM 1-3-3 chip dos 64K RAM iniciais ou linha de dados 1-3-4 lógica odd/even dos 64K RAM iniciais 1-4-1 endereço de linha dos 64K RAM iniciais 1-4-2 falha de paridade nos 64K RAM iniciais 2-1-1 Bit 0, 64K RAM iniciais 2-1-2 Bit 1, 64K RAM iniciais 2-1-3 Bit 2, 64K RAM iniciais 2-1-4 Bit 3, 64K RAM iniciais 2-2-1 Bit 4, 64K RAM iniciais 2-2-2 Bit 5, 64K RAM iniciais 2-2-3 Bit 6, 64K RAM iniciais 2-2-4 Bit 7, 64K RAM iniciais 2-3-1 Bit 8, 64K RAM iniciais 2-3-2 Bit 9, 64K RAM iniciais 2-3-3 Bit 10, 64K RAM iniciais 2-3-4 Bit 11, 64K RAM iniciais 2-4-1 Bit 12, 64K RAM iniciais 2-4-2 Bit 13, 64K RAM iniciais 2-4-3 Bit 14, 64K RAM iniciais 2-4-4 Bit 15, 64K RAM iniciais 3-1-1 registro de DMA Slave
  • 56. ________________________________________________________________________________ 52 3-1-2 registro de DMA Master 3-1-3 Registrador da interrupção Master 3-1-4 Registrador da interrupção Slave 3-2-4 controlador de teclado 3-3-4 inicialização do vídeo 3-4-1 retrace do vídeo 3-4-2 procura por ROM de vídeo em processamento 4-2-1 teste da interrupção do Timer 4-2-2 teste de Shutdown 4-2-3 falha na porta A20 4-2-4 interrupção inesperada em modo protegido 4-3-1 teste de RAM (endereço da falha >FFFFh) 4-3-3 Intervalo do timer canal 2 4-3-4 relógio do sistema 4-4-1 porta Serial 4-4-2 porta Paralela 4-4-3 teste do co-processador matemático 1-1-2* seleção da placa de sistema 1-1-3* Extender CMOS RAM *código de áudio precedido por tom mais grave IBM POST Tone Codes Apito Condição Nenhum placa mãe, fonte 1 curto Sistema passou por todos os testes 2 curtos Erro de display contínuo Placa mãe, fonte 1 longo, 1 curto placa mães 1 longo, 2 curtos placa de vídeo 1 longo, 3 curtos EGA 3 longos cartão 3270 Tabela 4 – códigos de erro da BIOS
  • 57. ________________________________________________________________________________ 53 12.2 Sintomas de defeitos comuns Vejamos agora alguns sintomas de problemas típicos que podem ocorrer com um PC. Para cada sintoma, serão indicadas as causas prováveis e as suas soluções: 12.2.1 Tela escura, sem sons Você liga o computador e a tela fica apagada. Nenhum som é emitido pelo alto falante. Parece que o computador está completamente inativo. Faça o seguinte: 1) Cheque se o monitor está ligado e conectado corretamente 2) Verifique se a chave 110/220 na parte traseira da fonte está correta 3) Confira as conexões da fonte 4) Veja se as placas de expansão estão bem encaixadas nos slots 5) Verifique o cabo flat IDE 6) Teste a fonte 7) Verifique os jumpers da placa de CPU 8) Verifique as memórias 9) Desmonte o PC e monte-o por partes 10) Use uma placa de diagnóstico Monitor - A ausência de POST pode ter uma causa bastante simples, um erro gros- seiro, mas também pode ser causada por um problema bastante sério. Comece verificando se o monitor está ligado e se seus cabos estão conectados. Se possível teste o monitor em outro computador. Placa de vídeo - A placa de vídeo pode estar defeituosa ou mal conectada. Quando a placa de vídeo não funciona, não aparece imagem no monitor, e o alto falante emite beeps para indicar o erro. Entretanto, também é possível que durante o teste da placa de vídeo reali- zado no POST, o BIOS apresente um travamento causado pela placa de vídeo defeituosa. Não conseguiria portanto informar o erro através de beeps. Verifique então se a placa de vídeo está encaixada corretamente. Depois de testar a fonte, você pode ainda experimentar colocar uma outra placa de vídeo no PC, apenas para efeito de teste. Observe que se a placa antiga estiver defeituosa, a nova placa enviará imagem ao monitor, você poderá executar um boot no modo
  • 58. ________________________________________________________________________________ 54 MS-DOS, mas a placa não funcionará corretamente no Windows, pois estará sendo usado o driver de vídeo da placa original. Conexão da fonte - Também é possível que a fonte de alimentação não esteja cor- retamente conectada na placa de CPU. Verifique se esta conexão está correta. Placas de expansão – Quando uma placa de expansão está mal encaixada pode causar travamentos quando o PC é ligado. Verifique se todas elas estão corretamente encaixadas nos seus slots. As placas devem ser aparafusadas no gabinete, caso contrário podem soltar com muita facilidade. Cabo flat IDE - Se o PC ficou com tela escura e inativo logo depois que você fez alguma alteração nas conexões dos dispositivos IDE, provavelmente aí está a razão do problema. Você pode ter encaixado o cabo flat IDE de forma invertida, ou na interface IDE, ou em algum dos dispositivos IDE. Fonte - A fonte de alimentação é sempre suspeita em quase todas as anomalias que ocorrem em um PC. É preciso verificar se suas tensões estão dentro da faixa de tolerância permitida, e também se existe ripple. Processador - O processador pode estar programado com clocks errados, ou pode ter sido danificado por configuração de clocks e voltagens erradas, ou pelo fato do cooler ter pa- rado ou ficado solto. Se o cooler estiver parado ou solto, é possível que isto tenha causado o superaquecimento do processador, danificando-o. Será preciso trocar o processador. A configuração de voltagem do processador é importantíssima. Quando um pro- cessador está programado com uma voltagem errada, ou não funcionará, ou travará depois de poucos minutos, ou então poderá ficar aquecido e queimar. Em PCs que utilizam overclock (processador operando com clock mais elevado que o permitido), o processador poderá ter queimado, ou simplesmente ter deixado de aceitar o clock elevado, devido ao desgaste. Confira portanto se o clock interno e o externo estão corretamente configurados. Memórias - Falha nas memórias também pode causar este problema. Quando existe pelo menos uma quantidade mínima de memória RAM em boas condições, o POST pode funcionar, pelo menos a ponto de emitir um código de beeps para indicar que a memória está ruim. Entretanto, quando não existe memória alguma disponível, o POST não consegue operar e o processador fica paralisado. Uma memória DRAM instalada no primeiro banco, ao estar mal encaixada, com mau contato, defeituosa, ou mesmo sendo do tipo errado (tempo de acesso inadequado, mistura de FPM com EDO, por exemplo) pode causar este problema. Placas de diagnóstico - Muito valiosa é a ajuda de placas de diagnóstico como a PC Sentry e a Omni Analyzer (www.spider.com.br). Essas placas possuem um display hexadecimal que exibe um código através do qual podemos identificar em qual etapa o POST foi paralisado. Podemos então direcionar os testes para aquele componente.
  • 59. ________________________________________________________________________________ 55 Desmontar para testar - Em casos de ausência de POST, é possível que algum componente esteja causando um curto-circuito ou outro efeito que resulte em travamento. Desta forma o processador pode não funcionar, ou o POST pode travar nas suas etapas iniciais. O procedimento recomendável neste caso é desconectar todos os módulos do PC, e conectá-los por partes. Comece retirando todas as placas de expansão. Desconecte todos os cabos flat que estiverem ligados na placa de CPU. Desfaça as conexões do painel frontal do gabinete, deixando apenas o Reset e o PC Speaker. No caso de gabinetes ATX, deixe também conectado o Power Switch. Desconecte o teclado, mouse, impressora, caixas de som e demais dispositivos externos. O PC ficará apenas com a fonte ligada na placa de CPU, que por sua vez estará ligada no Reset e Speaker (e Power Switch no caso de gabinetes ATX). Ligue agora o computador e espere alguns minutos até a emissão de beeps. Se os beeps não ocorrerem, tudo indica que existe um defeito, ou na placa de CPU ou na fonte. Caso você tenha medido as tensões da fonte e esteja tudo OK, é muito provável que o problema esteja na placa de CPU. O ideal nesse caso é substituir a fonte por uma em bom estado, para ter a certeza absoluta de que a fonte original não é a causadora do problema. Você deverá então fazer o conserto da placa de CPU, e se não for possível, fazer a sua troca. Mais adiante neste capítulo mostraremos que tipos de conserto podem ser feitos na placa de CPU. Se depois de deixar o PC quase todo desmontado, você finalmente conseguir ouvir beeps emitidos pelo PC Speaker, temos um bom sinal. Significa que o componente causador do problema é um daqueles que você retirou. O PC está melhor que antes, pois nem estava conseguindo emitir beeps. Consulte a tabela de Beep error codes no manual da placa de CPU para identificar o problema detectado. Monte o PC aos poucos, adicionando os componentes originais, até o problema se manifestar novamente. Recomendamos a seguinte ordem: 1) Conecte a placa de vídeo e o monitor, ligue para testar 2) Conecte o teclado, ligue para testar 3) Conecte o drive de disquetes, tente executar um boot por disquete 4) Conecte o disco rígido, tente executar um boot limpo pelo disco rígido 5) Conecte o mouse e tente executar um boot limpo 6) Conecte a impressora tente executar um boot limpo 7) Conecte cada uma das placas de expansão e tente executar um boot limpo Tabela 5 – Sequência de montagem do PC
  • 60. ________________________________________________________________________________ 56 Em um desses testes, você verá que o problema retornou. Se não retornar, significa que alguma conexão estava errada, e ao desmontar e montar, o problema foi solucionado. Pode ter sido uma conexão errada, ou então algum mau contato. Se as placas estiverem com poeira, é possível que a oxidação e a própria poeira estejam causando mau contato. Faça então uma limpeza geral de contatos. 12.2.2 Tela escura com beeps Tela escura com emissão de beeps pelo PC Speaker é um defeito menos ruim que tela escura sem emissão de beeps. Você deve consultar a tabela de códigos de erro existente no manual da sua placa de CPU. Você poderá desta forma investigar a causa do problema. Este problema recai portanto no problema anterior (tela escura sem beeps) que acabamos de apresentar. Certas placas de CPU emitem beeps indefinidamente ao serem ligadas com um módulo de memória defeituoso ou incompatível, ou então quando o cooler do processador não está conectado corretamente. Normalmente a conexão do cooler na placa de CPU é chamada CPU FAN. O BIOS dá a partida em baixa velocidade, e ao detectar que não existe rotação no cooler (pode estar desligado ou ligado no conector errado), produz a seqüência de beeps e paralisa o sistema, evitando que o uso do clock normal sobreaqueça e danifique o processador. A tela escura com beeps também pode ocorrer quando a placa de vídeo está mal encaixada no seu slot, o que costuma ocorrer muito em gabinetes de precisão mecânica ruim. 12.2.3 No ROM Basic, System Halted Essa mensagem de erro indica que o PC não conseguiu realizar o boot, nem pelo disco rígido, nem por disquete. Como a seqüência de boot normal é primeiro tentar o drive A, para em caso de falha, tentar o disco rígido, esta mensagem sempre indicará que existe algo de errado com o disco rígido. Os problemas possíveis são:  O disco rígido, ou a interface IDE, ou o cabo flat está defeituoso  O disco rígido não está declarado no CMOS Setup  O disco está com parâmetros errados no CMOS Setup  Existe erro na configuração de jumpers do disco rígido  A partição primária do disco rígido não está ativa  O disco rígido foi atacado por vírus  O disco rígido não está particionado  O disco rígido não está formatado  O cabo flat IDE de 80 vias está ligado de forma errada. A mensagem ―No ROM Basic, System Halted‖ pode trazer a má notícia de que existe um componente defeituoso. Pode ser um defeito no disco rígido, o que seria um grande
  • 61. ________________________________________________________________________________ 57 transtorno. Pode ser um defeito na interface IDE, o que também dará trabalho e terá um custo para solucionar, mas pelo menos os dados do disco estarão a salvo. O cabo flat também pode estar defeituoso, o que representa um prejuízo mínimo. Mas antes de colocar esses componentes sob suspeita, outras verificações devem ser feitas. Conferir as conexões - Devemos checar se as conexões do cabo flat na sua interface e no disco rígido estão perfeitas. É possível ainda que um outro dispositivo ligado na mesma interface IDE onde está ligado o disco rígido esteja com a conexão frouxa. Também é preciso conferir a ligação da fonte de alimentação no disco rígido. Tome cuidado com o cabo flat IDE de 80 vias. Os conectores das duas extremidades não são iguais, como ocorre com os cabos de 40 vias. O conector mais afastado dos outros dois (muitas vezes este conector é azul) é o que deve ser ligado na interface IDE. Fonte - Também neste caso é preciso checar as tensões da fonte de alimentação, já que quando a fonte não está em perfeitas condições, vários defeitos podem ocorrer em diversos componentes do PC. Interferência da fonte - Muitos gabinetes possuem um local para a instalação do disco rígido, acima ou abaixo da fonte de alimentação. Se o disco rígido está instalado deste forma, procure remanejá-lo para outro local. Se não for possível, faça com que a carcaça do disco fique voltada para a fonte. Quando a placa de circuito do disco rígido fica voltada para a fonte (quando o HD está próximo da fonte), é comum ocorrerem interferências que prejudicam o funcionamento do disco rígido. Confira também se os jumpers Master/Slave do disco rígido estão configurados de forma correta. Parâmetros no Setup - O próximo passo é verificar se o disco rígido está declarado corretamente no Standard CMOS Setup: número de cabeças, número de setores e número de cilindros. Em caso de problemas, comece simplificando outros parâmetros, como: IDE block mode : desabilitar IDE 32 bit transfers : desabilitar PIO Mode : programe com zero IDE Ultra DMA : desabilitar Procure descobrir os parâmetros corretos do disco rígido. Muitas vezes essas infor- mações estão impressas na sua carcaça. Pode também ser usado o comando Auto Detect IDE. Se tiver o manual do disco rígido, lá também estão indicados esses parâmetros. Feita a programação, tente executar um boot pelo disco rígido. Seqüência de boot – Verifique no CMOS Setup como está definida a seqüência de boot. Por exemplo, quando deixamos na opção ―CD-ROM / C:‖ e fazemos a instalação do Windows XP, o boot será feito pelo CD-ROM mesmo depois que o sistema estiver instalado. Se retirarmos o CD-ROM e não alterarmos a seqüência para ―C: / CD-ROM‖, o sistema poderá apresentar erro no boot.
  • 62. ________________________________________________________________________________ 58 Problemas nas partições - Se mesmo assim a mensagem de erro persistir, execute um boot através de um disquete. Acesse agora o disco rígido, usando por exemplo o comando DIR C:. Se o disco rígido for acessado normalmente com este comando, e mesmo assim o boot por ele não for possível, provavelmente falta declarar a sua partição primária como ativa. Execute o programa FDISK, da mesma versão do sistema operacional existente no disco rígido, e use o comando 2 – Definir partição ativa. Declare então que a partição primária (partição 1) deve ser ativa. Depois de sair do FDISK, o boot já poderá ser executado pelo drive C. Formatação lógica e vírus - Talvez o problema não seja causado pelo fato da partição não estar ativa. Pode ser que ao usar o comando DIR C: ocorra algum tipo de erro, como: Unidade inválida Tipo de mídia inválido lendo a unidade C- O problema então é mais sério, e provavelmente será preciso usar o programa FORMAT e/ou o FDISK, com perda dos dados que estavam no disco rígido. É possível que o disco rígido não esteja sendo acessado por não estar formatado, ou não estar particionado. Se o disco rígido estava funcionando perfeitamente e passou a apresentar este problema, significa que áreas vitais localizadas no seu início (tabela de partições, setor de boot, FAT e diretório raiz) foram afetadas, ou por um vírus, ou por um transiente na rede elétrica. Para recuperar o disco rígido sem perder os dados que anteriormente estavam no disco rígido, será preciso usar o programa Image do Norton Utilities. Também será preciso que o programa Image seja executado a cada boot, tornando possível uma eventual recuperação em um caso como este. Não será possível recuperar dados de um disco com o programa Image se ele não tiver sido previamente utilizado para fazer uma cópia das áreas vitais do disco. Se o disco rígido estava vazio, ou se por algum outro motivo podemos descartar os seus dados, podemos resolver o problema usando os programas FDISK e FORMAT. Se o programa Image do Norton Utilities não foi previamente utilizado, provavelmente não será possível recuperar os dados. O disco rígido, depois de reparado, ficará vazio. Comece então fazendo uma verificação de vírus no disco rígido. Para isto será preciso executar um boot com um disquete contendo um programa anti-vírus. Suponha que não foram detectados vírus, mas ao executarmos o boot com um disquete e usarmos o comando DIR C:, a mensagem de erro apresentada tenha sido: Tipo de mídia inválido lendo a unidade C Significa que a formatação lógica está ausente ou errada, pois o tipo de mídia (Media Type) é uma das informações gravadas pelo programa FORMAT.COM. Usamos então o comando: FORMAT C: /S
  • 63. ________________________________________________________________________________ 59 Depois desta formatação lógica, o boot poderá ser realizado pelo drive C. Entretanto, este drive estará vazio, seus dados terão sido apagados. Suponha que ao tentar acessar o drive C depois de um boot pelo drive A, a mensagem de erro tenha sido: Unidade inválida Tente então usar, a partir do disquete, o comando: FDISK /MBR Tente agora realizar um boot pelo drive A e a seguir usar o comando DIR C:. Isto deverá trazer de volta o drive, ou pelo menos mudar a mensagem de erro para ―Tipo de mídia inválido‖. Se for desta forma, use agora o comando FORMAT C: /S Se o comando FDISK /MBR não resolver, será preciso usar o FDISK para criar e ativar a partição primária. Execute então outro boot com o disquete e use o programa FORMAT. OBS: O Windows ME e o Windows XP não executam boot pelo disco rígido no modo MS-DOS, somente no modo Windows. Nesses sistemas, o boot no modo MS-DOS só pode ser feito através de disquete. Defeito de hardware - Se tudo isso foi feito e o disco rígido não funcionou, é possível que exista um defeito de hardware. Será preciso usar o método do troca-troca para descobrir se o problema está no disco rígido, ou na interface IDE, ou no cabo flat. Note ainda que nesse caso, apesar de poder aparecer a mensagem No ROM Basic, também é comum ocorrerem durante o POST, mensagens como: HDD Controller Failure Primary Master Error Através de substituições você fatalmente descobrirá onde está o defeito. 12.2.4 Teclado troca caracteres O problema pode ser um defeito no teclado, e a substituição por um novo será a solução. Se o problema persistir mesmo com um teclado bom, então provavelmente está localizado na interface de teclado. Nos PCs atuais esta interface está localizada no Super I/O, portanto em caso de defeito na interface a placa de CPU estará perdida. Uma solução é utilizar um teclado USB, deixando de lado a interface de teclado comum. Em PCs antigos, esta
  • 64. ________________________________________________________________________________ 60 interface é formada pelo chip 8042, sobre o qual existe normalmente uma etiqueta com a indicação Keyboard BIOS. Experimente instalar no seu lugar, o 8042 retirado de uma outra placa de CPU. Este chip pode ser obtido em sucatas de peças para PC. Uma placa de CPU estragada chega a custar de 10 a 20 reais, e dela podemos extrair algumas peças, inclusive o 8042. Soluções paliativas para problemas com o teclado: Se o seu teclado às vezes fica maluco e troca caracteres mas você ainda não teve tempo para resolver o problema, existe um pequeno macete. Pressione simultaneamente as duas teclas SHIFT, e o teclado voltará ao normal (pelo menos por enquanto). Se o seu PC fica aparentemente travado no início do boot, logo depois do teste de memória, pressione a barra de espaço. 12.2.5 “Keyboard Error” durante o boot Ao ser ligado o computador, logo depois do POST e antes do carregamento do sistema operacional, pode aparecer a mensagem: Keyboard Error – Press <F1> to continue Esta mensagem pode ocorrer pelo fato do teclado estar defeituoso, mas normalmente ocorre quando a rotina de teste de teclado do POST é feita antes que o microprocessador existente dentro do teclado realize a sua inicialização. Para evitar este problema, procuramos no Standard CMOS Setup o comando Keyboard e o programamos como Disabled. Isto significa que o teclado não será testado durante o POST, e desta forma o erro será eliminado. Outra forma de evitar este problema é comandar um teste de memória mais demorado. Habilite a opção Above 1 MB Memory Test e desabilite a opção Quick Boot ou Quick Power on Self Test. Isto dará tempo ao chip do teclado para fazer sua inicialização, eliminando o problema. 12.2.6 Sistema operacional inválido Esta é uma mensagem de erro que ocorre quando alguns dos arquivos envolvidos no boot estão em falta, ou quando existe algum problema no setor de boot. Quando isto ocorre, conseguimos executar um boot através de um disquete e acessar o drive C, porém o boot pelo drive C não funciona. Para resolver este problema é preciso executar um boot com um disquete contendo o programa SYS.COM. Deve ser da mesma versão que a existente no disco rígido. Use o comando: SYS C: Os arquivos necessários para o boot serão copiados do disquete para o drive C. Feito isto, já será possível executar um boot pelo drive C.
  • 65. ________________________________________________________________________________ 61 Este problema também ocorre quando os parâmetros do disco rígido no CMOS Setup são alterados depois que o sistema operacional já está instalado. 12.2.7 HDD Controller Failure Significa ―Falha na controladora do disco rígido‖. Esta mensagem de erro ocorre durante o POST quando é detectado algum problema no acesso ao disco rígido. Ao contrário do que muitos pensam, este problema não está necessariamente na interface IDE. Pode estar no próprio disco rígido. As suas causas possíveis são:  O disco rígido, ou a interface IDE, ou o cabo flat está defeituoso  O disco rígido não está declarado no CMOS Setup  O disco está com parâmetros errados no CMOS Setup  Existe erro na configuração de jumpers do disco rígido No item 3 desta seção já apresentamos os procedimentos a serem usados para checar cada um desses pontos. Se mesmo com essas checagens o problema persistir, existe grande chance do disco rígido, ou a sua interface, ou o cabo flat estar defeituoso. A melhor coisa a fazer é tentar substituições até descobrir a causa do problema. 12.2.8 Mouse inativo Muitos são os problemas que podem levar o mouse a não funcionar. Essa inatividade é representada pela ausência do cursor do mouse na tela, ou então por um cursor imóvel. Aqui estão algumas causas possíveis.  Mouse defeituoso  Interface para mouse defeituosa  Fonte de alimentação defeituosa (sem tensões de +12 e –12 volts)  A interface do mouse pode estar desabilitada  Erro na conexão entre a placa de CPU e o conector da interface do mouse  Uso de conectores de outra placa  Conflito de hardware  Mouse ligado na COM2, no modo MS-DOS Troca simples - Muitos modelos de mouse têm baixa qualidade, e podem realmente apresentar defeito com relativa facilidade. Como o mouse é muito suspeito, é aconselhável tentar antes substituí-lo por um mouse em boas condições, ou então instalar o mouse suspeito em outro computador para verificar o seu funcionamento. Software de diagnóstico - A interface na qual o mouse está conectado (COM1, COM2 ou interface para mouse PS/2) pode estar defeituosa. Podemos checar o seu funcionamento usando um programa de diagnóstico. Devemos acoplar o conector loopback na
  • 66. ________________________________________________________________________________ 62 porta serial para fazer o teste completo. Quando um erro é apresentado, é possível que não seja exatamente na interface serial, mas no cabo que liga a interface serial até o seu conector na parte traseira do PC. No caso de placas AT, o conector do mouse é separado da placa, e ligado através de um cabo auxiliar. Este cabo pode estar mal conectado, ou então conectado de forma invertida, ou mesmo defeituoso. É possível ainda que esteja sendo usado o cabo de uma outra placa de CPU, incompatível com a placa atual. Esses cabos não são padronizados, e o cabo que acompanha uma placa não necessariamente funcionará com outras placas. Teste em outra porta - Para verificar se o problema está na porta serial, podemos tentar ligar o mouse em outra porta. Se o mouse está na COM1, ligue-o na COM2. O Windows reconhecerá automaticamente a porta onde o mouse está ligado e aceitará os seus comandos. Tome cuidado com o caso do mouse padrão PS/2. A maioria das placas de CPU atuais possuem uma interface para mouse padrão PS/2. Essa interface não é uma COM1 nem COM2, e normalmente utiliza a IRQ12. Precisa ser habilitada no CMOS Setup para que funcione. Procure no Peripheral Configuration o item Mouse function e habilite-o. Conflito de hardware - Quando a interface na qual está ligado o mouse entra em conflito de hardware com outra interface, o mouse apresentará funcionamento errático, ou simplesmente travará. O caso mais comum é quando o mouse está usando COM1/IRQ4 e o modem está configurado como COM3/IRQ4. É preciso reconfigurar os endereços e IRQs dos dispositivos envolvidos para desfazer o conflito de hardware. Observe que a interface para mouse padrão PS/2 também pode apresentar conflito, caso outra interface esteja também usando a IRQ12. Use o Gerenciador de Dispositivos para verificar possíveis conflitos de hardware. Driver para MS-DOS - Se o mouse funciona no Windows e não funciona no modo MS-DOS, temos aqui outro problema típico. Para que o mouse funcione em modo MS-DOS é preciso que seja executado o seu driver, normalmente um programa com o nome MOUSE.COM, GMOUSE.COM, MMOUSE.COM ou similar. Outra questão a ser verificada é a ligação do mouse na COM2. No Windows o mouse funciona automaticamente, tanto na COM1 como na COM2. No caso do modo MS-DOS, é preciso avisar ao driver do mouse, qual é a porta serial usada. Use o programa de driver do mouse com o parâmetro /? ou /H e serão apresentadas instruções para que o mouse funcione na COM2. 12.2.9 Imagem sem sincronismo, desde que o PC é ligado A imagem do monitor fica rolando na tela, totalmente distorcida e na maioria das vezes impossível de ler. Quando este problema ocorre apenas no Windows ou quando é ativado algum modo gráfico de alta resolução, não se trata de um defeito, mas de um erro na programação da placa de vídeo. Por outro lado, quando desde o instante em que o PC é ligado a imagem fica instável, provavelmente temos um problema sério:  Monitor defeituoso  Cabo de vídeo defeituoso
  • 67. ________________________________________________________________________________ 63  Placa de vídeo defeituosa Você pode fazer substituições usando outro computador, e fatalmente encontrará a causa do problema. Se o defeito estiver no cabo você poderá consertá-lo, ou então adquirir um cabo novo, o que dá muito menos trabalho. O monitor defeituoso deve ser enviado a uma assistência técnica especializada neste tipo de conserto. Uma placa de vídeo defeituosa poderá ser simplesmente trocada. 12.2.10 Imagem sem sincronismo no Windows Quando o monitor apresenta imagens perfeitas durante o processo de boot, mas fica fora de sincronismo quando é iniciado o Windows, ou então quando é executado algum programa gráfico que use imagens de alta resolução, não existe defeito algum, nem no monitor, nem no cabo, nem na placa de vídeo. O problema está nas freqüências horizontais usadas pela placa de vídeo, por estarem acima dos valores permitidos pelo monitor. É preciso portanto ajustar as freqüências da placa de vídeo para que se tornem compatíveis com as do monitor. Com este pequeno ajuste, o problema de falta de sincronismo estará solucionado. O ajuste é feito através do quadro de configurações de vídeo. 12.2.11 CMOS Ckecksum Error – Defaults Loaded Esta mensagem indica que ocorreu um alteração indevida nos dados do CMOS Setup. Quando isto ocorre, normalmente o BIOS faz o carregamento automático de valores default. Em geral indica um problema no chip CMOS, ou mais provavelmente na bateria, que pode estar fraca, descarregada, danificada ou desabilitada. 12.2.12 Cursor do mouse não caminha direito na tela O cursor do mouse aparece na tela e caminha conforme os movimento feitos pelo usuário, mas esses movimentos são erráticos, na forma de saltos, ou então ficando limitados ao sentido horizontal ou vertical. Esses são sintomas de sujeira no mouse. Se você quiser, pode confirmar isso instalando outro mouse. Se o outro mouse funcionar, fica comprovado que o problema é sujeira. 12.2.13 Erros na memória durante o uso normal do PC Se as memórias do PC não possuem bits de paridade, então a checagem de paridade deve ser desabilitada no CMOS Setup. Desta forma a mensagem Parity Error não ocorre nunca, nem no POST, nem depois do boot. Digamos então que tenha ocorrido o seguinte: a) As memórias possuem paridade b) A checagem de paridade está habilitada no CMOS Setup c) Apareceu a mensagem Parity Error em uso normal do PC
  • 68. ________________________________________________________________________________ 64 A mensagem de erro pode ter aparecido depois do POST, durante o processo de boot, ou mesmo durante o uso normal de programas no PC. Nessas condições, significa que existem posições de memória defeituosas. Ou então, as memórias podem estar boas e ter ocorrido um mau contato. Ou ainda, as memórias e os contatos podem estar bons, mas pode ter ocorrido um problema na fonte, ou uma interferência na rede elétrica, ou ainda pode ser o resultado de uma programação mal feita no Advanced Chipset Setup. Até mesmo o aquecimento do processador ou uma falha na placa de CPU pode causar este erro. Quando a memória não possui paridade, ou então quando possui e está desabilitada a sua checagem, eventuais erros na memória serão manifestados através de travamentos e operações ilegais no Windows. Podemos citar as seguintes causas possíveis para o os erros na memória:  Fonte defeituosa  Transientes na rede elétrica  Mau contato nos módulos de memória  Envenenamentos no CMOS Setup  Defeito na memória  Aquecimento do processador  Falha na placa de CPU Software de diagnóstico - Na pesquisa de problemas na memória, é muito útil exe- cutar os testes de memória dos programas de diagnóstico. Se durante o teste de memória forem apresentados erros, significa que realmente existe algo de errado, ou na memória ou em outro componente que causa o seu mau funcionamento. A cada tentativa de solução, devemos testar novamente as memórias para verificar se os erros continuam. Por exemplo, digamos que sempre ocorra erro no teste de memória, e que façamos a troca dos módulos de memória. Se depois desta troca, o teste de memória deixar de apresentar erros, significa que a troca resolveu o problema. Se você trocar a fonte, teste as memórias. Se você instalar um estabiliza- dor, teste as memórias. Se você fizer uma limpeza nos contatos, ou se fizer ajustes no CMOS Setup, teste as memórias. Reinstalação de software - Um critério errado para saber se as memórias ficaram boas é verificar se os travamentos e operações ilegais no Windows cessaram. Isso é errado, pois mesmo com as memórias já boas, arquivos de programas podem estar corrompidos, causando as anomalias. Nessa situação, é muito provável que uma reinstalação do Windows e dos aplicativos resolva o problema. Fonte - O erro na memória pode estar sendo causado por uma fonte de alimentação defeituosa. Quando as tensões estão fora das especificações, ou quando existe ripple, vários circuitos podem não funcionar corretamente. É necessário portanto testar a fonte de alimentação, e em caso de suspeita, substituí-la.
  • 69. ________________________________________________________________________________ 65 Rede elétrica - A rede elétrica problemática também pode causar erros nas memórias. Transientes na rede elétrica resultam em quedas e picos nas tensões fornecidas pela fonte. Essas imperfeições chegam às memórias, o que resulta em erros. Para evitar esses erros, não ligue eletrodomésticos na mesma tomada onde está o PC, e utilize um estabilizador de voltagem. Maus contatos - Módulos de memória e seus soquetes podem apresentar maus contatos. O mesmo pode ocorrer com os seus soquetes. Tomando muito cuidado para não tocar nas partes metálicas do módulo de memória e dos seus soquetes, limpe a poeira dos soquetes, limpe os contatos do módulo usando uma borracha, retire os resíduos de borracha usando um pincel e aplique spray limpador de contatos nos módulos de memória e nos seus soquetes. Espere secar e instale novamente os módulos de memória. CMOS Setup - Não chegou ainda a hora de condenar os módulos de memória. É possível que o problema seja causado por ajustes indevidos no CMOS Setup. Dentro do Advanced Chipset Setup existem vários itens que controlam a velocidade de acesso às memórias. Se essa velocidade estiver exageradamente alta, podem realmente ocorrer erros na memória. Experimente programar todos os itens relacionados com a velocidade de acesso às memórias usando os maiores valores possíveis, ou seja, usando os tempos de acesso mais longos. Troque as memórias - Se depois de todas essas tentativas os erros na memória per- sistirem, é possível que o problema seja realmente um dos módulos de memória. Faça então a substituição desses módulos e teste o funcionamento usando um programa de diagnóstico. Tome muito cuidado para não danificar as memórias e a placa de CPU com sua eletricidade estática. Problemas no processador - Os erros na memória podem não ser originados na memória. Os bits podem sair da memória em perfeitas condições e ao passarem pelo chipset sofrerem erros. Também podem chegar ao processador e dentro dele serem adulterados. Esses erros são manifestados através de travamentos e operações ilegais no Windows. O aquecimento do processador é um dos principais causadores de problemas. Pode ocorrer nas seguintes situações:  Processador usando overclock  Voltagem do processador errada  Cooler danificado ou mal instalado  Ventilação do gabinete deficitária  Processador sem pasta térmica Muitos usuários aumentam através de jumpers da placa de CPU, o clock interno e/ou o clock externo do processador. Este procedimento é chamado de overclock. A programação errada das voltagens do processador também causa mau funcionamento ou aquecimento, o
  • 70. ________________________________________________________________________________ 66 que resulta em travamentos e outras anomalias. Verifique a programação dos clocks e da voltagem da placa de CPU e corrija os valores. Se o cooler do processador estiver danificado, parado ou solto, o processador irá aquecer e certamente ocorrerão travamentos e outros problemas. Pior ainda, o processador pode ser danificado. Mesmo quando o cooler estiver funcionando, a ventilação do gabinete pode ser deficitária. Providencie para que o sistema de ventilação do gabinete opere com máxima, o que resulta em melhor refrigeração do processador. Verifique se o cooler está instalado na posição correta ou se está invertido (giro de 180 graus). Finalmente, faça a aplicação de pasta térmica entre o processador e o cooler. A pasta térmica é recomendada pelos fabricantes de processadores, e reduz bastante a sua temperatura, aumentando a sua confiabilidade. Muitos travamentos e falhas no Windows já foram resolvidos com a simples aplicação de pasta térmica. O chipset - A memória e o processador podem estar em boas condições, mas entre eles, o chipset pode estar introduzindo erros pelos dados que nele trafegam. Isto tem maior chance de ocorrer quando a placa de CPU opera com overclock externo. Ajuste o valor do clock externo através dos jumpers da placa de CPU ou do CMOS Setup. Placa de CPU danificada - Finalmente, os travamentos, falhas no Windows e erros na memória pode estar sendo causados por uma placa de CPU danificada. A placa pode ter sofrido maus tratos durante a sua instalação (eletricidade estática) ou durante a sua vida útil (aquecimento excessivo). A solução é a troca por uma nova. Não esqueça de reinstalar o software - Se você fizer várias tentativas de solucionar os problemas de hardware e os travamentos e falhas no Windows continuarem, não desanime. O hardware poderá se tornar 100% confiável depois do seu conserto, mas arquivos do Windows e dos demais softwares podem estar corrompidos. Depois de checar todos os pontos de hardware que ensinamos, reinstale o Windows e os softwares, pois agora deverá funcionar tudo. 12.2.14 Travamentos e falhas no Windows A maior parte da atividade do computador ocorre entre a memória e o processador. Os circuitos de paridade monitoram constantemente a integridade dos dados transmitidos e recebidos da memória. Ao detectar um erro, é imediatamente apresentada a mensagem Parity Error. Quando o PC não utiliza paridade (ou porque o chipset da placa de CPU não tem circuitos de paridade, ou porque as memórias não têm bits de paridade, ou porque a checagem de paridade está desabilitada no CMOS Setup), um eventual erro não será detectado. O PC continuará trabalhando mesmo com o erro. Se este erro fizer parte de um arquivo que está sendo gravado, este arquivo ficará corrompido. Se for uma instrução a ser executada pelo processador, esta será considerada uma instrução inválida. O Windows pode detectar certas instruções ilegais, apresentando mensagens como:
  • 71. ________________________________________________________________________________ 67 Este programa executou uma operação ilegal Pior ainda, o Windows pode não detectar que se trata de uma instrução inválida. Um bit errado pode fazer o que deveria ser uma adição ser executado como uma subtração. O programa realiza sua tarefa de forma errada, e pode gerar dados inconsistentes e arquivos corrompidos. Portanto, travamentos e falhas no Windows podem ser causados pelo mesmo tipo de erro que resulta na mensagem Parity Error. Para solucioná-los você precisa pesquisar todos os pontos discutidos no item 19 – Erros na memória durante o uso normal do PC. Os mesmos problemas que causam os erros de paridade também causam travamentos nos PCs que operam sem paridade. As falhas no Windows podem ter outras causas:  Memória cache defeituosa ou mal configurada no Setup  Conflitos de hardware  Arquivos corrompidos  Programas com bugs  Conflitos entre programas e drivers  Conflitos na memória superior  Conflitos gerados por programas residentes Cache – Podem ocorrer problemas nos casos de placas de CPU que possuem cache externa. Para tirar a dúvida, experimente desabilitar a cache externa, através do Advanced CMOS Setup. O computador ficará um pouco mais lento. Deixe o computador funcionar durante algum tempo, se possível alguns dias de uso normal. Execute testes repetitivos na memória DRAM, no processador e na placa de CPU, usando um programa de diagnóstico. Se com a cache externa desabilitada os problemas cessarem, tudo indica que aí está o problema. Habilite novamente a cache externa, e se desta vez ocorrer erro, ficará comprovado que o problema realmente está na cache externa. Para solucionar o problema você deverá inicialmente fazer ajustes no Advanced Chipset Setup, aumentando os tempos de acesso a esta memória. Se isso não resolver será preciso trocar os chips de cache, ou trocar a placa de CPU, caso esses chips sejam soldados. Conflitos de hardware - Os travamentos e operações ilegais podem estar sendo causados por conflitos de hardware. Cheque eventuais conflitos usando o Gerenciador de Dispositivos. Utilize as técnicas usuais para eliminar conflitos de hardware. Problemas de software - Arquivos corrompidos também podem causar diversas anomalias, como travamentos e operações ilegais. Por isso muitas vezes fazer a reinstalação do Windows, de aplicativos e de drivers resolve os problemas. Os arquivos corrompidos podem surgir por instabilidades na rede elétrica, desligamento de forma errada, defeitos de hardware em geral podem danificar dados do disco rígido. Mesmo depois que os defeitos de
  • 72. ________________________________________________________________________________ 68 hardware forem resolvidos, esses arquivos continuam corrompidos, causando problemas. Repita a instalação do software no qual os problemas ocorrem. Os problemas somente serão solucionados se estiverem realmente sendo causados por arquivos corrompidos. Se esta não for a causa do problema, pode fazer quantas reinstalações quiser que os problemas continuarão. Por exemplo, se a cache externa estiver defeituosa, pode formatar o disco rígido e reinstalar o Windows centenas de vezes, mas o erro continuará. Antes de partir para a reinstalação de software, devemos ter certeza absoluta de que o hardware está em perfeitas condições. Programas com bugs - Os travamentos, operações ilegais e anomalias podem ser causados por programas com bugs, ou seja, com erros de projeto. Não é uma boa idéia utilizar versões beta de programas, eles podem causar problemas, inclusive atrapalhando programas bons. Se você desconfia de um determinado software de má qualidade, não hesite em fazer a sua desinstalação. Acesse o site do fabricante do software e verifique se existem atualizações, ou pelo menos soluções para eventuais problemas. Defeito de hardware - Mesmo que não existam conflitos de hardware, é possível que algum dispositivo esteja com problemas de funcionamento que resultem em conflitos. Por exemplo, se uma placa de som estiver com o acesso aos canais de DMA sendo feito de forma errática, operações ilegais e travamentos ocorrerão quando a placa for usada na gravação e reprodução de sons digitalizados. Verifique se existe alguma lógica nos travamentos. Se sempre ocorrem no uso de programas de comunicação, suspeite do modem. Se sempre ocorrerem durante a reprodução ou gravação de sons, suspeite da placa de som. 12.2.15 Erros de leitura no disco rígido Algumas possíveis causas para este problema são:  Problemas na fonte ou na rede elétrica  Um problema de hardware está prestes a acontecer  Disco rígido está com setores defeituosos Fonte e rede elétrica - A instalação de um bom estabilizador de voltagem resolverá o problema. Meça as tensões da fonte, e se possível o seu ripple, usando uma placa testadora de fontes (ver final do artigo). Maus contatos – Podem ocorrer por afrouxamento gradual dos conectores, causado por vibração, ou então pela ação da poeira e umidade. HD defeituoso - É possível que o disco rígido esteja começando a apresentar sinais de cansaço, no caso de discos antigos, ou que esteja com um defeito de fabricação começando a aparecer. O problema também pode estar na interface IDE. Se o instalador não tomou os devidos cuidados com a eletricidade estática, o chipset pode ter ficado parcialmente danificado. O defeito pode estar começando a se manifestar.