O orçamento prioriza projetos de infraestrutura na região Norte, com investimentos de R$ 457,9 milhões focados na ampliação de redes de transporte fluvial e terrestre, incluindo a construção de portos em Manaus e rodovias.
Relatório Analítico Projeto de Gestão de Políticas Públicas e Controle Social...
Região norte
1. Orçamento prioriza sistemas de transporte na
região Norte
Brasília, 01/09/2005 - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, entregou
ontem (31/08), o Projeto de Lei Orçamentária para 2006, ao Presidente do
Congresso Nacional, Renan Calheiros. O Orçamento prioriza projetos de infra-
estrutura com vistas a promover o desenvolvimento econômico e social em
todas as regiões do país. Os principais investimentos previstos para a região
Norte somam R$ 457,9 milhões e têm como foco a ampliação das redes de
transporte fluvial e terrestre. Este valor não representa a totalidade dos
recursos a serem destinados à região, mas o montante reservado às principais
obras.
Dentro desta estimativa está incluída a construção de infra-estruturas
portuárias em Manaus e outros dezesseis municípios, de forma a oferecer
maior segurança à condução de passageiros e estender o transporte de
cargas.
Os recursos deverão assegurar o restabelecimento da navegação em cerca
de 700 km, interrompido pela construção da barragem de Tucuruí. A
expectativa é a de dar continuidade à construção das eclusas 1, 2 e do canal
de acesso.
Os investimentos para o transporte rodoviário deverão priorizar as
construções das rodovias BR-319, de Manaus à divisa com Roraima, BR-364,
de Sena Madureira a Cruzeiro do Sul e BR-401, de Boa Vista à fronteira com a
Guiana Francesa.
Outra prioridade incluída no Orçamento do Governo Federal diz respeito à
construção, em fase de execução, da Ferrovia Norte-Sul, trecho Aguiarnópolis-
Babaçulândia, em Tocantins. A obra irá possibilitar a integração regional e
minimizar os custos do transporte de produtos minerais, agrícolas, florestais e
de combustíveis.
2. Mais de 93% dos municípios da região
amazônica enfrentam problemas ambientais
18/12/08
Segundo o estudo anual sobre as condições dos municípios brasileiros
(MUNIC2008), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) na última sexta-fera (12), os problemas ambientais têm sido uma das
principais dificuldades enfrentadas pelas prefeituras do Brasil, principalmente
na região amazônica.
O estudo revela que mais de 91% do total de 5.564 cidades brasileiras,
enfrentam problemas ambientais. Na região norte, este índice é ainda maior:
93%. Dentre os problemas mais recorrentes relatados pelas prefeituras, estão
as queimadas com 54% das reclamações e o desmate, com 53,5%.
Contrastando com a quantidade de problemas enfrentada pela região, o
relatório traz outro número bastante desanimador. Pouco mais da metade dos
municípios da região norte possuem recursos específicos aplicados ao meio
ambiente. Apesar disso, cerca de 90% das cidades possuem estrutura para
combater os problemas ambientais, evidenciando a falta de recursos como a
principal causa para o crescente número de casos de impactos.
Não é só o meio ambiente!
Segundo o estudo, os municípios da Amazônia legal possuem outros
problemas estruturais bastante acentuados, além das dificuldades ambientais.
A começar pelo próprio planejamento da cidade. O número de municípios que
apresentam Plano Diretor na região norte é de 40%, enquanto que na região
Centro-Oeste o índice não passa dos 25%. Em 2007 as regiões apresentavam
uma taxa de 10%.
O plano diretor é um instrumento político para o desenvolvimento e expansão
urbana dos municípios brasileiros, estabelecendo estratégias e objetivos a
serem alcançados dentro de um período específico. O projeto visa garantir o
bem estar da população e a resolução dos problemas enfrentados pela cidade.
Outros números que chamam bastante atenção no relatório são os do quesito
habitação. A região amazônica apresenta 31% de sua população vivendo em
cortiços, 41% em favelas e 58% em situação irregular ou clandestina. Estes
índices variam, em média, 5 pontos acima da média nacional.
3. Importações na região Norte crescem mais do
dobro da média nacional no 1.º trimestre
As importações da região Norte cresceram 22,9% no primeiro trimestre
de 2011, face ao período homólogo, muito acima da média nacional de
9,2%, revela o relatório trimestral da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional.
A borracha (54,9%), a cortiça (38,4%), os plásticos (27,3%) e as
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (22,6%) foram os produtos
mais importados pela região Norte.
Entre os produtos mais exportados, destaque para os plásticos
(33,6%), as obras de ferro fundido, ferro ou aço (20,8%), o calçado
(19,6%), a borracha (17%) e os produtos da fileira automóvel (15,9%),
enquanto a cortiça e suas obras e o vestuário (exceto malhas) tiveram
variações negativas de 13,4 e 4,2%, respectivamente.
As indústrias tradicionais deram, no entanto, sinais positivos com um
aumento do volume de negócios a nível nacional.
No couro e calçado, o volume de negócios cresceu 7,7%,
impulsionado, sobretudo pelo mercado nacional, mas desacelerando face
ao trimestre anterior (15,4%), enquanto no vestuário a faturarão
aumentou 10%.
A inflação aumentou e atingiu 4% no primeiro trimestre, refletindo a
subida de preços dos bens energéticos.
O boletim Norte Conjuntura salienta ainda a tendência decrescente do
desemprego registrado na maior parte dos conselhos do Norte (49 em
86), com a taxa de desemprego a fixar-se em 12,8%.
Na Região Norte, no final do primeiro trimestre de 2011, o crédito vencido
representava 5,2% do total de empréstimos às empresas (5% a nível
nacional) e 3,5% do crédito às famílias (3,3%, a nível nacional). (Nível
nacional) e 3,5% do crédito às famílias (3,3%, a nível nacional).
4. A população da Região Norte
A Região Norte é a maior do país em extensão territorial, porém sua
população é pequena, supera somente o Centro-Oeste (14.058.094
habitantes). A população absoluta da Região Norte responde por cerca de 8%
do total do país, somando 15.864.454 habitantes, conforme dados do Censo
Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Entre os estados integrantes da Região, o mais populoso é o Pará,
com 7.581.051 habitantes, enquanto que Roraima possui somente 450.479
habitantes.
No Norte é possível identificar diversos vazios demográficos, por isso
apresenta uma população relativa de aproximadamente 4,1 hab/km². Essa é
uma realidade presente em todos estados que compõem a Região.
Grande parte da população se encontra distribuída nos centros urbanos, em
cerca de 500 municípios dispersos por toda região.
O povo do Norte é descendente de índios, portugueses, além dos migrantes
oriundos de outras regiões brasileiras, como do Sudeste e do Sul. A população
da Região Norte segundo a cor/raça está dividida em pardos (69,2%), brancos
(23,9%), negros (6,2%) e índios e amarelos (0,7%).
Um dado interessante sobre a região em questão é a concentração urbana e
rural nas margens de rios, com tal característica temos cidades como Belém,
Manaus, Porto Velho, Santarém, entre outras. Esse aspecto recebe o nome de
população ribeirinha.