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13Guia EM da NBR 5410
Inspeção visual e documentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .284
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Ensaio de continuidade dos condutores de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .287
Resistência de isolamento da instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .288
V E R I F I C A Ç Ã O F I N A L – D O C U M E N T A Ç Ã O
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284
Guia EM da NBR 5410
Verificação Final – Documentação
13
Inspeção visual e
documentação
A
s instalações elétricas de baixa tensão, de qual-
quer tipo, sejam elas novas ou reformas em insta-
lações existentes (entendidas como alterações ou
extensões), devem ser submetidas a uma “verificação final”
antes de entregues ao uso. É o que exige a NBR 5410, que
também prescreve as “manutenções periódicas” nessas ins-
talações ao longo de sua vida útil.
A verificação final consiste em um conjunto de proce-
dimentos, realizados durante e/ou quando concluída a ins-
talação, com o objetivo de verificar sua conformidade com
as prescrições da NBR 5410. Deve ser realizada por pes-
soas qualificadas (BA5), incluindo trabalhos de escritório e
“de campo”, isto é, no local da instalação.
Os trabalhos de campo são divididos em duas partes:
inspeção visual e ensaios. Por inspeção visual se entende o
exame dos documentos da instalação e da instalação pro-
priamente dita, com o objetivo de verificar, sem a realiza-
ção de ensaios, se são corretas suas condições de execução.
Por sua vez, os ensaios consistem em medições e outras
operações efetuadas na instalação, com aparelhagem ade-
quada, a fim de verificar sua eficiência.
Durante a execução de procedimentos “de campo”, de-
vem ser tomadas precauções que garantam a segurança dos
encarregados do serviço e evitem danos à propriedade e aos
equipamentos instalados.
É fundamental que as pessoas responsáveis pelos servi-
ços estejam de posse da documentação completa e atuali-
A NBR 5410 exige que o projeto de instalações elétricas de
baixa tensão seja constituído, no mínimo, por:
G plantas;
G esquemas;
G detalhes de montagem, quando necessários;
G memorial descritivo; e
G especificação dos componentes.
As plantas, em escalas convenientes, devem indicar:
G localização da(s) subestação(ões) e dos quadros de distribuição;
G percurso e características das linhas elétricas corresponden-
tes aos circuitos de distribuição (principais e divisionários) e aos
circuitos terminais; e
G localização dos pontos de luz, das tomadas de corrente e
dos equipamentos fixos diretamente alimentados.
Os esquemas unifilares e, eventualmente, trifilares, correspon-
dentes às subestações e aos quadros de distribuição, devem indicar:
G quantidade, destino, formação e seções dos condutores de
entrada e saída das subestações e dos quadros; e
G correntes nominais dos dispositivos, indicando, se for o caso,
sua função nos circuitos.
No caso de instalações mais complexas, podem ser necessá-
rios esquemas funcionais (caso típico de telecomandos, comuta-
ção automática, etc.).
Dependendo da complexidade da edificação ou mesmo da
instalação, podem ser necessários alguns detalhes de monta-
gem, para orientar a execução.
O memorial descritivo deverá apresentar uma descrição su-
cinta da instalação e, se for o caso, das soluções adotadas, utilizan-
do, sempre que necessário, tabelas e desenhos complementares.
Por fim, a especificação dos componentes deve indicar,
para cada componente, uma descrição sucinta, suas característi-
cas nominais e a norma ou as normas a que devem atender.
Os documentos da instalação
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285
13Guia EM da NBR 5410
Verificação Final – Documentação
zada da instalação, o chamado projeto as built (como cons-
truído), como exige a norma.
Inspeção visual
Aspectos gerais
A inspeção visual tem por objetivo confirmar se os
componentes elétricos ligados permanentemente à instala-
ção estão:
G em conformidade com as respectivas normas;
G dimensionados e instalados de acordo com a NBR 5410; e
G sem danos visíveis, capazes de comprometer seu fun-
cionamento e a segurança.
Esse trabalho deve preceder os ensaios, iniciando-se
com uma análise da documentação as built da instalação.
Devem ser verificados, no mínimo, os seguintes pontos:
G medidas de proteção contra choques elétricos;
G medidas de proteção contra efeitos térmicos;
G seleção dos condutores quanto à sua capacidade de con-
dução e queda de tensão;
G escolha, ajuste e localização dos dispositivos de proteção;
G escolha e localização dos dispositivos de seccionamen-
to e comando;
G escolha dos componentes e das medidas de proteção à
luz das influências externas pertinentes;
G identificação dos componentes;
G execução das conexões; e
G acessibilidade.
Execução
Para que possam ser verificados os pontos anteriormen-
te indicados, devem, em princípio, ser adotados os procedi-
mentos descritos a seguir:
1) Análise, em escritório, de todos os documentos do
projeto as built, objetivando verificar:
G se a documentação fornecida está completa (quanto à
quantidade de documentos); e
G se os dados fornecidos são suficientes para a realização
da verificação final.
2) Verificação, em escritório, a partir dos dados do
projeto as built, do dimensionamento dos circuitos de
distribuição e terminais, seguindo, no caso mais geral,
os critérios:
G da capacidade de condução de corrente;
G da queda de tensão;
G da coordenação entre condutores e dispositivos de pro-
teção contra correntes de sobrecarga;
G da coordenação entre condutores e dispositivos de pro-
teção contra correntes de curto-circuito; e
G da proteção contra contatos indiretos, se usados dispositi-
vos a sobrecorrente na função de seccionamento automático.
A verificação pode ser feita a partir de memória de
cálculo fornecida pelo projetista ou utilizando softwa-
res adequados.
3) Verificação, no local, da consistência, da funciona-
lidade e da acessibilidade da instalação, constando, em
princípio, de:
G conformidade dos diversos componentes com os dados
e indicações do projeto as built;
G compatibilidade dos diversos componentes com as in-
fluências externas;
G condições de acesso aos componentes, tendo em vista
as condições de segurança e de manutenção.
4) Verificação, no local, das medidas de proteção con-
tra contatos diretos (total ou parcial) aplicáveis.
5)Verificação preliminar, no local, dos componentes do
sistema de aterramento.
6) Verificação, no local, dos procedimentos de seguran-
ça em locais contendo banheira e/ou chuveiro, em piscinas
e em saunas.
Ensaios de campo
em instalações
A
NBR 5410 prescreve, para as instalações de baixa
tensão, diversos ensaios de campo, que devem,
em princípio, ser realizados após inspeção visual.
De acordo com a seqüência preferencial apresentada pela
norma, são eles:
a) continuidade dos condutores de proteção e das li-
gações eqüipotenciais existentes na instalação [ver arti-
go seguinte];
b) resistência de isolamento da instalação [ver arti-
go específico];
c) verificação das medidas de proteção contra contatos
indiretos por seccionamento automático da alimentação
[ver boxe];
d) ensaio de tensão aplicada, para componentes cons-
truídos ou montados no local da instalação;
e) ensaios de funcionamento, para montagens como
quadros, acionamentos, controles, intertravamentos, co-
mandos, etc.;
f) verificação da separação elétrica dos circuitos, pa-
ra os casos de SELV, PELV e proteção por separação
elétrica; e
g) resistência elétrica de pisos e paredes, aplicável a lo-
cais não-condutivos.
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287
13Guia EM da NBR 5410
Verificação Final – Documentação
Quando qualquer dos ensaios indicar uma não-confor-
midade, deve-se efetuar a correção necessária na instalação
e em seguida proceder à repetição do ensaio. Também se
devem repetir todos os ensaios precedentes que possam ter
sido influenciados pela correção efetuada.
Ensaio de
continuidade dos
condutores de
proteção
Este ensaio destina-se a verificar a continuidade:
G dos condutores de proteção principais;
G dos condutores de proteção relativos aos circuitos
terminais;
G dos condutores PEN (caso dos esquemas TN-C e
TN-C-S);
G das ligações eqüipotenciais principais; e
G das ligações eqüipotenciais suplementares.
A figura 1 indica os componentes a considerar.
Também devem ser realizadas as seguintes verificações
de continuidade:
G entre o contato de aterramento de cada tomada de cor-
rente e o terminal de aterramento principal;
G entre o terminal de aterramento de cada equipamento
de utilização classe 1 não ligado através de tomada (ou
Os ensaios destinados a verificar a proteção contra con-
tatos indiretos por seccionamento automático da alimenta-
ção estão subdivididos de acordo com o esquema de aterra-
mento empregado:
Instalação em esquema TT
– c1: medição da resistência do(s) eletrodo(s) de aterramento;
– c2: verificação das características dos dispositivos DR; e
– c3: verificação da continuidade dos condutores de proteção.
Instalação em esquema TN
– c4: medição da impedância do percurso da corrente de fal-
ta ou, como alternativa,
– c5: medição da resistência dos condutores de proteção;
– c6: verificação da continuidade dos condutores de proteção,
como alternativa aos ensaios descritos em c4 e c5; e
– c7: verificação das características dos dispositivos de
proteção (dispositivo a sobrecorrente ou dispostivo DR).
Instalação com esquema IT
– c8: determinação da corrente de primeira falta;
– c9: quando as massas da instalação forem aterradas in-
dividualmente ou por grupo, ou seja, quando as condições
do esquema TT forem aplicáveis, realizar a verificação con-
forme descrito anteriormente em c1, c2 e c3;
– c10: quando todas as massas da instalação forem interliga-
das, ou seja, quando forem aplicáveis as condições do esquema
TN, realizar a verificação conforme c4 ou c5 ou, ainda, c6 e c7.
Verificação do seccionamento
automático
Fig. 1 – Elementos a considerar no ensaio de continuidade
288
Guia EM da NBR 5410
Verificação Final – Documentação
13
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seja, ligado diretamente aos condutores do circuito respec-
tivo) e o terminal de aterramento principal;
G nos locais contendo banheira e/ou chuveiro, entre cada
elemento condutivo estranho dos volumes 0, 1, 2 e 3 (ver
item 9.1.2.1 da NBR 5410) e o contato de aterramento mais
próximo (via de regra, de uma tomada de corrente); e
G em piscinas, entre cada elemento condutivo estranho
dos volumes 0, 1 e 2 (ver item 9.2.2.1 da NBR 5410) e o
contato de aterramento mas próximo (em geral, de uma
tomada de corrente).
O ensaio deve ser realizado com a instalação desener-
gizada, utilizando-se fonte CA ou CC, com tensão na faixa
de 4 a 24 V em vazio, sendo que a
corrente de ensaio não deve ser infe-
rior a 0,2 A (figura 2).
Quando necessário, a con-
tinuidade pode ser verificada por
trechos sucessivos — por exemplo,
terminal de aterramento princi-
pal–terminal de aterramento do
quadro terminal; terminal de aterra-
mento do quadro terminal–contato
de aterramento da tomada de cor-
rente, etc.
A continuidade dos condutores de proteção pode tam-
bém ser verificada conectando-se, no quadro, uma das
fases ou o neutro ao terminal de aterramento e fazendo a
verificação entre o terminal terra e o terminal fase ou
neutro em cada tomada de corrente e em cada equipa-
mento de utilização fixo, como mostra a figura 3.
Resistência de
isolamento da
instalação
O
objetivo do ensaio de resistência de isolamento é
verificar se essa resistência, em cada circuito da
instalação, atende a valores mínimos prefixados
pela norma, reproduzidos aqui na tabela I.
Com a instalação desenergizada, as medições (em cor-
rente contínua) devem ser efetuadas:
G entre os condutores vivos (fases e neutro), tomados aos
pares, o que, na prática, só pode ser feito com os equipa-
mentos de utilização desligados;
G entre cada condutor vivo e a terra, representada pelos
terminais de aterramento, principal ou dos quadros, ou
pelos condutores de proteção, incluindo o condutor PEN
(nos esquemas TN-C ou TN-C-S). Durante essa medição,
os condutores de fase e neutro podem ser interligados;
G entre todos os condutores de fase e neutro, interligados,
e a terra quando o circuito contiver algum dispositivo
eletrônico, tendo em vista a proteção do dispositivo.
O equipamento utilizado — mais exatamente, sua
fonte CC —, deve ser capaz de fornecer corrente de 1 mA
ao circuito de carga, apresentando, entre seus terminais,
determinados valores de tensão contínua de ensaio, tam-
Fig.2 – Ensaio de continuidade com multímetro, corrente ≥≥
0,2 A, resistência medida na escala mínima (valores válidos
se da ordem de décimos de ohm)
Fig. 3 – Exemplo de ensaio de continuidade
289
13Guia EM da NBR 5410
Verificação Final – Documentação
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bém indicados na tabela I (ver figura 1).
A resistência de isolamento, medida com os valores
indicados de tensão de ensaio, é considerada satisfatória se
nenhum valor obtido for inferior aos valores mínimos indi-
cados na tabela I.
Para a realização deste ensaio, devem ser observados os
seguintes pontos:
G a medição é feita, em princípio, na origem da instalação;
G se o valor medido for inferior ao valor mínimo fixado
na tabela I, a instalação pode ser dividida em diversos gru-
pos de circuitos, medindo-se a resistência de isolamento de
cada grupo;
G se, para um grupo de circuitos, o valor medido for infe-
rior ao mínimo, deve ser medida a resistência de isolamen-
to de cada um dos circuitos do grupo (figura 2);
G no caso de circuitos ou partes de circuitos que sejam
desligados por dispositivos a subtensão (por exemplo, con-
tatores) que interrompam todos os condutores vivos, a
resistência de isolamento desses circuitos ou partes de cir-
cuitos deve ser medida separadamente — é, tipicamente, o
caso de circuitos de motores;
G se alguns equipamentos de utilização estiverem ligados,
admite-se efetuar a medição entre condutores vivos e terra;
se, no entanto, o valor medido for inferior ao mínimo
especificado, tais equipamentos devem ser desligados e a
medição repetida.
Fig. 2 – Medição da resistência do isolamento em circuitos
sucessivos
Fig. 1 – Princípio da medição da resistência de isolamento

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13 verificacao final

  • 1. © Copyright - Revista Eletricidade Moderna 283 13Guia EM da NBR 5410 Inspeção visual e documentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .284 Ensaios de campo em instalações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .285 Ensaio de continuidade dos condutores de proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .287 Resistência de isolamento da instalação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .288 V E R I F I C A Ç Ã O F I N A L – D O C U M E N T A Ç Ã O
  • 2. © Copyright - Revista Eletricidade Moderna 284 Guia EM da NBR 5410 Verificação Final – Documentação 13 Inspeção visual e documentação A s instalações elétricas de baixa tensão, de qual- quer tipo, sejam elas novas ou reformas em insta- lações existentes (entendidas como alterações ou extensões), devem ser submetidas a uma “verificação final” antes de entregues ao uso. É o que exige a NBR 5410, que também prescreve as “manutenções periódicas” nessas ins- talações ao longo de sua vida útil. A verificação final consiste em um conjunto de proce- dimentos, realizados durante e/ou quando concluída a ins- talação, com o objetivo de verificar sua conformidade com as prescrições da NBR 5410. Deve ser realizada por pes- soas qualificadas (BA5), incluindo trabalhos de escritório e “de campo”, isto é, no local da instalação. Os trabalhos de campo são divididos em duas partes: inspeção visual e ensaios. Por inspeção visual se entende o exame dos documentos da instalação e da instalação pro- priamente dita, com o objetivo de verificar, sem a realiza- ção de ensaios, se são corretas suas condições de execução. Por sua vez, os ensaios consistem em medições e outras operações efetuadas na instalação, com aparelhagem ade- quada, a fim de verificar sua eficiência. Durante a execução de procedimentos “de campo”, de- vem ser tomadas precauções que garantam a segurança dos encarregados do serviço e evitem danos à propriedade e aos equipamentos instalados. É fundamental que as pessoas responsáveis pelos servi- ços estejam de posse da documentação completa e atuali- A NBR 5410 exige que o projeto de instalações elétricas de baixa tensão seja constituído, no mínimo, por: G plantas; G esquemas; G detalhes de montagem, quando necessários; G memorial descritivo; e G especificação dos componentes. As plantas, em escalas convenientes, devem indicar: G localização da(s) subestação(ões) e dos quadros de distribuição; G percurso e características das linhas elétricas corresponden- tes aos circuitos de distribuição (principais e divisionários) e aos circuitos terminais; e G localização dos pontos de luz, das tomadas de corrente e dos equipamentos fixos diretamente alimentados. Os esquemas unifilares e, eventualmente, trifilares, correspon- dentes às subestações e aos quadros de distribuição, devem indicar: G quantidade, destino, formação e seções dos condutores de entrada e saída das subestações e dos quadros; e G correntes nominais dos dispositivos, indicando, se for o caso, sua função nos circuitos. No caso de instalações mais complexas, podem ser necessá- rios esquemas funcionais (caso típico de telecomandos, comuta- ção automática, etc.). Dependendo da complexidade da edificação ou mesmo da instalação, podem ser necessários alguns detalhes de monta- gem, para orientar a execução. O memorial descritivo deverá apresentar uma descrição su- cinta da instalação e, se for o caso, das soluções adotadas, utilizan- do, sempre que necessário, tabelas e desenhos complementares. Por fim, a especificação dos componentes deve indicar, para cada componente, uma descrição sucinta, suas característi- cas nominais e a norma ou as normas a que devem atender. Os documentos da instalação
  • 3. © Copyright - Revista Eletricidade Moderna 285 13Guia EM da NBR 5410 Verificação Final – Documentação zada da instalação, o chamado projeto as built (como cons- truído), como exige a norma. Inspeção visual Aspectos gerais A inspeção visual tem por objetivo confirmar se os componentes elétricos ligados permanentemente à instala- ção estão: G em conformidade com as respectivas normas; G dimensionados e instalados de acordo com a NBR 5410; e G sem danos visíveis, capazes de comprometer seu fun- cionamento e a segurança. Esse trabalho deve preceder os ensaios, iniciando-se com uma análise da documentação as built da instalação. Devem ser verificados, no mínimo, os seguintes pontos: G medidas de proteção contra choques elétricos; G medidas de proteção contra efeitos térmicos; G seleção dos condutores quanto à sua capacidade de con- dução e queda de tensão; G escolha, ajuste e localização dos dispositivos de proteção; G escolha e localização dos dispositivos de seccionamen- to e comando; G escolha dos componentes e das medidas de proteção à luz das influências externas pertinentes; G identificação dos componentes; G execução das conexões; e G acessibilidade. Execução Para que possam ser verificados os pontos anteriormen- te indicados, devem, em princípio, ser adotados os procedi- mentos descritos a seguir: 1) Análise, em escritório, de todos os documentos do projeto as built, objetivando verificar: G se a documentação fornecida está completa (quanto à quantidade de documentos); e G se os dados fornecidos são suficientes para a realização da verificação final. 2) Verificação, em escritório, a partir dos dados do projeto as built, do dimensionamento dos circuitos de distribuição e terminais, seguindo, no caso mais geral, os critérios: G da capacidade de condução de corrente; G da queda de tensão; G da coordenação entre condutores e dispositivos de pro- teção contra correntes de sobrecarga; G da coordenação entre condutores e dispositivos de pro- teção contra correntes de curto-circuito; e G da proteção contra contatos indiretos, se usados dispositi- vos a sobrecorrente na função de seccionamento automático. A verificação pode ser feita a partir de memória de cálculo fornecida pelo projetista ou utilizando softwa- res adequados. 3) Verificação, no local, da consistência, da funciona- lidade e da acessibilidade da instalação, constando, em princípio, de: G conformidade dos diversos componentes com os dados e indicações do projeto as built; G compatibilidade dos diversos componentes com as in- fluências externas; G condições de acesso aos componentes, tendo em vista as condições de segurança e de manutenção. 4) Verificação, no local, das medidas de proteção con- tra contatos diretos (total ou parcial) aplicáveis. 5)Verificação preliminar, no local, dos componentes do sistema de aterramento. 6) Verificação, no local, dos procedimentos de seguran- ça em locais contendo banheira e/ou chuveiro, em piscinas e em saunas. Ensaios de campo em instalações A NBR 5410 prescreve, para as instalações de baixa tensão, diversos ensaios de campo, que devem, em princípio, ser realizados após inspeção visual. De acordo com a seqüência preferencial apresentada pela norma, são eles: a) continuidade dos condutores de proteção e das li- gações eqüipotenciais existentes na instalação [ver arti- go seguinte]; b) resistência de isolamento da instalação [ver arti- go específico]; c) verificação das medidas de proteção contra contatos indiretos por seccionamento automático da alimentação [ver boxe]; d) ensaio de tensão aplicada, para componentes cons- truídos ou montados no local da instalação; e) ensaios de funcionamento, para montagens como quadros, acionamentos, controles, intertravamentos, co- mandos, etc.; f) verificação da separação elétrica dos circuitos, pa- ra os casos de SELV, PELV e proteção por separação elétrica; e g) resistência elétrica de pisos e paredes, aplicável a lo- cais não-condutivos.
  • 4. © Copyright - Revista Eletricidade Moderna 287 13Guia EM da NBR 5410 Verificação Final – Documentação Quando qualquer dos ensaios indicar uma não-confor- midade, deve-se efetuar a correção necessária na instalação e em seguida proceder à repetição do ensaio. Também se devem repetir todos os ensaios precedentes que possam ter sido influenciados pela correção efetuada. Ensaio de continuidade dos condutores de proteção Este ensaio destina-se a verificar a continuidade: G dos condutores de proteção principais; G dos condutores de proteção relativos aos circuitos terminais; G dos condutores PEN (caso dos esquemas TN-C e TN-C-S); G das ligações eqüipotenciais principais; e G das ligações eqüipotenciais suplementares. A figura 1 indica os componentes a considerar. Também devem ser realizadas as seguintes verificações de continuidade: G entre o contato de aterramento de cada tomada de cor- rente e o terminal de aterramento principal; G entre o terminal de aterramento de cada equipamento de utilização classe 1 não ligado através de tomada (ou Os ensaios destinados a verificar a proteção contra con- tatos indiretos por seccionamento automático da alimenta- ção estão subdivididos de acordo com o esquema de aterra- mento empregado: Instalação em esquema TT – c1: medição da resistência do(s) eletrodo(s) de aterramento; – c2: verificação das características dos dispositivos DR; e – c3: verificação da continuidade dos condutores de proteção. Instalação em esquema TN – c4: medição da impedância do percurso da corrente de fal- ta ou, como alternativa, – c5: medição da resistência dos condutores de proteção; – c6: verificação da continuidade dos condutores de proteção, como alternativa aos ensaios descritos em c4 e c5; e – c7: verificação das características dos dispositivos de proteção (dispositivo a sobrecorrente ou dispostivo DR). Instalação com esquema IT – c8: determinação da corrente de primeira falta; – c9: quando as massas da instalação forem aterradas in- dividualmente ou por grupo, ou seja, quando as condições do esquema TT forem aplicáveis, realizar a verificação con- forme descrito anteriormente em c1, c2 e c3; – c10: quando todas as massas da instalação forem interliga- das, ou seja, quando forem aplicáveis as condições do esquema TN, realizar a verificação conforme c4 ou c5 ou, ainda, c6 e c7. Verificação do seccionamento automático Fig. 1 – Elementos a considerar no ensaio de continuidade
  • 5. 288 Guia EM da NBR 5410 Verificação Final – Documentação 13 © Copyright - Revista Eletricidade Moderna seja, ligado diretamente aos condutores do circuito respec- tivo) e o terminal de aterramento principal; G nos locais contendo banheira e/ou chuveiro, entre cada elemento condutivo estranho dos volumes 0, 1, 2 e 3 (ver item 9.1.2.1 da NBR 5410) e o contato de aterramento mais próximo (via de regra, de uma tomada de corrente); e G em piscinas, entre cada elemento condutivo estranho dos volumes 0, 1 e 2 (ver item 9.2.2.1 da NBR 5410) e o contato de aterramento mas próximo (em geral, de uma tomada de corrente). O ensaio deve ser realizado com a instalação desener- gizada, utilizando-se fonte CA ou CC, com tensão na faixa de 4 a 24 V em vazio, sendo que a corrente de ensaio não deve ser infe- rior a 0,2 A (figura 2). Quando necessário, a con- tinuidade pode ser verificada por trechos sucessivos — por exemplo, terminal de aterramento princi- pal–terminal de aterramento do quadro terminal; terminal de aterra- mento do quadro terminal–contato de aterramento da tomada de cor- rente, etc. A continuidade dos condutores de proteção pode tam- bém ser verificada conectando-se, no quadro, uma das fases ou o neutro ao terminal de aterramento e fazendo a verificação entre o terminal terra e o terminal fase ou neutro em cada tomada de corrente e em cada equipa- mento de utilização fixo, como mostra a figura 3. Resistência de isolamento da instalação O objetivo do ensaio de resistência de isolamento é verificar se essa resistência, em cada circuito da instalação, atende a valores mínimos prefixados pela norma, reproduzidos aqui na tabela I. Com a instalação desenergizada, as medições (em cor- rente contínua) devem ser efetuadas: G entre os condutores vivos (fases e neutro), tomados aos pares, o que, na prática, só pode ser feito com os equipa- mentos de utilização desligados; G entre cada condutor vivo e a terra, representada pelos terminais de aterramento, principal ou dos quadros, ou pelos condutores de proteção, incluindo o condutor PEN (nos esquemas TN-C ou TN-C-S). Durante essa medição, os condutores de fase e neutro podem ser interligados; G entre todos os condutores de fase e neutro, interligados, e a terra quando o circuito contiver algum dispositivo eletrônico, tendo em vista a proteção do dispositivo. O equipamento utilizado — mais exatamente, sua fonte CC —, deve ser capaz de fornecer corrente de 1 mA ao circuito de carga, apresentando, entre seus terminais, determinados valores de tensão contínua de ensaio, tam- Fig.2 – Ensaio de continuidade com multímetro, corrente ≥≥ 0,2 A, resistência medida na escala mínima (valores válidos se da ordem de décimos de ohm) Fig. 3 – Exemplo de ensaio de continuidade
  • 6. 289 13Guia EM da NBR 5410 Verificação Final – Documentação © Copyright - Revista Eletricidade Moderna bém indicados na tabela I (ver figura 1). A resistência de isolamento, medida com os valores indicados de tensão de ensaio, é considerada satisfatória se nenhum valor obtido for inferior aos valores mínimos indi- cados na tabela I. Para a realização deste ensaio, devem ser observados os seguintes pontos: G a medição é feita, em princípio, na origem da instalação; G se o valor medido for inferior ao valor mínimo fixado na tabela I, a instalação pode ser dividida em diversos gru- pos de circuitos, medindo-se a resistência de isolamento de cada grupo; G se, para um grupo de circuitos, o valor medido for infe- rior ao mínimo, deve ser medida a resistência de isolamen- to de cada um dos circuitos do grupo (figura 2); G no caso de circuitos ou partes de circuitos que sejam desligados por dispositivos a subtensão (por exemplo, con- tatores) que interrompam todos os condutores vivos, a resistência de isolamento desses circuitos ou partes de cir- cuitos deve ser medida separadamente — é, tipicamente, o caso de circuitos de motores; G se alguns equipamentos de utilização estiverem ligados, admite-se efetuar a medição entre condutores vivos e terra; se, no entanto, o valor medido for inferior ao mínimo especificado, tais equipamentos devem ser desligados e a medição repetida. Fig. 2 – Medição da resistência do isolamento em circuitos sucessivos Fig. 1 – Princípio da medição da resistência de isolamento