Este documento fornece informações sobre iluminação com vídeo, formatos de vídeo, interfaces de controle de vídeo e áudio, multi-projecção, criação de vídeo, mapeamento de projeção e legendagem em tempo real. Discute como o vídeo pode ser usado como iluminação, formatos e codecs de vídeo, e ferramentas para edição e animação de vídeo.
2. Iluminação com video
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O video quando usado em projecção no
palco é acima de tudo luz em movimento e
como tal, pode sempre ser usado como um
meio de iluminação.
Aspectos a ter em conta:
- o video e a luz de palco convencional são
complementos um do outro e nunca se devem
sobrepor;
- o desenho de video e o desenho de luz devem
sempre convergir num único sentido, caso
contrário tornam-se inimigos;
- a luz do video é fria, a luz de palco pode ser quente
Einstein Dreams, Rui Horta
Gotheborg Opera, Suécia
http://youtu.be/ESWnAV3dMhU
3. Performance vs Qualidade
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projecção fluida com qualidade mínima aceitável VS projecção de alta resolução e com pouca performance
http://gizmodo.com/5093670/giz-explains-every-video-format-you-need-to-know
Os principais formatos:
• AVI (Audio Video Interleave) is Windows' standard multimedia container
• MPEG-4 Part 14 (known to you as .mp4) is the standardized container for MPEG-4
• FLV (Flash Video) is the format used to deliver MPEG video through Flash Player
• MOV is Apple's QuickTime container format
• OGG, OGM and OGV are open-standard containers
• MKV (Mastroska) is another open-specification container that you've seen if you've ever downloaded anime
• VOB means DVD Video Object. Guess what? It's DVD's standard container, and what you get when you rip a DVD.
• ASF is a Microsoft format designed for WMV and WMA—files can end in .wmv or .asf
Para cada formato acima descrito existem diversos codificadores possíveis
(codecs). Um codec é um encapsulador de informação que armazena mais
ou menos bytes num ficheiro mantendo mais ou menos qualidade. Para
visualizar um video precisamos que o nosso player tenha um descodificador
compatível. Existem codecs para audio e para video.
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VLC Media Player: http://www.videolan.org/vlc/
4. A minha eleição para LIVE VIDEO: formato: .mov e codec: PhotoJPEG
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PhotoJPEG porque é um formato sem compressão, cada frame é uma imagem JPEG,
isto faz com que o reprodutor (player) tenha mais performance porque não necessita de
descodificar.
Baixa Performance:
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computador (CPU, GPU, RAM) antigo
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video de grandes dimensões
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codec inapropriado
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formato inapropriado
Alta Performance
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computador (CPU, GPU, RAM) recente
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video de dimensões reduzidas (qb.)
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codec apropriado
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formato apropriado
LIVE VIDEO, VIDEO PERFORMANCE, VJ
vários videos a tocar em simultâneo
video cross-fade
processamento de efeitos
loop e sampling
VS
5. Fidelidade de reprodução:
O que vemos no ecran do computador e o que vemos na projecção:
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Sempre que temos um output de um computador, seja uma impressão, um som, ou um video,
é necessário ter em conta os meios e os suportes de reprodução.
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Neste caso estamos a falar de projecção de video, os elementos que pesam na qualidade da
reprodução de video podem ser:
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- A marca, modelo, estado da lâmpada do projector;
- O suporte de projecção (ex: tela de projecção com mais ou menos ganho/teor de reflexão);
- Luz ambiente, luz solar, luz de palco.
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Quando criamos conteúdos visuais para palco, é uma boa prática
reservar tempo para retocar tonalidades no video (brilho e contraste).
6. Produzir conteúdos visuais para espectáculo implica uma grande
convergência entre todos os envolvidos:
- cenografia, encenação, coreografia, performers, técnicos audiovisuais.
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Pré-produzir um video/animação implica uma coreografia precisa, em
que o performer tem que estar em sintonia com o video e vice-versa.
Video previamente produzido VS Video Interactivo
Einstein Dreams
Gotheborg Opera, Suécia
http://youtu.be/ESWnAV3dMhU
7. Adobe Premiere
Apple Final Cut Pro
Se queremos editar uma filmagem, cortar, colar, fazer transições e efeitos simples
existem ferramentas especificas para estas funções, chamam-se Ferramentas de Edição.
Video previamente produzido VS Video Interactivo
8. Animação, Composição-Video, FX, CG, Motion Graphics.
Ferramentas em que a imaginação é o limite:
Autodesk Combustion Adobe After Effects
Apple Motion
Video previamente produzido VS Video Interactivo
9. Conteúdos visuais interactivos permitem que o performer
não esteja “agarrado” a uma linha temporal (timeline).
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Existe uma dança simbiótica entre o performer e o video.
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Terminologia comum:
Sistema de detecção (tracking);
Visão por computador (computer-vision);
Sistemas de particulas e agentes interactivos;
Processamento em tempo-real.
.txt
http://vimeo.com/7441635
Video previamente produzido VS Video Interactivo
10. Sincronização de Video com Luz e Audio Arduino Shield DMX Arduino Shield MIDI
http://arduino.cc
Wireless MIDI Tx/Rx
http://www.m-audio.com/products/en_us/MidAir.html
Wireless DMX Tx/Rx
http://www.lightronics.com/wrlss_bxs.html
SOFTWARE HARDWARE
HARDWARE SOFTWARE
Através de software e hardware específico é possível criar
interfaces de sincronização entre os diversos meios.
TUDO pode comunicar com TUDO, apenas depende se
estamos a lidar com sistemas abertos, ou sistemas fechados.
Protocolos de comunicação entre:
MIDI (audio) - http://en.wikipedia.org/wiki/MIDI
DMX (luz) - http://en.wikipedia.org/wiki/DMX512
OSC - http://opensoundcontrol.org/introduction-osc
MIDI e DMX requerem uma ligação física (cabo) e a
comunicação é efectuada através de impulsos eléctricos.
No entanto existem emissores e receptores wireless para
ambos os sistemas:
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OSC é um protocolo de rede (TCP, UDP) e permite logo à
partida que a ligação seja efectuada sem fios
(WIFI, BLUETOOTH).
11. Interfaces de controle Audio / Video
Uma interface permite-nos desprender do teclado e do rato
dando uma maior naturalidade no controle de aplicações de
video / audio ao vivo (VJ e DJ).
Trigger Finger
ReactTable
TouchOSC for IPhone and IPad
Lemur
12. Multi-Projecção
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Módulos de expansão Matrox DualHead2Go e
TripleHead2Go
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Multi-projecção implica a utilização de dois ou mais projectores,
criando assim uma projecção de grande dimensão.
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Utilizando módulos de expansão de desktop, é possível usar dois,
três ou mais projectores em simultâneo.
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Pontos fortes:
- baixo custo
- simplicidade e rapidez na configuração e instalação
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Pontos fracos:
- necessário computador de alta performance para processar video
de grandes dimensões.
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http://www.matrox.com/graphics/en/products/gxm/th2go/
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Matrox TripleHead2GO
Matrox DualHead2GO
13. INPUT
vindo do computador
RIGHT
CENTER
LEFT
DoubleHead2Go
TripleHead2Go
O computador detecta um dispositivo, como se fosse um
monitor de grandes dimensões.
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A Matrox encarrega-se da distribuição do sinal de video para
os diferentes monitores.
Resoluções possíveis (entre outras):
DualHead2Go: 1600 x 800 - 2048 x 768
TripleHead2Go: 2400 x 800 - 3072 x 768
14. Multi-Projecção com um computador por projector:
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Tendo um computador por cada projector torna possível a
utilização de um vasto número de projectores.
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Este sistema requer um computador servidor, em que a sua
função é enviar informação de controle por rede para todos os
outros computadores.
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Pontos fortes:
- permite projecção de grandes dimensões
- fluidez e performance visto que cada computador só processa
o video que está a projectar
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Pontos fracos:
- muitos computadores
- configuração de rede
- falhas de comunicação
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Exemplos de software:
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Dataton Watchout - http://www.dataton.com/watchout
Multiscreener (cycling74) - http://www.zachpoff.com/software/multiscreener/
MostPixelsEver (processing) - http://www.shiffman.net/2007/03/02/most-pixels-ever/
Multiscreener
15. PUMA L.I.F.T.
Feito com Multiscreener, 11 computadores, 10 projectores
http://www.youtube.com/watch?v=TM8DA830xng&feature=player_embedded
16. Edge-Blend:
http://paulbourke.net/texture_colour/edgeblend/
Quando precisamos de uma projecção de
grandes dimensões, um único projector pode
não ser suficiente.
Os projectores de gama profissional têm esta
funcionalidade, no entanto pode também ser
desempenhada por software.
Edge-Blend é o nome que se dá à técnica
de suavizar a “colagem” entre duas
projecções.
19. Criação Video
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Visualização:
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Como qualquer processo criativo, o conceito de uma obra forma-se a partir de um aglomerado de ideias.
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Cabe a um artista visual conceber visualizações dessas mesmas ideias através de esboços, maquetes virtuais
ou reais, para em conjunto com o criador (encenador, coreógrafo, etc.) se irem tomando decisões acerca da
estética da obra, do sistema e desenho de projecção e restantes media (luz, audio, adereços, figurinos, etc).
TalkShow, Rui Horta
39. Projection Masking - “Overlay Alpha Mask”
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Usar uma máscara com transparência que possibilite o recorte perfeito da silhoueta da
superficie a ser projectada.
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A máscara consiste num ficheiro em formato .PNG com transparência (Alpha Channel).
40. Projection Masking
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Esta máscara é gerada a partir de uma fotografia tirada no local exacto onde
está a lente do projector. Desta maneira sabemos que tanto a perspectiva como
a silhueta da área de projecção estão correctas.
44. Flowering Tree, John Adams
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
http://youtu.be/-lx-EcERcKI
45. Pedro e Inês, O Bando
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Teatro Carlos Alberto, Porto
46. Pedro e Inês, O Bando
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Teatro Carlos Alberto, Porto
47. Pedro e Inês, O Bando
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Teatro Carlos Alberto, Porto
48. Pedro e Inês, O Bando
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Teatro Carlos Alberto, Porto http://vimeo.com/24128832
49. Projection Mapping
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Mapear superficies de modo a que sirvam de suporte à projecção.
Estas superfícies podem ser volumétricas, irregulares, curvas, etc.
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Existem diferentes técnicas para atingir diferentes resultados:
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3D: é recriado virtualmente todo o ambiente de projecção, desde as
superfícies sólidas ao próprio projector. Torna-se assim possível criar
animações 3D por cima dos sólidos dando uma nova noção espacial
e volumétrica a toda a projecção.
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Keystone Digital (Quad Warp): através de ferramentas de
keystone digital, os erros de perspectiva são corrigidos e a
projecção é alinhada com a superficie que normalmente é plana.
Pouca versatilidade para superficies complexas.
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Quad Warp e Mesh Warp:
O mesmo acima citado mas desta vez é criada uma rede de
multiplos pontos de controle. A imagem pode ser distorcida em
diversas áreas independentemente ou em simultâneo.
50. Video Mapping - Quad Warp
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Através de quatro pontos de controle, os planos de video
podem ser ajustados às superficies.
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51. Paint Me
Uma ópera de Luís Tinoco e Stephen Plaice
Culturgest, 2010
Esboço do cenário, Rui Horta
52. Visualização do cenário em 3D
estação carruagem zona de fantasia
Paint Me
Culturgest, Lisboa
53. Estudos do sistema de projecção
1 projector por cada área de projecção
1 projector por cada superfície de projecção
Paint Me
Culturgest, Lisboa
61. Legendagem em tempo real
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Legendagem em tempo real pode ser conseguida através de diversos métodos,
tudo depende dos meios disponíveis:
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- dupla-projecção com slideshow em sobreposição
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- slideshow sobreposto a um video na mesma projecção Flowering Tree
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
63. Chroma Key
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Chroma key consiste em subtrair uma cor “chave” de uma imagem e desta
maneira mostrar uma outra imagem que se encontre num plano anterior.
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64. Chroma Key
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Chroma key consiste em subtrair uma cor “chave” de uma imagem e desta
maneira mostrar uma outra imagem que se encontre num plano anterior.
Autodesk Combustion Final Cut Pro
Adobe After Effects
A maioria das ferramentas de edição e criação de video têm a
possibilidade de efectuar Chroma Key, cada uma com as suas
funcionalidades específicas.
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No entanto existem também a possibilidade de fazer o mesmo
em tempo real.
67. Einstein VideoPlayer
Project initiated by Guilherme Martins during a dance performance entitled
"Einstein Dreams" created by Rui Horta. All this took place at Göteborg Opera
in Sweden, September of 2010.
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Current features:
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- playlist based on alphanumeric order
- parametric crossfade between videos
- parametric fade in and out to black and/or white
- keystone / corner-pin adjustment
- record and load custom presets
- mask overlay with a PNG with transparency
- customizable cue list to control everything
- opensource GNU license
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DOWNLOAD:
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http://files.artica.cc/Einstein_v105.zip
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https://github.com/Artica/EinsteinVideoPlayer
https://www.youtube.com/watch?v=bj91PCjmRAA
70. Guilherme Martins é artista visual tendo-se especializado na criação de vídeo
para projecção em espectáculos. As suas criações visuais têm percorrido obras
de dança, ópera, teatro e espectáculos performativos desde 2007, com
encenadores de grande nome, entre eles Rui Horta, Tiago Guedes e Anatoly
Praudin.
Guilherme foi também designer em diversas agências de renome internacional
das quais se salientam Ogilvy Interactive e YDreams.
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Podem ser consultadas mais informações sobre o seu percurso profissional e
artístico em: http://guilhermemartins.net
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Contactos:
gmartins@artica.cc
guilhermemanuel77@gmail.com
+351 918 154 947
Quando pensamos em arte, dificilmente a associamos à precisão dos
computadores e electrónica. Deste desafio nasce a Artica, para quebrar estas
barreiras, aliando as novas tecnologias ao serviço da criação e da estética.
Durante os seus quatro anos de actividade, a Artica criou e implementou
proectos em robótica personalizada, instalações interactivas, multimédia
interactiva para espectáculo, computação física, protipagem de produto,
fabricação digital e workshops de robótica educativa. Uma empresa com um
conceito inovador até para mercados estrangeiros: personalizar tecnologia e
arte, para potencializar a experiência.
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http://artica.cc