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José Osvaldo S. Paulino 1
Conceitos básicos sobre
aterramentos
(Estudo Técnico 2: Aterramento de cercas e currais.)
Aspecto físico de aterramento
industrial
José Osvaldo S. Paulino 2
PROGRAMA:
x Conceitos básicos sobre aterramento.
x Segurança pessoal.
x Aterramento de torres
x Proteção de cercas e currais contra raios.
FINALIDADE DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTOFINALIDADE DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Segurança ou ProteçãoSegurança ou Proteção: partes metálicas não energizadas
•Limitar potenciais produzidos:
Segurança dos seres vivos
Proteção de equipamentos
Serviço ou FuncionalServiço ou Funcional: parte integrante dos circuitos
•Ponto neutro de transformadores 3 φ (Y)
•Neutro das redes de distribuição
•Eletrodo de retorno de circuitos elétricos CA (MRT)
•Eletrodo de retorno em sistemas CC
•Plano de terra de sistemas de comunicação
•Contra descargas eletrostáticas
•Contra interferência eletromagnética
DEFINIÇÕES
Terra: Massa condutora de solo que envolve o eletrodo
de aterramento
Eletrodo de aterramento: elemento condutor metálico
ou conjunto de elementos condutores interligados, em
contato direto com a terra de modo a garantir ligação com
o solo
Condutor de ligação: condutor empregado para
conectar o objeto a ser aterrado ao eletrodo de
aterramento ou para efetuar a ligação de dois ou mais
eletrodos
Eletrodos de aterramento isolados: eletrodos de
aterramento suficientemente distantes uns dos outros para
que a corrente máxinma susceptível de ser escoada por um
deles não modifique sensivelmente o potencial do outro
Eletrodos de aterramento interligados: eletrodos de
aterramento que possuam ligação (intencional ou não) e que
interagem eletricamente
Sistema de aterramento: sistema formado por um ou mais
eletrodos de aterramento, isolados ou não, visando atender
necessidades funcionais ou de proteção
Terra remoto: massa condutora de solo distante o
suficiente de qualquer eletrodo de aterramento para que
seu potencial elétrico seja sempre igual a zero
Elevação de potencial de terra (EPT): diferença de
potencial entre o eletrodo de aterramento e o terra
remoto quando por este eletrodo flui corrente para a
terra, ou seja, é a tensão produzida no eletrodo de
aterramento quando este dispersa corrente à terra em
relação ao terra remoto
Resistência equivalente de aterramento (Req): relação
entre a elevação de potencial de terra de um eletrodo e a
corrente por este injetada no solo
José Osvaldo S. Paulino 3
Aterramentos elétricos
Porque os sistemas eletricos são
aterrados?
José Osvaldo S. Paulino 4
Aterramentos elétricos
Controle de sobretensões.
Segurança pessoal.
Proteção contra descargas
atmosféricas.
José Osvaldo S. Paulino 5
Aterramentos elétricos
Conceito de referencial:
V
José Osvaldo S. Paulino 6
V
V
Conceito de referencial
José Osvaldo S. Paulino 7
VFN
VFF
VFF = 3 .VFN
Controle das sobretensões
José Osvaldo S. Paulino 8
VFN
VFF
VFF
VFF
Controle das sobretensões
José Osvaldo S. Paulino 9
VFN
VFN
VFN
VFF
I
Controle das sobretensões
José Osvaldo S. Paulino 10
Segurança Pessoal
José Osvaldo S. Paulino 11
CHOQUE ELÉTRICO
Corrente alternada (60 Hz).
Tempo de circulação maior que três segundos.
Corrente passando pelo:
torax (pulmão e coração)
ou pelo cérebro.
José Osvaldo S. Paulino 12
CHOQUE ELÉTRICO
1 mA - Limiar de sensibilidade - Formigamento
5 a 15 mA - Contração muscular - Dor
15 a 25 mA - Contrações violentas - Impossibilidade de soltar
o objeto (fio) - Morte aparente - Asfixia
Respiração artificial
25 - 80 mA - Morte aparente - Asfixia - Fibrilação ventricular
Respiração artificial - Massagem cardíaca
Maior que 80 mA - Desfibrilação elétrica.
Corrente de ampères - Queimaduras e morte.
Efeitos fisiológicos da corrente
alternada (15Hz a 100Hz) -
pessoas com mais de 50kg
0,1 a 0,5mA – Leve percepção superficial
0,5 a 10mA – Ligeira tetanização do braço
10 a 30mA – Não perigosa se interrompida em
menos de 5 segundos
30 a 500mA – Paralisia estendida dos músculos do
tórax, com sensação de falta de ar e tontura.
Possibilidade de fibrilação ventricular se a
descarga se mantiver por mais de 200 ms
Acima de 500mA – Parada cardíaca, salvo
intervenção imediata de pessoal especializado.
José Osvaldo S. Paulino 13
Resistência do corpo humano
Medida entre duas mãos.
Mãos secas: R = 5000 Ω
Mãos úmidas: R = 2500 Ω
Mãos molhadas: R = 1000 Ω
Mãos imersas na água: R = 500 Ω
Proteção contra choques elétricos
Contatos diretos – contato com partes metálicas
normalmente sob tensão (partes vivas)
Contatos indiretos – contato de pessoas ou
animais com partes metálicas normalmente não
energizadas (massas), mas que podem ficar
energizadas devido a uma falha de isolamento.
Medidas de proteção
QualquerCircuito protegido por dispositivo
DR de alta sensibilidade
AtivaCom-
plem.
Advertida
qualificada
Distanciamento das partes vivas
acessíveis
Passiva
Advertida
qualificada
Obstáculos removíveis sem
ferramenta
PassivaParcial
ComumInvólucros ou barreiras removíveis
apenas com ferrramenta
Passiva
ComumIsolação das partes vivas sem
possibilidade de remoção
PassivaTotal
Tipo de
pessoa
SistemaTipo de
medida
Proteção
Proteção contra contatos indiretos
1. Proteção por dupla isolação
2. Proteção por locais não condutores
3. Proteção por ligação equipotencial
4. Proteção por separação elétrica
José Osvaldo S. Paulino 14
CHOQUE ELÉTRICO
Corrente “perigosa”: I = 20 mA
V = R x I
Mãos secas: V = 100 V
Mãos úmidas: V = 50 V
Mãos molhadas: V = 20 V
Mãos imersas na água: V = 10 V
José Osvaldo S. Paulino 15
Aterramento dos equipamentos elétricos.
Fio terra Tomada de
três pinos
José Osvaldo S. Paulino 16
Aterramento dos equipamentos
elétricos: curto-circuito para a carcaça.
Terra
Fase
Neutro
Curto circuito
José Osvaldo S. Paulino 17
Equipamento sem fio terra.
127 V
Fase
Neutro
Aterramento
do Neutro
Resistência
da lâmpada
Resistência
da pessoa
Carcaça do
equipamento
José Osvaldo S. Paulino 18
Equipamento sem fio terra.
127 V
Fase
Neutro
Resistência
da lâmpada
Resistência
da pessoa
I
José Osvaldo S. Paulino 19
Equipamento com fio terra.
127 V
Fase
Neutro
Aterramento
do Neutro
Resistência
da lâmpada
Resistência
da pessoa
Carcaça do
equipamento
Fio terra
José Osvaldo S. Paulino 20
Equipamento com fio terra.
127 V
Fase
Neutro
Resistência
da lâmpada
Resistência
da pessoa
I
Fio terra
I
José Osvaldo S. Paulino 21
Aterramento dos equipamentos
elétricos: curto-circuito para a carcaça.
Com o fio terra:
A corrente do circuito aumenta muito
e a proteção (disjuntor/fusível) irá desligar
o circuito;
A corrente que circula pelo corpo da pessoa
é muito pequena porque ela ficou em
paralelo com o fio terra.
José Osvaldo S. Paulino 22
Aterramento dos equipamentos
elétricos: curto-circuito para a carcaça.
Sem o fio terra:
A corrente do circuito não aumenta
e a proteção (disjuntor/fusível) não irá desligar
o circuito;
A corrente que circula pelo corpo da pessoa
pode ser elevada.
José Osvaldo S. Paulino 23
Aterramento dos equipamentos elétricos
A grande dúvida é:
Em instalações que não tem tomada de três
pinos, onde ligar o fio terra?
“Sistema de terra”
Eletrodo de aterramento – condutor ou conjunto de
condutores em contato elétrico com o solo
Condutor de proteção (PE) – massas, 3o. Pino das tomadas
Condutor PEN – proteção e neutro da rede de BT externa
Terminal ou barra de aterramento principal (TAP)
Resistência de aterramento total – do TAP à terra
Condutor de aterramento – liga TAP ao eletrodo de terra
Ligação equipotencial – principal, suplementar, e isolada
Condutor de equipotencialidade – da ligação equipotencial
Condutor de proteção principal – liga PE ao TAP
Tensão de contato e de passo
Tensão de contato - Tensão que uma pessoa possa ser
submetida ao tocar simultaneamente, em um objeto
sob tensão e em outro elemento que se encontra num
potencial diferente
Tensão de passo – Parte da tensão de um eletrodo de
aterramento à qual poderá ser submetida uma pessoa
nas proximidades do eletrodo, cujos pés estejam
separados pela distância equivalente a um passo
50 V (secc. rápido) 25 V (secc. lento)
Tensão limite (UL):
José Osvaldo S. Paulino 24
Aterramento dos equipamentos
elétricos.
?
Fase
Neutro
Terra
“fio verde”
Resistência
Conector
José Osvaldo S. Paulino 25
Aterramento dos equipamentos
elétricos.
Terra
Neutro
Fase
Neutro
Fase
TerraNeutro
Fase
Terra
Esquemas TN
Ideais para instalações com
subestação ou gerador
próprio
No esquema TN-C:
• há economia de um condutor
• utiliza o condutor PEN
• Somente pode ser usado
quando S≥10mm2 em cobre
e S≥16mm2 em alumínio que
não utilizem cabos flexíveis
• Não se admite o uso de
dispositivos DR
Fase – 220V
220V
220V
Zero V
Zero V
Rompi-
mento do
PEN
José Osvaldo S. Paulino 26
Malhas de aterramento simples
Hastes na vertical.
Cabos na horizontal.
Materiais para aterramento
José Osvaldo S. Paulino 27
Haste de aterramento
2,4 e 3,0 m de comprimento.
Cobreadas ou zincadas (galvanizadas)
ELETRODOS ELEMENTARES
Eletrodo Hemisférico na Superfície do Solo
Eletrodo hemisférico metálico Superfície do solo
I (A)
J (A/m2
)
x (m)
U = 0 V
(terra remoto)
DENSIDADE DE CORRENTE NO SOLO
I (A)
U (V)
x (m)
U = 0 V
(terra remoto)
EPT (V)
Tensão medida na superfície
do solo a partir do eletrodo
I (A)
U (V)
x (m)
U = 0 V
(terra remoto)
EPT (V)
)(
)(
)(
AI
VEPT
R =Ω
Conceito de resistência
de aterramento
A superfA superfíície esfcie esfééricarica
Do ponto de vista matemático, a esfera no
espaço R³ é confundida com o sólido
geométrico (disco esférico) envolvido pela
mesma, razão pela qual muitas pessoas
calculam o volume da esfera. Na maioria
dos livros elementares sobre Geometria, a
esfera é tratada como se fosse um sólido,
herança da Geometria Euclidiana.
A superfA superfíície esfcie esfééricarica
A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos do
espaço que estão localizados a uma mesma distância
denominada raio de um ponto fixo chamado centro. Uma
notação para a esfera com raio unitário centrada na origem
de R³ é:
S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }
Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como
a película fina que envolve um sólido esférico. Em um
limão esférico, a esfera poderia ser considerada a película
verde (casca) que envolve a fruta.
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro
da esfera pelo ponto (0,0,0), a equação da esfera é dada
por:
x² + y² + z² = R²
A área total da Esfera é dada por:
Sesférico = 4 π R²
Logo em um Eletrodo hemisférico tem-se:
Shemisférico = 2 π R²
A superfA superfíície esfcie esfééricarica
Esfera deEsfera de influênciainfluência dede umum
EletrodoEletrodo SimplesSimples
Gradientes de PotencialGradientes de Potencial
Determinação analítica da Raterramento:
Ex.: Aterramento realizado por semi - esfera metálica de raio
“a”. Considera - se o “TERRA” ideal como sendo uma casca
semi - esférica metálica de raio “b”.
U
a b
i ρ
σ
ρ
1
=
Aplica - se “U” entre os eletrodos e verifica - se Raterramento entre “a”e
“b” quando “b” tende a infinito.
Verifíca - se que “i” será radial e, do eletromagnetismo,
podemos igualar a tensão “U” com a integral do campo elétrico,
então:
aa
R
baI
U
R
ba
i
dr
r
i
dr
J
drEU
oaterrament
oaterrament
b
a
b
a
b
a
.2..2
1
b""Se
11
.2
1
11
.2..2
. 2
π
ρ
σπ
σπ
σπσπσ
==
∞→
⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
−==∴
⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
−==== ∫ ∫∫
Tipos de Sistemas de AterramentoTipos de Sistemas de Aterramento
José Osvaldo S. Paulino 28
0,5 m
Cabos enterrados
L
José Osvaldo S. Paulino 29
Malhas simples
José Osvaldo S. Paulino 30
Parâmetros importantes da malha
Resistência de aterramento.
Equalização de potenciais.
Impedância de aterramento.
José Osvaldo S. Paulino 31
Medição da resistividade do solo
Solo de uma camada
a
R
ρ π= 2. . .a R
Medidor Universal:
U
~ I
+ E -
b
a a a
C1 C2P1 P2
MMéétodo dos Quatro Eletrodos outodo dos Quatro Eletrodos ou
MMéétodo detodo de WennerWenner
Método dos quatro eletrodos de Wenner
m][
44
2
4
2
1
4
2222
Ω
+
−
+
+
⋅
=
ba
a
ba
a
ra
a
π
ρ m][2 Ω⋅≅ raa πρou
MMéétodo dos dois Pontostodo dos dois Pontos
José Osvaldo S. Paulino 32
Medição da resistividade do solo
Solo de mais de uma camada: método gráfico
a = 2, 4, 6, 8, 16, 32, 64 e 128 m.
ρ1
ρ2
ρ3
h1
h2
José Osvaldo S. Paulino 33
Medição da resistência de aterramento.
A
20 a 40 m
60 m
V
Empregando telurímetro (terrômetro)
CPMalha
Raterramento
A
V
Raterr =. Ω
x(m)
P3P2P1 P4
Zonas de influência dos eletrodos “Malha” e “C”
Terra remoto
A
VC1 P1 P2 C2
Terrômetro
Distância eletrodo-C2
maior que 6D
D-maior dimensão do
eletrodo
Corrente de medição de
5 mA até 40 mA
José Osvaldo S. Paulino 34
20 m 40 m 60 m
R
(Ω)
Medição da resistência de aterramento.
CPMalha
Raterr.
A
V
Raterr =. Ω
x(m)
P3P2P1 P4
Zonas de influência dos eletrodos “Malha” e “C”
Terra remoto
Valor medido errado, menor
do que o verdadeiro
Erro mais comum (medida desejada pelo cliente)
distância entre o eletrodo medido e C, insuficiente
Ex.:
l
1 haste :
hastedadiâmetro:
)(
4
ln
.2
6
d
d
l
l
R
lD
s
h Ω⋅=
⋅≥
π
ρ
l
Malha:
∑=
=
Ω+=
⋅≥
)(condutores
)(
)(443,0
6
2
mL
mareaA
LA
R
lD
solosolo
m
ρρ
MTD-20KW
Digital. De 3½ dígitos. Mede resistência
de aterramento, tensões espúrias e
resistividade específica do terreno pelo
método de Wenner. Sistema automático
de controle de corrente injetada no
terreno. Alarme indicador de corrente
insuficiente.
Escala: 0-20/200/2.000/20.000 Ω
Exatidão: 1% do valor lido ±1% do
fundo de escala.
Resolução: 0,01 Ω
Alimentação: 9 pilhas grandes
Tamanho: 290 x 155 x 130mm
Peso: 2,1kg (3,6kg)
EXEMPLO DE TELURÍMETRO COMERCIAL
Limitações
Se a resistência (impedância)
das conexões ou dos
aterramentos for muito
grande, apresenta indicação
de OUT OF RANGE
Pode sofrer interferências
de correntes espúrias no solo
3 terminais
universal
(4 terminais)
Empregando alicate de terra
Instrumento alicate de
medição de resistência
de aterramento
Aterramento
a medir
Demais
aterramentos
interligados ao
aterramento a medir
RA R1 Rn-1 Rn
Cabos de conexão considerados com resistência desprezível
Equação de definição da resistência de aterramento medida RA
1
11
111
−
−
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛
++++=
nn
AM
RRR
RR L
erro do método de medição
RM resistência do aterramento medido
RA resistência do aterramento em análise
R1 resistência do aterramento 1 (qualquer)
Rn-1 resistência do aterramento n-1 (qualquer)
Rn resistência do aterramento n (qualquer)
EXEMPLO DE ALICATE DE ATERRAMENTO
COMERCIAL
Limitações
Só pode ser aplicado em
sistema multi-aterrados
Se a resistência (impedância)
das conexões ou dos
aterramentos for muito
grande, apresenta indicação
de OUT OF RANGE
José Osvaldo S. Paulino 35
L
2a
ρ
R
L
L
a
= ⋅ −
ρ
π2
4
1
. .
(ln
.
)
Cálculo do valor da resistência de aterramento.
Duas equações para a resistência de uma haste
)(
4
ln
.2
4 Ω⋅=
d
l
l
R s
π
ρ
)(1
4
log
2
5 Ω⎟
⎠
⎞
⎜
⎝
⎛
−=
a
l
l
R e
s
π
ρ
0 1000 2000 3000 4000 5000
0
500
1000
1500
2000
R4 ρ( )
R5 ρ( )
ρ
Diferença inferior a 6 %
José Osvaldo S. Paulino 36
1 2 3 N
a > L
a
L
Req = (R/N).K
N K
2 1,16
3 1,19
4 1,36
8 1,68
Cálculo do valor da resistência de aterramento.
Resistência de aterramento de sistemas multi hastes
Rtotal = Rhaste x F / Número de hastes
Resistência de uma haste em solo
estratificado em duas camadas
∑
∞
= −
+
⋅+
⋅⋅
=
1
1
2
2
ln
2
ln
2 n
n
lnh
lnh
K
r
l
l
R
π
ρ
12
12
ρρ
ρρ
+
−
=K
l comprimento da haste
r raio geométrico da haste
h profundidade da primeira camada
José Osvaldo S. Paulino 37
S/2
2.L
R
L
L
a
L
S
S
L
S
L
S
L
= ⋅ + ⋅ − + − + ⋅⋅⋅
ρ
π4
4 4
2
2 16 512
2
2
4
4
. .
(ln
.
ln
.
. . .
)
Cálculo do valor da resistência de aterramento.
José Osvaldo S. Paulino 38
Cálculo do valor da resistência de aterramento.
S/2
Anel: diâmetro do fio = d
D
R
D
D
d
D
S
= ⋅ +
ρ
π2
8 4
2
. .
(ln
.
ln
.
)
MMéétodo Seletivo com uso detodo Seletivo com uso de
Alicate AmperAlicate Amperíímetrometro
AplicaAplicaçção dos mão dos méétodos a SPDAtodos a SPDA
AplicaAplicaçção dos mão dos méétodos a SPDAtodos a SPDA
AplicaAplicaçção dos mão dos méétodos a SPDAtodos a SPDA
O uso dos Dispositivos DRO uso dos Dispositivos DR
Lei 8078/90, art. 39-VI11, art. 12, art. 14, e norma ABNT NBR
5410/97. RESPONSABILIDADE CIVIL
Desde dezembro de 1997, é obrigatório no Brasil, em todas as
instalações elétricas, o uso do dispositivo DR (diferencial residual)
nos circuitos elétricos que atendam aos seguintes locais: banheiros,
cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço e áreas
externas.
O dispositivo DR é um interruptor automático que desliga
correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de
centésimos de ampère), que um disjuntor comum não consegue
detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo
humano.
Dessa forma, um completo sistema de aterramento, que proteja as
pessoas de uma forma eficaz, deve conter, o dispositivo DR.
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Fsr04 aterramento

  • 1. José Osvaldo S. Paulino 1 Conceitos básicos sobre aterramentos (Estudo Técnico 2: Aterramento de cercas e currais.)
  • 2. Aspecto físico de aterramento industrial
  • 3. José Osvaldo S. Paulino 2 PROGRAMA: x Conceitos básicos sobre aterramento. x Segurança pessoal. x Aterramento de torres x Proteção de cercas e currais contra raios.
  • 4. FINALIDADE DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTOFINALIDADE DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO Segurança ou ProteçãoSegurança ou Proteção: partes metálicas não energizadas •Limitar potenciais produzidos: Segurança dos seres vivos Proteção de equipamentos
  • 5. Serviço ou FuncionalServiço ou Funcional: parte integrante dos circuitos •Ponto neutro de transformadores 3 φ (Y) •Neutro das redes de distribuição •Eletrodo de retorno de circuitos elétricos CA (MRT) •Eletrodo de retorno em sistemas CC •Plano de terra de sistemas de comunicação •Contra descargas eletrostáticas •Contra interferência eletromagnética
  • 6. DEFINIÇÕES Terra: Massa condutora de solo que envolve o eletrodo de aterramento Eletrodo de aterramento: elemento condutor metálico ou conjunto de elementos condutores interligados, em contato direto com a terra de modo a garantir ligação com o solo Condutor de ligação: condutor empregado para conectar o objeto a ser aterrado ao eletrodo de aterramento ou para efetuar a ligação de dois ou mais eletrodos
  • 7. Eletrodos de aterramento isolados: eletrodos de aterramento suficientemente distantes uns dos outros para que a corrente máxinma susceptível de ser escoada por um deles não modifique sensivelmente o potencial do outro Eletrodos de aterramento interligados: eletrodos de aterramento que possuam ligação (intencional ou não) e que interagem eletricamente Sistema de aterramento: sistema formado por um ou mais eletrodos de aterramento, isolados ou não, visando atender necessidades funcionais ou de proteção
  • 8. Terra remoto: massa condutora de solo distante o suficiente de qualquer eletrodo de aterramento para que seu potencial elétrico seja sempre igual a zero Elevação de potencial de terra (EPT): diferença de potencial entre o eletrodo de aterramento e o terra remoto quando por este eletrodo flui corrente para a terra, ou seja, é a tensão produzida no eletrodo de aterramento quando este dispersa corrente à terra em relação ao terra remoto Resistência equivalente de aterramento (Req): relação entre a elevação de potencial de terra de um eletrodo e a corrente por este injetada no solo
  • 9. José Osvaldo S. Paulino 3 Aterramentos elétricos Porque os sistemas eletricos são aterrados?
  • 10. José Osvaldo S. Paulino 4 Aterramentos elétricos Controle de sobretensões. Segurança pessoal. Proteção contra descargas atmosféricas.
  • 11. José Osvaldo S. Paulino 5 Aterramentos elétricos Conceito de referencial: V
  • 12. José Osvaldo S. Paulino 6 V V Conceito de referencial
  • 13. José Osvaldo S. Paulino 7 VFN VFF VFF = 3 .VFN Controle das sobretensões
  • 14. José Osvaldo S. Paulino 8 VFN VFF VFF VFF Controle das sobretensões
  • 15. José Osvaldo S. Paulino 9 VFN VFN VFN VFF I Controle das sobretensões
  • 16. José Osvaldo S. Paulino 10 Segurança Pessoal
  • 17. José Osvaldo S. Paulino 11 CHOQUE ELÉTRICO Corrente alternada (60 Hz). Tempo de circulação maior que três segundos. Corrente passando pelo: torax (pulmão e coração) ou pelo cérebro.
  • 18. José Osvaldo S. Paulino 12 CHOQUE ELÉTRICO 1 mA - Limiar de sensibilidade - Formigamento 5 a 15 mA - Contração muscular - Dor 15 a 25 mA - Contrações violentas - Impossibilidade de soltar o objeto (fio) - Morte aparente - Asfixia Respiração artificial 25 - 80 mA - Morte aparente - Asfixia - Fibrilação ventricular Respiração artificial - Massagem cardíaca Maior que 80 mA - Desfibrilação elétrica. Corrente de ampères - Queimaduras e morte.
  • 19. Efeitos fisiológicos da corrente alternada (15Hz a 100Hz) - pessoas com mais de 50kg 0,1 a 0,5mA – Leve percepção superficial 0,5 a 10mA – Ligeira tetanização do braço 10 a 30mA – Não perigosa se interrompida em menos de 5 segundos 30 a 500mA – Paralisia estendida dos músculos do tórax, com sensação de falta de ar e tontura. Possibilidade de fibrilação ventricular se a descarga se mantiver por mais de 200 ms Acima de 500mA – Parada cardíaca, salvo intervenção imediata de pessoal especializado.
  • 20. José Osvaldo S. Paulino 13 Resistência do corpo humano Medida entre duas mãos. Mãos secas: R = 5000 Ω Mãos úmidas: R = 2500 Ω Mãos molhadas: R = 1000 Ω Mãos imersas na água: R = 500 Ω
  • 21. Proteção contra choques elétricos Contatos diretos – contato com partes metálicas normalmente sob tensão (partes vivas) Contatos indiretos – contato de pessoas ou animais com partes metálicas normalmente não energizadas (massas), mas que podem ficar energizadas devido a uma falha de isolamento.
  • 22. Medidas de proteção QualquerCircuito protegido por dispositivo DR de alta sensibilidade AtivaCom- plem. Advertida qualificada Distanciamento das partes vivas acessíveis Passiva Advertida qualificada Obstáculos removíveis sem ferramenta PassivaParcial ComumInvólucros ou barreiras removíveis apenas com ferrramenta Passiva ComumIsolação das partes vivas sem possibilidade de remoção PassivaTotal Tipo de pessoa SistemaTipo de medida Proteção
  • 23. Proteção contra contatos indiretos 1. Proteção por dupla isolação 2. Proteção por locais não condutores 3. Proteção por ligação equipotencial 4. Proteção por separação elétrica
  • 24. José Osvaldo S. Paulino 14 CHOQUE ELÉTRICO Corrente “perigosa”: I = 20 mA V = R x I Mãos secas: V = 100 V Mãos úmidas: V = 50 V Mãos molhadas: V = 20 V Mãos imersas na água: V = 10 V
  • 25. José Osvaldo S. Paulino 15 Aterramento dos equipamentos elétricos. Fio terra Tomada de três pinos
  • 26. José Osvaldo S. Paulino 16 Aterramento dos equipamentos elétricos: curto-circuito para a carcaça. Terra Fase Neutro Curto circuito
  • 27. José Osvaldo S. Paulino 17 Equipamento sem fio terra. 127 V Fase Neutro Aterramento do Neutro Resistência da lâmpada Resistência da pessoa Carcaça do equipamento
  • 28. José Osvaldo S. Paulino 18 Equipamento sem fio terra. 127 V Fase Neutro Resistência da lâmpada Resistência da pessoa I
  • 29. José Osvaldo S. Paulino 19 Equipamento com fio terra. 127 V Fase Neutro Aterramento do Neutro Resistência da lâmpada Resistência da pessoa Carcaça do equipamento Fio terra
  • 30. José Osvaldo S. Paulino 20 Equipamento com fio terra. 127 V Fase Neutro Resistência da lâmpada Resistência da pessoa I Fio terra I
  • 31. José Osvaldo S. Paulino 21 Aterramento dos equipamentos elétricos: curto-circuito para a carcaça. Com o fio terra: A corrente do circuito aumenta muito e a proteção (disjuntor/fusível) irá desligar o circuito; A corrente que circula pelo corpo da pessoa é muito pequena porque ela ficou em paralelo com o fio terra.
  • 32. José Osvaldo S. Paulino 22 Aterramento dos equipamentos elétricos: curto-circuito para a carcaça. Sem o fio terra: A corrente do circuito não aumenta e a proteção (disjuntor/fusível) não irá desligar o circuito; A corrente que circula pelo corpo da pessoa pode ser elevada.
  • 33. José Osvaldo S. Paulino 23 Aterramento dos equipamentos elétricos A grande dúvida é: Em instalações que não tem tomada de três pinos, onde ligar o fio terra?
  • 34. “Sistema de terra” Eletrodo de aterramento – condutor ou conjunto de condutores em contato elétrico com o solo Condutor de proteção (PE) – massas, 3o. Pino das tomadas Condutor PEN – proteção e neutro da rede de BT externa Terminal ou barra de aterramento principal (TAP) Resistência de aterramento total – do TAP à terra Condutor de aterramento – liga TAP ao eletrodo de terra Ligação equipotencial – principal, suplementar, e isolada Condutor de equipotencialidade – da ligação equipotencial Condutor de proteção principal – liga PE ao TAP
  • 35. Tensão de contato e de passo Tensão de contato - Tensão que uma pessoa possa ser submetida ao tocar simultaneamente, em um objeto sob tensão e em outro elemento que se encontra num potencial diferente Tensão de passo – Parte da tensão de um eletrodo de aterramento à qual poderá ser submetida uma pessoa nas proximidades do eletrodo, cujos pés estejam separados pela distância equivalente a um passo 50 V (secc. rápido) 25 V (secc. lento) Tensão limite (UL):
  • 36. José Osvaldo S. Paulino 24 Aterramento dos equipamentos elétricos. ? Fase Neutro Terra “fio verde” Resistência Conector
  • 37. José Osvaldo S. Paulino 25 Aterramento dos equipamentos elétricos. Terra Neutro Fase Neutro Fase TerraNeutro Fase Terra
  • 38. Esquemas TN Ideais para instalações com subestação ou gerador próprio No esquema TN-C: • há economia de um condutor • utiliza o condutor PEN • Somente pode ser usado quando S≥10mm2 em cobre e S≥16mm2 em alumínio que não utilizem cabos flexíveis • Não se admite o uso de dispositivos DR Fase – 220V 220V 220V Zero V Zero V Rompi- mento do PEN
  • 39. José Osvaldo S. Paulino 26 Malhas de aterramento simples Hastes na vertical. Cabos na horizontal.
  • 40.
  • 42. José Osvaldo S. Paulino 27 Haste de aterramento 2,4 e 3,0 m de comprimento. Cobreadas ou zincadas (galvanizadas)
  • 43. ELETRODOS ELEMENTARES Eletrodo Hemisférico na Superfície do Solo Eletrodo hemisférico metálico Superfície do solo
  • 44. I (A) J (A/m2 ) x (m) U = 0 V (terra remoto) DENSIDADE DE CORRENTE NO SOLO
  • 45. I (A) U (V) x (m) U = 0 V (terra remoto) EPT (V) Tensão medida na superfície do solo a partir do eletrodo
  • 46. I (A) U (V) x (m) U = 0 V (terra remoto) EPT (V) )( )( )( AI VEPT R =Ω Conceito de resistência de aterramento
  • 47. A superfA superfíície esfcie esfééricarica Do ponto de vista matemático, a esfera no espaço R³ é confundida com o sólido geométrico (disco esférico) envolvido pela mesma, razão pela qual muitas pessoas calculam o volume da esfera. Na maioria dos livros elementares sobre Geometria, a esfera é tratada como se fosse um sólido, herança da Geometria Euclidiana.
  • 48. A superfA superfíície esfcie esfééricarica A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos do espaço que estão localizados a uma mesma distância denominada raio de um ponto fixo chamado centro. Uma notação para a esfera com raio unitário centrada na origem de R³ é: S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 } Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como a película fina que envolve um sólido esférico. Em um limão esférico, a esfera poderia ser considerada a película verde (casca) que envolve a fruta.
  • 49. Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da esfera pelo ponto (0,0,0), a equação da esfera é dada por: x² + y² + z² = R² A área total da Esfera é dada por: Sesférico = 4 π R² Logo em um Eletrodo hemisférico tem-se: Shemisférico = 2 π R² A superfA superfíície esfcie esfééricarica
  • 50. Esfera deEsfera de influênciainfluência dede umum EletrodoEletrodo SimplesSimples
  • 52. Determinação analítica da Raterramento: Ex.: Aterramento realizado por semi - esfera metálica de raio “a”. Considera - se o “TERRA” ideal como sendo uma casca semi - esférica metálica de raio “b”. U a b i ρ σ ρ 1 = Aplica - se “U” entre os eletrodos e verifica - se Raterramento entre “a”e “b” quando “b” tende a infinito.
  • 53. Verifíca - se que “i” será radial e, do eletromagnetismo, podemos igualar a tensão “U” com a integral do campo elétrico, então: aa R baI U R ba i dr r i dr J drEU oaterrament oaterrament b a b a b a .2..2 1 b""Se 11 .2 1 11 .2..2 . 2 π ρ σπ σπ σπσπσ == ∞→ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ −==∴ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ −==== ∫ ∫∫
  • 54. Tipos de Sistemas de AterramentoTipos de Sistemas de Aterramento
  • 55. José Osvaldo S. Paulino 28 0,5 m Cabos enterrados L
  • 56. José Osvaldo S. Paulino 29 Malhas simples
  • 57. José Osvaldo S. Paulino 30 Parâmetros importantes da malha Resistência de aterramento. Equalização de potenciais. Impedância de aterramento.
  • 58. José Osvaldo S. Paulino 31 Medição da resistividade do solo Solo de uma camada a R ρ π= 2. . .a R
  • 59. Medidor Universal: U ~ I + E - b a a a C1 C2P1 P2
  • 60. MMéétodo dos Quatro Eletrodos outodo dos Quatro Eletrodos ou MMéétodo detodo de WennerWenner
  • 61. Método dos quatro eletrodos de Wenner m][ 44 2 4 2 1 4 2222 Ω + − + + ⋅ = ba a ba a ra a π ρ m][2 Ω⋅≅ raa πρou
  • 62. MMéétodo dos dois Pontostodo dos dois Pontos
  • 63. José Osvaldo S. Paulino 32 Medição da resistividade do solo Solo de mais de uma camada: método gráfico a = 2, 4, 6, 8, 16, 32, 64 e 128 m. ρ1 ρ2 ρ3 h1 h2
  • 64. José Osvaldo S. Paulino 33 Medição da resistência de aterramento. A 20 a 40 m 60 m V
  • 65. Empregando telurímetro (terrômetro) CPMalha Raterramento A V Raterr =. Ω x(m) P3P2P1 P4 Zonas de influência dos eletrodos “Malha” e “C” Terra remoto A VC1 P1 P2 C2 Terrômetro Distância eletrodo-C2 maior que 6D D-maior dimensão do eletrodo Corrente de medição de 5 mA até 40 mA
  • 66. José Osvaldo S. Paulino 34 20 m 40 m 60 m R (Ω) Medição da resistência de aterramento.
  • 67. CPMalha Raterr. A V Raterr =. Ω x(m) P3P2P1 P4 Zonas de influência dos eletrodos “Malha” e “C” Terra remoto Valor medido errado, menor do que o verdadeiro Erro mais comum (medida desejada pelo cliente) distância entre o eletrodo medido e C, insuficiente
  • 68. Ex.: l 1 haste : hastedadiâmetro: )( 4 ln .2 6 d d l l R lD s h Ω⋅= ⋅≥ π ρ l Malha: ∑= = Ω+= ⋅≥ )(condutores )( )(443,0 6 2 mL mareaA LA R lD solosolo m ρρ
  • 69. MTD-20KW Digital. De 3½ dígitos. Mede resistência de aterramento, tensões espúrias e resistividade específica do terreno pelo método de Wenner. Sistema automático de controle de corrente injetada no terreno. Alarme indicador de corrente insuficiente. Escala: 0-20/200/2.000/20.000 Ω Exatidão: 1% do valor lido ±1% do fundo de escala. Resolução: 0,01 Ω Alimentação: 9 pilhas grandes Tamanho: 290 x 155 x 130mm Peso: 2,1kg (3,6kg)
  • 70. EXEMPLO DE TELURÍMETRO COMERCIAL Limitações Se a resistência (impedância) das conexões ou dos aterramentos for muito grande, apresenta indicação de OUT OF RANGE Pode sofrer interferências de correntes espúrias no solo 3 terminais universal (4 terminais)
  • 71. Empregando alicate de terra Instrumento alicate de medição de resistência de aterramento Aterramento a medir Demais aterramentos interligados ao aterramento a medir RA R1 Rn-1 Rn Cabos de conexão considerados com resistência desprezível
  • 72. Equação de definição da resistência de aterramento medida RA 1 11 111 − − ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ++++= nn AM RRR RR L erro do método de medição RM resistência do aterramento medido RA resistência do aterramento em análise R1 resistência do aterramento 1 (qualquer) Rn-1 resistência do aterramento n-1 (qualquer) Rn resistência do aterramento n (qualquer)
  • 73. EXEMPLO DE ALICATE DE ATERRAMENTO COMERCIAL Limitações Só pode ser aplicado em sistema multi-aterrados Se a resistência (impedância) das conexões ou dos aterramentos for muito grande, apresenta indicação de OUT OF RANGE
  • 74. José Osvaldo S. Paulino 35 L 2a ρ R L L a = ⋅ − ρ π2 4 1 . . (ln . ) Cálculo do valor da resistência de aterramento.
  • 75.
  • 76.
  • 77. Duas equações para a resistência de uma haste )( 4 ln .2 4 Ω⋅= d l l R s π ρ )(1 4 log 2 5 Ω⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ −= a l l R e s π ρ 0 1000 2000 3000 4000 5000 0 500 1000 1500 2000 R4 ρ( ) R5 ρ( ) ρ Diferença inferior a 6 %
  • 78. José Osvaldo S. Paulino 36 1 2 3 N a > L a L Req = (R/N).K N K 2 1,16 3 1,19 4 1,36 8 1,68 Cálculo do valor da resistência de aterramento.
  • 79. Resistência de aterramento de sistemas multi hastes Rtotal = Rhaste x F / Número de hastes
  • 80. Resistência de uma haste em solo estratificado em duas camadas ∑ ∞ = − + ⋅+ ⋅⋅ = 1 1 2 2 ln 2 ln 2 n n lnh lnh K r l l R π ρ 12 12 ρρ ρρ + − =K l comprimento da haste r raio geométrico da haste h profundidade da primeira camada
  • 81. José Osvaldo S. Paulino 37 S/2 2.L R L L a L S S L S L S L = ⋅ + ⋅ − + − + ⋅⋅⋅ ρ π4 4 4 2 2 16 512 2 2 4 4 . . (ln . ln . . . . ) Cálculo do valor da resistência de aterramento.
  • 82. José Osvaldo S. Paulino 38 Cálculo do valor da resistência de aterramento. S/2 Anel: diâmetro do fio = d D R D D d D S = ⋅ + ρ π2 8 4 2 . . (ln . ln . )
  • 83. MMéétodo Seletivo com uso detodo Seletivo com uso de Alicate AmperAlicate Amperíímetrometro
  • 84.
  • 85.
  • 86.
  • 87.
  • 88.
  • 89.
  • 90. AplicaAplicaçção dos mão dos méétodos a SPDAtodos a SPDA
  • 91. AplicaAplicaçção dos mão dos méétodos a SPDAtodos a SPDA
  • 92. AplicaAplicaçção dos mão dos méétodos a SPDAtodos a SPDA
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96. O uso dos Dispositivos DRO uso dos Dispositivos DR Lei 8078/90, art. 39-VI11, art. 12, art. 14, e norma ABNT NBR 5410/97. RESPONSABILIDADE CIVIL Desde dezembro de 1997, é obrigatório no Brasil, em todas as instalações elétricas, o uso do dispositivo DR (diferencial residual) nos circuitos elétricos que atendam aos seguintes locais: banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço e áreas externas. O dispositivo DR é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampère), que um disjuntor comum não consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo humano. Dessa forma, um completo sistema de aterramento, que proteja as pessoas de uma forma eficaz, deve conter, o dispositivo DR.