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DVD-007
DVD-006
DVD-005
30UbirajaraRodrigues:
Seqüestrodeumsoldado
mineiroocorrenointeriordeum
quarteldoExército
06MensagemdoEditor:
EntrevistacomJanVal
Ellamcausagrandepolêmicae
acordaaUfologiaBrasileira
08JacquesVallée:
OsUFOsrepresentam
umasalvaçãoparaahumanidade
ouapenasumailusão?
14JohnE.Mack:
Milhõesdeseres
humanosjáforamlevadospor
criaturasextraterrestres
24DavidJacobs:
Ocontatoentre
abduzidosealiensseprocessa
atravésdeviastelepáticas
Revista Brasileira de Ufologia
Publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores
Márcio
V.
Teixeira
As abduções são um
problema muito maior
do que imaginamos
M
uitos poucos seres humanos co-
nheceramtãobemofenômenoda
abduçãocomoofalecidoprofessor
depsiquiatriadaUniversidadedeHarvard,John
Mack.Inicialmentecéticoquantoaexistência
dosUFOsesofrendopressõescontráriasde
seus colegas, mas curioso como todo bom
cientista, Mack resolveu investir seu tem-
po na investigação dos seqüestros por ETs.
“Não conseguia mais ignorar a quantidade
alarmantedecasosquechegavamàminha
atenção,edecidiversehaviaalgodeverda-
deiro neles”, declarou. Sua descoberta foi
espantosa: as abduções não somente são
reais, como atingem uma quantidade imen-
sa de pessoas, a maioria das quais sequer
suspeita ter passado por tais experiências.
Diantedasevidências,Mackfoiaindamais
fundo em suas investigações, fundou um
centrodepesquisasdeabduçõeseescreveu
umlivroqueéreferêncianaárea,Abduction:
Human Encounters with Aliens, traduzido e
publicadonoBrasilpelaEducare[Abduções:
Encontro de Humanos com Aliens, 1994].
Falecido em setembro de 2004, vítima de
umacidentedetrânsitonaInglaterra,Mack
nosdeixouseulegadoeumexcelentetexto
sobre suas descobertas.
Ano XXII — Número 127 — Novembro 2006
Ilustração de capa: Luca Oleastri
4 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
Tenhoalgunslivros
de Jan Val Ellam e, ape-
sar de não conhecê-lo
pessoalmente, parece-
me extremamente inte-
ligente e sincero em su-
asconvicções.Aquestão
aqui, então, não é ques-
tionar seus propósitos
ou intenções, mas espe-
rar para ver os resulta-
dosdesuasrevelaçõese
respectivas conseqüên-
cias. É lógico que sabe-
mosqueoprognósticoé
péssimo em se tratando
de Oriente Médio. Sa-
bemos também que a
qualquermomentopode
ocorrerumarevoadadeUFOs, co-
motantasjáregistradas.Creioque
Ellamnãodeixoudepensarnestas
questões, tão evidentes e prová-
veis, subestimando a racionalida-
de dos leitores da UFO, que pos-
suem um ótimo padrão de conhe-
cimento.Convenhamosqueasen-
sibilidadeeacapacidadedoautor
daentrevistanãopermitiriamuma
atitude passional e inconseqüen-
te,estandoemjogosuareputação,
sua carreira e uma vida inteira de
respeito a temas místicos.
Elaine Villela,
Niterói (RJ)
Todas as matérias publicadas
pela Revista UFO são de respon-
sabilidade de seus autores, assim
como, evidentemente, as respos-
tas dadas pelos entrevistados na
seção Diálogo Aberto. UFO ape-
nascumpreseupapeldedivulgara
Ufologia,dandoespaçoparatodos
os que têm algo a dizer. Conheço
apenas um pouco do trabalho do
escritor e conferencista espiritu-
alista Jan Val Ellam, mas pelo
pouco que sei, parece-me uma
pessoa honesta, responsável e
com bons propósitos. Sobre o tal
“contato oficial” com centenas de
naves alienígenas no céu, se for
algo como já ocorreu no passado
– como a Noite Oficial dos UFOs,
por exemplo –, será mais um im-
portante registro para a Ufologia.
Porém,tenhominhasdúvidasquan-
Ponto de Encontro
Divulgação
Referente à entrevista com
JanVal Ellam, publicada na seção
Diálogo Aberto de UFO 126, per-
gunto:esenãonadaacontecer?De
tempos em tempos surgem infor-
mações sobre a vinda em massa
dos ETs à Terra, mas que nunca
seconfirmam.Gostomuitodasco-
locações de Ellam, mas acho ex-
tremamente delicado prever datas
e acontecimentos desta natureza,
pois há no meio ufológico posi-
ções antagônicas.
Paulo Aníbal G. Mesquita,
São Paulo (SP)
Apesar de nunca ter lido qual-
querobradeJanValEllam,sempre
tiveboasreferênciasaseurespeito.
Portanto,pensoquesuasintenções
sãoboasaodivulgarotal“contato
oficial e definitivo” na seção Diá-
logo Aberto de UFO 126. Porém,
baseado em tudo o que já vimos
atéhoje,noqueserefereamarcar
datasparacontatosdestanatureza,
creio que mais uma vez iremos
nos decepcionar. Há pouco tem-
po previram acontecimentos in-
críveisparamaiode2006,masjá
se passaram alguns meses e nada
aconteceu, nem mesmo justifica-
tivas. É sempre assim...
Rodolfo Soares Caproni,
por e-mail
ComoJanValEllameoutros
ufólogos,jáaventamosaspossibi-
lidadesapresentadasnaentrevista
daseçãoDiálogoAbertodeUFO
126. Só não podíamos afirmar da-
tas, como não podemos ainda. Já
Ellam é um iluminado e pode.
Não só pela lógica, mas também
por seu pensamento, coerência e
nível de informação.
Fernando A. Ramalho,
Brasília (DF)
Fico me perguntando quais
serão as justificativas de Jan Val
Ellam, quando abril chegar e na-
da do que ele previu tiver acon-
tecido. Será que teremos que ou-
vir algo como as explicações do
francês, de alguns meses atrás, a
respeito do asteróide que cairia
no oceano? Algo como “nossos
pensamentospositivosconjuntos
reverteram a tragédia?”
Alexandre Camargo,
por e-mail
Finalmente, os que buscam
a verdade começarão a saciar
seus mais íntimos desejos. Mas
como demorou! Muita calma
nessas horas...
Maurício de França,
por e-mail
Eu, particularmente, não
acredito nas declarações de Jan
Val Ellam, apresentadas na se-
çãoDiálogoAbertodeUFO126.
Mas acho importante que se dê
a devida atenção a elas. Ainda
mais na Revista UFO, que é o
espaço adequado e referência
sobre o assunto. Mesmo não
concordando com o que Ellam
diz, vê-se claramente que ele é
pessoa instruída e culta. Talvez
fosse interessante ser publicada
pela revista uma análise crítica
de suas afirmações, feita pelos
ufólogos da linha científica, pa-
ra mostrar ao leitor a infinidade
de declarações similares que já
vieramàtonaesemprefalharam.
Como o objetivo da UFO deve
ser o de explorar a Ufologia em
todos os seus aspectos, acho im-
portantepermitirqueestetipode
trabalho seja publicado.
Ricardo Varela Correa,
São José dos Campos (SP)
Realmente muito emocionan-
te. Estou torcendo pra que sejam
verdadeiras as afirmações de Jan
Val Ellam. Mas li alguns e-mails
dizendo que a Revista UFO pode
perder sua credibilidade se esse
contato não acontecer. Entretan-
to, a publicação só está dando a
notícia, ou seja, está fazendo um
trabalho jornalístico.
Erivelto José Muniz,
por e-mail
Acho mesmo que uma revis-
ta como a UFO tem que publicar
tudo que se relacione com este
tema, mesmo que alguns achem
que isso possa trazer prejuízo à
sua credibilidade. Caso a UFO
fizesse o contrário, teríamos só
um lado da história.
Jomi Lee,
por e-mail
Ou os “mentores” de Jan Val
Ellam dizem a verdade e acertam
deumavezportodas,ouchegade
reflexões.Temosfilósofosemuitas
mentes brilhantes entre os vivos e
personagensdanossahistória,sufi-
cientes para uma mudança ou me-
lhoria da conduta da humanidade.
Se os mentores errarem, então car-
tãovermelhoparaeles.Nãoposso
mais concordar com orientações
dogmáticas sem base ou funda-
mentação concreta.
Carlos A. Millan,
São Paulo (SP)
E
staseçãoPontodeEncontrofoifechadaantesdacirculaçãodaedição
126, do mês passado, que conteve a polêmica entrevista com Jan Val
Ellam.Assim,seuconteúdofoicompiladoapartirdamanifestaçãodos
integrantesdalistadediscussãoRevistaUFOOnline,quandoinformaçõesini-
ciaissobreamatériaforamveiculadas.Criadaparaagregarufólogos,ufófilos,
entusiastaseleitoresdapublicação,alistaéomaiorfórumdedebatessobre
o Fenômeno UFO da internet brasileira, e é aberta a participação de qualquer
pessoa. O endereço é: http://br.groups.yahoo.com/group/Revista_UFO/.
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 5
:: www.ufo.com.br ::
Nãohácréditonasdeclarações
deJanValEllam.Garantoqueotem-
pocorreráenãoteremosnenhuma
surpresa referente aos UFOs, con-
forme veiculado por ele. O Orien-
te Médio é uma região instável, e
não seria necessário que ETs nos
informassemoquejásabemos.Não
ocorreráqualquercontato.Ellamé
mais um que pretende ver seu no-
me na mídia.Até um ignorante sa-
be que vamos mandar este mundo
pelosaresequejáestamosnocaos.
ChegadefalaremETsquequerem
ajudar,queseinteressampelodesti-
nohumano!RevistaUFOperdesua
credibilidadeaodivulgarasafirma-
çõesdeEllam.Ufologiaépesquisa
e estudo, não prognóstico.
Lúcio Mario Guimarães,
por e-mail
Quandoalguémcomumnome
a zelar faz uma declaração aberta,
comoasdeJanValEllamnaseção
DiálogoAbertodeUFO126,nomí-
nimodeveterumbomrespaldo.Do
contrário,estarácolocandoemrisco
suavidadedicadaàUfologiaeEspi-
ritualidade. Além de sua integrida-
decomohomemepesquisadordos
fenômenos ufológicos, Ellam está
colocandonacordabambatambém
todosaquelesquedealgumaforma
estão ligados a ele. Se acontecer o
que ele afirma, seu prestígio vai às
alturas. Se falhar o tal “contato ofi-
cial e definitivo”, seu declínio será
inevitável.Portanto, creio que ele
deveter bonsmotivosparafazero
que está fazendo. Resta saber por
qual razão tais revelações foram
feitas somente a ele? Será Ellam
o único ser humano na face da
Terra com capacidade espiritual
suficiente para receber uma infor-
mação tão impactante?
Al Cruz,
por e-mail
Eumeincluoentreaquelesque
temumpéatráscomprevisões.Co-
moficaacredibilidadedaUfologia
se nada disso ocorrer? E a da Re-
vista UFO? Acho muito válida a
publicaçãoteresclarecido,comoo
feznaentrevistacomJanValEllam,
que não apóia nem desacredita su-
to a um contato direto entre ETs e
humanos, eles intervindo e intera-
gindo conosco ou até sentando à
nossa mesa para trocar idéias. Va-
mosaguardaratéabrilde2007para
avaliar o que vai acontecer.
Claudeir Covo,
São Paulo (SP)
As possibilidades de que ve-
nha por aí uma guerra nuclear, co-
moafirmaJanValEllamnaseção
Diálogo Aberto de UFO 126, são
altíssimas. Não temos como não
levarasérioumanotíciacomoesta,
partindodoprincípiodequequem
aestárepassandoanóséumapes-
soadereputaçãoimpecável.Cabe
ao bom senso não condenar aque-
le que pode até estar equivocado,
mas cujas intenções estão clara-
mente boas. Se o tal contato ofi-
cial e definitivo com extraterres-
tres for verdadeiro, ótimo. Se não,
nãodevemoscondenaracoragem
de quem o anunciou.
Analígia S. Francisco,
Rio de Janeiro (RJ)
Pessoalmente, não tenho dú-
vidasquantoahonestidadeeasin-
ceridade de Jan Val Ellam. Elas
estão patentes na postura e nos
textos que ele escreve. Também
acredito que ele está agindo de
boa-fé, fazendo o que lhe parece
maiscorretoaorevelarsuasprevi-
sões na seção Diálogo Aberto de
UFO 126. Entretanto, como um
estudante de espiritualidade, sei
separar o médium da mensagem,
e sei também que a probabilida-
dedeumaintervençãoalienígena
acontecer nos moldes por ele pre-
vistos é muito pequena. Simples-
mente, não faz nenhum sentido,
e não acredito num suposto con-
tato que aconteceria como uma
medida extrema, um ato não pla-
nejado pelos extraterrestres. Se
nós, humanos, falhos e atrasa-
dos, somos capazes de exercitar
o planejamento e precaução com
eficiência, “eles”, supostamente
superiores, deveriam ser capazes
de coisa muito melhor.
Paulo Santos,
Niterói (RJ)
as afirmações. Em todo caso, a ca-
pa de UFO 126, sem dúvida, cha-
ma muito a atenção. Os fanáticos
e místicos em geral devem estar
alucinados. Mas e se os fatos pre-
conizados por Ellam ocorrerem?
Uma imensa frota de naves aliení-
genas em nossos céus poderia ser
otipoderecadoqueahumanidade
desteplanetaprecisaparacomeçar
a pensar mais sério na vida.
Renato A. Azevedo,
São Paulo (SP)
ARevistaUFOfezmuitobem
emdeixarbemexplícitoqueasres-
postasdeJanValEllamemsuaen-
trevista em UFO 126 são de sua
responsabilidade, e não da publi-
cação,obviamente.Achotambém
queUFOagiucertoempublicara
entrevista, pois é o veículo mais
conhecido para divulgação do fe-
nômeno ufológico no país.
Luciano Stancka,
São Paulo (SP)
Não conheço muito a obra
de Jan Val Ellam, salvo algumas
mensagens de cunho espiritua-
lista a ele atribuídas. Mas devo
admitir que tenho grandes ressal-
vas quanto ao conteúdo de men-
sagens canalizadas, como as que
ele apresenta na entrevista con-
cedida à seção Diálogo Aberto
de UFO 126. Tanto porque, do
ponto de vista de nosso conhe-
cimento científico atual, muitos
fatos aludidos são impossíveis,
como, mesmo admitindo tais hi-
póteses, ainda assim existiriam
inúmeras outras questões envol-
vidas.Ellam,atéomomento,vem
apenas divulgar um momento
de contato e uma ameaça nucle-
ar. Pessoalmente, torço para que
ele esteja certo e que ocorra tal
contato. Talvez, a confirmação
em nível mundial de que não es-
tamos sós nos faça menos arro-
gantes e mais solidários.
Vanderlei Dallagnolo,
Blumenau (SC)
Penso que, se alguém está co-
locando sua credibilidade em jogo,
esta pessoa é o entrevistado, não a
Revista. UFO, que, como veículo
deinformação,apenascumpreseu
papeldedaraoentrevistadoespaço
paraelesemanifestar.Assimcomo
qualqueroutroórgãodeinformação
quando entrevista um político, um
líder religioso etc, não pode ser res-
ponsabilizadopeloquefordito.Co-
moleitorassíduodeUFO,seimuito
bem separar o joio do trigo, e não
estou sozinho, tenho certeza.
Valter Luis da Silva,
por e-mail
Acho que a discussão sobre se
JanValEllamtemrazãoounão,ése-
cundária.Oimportanteéque,seele
estivercerto,ocontatocomnossos
vizinhoscósmicossedarádevidoa
ummotivomuitotriste:amortede
milhares ou talvez milhões de nos-
sos semelhantes por causa de uma
guerraestúpida.Nãoseriabemme-
lhorqueotãodesejado“contatoofi-
cialedefinitivo”ocorressesobuma
atmosferadeamizadeesatisfação,e
não devido às nossas mazelas?
Marco Federico,
São Paulo (SP)
Gostaria de parabenizar os
editores da Revista UFO pela en-
trevista com Jan Val Ellam, na se-
ção Diálogo Aberto de UFO 126.
Precisamosnosconscientizarcada
vez mais que o planeta passa por
transformações e que se faz neces-
sária nossa mudança enquanto se-
res cósmicos em evolução.Ahora
éagora,enãodámaisparaprotelar-
mos,apenasnosunirmoscomesses
conhecimentosparaauxiliarmosa
Terraeosseresqueestãotrabalhan-
do por ela nesse novo momento.
Alda Luz,
Campo Grande (MS)
Tenho a impressão de que
tais informações sobre a chegada
dos ETs não passam de jogada
de marketing para vender revista.
PodeserquevocêsdaUFOdividi-
rãoolucrocom“eles”.Dequalquer
forma,sãoinformaçõesvaliosas,se
fossem verdade. Mas vou esperar
para ver, ou para não ver.
Carlos Eduardo Bao,
por e-mail
6 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
Mensagem do Editor
A. J. Gevaerd editor@ufo.com.br
A
o longodosquase60
anosdemanifestação
aberta do Fenômeno
UFO, desde o famo-
so avistamento de
KennethArnold, muitas notícias
classificadascomo“bombásticas”
têm sido veiculadas sobre Ufolo-
gia em todo o mundo. No Brasil
não houve exceção. Aliás, boa
parte das notícias mais contun-
dentesnestaáreatevegestaçãoem
nosso país, e o exemplo mais no-
tório, certamente, são as trágicas
ocorrênciasemqueextraterrestres
atacaram,ferirameatécausaram
amortedesereshumanosnoNor-
desteanaAmazônia–originando
a famosa Operação Prato.
ARevistaUFOtevepapelde-
cisivo em informar a população
brasileirasobretaisfatosedelevá-
los também ao conhecimento da
Comunidade Ufológica Interna-
cional, onde hoje são amplamen-
te reconhecidos.Ainda assim, de
tantas notícias bombásticas em
Ufologia, nessas décadas todas,
poucas tiveram o condão de pro-
vocar reações visíveis no meio
ufológico, mesmo que contives-
sem revelações realmente impor-
tantes. Parece que o meio funcio-
na de maneira demasiadamente
passiva, quase inerte aos aconte-
cimentosnaárea,mesmoquando
de grande envergadura.
Encontro marcado — Muitas notí-
ciasverdadeiramenteimportantes
para a Ufologia Brasileira chega-
ramapassarquasedespercebidas
por seus integrantes. Outra parte
foi incorporada ao que se chama
de “folclore ufológico”, um con-
junto de fatos e situações a que
muitagentesereferenodia-a-dia,
masqueamaiorianãosabecomo
surgiramaocerto.Ofolcloreufo-
lógico é riquíssimo e variado, e
entre as notícias mais freqüentes
queocompõemestãoaquelasque
tratamdepreverouanunciarotão
esperado contato oficial e defini-
tivocomnossosvisitantes,sejam
elesextraterrestres,ultraterrestres
etc. A maioria delas sempre foi
sumariamente rejeitada por care-
cerdeummínimodeconsistência,
ou por seus anunciadores serem
pessoas sem a menor credibili-
dade. Temos aproveitadores aos
montes na Ufologia Mundial, e
em particular na Brasileira, em
seitas ufolátricas e “projetos” du-
vidososdetodosostipos,fazendo
estetipodeafirmaçõesenãoofe-
recendonadaemapoio aelas.No
iníciodadécadade80,porexem-
plo, um cidadão chamado Edíl-
cioBarbosaanunciouaosquatro
cantos que uma nave alienígena
pousarianacidadefluminensede
Casimiro deAbreu.
Milharesdepessoasforamao
local do encontro marcado, mas,
claro, o disco não desceu. Barbo-
sa, até então um completo desco-
nhecidonaUfologia,teveseus15
minutosdeglória.Antesedepois
dele, muita gente vem prevendo
contatossemelhantes,quasesem-
pre associados a situações catas-
tróficas–taiscomoumasuposta
reversão no eixo de rotação da
Terra e a elevação dos oceanos,
queinundariamboapartedasáre-
as litorâneas do planeta. O últi-
mo guru a se prestar a esse tipo
de vaticínio foi o francês Claude
Vorilhon, que se faz chamar de
Rael. São incontáveis, enfim, as
previsões que já foram feitas em
todososcantosdaTerra,apontan-
do para a chegada maciça de na-
vesalienígenas,oraanosdestruir,
oraanossalvar.Nenhumasequer
chegoupertodeseconcretizar.A
maisverossímilprevisãodesseti-
po,noentanto,nãoérecente,mas
tem milhares de anos. Trata-se
das tábulas do Calendário Maia,
compiladas por aquele povo que
habitoupartedaAméricaCentral
edoNorte,especificamenteonde
hojeestáoMéxico.Ocalendário
acertouemdetalhesmilimétricos
muitos fatos astronômicos vivi-
dospelahumanidadenosúltimos
séculos. Com que matemática e
astronomia os maias o compu-
seram, não se sabe, mas ela é
perfeita! E estudiosos garantem
queoCalendárioMaiafazclaras
referências a uma “mudança de
ciclo” em 2012. Imagina-se que
isso represente o tal aguardado
contato oficial e definitivo com
nossos visitantes.
Enquanto isso não ocorre,
vamostendosurpresasaquieali,
quando novas previsões de mes-
mo teor são feitas – mais uma
vez, quase todas facilmente des-
cartadas, por faltarem aos seus
portadores confiabilidade e res-
paldo. No entanto, quando tais
anúnciospartemdepessoascom
credibilidadeeresponsabilidade,
gente que tem um nome e uma
reputação a zelar, com histórico
debonsserviçosprestadosàssu-
as áreas de atuação, em especial
àUfologia,taisprevisõessãono
mínimonotíciasválidasedevem
ser tratadas como tal.
Grande polêmica — É obrigação
de qualquer veículo de comuni-
caçãoufológicodarainformação
sobre tais previsões, fazendo-o
comopartede suafunçãojornalís-
tica,semnecessariamenteconcor-
daroudiscordarcomeles.Etanto
maior será a notícia e o destaque
dados aelasquantomaiorcredibi-
lidade, responsabilidade, reputa-
çãoe históricode serviçospresta-
dostiveroanunciantedetaisfatos.
É sob este prisma que a Revista
Eles estão chegando
Entrevista com Jan Val Ellam causa grand
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 7
:: www.ufo.com.br ::
ordemmundialqueseinstalaráno
planeta? Se não se confirmar, que
posição deveremos assumir quan-
to a esta e as demais previsões de
Ellam,especificamenteaqueleque
aponta para o tal contato oficial e
definitivo entre a segunda quinze-
na de novembro a abril de 2007?
Culparemos o mensageiro, rejei-
taremos a mensagem ou condena-
remosseusemissores?
Veículodeinformação—Ocorrao
que ocorrer, à Revista UFO cou-
be a missão jornalística de dar a
notícia com isenção, até mesmo
porseroúnicoveículodecomuni-
caçãoufológicadopaís.Seustaff
deco-editores,consultoresecoor-
denadores,eparticularmenteeste
editor, não fizeram qualquer juí-
zo de valor sobre as afirmações
surpreendentes de Jan Val Ellam,
ao publicar a referida entrevista.
Não tomamos partido nem po-
sitiva nem negativamente. E a
quem alegar que o fizemos, pelo
seutamanho–13páginas–eofa-
todamesmaserobjetodacapada
edição, reforçooquedisseacima:
previsões ou anún-
cios de supostos
contatos oficiais
com ETs são notí-
ciassim,desdeque
venham de pesso-
as de credibilida-
de, que se respon-
sabilizam por su-
as afirmações. E
o destaque que tais
fatosdevemreceber
varia proporcional-
mente ao grau de
credibilidade do
anunciante. No ca-
so de Ellam, este é
um índice respeitá-
vel,sobreoqual–aí
sim – fazemos juí-
zo de valor.
UFOviuanotíciaoferecidarecen-
tementeporumdosmaisdestaca-
dos escritores, pensadores e con-
ferencistas do meio espiritualista
brasileiro, com idêntico tráfego
no meio ufológico, pessoa sobre
quem pairam as mais positivas
opiniões. Trata-se de Rogério
de Almeida Freitas, que conce-
deu detalhada entrevista à UFO,
publicada na edição passada, em
que causou grande polêmica na
Ufologia Brasileira.
Freitasassinamaisde15obras
publicadas como Jan Val Ellam e
tem, inegável e reconhecidamen-
te, um dos discursos mais sérios,
consistenteseinteressantesnaárea,
tanto sobre Ufologia quanto Espi-
ritualidade,etornaestasdisciplinas
ainda mais fascinantes quando as
cruzaemseuslivrosepalestras.A
históriadeRogério,ouEllam,pode
serconhecidaeminúmerossitese
de polêmica e acorda a Ufologia Brasileira
Aguardando os acontecimentos
N
adata indicada para ocorrer o primeiro fato preconizado
por Jan Val Ellam – a catástrofe no Oriente Médio –, este
editorestarárealizandopalestranoCentroPolitécnicoda
Baía Plenty, em Tauranga, Nova Zelândia, a convite do Tauranga
UFO Investigation Group. O evento faz parte de um tour a ser rea-
lizado entre 20 de setembro e 10 de outubro, envolvendo vários
países de quatro continentes. As conferências versarão sobre o
Caso Varginha, detalhes da Operação Prato e os resultados da
campanhaUFOs:LiberdadedeInformaçãoJá,eserãorealizadas
a convite do Irish UFO Research Society, de Dublin, Irlanda, da
UFOResearchQueensland,emBrisbane,Austrália,etambémdo
New Zealand Centre for UFO Studies, de Auckland, Nova Zelân-
dia. Nossa edição de dezembro será parcialmente produzida por
este editor a partir dos países que visitará, e conterá completa
cobertura dos eventos vaticinados por Ellam, caso aconteçam.
Ou das repercussões de suas alegações, caso não.
publicações,inclusiveaUFO,que
oentrevistouhádoisanos[Edição
103]. O que Ellam alegou em sua
entrevista à UFO
126 não é algo que
se escuta todos os
dias, muito menos
partindo de pesso-
as de sua estirpe.
Ao tomar conhe-
cimento de suas
previsões para um
contato oficial e
definitivo com se-
res extraterrestres
– que, infelizmen-
te, seria precedido
por uma catástrofe
no Oriente Médio
–, UFO decidiu dar
voz ao anunciante
e fazê-lo com a di-
mensão proporcio-
nal à importância
que uma notícia do gênero tem.
Como sabem os que leram a lon-
gaentrevista,Ellamafirmouque,
desdemarçode2006,passouare-
ceber através de seus canais espi-
rituais e ufológicos informações
sobre tais acontecimentos, que
ocorreriam num futuro muito
próximo e afetariam de maneira
definitiva a vida no planeta Ter-
ra.Ao contrário de muitos que o
antecederam, ele não marcou a
dataparadaqui20ou30anos,na
esperança de que todos se esque-
cessemenãolhecobrassem,mas
para as próximas semanas!
Esta edição de UFO, embora
com data de novembro, está sen-
do fechada ainda no mês de se-
tembro, antes, portanto, de 04 de
outubro,dataqueEllamvaticinou
como aquela em que ocorreria
uma grande explosão em algum
lugar do Oriente Médio – seja ela
nuclear, biológica ou química, ele
nãosoubedefinir.Quandoaedição
entrar em circulação, já se terá sa-
bidoseofatoocorreuounão.Sea
previsãoseconfirmar,quepostura
deveremosassumirperanteanova
AGUARDO A Comunidade Ufológica
Brasileira demonstrou-se receptiva
aos anúncios de Ellam e espera a
chegada das datas anunciadas por
ele para verificar os acontecimentos
Luca
Oleastri
8 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
REFLEXÃO
UFOs:
salvação
ou ilusão?
O Fenômeno UFO contém
elementos que induzem à
criação de seitas místicas que
ora anunciam a destruição
do planeta, ora alardeiam a
salvação da humanidade
8 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
Jacques Vallée, Ph.D.
convidado especial
Shalom
Ormsby
UFOs:
salvação
ou ilusão?
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 9
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raticamente não há quem
nunca tenha assistido a um
showdemágica.Diantedos
olhos embevecidos da pla-
téia, previamente sugestio-
nada,omestrenaartedailusãoproduz,
em um cenário adrede preparado e sob
condiçõesaparentementeusuais,umfe-
nômeno que, à primeira vista, parece
impossível, quase milagroso. Ao final
do espetáculo, no entanto, por melhor
emaisgrandiosoqueestetenhasido,não
há quem fique desapontado ou se sinta
quaseinsultadoemsuainteligênciapela
“enganação”daqualfoicúmplice.Basta
umpoucoderaciocínioparasedepreen-
derqueportrásdoextraordináriotudo
o que há são desvios de atenção, gestos
dedistração,mãoságeisehabilidosas,e
aparelhoseequipamentosapropriados:
tampademesaoca,bolsossecretos,vari-
nhafeitadepequenospedaçosretráteis
e deslizantes, caixas com fundos e com-
partimentosfalsos,alçapõesnopalcoetc.
Sealgumestraga-prazerlheexplicaem
detalhes como o truque é feito, você ri
de si próprio por não ter atinado uma
solução tão simples e óbvia.
Ao chegar a casa, a pessoa reúne os
objetos necessários para tentar repro-
duzir os mesmos truques e impressio-
naralgumamigooumembrodafamília.
Entretanto, ela percebe que, apesarde
ter descoberto os mecanismos do tru-
que, faltam-lhe os recursos cênicos, a
técnica e o talento artístico, de modo
que não consegue nem chegar perto
dos efeitos que tanto o
impressionaram. Falta-
lhe precisamente o ele-
mento “mágico”, o se-
gredo da profissão – só
conhecido entre os pró-
prios mágicos e jamais
revelados –, de modo
que o mistério perma-
nece em sua mente co-
mo algo inexplicável.
O Fenômeno UFO apresenta o mes-
mo recurso de insolubilidade. Deixa vá-
rios indícios e até expõe alguns de seus
truques,porém,quantomaisaspessoas
pensam que sabem algo sobre ele, mais
ele se afigura desnorteante. É o equi-
valente a dizer que o fenômeno nega a
si próprio. Ele sinaliza favoravelmente
tanto aos que partem do princípio de
que suas manifestações são verdadei-
ras, quanto aos que supõem que são
falsas. Determinar qual das duas me-
tades é verdadeira é o desafio deixado
ao investigador. A tentação é sair dos
limitesdoimpériodarazão,oquepode
ser bastante perigoso. Ou permanecer
preso a um círculo vicioso em que tes-
temunhassãoenganadasporsociólogos,
crentes porsupostos homens do espaço,
o público pelos crentes, e os sociólogos
pelo próprio fenômeno.
Os Guardiões — Narro a seguir um ca-
so ufológico sugestivo, que envolve um
suposto grupo chamado Os Guardiões.
O contato com Os Guardiões começou
quandoumasenhoradomeio-oestenor-
te-americanochamadaKeech,acordou
em uma manhã de inverno com um for-
migamento ou dormência no seu braço.
Ela disse que seu braço inteiro parecia
quenteatéoombroeteveasensaçãode
quealguémestavatentandochamarsua
atenção. Sem saber por que, ela pegou
um lápis e um bloco que estavam sobre
a mesa, e sua mão começou a escrever
com uma caligrafia diferente da sua. A
mulherfoigradualmente
introduzidaemalgoque
ela tomou como coisas
que estavam “além da
vida”,segundoaprópria,
até que um dia recebeu
uma mensagem de con-
forto de uma espécie de
“irmão mais velho”. Ele
lhe disse que estava sem-
precomelaequealivraria
9
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Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006
P
Daniel
Rebisso
O AUTOR Jacques Vallée
10 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
dasafliçõesdodia-a-diaassimestivessepron-
taaseguiraluz:“Cuidareidosdetalhes.Acre-
diteemnós.Sejapacienteeaprenda,porque
estamos preparando o caminho para você
como canal. Isto será em breve”.
A senhora Keech passou a alimentar a
certezadequehaviaestabelecidoumcontato
genuínocomentidadessuperioresecomeçou
a divulgar isso publicamente, anunciando a
chegada de um novo conhecimento. Logo,
uma pequena seita se formou em torno dela.
Um dos líderes era um tal de doutor Arms-
trong, um homem que se envolveria mais
tarde com o paranormal israelense Uri Gel-
ler. Os Guardiões transmitiram conselhos e
ensinamentos ao grupo. Predisseram even-
tosfuturos,taiscomoaterrissagensdediscos
voadores e visitas de seres do espaço. Uma
dessas predições foi a descida de uma espa-
çonavepertodeumcampodeaviaçãomilitar
próximo. O pequeno grupo se dirigiu até lá
e de um ponto privilegiado ficou a observar
as pistas e o céu, até que, de repente, um ho-
mem se aproximou.Ante sua aparição, não
houve quem não experimentasse uma sensa-
çãosinistra.Ninguémviudeondeelesurgira.
Ofereceram-lhealgoparabebereelenãoquis.
Andava com um jeito curiosamente duro. E
ummomentoapóseledesapareceu,semque
ninguém o tenha visto afastar-se.
Arepercussãodetaishistóriasincremen-
tou sobremaneira o sistema de crenças da
pequena seita e lhe permitiu criar seu pró-
prio folclore e jargão – palavras especiais
com significados particulares.Aessa altura,
asenhoraKeechchegavaaescrever14horas
por dia. Os ensinamentos se tornaram cada
vezmaisconcernentesaassuntosreligiosos,
cosmológicoseufológicos.Finalmente,um
dia, veio a grande mensagem. Previa catás-
trofes como terremotos e inundações, aos
quais sobreviria a salvação dos crentes da
seita pelos irmãos do espaço: “O Canadá,
a região dos Grandes Lagos e estado do
Mississipi,atéoGolfodoMéxicoeAmérica
Central,sofrerãoumatremendatransforma-
ção. A grande dobra de terra dos Estados
Unidos para o leste jogará as montanhas
sobre os estados centrais”.
Profecias catastróficas — O grupo se sentiu
entãonodeverenaresponsabilidadedeavisar
omundoarespeitodaqueleseventosiminen-
tes.Emitiramnotasàimprensa,algumasdas
quais foram publicadas pelos jornais locais.
Isso, por sua vez, atraiu a atenção de vários
sociólogos,entreelesLeonFestinger,Henry
RieckeneStanleySchachter,queintegravam
uma equipe da Universidade de Minnesota
que estava investigando o comportamento
demovimentossociaisdecunhosproféticos,
milenaristas e apocalípticos. Obtiveram pa-
trocínio da Fundação Ford e apoio logístico
do Laboratório para Pesquisas de Relações
Sociaisdareferidauniversidadeparaestudar
ogrupodasenhoraKeech.Infiltraram-sena
seita,fingindoseremconvertidossinceros,e
passaram a comparecer aos encontros para
monitorarem a evolução das crenças do gru-
po enquanto aguardavam a chegada da data
predita para o cumprimento das profecias.
Emboraarecorrênciaataismétodossor-
rateiros por parte de cientistas sociais seja
hoje bastante questionada, o livro When
Prophecy Fails: A Social and Psychologi-
cal Study of a Modern Group that Predic-
ted the Destruction of the World [Quando a
ProfeciaFalha:EstudoSocialePsicológico
de um Grupo Moderno que Predisse a Des-
truição do Mundo, Harper and Row, 1956],
escrito pelos sociólogos com base em suas
investigações,éessencialparaqualquerum
que busca entender a natureza complexa da
crençaemUFOs.Aobradetalhaosesforços
feitos pelos membros da seita para alertar a
humanidade da destruição iminente, bem
como as crenças de que os discos voadores
desceriam do céu a tempo de salvar os cren-
tes – da seita – da inundação, e que aqueles
que morreriam afogados renasceriam espi-
ritualmente em outros planetas apropriados
para seu desenvolvimento espiritual.
OrdemsuperiordosUFOs — Os eventos predi-
tos, obviamente, não vieram a acontecer. O
meio-oeste dos Estados Unidos não foi en-
golfadopelooceanoeospaísesquedeveriam
desapareceraindaseencontramacimadoní-
velnomar.Contudo,essesmalogros,emvez
de servirem de desalento para os membros
da seita, reforçaram ainda mais sua convic-
ção,poistomaramparasiocréditodeterem
evitadoadestruição!Algunsterremotosreal-
mente ocorreram em áreas desertas mais ou
menosnadataaprazada.Setivessematingido
áreaspopulosas,odanoteriasidogrande.De-
duziram assim que, não fossem seus avisos,
o país não teria sido poupado da catástrofe.
Alguns membros da seita também interpre-
taram aquilo como se fosse um teste quanto
àssuascapacidadesdeaceitaremeseguirem
cegamente, sem discussão e sem medo, as
ordens recebidas dos Guardiões.
PorquetrazerahistóriadasenhoraKeech
à baila em um estudo científico de UFOs?
Muitos sociólogos argumentariam que o
caso dela é típico de muitas seitas e cultos,
e que já se propuseram teorias adequadas
paraexplicarseucomportamentoemotiva-
ção. Em grande parte isso é verdade, mas
não estou inteiramente convencido de que
o mecanismo que deu origem a tais movi-
mentos está esclarecido, tampouco acredi-
to que seu impacto potencial na sociedade
tenha sido completamente assimilado. O
caso da senhora Keech é importante para
todos os cientistas que se interessam pelo
Fenômeno UFO porque fornece um protó-
tipo para um crescente número de grupos
queseestabelecememtornodesistemasde
crenças semelhantes. Um dos mais famo-
sos deles é a rede de devotos de Uri Geller,
que teve êxito em despertar o interesse de
vários físicos renomados.
Tanto no caso de Geller como no da
senhora Keech, vários fenômenos inex-
plicáveis serviram para sedimentar a base
de crenças do grupo . Em ambos os casos
somos igualmente aconselhados a esperar
por uma “ordem superior” dos UFOs. Em
ambos há um impacto na consciência cole-
tiva. E o que dizer do elemento profético?
A senhora Keech predisse uma inundação
e salvação vindas do céu. Geller e Andrija
Puharich, seu seguidor e biógrafo, autor de
Geller: Um Fenômeno da Parapsicologia
[Record, 1989], predisseram aterrissagens
emmassadediscosvoadores.Inúmeraspes-
soas espalhadas pelo mundo – apropriada-
mente denominadas de “contatados silen-
ciosos” pelo ufólogo John Keel – guardam
para si o que consideram revelações feitas
aelasporentidadesalienígenas.Emtempos
passados talvez permanecessem no âmbi-
to puramente religioso, conseqüentemente
particulares, mas a relativa aceitação dos
avistamentosmodernosdeUFOsporcertos
segmentosdamídiaecientistascuriososos
encorajaram a alardear seus contatos.
Qualquer que seja o caso, tendemos a
descontar o fato de que os fenômenos con-
têm elementos absurdos. Esta é uma forma
de ocultação. É tranqüilizador colocar a se-
nhora Keech e todas as pessoas como ela
dentro de uma categoria inequivocamente
sociológica, de preferência com os termos
“dissonância cognitiva” e “comportamento
estranho” pregados nelas. No caso da se-
nhoraKeech,há,porexemplo,asituaçãodo
estranho homem que ela encontrou na sua
primeira instância profética. Os sociólogos,
aferrados a seus estritos conceitos teóricos,
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 11
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negligenciaram a aparição do misterioso
“cara de pernas duras”, sequer verificando
sua veracidade junto aos demais membros
do grupo. Essa é uma falha metodológica
que deve ser explorada.
“Não é hora ainda” — Em duas outras oca-
siões a senhora Keech foi visitada por in-
divíduos estranhos. O primeiro incidente
se seguiu ao anúncio de inundação pelos
jornais locais. Dois homens bateram à sua
porta e pediram para falar com ela. Um de-
les era perfeitamente comum, mas o outro
era muito estranho e não disse uma só pa-
lavra durante a visita. Ela perguntou quem
eram e o primeiro homem respondeu: “Eu
sou deste planeta, mas ele, não”. O assunto
principal da discussão, que durou mais de
meia hora, foi que ela não deveria divulgar
sua informação além do que já havia feito.
“Não é hora ainda”, disse o homem antes
de ir embora com seu companheiro. Esse
encontro foi muito sério. Como resultado,
a senhora Keech desistiu de seus planos de
publicar um livro relatando suas experiên-
cias. Meses depois, cinco jovens visitantes
passaram duas horas tentando convencê-la
e a um cientista, membro de seu grupo, de
que suas informações estavam incorretas e
que tudo o que previam estava errado.
Os sociólogos infiltrados na seita, mais
uma vez, não fizeram nenhum esforço pa-
ra identificar os visitantes, o que se afigura
comoumagraveomissão.AsenhoraKeech
jamais soube quem eram esses rapazes, co-
mo chegaram à sua casa e quais eram seus
propósitos.Podiamsergozadoresoutalvez
estivessemimbuídosdeintençõesobscuras.
Sobreessesúltimosvisitantes,amulherdis-
se, chocada e chorando, que “ficaram me
forçando a desmentir as coisas. Um deles
ficou me pressionando a dizer que elas não
eramverdadeiras.Ficarammefalandoque
tudo que eu dissera era falso e confuso. E
me disseram que estavam em contato com
o espaço exterior e que todos os meus escri-
toseprevisõesestavamerrados”.Oanelde
absurdos em torno da senhora Keech agora
estavafechado.Elavivenciavaoquesecon-
vencionouchamarde“aterceiraocultação”.
A inundação não aconteceria.
Oscrentesquehaviamconfiadoemtodos
ossinaisenasinceridadedamédiumoucana-
lizadora,adeixariamcompletamenteisolada
depois de terem perdido ou se demitido de
seusempregos.Algunstinhamatévendidoos
seusbens,comprometendo-secomumareali-
dadequesóelespodiamacreditar.Omembro
maiscultodogrupo,umprofessoruniversitá-
riolocal,comentou:“Desistidetudoecortei
todos os laços. Queimei todas as pontes e
dei minhas costas ao mundo. Eu tenho de
acreditar nisso, pois não há nenhuma outra
verdade. Vocês estão tendo seu período de
dúvida agora, mas fiquem firmes. Este é um
tempo duro, mas sabemos que os ‘caras’lá
em cima estão cuidando de nós”. Cada um
que tire suas conclusões...
Ao longo de todos esses anos de inves-
tigações de fenômenos ufológicos paranor-
mais, já escutei muitas histórias, mas só pu-
bliquei aquelas que pudesse autenticar, ou
que sentisse que preenchiam os requisitos
básicos de legitimidade. Deparei-me ainda
com rumores consistentes que desempenha-
vamumpapelativonodesdobramentototal
do mito. Tratavam-se de histórias de conta-
tos entre seres humanos e supostos visitan-
tes que viviam na Terra. Certas descrições
eramextremamentedetalhadaseenvolviam
cientistascomotestemunhas,aocontráriodo
caso acima.Algumas delas, eventualmente,
desapareceram. Há um espectro de experi-
ências que vai do contato ao seqüestro alie-
nígena – consciente ou não –, passando por
encontros próximos e casuais, exposição a
humanóides e, finalmente, presença de alie-
nígenasentrenós.Passeimuitashorascomo
casalBettyeBarneyHill[Abduzidosnanoi-
te de 19 de setembro de 1961] e tive oportu-
nidadedediscutirocasocomomédicoBen-
jamin Simon,quetratou da saúde docasal e
osubmeteuàhipnose.Habituei-metambém
comhistóriasdepessoasquemanifestavam
faculdadesparanormaisatribuindo-asauma
fonte do espaço exterior.
Novo movimento espiritual — O que me in-
teressa não é propriamente a veracidade
deste ou daquele contato – como às vezes
nos é dado provar –, mas o fato de que em
praticamente todos os países viceja uma
subcultura baseada na idéia de que a huma-
nidade tem um destino mais elevado. Em
cidadesremotasdaCalifórniaencontramos
pessoas que abandonaram completamente
a vida na metrópole – onde tinham bons
cargos e salários – porque receberam su-
postas mensagens do espaço instruindo-as
a fazer isso. Tais pessoas não são hippies,
embora experiências similares sejam fre-
qüentes entre os membros mais jovens des-
sas comunidades. As pessoas às quais me
refiro são de meia-idade e têm famílias e
empregos estáveis. Seriam considerados
“quadrados” se não fosse o fato de que suas
vidas foram mudadas por aquilo que elas
encaram como genuínas comunicações ex-
traterrestres. Elas esperam por algo do céu.
E, fato curioso, apesar do estado em que o
mundo se encontra na atualidade, parecem
perfeitamente felizes.
Poderíamos categorizá-los entre as víti-
mas da violência e do caos urbano, que pro-
curaramsossegoetranqüilidadeemcidades
do interior. Mas igualmente poderíamos re-
fletir se eles não são os precursores de um
novo movimento espiritual. Um desses ho-
mens deixou LosAngeles com sua família
depois de receber uma mensagem que ele
acredita ter vindo de Júpiter. A entidade o
instruiu a refugiar-se em um local isolado e
aviveremsemi-retiro“provendoumcentro
depaz”paraqueseprotegessedo“tumulto
intenso que estava para vir”. Hoje ele vive
com sua mulher em um pequeno vilarejo
nas montanhas e permanece no aguardo de
novasinstruções.Éumadaspessoasidosas
mais felizes que já encontrei. Não estamos
aqui lidando com escapismo, e sim com a
próxima forma de religião.
Mas por que trazer tudo isso à tona?
Porque os discos voadores, sendo eles re-
ais ou não em termos físicos, configuram
um elemento central em uma paisagem
futura já bastante problemática. Seria oti-
mismo demais predizer que vão abrandar
ou eliminar tais perigos. No entanto, não
deixa de ser interessante perguntar o que
acontecerá com nossa civilização se o pró-
ximo passo para a evolução do fenômeno
for uma radical mudança das atitudes hu-
manas em direção a poderes paranormais
e vida extraterrestre. Enquanto muitos
cientistas conservadores ainda se recu-
sam a considerar tais dados, e enquanto
muitos crentes já mergulharam em seitas
místicas supersticiosas e ocultista, parece
importante para mim que um número cres-
cente de cientistas continue a promover a
exploração de novos conceitos estudando
seriamente os fenômenos.
Jacques Vallée é francês naturalizado norte-
americano, cientista da computação, matemático e
astrônomo com ligações com a NASA. Este texto foi
extraído das obras The Invisible College [O Colégio
Invisível, Panther Books, 1977], e Messengers of
Deception [Mensageiros do Engodo, Berkeley Press,
1979], do autor. Seu e-mail é: documatica@aol.com.
Tradução de Alberto Francisco do Carmo.
Más
Alla
ARREBATAMENTO Seitas ufológicas
existem aos milhares em todo o
mundo, aguardando a chegada dos
ETs para salvarem seus integrantes
12 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
Vejamos um resumo dos efeitos sociais que a
crença em UFOs já criou ou certamente vai criar na
humanidade,sejamelesobjetosfísicosounão.Ana-
lisandocitaçõesdelivros,panfletosdeorganizações
de contatados e transcrições de entrevistas pesso-
ais que fiz com testemunhas e supostos contatados,
cheguei aos seis mais importantes deles:
Algum dia nossa sociedade pagará o preço
pela negligência da comunidade científica em re-
lação ao Fenômeno UFO. Disso já nos alertava o
pioneiroJosephAllenHynek[Foto].Enquantomais
emaistestemunhassincerasseapresentaremcom
suas histórias somente para serem sumariamente
rejeitadas por instituições militares e acadêmicas,
nasquaispensaramquepodiamconfiar,aenorme
distância que se abriu entre o público e o científico
continuará a aumentar. O público não só poderá
dar as costas a qualquer forma de ciência – e con-
siderar qualquer investimento feito nessa área um
completodesperdício–,mastambémprocurarum
substituto em misticismos, pseudociências e filo-
sofiashedonistas.Es-
semovimentorumoà
superstiçãoirásecon-
trapor ao dos cientis-
tas, que o tomarão
como evidência de
que o Fenômeno
UFO não merece ser
estudado seriamen-
te e assim o círculo
vicioso se perpetuará.
AcomeçarpelaidéiadaAtlântidaedosdeuses
astronautas, passando pelas interpretações de Ya-
vehcomoextraterrestre,aliteraturadoscontatados
está repleta de sugestões de que as grandes reali-
zaçõesdahumanidadeteriamsidoimpossíveissem
a intervenção ou providência de ETs. Deveríamos
sergratosaelespornosteremlegadoaagricultura,
o domínio do fogo, a roda e a maioria de nossas
tradiçõesreligiosas?Aqualquerumquetenhaestu-
dado um pouco
de história, tais
idéias – roman-
ticamente atra-
entes – soarão
infundadas. O
melhor e o pior
dos seres huma-
nos subsistem
em todas culturas que conhecemos. As primeiras
civilizações foram tão competentes para erguer pi-
râmides e construir canais quanto para exterminar
seusinimigos.Quatromilanossepassarameainda
incorremos no mesmo comportamento, embora
ergamos prédios, construamos canais e extermi-
nemos inimigos cientificamente.
Este é talvez o tema mais comum e recorrente
quetenhoencontradonosestudosemrelaçãoaesses
grupos.Pormeiodacrençanosdiscosvoadoresseex-
pressaumatremendaânsiaporumapazglobal.Con-
forme foi captado por
romancistas como Ar-
thurKoestler[Autorde
livroscomoOsSonâm-
bulos,OFantasmada
Máquina e Janos, fo-
to] e J. C. Newman, o
Fenômeno UFO está
focalizando a atenção
para fora da Terra. Se
isso vai se tornar um
fator de promoção para uma mudança social positi-
vaounegativa,dependerádamaneiracomqueessa
atenção focalizada for canalizada.
Oatualcontrapontoineptoeconservadorcontra
a moral decadente e o liberalismo levou muitos a re-
consideraremsuaorientaçãoespiritual.AIgrejaCatóli-
caestáemumpontocríticodesuahistória,emuitas
religiões estão com problemas. As novas religiões
enfatizamaltospadrõesedisciplinarígida.Oscredos
Asseisprincipaisconseqüênc
n A crença nos UFOs aumenta
a distância entre o público e
as instituições científicas
Jacques Vallée, Ph.D.
n A ideologia dos contatados
mina a imagem de que somos donos
de nosso próprio destino
n A atenção crescente dada
aos UFOs promove o conceito de
unificação do planeta Terra
n As seitas ufolátricas de
louvor a ETs podem se tornar a
base de novas religiões
Arquivo
UFO
Nonsiamosoli
Cortesia
Uri
Geller
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12 Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 13
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das seitas ufológicas
freqüentemente enfa-
tizam temas como a
repressão sexual, se-
gregação racial e va-
lores retrógrados que
as colocam em uma
posição de capitalizar
o crescimento de tais
movimentos conser-
vadores.Umexemplo
notório é a atenção recebida pela seita The Two [Os
Dois]–queredundaria,20anos,depoisnatragédia
daHeaven’sGate[PortãodoCéu,foto]–eosucesso
cadavezmaiordosgruposMelchizedekouMovimen-
toRaeliano.Noâmagodasatividadesdessasseitas
sectárias está a semente de movimentos religiosos
revolucionários com potencial quase ilimitado.
Enquanto a existência dos UFOs permanece
cientificamente não comprovada e sem qualquer
expectativa de
que um dia ve-
nha a ser, uma
fração crescen-
te do público
vem se conven-
cendo de que
muitos fenôme-
nos estão além
do alcance da ciência e são impossíveis de serem
desvendados racionalmente. Se essa fração se
tornar maioria, ela poderá pôr fim à confiança e
ao apoio inquestionável que a sociedade deposita
na ciência. Em vez disso, poderemos ter em breve
umsistemaintermediáriodecrenças,caracterizado
porumaféquasemísticaemcontatos,combinada
a uma adoração a toda forma de tecnologia avan-
çada. Entre os contatados, a idéia de que todas as
tentativas de controle científico devem ser postas
de lado em favor da fé cega já prevalece.
ciassociaisdoFenômenoUFO
Daafirmaçãode
que UFOs nos visita-
ram no passado até
a corrente casuísti-
ca,ésóumpequeno
passo para se dizer
que seus tripulan-
tes “conheceram as
filhas dos homens e
as acharam belas”,
como consta, em
outras palavras, na Bíblia. Depreende-se daí que
alguns de nós poderiam ter sangue celestial nas
veias, o que nos faria superiores aos demais. A
idéiade“povoeleito”évelhaeperdeuarazãoem
décadas recentes. Uma crença forte em interven-
ção extraterrestre poderia reviver esse conceito
primitivo, com grupos particulares reivindicando
privilégios peculiares àqueles que descendem de
exploradoresestelares.Jávimosquequandoasu-
postacomunicaçãocomtripulantesdeUFOstoca
em aspectos políticos cruciais, tende a enfatizar
tendências totalitárias. Claude Vorilhon, o Rael
[Foto], fundador e líder do Movimento Raeliano,
por exemplo, reporta que seres alienígenas lhe
disseram que a democracia era obsoleta. Outro
famoso contactado dos anos 70 e 80, o autor
Raymond Bernard, teria sido instruído para espe-
rar uma “reversão de velhos valores”.
Os Manipuladores — Esses seis efeitos da cren-
ça em uma intervenção extraterrestre indicam que
umaumentocrescentenocondicionamentosocial
correlacionado com o Fenômeno UFO pode levar
a mudanças complexas. Se “Os Manipuladores”,
como muitos se referem aos seres extraterrestres,
realmente existem, cumprimento-os pela sua tena-
cidade. Mas estou curioso quanto a seus objetivos.
Qualquer pessoa inteligente o suficiente para explo-
rar a expectativa do público quanto a aterrissagens
de UFOs, ou para simular uma invasão vinda do
espaço, perceberá quão vulneráveis são as insti-
tuições humanas no que refere às mudanças de
imagem em relação a nós mesmos. Não é somen-
te o contatado que é
manipulado individu-
almente, mas a ima-
gem global noincons-
ciente coletivo da hu-
manidade. Gostaria
de saber mais sobre
a imagem que tais
manipuladoresfazem
de nós em seus cora-
ções e mentes.
n Motivações irracionais
fortalecem a fé em uma aludida
intervenção extraterrestre n As filosofias contatistas
pressupõem que raças superiores
eliminariam a democracia
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“Milhõesjáforam
INVESTIGAÇÃO
14 Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 15
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em locais onde foram realizados
processos intrusivos. Não são raros
os lapsos de memória da passagem
de tempo com duração de uma hora
ou mais – durante os quais os pais
não encontraram seus filhos –, que
são indicadores comuns tanto em
crianças quanto em adultos.
Criaturas protetoras — Às vezes os
aliens são lembrados como amigáveis
colegas de brincadeiras, ou até
mesmo curandeiros. Geralmente, os
abduzidossentemqueessascriaturas
são protetoras durante a infância,
mas os contatos tornam-se mais
sérios e perturbadores na puberdade.
Entretanto, até mesmo crianças
podem sentir-se aterrorizadas com
a experiência de serem levadas em
direçãoaoespaço,contraasuavontade,
e submetidas a processos muitas
vezes dolorosos. Com freqüência, elas
revelamessescontatosaospais,maseles
dizemquenãopassaramdeumsonho.
Eventualmente,aprendemavivercom
asituaçãoeresolvemnãocontarnada
a ninguém, até que, quando adultos,
decideminvestigaresses fatos.
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mlevadosporETs”
O doutor John Mack,
professor da Universidade
de Harvard e especialista
em abduções, declarou
antes de falecer:
15
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006
O
fenômeno dos seqües-
tros por seres extrater-
restres é uma realidade
inegável,emboragrande
parcela da sociedade e
da comunidade científica ignore essa
situação quase completamente. As
chamadas abduções, ainda que não
saibamos ao certo que objetivo têm,
aumentamacadadia.Apesardealguns
abduzidosrecordaremapenasdeum
únicoincidentedramáticonasmãosde
ETs,quandoumcasoécuidadosamente
investigado, acabam por lembrar-se
de contatos que ocorreram no início
da infância ou ainda quando eram
apenas bebês. Indícios de abduções
na infância incluem a memória de
uma “presença” ou “homenzinhos”
no quarto; lembranças de uma
inexplicável luz intensa nos cômodos
da casa; a sensação de um zumbido
ou vibração durante a ocorrência;
impressãodeterflutuadopelocorredor
ou tervisto de perto de um UFO.
Também podem ocorrer sonhos
muito realistas aos abduzidos, como
o de ter sido levado para uma sala
estranha ou de estar enclausurado
John E. Mack, Ph.D.
in memoriam
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As experiências com abduções seguem
ocorrendo a famílias, às vezes até por três
gerações. Também nesses casos, a peculiar
mistura de defesas psicológicas e um con-
troleaparentedalembrançaatravésdeforças
comandadaspelosalienígenastornamdifícil
desenvolverem-se estatísticas com relação
ao número ou porcentagem de parentes en-
volvidos. Pais que eventualmente viram de
pertoumUFO,ouatémesmotiveramenvol-
vimento com abduções, geralmente negam
suas próprias experiências – e até mesmo
as dos filhos –, não querendo ser lembra-
dosdeseusprópriostraumascomaabdução.
Às vezes, crianças revelam ter visto um dos
pais na nave, mas ao confrontá-lo com essa
experiência,oprogenitorpodenãorecordar
tersidoabduzido.Oupodeocorreroinverso:
um pai ou irmão mais velho pode lembrar
que foi abduzido e se sentir profundamen-
te perturbado com o fato de não conseguir
proteger o filho ou irmão do mesmo tipo de
situação.Ou,aocontrário,umacriançapode
se ressentir com o fato de um pai ou irmão
não tê-la protegido da ação de ETs.
Abduções recorrentes — Apesar da possibi-
lidade de abdução ser recorrente por toda
a vida da vítima, o padrão e a exatidão des-
ses contatos não são claros, ainda. Alguns
abduzidos acreditam que ocorrem em mo-
mentosdeestressemotivadoporumarecep-
tividadeespecífica.Anaturezaimprevisível
de sua ocorrência é um dos aspectos mais
angustiantes do fenômeno, tanto para os
pesquisadores quanto para as testemunhas.
Há outros sintomas ligados à associação
inconscientecomelementosespecíficosde
experiênciasdessegênero.Elespodemindi-
carumpossívelhistóricodeabduções,mas
nãosãodefinitivos.Incluemumasensação
geral de vulnerabilidade, principalmente
à noite, o medo de hospitais – ligado aos
procedimentos de intervenção realizados
nas naves – e medo de voar, de elevadores,
de animais, de insetos e de contatos sexu-
ais. Determinados sons, odores, imagens
ou atividades, que são perturbadoras sem
motivo aparente, podem posteriormente
mostrar-se correlacionados à abdução. In-
sônia, medo do escuro e de ficar sozinho à
noite, dormir com a luz acesa, pesadelos e
sonhos nos quais o indivíduo encontra-se
emestranhasnavesouenclausurado...tudo
isso é comum entre os abduzidos.
Sangramentos inexplicáveis do nariz,
ouvido ou reto podem ter um significado
se associados a fenômenos de abdução. Irri-
taçõesnapele,cortes,furosououtraslesões
podem surgir da noite para o dia. Outros
sintomassãodoresnossinosnasais,queixas
urológicasouginecológicas,alémdedificul-
dade urinária durante a gravidez e sintomas
gastrointestinais persistentes. A investiga-
ção de casos de raptos cons-
titui um desafio ao estudio-
so, já que a maior parte das
informações obtidas não se
encaixa nas noções correntes
da realidade. A tentação que
temos é a de aceitar algumas
experiências–principalmente
as que parecem fazer algum
sentido dentro do nosso para-
digma espaço-temporal –, e
rejeitar outras que parecem
absurdas e distantes do pon-
to de vista físico. Mas essas
discriminações não são sen-
satas nem úteis à pesquisa do
fenômeno. Pois todo ele é tão
bizarro, do ponto de vista on-
tológicoocidental,queaceitar
algumas experiências e rejei-
tar outras, por sua estranheza,
parece ilógico.Além do mais,
isso poderia limitar prematu-
ramente o objetivo do estudo
de um fenômeno sobre o qual
poucoconhecemos.Ocritério
aqui utilizado parte da premissa de que o
relato foi comunicado pelo abduzido ao es-
tudioso com sinceridade e forte sentimento
com relação ao que foi narrado. Isso não
significa que o que a vítima descreveu ocor-
reu literalmente em nosso mundo físico. É
importante distinguir três tipos ou níveis de
informação quanto às abduções.
Oprimeiroéoquesepoderiachamarde
nívelfísicoaparente,queserefereafenôme-
nos como o contato visual ou a localização
de naves através de radar, de luz e sons ou
partesdesoloschamuscados.Osefeitosnos
seres humanos vão desde a gravidez inter-
rompida e lesões na superfície, a implantes
deixados no corpos dos abduzidos após as
experiências. Trata-se de fenômenos que
parecem ocorrer dentro dos limites do uni-
verso físico familiar à ciência, e que podem
serestudadosatravésdemétodosempíricos.
A Ufologia preocupava-se principalmente
com a observação direta até a descoberta
da síndrome da abdução.
Criação de fetos híbridos — Em segundo lu-
garvêmosfenômenosquetalvezpudessem
ser entendidos dentro dos limites do nosso
universo espaço-temporal, se tivéssemos
conhecimento científico-tecnológico e ha-
bilidade para isso. Seriam os que sugerem
tecnologias milhares de anos à nossa frente,
por parte das civilizações que nos visitam.
Essesfatosnãosão,pelomenosteoricamen-
te,discrepantesdealgumasramificaçõesdas
leis físicas estabelecidas pela ciência. Nesta
categoriaseincluemcomoasnaveschegam
até aqui, como os alienígenas fazem as pes-
soas flutuarem através de portas, janelas e
paredes, o “desligamento” da memória e da
consciência dos abduzidos e outras formas
de controle da mente. Também estão nes-
ta categoria a criação de fetos híbridos e a
encenação de imagens convincentemente
nítidas de paisagens vistas pelos abduzidos
como se fossem reais.
E há também, finalmente, as experiên-
ciasnarradasporabduzidosparaasquaisnão
conseguimos conceber explicação qualquer
dentro dos limites de nossa física. Incluem
o parente domínio das viagens mentais rea-
lizadas pelos ETs e, às vezes, pelas próprias
“Os alienígenas
acompanham o processo
de crescimento da pessoa.
Geralmente, iniciam a
fase de raptos quando
o indivíduo é criança, às
vezes um simples bebê,
e seguem fazendo suas
experimentações durante
a infância, puberdade e
até quando suas vítimas
tornam-se adultos. O ciclo
nunca se encerra
”
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vítimas, a sensação de que os acontecimen-
tos relacionados ao rapto não se deram em
nossoespaço-tempoeapercepçãodeoutras
vastasrealidadesaindainexplicáveisparanós.
Também inclui a profunda sensação, para o
abduzido, de retornar à fonte da Criação ou
do que alguns chamam de “consciência cós-
mica”, uma experiência de uma dupla iden-
tidade humana-alienígena. Isto é, os rapta-
dos tendo a sensação de que são de origem
alienígena,associamosentimentodereviver
vidas passadas, incluindo os grandes ciclos
do nascimento e da morte.
Comosenãofosseobastante,osextrater-
restresparecemmudardeforma,geralmente
aparecendoaprincípiocomoanimaisparaos
seqüestrados,enquantoqueasprópriasnaves
podemserdisfarçadascomohelicópteros,por
exemplo.Asemelhançacomespíritosanimais
também ocorre com freqüência em casos de
abduçãoeébastanteconvincenteparamuitos
dosabduzidos.Essesfenômenosnãopodem
serentendidosdentrodaestruturadeleisdaci-
ência,emborasejambastanteconsistentesem
relaçãoàscrençasdesenvolvidashámilhares
deanosporoutrasculturasnãoocidentais.Há
ocorrênciasdetestemunhosindependentesde
abduções,masestessãorelativamenterarose
denaturezalimitada.Assimcomo,emmuitos
aspectos do fenômeno, a evidência pode ser
convincente, mas, ao mesmo tempo, sutil-
mente incômoda e difícil de ser corroborada
com a quantidade de dados de sustentação
requeridos para uma prova.
Maridos e mulheres, por exemplo, cos-
tumam ser “desligados” enquanto um dos
cônjuges é seqüestrado por ETs, e dormem
duranteoevento.Oabduzido,àsvezes,sen-
te-se bastante frustrado quan-
doseusgritosnãoconseguem
acordar o parceiro adorme-
cido, que pode se encontrar
em um estado de consciên-
cia mais profundo do que o
sonho, aparentemente como
se estivesse morto. O pesqui-
sador Budd Hopkins docu-
mentou um caso, agora am-
plamente discutido, no qual
uma mulher relatou que, da
PontedoBrooklyn,emNova
York, viu Linda Cortile, sua
paciente, ser levada por se-
res alienígenas, do 12o
andar
de seu apartamento até uma
nave estacionada no céu. Es-
ta,emseguida,mergulhouno
rio. Tais observações corres-
pondem exatamente ao que
a senhora Cortile contou a
Hopkins sobre sua abdução,
em 1989. Este é o único ca-
sodocumentadonoqualuma
pessoa, que não foi abduzi-
da,reveloutertestemunhadoumseqüestro
alienígena que realmente ocorreu.
Ao que parece, as testemunhas são os
própriosabduzidosenvolvidos,quelevantam
questõessobreaobjetividadedoobservador.
Às vezes, de acordo com as narrativas rece-
bidas, a ausência do abduzido durante meia
hora ou mais pode ser notada por membros
da família ou outras pessoas. Ou, mais rara-
mente, durante dias, como no famoso caso
de Travis Walton, ocorrido em 1978. Mas
nesteeemoutrosseqüestros,ninguémosviu
serem levados a uma espaçonave, e não há
provas seguras de que a abdução foi a cau-
sa da ausência. Há
ainda o exemplo da
filhadeoitoanosde
uma de minhas pa-
cientes,quetambém
já me havia revela-
doexperiênciascom
abdução. Ao procu-
rar por sua mãe, a
menina percebeu
que ela não estava
no quarto durante a
noite.Amãerelatou
quetiveraumaexpe-
riênciacomabdução
justamentenoperío-
doemqueafilhalhe
revelou ter sumido.
Pela manhã, a meni-
na disse à mãe: “O
papai estava lá, a
coberta do seu la-
do da cama estava
dobrada, mas você
tinha sumido”. Outra paciente narrou a ab-
dução de uma colega de quarto, no dormi-
tório da escola. Disse ter visto a amiga vol-
tar e atravessar a porta pela qual foi levada.
Quando os seres devolveram-na, a paciente
observou que “a cabeça dela estava caída
para o lado, e os cabelos também. Pensei
que estivesse morta”.
Ambiente estéril e frio — No entanto, tempos
maistarde,elaprópriapassouporumaabdu-
çãoe,portanto,suacredibilidadecomoteste-
munhaindependentepoderiaserquestionada.
Aobservação independente de um UFO nas
proximidades onde uma pessoa revelou ter
sofrido uma abdução é outro tipo de prova
corroborativa, principalmente quando o se-
qüestrado não chega a ver a nave. Às vezes,
indivíduos narram ter sido levados para o
interior de uma nave através do bojo ou de
portaisovaisaolongodeseucontorno,embo-
rageralmentenãoserecordemdomomento
exato de seu ingresso ao veículo. Lá podem,
aprincípio,notarqueestãoemumapequena
sala escura, uma espécie de vestíbulo. Mas
logo são levados para um ou mais aposen-
tosmaiores.Estessãoclaros,iluminadospor
fontesdeluzesindiretas.Asparedeseostetos
são curvos e geralmente brancos, embora o
chão possa parecer escuro.
Dentro de naves, computadores e outros
equipamentos encontram-se alinhados ao la-
do dos aposentos, que podem ter balcões e
vários níveis e nichos. Os instrumentos não
sãonadaparecidoscomosnossos.Amobília
épouca,limitadageralmenteapoltronascom
encaixesparaocorpoemesascomapenasum
suporte.Oambienteégeralmenteestérilefrio,
mecânico e parecido com o de um hospital,
excetoquandoocorremalgunstiposdeações
mais complexas.
Dentro das naves,
os abduzidos geral-
mente observam a
tripulação ocupada
com a execução de
tarefas, monitora-
çãodaaparelhagem,
manipulação dos
procedimentos da
abdução etc. Os se-
res descritos são de
vários tipos. Apa-
recem como entes
luminosos altos ou
baixos, que podem
ser transluzentes ou
pelo menos não só-
lidos,comaparência
derépteis.Assimco-
mo há seres loiros e
com semblante hu-
mano nórdico. Às
vezes são observa-
EXPERTOespecialistaemabduçõesBuddHopkins,
que investigou mais de 4 mil casos e inspirou
cientistascomoopróprioJohnMackaingressar
na pesquisa das abduções alienígenas
Arquivo
UFO
Arquivo
UFO
CREDIBILIDADE Os casos de
abdução mais confiáveis são
aqueles em que testemunhas
independentes observam a nave
dos raptores durante o ato
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dos ajudantes terráqueos
trabalhando junto a hu-
manóides. Todavia, de
longe, as entidades mais
comuns são os pequenos
grays [cinzas], com um
metro ou um pouco mais
de altura. Estes humanói-
dessãoprincipalmentede
duas espécies. Há os cha-
mados “zangões”, que
são operários menores
em forma de insetos, que
semovemousedesligam
como robôs, surgem mui-
tas vezes do lado de fora
ou no interior das naves
eexecutamváriastarefas
específicas. E há um lí-
der mais alto, o chama-
do“doutor”,comoosabduzidoscostumam
referir-se a ele. Seres que se assemelham a
enfermeiraseoutroscomfunçõesespeciais
também são comumente observados.
Olídergeralmenteémacho,emboratam-
bém existam líderes fêmeas.Adiferença de
gêneros não é claramente determinada pela
anatomia dos seres, mas por uma sensação
intuitivaaqualosseqüestradosencontramdi-
ficuldadeemverbalizar.Osgraysregistrados
têm cabeça grande, em forma de pêra, com
umaprotuberâncianapartedetrás.Possuem
braçoscompridoscomtrêsou4longosdedos,
tronco fino e pernas espichadas. Não foram
vistasgenitáliasexternas,comrarasexceções.
Os seres observados não têm pêlos nem ore-
lhas,possuemnarinasrudimentareseumfino
traço como boca, que raramente se abre ou
expressa emoção. De longe, a característica
que mais se destaca são os enormes olhos
negros, que se curvam para cima.
Controledavidadosabduzidos—Nãoparecem
terpupilas,apesarde,ocasionalmente,serem
comparados a uma espécie de “olho dentro
do olho”, como se a parte preta externa fos-
se uma espécie de óculos. Os olhos dos ETs
têmumpoderdominador,eosabduzidosem
geralsentemmedodefitá-los.Osabdutores
também costumam vestir uma espécie de
túnicajustainteiriça,levementeadornada,e
botas. Menciona-se também, com freqüên-
cia, o uso de uma espécie de capuz. O líder,
segundorevelamosabduzidos,éumpouco
mais alto – talvez, no máximo, com 1,20 ou
1,50 m – e seus traços são semelhantes aos
danave.Aatitudedosabduzidosemrelação
ao líder dentro do UFO é geralmente ambi-
valente. Costumam reconhecer a existência
deste ente em suas vidas e mantêm uma es-
treitaligaçãocomele,experimentandouma
forterelaçãoqueseassemelhaaoamor,que
até mesmo pode ser recíproca. Ao mesmo
tempo,ressentem-sedocontrolequeeletem
exercido em suas vidas.Acomunicação en-
tre aliens e humanos é telepática, sem que
seja necessário o aprendizado de uma lín-
gua comum. Os procedimentos que ocor-
rem no interior das naves são descritos em
detalhes na literatura sobre raptos. Podem
ser classificadas em dois tipos: físicos e in-
formativos. O seqüestrado quase sempre é
despido e forçado – nu ou vestindo apenas
uma roupa simples, como uma camiseta –
a deitar-se sobre uma mesa com encaixes
para o corpo, onde ocorre a maioria das
operações. O protagonista pode ser o único
a submeter-se ao processo durante uma ab-
duçãoemparticular,ouverum,doisoumais
humanos em semelhante situação.
As criaturas abdutoras parecem estudar
interminavelmente seus prisioneiros, exa-
minando-oscomintensidade,emgeralcom
seus enormes olhos bem
próximos da cabeça dos
humanos. Os abduzidos
podem ter a sensação de
que o conteúdo de suas
mentes está sendo revela-
doouabsorvidopelosETs,
como se fosse um escane-
amento do cérebro. Pele,
cabelo e outras amostras
do interior do corpo das
vítimas são retiradas com
a utilização de vários ins-
trumentos, descritos deta-
lhadamente depois da ex-
periência,poissãousados
para penetrar em todas as
partesdocorpodapessoa.
Foram relatados proces-
sos exaustivos, como se
fossem uma cirurgia, executados no inte-
riordacabeçadosabduzidos,queacreditam
terem alterado seus sistemas nervosos. O
procedimento mais comum e mais importan-
te envolve o sistema reprodutor. Instrumen-
tos que penetram o abdome, ou através dos
órgãos genitais, são usados para retirada de
amostrasdeespermadehomensepararemo-
ver ou fertilizar óvulos de mulheres.
Extinção das emoções — Mulheres abduzi-
das revelaram terem sido engravidadas pe-
los seres alienígenas e, posteriormente, ter
seus fetos – híbridos ou não – removidos.
Muitasvezes,alegamquevêemospequenos
embriões serem colocados em recipientes
de vidro no interior da nave, e que durante
abduções subseqüentes viram incubadoras
nas quais os bebês eram criados de maneira
artificial.Algumasmulhereschegaramaver
criançashíbridasmaisvelhas,adolescentese
até adultos, que seriam seus filhos, segundo
informaçãodadapelosalienígenasouporque,
intuitivamente, sabiam serem seus rebentos.
Às vezes, os ETs tentam fazer com que as
mães humanas segurem e amamentem es-
sas criaturas, que em geral são indiferentes
ao toque dos seios, ou estimulam as crian-
ças humanas a brincarem com as híbridas.A
princípio, tudo isso perturba profundamen-
te o abduzido. Seu terror, contudo, pode ser
amenizado de alguma forma com a garantia
dada pelos alienígenas de que não serão ma-
chucados,eatravésdemétodosdereduçãoda
ansiedadeoualgumtipodeanestesiaqueeles
usam. Estes métodos incluem instrumentos
queafetama“energia”ouas“vibrações”do
corpo,sendoosprópriosabduzidos,reduzin-
do em grande parte o medo ou a dor sentida
pelas vítimas, levando-as até a estados de
considerável relaxamento.
No entanto, há casos em que tais técni-
cas para aliviar o medo e a dor dos abdu-
zidos falham completamente, e o terror e
“Nossos visitantes
extraterrestres parecem
mudar de forma,
geralmente aparecendo
a princípio para os
seqüestrados como
animais, enquanto que
as próprias naves
podem ser disfarçadas
como helicópteros,
por exemplo
”
MATERNIDADE Cena do Intruders em que uma
abduzidaobservaagestaçãoartificialdefetos
híbridosremovidosdemulheresraptadaseen-
gravidadas em seqüestros anteriores
Intruders
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 19
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a raiva são produzidos pelos mesmos apa-
relhosusadosparaaextinçãodasemoções.
Em várias ocorrências, o conteúdo trau-
mático da abdução, semelhante ao de um
estupro,podeiralterando-se,àmedidaque
os abduzidos forem atingido novos níveis
decompreensãodoqueestáocorrendo,ou
na medida em que o relacionamento de-
les com os alienígenas for se modificando
durante o curso dos trabalhos. Em suma,
o aspecto puramente físico ou biológico
do fenômeno do seqüestro extraterrestre
parece ter alguma espécie de engenharia
genética, com o propósito de criar uma
prole híbrida humano-alienígena. Não
temos provas, ainda, de que exista uma
alteração genética induzida por aliens, no
estrito senso biológico, embora seja pos-
sível que tal fato tenha ocorrido.
Há um outro aspecto importante rela-
cionado à abdução, que tem a ver com o
fornecimentodeinformaçõesàsvítimasea
alteraçãodesuasconsciências.Nãosetrata
apenasdeumprocessopuramentecognitivo,
mas que atinge profundamente a vida emo-
cional e espiritual, transformando radical-
mente a percepção que têm delas mesmas,
do mundo, dos seus semelhantes e de seu
lugar na Terra. As informações recebidas
referem-se ao destino do planeta e nossa
responsabilidade pela destruição da nature-
za.Sãotransmitidasporprocessotelepático
e através de fortes imagens mostradas em
telas de monitores dentro das naves, seme-
lhantesàtelevisãodeplasma.CenasdaTerra
devastadaporumholocaustonuclear,vastos
panoramas de águas e paisagens poluídas e
sem vida, imagens apocalípticas de gigan-
tescos terremotos, incêndios, enchentes e
até mesmo fendas no próprio planeta são
mostradas pelos alienígenas.
Evolução da vida — As cenas são profun-
damente chocantes para os raptados, que
as tomam como uma sombria previsão de
nosso futuro. A alguns deles são dadas ta-
refas para o holocausto futuro, como a de
alimentar os sobreviventes, ou são infor-
mados de que alguns perecerão enquanto
outros serão levados para outro lugar, a
fim de participar da evolução da vida no
universo. Certos pesquisadores de abdu-
ção acreditam que essas imagens não são
mostradas com o propósito de alterar o cur-
so da história do planeta de uma maneira
positiva. Ao contrário, sustentam, que os
ETs estariam estudando as reações dos ab-
duzidos e levando-os a acreditar que estão
preocupados com nosso destino, porque se
preparam para dominar a Terra, uma vez
que eles mesmos foram destruídos por um
apocalipse científico e tecnológico similar
ao que poderia nos atingir. É uma tese. Ou-
tros argumentam ainda que, se os alieníge-
pela nave parece servir como uma fonte de
energiaparatransportá-lodolocalondeestava
até o veículo, que se encontra à espera dele.
Quase sempre é acompanhado por um ou
mais humanóides que o guiam até a nave.
Nesse ponto, o abduzido descobre que foi
dominado ou paralisado por algo como um
toque de mão ou por um instrumento mane-
jadopelosseres.Avítimaconseguemovera
cabeçaegeralmentepodeveroqueestáse
passando,apesardefreqüentementefechar
os olhos, numa tentativa de negar ou evitar
a realidade que está vivendo.
Sensaçãovital—Oterrorassociadoàimpotên-
cia mescla-se com a natureza apavorante das
experiências de seqüestro alienígena. Quando
elassedãonoquarto,avítimapodeinicialmente
não ver a nave, que é a fonte de luminosida-
de e se encontra do lado de fora da casa. De
tamanhos variados, os UFOs emanam fortes
luzes de cores brancas, azul, alaranjados ou
vermelha,desuaparteinferioredasaberturas
laterais,quecontornamsuabordaexteriorcom
aformadeescotilhas.Osabduzidospodemser
levados apenas a este objeto voador ou, atra-
vés dele, a um maior e mais distante do solo,
considerado uma nave-mãe.
Em raras ocasiões, são levados direta-
mente para o alto, para a nave maior, e vêem
sua casa ou o chão embaixo diminuindo ve-
lozmente.Normalmente,reagemnessaeem
ocasiões posteriores na tentativa de deter a
experiência, mas isso de nada adianta, a não
ser para dar ao paciente uma sensação vital
de que ele não é apenas uma vítima passiva.
Entretanto,hápequenasvariaçõessobreoque
é vivido durante essa fase da abdução.
Q
uase unanimemente, os contatos que
levam à abdução começam nos lares
ouemautomóveisemandamento.Em
alguns casos raros, o abduzido pode estar ca-
minhandopelaruaquandoélevado.Oprimeiro
indicativodequeestáparaocorrerestefenôme-
nopodeserumainexplicávelluzazuloubranca
que inunda o ambiente em que está a vítima,
acompanhado de um estranho zunido. Os se-
qüestradosrelatamsentirapreensão,sensação
de uma “estranha presença” ou até mesmo o
avistamentodiretodeumoumaishumanóides,
Além, é claro, da própria nave.
Durante a noite, quando são mais co-
muns, as abduções se dão nas primeiras ho-
ras da manhã, e o abduzido pode a princípio
achar que se trata de um sonho. Mas um
cuidadoso interrogatório feito pelo estudioso
revelará que o protagonista não estava dor-
mindo e que a experiência teve início em um
estado consciente, após ter acordado. Ao co-
meçar o processo, a vítima pode sentir uma
sutil mudança de consciência, ficando mais
perceptívelaoquesepassaaoredor.Àsvezes,
háummomentodechoqueetristezaquando
o seqüestrado descobre, na entrevista ou du-
ranteumasessãodehipnose,queaquiloque
pensavaserumsonhoeofaziasentir-semais
confortávelfoi,naverdade,umaexperiênciabi-
zarraeapavorantedeabduçãoalienígena,que
lembra ter acontecido, mas para a qual não
tem explicação. Após o contato inicial, o ab-
duzidonormalmenteflutuaemdireçãoànave,
às vezes pelo corredor, através de paredes, ja-
nelasouotetodocarro.Emgeral,espanta-se
ao descobrir que atravessou um objeto sólido,
sentindoapenasumalevesensaçãovibratória.
Na maioria dos casos, um raio de luz emitido
Os mecanismos de uma
abdução alienígena
John Mack, in memoriam
Intruders
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nas estivessem realmente interessados em
nosso bem-estar, teriam se manifestado de
maneira mais decisiva e interviriam direta-
mente em nossos assuntos.
Transformaçãodeconsciência —As testemu-
nhas de abdução relatam que os próprios
ocupantesdosUFOs,seusraptores,quando
confrontados com este assunto, dizem que
nãoestavamprontosparaarevelaçãodesua
existência e que os trataríamos agressiva-
mente, por isso não se revelam. Alguns se-
qüestradosinformamqueosextraterrestres
nãoqueremmudaremnossaespécieatravés
da coerção, mas sim através de uma trans-
formação de consciência que nos levaria a
escolher um curso diferente. Bem quando
os processos envolvidos nas abduções che-
gam ao final, com toda a rotina exposta aci-
ma,éhoradasvítimasseremdevolvidasao
seuhabitat.Masosabduzidosnormalmente
têm menos detalhes de seu retorno à Terra
doquedaprópriaexperiênciaabdutiva.Em
geral,elessãotrazidosdevoltaparaacama
ou o carro de onde foram levados, porém
às vezes são cometidos enganos pelos ETs,
que podem devolvê-los longe e, até mes-
mo a quilômetros de distância. Mas isso é
muito raro. Pequenos equívocos são mais
comuns, como pousar o abduzido virado
para o lado errado da cama, com seu pi-
jama abotoado ao contrário ou do avesso,
ou faltando alguma peça do vestuário ou
jóias. O ufólogo Budd Hopkins revela
um caso ocorrido em 1992, no qual duas
pessoas foram devolvidos para os carros
errados. Ao se cruzarem na estrada, os
motoristas reconheceram o carro um do
outro. Eles foram então “reabduzidos” e
devolvidos aos veículos certos.
Apósoseqüestro,avítimapodetervários
grausdememóriasobresuaexperiência.Às
vezes, o que aconteceu será lembrado como
um sonho. Em geral, fica exausta e sente co-
mo se tivesse passado por uma experiência
estressante. O fenômeno físico que acom-
panha as abduções é importante, mas ganha
significadoprimordialàmedidaquecorrobo-
ra as próprias experiências das vítimas, pois
os efeitos tendem a ser sutis e por si só não
convenceriamumclínicoconvencional.Por
exemplo,emboraastestemunhastenhamcer-
teza de que os cortes, cicatrizes e pequenas
ulcerações recentes surgiram em seus orga-
nismos após experiências relacionadas aos
procedimentos executados na nave, essas le-
sõessãoemgeralbastantetriviaisparaterem
um significado médico. Similarmente, mui-
tasmulheresforamengravidadaseoproduto
da gravidez, removido durante o seqüestro
alienígena, mas não há ainda um caso no
qual o médico tenha documentado que um
feto tenha desaparecido como resultado de
um seqüestro por seres extraterrestres.
Muitos também notam que aparelhos
elétricos ou eletrônicos de sua casa dão de-
feitoporcausadaabduçãoquesofreram,ou
simplesmente quando encontram-se pró-
ximos dos mesmos. É como se portassem
algum tipo de magnetismo ou eletricidade.
Mas é quase impossível se provar que tais
distúrbios estejam relacionados a esses fa-
tos, ou mesmo que ocorreram. Os abduzi-
dos freqüentemente se convencem de que
algum tipo de aparelho ou chip foi implan-
tado em seus corpos, sobretudo na cabeça,
a fim de que os aliens possam rastreá-los
oumonitorá-los.Essessupostosimplantes
podem ser sentidos como pequenos nódu-
los sob a pele, e em vários casos minúscu-
los objetos são recuperados e analisados
bioquimicamente e através de microscó-
pios eletrônicos. Um dos mais experien-
tes cirurgiões a realizar tais extrações é o
doutor Roger Leir, da Califórnia [Autor
de Implantes Alienígenas, código LIV-011
dacoleçãoBibliotecaUFO.Vejanaseção
Shopping UFO desta edição].
A natureza dos implantes — Os experts em
abduções,entretanto,aindanãoencontraram
provasdequeosimplantesretiradosdoscor-
pos de abduzidos sejam compostos de ele-
mentosrarosoucombinadosdemaneirainu-
sitada,incomunsouinexistentesna
Terra. Engenheiros químicos e ou-
trosespecialistasemtecnologiade
materiais que os analisaram infor-
maramqueseriadifícilsefazerum
diagnósticopositivodanaturezade
qualquer substância desconhecida
nestesartefatos,semhavermaiores
informaçõessobresuasorigens.Na
melhor das hipóteses, seria quase
impossível atestar se uma substân-
cianãoédeorigemterrestreoubio-
lógicahumana.Casoessesobjetos
tivessem mesmo sido deixados no
corpo humano por ETs, não seria
difícil adaptá-los, combinando-os
com o próprio sistema químico do
corpo. Assim, as análises não de-
tectariamnadaincomum.Comoéo
caso de várias pessoas que sentem
nitidamentenódulosemseucorpo,
após uma abdução, os quais não
estavamláanteriormente.Quando
os seqüestrados se submetem à ex-
tração cirúrgica, o laboratório e os
médicosnãoencontramnadadees-
tranhonotecido.Houveumaconsi-
derável empolgação entre os espe-
cialistas quando foi descoberto o
primeiro implante.Ali, finalmen-
te, estaria uma prova física con-
creta da realidade das abduções,
umobjetoverdadeirorecuperado
de um mundo alienígena.
Entretanto, o fato de que o fenômeno
se revela dessa forma não é muito anima-
dorparaosestudiosos,maséodesafioque
eles têm à mão. Esperar por uma compro-
vação do assunto com parâmetros, diga-
mos, científicos, aliás, pode até ser uma
espéciedeerrodapartedosestudiosos,que
pressupõem que o Fenômeno UFO – e o
das abduções em especial – se manifesta
dentro de padrões lógicos. Isso não ocor-
re. Em outras palavras, talvez seja errado
torcer para que um fenômeno cuja própria
natureza é sutil – e um de seus objetivos
pode ser ampliar e expandir nossos meios
de conhecimento – descortine seus segre-
dos para uma metodologia que opera em
um nível inferior de consciência, como a
humana. Por causa da relativa fragilidade
dasdescobertasfísicas,apesardegenuínas,
uma pesada carga de provas da realidade
do fenômeno da abdução cai sobre as ex-
periênciasvividasoutestemunhadaspelos
próprios abduzidos, que já são chamados
em certos círculos como “experienciado-
res”. Uma teoria que pode começar a ex-
plicar a natureza dos seqüestros terá que
contarcomcincodimensõesbásicas.Apri-
meira é o alto grau de consistência dos de-
talhadosrelatosdeabdução,narradoscom
a emoção apropriada pelas vítimas. Isso
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 21
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incluiaausênciadedoençapsiquiátricaou
outros fatores psicológicos e emocionais
nos abduzidos, aos quais pudesse ser cre-
ditado o que está sendo narrado.
Eterna sensação de isolamento — Também
temos as transformações físicas que afetam
oscorposdosseqüestrados,quenãoapresen-
tamnenhumpadrãopsicodinâmicoevidente.
Outro fator importante é a associação com
avistamentosdeUFOs,independentemente
por outras pessoas, enquanto ocorrem os se-
qüestros.Alémdosrelatosfeitosporcrianças
comdoise3anosdeidade,quedificilmente
podem ser forjados. É desnecessário dizer
que as abduções afetam profundamente
quem as vivencia. Seus efeitos são trau-
máticos e perturbadores, mas também po-
dem ser transformadores, levando a uma
significativa mudança pessoal e progresso
espiritual. Se esses elementos são intrín-
secos a esse fenômeno, em parte por cau-
sa do trabalho terapêutico integrado feito
pelo pesquisador, ou se é um subproduto
do acordo com relação à natureza das ex-
periências, é uma questão a ser explorada.
Já o aspecto traumático das abduções tem
algumas dimensões a serem consideradas.
Aprimeirasãoasprópriasexperiências.Ser
paralisado e levado contra sua vontade por
seresestranhosparaumanaveesubmetidoa
processos intrusivos – alguns dos quais são
especialmente humilhantes para a pessoa –,
obviamenteébastanteperturbador.Emvista
disso,ésurpreendentequeaspessoasquesão
raptadas,emgeral,nãosejammaisabaladas
emocionalmente do que são.
Aindaquantoàteoriaquetentaexplicara
naturezadosseqüestros,asegundadimensão
básicas é o fato de que os abduzidos sofrem
uma eterna sensação de isolamento, estra-
nhandoaspessoasqueocercam.Lembrando
conscientemente muitos elementos de suas
experiências,asvítimassentemque
sãodealgumaformadiferentesdos
outros, que não pertencem a essa
sociedade. Quando é uma criança,
dizem-lhe que os eventos relacio-
nadosàsuaabduçãosãoumsonho,
oumesmoqueelaestavamentindo.
Éporissoqueelaaprendeamanter
taisassuntosparasimesma,evitan-
docomentá-loscomoutros,mesmo
quandovoltamaserepetir.Quando
o abduzido é adulto, este não fa-
la sobre suas experiências, exceto
emcondiçõesemqueháconfiança,
poissabequeseráencaradocomce-
ticismoecomfalsasinterpretações,
quando não com escárnio.
A terceira dimensão que se
deve levar em consideração é a
de que os raptados vivenciam o
chamado“choqueontológico”ao
se aprofundarem na realidade de
seus contatos. Eles, como todos
nós, foram criados sob a crença
de que os habitantes da Terra es-
tão sozinhos no universo, e que
simplesmente não é possível se-
res inteligentes entrarem em nos-
so mundo sem usar as avançadas
formas de nossa tecnologia e obedecer as
leis da nossa física. Assim, os abduzidos
tendem a persistir na esperança de que se-
rá encontrada uma explicação psicológi-
ca para suas experiências, mesmo quando
dizem que o que aconteceu com eles foi
verdadeiro. E por fim – quinta dimensão
–, os traumas relacionados com os seqües-
tros alienígenas são incomuns, uma vez
que podem repetir-se a qualquer momen-
to. São imprevisíveis e sua recorrência na
vida de uma pessoa não segue qualquer
padrão pré-estabelecido. Pais abduzidos
geralmente procuram primeiro investigar
suas próprias experiências, ao descobri-
rem que um ou mais de seus filhos estão
vivendo uma situação parecida com a que
passaram. A descoberta de que não con-
seguem cumprir suas responsabilidades
protetoras,comoprogenitores,rompeseus
credos e os motiva ao confronto com suas
próprias experiências soterradas, na tenta-
tiva de serem mais úteis aos filhos.
Distúrbios de função sexual —Além dos efei-
tostraumáticosespecíficosdeumaabdução
alienígena a longo prazo, a vítima também
pode sofrer de uma infinidade de sintomas
sutis. Eles incluem vários temores, como
os de hospital e seringas, além de sintomas
como dor de cabeça, problemas gastroin-
testinais, urológicos ou ginecológicos, e até
distúrbiosdefunçãosexual.Édecertaforma
irônico, em vista dessas seqüelas patológi-
cas, que muitos abduzidos tenham experi-
mentadooutestemunhadoacuradeestados
quevãodesdeumsimplesferimentoàpneu-
moniaouleucemiainfantil.Eéinteressante
quenemtodostenhamvividoostraumáticos
procedimentosintrusivosquecaracterizamo
fenômeno. Talvez não se trate simplesmen-
te de uma questão de resistência ou recusa.
Algumas pessoas parecem ser selecionadas
para serem instruídas por seus raptores, ou
atémesmoesclarecidas,emumaespéciede
reprogramação por seres geralmente delica-
dosou“luminosos”,comoostratammuitas
das vítimas. Talvez essas pessoas, que pa-
recem possuir uma espiritual qualidade de
liderança, tenham uma percepção diferente,
sejam mais temerosas ou mais dispostas a
perder o controle e agir movidas pelo seu
terror do que outros abduzidos.
Umhistóricodeabduçõesnavidadeuma
pessoa pode causar grande tensão em uma
relaçãoíntima,matrimonialoudeoutraespé-
cie. Isso ocorre em especial quando um dos
cônjuges é um raptado e o outro não, e este
não consegue aceitar a realidade das expe-
riências do companheiro. Relacionamentos
também são rompidos quando um dos dois
consegue um desenvolvimento pessoal sig-
nificativo – direta ou indiretamente resulta-
do de suas experiências –, deixando o par-
“Os abduzidos
freqüentemente se
convencem de que algum
tipo de aparelho ou chip
foi implantado em seus
corpos, sobretudo na
cabeça, a fim de que
os alienígenas possam
rastreá-los
”
EXPERIMENTOSOsraptoresgeralmente
coletamsêmendehomensabduzidose
óvulosdemulheresraptadas,certamen-
te para experiências genéticas
Imagens
Alberto
Romero
22 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
ceiroparatrás.Sobreestaquestão,devemos
dar maior atenção aos aspectos do progres-
so transformacional e espiritual envolvidos
no fenômeno tratado.Visto que esse lado da
manifestação tem sido negligenciado ou en-
carado como incompatível com a dimensão
traumática vivida pelas vítimas.Além disso,
essa área tão pouco pesquisada possui um
considerávelsignificado–nãoestáclaropor
queacontecemasabduções,masamaiorpar-
tedenossospacientesparecesentirliberdade
para nos dar uma resposta para o questiona-
mento. Talvez pelo fato de estarmos, os ufó-
logoseestudiososdosseqüestrosalienígenas,
abertosedispostosaouvirsobreexperiências
ouinformaçõesconsideradasabsurdasparaa
maioriadospesquisadores.Emqualquereven-
to,tentamosteromáximodeescrúpulospara
não conduzir as vítimas em assuntos que en-
volvemaexpansãoespiritualoudaconsciência.
Estes são conceitos muito pessoais.
Projeto de hibridização — De qualquer for-
ma, é de suma importância examinarmos
uma mudança no relacionamento entre o
raptadoeosraptores,antesdeserrecebida
ainformaçãoatravésdoestadoalteradoda
consciência do primeiro. Embora a intera-
ção com extraterrestres possa ter sido até
divertida para alguns, ou mesmo íntima
para outros, quando ocorrem na tenra in-
fância ela tende a se modificar para mais
perturbadora e traumática, quando se apro-
xima a puberdade e os aliens iniciam com
as vítimas seus projetos reprodutivos hí-
bridos, que são o objetivo final de toda a
recorrênciadoprocessoabdutivo.Quando
ocorre uma intervenção traumática, os ab-
duzidos tendem a sentir-se como vítimas
de seres hostis que os vêem friamente ou
simplesmente como espécimes de um pro-
jeto que serve apenas às suas necessidades
– dos ETs. Podem sentir-se traídos pelos
aliens.Mas,àmedidaquenossotrabalhose
aprofunda, especialmente quando a força
desse extraordinário contato é reconheci-
do e abduzido passa a aceitar a sua falta
de controle sobre o processo, o medo e a
adversidade do relacionamento parecem
dar lugar a uma relação mais recíproca, na
qualpodeocorrerumamútuacomunicação
entre humanos e extraterrestres.
O raptado pode até sentir um profundo
amorpelosalienígenas,comomuitosjádes-
creveramseussentimentos,eperceberqueé
correspondido.Ocontatoatravésdosolhos
parece desempenhar um importante papel
noestabelecimentodesseprocesso.Emvez
de ficarem ressentidos com o fato de terem
seuespermaeóvulosusadospelosraptores
emseuprojetodehibridização,porexemplo,
passam a sentir que estão participando de
um valioso processo de criação e evolução
da vida. Há os que poderiam argumentar
que essa mudança nos seqüestrados diante
de uma situação de impotência como a da
própria abdução é, na realidade, uma mu-
dançadefensivacomafinalidadedemitigar
a dor e o pânico. Isso pode ser considerada
uma tentativa do ego de manter o senso de
domínio, abrindo mão de sua voluntarie-
dade, que está sendo tomada à força. Ou
uma tentativa de reduzir uma dissonância
cognitiva, fazendo crer que o custo emocio-
nal dessa experiência traumática possa ser
equilibrado pelo fornecimento de algo bom
e positivo para o universo.
Também é possível, por outro lado,
que a superação da experiência do rapto
alienígena possa dar à vítima acesso a
experiências de significado transpessoal,
como o amor universal e a união aos seus
semelhantes,quetornampossívelessacon-
dição. Da mesma forma, a área das expe-
riências relacionadas ao progresso espiri-
tual ou transformacional, é difícil separar
causa e efeito, ou mesmo pensar apenas
em termos causais. Será que um abduzido
recebe – e transmite – informações sobre
a experiência de uma vida passada porque
sua percepção está aberta à possibilidade
de tal assunto? Ou a emergência na consci-
ência da lembrança de uma vida passada,
facilitadapelonossotrabalhoemconjunto,
revela um horizonte pessoal expandido e
alargaosensodopróprioseremrelaçãoao
chamado maior da consciência universal?
Não sabemos, ainda. O fato de que o rela-
cionamentoentreabduzidosealienspossa
evoluir de forma expressiva com o tempo
nos faz questionar a divisão dos seres en-
tre os que são construtivos, bons e amá-
veis e outros que são traiçoeiros e hostis,
dispostos a dominar o nosso planeta. Por
exemplo, a idéia de que os “seres de luz”
são bons ou atenciosos, e de que os cinzas
são metódicos e indiferentes. Essa espécie
de rótulo caracteriza os grupos humanos e
asrelaçõesétnicas,etemmuitopoucoaver
com as relações inter-espécies.
Instrumentação intrusiva nas naves — Além
do mais, é comum aos abduzidos se encon-
trarem,porexemplo,comentidadesdeluze
tambémcomospequenoscinzentos,répteis
e outros tipos de seres simultaneamente, du-
rante a mesma abdução. É possível que este-
jamos lidando com relacionamentos evolu-
cionáriospornaturezaenãocompreensíveis
nos termos lineares de nossa ciência. Há al-
gunstiposdeexperiênciasduranteabduções
que parecem relacionadas com o progresso
pessoal e de transformação dos abduzidos.
Em alguns casos, ocorre a sensação de total
de terror e raiva associados à impotência e
à instrumentação intrusiva nas naves. Então
o reconhecimento e a aceitação das experi-
ências tornam-se possíveis, e segue-se o es-
treitamentodorelacionamentos,quepodedar
origem ao progresso pessoal. À “morte do
ego” seguem-se outros níveis de transforma-
ção.Osextraterrestrespodemservistoscomo
entidadesintermediáriasentreoestadototal
de encarnação dos seres humanos e a fonte
primevadaCriaçãoouatémesmoDeus,no
sentido de uma consciência cósmica, e não
de um ser personificado. Nesse caso, os ab-
duzidos às vezes tomam os aliens como an-
jos ou “enviados”. Os seres de luz também
estãonestacategoria.Elespodemrealmente
“Experiência
transpessoal é a
sensação de o abduzido
possuir uma dupla
identidade humano-
alienígena. No seu
“eu alienígena”, ele
pode descobrir-se
fazendo muitas das
coisas que os outros
extraterrestres fizeram
a ele e a outros seres
humanos, como estudar
suas mentes ou até
executar procedimentos
reprodutivos
”
NOVA RAÇA Os ufólogos
suspeitam que a coleta
de material genético
humano serve para a
produção de crianças
híbridas
Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 23
:: www.ufo.com.br ::
ainda vivenciar uma espécie de retorno ao
seu“larcósmica”,umreinobelíssimoalém
doespaço-tempoqueconhecemos.Quando
isso ocorre durante uma sessão de hipnose
com vítimas de seres extraterrestres, surge
uma forte e indescritível sensação de ale-
gria nas mesmas.
E de maneira inversa, abduzidos podem
chorar de tristeza quando vivem a sensação
de ter que deixar seu lar cósmico, voltar à
Terra e novamente ter que encarar o dia a
dia.Asensação de vidas passadas também é
comumduranteassessões,semprecomuma
forte emoção em relação ao material mental
que está emergindo. Isso é mais freqüente
quandoopesquisadorrecolhepistasdurante
seuprocedimentohipnótico,nasquaisforam
vividos contatos na infância. Os abduzidos
fazemqueixasousimplesmenteobservações
negativassobreestaroutravezaquinaTerra,
ou de ter retornado ao planeta, como se já se
sentissem vivendo em outra realidade. As
vidas passadas que emergem parecem ter
relevânciacomrelaçãoaoseuconhecimento
pessoalouevolução.Experiênciaspassadas
dãoaoseqüestrado–eaopesquisador–uma
diferente perspectiva do tempo e da nature-
za da identidade humana. O ciclo de vida e
morte, diante das longas extensões do tem-
po, podem ser revividos em pouco tempo
nassessõeshipnóticas,fornecendoumsenso
menosderivadodoegoedapequenezdeum
período de vida individual, a partir de uma
perspectiva cósmica.
Integração terrestre e extraterrestre — Mui-
tas vezes, a consciência dos abduzidos apa-
rentanãoestaracopladaaocorpo,eanoção
de uma alma com uma existência separada
dele torna-se relevante para o estudo das
abdução. Quando se consegue a separação
entre consciência e corpo, tornam-se possí-
veis outros tipos de experiências transpes-
soais. Por exemplo, ocorre a identificação
da consciência com tipos praticamente in-
termináveis de seres e entidades através de
espaço e tempo. Por exemplo, um raptado
brasileiro, que descobriu que seus contatos
com os ETs o deixaram aberto à identifi-
cação com mitos e entidades espirituais de
sua cultura folclórica, da qual havia sido
desligado por sua educação intelectual oci-
dental. Um diferente, porém importante as-
pectodessetipodeexperiênciatranspessoal
é a sensação de a vítima possuir uma dupla
identidade humano-alienígena. No seu “eu
alienígena”, ele pode descobrir-se fazendo
muitas das coisas que os outros extraterres-
tres fizeram a ele e a outros seres humanos,
como estudar suas mentes ou até executar
procedimentos reprodutivos.
A tal noção de identidade alienígena pa-
rece estar ligada de alguma forma à alma
do “eu humano”, e uma das tarefas com as
quaisoabduzidosedefrontadeimediatoéa
da integração de suas partes terrestre e extra-
terrestre, que assume o caráter de uma “real-
malização”desuanaturezahumana,digamos
assim.Aexperiência de reviver o fenômeno
leva o abduzido a se abrir para outras reali-
dades,emreinosquecostumamserdescritos
como estando atrás de um véu ou outro tipo
de barreira que o mantém em um estado de
consciêncialimitadoaomundofísico.Quan-
do interrogado sobre essas experiências, o
abduzidoapresentaproblemasemencontrar
palavrasparadescreveroqueocorreuefalar
sobreocolapsoespaço-temporalquesugere
terpassado,deestarnomesmomomentoem
tempos e lugares múltiplos.
O resultado das experiências abdutivas
levam,emgeral,àdescobertadeumsentido
novo quanto ao seu lugar no cosmos – um
lugar mais bonito, respeitoso e harmonioso
emrelaçãoàTerra.Emoçõescomoestupefa-
ção,respeitopelomistériodanaturezaeum
elevadosentidodoqueésagradonomundo
natural são vividas por quem passa por tais
experiências, e às vezes até com profunda
tristeza, por parte do abduzido, por sua apa-
rente impotência diante da crise ambiental
do planeta Terra. A seqüência dos casos de
seqüestros alienígenas normalmente reflete
um tipo de progressão que vai das histórias
mais simples às narrativas mais complexas
e multidimensionais. Essas experiências su-
gerem que o fenômeno da abdução possa
influenciar na transformação de nossas ins-
tituições e vidas coletivas.
John Mack fundou e dirigiu por muitos anos o
The John E. Mack Institute (JIME), que se define
como “uma instituição para explorar as fronteiras
da experiência humana através de uma pesquisa
inovadora”. Seu endereço na internet é: www.
johnemackinstitute.org.
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  • 3. 30UbirajaraRodrigues: Seqüestrodeumsoldado mineiroocorrenointeriordeum quarteldoExército 06MensagemdoEditor: EntrevistacomJanVal Ellamcausagrandepolêmicae acordaaUfologiaBrasileira 08JacquesVallée: OsUFOsrepresentam umasalvaçãoparaahumanidade ouapenasumailusão? 14JohnE.Mack: Milhõesdeseres humanosjáforamlevadospor criaturasextraterrestres 24DavidJacobs: Ocontatoentre abduzidosealiensseprocessa atravésdeviastelepáticas Revista Brasileira de Ufologia Publicação do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores Márcio V. Teixeira As abduções são um problema muito maior do que imaginamos M uitos poucos seres humanos co- nheceramtãobemofenômenoda abduçãocomoofalecidoprofessor depsiquiatriadaUniversidadedeHarvard,John Mack.Inicialmentecéticoquantoaexistência dosUFOsesofrendopressõescontráriasde seus colegas, mas curioso como todo bom cientista, Mack resolveu investir seu tem- po na investigação dos seqüestros por ETs. “Não conseguia mais ignorar a quantidade alarmantedecasosquechegavamàminha atenção,edecidiversehaviaalgodeverda- deiro neles”, declarou. Sua descoberta foi espantosa: as abduções não somente são reais, como atingem uma quantidade imen- sa de pessoas, a maioria das quais sequer suspeita ter passado por tais experiências. Diantedasevidências,Mackfoiaindamais fundo em suas investigações, fundou um centrodepesquisasdeabduçõeseescreveu umlivroqueéreferêncianaárea,Abduction: Human Encounters with Aliens, traduzido e publicadonoBrasilpelaEducare[Abduções: Encontro de Humanos com Aliens, 1994]. Falecido em setembro de 2004, vítima de umacidentedetrânsitonaInglaterra,Mack nosdeixouseulegadoeumexcelentetexto sobre suas descobertas. Ano XXII — Número 127 — Novembro 2006 Ilustração de capa: Luca Oleastri
  • 4. 4 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 Tenhoalgunslivros de Jan Val Ellam e, ape- sar de não conhecê-lo pessoalmente, parece- me extremamente inte- ligente e sincero em su- asconvicções.Aquestão aqui, então, não é ques- tionar seus propósitos ou intenções, mas espe- rar para ver os resulta- dosdesuasrevelaçõese respectivas conseqüên- cias. É lógico que sabe- mosqueoprognósticoé péssimo em se tratando de Oriente Médio. Sa- bemos também que a qualquermomentopode ocorrerumarevoadadeUFOs, co- motantasjáregistradas.Creioque Ellamnãodeixoudepensarnestas questões, tão evidentes e prová- veis, subestimando a racionalida- de dos leitores da UFO, que pos- suem um ótimo padrão de conhe- cimento.Convenhamosqueasen- sibilidadeeacapacidadedoautor daentrevistanãopermitiriamuma atitude passional e inconseqüen- te,estandoemjogosuareputação, sua carreira e uma vida inteira de respeito a temas místicos. Elaine Villela, Niterói (RJ) Todas as matérias publicadas pela Revista UFO são de respon- sabilidade de seus autores, assim como, evidentemente, as respos- tas dadas pelos entrevistados na seção Diálogo Aberto. UFO ape- nascumpreseupapeldedivulgara Ufologia,dandoespaçoparatodos os que têm algo a dizer. Conheço apenas um pouco do trabalho do escritor e conferencista espiritu- alista Jan Val Ellam, mas pelo pouco que sei, parece-me uma pessoa honesta, responsável e com bons propósitos. Sobre o tal “contato oficial” com centenas de naves alienígenas no céu, se for algo como já ocorreu no passado – como a Noite Oficial dos UFOs, por exemplo –, será mais um im- portante registro para a Ufologia. Porém,tenhominhasdúvidasquan- Ponto de Encontro Divulgação Referente à entrevista com JanVal Ellam, publicada na seção Diálogo Aberto de UFO 126, per- gunto:esenãonadaacontecer?De tempos em tempos surgem infor- mações sobre a vinda em massa dos ETs à Terra, mas que nunca seconfirmam.Gostomuitodasco- locações de Ellam, mas acho ex- tremamente delicado prever datas e acontecimentos desta natureza, pois há no meio ufológico posi- ções antagônicas. Paulo Aníbal G. Mesquita, São Paulo (SP) Apesar de nunca ter lido qual- querobradeJanValEllam,sempre tiveboasreferênciasaseurespeito. Portanto,pensoquesuasintenções sãoboasaodivulgarotal“contato oficial e definitivo” na seção Diá- logo Aberto de UFO 126. Porém, baseado em tudo o que já vimos atéhoje,noqueserefereamarcar datasparacontatosdestanatureza, creio que mais uma vez iremos nos decepcionar. Há pouco tem- po previram acontecimentos in- críveisparamaiode2006,masjá se passaram alguns meses e nada aconteceu, nem mesmo justifica- tivas. É sempre assim... Rodolfo Soares Caproni, por e-mail ComoJanValEllameoutros ufólogos,jáaventamosaspossibi- lidadesapresentadasnaentrevista daseçãoDiálogoAbertodeUFO 126. Só não podíamos afirmar da- tas, como não podemos ainda. Já Ellam é um iluminado e pode. Não só pela lógica, mas também por seu pensamento, coerência e nível de informação. Fernando A. Ramalho, Brasília (DF) Fico me perguntando quais serão as justificativas de Jan Val Ellam, quando abril chegar e na- da do que ele previu tiver acon- tecido. Será que teremos que ou- vir algo como as explicações do francês, de alguns meses atrás, a respeito do asteróide que cairia no oceano? Algo como “nossos pensamentospositivosconjuntos reverteram a tragédia?” Alexandre Camargo, por e-mail Finalmente, os que buscam a verdade começarão a saciar seus mais íntimos desejos. Mas como demorou! Muita calma nessas horas... Maurício de França, por e-mail Eu, particularmente, não acredito nas declarações de Jan Val Ellam, apresentadas na se- çãoDiálogoAbertodeUFO126. Mas acho importante que se dê a devida atenção a elas. Ainda mais na Revista UFO, que é o espaço adequado e referência sobre o assunto. Mesmo não concordando com o que Ellam diz, vê-se claramente que ele é pessoa instruída e culta. Talvez fosse interessante ser publicada pela revista uma análise crítica de suas afirmações, feita pelos ufólogos da linha científica, pa- ra mostrar ao leitor a infinidade de declarações similares que já vieramàtonaesemprefalharam. Como o objetivo da UFO deve ser o de explorar a Ufologia em todos os seus aspectos, acho im- portantepermitirqueestetipode trabalho seja publicado. Ricardo Varela Correa, São José dos Campos (SP) Realmente muito emocionan- te. Estou torcendo pra que sejam verdadeiras as afirmações de Jan Val Ellam. Mas li alguns e-mails dizendo que a Revista UFO pode perder sua credibilidade se esse contato não acontecer. Entretan- to, a publicação só está dando a notícia, ou seja, está fazendo um trabalho jornalístico. Erivelto José Muniz, por e-mail Acho mesmo que uma revis- ta como a UFO tem que publicar tudo que se relacione com este tema, mesmo que alguns achem que isso possa trazer prejuízo à sua credibilidade. Caso a UFO fizesse o contrário, teríamos só um lado da história. Jomi Lee, por e-mail Ou os “mentores” de Jan Val Ellam dizem a verdade e acertam deumavezportodas,ouchegade reflexões.Temosfilósofosemuitas mentes brilhantes entre os vivos e personagensdanossahistória,sufi- cientes para uma mudança ou me- lhoria da conduta da humanidade. Se os mentores errarem, então car- tãovermelhoparaeles.Nãoposso mais concordar com orientações dogmáticas sem base ou funda- mentação concreta. Carlos A. Millan, São Paulo (SP) E staseçãoPontodeEncontrofoifechadaantesdacirculaçãodaedição 126, do mês passado, que conteve a polêmica entrevista com Jan Val Ellam.Assim,seuconteúdofoicompiladoapartirdamanifestaçãodos integrantesdalistadediscussãoRevistaUFOOnline,quandoinformaçõesini- ciaissobreamatériaforamveiculadas.Criadaparaagregarufólogos,ufófilos, entusiastaseleitoresdapublicação,alistaéomaiorfórumdedebatessobre o Fenômeno UFO da internet brasileira, e é aberta a participação de qualquer pessoa. O endereço é: http://br.groups.yahoo.com/group/Revista_UFO/.
  • 5. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 5 :: www.ufo.com.br :: Nãohácréditonasdeclarações deJanValEllam.Garantoqueotem- pocorreráenãoteremosnenhuma surpresa referente aos UFOs, con- forme veiculado por ele. O Orien- te Médio é uma região instável, e não seria necessário que ETs nos informassemoquejásabemos.Não ocorreráqualquercontato.Ellamé mais um que pretende ver seu no- me na mídia.Até um ignorante sa- be que vamos mandar este mundo pelosaresequejáestamosnocaos. ChegadefalaremETsquequerem ajudar,queseinteressampelodesti- nohumano!RevistaUFOperdesua credibilidadeaodivulgarasafirma- çõesdeEllam.Ufologiaépesquisa e estudo, não prognóstico. Lúcio Mario Guimarães, por e-mail Quandoalguémcomumnome a zelar faz uma declaração aberta, comoasdeJanValEllamnaseção DiálogoAbertodeUFO126,nomí- nimodeveterumbomrespaldo.Do contrário,estarácolocandoemrisco suavidadedicadaàUfologiaeEspi- ritualidade. Além de sua integrida- decomohomemepesquisadordos fenômenos ufológicos, Ellam está colocandonacordabambatambém todosaquelesquedealgumaforma estão ligados a ele. Se acontecer o que ele afirma, seu prestígio vai às alturas. Se falhar o tal “contato ofi- cial e definitivo”, seu declínio será inevitável.Portanto, creio que ele deveter bonsmotivosparafazero que está fazendo. Resta saber por qual razão tais revelações foram feitas somente a ele? Será Ellam o único ser humano na face da Terra com capacidade espiritual suficiente para receber uma infor- mação tão impactante? Al Cruz, por e-mail Eumeincluoentreaquelesque temumpéatráscomprevisões.Co- moficaacredibilidadedaUfologia se nada disso ocorrer? E a da Re- vista UFO? Acho muito válida a publicaçãoteresclarecido,comoo feznaentrevistacomJanValEllam, que não apóia nem desacredita su- to a um contato direto entre ETs e humanos, eles intervindo e intera- gindo conosco ou até sentando à nossa mesa para trocar idéias. Va- mosaguardaratéabrilde2007para avaliar o que vai acontecer. Claudeir Covo, São Paulo (SP) As possibilidades de que ve- nha por aí uma guerra nuclear, co- moafirmaJanValEllamnaseção Diálogo Aberto de UFO 126, são altíssimas. Não temos como não levarasérioumanotíciacomoesta, partindodoprincípiodequequem aestárepassandoanóséumapes- soadereputaçãoimpecável.Cabe ao bom senso não condenar aque- le que pode até estar equivocado, mas cujas intenções estão clara- mente boas. Se o tal contato ofi- cial e definitivo com extraterres- tres for verdadeiro, ótimo. Se não, nãodevemoscondenaracoragem de quem o anunciou. Analígia S. Francisco, Rio de Janeiro (RJ) Pessoalmente, não tenho dú- vidasquantoahonestidadeeasin- ceridade de Jan Val Ellam. Elas estão patentes na postura e nos textos que ele escreve. Também acredito que ele está agindo de boa-fé, fazendo o que lhe parece maiscorretoaorevelarsuasprevi- sões na seção Diálogo Aberto de UFO 126. Entretanto, como um estudante de espiritualidade, sei separar o médium da mensagem, e sei também que a probabilida- dedeumaintervençãoalienígena acontecer nos moldes por ele pre- vistos é muito pequena. Simples- mente, não faz nenhum sentido, e não acredito num suposto con- tato que aconteceria como uma medida extrema, um ato não pla- nejado pelos extraterrestres. Se nós, humanos, falhos e atrasa- dos, somos capazes de exercitar o planejamento e precaução com eficiência, “eles”, supostamente superiores, deveriam ser capazes de coisa muito melhor. Paulo Santos, Niterói (RJ) as afirmações. Em todo caso, a ca- pa de UFO 126, sem dúvida, cha- ma muito a atenção. Os fanáticos e místicos em geral devem estar alucinados. Mas e se os fatos pre- conizados por Ellam ocorrerem? Uma imensa frota de naves aliení- genas em nossos céus poderia ser otipoderecadoqueahumanidade desteplanetaprecisaparacomeçar a pensar mais sério na vida. Renato A. Azevedo, São Paulo (SP) ARevistaUFOfezmuitobem emdeixarbemexplícitoqueasres- postasdeJanValEllamemsuaen- trevista em UFO 126 são de sua responsabilidade, e não da publi- cação,obviamente.Achotambém queUFOagiucertoempublicara entrevista, pois é o veículo mais conhecido para divulgação do fe- nômeno ufológico no país. Luciano Stancka, São Paulo (SP) Não conheço muito a obra de Jan Val Ellam, salvo algumas mensagens de cunho espiritua- lista a ele atribuídas. Mas devo admitir que tenho grandes ressal- vas quanto ao conteúdo de men- sagens canalizadas, como as que ele apresenta na entrevista con- cedida à seção Diálogo Aberto de UFO 126. Tanto porque, do ponto de vista de nosso conhe- cimento científico atual, muitos fatos aludidos são impossíveis, como, mesmo admitindo tais hi- póteses, ainda assim existiriam inúmeras outras questões envol- vidas.Ellam,atéomomento,vem apenas divulgar um momento de contato e uma ameaça nucle- ar. Pessoalmente, torço para que ele esteja certo e que ocorra tal contato. Talvez, a confirmação em nível mundial de que não es- tamos sós nos faça menos arro- gantes e mais solidários. Vanderlei Dallagnolo, Blumenau (SC) Penso que, se alguém está co- locando sua credibilidade em jogo, esta pessoa é o entrevistado, não a Revista. UFO, que, como veículo deinformação,apenascumpreseu papeldedaraoentrevistadoespaço paraelesemanifestar.Assimcomo qualqueroutroórgãodeinformação quando entrevista um político, um líder religioso etc, não pode ser res- ponsabilizadopeloquefordito.Co- moleitorassíduodeUFO,seimuito bem separar o joio do trigo, e não estou sozinho, tenho certeza. Valter Luis da Silva, por e-mail Acho que a discussão sobre se JanValEllamtemrazãoounão,ése- cundária.Oimportanteéque,seele estivercerto,ocontatocomnossos vizinhoscósmicossedarádevidoa ummotivomuitotriste:amortede milhares ou talvez milhões de nos- sos semelhantes por causa de uma guerraestúpida.Nãoseriabemme- lhorqueotãodesejado“contatoofi- cialedefinitivo”ocorressesobuma atmosferadeamizadeesatisfação,e não devido às nossas mazelas? Marco Federico, São Paulo (SP) Gostaria de parabenizar os editores da Revista UFO pela en- trevista com Jan Val Ellam, na se- ção Diálogo Aberto de UFO 126. Precisamosnosconscientizarcada vez mais que o planeta passa por transformações e que se faz neces- sária nossa mudança enquanto se- res cósmicos em evolução.Ahora éagora,enãodámaisparaprotelar- mos,apenasnosunirmoscomesses conhecimentosparaauxiliarmosa Terraeosseresqueestãotrabalhan- do por ela nesse novo momento. Alda Luz, Campo Grande (MS) Tenho a impressão de que tais informações sobre a chegada dos ETs não passam de jogada de marketing para vender revista. PodeserquevocêsdaUFOdividi- rãoolucrocom“eles”.Dequalquer forma,sãoinformaçõesvaliosas,se fossem verdade. Mas vou esperar para ver, ou para não ver. Carlos Eduardo Bao, por e-mail
  • 6. 6 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 Mensagem do Editor A. J. Gevaerd editor@ufo.com.br A o longodosquase60 anosdemanifestação aberta do Fenômeno UFO, desde o famo- so avistamento de KennethArnold, muitas notícias classificadascomo“bombásticas” têm sido veiculadas sobre Ufolo- gia em todo o mundo. No Brasil não houve exceção. Aliás, boa parte das notícias mais contun- dentesnestaáreatevegestaçãoem nosso país, e o exemplo mais no- tório, certamente, são as trágicas ocorrênciasemqueextraterrestres atacaram,ferirameatécausaram amortedesereshumanosnoNor- desteanaAmazônia–originando a famosa Operação Prato. ARevistaUFOtevepapelde- cisivo em informar a população brasileirasobretaisfatosedelevá- los também ao conhecimento da Comunidade Ufológica Interna- cional, onde hoje são amplamen- te reconhecidos.Ainda assim, de tantas notícias bombásticas em Ufologia, nessas décadas todas, poucas tiveram o condão de pro- vocar reações visíveis no meio ufológico, mesmo que contives- sem revelações realmente impor- tantes. Parece que o meio funcio- na de maneira demasiadamente passiva, quase inerte aos aconte- cimentosnaárea,mesmoquando de grande envergadura. Encontro marcado — Muitas notí- ciasverdadeiramenteimportantes para a Ufologia Brasileira chega- ramapassarquasedespercebidas por seus integrantes. Outra parte foi incorporada ao que se chama de “folclore ufológico”, um con- junto de fatos e situações a que muitagentesereferenodia-a-dia, masqueamaiorianãosabecomo surgiramaocerto.Ofolcloreufo- lógico é riquíssimo e variado, e entre as notícias mais freqüentes queocompõemestãoaquelasque tratamdepreverouanunciarotão esperado contato oficial e defini- tivocomnossosvisitantes,sejam elesextraterrestres,ultraterrestres etc. A maioria delas sempre foi sumariamente rejeitada por care- cerdeummínimodeconsistência, ou por seus anunciadores serem pessoas sem a menor credibili- dade. Temos aproveitadores aos montes na Ufologia Mundial, e em particular na Brasileira, em seitas ufolátricas e “projetos” du- vidososdetodosostipos,fazendo estetipodeafirmaçõesenãoofe- recendonadaemapoio aelas.No iníciodadécadade80,porexem- plo, um cidadão chamado Edíl- cioBarbosaanunciouaosquatro cantos que uma nave alienígena pousarianacidadefluminensede Casimiro deAbreu. Milharesdepessoasforamao local do encontro marcado, mas, claro, o disco não desceu. Barbo- sa, até então um completo desco- nhecidonaUfologia,teveseus15 minutosdeglória.Antesedepois dele, muita gente vem prevendo contatossemelhantes,quasesem- pre associados a situações catas- tróficas–taiscomoumasuposta reversão no eixo de rotação da Terra e a elevação dos oceanos, queinundariamboapartedasáre- as litorâneas do planeta. O últi- mo guru a se prestar a esse tipo de vaticínio foi o francês Claude Vorilhon, que se faz chamar de Rael. São incontáveis, enfim, as previsões que já foram feitas em todososcantosdaTerra,apontan- do para a chegada maciça de na- vesalienígenas,oraanosdestruir, oraanossalvar.Nenhumasequer chegoupertodeseconcretizar.A maisverossímilprevisãodesseti- po,noentanto,nãoérecente,mas tem milhares de anos. Trata-se das tábulas do Calendário Maia, compiladas por aquele povo que habitoupartedaAméricaCentral edoNorte,especificamenteonde hojeestáoMéxico.Ocalendário acertouemdetalhesmilimétricos muitos fatos astronômicos vivi- dospelahumanidadenosúltimos séculos. Com que matemática e astronomia os maias o compu- seram, não se sabe, mas ela é perfeita! E estudiosos garantem queoCalendárioMaiafazclaras referências a uma “mudança de ciclo” em 2012. Imagina-se que isso represente o tal aguardado contato oficial e definitivo com nossos visitantes. Enquanto isso não ocorre, vamostendosurpresasaquieali, quando novas previsões de mes- mo teor são feitas – mais uma vez, quase todas facilmente des- cartadas, por faltarem aos seus portadores confiabilidade e res- paldo. No entanto, quando tais anúnciospartemdepessoascom credibilidadeeresponsabilidade, gente que tem um nome e uma reputação a zelar, com histórico debonsserviçosprestadosàssu- as áreas de atuação, em especial àUfologia,taisprevisõessãono mínimonotíciasválidasedevem ser tratadas como tal. Grande polêmica — É obrigação de qualquer veículo de comuni- caçãoufológicodarainformação sobre tais previsões, fazendo-o comopartede suafunçãojornalís- tica,semnecessariamenteconcor- daroudiscordarcomeles.Etanto maior será a notícia e o destaque dados aelasquantomaiorcredibi- lidade, responsabilidade, reputa- çãoe históricode serviçospresta- dostiveroanunciantedetaisfatos. É sob este prisma que a Revista Eles estão chegando Entrevista com Jan Val Ellam causa grand
  • 7. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 7 :: www.ufo.com.br :: ordemmundialqueseinstalaráno planeta? Se não se confirmar, que posição deveremos assumir quan- to a esta e as demais previsões de Ellam,especificamenteaqueleque aponta para o tal contato oficial e definitivo entre a segunda quinze- na de novembro a abril de 2007? Culparemos o mensageiro, rejei- taremos a mensagem ou condena- remosseusemissores? Veículodeinformação—Ocorrao que ocorrer, à Revista UFO cou- be a missão jornalística de dar a notícia com isenção, até mesmo porseroúnicoveículodecomuni- caçãoufológicadopaís.Seustaff deco-editores,consultoresecoor- denadores,eparticularmenteeste editor, não fizeram qualquer juí- zo de valor sobre as afirmações surpreendentes de Jan Val Ellam, ao publicar a referida entrevista. Não tomamos partido nem po- sitiva nem negativamente. E a quem alegar que o fizemos, pelo seutamanho–13páginas–eofa- todamesmaserobjetodacapada edição, reforçooquedisseacima: previsões ou anún- cios de supostos contatos oficiais com ETs são notí- ciassim,desdeque venham de pesso- as de credibilida- de, que se respon- sabilizam por su- as afirmações. E o destaque que tais fatosdevemreceber varia proporcional- mente ao grau de credibilidade do anunciante. No ca- so de Ellam, este é um índice respeitá- vel,sobreoqual–aí sim – fazemos juí- zo de valor. UFOviuanotíciaoferecidarecen- tementeporumdosmaisdestaca- dos escritores, pensadores e con- ferencistas do meio espiritualista brasileiro, com idêntico tráfego no meio ufológico, pessoa sobre quem pairam as mais positivas opiniões. Trata-se de Rogério de Almeida Freitas, que conce- deu detalhada entrevista à UFO, publicada na edição passada, em que causou grande polêmica na Ufologia Brasileira. Freitasassinamaisde15obras publicadas como Jan Val Ellam e tem, inegável e reconhecidamen- te, um dos discursos mais sérios, consistenteseinteressantesnaárea, tanto sobre Ufologia quanto Espi- ritualidade,etornaestasdisciplinas ainda mais fascinantes quando as cruzaemseuslivrosepalestras.A históriadeRogério,ouEllam,pode serconhecidaeminúmerossitese de polêmica e acorda a Ufologia Brasileira Aguardando os acontecimentos N adata indicada para ocorrer o primeiro fato preconizado por Jan Val Ellam – a catástrofe no Oriente Médio –, este editorestarárealizandopalestranoCentroPolitécnicoda Baía Plenty, em Tauranga, Nova Zelândia, a convite do Tauranga UFO Investigation Group. O evento faz parte de um tour a ser rea- lizado entre 20 de setembro e 10 de outubro, envolvendo vários países de quatro continentes. As conferências versarão sobre o Caso Varginha, detalhes da Operação Prato e os resultados da campanhaUFOs:LiberdadedeInformaçãoJá,eserãorealizadas a convite do Irish UFO Research Society, de Dublin, Irlanda, da UFOResearchQueensland,emBrisbane,Austrália,etambémdo New Zealand Centre for UFO Studies, de Auckland, Nova Zelân- dia. Nossa edição de dezembro será parcialmente produzida por este editor a partir dos países que visitará, e conterá completa cobertura dos eventos vaticinados por Ellam, caso aconteçam. Ou das repercussões de suas alegações, caso não. publicações,inclusiveaUFO,que oentrevistouhádoisanos[Edição 103]. O que Ellam alegou em sua entrevista à UFO 126 não é algo que se escuta todos os dias, muito menos partindo de pesso- as de sua estirpe. Ao tomar conhe- cimento de suas previsões para um contato oficial e definitivo com se- res extraterrestres – que, infelizmen- te, seria precedido por uma catástrofe no Oriente Médio –, UFO decidiu dar voz ao anunciante e fazê-lo com a di- mensão proporcio- nal à importância que uma notícia do gênero tem. Como sabem os que leram a lon- gaentrevista,Ellamafirmouque, desdemarçode2006,passouare- ceber através de seus canais espi- rituais e ufológicos informações sobre tais acontecimentos, que ocorreriam num futuro muito próximo e afetariam de maneira definitiva a vida no planeta Ter- ra.Ao contrário de muitos que o antecederam, ele não marcou a dataparadaqui20ou30anos,na esperança de que todos se esque- cessemenãolhecobrassem,mas para as próximas semanas! Esta edição de UFO, embora com data de novembro, está sen- do fechada ainda no mês de se- tembro, antes, portanto, de 04 de outubro,dataqueEllamvaticinou como aquela em que ocorreria uma grande explosão em algum lugar do Oriente Médio – seja ela nuclear, biológica ou química, ele nãosoubedefinir.Quandoaedição entrar em circulação, já se terá sa- bidoseofatoocorreuounão.Sea previsãoseconfirmar,quepostura deveremosassumirperanteanova AGUARDO A Comunidade Ufológica Brasileira demonstrou-se receptiva aos anúncios de Ellam e espera a chegada das datas anunciadas por ele para verificar os acontecimentos Luca Oleastri
  • 8. 8 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 REFLEXÃO UFOs: salvação ou ilusão? O Fenômeno UFO contém elementos que induzem à criação de seitas místicas que ora anunciam a destruição do planeta, ora alardeiam a salvação da humanidade 8 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 Jacques Vallée, Ph.D. convidado especial Shalom Ormsby UFOs: salvação ou ilusão?
  • 9. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 9 :: www.ufo.com.br :: raticamente não há quem nunca tenha assistido a um showdemágica.Diantedos olhos embevecidos da pla- téia, previamente sugestio- nada,omestrenaartedailusãoproduz, em um cenário adrede preparado e sob condiçõesaparentementeusuais,umfe- nômeno que, à primeira vista, parece impossível, quase milagroso. Ao final do espetáculo, no entanto, por melhor emaisgrandiosoqueestetenhasido,não há quem fique desapontado ou se sinta quaseinsultadoemsuainteligênciapela “enganação”daqualfoicúmplice.Basta umpoucoderaciocínioparasedepreen- derqueportrásdoextraordináriotudo o que há são desvios de atenção, gestos dedistração,mãoságeisehabilidosas,e aparelhoseequipamentosapropriados: tampademesaoca,bolsossecretos,vari- nhafeitadepequenospedaçosretráteis e deslizantes, caixas com fundos e com- partimentosfalsos,alçapõesnopalcoetc. Sealgumestraga-prazerlheexplicaem detalhes como o truque é feito, você ri de si próprio por não ter atinado uma solução tão simples e óbvia. Ao chegar a casa, a pessoa reúne os objetos necessários para tentar repro- duzir os mesmos truques e impressio- naralgumamigooumembrodafamília. Entretanto, ela percebe que, apesarde ter descoberto os mecanismos do tru- que, faltam-lhe os recursos cênicos, a técnica e o talento artístico, de modo que não consegue nem chegar perto dos efeitos que tanto o impressionaram. Falta- lhe precisamente o ele- mento “mágico”, o se- gredo da profissão – só conhecido entre os pró- prios mágicos e jamais revelados –, de modo que o mistério perma- nece em sua mente co- mo algo inexplicável. O Fenômeno UFO apresenta o mes- mo recurso de insolubilidade. Deixa vá- rios indícios e até expõe alguns de seus truques,porém,quantomaisaspessoas pensam que sabem algo sobre ele, mais ele se afigura desnorteante. É o equi- valente a dizer que o fenômeno nega a si próprio. Ele sinaliza favoravelmente tanto aos que partem do princípio de que suas manifestações são verdadei- ras, quanto aos que supõem que são falsas. Determinar qual das duas me- tades é verdadeira é o desafio deixado ao investigador. A tentação é sair dos limitesdoimpériodarazão,oquepode ser bastante perigoso. Ou permanecer preso a um círculo vicioso em que tes- temunhassãoenganadasporsociólogos, crentes porsupostos homens do espaço, o público pelos crentes, e os sociólogos pelo próprio fenômeno. Os Guardiões — Narro a seguir um ca- so ufológico sugestivo, que envolve um suposto grupo chamado Os Guardiões. O contato com Os Guardiões começou quandoumasenhoradomeio-oestenor- te-americanochamadaKeech,acordou em uma manhã de inverno com um for- migamento ou dormência no seu braço. Ela disse que seu braço inteiro parecia quenteatéoombroeteveasensaçãode quealguémestavatentandochamarsua atenção. Sem saber por que, ela pegou um lápis e um bloco que estavam sobre a mesa, e sua mão começou a escrever com uma caligrafia diferente da sua. A mulherfoigradualmente introduzidaemalgoque ela tomou como coisas que estavam “além da vida”,segundoaprópria, até que um dia recebeu uma mensagem de con- forto de uma espécie de “irmão mais velho”. Ele lhe disse que estava sem- precomelaequealivraria 9 :: www.ufo.com.br :: Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 P Daniel Rebisso O AUTOR Jacques Vallée
  • 10. 10 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 dasafliçõesdodia-a-diaassimestivessepron- taaseguiraluz:“Cuidareidosdetalhes.Acre- diteemnós.Sejapacienteeaprenda,porque estamos preparando o caminho para você como canal. Isto será em breve”. A senhora Keech passou a alimentar a certezadequehaviaestabelecidoumcontato genuínocomentidadessuperioresecomeçou a divulgar isso publicamente, anunciando a chegada de um novo conhecimento. Logo, uma pequena seita se formou em torno dela. Um dos líderes era um tal de doutor Arms- trong, um homem que se envolveria mais tarde com o paranormal israelense Uri Gel- ler. Os Guardiões transmitiram conselhos e ensinamentos ao grupo. Predisseram even- tosfuturos,taiscomoaterrissagensdediscos voadores e visitas de seres do espaço. Uma dessas predições foi a descida de uma espa- çonavepertodeumcampodeaviaçãomilitar próximo. O pequeno grupo se dirigiu até lá e de um ponto privilegiado ficou a observar as pistas e o céu, até que, de repente, um ho- mem se aproximou.Ante sua aparição, não houve quem não experimentasse uma sensa- çãosinistra.Ninguémviudeondeelesurgira. Ofereceram-lhealgoparabebereelenãoquis. Andava com um jeito curiosamente duro. E ummomentoapóseledesapareceu,semque ninguém o tenha visto afastar-se. Arepercussãodetaishistóriasincremen- tou sobremaneira o sistema de crenças da pequena seita e lhe permitiu criar seu pró- prio folclore e jargão – palavras especiais com significados particulares.Aessa altura, asenhoraKeechchegavaaescrever14horas por dia. Os ensinamentos se tornaram cada vezmaisconcernentesaassuntosreligiosos, cosmológicoseufológicos.Finalmente,um dia, veio a grande mensagem. Previa catás- trofes como terremotos e inundações, aos quais sobreviria a salvação dos crentes da seita pelos irmãos do espaço: “O Canadá, a região dos Grandes Lagos e estado do Mississipi,atéoGolfodoMéxicoeAmérica Central,sofrerãoumatremendatransforma- ção. A grande dobra de terra dos Estados Unidos para o leste jogará as montanhas sobre os estados centrais”. Profecias catastróficas — O grupo se sentiu entãonodeverenaresponsabilidadedeavisar omundoarespeitodaqueleseventosiminen- tes.Emitiramnotasàimprensa,algumasdas quais foram publicadas pelos jornais locais. Isso, por sua vez, atraiu a atenção de vários sociólogos,entreelesLeonFestinger,Henry RieckeneStanleySchachter,queintegravam uma equipe da Universidade de Minnesota que estava investigando o comportamento demovimentossociaisdecunhosproféticos, milenaristas e apocalípticos. Obtiveram pa- trocínio da Fundação Ford e apoio logístico do Laboratório para Pesquisas de Relações Sociaisdareferidauniversidadeparaestudar ogrupodasenhoraKeech.Infiltraram-sena seita,fingindoseremconvertidossinceros,e passaram a comparecer aos encontros para monitorarem a evolução das crenças do gru- po enquanto aguardavam a chegada da data predita para o cumprimento das profecias. Emboraarecorrênciaataismétodossor- rateiros por parte de cientistas sociais seja hoje bastante questionada, o livro When Prophecy Fails: A Social and Psychologi- cal Study of a Modern Group that Predic- ted the Destruction of the World [Quando a ProfeciaFalha:EstudoSocialePsicológico de um Grupo Moderno que Predisse a Des- truição do Mundo, Harper and Row, 1956], escrito pelos sociólogos com base em suas investigações,éessencialparaqualquerum que busca entender a natureza complexa da crençaemUFOs.Aobradetalhaosesforços feitos pelos membros da seita para alertar a humanidade da destruição iminente, bem como as crenças de que os discos voadores desceriam do céu a tempo de salvar os cren- tes – da seita – da inundação, e que aqueles que morreriam afogados renasceriam espi- ritualmente em outros planetas apropriados para seu desenvolvimento espiritual. OrdemsuperiordosUFOs — Os eventos predi- tos, obviamente, não vieram a acontecer. O meio-oeste dos Estados Unidos não foi en- golfadopelooceanoeospaísesquedeveriam desapareceraindaseencontramacimadoní- velnomar.Contudo,essesmalogros,emvez de servirem de desalento para os membros da seita, reforçaram ainda mais sua convic- ção,poistomaramparasiocréditodeterem evitadoadestruição!Algunsterremotosreal- mente ocorreram em áreas desertas mais ou menosnadataaprazada.Setivessematingido áreaspopulosas,odanoteriasidogrande.De- duziram assim que, não fossem seus avisos, o país não teria sido poupado da catástrofe. Alguns membros da seita também interpre- taram aquilo como se fosse um teste quanto àssuascapacidadesdeaceitaremeseguirem cegamente, sem discussão e sem medo, as ordens recebidas dos Guardiões. PorquetrazerahistóriadasenhoraKeech à baila em um estudo científico de UFOs? Muitos sociólogos argumentariam que o caso dela é típico de muitas seitas e cultos, e que já se propuseram teorias adequadas paraexplicarseucomportamentoemotiva- ção. Em grande parte isso é verdade, mas não estou inteiramente convencido de que o mecanismo que deu origem a tais movi- mentos está esclarecido, tampouco acredi- to que seu impacto potencial na sociedade tenha sido completamente assimilado. O caso da senhora Keech é importante para todos os cientistas que se interessam pelo Fenômeno UFO porque fornece um protó- tipo para um crescente número de grupos queseestabelecememtornodesistemasde crenças semelhantes. Um dos mais famo- sos deles é a rede de devotos de Uri Geller, que teve êxito em despertar o interesse de vários físicos renomados. Tanto no caso de Geller como no da senhora Keech, vários fenômenos inex- plicáveis serviram para sedimentar a base de crenças do grupo . Em ambos os casos somos igualmente aconselhados a esperar por uma “ordem superior” dos UFOs. Em ambos há um impacto na consciência cole- tiva. E o que dizer do elemento profético? A senhora Keech predisse uma inundação e salvação vindas do céu. Geller e Andrija Puharich, seu seguidor e biógrafo, autor de Geller: Um Fenômeno da Parapsicologia [Record, 1989], predisseram aterrissagens emmassadediscosvoadores.Inúmeraspes- soas espalhadas pelo mundo – apropriada- mente denominadas de “contatados silen- ciosos” pelo ufólogo John Keel – guardam para si o que consideram revelações feitas aelasporentidadesalienígenas.Emtempos passados talvez permanecessem no âmbi- to puramente religioso, conseqüentemente particulares, mas a relativa aceitação dos avistamentosmodernosdeUFOsporcertos segmentosdamídiaecientistascuriososos encorajaram a alardear seus contatos. Qualquer que seja o caso, tendemos a descontar o fato de que os fenômenos con- têm elementos absurdos. Esta é uma forma de ocultação. É tranqüilizador colocar a se- nhora Keech e todas as pessoas como ela dentro de uma categoria inequivocamente sociológica, de preferência com os termos “dissonância cognitiva” e “comportamento estranho” pregados nelas. No caso da se- nhoraKeech,há,porexemplo,asituaçãodo estranho homem que ela encontrou na sua primeira instância profética. Os sociólogos, aferrados a seus estritos conceitos teóricos,
  • 11. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 11 :: www.ufo.com.br :: negligenciaram a aparição do misterioso “cara de pernas duras”, sequer verificando sua veracidade junto aos demais membros do grupo. Essa é uma falha metodológica que deve ser explorada. “Não é hora ainda” — Em duas outras oca- siões a senhora Keech foi visitada por in- divíduos estranhos. O primeiro incidente se seguiu ao anúncio de inundação pelos jornais locais. Dois homens bateram à sua porta e pediram para falar com ela. Um de- les era perfeitamente comum, mas o outro era muito estranho e não disse uma só pa- lavra durante a visita. Ela perguntou quem eram e o primeiro homem respondeu: “Eu sou deste planeta, mas ele, não”. O assunto principal da discussão, que durou mais de meia hora, foi que ela não deveria divulgar sua informação além do que já havia feito. “Não é hora ainda”, disse o homem antes de ir embora com seu companheiro. Esse encontro foi muito sério. Como resultado, a senhora Keech desistiu de seus planos de publicar um livro relatando suas experiên- cias. Meses depois, cinco jovens visitantes passaram duas horas tentando convencê-la e a um cientista, membro de seu grupo, de que suas informações estavam incorretas e que tudo o que previam estava errado. Os sociólogos infiltrados na seita, mais uma vez, não fizeram nenhum esforço pa- ra identificar os visitantes, o que se afigura comoumagraveomissão.AsenhoraKeech jamais soube quem eram esses rapazes, co- mo chegaram à sua casa e quais eram seus propósitos.Podiamsergozadoresoutalvez estivessemimbuídosdeintençõesobscuras. Sobreessesúltimosvisitantes,amulherdis- se, chocada e chorando, que “ficaram me forçando a desmentir as coisas. Um deles ficou me pressionando a dizer que elas não eramverdadeiras.Ficarammefalandoque tudo que eu dissera era falso e confuso. E me disseram que estavam em contato com o espaço exterior e que todos os meus escri- toseprevisõesestavamerrados”.Oanelde absurdos em torno da senhora Keech agora estavafechado.Elavivenciavaoquesecon- vencionouchamarde“aterceiraocultação”. A inundação não aconteceria. Oscrentesquehaviamconfiadoemtodos ossinaisenasinceridadedamédiumoucana- lizadora,adeixariamcompletamenteisolada depois de terem perdido ou se demitido de seusempregos.Algunstinhamatévendidoos seusbens,comprometendo-secomumareali- dadequesóelespodiamacreditar.Omembro maiscultodogrupo,umprofessoruniversitá- riolocal,comentou:“Desistidetudoecortei todos os laços. Queimei todas as pontes e dei minhas costas ao mundo. Eu tenho de acreditar nisso, pois não há nenhuma outra verdade. Vocês estão tendo seu período de dúvida agora, mas fiquem firmes. Este é um tempo duro, mas sabemos que os ‘caras’lá em cima estão cuidando de nós”. Cada um que tire suas conclusões... Ao longo de todos esses anos de inves- tigações de fenômenos ufológicos paranor- mais, já escutei muitas histórias, mas só pu- bliquei aquelas que pudesse autenticar, ou que sentisse que preenchiam os requisitos básicos de legitimidade. Deparei-me ainda com rumores consistentes que desempenha- vamumpapelativonodesdobramentototal do mito. Tratavam-se de histórias de conta- tos entre seres humanos e supostos visitan- tes que viviam na Terra. Certas descrições eramextremamentedetalhadaseenvolviam cientistascomotestemunhas,aocontráriodo caso acima.Algumas delas, eventualmente, desapareceram. Há um espectro de experi- ências que vai do contato ao seqüestro alie- nígena – consciente ou não –, passando por encontros próximos e casuais, exposição a humanóides e, finalmente, presença de alie- nígenasentrenós.Passeimuitashorascomo casalBettyeBarneyHill[Abduzidosnanoi- te de 19 de setembro de 1961] e tive oportu- nidadedediscutirocasocomomédicoBen- jamin Simon,quetratou da saúde docasal e osubmeteuàhipnose.Habituei-metambém comhistóriasdepessoasquemanifestavam faculdadesparanormaisatribuindo-asauma fonte do espaço exterior. Novo movimento espiritual — O que me in- teressa não é propriamente a veracidade deste ou daquele contato – como às vezes nos é dado provar –, mas o fato de que em praticamente todos os países viceja uma subcultura baseada na idéia de que a huma- nidade tem um destino mais elevado. Em cidadesremotasdaCalifórniaencontramos pessoas que abandonaram completamente a vida na metrópole – onde tinham bons cargos e salários – porque receberam su- postas mensagens do espaço instruindo-as a fazer isso. Tais pessoas não são hippies, embora experiências similares sejam fre- qüentes entre os membros mais jovens des- sas comunidades. As pessoas às quais me refiro são de meia-idade e têm famílias e empregos estáveis. Seriam considerados “quadrados” se não fosse o fato de que suas vidas foram mudadas por aquilo que elas encaram como genuínas comunicações ex- traterrestres. Elas esperam por algo do céu. E, fato curioso, apesar do estado em que o mundo se encontra na atualidade, parecem perfeitamente felizes. Poderíamos categorizá-los entre as víti- mas da violência e do caos urbano, que pro- curaramsossegoetranqüilidadeemcidades do interior. Mas igualmente poderíamos re- fletir se eles não são os precursores de um novo movimento espiritual. Um desses ho- mens deixou LosAngeles com sua família depois de receber uma mensagem que ele acredita ter vindo de Júpiter. A entidade o instruiu a refugiar-se em um local isolado e aviveremsemi-retiro“provendoumcentro depaz”paraqueseprotegessedo“tumulto intenso que estava para vir”. Hoje ele vive com sua mulher em um pequeno vilarejo nas montanhas e permanece no aguardo de novasinstruções.Éumadaspessoasidosas mais felizes que já encontrei. Não estamos aqui lidando com escapismo, e sim com a próxima forma de religião. Mas por que trazer tudo isso à tona? Porque os discos voadores, sendo eles re- ais ou não em termos físicos, configuram um elemento central em uma paisagem futura já bastante problemática. Seria oti- mismo demais predizer que vão abrandar ou eliminar tais perigos. No entanto, não deixa de ser interessante perguntar o que acontecerá com nossa civilização se o pró- ximo passo para a evolução do fenômeno for uma radical mudança das atitudes hu- manas em direção a poderes paranormais e vida extraterrestre. Enquanto muitos cientistas conservadores ainda se recu- sam a considerar tais dados, e enquanto muitos crentes já mergulharam em seitas místicas supersticiosas e ocultista, parece importante para mim que um número cres- cente de cientistas continue a promover a exploração de novos conceitos estudando seriamente os fenômenos. Jacques Vallée é francês naturalizado norte- americano, cientista da computação, matemático e astrônomo com ligações com a NASA. Este texto foi extraído das obras The Invisible College [O Colégio Invisível, Panther Books, 1977], e Messengers of Deception [Mensageiros do Engodo, Berkeley Press, 1979], do autor. Seu e-mail é: documatica@aol.com. Tradução de Alberto Francisco do Carmo. Más Alla ARREBATAMENTO Seitas ufológicas existem aos milhares em todo o mundo, aguardando a chegada dos ETs para salvarem seus integrantes
  • 12. 12 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 Vejamos um resumo dos efeitos sociais que a crença em UFOs já criou ou certamente vai criar na humanidade,sejamelesobjetosfísicosounão.Ana- lisandocitaçõesdelivros,panfletosdeorganizações de contatados e transcrições de entrevistas pesso- ais que fiz com testemunhas e supostos contatados, cheguei aos seis mais importantes deles: Algum dia nossa sociedade pagará o preço pela negligência da comunidade científica em re- lação ao Fenômeno UFO. Disso já nos alertava o pioneiroJosephAllenHynek[Foto].Enquantomais emaistestemunhassincerasseapresentaremcom suas histórias somente para serem sumariamente rejeitadas por instituições militares e acadêmicas, nasquaispensaramquepodiamconfiar,aenorme distância que se abriu entre o público e o científico continuará a aumentar. O público não só poderá dar as costas a qualquer forma de ciência – e con- siderar qualquer investimento feito nessa área um completodesperdício–,mastambémprocurarum substituto em misticismos, pseudociências e filo- sofiashedonistas.Es- semovimentorumoà superstiçãoirásecon- trapor ao dos cientis- tas, que o tomarão como evidência de que o Fenômeno UFO não merece ser estudado seriamen- te e assim o círculo vicioso se perpetuará. AcomeçarpelaidéiadaAtlântidaedosdeuses astronautas, passando pelas interpretações de Ya- vehcomoextraterrestre,aliteraturadoscontatados está repleta de sugestões de que as grandes reali- zaçõesdahumanidadeteriamsidoimpossíveissem a intervenção ou providência de ETs. Deveríamos sergratosaelespornosteremlegadoaagricultura, o domínio do fogo, a roda e a maioria de nossas tradiçõesreligiosas?Aqualquerumquetenhaestu- dado um pouco de história, tais idéias – roman- ticamente atra- entes – soarão infundadas. O melhor e o pior dos seres huma- nos subsistem em todas culturas que conhecemos. As primeiras civilizações foram tão competentes para erguer pi- râmides e construir canais quanto para exterminar seusinimigos.Quatromilanossepassarameainda incorremos no mesmo comportamento, embora ergamos prédios, construamos canais e extermi- nemos inimigos cientificamente. Este é talvez o tema mais comum e recorrente quetenhoencontradonosestudosemrelaçãoaesses grupos.Pormeiodacrençanosdiscosvoadoresseex- pressaumatremendaânsiaporumapazglobal.Con- forme foi captado por romancistas como Ar- thurKoestler[Autorde livroscomoOsSonâm- bulos,OFantasmada Máquina e Janos, fo- to] e J. C. Newman, o Fenômeno UFO está focalizando a atenção para fora da Terra. Se isso vai se tornar um fator de promoção para uma mudança social positi- vaounegativa,dependerádamaneiracomqueessa atenção focalizada for canalizada. Oatualcontrapontoineptoeconservadorcontra a moral decadente e o liberalismo levou muitos a re- consideraremsuaorientaçãoespiritual.AIgrejaCatóli- caestáemumpontocríticodesuahistória,emuitas religiões estão com problemas. As novas religiões enfatizamaltospadrõesedisciplinarígida.Oscredos Asseisprincipaisconseqüênc n A crença nos UFOs aumenta a distância entre o público e as instituições científicas Jacques Vallée, Ph.D. n A ideologia dos contatados mina a imagem de que somos donos de nosso próprio destino n A atenção crescente dada aos UFOs promove o conceito de unificação do planeta Terra n As seitas ufolátricas de louvor a ETs podem se tornar a base de novas religiões Arquivo UFO Nonsiamosoli Cortesia Uri Geller :: www.ufo.com.br :: 12 Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
  • 13. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 13 :: www.ufo.com.br :: das seitas ufológicas freqüentemente enfa- tizam temas como a repressão sexual, se- gregação racial e va- lores retrógrados que as colocam em uma posição de capitalizar o crescimento de tais movimentos conser- vadores.Umexemplo notório é a atenção recebida pela seita The Two [Os Dois]–queredundaria,20anos,depoisnatragédia daHeaven’sGate[PortãodoCéu,foto]–eosucesso cadavezmaiordosgruposMelchizedekouMovimen- toRaeliano.Noâmagodasatividadesdessasseitas sectárias está a semente de movimentos religiosos revolucionários com potencial quase ilimitado. Enquanto a existência dos UFOs permanece cientificamente não comprovada e sem qualquer expectativa de que um dia ve- nha a ser, uma fração crescen- te do público vem se conven- cendo de que muitos fenôme- nos estão além do alcance da ciência e são impossíveis de serem desvendados racionalmente. Se essa fração se tornar maioria, ela poderá pôr fim à confiança e ao apoio inquestionável que a sociedade deposita na ciência. Em vez disso, poderemos ter em breve umsistemaintermediáriodecrenças,caracterizado porumaféquasemísticaemcontatos,combinada a uma adoração a toda forma de tecnologia avan- çada. Entre os contatados, a idéia de que todas as tentativas de controle científico devem ser postas de lado em favor da fé cega já prevalece. ciassociaisdoFenômenoUFO Daafirmaçãode que UFOs nos visita- ram no passado até a corrente casuísti- ca,ésóumpequeno passo para se dizer que seus tripulan- tes “conheceram as filhas dos homens e as acharam belas”, como consta, em outras palavras, na Bíblia. Depreende-se daí que alguns de nós poderiam ter sangue celestial nas veias, o que nos faria superiores aos demais. A idéiade“povoeleito”évelhaeperdeuarazãoem décadas recentes. Uma crença forte em interven- ção extraterrestre poderia reviver esse conceito primitivo, com grupos particulares reivindicando privilégios peculiares àqueles que descendem de exploradoresestelares.Jávimosquequandoasu- postacomunicaçãocomtripulantesdeUFOstoca em aspectos políticos cruciais, tende a enfatizar tendências totalitárias. Claude Vorilhon, o Rael [Foto], fundador e líder do Movimento Raeliano, por exemplo, reporta que seres alienígenas lhe disseram que a democracia era obsoleta. Outro famoso contactado dos anos 70 e 80, o autor Raymond Bernard, teria sido instruído para espe- rar uma “reversão de velhos valores”. Os Manipuladores — Esses seis efeitos da cren- ça em uma intervenção extraterrestre indicam que umaumentocrescentenocondicionamentosocial correlacionado com o Fenômeno UFO pode levar a mudanças complexas. Se “Os Manipuladores”, como muitos se referem aos seres extraterrestres, realmente existem, cumprimento-os pela sua tena- cidade. Mas estou curioso quanto a seus objetivos. Qualquer pessoa inteligente o suficiente para explo- rar a expectativa do público quanto a aterrissagens de UFOs, ou para simular uma invasão vinda do espaço, perceberá quão vulneráveis são as insti- tuições humanas no que refere às mudanças de imagem em relação a nós mesmos. Não é somen- te o contatado que é manipulado individu- almente, mas a ima- gem global noincons- ciente coletivo da hu- manidade. Gostaria de saber mais sobre a imagem que tais manipuladoresfazem de nós em seus cora- ções e mentes. n Motivações irracionais fortalecem a fé em uma aludida intervenção extraterrestre n As filosofias contatistas pressupõem que raças superiores eliminariam a democracia UFOmind Philipe Kling David Arquivo UFO UFOmind James Neff :: www.ufo.com.br :: 13 Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006
  • 14. 14 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 :: www.ufo.com.br :: Luca Oleastri “Milhõesjáforam INVESTIGAÇÃO 14 Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127
  • 15. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 15 :: www.ufo.com.br :: em locais onde foram realizados processos intrusivos. Não são raros os lapsos de memória da passagem de tempo com duração de uma hora ou mais – durante os quais os pais não encontraram seus filhos –, que são indicadores comuns tanto em crianças quanto em adultos. Criaturas protetoras — Às vezes os aliens são lembrados como amigáveis colegas de brincadeiras, ou até mesmo curandeiros. Geralmente, os abduzidossentemqueessascriaturas são protetoras durante a infância, mas os contatos tornam-se mais sérios e perturbadores na puberdade. Entretanto, até mesmo crianças podem sentir-se aterrorizadas com a experiência de serem levadas em direçãoaoespaço,contraasuavontade, e submetidas a processos muitas vezes dolorosos. Com freqüência, elas revelamessescontatosaospais,maseles dizemquenãopassaramdeumsonho. Eventualmente,aprendemavivercom asituaçãoeresolvemnãocontarnada a ninguém, até que, quando adultos, decideminvestigaresses fatos. :: www.ufo.com.br :: mlevadosporETs” O doutor John Mack, professor da Universidade de Harvard e especialista em abduções, declarou antes de falecer: 15 Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 O fenômeno dos seqües- tros por seres extrater- restres é uma realidade inegável,emboragrande parcela da sociedade e da comunidade científica ignore essa situação quase completamente. As chamadas abduções, ainda que não saibamos ao certo que objetivo têm, aumentamacadadia.Apesardealguns abduzidosrecordaremapenasdeum únicoincidentedramáticonasmãosde ETs,quandoumcasoécuidadosamente investigado, acabam por lembrar-se de contatos que ocorreram no início da infância ou ainda quando eram apenas bebês. Indícios de abduções na infância incluem a memória de uma “presença” ou “homenzinhos” no quarto; lembranças de uma inexplicável luz intensa nos cômodos da casa; a sensação de um zumbido ou vibração durante a ocorrência; impressãodeterflutuadopelocorredor ou tervisto de perto de um UFO. Também podem ocorrer sonhos muito realistas aos abduzidos, como o de ter sido levado para uma sala estranha ou de estar enclausurado John E. Mack, Ph.D. in memoriam
  • 16. 16 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 As experiências com abduções seguem ocorrendo a famílias, às vezes até por três gerações. Também nesses casos, a peculiar mistura de defesas psicológicas e um con- troleaparentedalembrançaatravésdeforças comandadaspelosalienígenastornamdifícil desenvolverem-se estatísticas com relação ao número ou porcentagem de parentes en- volvidos. Pais que eventualmente viram de pertoumUFO,ouatémesmotiveramenvol- vimento com abduções, geralmente negam suas próprias experiências – e até mesmo as dos filhos –, não querendo ser lembra- dosdeseusprópriostraumascomaabdução. Às vezes, crianças revelam ter visto um dos pais na nave, mas ao confrontá-lo com essa experiência,oprogenitorpodenãorecordar tersidoabduzido.Oupodeocorreroinverso: um pai ou irmão mais velho pode lembrar que foi abduzido e se sentir profundamen- te perturbado com o fato de não conseguir proteger o filho ou irmão do mesmo tipo de situação.Ou,aocontrário,umacriançapode se ressentir com o fato de um pai ou irmão não tê-la protegido da ação de ETs. Abduções recorrentes — Apesar da possibi- lidade de abdução ser recorrente por toda a vida da vítima, o padrão e a exatidão des- ses contatos não são claros, ainda. Alguns abduzidos acreditam que ocorrem em mo- mentosdeestressemotivadoporumarecep- tividadeespecífica.Anaturezaimprevisível de sua ocorrência é um dos aspectos mais angustiantes do fenômeno, tanto para os pesquisadores quanto para as testemunhas. Há outros sintomas ligados à associação inconscientecomelementosespecíficosde experiênciasdessegênero.Elespodemindi- carumpossívelhistóricodeabduções,mas nãosãodefinitivos.Incluemumasensação geral de vulnerabilidade, principalmente à noite, o medo de hospitais – ligado aos procedimentos de intervenção realizados nas naves – e medo de voar, de elevadores, de animais, de insetos e de contatos sexu- ais. Determinados sons, odores, imagens ou atividades, que são perturbadoras sem motivo aparente, podem posteriormente mostrar-se correlacionados à abdução. In- sônia, medo do escuro e de ficar sozinho à noite, dormir com a luz acesa, pesadelos e sonhos nos quais o indivíduo encontra-se emestranhasnavesouenclausurado...tudo isso é comum entre os abduzidos. Sangramentos inexplicáveis do nariz, ouvido ou reto podem ter um significado se associados a fenômenos de abdução. Irri- taçõesnapele,cortes,furosououtraslesões podem surgir da noite para o dia. Outros sintomassãodoresnossinosnasais,queixas urológicasouginecológicas,alémdedificul- dade urinária durante a gravidez e sintomas gastrointestinais persistentes. A investiga- ção de casos de raptos cons- titui um desafio ao estudio- so, já que a maior parte das informações obtidas não se encaixa nas noções correntes da realidade. A tentação que temos é a de aceitar algumas experiências–principalmente as que parecem fazer algum sentido dentro do nosso para- digma espaço-temporal –, e rejeitar outras que parecem absurdas e distantes do pon- to de vista físico. Mas essas discriminações não são sen- satas nem úteis à pesquisa do fenômeno. Pois todo ele é tão bizarro, do ponto de vista on- tológicoocidental,queaceitar algumas experiências e rejei- tar outras, por sua estranheza, parece ilógico.Além do mais, isso poderia limitar prematu- ramente o objetivo do estudo de um fenômeno sobre o qual poucoconhecemos.Ocritério aqui utilizado parte da premissa de que o relato foi comunicado pelo abduzido ao es- tudioso com sinceridade e forte sentimento com relação ao que foi narrado. Isso não significa que o que a vítima descreveu ocor- reu literalmente em nosso mundo físico. É importante distinguir três tipos ou níveis de informação quanto às abduções. Oprimeiroéoquesepoderiachamarde nívelfísicoaparente,queserefereafenôme- nos como o contato visual ou a localização de naves através de radar, de luz e sons ou partesdesoloschamuscados.Osefeitosnos seres humanos vão desde a gravidez inter- rompida e lesões na superfície, a implantes deixados no corpos dos abduzidos após as experiências. Trata-se de fenômenos que parecem ocorrer dentro dos limites do uni- verso físico familiar à ciência, e que podem serestudadosatravésdemétodosempíricos. A Ufologia preocupava-se principalmente com a observação direta até a descoberta da síndrome da abdução. Criação de fetos híbridos — Em segundo lu- garvêmosfenômenosquetalvezpudessem ser entendidos dentro dos limites do nosso universo espaço-temporal, se tivéssemos conhecimento científico-tecnológico e ha- bilidade para isso. Seriam os que sugerem tecnologias milhares de anos à nossa frente, por parte das civilizações que nos visitam. Essesfatosnãosão,pelomenosteoricamen- te,discrepantesdealgumasramificaçõesdas leis físicas estabelecidas pela ciência. Nesta categoriaseincluemcomoasnaveschegam até aqui, como os alienígenas fazem as pes- soas flutuarem através de portas, janelas e paredes, o “desligamento” da memória e da consciência dos abduzidos e outras formas de controle da mente. Também estão nes- ta categoria a criação de fetos híbridos e a encenação de imagens convincentemente nítidas de paisagens vistas pelos abduzidos como se fossem reais. E há também, finalmente, as experiên- ciasnarradasporabduzidosparaasquaisnão conseguimos conceber explicação qualquer dentro dos limites de nossa física. Incluem o parente domínio das viagens mentais rea- lizadas pelos ETs e, às vezes, pelas próprias “Os alienígenas acompanham o processo de crescimento da pessoa. Geralmente, iniciam a fase de raptos quando o indivíduo é criança, às vezes um simples bebê, e seguem fazendo suas experimentações durante a infância, puberdade e até quando suas vítimas tornam-se adultos. O ciclo nunca se encerra ”
  • 17. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 17 :: www.ufo.com.br :: vítimas, a sensação de que os acontecimen- tos relacionados ao rapto não se deram em nossoespaço-tempoeapercepçãodeoutras vastasrealidadesaindainexplicáveisparanós. Também inclui a profunda sensação, para o abduzido, de retornar à fonte da Criação ou do que alguns chamam de “consciência cós- mica”, uma experiência de uma dupla iden- tidade humana-alienígena. Isto é, os rapta- dos tendo a sensação de que são de origem alienígena,associamosentimentodereviver vidas passadas, incluindo os grandes ciclos do nascimento e da morte. Comosenãofosseobastante,osextrater- restresparecemmudardeforma,geralmente aparecendoaprincípiocomoanimaisparaos seqüestrados,enquantoqueasprópriasnaves podemserdisfarçadascomohelicópteros,por exemplo.Asemelhançacomespíritosanimais também ocorre com freqüência em casos de abduçãoeébastanteconvincenteparamuitos dosabduzidos.Essesfenômenosnãopodem serentendidosdentrodaestruturadeleisdaci- ência,emborasejambastanteconsistentesem relaçãoàscrençasdesenvolvidashámilhares deanosporoutrasculturasnãoocidentais.Há ocorrênciasdetestemunhosindependentesde abduções,masestessãorelativamenterarose denaturezalimitada.Assimcomo,emmuitos aspectos do fenômeno, a evidência pode ser convincente, mas, ao mesmo tempo, sutil- mente incômoda e difícil de ser corroborada com a quantidade de dados de sustentação requeridos para uma prova. Maridos e mulheres, por exemplo, cos- tumam ser “desligados” enquanto um dos cônjuges é seqüestrado por ETs, e dormem duranteoevento.Oabduzido,àsvezes,sen- te-se bastante frustrado quan- doseusgritosnãoconseguem acordar o parceiro adorme- cido, que pode se encontrar em um estado de consciên- cia mais profundo do que o sonho, aparentemente como se estivesse morto. O pesqui- sador Budd Hopkins docu- mentou um caso, agora am- plamente discutido, no qual uma mulher relatou que, da PontedoBrooklyn,emNova York, viu Linda Cortile, sua paciente, ser levada por se- res alienígenas, do 12o andar de seu apartamento até uma nave estacionada no céu. Es- ta,emseguida,mergulhouno rio. Tais observações corres- pondem exatamente ao que a senhora Cortile contou a Hopkins sobre sua abdução, em 1989. Este é o único ca- sodocumentadonoqualuma pessoa, que não foi abduzi- da,reveloutertestemunhadoumseqüestro alienígena que realmente ocorreu. Ao que parece, as testemunhas são os própriosabduzidosenvolvidos,quelevantam questõessobreaobjetividadedoobservador. Às vezes, de acordo com as narrativas rece- bidas, a ausência do abduzido durante meia hora ou mais pode ser notada por membros da família ou outras pessoas. Ou, mais rara- mente, durante dias, como no famoso caso de Travis Walton, ocorrido em 1978. Mas nesteeemoutrosseqüestros,ninguémosviu serem levados a uma espaçonave, e não há provas seguras de que a abdução foi a cau- sa da ausência. Há ainda o exemplo da filhadeoitoanosde uma de minhas pa- cientes,quetambém já me havia revela- doexperiênciascom abdução. Ao procu- rar por sua mãe, a menina percebeu que ela não estava no quarto durante a noite.Amãerelatou quetiveraumaexpe- riênciacomabdução justamentenoperío- doemqueafilhalhe revelou ter sumido. Pela manhã, a meni- na disse à mãe: “O papai estava lá, a coberta do seu la- do da cama estava dobrada, mas você tinha sumido”. Outra paciente narrou a ab- dução de uma colega de quarto, no dormi- tório da escola. Disse ter visto a amiga vol- tar e atravessar a porta pela qual foi levada. Quando os seres devolveram-na, a paciente observou que “a cabeça dela estava caída para o lado, e os cabelos também. Pensei que estivesse morta”. Ambiente estéril e frio — No entanto, tempos maistarde,elaprópriapassouporumaabdu- çãoe,portanto,suacredibilidadecomoteste- munhaindependentepoderiaserquestionada. Aobservação independente de um UFO nas proximidades onde uma pessoa revelou ter sofrido uma abdução é outro tipo de prova corroborativa, principalmente quando o se- qüestrado não chega a ver a nave. Às vezes, indivíduos narram ter sido levados para o interior de uma nave através do bojo ou de portaisovaisaolongodeseucontorno,embo- rageralmentenãoserecordemdomomento exato de seu ingresso ao veículo. Lá podem, aprincípio,notarqueestãoemumapequena sala escura, uma espécie de vestíbulo. Mas logo são levados para um ou mais aposen- tosmaiores.Estessãoclaros,iluminadospor fontesdeluzesindiretas.Asparedeseostetos são curvos e geralmente brancos, embora o chão possa parecer escuro. Dentro de naves, computadores e outros equipamentos encontram-se alinhados ao la- do dos aposentos, que podem ter balcões e vários níveis e nichos. Os instrumentos não sãonadaparecidoscomosnossos.Amobília épouca,limitadageralmenteapoltronascom encaixesparaocorpoemesascomapenasum suporte.Oambienteégeralmenteestérilefrio, mecânico e parecido com o de um hospital, excetoquandoocorremalgunstiposdeações mais complexas. Dentro das naves, os abduzidos geral- mente observam a tripulação ocupada com a execução de tarefas, monitora- çãodaaparelhagem, manipulação dos procedimentos da abdução etc. Os se- res descritos são de vários tipos. Apa- recem como entes luminosos altos ou baixos, que podem ser transluzentes ou pelo menos não só- lidos,comaparência derépteis.Assimco- mo há seres loiros e com semblante hu- mano nórdico. Às vezes são observa- EXPERTOespecialistaemabduçõesBuddHopkins, que investigou mais de 4 mil casos e inspirou cientistascomoopróprioJohnMackaingressar na pesquisa das abduções alienígenas Arquivo UFO Arquivo UFO CREDIBILIDADE Os casos de abdução mais confiáveis são aqueles em que testemunhas independentes observam a nave dos raptores durante o ato
  • 18. 18 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 dos ajudantes terráqueos trabalhando junto a hu- manóides. Todavia, de longe, as entidades mais comuns são os pequenos grays [cinzas], com um metro ou um pouco mais de altura. Estes humanói- dessãoprincipalmentede duas espécies. Há os cha- mados “zangões”, que são operários menores em forma de insetos, que semovemousedesligam como robôs, surgem mui- tas vezes do lado de fora ou no interior das naves eexecutamváriastarefas específicas. E há um lí- der mais alto, o chama- do“doutor”,comoosabduzidoscostumam referir-se a ele. Seres que se assemelham a enfermeiraseoutroscomfunçõesespeciais também são comumente observados. Olídergeralmenteémacho,emboratam- bém existam líderes fêmeas.Adiferença de gêneros não é claramente determinada pela anatomia dos seres, mas por uma sensação intuitivaaqualosseqüestradosencontramdi- ficuldadeemverbalizar.Osgraysregistrados têm cabeça grande, em forma de pêra, com umaprotuberâncianapartedetrás.Possuem braçoscompridoscomtrêsou4longosdedos, tronco fino e pernas espichadas. Não foram vistasgenitáliasexternas,comrarasexceções. Os seres observados não têm pêlos nem ore- lhas,possuemnarinasrudimentareseumfino traço como boca, que raramente se abre ou expressa emoção. De longe, a característica que mais se destaca são os enormes olhos negros, que se curvam para cima. Controledavidadosabduzidos—Nãoparecem terpupilas,apesarde,ocasionalmente,serem comparados a uma espécie de “olho dentro do olho”, como se a parte preta externa fos- se uma espécie de óculos. Os olhos dos ETs têmumpoderdominador,eosabduzidosem geralsentemmedodefitá-los.Osabdutores também costumam vestir uma espécie de túnicajustainteiriça,levementeadornada,e botas. Menciona-se também, com freqüên- cia, o uso de uma espécie de capuz. O líder, segundorevelamosabduzidos,éumpouco mais alto – talvez, no máximo, com 1,20 ou 1,50 m – e seus traços são semelhantes aos danave.Aatitudedosabduzidosemrelação ao líder dentro do UFO é geralmente ambi- valente. Costumam reconhecer a existência deste ente em suas vidas e mantêm uma es- treitaligaçãocomele,experimentandouma forterelaçãoqueseassemelhaaoamor,que até mesmo pode ser recíproca. Ao mesmo tempo,ressentem-sedocontrolequeeletem exercido em suas vidas.Acomunicação en- tre aliens e humanos é telepática, sem que seja necessário o aprendizado de uma lín- gua comum. Os procedimentos que ocor- rem no interior das naves são descritos em detalhes na literatura sobre raptos. Podem ser classificadas em dois tipos: físicos e in- formativos. O seqüestrado quase sempre é despido e forçado – nu ou vestindo apenas uma roupa simples, como uma camiseta – a deitar-se sobre uma mesa com encaixes para o corpo, onde ocorre a maioria das operações. O protagonista pode ser o único a submeter-se ao processo durante uma ab- duçãoemparticular,ouverum,doisoumais humanos em semelhante situação. As criaturas abdutoras parecem estudar interminavelmente seus prisioneiros, exa- minando-oscomintensidade,emgeralcom seus enormes olhos bem próximos da cabeça dos humanos. Os abduzidos podem ter a sensação de que o conteúdo de suas mentes está sendo revela- doouabsorvidopelosETs, como se fosse um escane- amento do cérebro. Pele, cabelo e outras amostras do interior do corpo das vítimas são retiradas com a utilização de vários ins- trumentos, descritos deta- lhadamente depois da ex- periência,poissãousados para penetrar em todas as partesdocorpodapessoa. Foram relatados proces- sos exaustivos, como se fossem uma cirurgia, executados no inte- riordacabeçadosabduzidos,queacreditam terem alterado seus sistemas nervosos. O procedimento mais comum e mais importan- te envolve o sistema reprodutor. Instrumen- tos que penetram o abdome, ou através dos órgãos genitais, são usados para retirada de amostrasdeespermadehomensepararemo- ver ou fertilizar óvulos de mulheres. Extinção das emoções — Mulheres abduzi- das revelaram terem sido engravidadas pe- los seres alienígenas e, posteriormente, ter seus fetos – híbridos ou não – removidos. Muitasvezes,alegamquevêemospequenos embriões serem colocados em recipientes de vidro no interior da nave, e que durante abduções subseqüentes viram incubadoras nas quais os bebês eram criados de maneira artificial.Algumasmulhereschegaramaver criançashíbridasmaisvelhas,adolescentese até adultos, que seriam seus filhos, segundo informaçãodadapelosalienígenasouporque, intuitivamente, sabiam serem seus rebentos. Às vezes, os ETs tentam fazer com que as mães humanas segurem e amamentem es- sas criaturas, que em geral são indiferentes ao toque dos seios, ou estimulam as crian- ças humanas a brincarem com as híbridas.A princípio, tudo isso perturba profundamen- te o abduzido. Seu terror, contudo, pode ser amenizado de alguma forma com a garantia dada pelos alienígenas de que não serão ma- chucados,eatravésdemétodosdereduçãoda ansiedadeoualgumtipodeanestesiaqueeles usam. Estes métodos incluem instrumentos queafetama“energia”ouas“vibrações”do corpo,sendoosprópriosabduzidos,reduzin- do em grande parte o medo ou a dor sentida pelas vítimas, levando-as até a estados de considerável relaxamento. No entanto, há casos em que tais técni- cas para aliviar o medo e a dor dos abdu- zidos falham completamente, e o terror e “Nossos visitantes extraterrestres parecem mudar de forma, geralmente aparecendo a princípio para os seqüestrados como animais, enquanto que as próprias naves podem ser disfarçadas como helicópteros, por exemplo ” MATERNIDADE Cena do Intruders em que uma abduzidaobservaagestaçãoartificialdefetos híbridosremovidosdemulheresraptadaseen- gravidadas em seqüestros anteriores Intruders
  • 19. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 19 :: www.ufo.com.br :: a raiva são produzidos pelos mesmos apa- relhosusadosparaaextinçãodasemoções. Em várias ocorrências, o conteúdo trau- mático da abdução, semelhante ao de um estupro,podeiralterando-se,àmedidaque os abduzidos forem atingido novos níveis decompreensãodoqueestáocorrendo,ou na medida em que o relacionamento de- les com os alienígenas for se modificando durante o curso dos trabalhos. Em suma, o aspecto puramente físico ou biológico do fenômeno do seqüestro extraterrestre parece ter alguma espécie de engenharia genética, com o propósito de criar uma prole híbrida humano-alienígena. Não temos provas, ainda, de que exista uma alteração genética induzida por aliens, no estrito senso biológico, embora seja pos- sível que tal fato tenha ocorrido. Há um outro aspecto importante rela- cionado à abdução, que tem a ver com o fornecimentodeinformaçõesàsvítimasea alteraçãodesuasconsciências.Nãosetrata apenasdeumprocessopuramentecognitivo, mas que atinge profundamente a vida emo- cional e espiritual, transformando radical- mente a percepção que têm delas mesmas, do mundo, dos seus semelhantes e de seu lugar na Terra. As informações recebidas referem-se ao destino do planeta e nossa responsabilidade pela destruição da nature- za.Sãotransmitidasporprocessotelepático e através de fortes imagens mostradas em telas de monitores dentro das naves, seme- lhantesàtelevisãodeplasma.CenasdaTerra devastadaporumholocaustonuclear,vastos panoramas de águas e paisagens poluídas e sem vida, imagens apocalípticas de gigan- tescos terremotos, incêndios, enchentes e até mesmo fendas no próprio planeta são mostradas pelos alienígenas. Evolução da vida — As cenas são profun- damente chocantes para os raptados, que as tomam como uma sombria previsão de nosso futuro. A alguns deles são dadas ta- refas para o holocausto futuro, como a de alimentar os sobreviventes, ou são infor- mados de que alguns perecerão enquanto outros serão levados para outro lugar, a fim de participar da evolução da vida no universo. Certos pesquisadores de abdu- ção acreditam que essas imagens não são mostradas com o propósito de alterar o cur- so da história do planeta de uma maneira positiva. Ao contrário, sustentam, que os ETs estariam estudando as reações dos ab- duzidos e levando-os a acreditar que estão preocupados com nosso destino, porque se preparam para dominar a Terra, uma vez que eles mesmos foram destruídos por um apocalipse científico e tecnológico similar ao que poderia nos atingir. É uma tese. Ou- tros argumentam ainda que, se os alieníge- pela nave parece servir como uma fonte de energiaparatransportá-lodolocalondeestava até o veículo, que se encontra à espera dele. Quase sempre é acompanhado por um ou mais humanóides que o guiam até a nave. Nesse ponto, o abduzido descobre que foi dominado ou paralisado por algo como um toque de mão ou por um instrumento mane- jadopelosseres.Avítimaconseguemovera cabeçaegeralmentepodeveroqueestáse passando,apesardefreqüentementefechar os olhos, numa tentativa de negar ou evitar a realidade que está vivendo. Sensaçãovital—Oterrorassociadoàimpotên- cia mescla-se com a natureza apavorante das experiências de seqüestro alienígena. Quando elassedãonoquarto,avítimapodeinicialmente não ver a nave, que é a fonte de luminosida- de e se encontra do lado de fora da casa. De tamanhos variados, os UFOs emanam fortes luzes de cores brancas, azul, alaranjados ou vermelha,desuaparteinferioredasaberturas laterais,quecontornamsuabordaexteriorcom aformadeescotilhas.Osabduzidospodemser levados apenas a este objeto voador ou, atra- vés dele, a um maior e mais distante do solo, considerado uma nave-mãe. Em raras ocasiões, são levados direta- mente para o alto, para a nave maior, e vêem sua casa ou o chão embaixo diminuindo ve- lozmente.Normalmente,reagemnessaeem ocasiões posteriores na tentativa de deter a experiência, mas isso de nada adianta, a não ser para dar ao paciente uma sensação vital de que ele não é apenas uma vítima passiva. Entretanto,hápequenasvariaçõessobreoque é vivido durante essa fase da abdução. Q uase unanimemente, os contatos que levam à abdução começam nos lares ouemautomóveisemandamento.Em alguns casos raros, o abduzido pode estar ca- minhandopelaruaquandoélevado.Oprimeiro indicativodequeestáparaocorrerestefenôme- nopodeserumainexplicávelluzazuloubranca que inunda o ambiente em que está a vítima, acompanhado de um estranho zunido. Os se- qüestradosrelatamsentirapreensão,sensação de uma “estranha presença” ou até mesmo o avistamentodiretodeumoumaishumanóides, Além, é claro, da própria nave. Durante a noite, quando são mais co- muns, as abduções se dão nas primeiras ho- ras da manhã, e o abduzido pode a princípio achar que se trata de um sonho. Mas um cuidadoso interrogatório feito pelo estudioso revelará que o protagonista não estava dor- mindo e que a experiência teve início em um estado consciente, após ter acordado. Ao co- meçar o processo, a vítima pode sentir uma sutil mudança de consciência, ficando mais perceptívelaoquesepassaaoredor.Àsvezes, háummomentodechoqueetristezaquando o seqüestrado descobre, na entrevista ou du- ranteumasessãodehipnose,queaquiloque pensavaserumsonhoeofaziasentir-semais confortávelfoi,naverdade,umaexperiênciabi- zarraeapavorantedeabduçãoalienígena,que lembra ter acontecido, mas para a qual não tem explicação. Após o contato inicial, o ab- duzidonormalmenteflutuaemdireçãoànave, às vezes pelo corredor, através de paredes, ja- nelasouotetodocarro.Emgeral,espanta-se ao descobrir que atravessou um objeto sólido, sentindoapenasumalevesensaçãovibratória. Na maioria dos casos, um raio de luz emitido Os mecanismos de uma abdução alienígena John Mack, in memoriam Intruders
  • 20. 20 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 nas estivessem realmente interessados em nosso bem-estar, teriam se manifestado de maneira mais decisiva e interviriam direta- mente em nossos assuntos. Transformaçãodeconsciência —As testemu- nhas de abdução relatam que os próprios ocupantesdosUFOs,seusraptores,quando confrontados com este assunto, dizem que nãoestavamprontosparaarevelaçãodesua existência e que os trataríamos agressiva- mente, por isso não se revelam. Alguns se- qüestradosinformamqueosextraterrestres nãoqueremmudaremnossaespécieatravés da coerção, mas sim através de uma trans- formação de consciência que nos levaria a escolher um curso diferente. Bem quando os processos envolvidos nas abduções che- gam ao final, com toda a rotina exposta aci- ma,éhoradasvítimasseremdevolvidasao seuhabitat.Masosabduzidosnormalmente têm menos detalhes de seu retorno à Terra doquedaprópriaexperiênciaabdutiva.Em geral,elessãotrazidosdevoltaparaacama ou o carro de onde foram levados, porém às vezes são cometidos enganos pelos ETs, que podem devolvê-los longe e, até mes- mo a quilômetros de distância. Mas isso é muito raro. Pequenos equívocos são mais comuns, como pousar o abduzido virado para o lado errado da cama, com seu pi- jama abotoado ao contrário ou do avesso, ou faltando alguma peça do vestuário ou jóias. O ufólogo Budd Hopkins revela um caso ocorrido em 1992, no qual duas pessoas foram devolvidos para os carros errados. Ao se cruzarem na estrada, os motoristas reconheceram o carro um do outro. Eles foram então “reabduzidos” e devolvidos aos veículos certos. Apósoseqüestro,avítimapodetervários grausdememóriasobresuaexperiência.Às vezes, o que aconteceu será lembrado como um sonho. Em geral, fica exausta e sente co- mo se tivesse passado por uma experiência estressante. O fenômeno físico que acom- panha as abduções é importante, mas ganha significadoprimordialàmedidaquecorrobo- ra as próprias experiências das vítimas, pois os efeitos tendem a ser sutis e por si só não convenceriamumclínicoconvencional.Por exemplo,emboraastestemunhastenhamcer- teza de que os cortes, cicatrizes e pequenas ulcerações recentes surgiram em seus orga- nismos após experiências relacionadas aos procedimentos executados na nave, essas le- sõessãoemgeralbastantetriviaisparaterem um significado médico. Similarmente, mui- tasmulheresforamengravidadaseoproduto da gravidez, removido durante o seqüestro alienígena, mas não há ainda um caso no qual o médico tenha documentado que um feto tenha desaparecido como resultado de um seqüestro por seres extraterrestres. Muitos também notam que aparelhos elétricos ou eletrônicos de sua casa dão de- feitoporcausadaabduçãoquesofreram,ou simplesmente quando encontram-se pró- ximos dos mesmos. É como se portassem algum tipo de magnetismo ou eletricidade. Mas é quase impossível se provar que tais distúrbios estejam relacionados a esses fa- tos, ou mesmo que ocorreram. Os abduzi- dos freqüentemente se convencem de que algum tipo de aparelho ou chip foi implan- tado em seus corpos, sobretudo na cabeça, a fim de que os aliens possam rastreá-los oumonitorá-los.Essessupostosimplantes podem ser sentidos como pequenos nódu- los sob a pele, e em vários casos minúscu- los objetos são recuperados e analisados bioquimicamente e através de microscó- pios eletrônicos. Um dos mais experien- tes cirurgiões a realizar tais extrações é o doutor Roger Leir, da Califórnia [Autor de Implantes Alienígenas, código LIV-011 dacoleçãoBibliotecaUFO.Vejanaseção Shopping UFO desta edição]. A natureza dos implantes — Os experts em abduções,entretanto,aindanãoencontraram provasdequeosimplantesretiradosdoscor- pos de abduzidos sejam compostos de ele- mentosrarosoucombinadosdemaneirainu- sitada,incomunsouinexistentesna Terra. Engenheiros químicos e ou- trosespecialistasemtecnologiade materiais que os analisaram infor- maramqueseriadifícilsefazerum diagnósticopositivodanaturezade qualquer substância desconhecida nestesartefatos,semhavermaiores informaçõessobresuasorigens.Na melhor das hipóteses, seria quase impossível atestar se uma substân- cianãoédeorigemterrestreoubio- lógicahumana.Casoessesobjetos tivessem mesmo sido deixados no corpo humano por ETs, não seria difícil adaptá-los, combinando-os com o próprio sistema químico do corpo. Assim, as análises não de- tectariamnadaincomum.Comoéo caso de várias pessoas que sentem nitidamentenódulosemseucorpo, após uma abdução, os quais não estavamláanteriormente.Quando os seqüestrados se submetem à ex- tração cirúrgica, o laboratório e os médicosnãoencontramnadadees- tranhonotecido.Houveumaconsi- derável empolgação entre os espe- cialistas quando foi descoberto o primeiro implante.Ali, finalmen- te, estaria uma prova física con- creta da realidade das abduções, umobjetoverdadeirorecuperado de um mundo alienígena. Entretanto, o fato de que o fenômeno se revela dessa forma não é muito anima- dorparaosestudiosos,maséodesafioque eles têm à mão. Esperar por uma compro- vação do assunto com parâmetros, diga- mos, científicos, aliás, pode até ser uma espéciedeerrodapartedosestudiosos,que pressupõem que o Fenômeno UFO – e o das abduções em especial – se manifesta dentro de padrões lógicos. Isso não ocor- re. Em outras palavras, talvez seja errado torcer para que um fenômeno cuja própria natureza é sutil – e um de seus objetivos pode ser ampliar e expandir nossos meios de conhecimento – descortine seus segre- dos para uma metodologia que opera em um nível inferior de consciência, como a humana. Por causa da relativa fragilidade dasdescobertasfísicas,apesardegenuínas, uma pesada carga de provas da realidade do fenômeno da abdução cai sobre as ex- periênciasvividasoutestemunhadaspelos próprios abduzidos, que já são chamados em certos círculos como “experienciado- res”. Uma teoria que pode começar a ex- plicar a natureza dos seqüestros terá que contarcomcincodimensõesbásicas.Apri- meira é o alto grau de consistência dos de- talhadosrelatosdeabdução,narradoscom a emoção apropriada pelas vítimas. Isso
  • 21. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 21 :: www.ufo.com.br :: incluiaausênciadedoençapsiquiátricaou outros fatores psicológicos e emocionais nos abduzidos, aos quais pudesse ser cre- ditado o que está sendo narrado. Eterna sensação de isolamento — Também temos as transformações físicas que afetam oscorposdosseqüestrados,quenãoapresen- tamnenhumpadrãopsicodinâmicoevidente. Outro fator importante é a associação com avistamentosdeUFOs,independentemente por outras pessoas, enquanto ocorrem os se- qüestros.Alémdosrelatosfeitosporcrianças comdoise3anosdeidade,quedificilmente podem ser forjados. É desnecessário dizer que as abduções afetam profundamente quem as vivencia. Seus efeitos são trau- máticos e perturbadores, mas também po- dem ser transformadores, levando a uma significativa mudança pessoal e progresso espiritual. Se esses elementos são intrín- secos a esse fenômeno, em parte por cau- sa do trabalho terapêutico integrado feito pelo pesquisador, ou se é um subproduto do acordo com relação à natureza das ex- periências, é uma questão a ser explorada. Já o aspecto traumático das abduções tem algumas dimensões a serem consideradas. Aprimeirasãoasprópriasexperiências.Ser paralisado e levado contra sua vontade por seresestranhosparaumanaveesubmetidoa processos intrusivos – alguns dos quais são especialmente humilhantes para a pessoa –, obviamenteébastanteperturbador.Emvista disso,ésurpreendentequeaspessoasquesão raptadas,emgeral,nãosejammaisabaladas emocionalmente do que são. Aindaquantoàteoriaquetentaexplicara naturezadosseqüestros,asegundadimensão básicas é o fato de que os abduzidos sofrem uma eterna sensação de isolamento, estra- nhandoaspessoasqueocercam.Lembrando conscientemente muitos elementos de suas experiências,asvítimassentemque sãodealgumaformadiferentesdos outros, que não pertencem a essa sociedade. Quando é uma criança, dizem-lhe que os eventos relacio- nadosàsuaabduçãosãoumsonho, oumesmoqueelaestavamentindo. Éporissoqueelaaprendeamanter taisassuntosparasimesma,evitan- docomentá-loscomoutros,mesmo quandovoltamaserepetir.Quando o abduzido é adulto, este não fa- la sobre suas experiências, exceto emcondiçõesemqueháconfiança, poissabequeseráencaradocomce- ticismoecomfalsasinterpretações, quando não com escárnio. A terceira dimensão que se deve levar em consideração é a de que os raptados vivenciam o chamado“choqueontológico”ao se aprofundarem na realidade de seus contatos. Eles, como todos nós, foram criados sob a crença de que os habitantes da Terra es- tão sozinhos no universo, e que simplesmente não é possível se- res inteligentes entrarem em nos- so mundo sem usar as avançadas formas de nossa tecnologia e obedecer as leis da nossa física. Assim, os abduzidos tendem a persistir na esperança de que se- rá encontrada uma explicação psicológi- ca para suas experiências, mesmo quando dizem que o que aconteceu com eles foi verdadeiro. E por fim – quinta dimensão –, os traumas relacionados com os seqües- tros alienígenas são incomuns, uma vez que podem repetir-se a qualquer momen- to. São imprevisíveis e sua recorrência na vida de uma pessoa não segue qualquer padrão pré-estabelecido. Pais abduzidos geralmente procuram primeiro investigar suas próprias experiências, ao descobri- rem que um ou mais de seus filhos estão vivendo uma situação parecida com a que passaram. A descoberta de que não con- seguem cumprir suas responsabilidades protetoras,comoprogenitores,rompeseus credos e os motiva ao confronto com suas próprias experiências soterradas, na tenta- tiva de serem mais úteis aos filhos. Distúrbios de função sexual —Além dos efei- tostraumáticosespecíficosdeumaabdução alienígena a longo prazo, a vítima também pode sofrer de uma infinidade de sintomas sutis. Eles incluem vários temores, como os de hospital e seringas, além de sintomas como dor de cabeça, problemas gastroin- testinais, urológicos ou ginecológicos, e até distúrbiosdefunçãosexual.Édecertaforma irônico, em vista dessas seqüelas patológi- cas, que muitos abduzidos tenham experi- mentadooutestemunhadoacuradeestados quevãodesdeumsimplesferimentoàpneu- moniaouleucemiainfantil.Eéinteressante quenemtodostenhamvividoostraumáticos procedimentosintrusivosquecaracterizamo fenômeno. Talvez não se trate simplesmen- te de uma questão de resistência ou recusa. Algumas pessoas parecem ser selecionadas para serem instruídas por seus raptores, ou atémesmoesclarecidas,emumaespéciede reprogramação por seres geralmente delica- dosou“luminosos”,comoostratammuitas das vítimas. Talvez essas pessoas, que pa- recem possuir uma espiritual qualidade de liderança, tenham uma percepção diferente, sejam mais temerosas ou mais dispostas a perder o controle e agir movidas pelo seu terror do que outros abduzidos. Umhistóricodeabduçõesnavidadeuma pessoa pode causar grande tensão em uma relaçãoíntima,matrimonialoudeoutraespé- cie. Isso ocorre em especial quando um dos cônjuges é um raptado e o outro não, e este não consegue aceitar a realidade das expe- riências do companheiro. Relacionamentos também são rompidos quando um dos dois consegue um desenvolvimento pessoal sig- nificativo – direta ou indiretamente resulta- do de suas experiências –, deixando o par- “Os abduzidos freqüentemente se convencem de que algum tipo de aparelho ou chip foi implantado em seus corpos, sobretudo na cabeça, a fim de que os alienígenas possam rastreá-los ” EXPERIMENTOSOsraptoresgeralmente coletamsêmendehomensabduzidose óvulosdemulheresraptadas,certamen- te para experiências genéticas Imagens Alberto Romero
  • 22. 22 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 ceiroparatrás.Sobreestaquestão,devemos dar maior atenção aos aspectos do progres- so transformacional e espiritual envolvidos no fenômeno tratado.Visto que esse lado da manifestação tem sido negligenciado ou en- carado como incompatível com a dimensão traumática vivida pelas vítimas.Além disso, essa área tão pouco pesquisada possui um considerávelsignificado–nãoestáclaropor queacontecemasabduções,masamaiorpar- tedenossospacientesparecesentirliberdade para nos dar uma resposta para o questiona- mento. Talvez pelo fato de estarmos, os ufó- logoseestudiososdosseqüestrosalienígenas, abertosedispostosaouvirsobreexperiências ouinformaçõesconsideradasabsurdasparaa maioriadospesquisadores.Emqualquereven- to,tentamosteromáximodeescrúpulospara não conduzir as vítimas em assuntos que en- volvemaexpansãoespiritualoudaconsciência. Estes são conceitos muito pessoais. Projeto de hibridização — De qualquer for- ma, é de suma importância examinarmos uma mudança no relacionamento entre o raptadoeosraptores,antesdeserrecebida ainformaçãoatravésdoestadoalteradoda consciência do primeiro. Embora a intera- ção com extraterrestres possa ter sido até divertida para alguns, ou mesmo íntima para outros, quando ocorrem na tenra in- fância ela tende a se modificar para mais perturbadora e traumática, quando se apro- xima a puberdade e os aliens iniciam com as vítimas seus projetos reprodutivos hí- bridos, que são o objetivo final de toda a recorrênciadoprocessoabdutivo.Quando ocorre uma intervenção traumática, os ab- duzidos tendem a sentir-se como vítimas de seres hostis que os vêem friamente ou simplesmente como espécimes de um pro- jeto que serve apenas às suas necessidades – dos ETs. Podem sentir-se traídos pelos aliens.Mas,àmedidaquenossotrabalhose aprofunda, especialmente quando a força desse extraordinário contato é reconheci- do e abduzido passa a aceitar a sua falta de controle sobre o processo, o medo e a adversidade do relacionamento parecem dar lugar a uma relação mais recíproca, na qualpodeocorrerumamútuacomunicação entre humanos e extraterrestres. O raptado pode até sentir um profundo amorpelosalienígenas,comomuitosjádes- creveramseussentimentos,eperceberqueé correspondido.Ocontatoatravésdosolhos parece desempenhar um importante papel noestabelecimentodesseprocesso.Emvez de ficarem ressentidos com o fato de terem seuespermaeóvulosusadospelosraptores emseuprojetodehibridização,porexemplo, passam a sentir que estão participando de um valioso processo de criação e evolução da vida. Há os que poderiam argumentar que essa mudança nos seqüestrados diante de uma situação de impotência como a da própria abdução é, na realidade, uma mu- dançadefensivacomafinalidadedemitigar a dor e o pânico. Isso pode ser considerada uma tentativa do ego de manter o senso de domínio, abrindo mão de sua voluntarie- dade, que está sendo tomada à força. Ou uma tentativa de reduzir uma dissonância cognitiva, fazendo crer que o custo emocio- nal dessa experiência traumática possa ser equilibrado pelo fornecimento de algo bom e positivo para o universo. Também é possível, por outro lado, que a superação da experiência do rapto alienígena possa dar à vítima acesso a experiências de significado transpessoal, como o amor universal e a união aos seus semelhantes,quetornampossívelessacon- dição. Da mesma forma, a área das expe- riências relacionadas ao progresso espiri- tual ou transformacional, é difícil separar causa e efeito, ou mesmo pensar apenas em termos causais. Será que um abduzido recebe – e transmite – informações sobre a experiência de uma vida passada porque sua percepção está aberta à possibilidade de tal assunto? Ou a emergência na consci- ência da lembrança de uma vida passada, facilitadapelonossotrabalhoemconjunto, revela um horizonte pessoal expandido e alargaosensodopróprioseremrelaçãoao chamado maior da consciência universal? Não sabemos, ainda. O fato de que o rela- cionamentoentreabduzidosealienspossa evoluir de forma expressiva com o tempo nos faz questionar a divisão dos seres en- tre os que são construtivos, bons e amá- veis e outros que são traiçoeiros e hostis, dispostos a dominar o nosso planeta. Por exemplo, a idéia de que os “seres de luz” são bons ou atenciosos, e de que os cinzas são metódicos e indiferentes. Essa espécie de rótulo caracteriza os grupos humanos e asrelaçõesétnicas,etemmuitopoucoaver com as relações inter-espécies. Instrumentação intrusiva nas naves — Além do mais, é comum aos abduzidos se encon- trarem,porexemplo,comentidadesdeluze tambémcomospequenoscinzentos,répteis e outros tipos de seres simultaneamente, du- rante a mesma abdução. É possível que este- jamos lidando com relacionamentos evolu- cionáriospornaturezaenãocompreensíveis nos termos lineares de nossa ciência. Há al- gunstiposdeexperiênciasduranteabduções que parecem relacionadas com o progresso pessoal e de transformação dos abduzidos. Em alguns casos, ocorre a sensação de total de terror e raiva associados à impotência e à instrumentação intrusiva nas naves. Então o reconhecimento e a aceitação das experi- ências tornam-se possíveis, e segue-se o es- treitamentodorelacionamentos,quepodedar origem ao progresso pessoal. À “morte do ego” seguem-se outros níveis de transforma- ção.Osextraterrestrespodemservistoscomo entidadesintermediáriasentreoestadototal de encarnação dos seres humanos e a fonte primevadaCriaçãoouatémesmoDeus,no sentido de uma consciência cósmica, e não de um ser personificado. Nesse caso, os ab- duzidos às vezes tomam os aliens como an- jos ou “enviados”. Os seres de luz também estãonestacategoria.Elespodemrealmente “Experiência transpessoal é a sensação de o abduzido possuir uma dupla identidade humano- alienígena. No seu “eu alienígena”, ele pode descobrir-se fazendo muitas das coisas que os outros extraterrestres fizeram a ele e a outros seres humanos, como estudar suas mentes ou até executar procedimentos reprodutivos ” NOVA RAÇA Os ufólogos suspeitam que a coleta de material genético humano serve para a produção de crianças híbridas
  • 23. Edição 127 – Ano XXII – Novembro 2006 23 :: www.ufo.com.br :: ainda vivenciar uma espécie de retorno ao seu“larcósmica”,umreinobelíssimoalém doespaço-tempoqueconhecemos.Quando isso ocorre durante uma sessão de hipnose com vítimas de seres extraterrestres, surge uma forte e indescritível sensação de ale- gria nas mesmas. E de maneira inversa, abduzidos podem chorar de tristeza quando vivem a sensação de ter que deixar seu lar cósmico, voltar à Terra e novamente ter que encarar o dia a dia.Asensação de vidas passadas também é comumduranteassessões,semprecomuma forte emoção em relação ao material mental que está emergindo. Isso é mais freqüente quandoopesquisadorrecolhepistasdurante seuprocedimentohipnótico,nasquaisforam vividos contatos na infância. Os abduzidos fazemqueixasousimplesmenteobservações negativassobreestaroutravezaquinaTerra, ou de ter retornado ao planeta, como se já se sentissem vivendo em outra realidade. As vidas passadas que emergem parecem ter relevânciacomrelaçãoaoseuconhecimento pessoalouevolução.Experiênciaspassadas dãoaoseqüestrado–eaopesquisador–uma diferente perspectiva do tempo e da nature- za da identidade humana. O ciclo de vida e morte, diante das longas extensões do tem- po, podem ser revividos em pouco tempo nassessõeshipnóticas,fornecendoumsenso menosderivadodoegoedapequenezdeum período de vida individual, a partir de uma perspectiva cósmica. Integração terrestre e extraterrestre — Mui- tas vezes, a consciência dos abduzidos apa- rentanãoestaracopladaaocorpo,eanoção de uma alma com uma existência separada dele torna-se relevante para o estudo das abdução. Quando se consegue a separação entre consciência e corpo, tornam-se possí- veis outros tipos de experiências transpes- soais. Por exemplo, ocorre a identificação da consciência com tipos praticamente in- termináveis de seres e entidades através de espaço e tempo. Por exemplo, um raptado brasileiro, que descobriu que seus contatos com os ETs o deixaram aberto à identifi- cação com mitos e entidades espirituais de sua cultura folclórica, da qual havia sido desligado por sua educação intelectual oci- dental. Um diferente, porém importante as- pectodessetipodeexperiênciatranspessoal é a sensação de a vítima possuir uma dupla identidade humano-alienígena. No seu “eu alienígena”, ele pode descobrir-se fazendo muitas das coisas que os outros extraterres- tres fizeram a ele e a outros seres humanos, como estudar suas mentes ou até executar procedimentos reprodutivos. A tal noção de identidade alienígena pa- rece estar ligada de alguma forma à alma do “eu humano”, e uma das tarefas com as quaisoabduzidosedefrontadeimediatoéa da integração de suas partes terrestre e extra- terrestre, que assume o caráter de uma “real- malização”desuanaturezahumana,digamos assim.Aexperiência de reviver o fenômeno leva o abduzido a se abrir para outras reali- dades,emreinosquecostumamserdescritos como estando atrás de um véu ou outro tipo de barreira que o mantém em um estado de consciêncialimitadoaomundofísico.Quan- do interrogado sobre essas experiências, o abduzidoapresentaproblemasemencontrar palavrasparadescreveroqueocorreuefalar sobreocolapsoespaço-temporalquesugere terpassado,deestarnomesmomomentoem tempos e lugares múltiplos. O resultado das experiências abdutivas levam,emgeral,àdescobertadeumsentido novo quanto ao seu lugar no cosmos – um lugar mais bonito, respeitoso e harmonioso emrelaçãoàTerra.Emoçõescomoestupefa- ção,respeitopelomistériodanaturezaeum elevadosentidodoqueésagradonomundo natural são vividas por quem passa por tais experiências, e às vezes até com profunda tristeza, por parte do abduzido, por sua apa- rente impotência diante da crise ambiental do planeta Terra. A seqüência dos casos de seqüestros alienígenas normalmente reflete um tipo de progressão que vai das histórias mais simples às narrativas mais complexas e multidimensionais. Essas experiências su- gerem que o fenômeno da abdução possa influenciar na transformação de nossas ins- tituições e vidas coletivas. John Mack fundou e dirigiu por muitos anos o The John E. Mack Institute (JIME), que se define como “uma instituição para explorar as fronteiras da experiência humana através de uma pesquisa inovadora”. Seu endereço na internet é: www. johnemackinstitute.org. Publicidade Hajime Sorayama
  • 24. 24 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 PESQUISA Comunicação en O contato entre terrestres e alienígenas tem padr 24 :: www.ufo.com.br :: Novembro 2006 – Ano XXII – Edição 127 Taken