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CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DOS RISCOS DE
    COLAPSO NA ESTRUTURA DO ELEVADO DO JOÁ
             A gravidade do problema dos dentes Gerber



Engenheiro   Nelson Araujo Lima                  21 de outubro de 2010   1
Elevado do Joá (ou Elevado das Bandeiras)
                                  DER-GB
                  Autoestrada Lagoa-Barra (BR 101, GB-10)

Construção
Construtora Rossi Engenharia S.A.
Inauguração : 1971
Custo aproximado : 20 milhões de dólares


Projeto estrutural (1968-1969)
Engenheiros civis : Walter de Almeida Braga

                  Nelson Zanetti

Arquitetos : Ubirajara Ribeiro
                  Walter Maffei                             2
Túnel do Pepino
                                                               LADO LAGOA




                                m
                                 0
                               ,5
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                   tra 17
                 29 H=
                                                             acessibilidade difícil




                                                        x.
                                                     ro
                                                  ap
                                                             ambiente muito



                                              km
                                                             agressivo

                                              1
                                           1,
                                                0
                                                  m          geometria complexa
                                     cm

                                              ,3
                                           23
                                     0
                                  10

                                         de
                               H=

                                      os
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                                 t ra




LADO BARRA                                                                     3
                               3




             Túnel do Joá
P5B


                                         P5A


                                               sapata
                                                               P6B

                                                  P6A


CONSTRUÇÃO DO PRIMEIRO ANDAR DO ELEVADO DO JOÁ ( em 1970 aprox.)     4
5
sem placas de
                           ancoragem das
                           transversinas


                                                 foto 1 – ELEVADO DO JOÁ
                  sem pingadeira
          viga
                                                 (em 1988)

                                                 Vista da estrutura, mostrando
                                                 os pórticos de apoio em
                                                 concreto armado e a face
                                                 lateral (lado do mar) dos dois
                                                 tabuleiros em concreto
                                                 protendido e superpostos. Os
dente Gerber “invisível”                         dentes Gerber (são 512 em
                                                 todo o elevado) para apoio das
                                                 vigas principais (são 4 vigas em
                                                 cada vão) nos pórticos ficam
                              pilar do pórtico   totalmente inacessíveis para
                                                 inspeção visual.
                                                                             6
transversinas intermediárias




                                           foto 2 – ELEVADO DO JOÁ
                                           (em 1988)
viga
                                           Vista de baixo do tabuleiro
                                           inferior, mostrando as 4 vigas
                                           principais em caixão fechado
                                           protendidas e 3 das quatro
                                           transversinas intermediárias
                                           em concreto protendido,
                                           situadas nos quintos do vão
                                           típico de 35,50 m. A
                                           transversina de extremidade
       tubulão curto?                      em concreto protendido não
                                           aparece com clareza na foto,
                                           que mostra o andar inferior do
                                           pórtico de apoio em concreto
                                           armado.
                                                                     7
Desenhos do Projeto Estrutural examinados para a
elaboração do presente trabalho
Identificação: arquivo número 292   DER-Estado da Guanabara
Serviço de Viação   SOP-OBR-DPC


C-1    Locação
C-3 A Tramos de 35,50 m (fôrmas)
C-9    Armadura de protensão dos tramos de 35,50m
C-12 Tramo de 23,30m     Armadura Suplementar
C-25   Formas e armação do pórtico P6
C-43   Formas das vigas dos tramos de 35,50m
C-48   Armadura suplementar das lajes e transversinas Tramos 23,30 m e 35,50 m


NOTA IMPORTANTE : o desenho da armadura suplementar (aço doce) das vigas
pré-moldadas dos tramos de 35,50 m ainda não foi encontrado e é indispensável
para se poder avaliar o grau da deterioração sofrida pelos dentes Gerber 8
esbeltez 1/20 (menor do que 1/16)




sem placa de ancoragem ?                           nichos de ancoragem




            Desenho 1 (elaborado com base no desenho C-3A)                 9
                                                                           9
CONCRETO:relação água/cimento a/c=?




                                                                             60x120


                                                                   nichos na alma da viga?



ancoragem




pingadeira ?      forma perdida



                        dreno
                                                           qual?

                                                      detalhe?




                           Desenho 2 (elaborado com base no desenho C-3A)         10
          cotas em cm
fck=19 MPa




H=variável até 32 m


 fck=15 MPa

                        permanente
                      : variável




                             11
aparelho de apoio em neoprene fretado




                                        12
compressão do neoprene




                         13
distorção do neoprene

  A deterioração natural
dos aparelhos de apoio em
neoprene do Elevado do
Joá, agravada pela falta de
proteção adequada contra
a ação das intempéries,
provoca o aumento
significativo dos valores
das diversas forças
horizontais que atuam na
base do dente Gerber.

   NOTA IMPORTANTE : todos os neoprenes, assim como os dentes
   Gerber, estão totalmente inacessíveis para inspeção visual   14
foto 3 – VIADUTO DE BENFICA
Dente Gerber com as mesmas
características estruturais do dente
Gerber que rompeu no acidente
ocorrido no Viaduto Faria-Timbó em
1985, na cidade do Rio de Janeiro,
quando o vão isostático apoiado nos
dentes Gerber desmoronou
bruscamente sobre a linha férrea
(ver no Anexo 1 artigo técnico
número 17 no livro “ACIDENTES
ESTRUTURAIS NA CONSTRUÇÃO
CIVIL”, volume 2, Editora PINI)




                             15
foto 4 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988)

Uma das juntas duplas de dilatação do
tabuleiro inferior, situada como as
demais na posição dos apoios em dente
Gerber, está desprovida de dispositivo
de vedação. O elevado tem 62 juntas
duplas e 4 juntas simples de dilatação.




                                  16
Sistema RUDLOFF




cobrimento
nominal




3?


pacote com
6 cabos                            bainha D=45 mm
                   3,5


                                        C nom
                                                              penetração de água
                                                              no caixão

cotas em cm
              Desenho 4 (elaborado com base no desenho C-9)                  17
cotas em cm
                                                              18
              Desenho 5 (elaborado com base no desenho C-9)
(maio de 1979)




                 19
                 19
20
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE : não consta destas recomendações nenhuma
referência à verificação dos dentes Gerber e dos aparelhos de apoio em
neoprene
                                                                         21
efeito da falta de
pingadeira




                               dente Gerber embutido




  Foto 5 - ELEVADO DO JOÁ (em 1981)
  Vista lateral da estrutura do elevado em fase de inspeção e reparos. Notar os
  sinais de infiltração de águas pluviais e a total inacessibilidade visual dos
                                                                                  22
  dentes Gerber
infiltração




                            dente Gerber invisível




foto 6 - ELEVADO DO JOÁ (em 1981)
Estrado de madeira suspenso nos bordos do tabuleiro inferior. Notar a
proximidade do mar e os sinais de infiltração de águas pluviais através das
juntas de dilatação                                                           23
fundo da viga
transversina intermediária




                                transversina de extremidade   reparos




   Foto 7- ELEVADO DO JOÁ (em 1981)
   Estrado de madeira suspenso nos bordos do tabuleiro inferior, para
   permitir inspeção e reparação. Notar os reparos generalizados feitos na
   superfície do concreto e que a transversina de extremidade impede a
                                                                             24
   visão dos dentes Gerber.
estribo corroído                         falha de injeção
cobrimento insuficiente




                                            corrosão nas bainhas
         vazios no concreto


 foto 8 - ELEVADO DO JOÁ (em 1981)
 Detalhe do nicho aberto no meio do vão de uma viga pré-moldada, mostrando
 os cabos de protensão de um dos pacotes com 3 pares justapostos. Notar os
 sinais de corrosão, as falhas de concretagem, a insuficiência de cobrimento e   25
 as falhas de injeção das bainhas com nata de cimento
dreno




foto 9 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988)
Detalhe da inspeção feita nos cabos de protensão
deteriorados por corrosão (são 15 cabos de 12 fios D=7 mm
com força nominal de 40 tf cada um) na face inferior no meio
do vão de uma viga pré-moldada.                                26
nata de cimento fora das bainhas?

                   bainhas sem afastamento mínimo



foto 10 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988)
Detalhe da inspeção feita nos cabos de protensão
deteriorados por corrosão (são 15 cabos de 12 fios D=7 mm
com força nominal de 40 tf cada um) na face inferior de uma
                                                              27
viga pré-moldada no meio do vão.
cabo rompido
                                                   stress corrosion?




foto 11 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988)
Detalhe de um dos cabos de protensão rompido por corrosão,
na face inferior e na posição da seção meio de vão de uma viga
pré-moldada.                                                           28
cabo de protensão da laje
                                          corroído e sem injeção




                          cabo de reforço da viga




foto 12 – ELEVADO DO JOÁ (em 1989)
Detalhe de um cabo de protensão de reforço (cabo de 7 cordoalhas D= 12,7 mm
com força nominal de 70 tf ) na sua saída no nível da laje do tabuleiro. Foram
acrescentados 4 cabos de reforço em cada viga pré-moldada do elevado. Nota-se
a corrosão sofrida por um dos cabos transversais (cabos de 12 fios D= 5 mm
com força nominal de 20 tf cada um) que protendem a laje, espaçados de 80 cm     29
ao longo do comprimento do tabuleiro.
Armação de aço doce da laje


                                        não há ferros de ligação, só os cabos transversais

     trecho concretado no local




                                    viga pré-moldada




Desenho 6 (parte do desenho C-48)                                                     30
Armação de aço doce das transversinas intermediárias




        trecho concretado no local




                                     viga pré-moldada




                                                        31
Desenho 7 (parte do desenho C-48)
Armação de aço doce dos dentes Gerber do tramo de 23,30 m
esbeltez 1/23 excessiva




NOTA IMPORTANTE: os desenhos de forma e de armação de protensão do tramo de
23,30 m não foram obtidos para exame                                       32
 Desenho 8 (parte do desenho C-12)
33
34
cobrimento




 drenos



  juntas



acesso para
inspeção

      35
viga



                                             transversina de
                                             extremidade




          acesso para
          inspeção




foto 13 - ELEVADO DA AV. 31 DE MARÇO (em 2008)
No projeto estrutural foram previstas aberturas nas transversinas de
                                                                       36
extremidade para facilitar as inspeções futuras.
laje de continuidade




foto 14 - ELEVADO DA AV. 31 DE MARÇO (em 2008)
 Inspeção da face inferior da laje do tabuleiro, na posição de um pórtico
de apoio onde está situada uma das lajes de continuidade. O acesso ao
local foi facilitado palas aberturas deixadas nas transversinas de          37
extremidade.
junta de dilatação




foto 15 – VIADUTO DA AV. 31 DE MARÇO (em 2008)
Uma das juntas de dilatação do tabuleiro com sinais de deterioração,
                                                                       38
causada pela infiltração prolongada de águas pluviais
injeção




    39
40
41
H

neoprene
           V




               42
cabos de protensão para reforço das vigas




Acréscimo de cabos de protensão para reforço das vigas pré-moldadas
                                                                      43
do tabuleiro inferior
gabarito vertical 4,70 m




demolições na
estrutura para o
reforço


                                     viga

                   cabo
                                                     44
corrosão acentuada no
corrimão do guarda-roda do
tabuleiro superior



cobrimento em excesso




cobrimento em falta




                        45
corrosão




cobrimento nulo




   corrosão acentuada no corrimão do guarda-roda do   46
   tabuleiro superior
juntas de dilatação




     Qual a explicação
     para este buraco ?


buraco no ressalto de concreto no bordo da laje, na posição de uma   47
das juntas duplas de dilatação no tabuleiro superior
48
Parte do livro ACIDENTES ESTRUTURAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL –volume 1
dentes Gerber




                           foto 16 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA
                           (ou Viaduto de Madureira) (em 1986)
                           A infiltração prolongada de águas
                           pluviais através da junta de dilatação
laje de forro
                           deteriorou o dente Gerber e os
                           aparelhos de apoio em neoprene. Há
                           corrosão generalizada na estrutura,
                           construída em 1957.
    viga pré-moldada




                                                             49
foto 17 - VIADUTO NEGRÃO DE
LIMA (em 1986)
Vista de cima do trecho de laje
moldado no local entre as vigas
pré-moldadas, que arriou no
acidente ocorrido em 1986, em
uma das rampas de acesso do
viaduto.




                              50
foto 18 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986)
Vista de baixo do trecho de laje moldado no local entre as vigas pré-moldadas e
que arriou 10 cm no acidente ocorrido em 1986, em uma das rampas de acesso
do viaduto. Não há nenhuma armadura de aço doce ligando o concreto moldado        51
no local ao concreto das vigas pré-moldadas.
foto 19 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986)
Cabo de protensão transversal da laje do tabuleiro no trecho acidentado,
com fortes sinais de corrosão                                              52
foto 20 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986)
Inspeção do trecho de laje moldado no local entre as vigas pré-moldadas e que
arriou no acidente ocorrido em 1986, em uma das rampas de acesso do
viaduto. Não há nenhuma armadura de aço doce ligando o concreto moldado
no local ao concreto das vigas pré-moldadas. Escorria água de infiltração do    53
duto do cabo de protensão transversal da laje.
foto 21 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986)
Na junta de concretagem entre o trecho de laje moldado no local e a viga pré-
moldada a infiltração prolongada de águas pluviais provocou a formação de       54
“estalactites”
dentes Gerber




foto 22 – PONTE SOBRE O RIO BENGALAS NA RUA 7 DE SETEMBRO EM
NOVA FRIBURGO (RJ)
Vista de baixo do tabuleiro em concreto armado, mostrando os dentes
Gerber para apoio do vão isostático central. Notam-se os sinais de
                                                                             55
infiltração de águas pluviais através das juntas de dilatação do tabuleiro
não vedadas.
foto 23 – PONTE SOBRE O RIO
BENGALAS NA RUA 7 DE
SETEMBRO EM NOVA
FRIBURGO (RJ)

A junta de dilatação na posição
do dente Gerber não tem
nenhum dispositivo de vedação.




                              56
foto 24 – PONTE SOBRE O RIO
BENGALAS NA RUA 7 DE
SETEMBRO EM NOVA
FRIBURGO (RJ)

Detalhe do dente Gerber
deteriorado devido a corrosão
das suas armaduras, visto após
a demolição da laje em balanço
do tabuleiro.
                           57
Parte do livro ACIDENTES ESTRUTURAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL – volume 2
                                                                 58
ver Anexo 2
foto 25 - VIADUTO SAMPAIO CORREA (ou
Viaduto Faria-Timbó) (em 1985)
Dente Gerber no ramo do viaduto situado ao
lado do ramo acidentado em 1985 (o viaduto
foi inaugurado em 1965).




                                      59
foto 26 - VIADUTO SAMPAIO
dentes Gerber   CORREA (em 1985)

                Dente Gerber inferior do viaduto,
                rompido bruscamente no acidente
                ocorrido em 1985.




                                             60
foto 27 - VIADUTO SAMPAIO CORREA (em 1985)

O vão isostático, que estava apoiado nos dentes Gerber inferiores do viaduto que se
                                                                                    61
romperam no acidente, partiu-se em vários pedaços ao cair sobre as linhas férreas.
A gravidade do problema dos dentes Gerber do
                   Elevado do Joá
• Os 512 dentes Gerber foram projetados e construídos totalmente embutidos nos pórticos
               de apoio, sem nenhuma de suas faces acessível visualmente.


• Os dentes Gerber e os neoprenes estão há 40 anos expostos à alta agressividade do meio
ambiente, e nunca foram submetidos a inspeção.


• A infiltração prolongada de águas pluviais que tem ocorrido através das juntas de
dilatação com dispositivo de vedação deteriorado ou inexistente tende a agravar o
processo de corrosão das armaduras dos dentes e a deteriorar os neoprenes.


• É indispensável e inadiável criar condições para possibilitar o exame cuidadoso de todos
os dentes Gerber, um por um, sem exceção, a fim de poder avaliar o grau de segurança
estrutural de cada um dos dentes, e decidir o que fazer para evitar o seu rompimento.


• O rompimento de qualquer um dos dentes Gerber se dará de modo brusco, sem dar
nenhum aviso prévio, e provocará o desmoronamento imediato do respectivo vão. Se o
dente estiver no andar superior do elevado o andar debaixo também desmoronará.
                                                                                      62
CÁLCULOS EXPEDITOS PARA AVALIAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE
OCORRER COLAPSO PROGRESSIVO DOS PÓRTICOS
                                              Pilar P6A
                                        pp=1050 kN (peso próprio do semi-pórtico)
                 PÓRTICO P6
                   fck=19 MPa           Cargas permanentes nos apoios de
                                        2 vigas
                                        Rg=2x650=1300 kN (reação vertical)
                                        Hg=2x100=200 kN (reação horizontal
                                        longitudinal)

                    fck=15 MPa
                                        Resultantes dos esforços na base
                                        da sapata
                                        V=3 760 kN (força vertical)
                                        ML=9 720 kNm (momento fletor longitudinal)
                                        HL=400 kN (força horizontal)


                                        Excentricidade de V
                                        e= ML/V      e=2,58 m (maior do que 1,50 m)

                                           CONCLUSÃO :
                                           HÁ RISCO DE TOMBAMENTO DO
           cotas em m                      PÓRTICO, COM POSSIBILIDADE
           baseado no desenho C-25         DE COLAPSO PROGRESSIVO
                                                                             63
fck = 15 MPa




FORMAS DA SAPATA DO PÓRTICO P6 (extraído do desenho C-25)
                                                            64
1” CA50A




        estribo a
        cada 30 cm




        fissura de                                                    flambagem?
        cortante?



                           sem
        2X20 5/8”
        CA50A              ligação   ?   ¼” C.30 CA24




                                         NÃO HÁ LIGAÇÃO ENTRE AS ARMADURAS VERTICAIS DO
                                         PILAR E AS ARMADURAS DA SAPATA: risco de ruptura
                                         típica de “nó de pórtico”

ARMAÇÃO DO PILAR E DA SAPATA DO PÓRTICO P6 (extraído do desenho C-25)              65
corrosão




recuperação estrutural de um pilar com armaduras corroídas. Notar a   66
proximidade do mar ( zona de respingo de maré)
cabos de reforço




                            corrosão




armadura em processo de corrosão acentuada num dos pilares. Notar os
acréscimos de concreto e de cabos de protensão longitudinais (vigas) e
                                                                       67
transversais (lajes e transversinas) nos dois tabuleiros superpostos
Infiltração na junta
                                                  tabuleiro superior em fev/2005



                                       corrosão


                   cabos externos de
                   reforço




                                                  pilar reforçado ?




                                                                         68
08/11/08




                                      corrosão




     corrosão no reforço ?


                                                    P23A

                                          reforço
                                                    vazio
            enrocamento inadequado:
            pedras menores colidem com
            os pilares nas ressacas




                                                    69
                                                         69
O PILAR P30A ROMPEU NO TRECHO DO TABULEIRO SUPERIOR em 23/07/1987




                                                              70

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  • 1. CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DOS RISCOS DE COLAPSO NA ESTRUTURA DO ELEVADO DO JOÁ A gravidade do problema dos dentes Gerber Engenheiro Nelson Araujo Lima 21 de outubro de 2010 1
  • 2. Elevado do Joá (ou Elevado das Bandeiras) DER-GB Autoestrada Lagoa-Barra (BR 101, GB-10) Construção Construtora Rossi Engenharia S.A. Inauguração : 1971 Custo aproximado : 20 milhões de dólares Projeto estrutural (1968-1969) Engenheiros civis : Walter de Almeida Braga Nelson Zanetti Arquitetos : Ubirajara Ribeiro Walter Maffei 2
  • 3. Túnel do Pepino LADO LAGOA m 0 ,5 35 os m de m 0c tra 17 29 H= acessibilidade difícil x. ro ap ambiente muito km agressivo 1 1, 0 m geometria complexa cm ,3 23 0 10 de H= os m t ra LADO BARRA 3 3 Túnel do Joá
  • 4. P5B P5A sapata P6B P6A CONSTRUÇÃO DO PRIMEIRO ANDAR DO ELEVADO DO JOÁ ( em 1970 aprox.) 4
  • 5. 5
  • 6. sem placas de ancoragem das transversinas foto 1 – ELEVADO DO JOÁ sem pingadeira viga (em 1988) Vista da estrutura, mostrando os pórticos de apoio em concreto armado e a face lateral (lado do mar) dos dois tabuleiros em concreto protendido e superpostos. Os dente Gerber “invisível” dentes Gerber (são 512 em todo o elevado) para apoio das vigas principais (são 4 vigas em cada vão) nos pórticos ficam pilar do pórtico totalmente inacessíveis para inspeção visual. 6
  • 7. transversinas intermediárias foto 2 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988) viga Vista de baixo do tabuleiro inferior, mostrando as 4 vigas principais em caixão fechado protendidas e 3 das quatro transversinas intermediárias em concreto protendido, situadas nos quintos do vão típico de 35,50 m. A transversina de extremidade tubulão curto? em concreto protendido não aparece com clareza na foto, que mostra o andar inferior do pórtico de apoio em concreto armado. 7
  • 8. Desenhos do Projeto Estrutural examinados para a elaboração do presente trabalho Identificação: arquivo número 292 DER-Estado da Guanabara Serviço de Viação SOP-OBR-DPC C-1 Locação C-3 A Tramos de 35,50 m (fôrmas) C-9 Armadura de protensão dos tramos de 35,50m C-12 Tramo de 23,30m Armadura Suplementar C-25 Formas e armação do pórtico P6 C-43 Formas das vigas dos tramos de 35,50m C-48 Armadura suplementar das lajes e transversinas Tramos 23,30 m e 35,50 m NOTA IMPORTANTE : o desenho da armadura suplementar (aço doce) das vigas pré-moldadas dos tramos de 35,50 m ainda não foi encontrado e é indispensável para se poder avaliar o grau da deterioração sofrida pelos dentes Gerber 8
  • 9. esbeltez 1/20 (menor do que 1/16) sem placa de ancoragem ? nichos de ancoragem Desenho 1 (elaborado com base no desenho C-3A) 9 9
  • 10. CONCRETO:relação água/cimento a/c=? 60x120 nichos na alma da viga? ancoragem pingadeira ? forma perdida dreno qual? detalhe? Desenho 2 (elaborado com base no desenho C-3A) 10 cotas em cm
  • 11. fck=19 MPa H=variável até 32 m fck=15 MPa permanente : variável 11
  • 12. aparelho de apoio em neoprene fretado 12
  • 14. distorção do neoprene A deterioração natural dos aparelhos de apoio em neoprene do Elevado do Joá, agravada pela falta de proteção adequada contra a ação das intempéries, provoca o aumento significativo dos valores das diversas forças horizontais que atuam na base do dente Gerber. NOTA IMPORTANTE : todos os neoprenes, assim como os dentes Gerber, estão totalmente inacessíveis para inspeção visual 14
  • 15. foto 3 – VIADUTO DE BENFICA Dente Gerber com as mesmas características estruturais do dente Gerber que rompeu no acidente ocorrido no Viaduto Faria-Timbó em 1985, na cidade do Rio de Janeiro, quando o vão isostático apoiado nos dentes Gerber desmoronou bruscamente sobre a linha férrea (ver no Anexo 1 artigo técnico número 17 no livro “ACIDENTES ESTRUTURAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL”, volume 2, Editora PINI) 15
  • 16. foto 4 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988) Uma das juntas duplas de dilatação do tabuleiro inferior, situada como as demais na posição dos apoios em dente Gerber, está desprovida de dispositivo de vedação. O elevado tem 62 juntas duplas e 4 juntas simples de dilatação. 16
  • 17. Sistema RUDLOFF cobrimento nominal 3? pacote com 6 cabos bainha D=45 mm 3,5 C nom penetração de água no caixão cotas em cm Desenho 4 (elaborado com base no desenho C-9) 17
  • 18. cotas em cm 18 Desenho 5 (elaborado com base no desenho C-9)
  • 19. (maio de 1979) 19 19
  • 20. 20
  • 21. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE : não consta destas recomendações nenhuma referência à verificação dos dentes Gerber e dos aparelhos de apoio em neoprene 21
  • 22. efeito da falta de pingadeira dente Gerber embutido Foto 5 - ELEVADO DO JOÁ (em 1981) Vista lateral da estrutura do elevado em fase de inspeção e reparos. Notar os sinais de infiltração de águas pluviais e a total inacessibilidade visual dos 22 dentes Gerber
  • 23. infiltração dente Gerber invisível foto 6 - ELEVADO DO JOÁ (em 1981) Estrado de madeira suspenso nos bordos do tabuleiro inferior. Notar a proximidade do mar e os sinais de infiltração de águas pluviais através das juntas de dilatação 23
  • 24. fundo da viga transversina intermediária transversina de extremidade reparos Foto 7- ELEVADO DO JOÁ (em 1981) Estrado de madeira suspenso nos bordos do tabuleiro inferior, para permitir inspeção e reparação. Notar os reparos generalizados feitos na superfície do concreto e que a transversina de extremidade impede a 24 visão dos dentes Gerber.
  • 25. estribo corroído falha de injeção cobrimento insuficiente corrosão nas bainhas vazios no concreto foto 8 - ELEVADO DO JOÁ (em 1981) Detalhe do nicho aberto no meio do vão de uma viga pré-moldada, mostrando os cabos de protensão de um dos pacotes com 3 pares justapostos. Notar os sinais de corrosão, as falhas de concretagem, a insuficiência de cobrimento e 25 as falhas de injeção das bainhas com nata de cimento
  • 26. dreno foto 9 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988) Detalhe da inspeção feita nos cabos de protensão deteriorados por corrosão (são 15 cabos de 12 fios D=7 mm com força nominal de 40 tf cada um) na face inferior no meio do vão de uma viga pré-moldada. 26
  • 27. nata de cimento fora das bainhas? bainhas sem afastamento mínimo foto 10 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988) Detalhe da inspeção feita nos cabos de protensão deteriorados por corrosão (são 15 cabos de 12 fios D=7 mm com força nominal de 40 tf cada um) na face inferior de uma 27 viga pré-moldada no meio do vão.
  • 28. cabo rompido stress corrosion? foto 11 – ELEVADO DO JOÁ (em 1988) Detalhe de um dos cabos de protensão rompido por corrosão, na face inferior e na posição da seção meio de vão de uma viga pré-moldada. 28
  • 29. cabo de protensão da laje corroído e sem injeção cabo de reforço da viga foto 12 – ELEVADO DO JOÁ (em 1989) Detalhe de um cabo de protensão de reforço (cabo de 7 cordoalhas D= 12,7 mm com força nominal de 70 tf ) na sua saída no nível da laje do tabuleiro. Foram acrescentados 4 cabos de reforço em cada viga pré-moldada do elevado. Nota-se a corrosão sofrida por um dos cabos transversais (cabos de 12 fios D= 5 mm com força nominal de 20 tf cada um) que protendem a laje, espaçados de 80 cm 29 ao longo do comprimento do tabuleiro.
  • 30. Armação de aço doce da laje não há ferros de ligação, só os cabos transversais trecho concretado no local viga pré-moldada Desenho 6 (parte do desenho C-48) 30
  • 31. Armação de aço doce das transversinas intermediárias trecho concretado no local viga pré-moldada 31 Desenho 7 (parte do desenho C-48)
  • 32. Armação de aço doce dos dentes Gerber do tramo de 23,30 m esbeltez 1/23 excessiva NOTA IMPORTANTE: os desenhos de forma e de armação de protensão do tramo de 23,30 m não foram obtidos para exame 32 Desenho 8 (parte do desenho C-12)
  • 33. 33
  • 34. 34
  • 35. cobrimento drenos juntas acesso para inspeção 35
  • 36. viga transversina de extremidade acesso para inspeção foto 13 - ELEVADO DA AV. 31 DE MARÇO (em 2008) No projeto estrutural foram previstas aberturas nas transversinas de 36 extremidade para facilitar as inspeções futuras.
  • 37. laje de continuidade foto 14 - ELEVADO DA AV. 31 DE MARÇO (em 2008) Inspeção da face inferior da laje do tabuleiro, na posição de um pórtico de apoio onde está situada uma das lajes de continuidade. O acesso ao local foi facilitado palas aberturas deixadas nas transversinas de 37 extremidade.
  • 38. junta de dilatação foto 15 – VIADUTO DA AV. 31 DE MARÇO (em 2008) Uma das juntas de dilatação do tabuleiro com sinais de deterioração, 38 causada pela infiltração prolongada de águas pluviais
  • 39. injeção 39
  • 40. 40
  • 41. 41
  • 42. H neoprene V 42
  • 43. cabos de protensão para reforço das vigas Acréscimo de cabos de protensão para reforço das vigas pré-moldadas 43 do tabuleiro inferior
  • 44. gabarito vertical 4,70 m demolições na estrutura para o reforço viga cabo 44
  • 45. corrosão acentuada no corrimão do guarda-roda do tabuleiro superior cobrimento em excesso cobrimento em falta 45
  • 46. corrosão cobrimento nulo corrosão acentuada no corrimão do guarda-roda do 46 tabuleiro superior
  • 47. juntas de dilatação Qual a explicação para este buraco ? buraco no ressalto de concreto no bordo da laje, na posição de uma 47 das juntas duplas de dilatação no tabuleiro superior
  • 48. 48 Parte do livro ACIDENTES ESTRUTURAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL –volume 1
  • 49. dentes Gerber foto 16 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (ou Viaduto de Madureira) (em 1986) A infiltração prolongada de águas pluviais através da junta de dilatação laje de forro deteriorou o dente Gerber e os aparelhos de apoio em neoprene. Há corrosão generalizada na estrutura, construída em 1957. viga pré-moldada 49
  • 50. foto 17 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986) Vista de cima do trecho de laje moldado no local entre as vigas pré-moldadas, que arriou no acidente ocorrido em 1986, em uma das rampas de acesso do viaduto. 50
  • 51. foto 18 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986) Vista de baixo do trecho de laje moldado no local entre as vigas pré-moldadas e que arriou 10 cm no acidente ocorrido em 1986, em uma das rampas de acesso do viaduto. Não há nenhuma armadura de aço doce ligando o concreto moldado 51 no local ao concreto das vigas pré-moldadas.
  • 52. foto 19 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986) Cabo de protensão transversal da laje do tabuleiro no trecho acidentado, com fortes sinais de corrosão 52
  • 53. foto 20 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986) Inspeção do trecho de laje moldado no local entre as vigas pré-moldadas e que arriou no acidente ocorrido em 1986, em uma das rampas de acesso do viaduto. Não há nenhuma armadura de aço doce ligando o concreto moldado no local ao concreto das vigas pré-moldadas. Escorria água de infiltração do 53 duto do cabo de protensão transversal da laje.
  • 54. foto 21 - VIADUTO NEGRÃO DE LIMA (em 1986) Na junta de concretagem entre o trecho de laje moldado no local e a viga pré- moldada a infiltração prolongada de águas pluviais provocou a formação de 54 “estalactites”
  • 55. dentes Gerber foto 22 – PONTE SOBRE O RIO BENGALAS NA RUA 7 DE SETEMBRO EM NOVA FRIBURGO (RJ) Vista de baixo do tabuleiro em concreto armado, mostrando os dentes Gerber para apoio do vão isostático central. Notam-se os sinais de 55 infiltração de águas pluviais através das juntas de dilatação do tabuleiro não vedadas.
  • 56. foto 23 – PONTE SOBRE O RIO BENGALAS NA RUA 7 DE SETEMBRO EM NOVA FRIBURGO (RJ) A junta de dilatação na posição do dente Gerber não tem nenhum dispositivo de vedação. 56
  • 57. foto 24 – PONTE SOBRE O RIO BENGALAS NA RUA 7 DE SETEMBRO EM NOVA FRIBURGO (RJ) Detalhe do dente Gerber deteriorado devido a corrosão das suas armaduras, visto após a demolição da laje em balanço do tabuleiro. 57
  • 58. Parte do livro ACIDENTES ESTRUTURAIS NA CONSTRUÇÃO CIVIL – volume 2 58 ver Anexo 2
  • 59. foto 25 - VIADUTO SAMPAIO CORREA (ou Viaduto Faria-Timbó) (em 1985) Dente Gerber no ramo do viaduto situado ao lado do ramo acidentado em 1985 (o viaduto foi inaugurado em 1965). 59
  • 60. foto 26 - VIADUTO SAMPAIO dentes Gerber CORREA (em 1985) Dente Gerber inferior do viaduto, rompido bruscamente no acidente ocorrido em 1985. 60
  • 61. foto 27 - VIADUTO SAMPAIO CORREA (em 1985) O vão isostático, que estava apoiado nos dentes Gerber inferiores do viaduto que se 61 romperam no acidente, partiu-se em vários pedaços ao cair sobre as linhas férreas.
  • 62. A gravidade do problema dos dentes Gerber do Elevado do Joá • Os 512 dentes Gerber foram projetados e construídos totalmente embutidos nos pórticos de apoio, sem nenhuma de suas faces acessível visualmente. • Os dentes Gerber e os neoprenes estão há 40 anos expostos à alta agressividade do meio ambiente, e nunca foram submetidos a inspeção. • A infiltração prolongada de águas pluviais que tem ocorrido através das juntas de dilatação com dispositivo de vedação deteriorado ou inexistente tende a agravar o processo de corrosão das armaduras dos dentes e a deteriorar os neoprenes. • É indispensável e inadiável criar condições para possibilitar o exame cuidadoso de todos os dentes Gerber, um por um, sem exceção, a fim de poder avaliar o grau de segurança estrutural de cada um dos dentes, e decidir o que fazer para evitar o seu rompimento. • O rompimento de qualquer um dos dentes Gerber se dará de modo brusco, sem dar nenhum aviso prévio, e provocará o desmoronamento imediato do respectivo vão. Se o dente estiver no andar superior do elevado o andar debaixo também desmoronará. 62
  • 63. CÁLCULOS EXPEDITOS PARA AVALIAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE OCORRER COLAPSO PROGRESSIVO DOS PÓRTICOS Pilar P6A pp=1050 kN (peso próprio do semi-pórtico) PÓRTICO P6 fck=19 MPa Cargas permanentes nos apoios de 2 vigas Rg=2x650=1300 kN (reação vertical) Hg=2x100=200 kN (reação horizontal longitudinal) fck=15 MPa Resultantes dos esforços na base da sapata V=3 760 kN (força vertical) ML=9 720 kNm (momento fletor longitudinal) HL=400 kN (força horizontal) Excentricidade de V e= ML/V e=2,58 m (maior do que 1,50 m) CONCLUSÃO : HÁ RISCO DE TOMBAMENTO DO cotas em m PÓRTICO, COM POSSIBILIDADE baseado no desenho C-25 DE COLAPSO PROGRESSIVO 63
  • 64. fck = 15 MPa FORMAS DA SAPATA DO PÓRTICO P6 (extraído do desenho C-25) 64
  • 65. 1” CA50A estribo a cada 30 cm fissura de flambagem? cortante? sem 2X20 5/8” CA50A ligação ? ¼” C.30 CA24 NÃO HÁ LIGAÇÃO ENTRE AS ARMADURAS VERTICAIS DO PILAR E AS ARMADURAS DA SAPATA: risco de ruptura típica de “nó de pórtico” ARMAÇÃO DO PILAR E DA SAPATA DO PÓRTICO P6 (extraído do desenho C-25) 65
  • 66. corrosão recuperação estrutural de um pilar com armaduras corroídas. Notar a 66 proximidade do mar ( zona de respingo de maré)
  • 67. cabos de reforço corrosão armadura em processo de corrosão acentuada num dos pilares. Notar os acréscimos de concreto e de cabos de protensão longitudinais (vigas) e 67 transversais (lajes e transversinas) nos dois tabuleiros superpostos
  • 68. Infiltração na junta tabuleiro superior em fev/2005 corrosão cabos externos de reforço pilar reforçado ? 68
  • 69. 08/11/08 corrosão corrosão no reforço ? P23A reforço vazio enrocamento inadequado: pedras menores colidem com os pilares nas ressacas 69 69
  • 70. O PILAR P30A ROMPEU NO TRECHO DO TABULEIRO SUPERIOR em 23/07/1987 70