Comissão da Verdade SP investiga militante da VPR morto em 1970
1. Assembleia Legislativa de São Paulo
Comissão da Verdade
do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”
Presidente: Adriano Diogo (PT)
Relator: André Soares (DEM)
Membros Titulares: Ed Thomas (PSB), Marco Zerbini (PSDB) e
Ulysses Tassinari (PV)
Suplentes: Estevam Galvão (DEM), João Paulo Rillo (PT), Mauro
Bragato (PSDB), Orlando Bolçone (PSB) e Regina Gonçalves (PV)
Assessoria Técnica da Comissão da Verdade: Ivan Seixas
(Coordenador), Amelinha Teles, Tatiana Merlino, Thais Barreto, Vivian
Mendes, Renan Quinalha e Ricardo Kobayaski
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Edson Neves Quaresma
(Morto em 5 de dezembro de 1970)
Dados Pessoais
Nome: Edson Neves Quaresma
Data de nascimento: 11 de dezembro de 1939
Local de nascimento: Itaú – Município de Apodi (RN)
Organização Política: Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR)
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Biografia
Nasceu em 11 de dezembro de 1939, em Itaú, no município de Apodi
(RN). Filho de Raimundo Agostinho Quaresma e Josefa Miranda
Neves. Morto em 5 de dezembro de 1970.
Militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Estudou até a 5ª série do curso primário em Natal (RN). Em
1958, ingressou na Escola de Aprendizes de Marinheiros, saindo
como grumete em 1959. Logo em seguida, foi prestar serviços no
cruzador Tamandaré. Com a criação da Associação de Marinheiros e
Fuzileiros Navais do Brasil, Edson passou a integrar seus
quadros, atuando como tesoureiro da entidade.
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O golpe militar reprimiu duramente o movimento dos praças da
Marinha, resultando na prisão e confinamento de Edson na Ilha das
Cobras (RJ), por um período de um ano e dois meses. Em 31 de
dezembro de 1964, foi expulso da Armada e, após ser
libertado, iniciou sua vida na clandestinidade. Viajou para Cuba, onde
fez treinamento militar. Regressou ao Brasil em julho de
1970, militando na VPR. José Anselmo dos Santos, o agente policial
infiltrado na VPR, conhecido como Cabo Anselmo2, estava vivendo
em Cuba desde 1967 e retornara ao Brasil em 15 de setembro de
1970. Segundo seu depoimento prestado no DOPS/SP, sem data, à
página 9, podemos ler: “Em junho ou julho de 1970, vieram José
Maria [Ferreira de Araújo] e Quaresma, deviam preparar as
condições para receber-nos. Em setembro deveríamos vir, eu e
Evaldo.
Mas Evaldo ficou retido por ato indisciplinar, que desconheço qual
seja. Fui enviado sozinho”.
DOSSIÊ DITADURA: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964-1985. IEVE- Instituto de Estudos Sobre Violência do
Estado e Imprensa Oficial, São Paulo, 2009.