1. Evangelho do dia [Lc 7, 11-17]<br />Uma jovem, engajada em movimentos sociais, no momento trabalhando numa multinacional norte-americana, faz aniversário hoje. Mandou-me esta correspondência, dizendo que durante a noite perdeu o sono e resolveu ler o Evangelho do dia: Lc 7, 11-17.<br />Achei interessante o comentário que ela fez sobre a Palavra de Deus, por isso, com permissão da comentarista repasso o material.<br />«Fiquei sem sono, ansiosa talvez, por ser o dia do meu aniversário.<br />0109220Resolvi ler o Evangelho do dia do meu aniversário. Pensei talvez, tirar dele uma mensagem pra mim. O que Deus quer de mim, sendo eu uma revolucionária cristã.<br />Impressionante o Evangelho - Lc 7, 11-17 - dizia: Jovem, eu te ordeno, levanta-te!<br />Fiquei arrepiada. Senti algo bom, tipo que Deus aprovava o que eu venho fazendo de contestação ao sistema capitalista que está nos levando à Barbárie.<br />Entendi no Evangelho de hoje que Jesus teve compaixão da mãe pela perca do filho amado. Jesus sente a dor da mãe. Jesus fica comovido e ajuda a mãe sofredora. Jesus, toca a esteira onde o rapaz estava e ordena a levantar-se e retornar para sua mãe.<br />O gesto de Jesus representa o amor incondicional de nosso Pai. Deus não quer ver choro, angústia, sofrimento. Ele quer alegria e paz entre todos.<br />Entendo que o choro da mãe pela morte do filho representa a dor do povo que estava sendo explorado pelos dominadores, isso até hoje, na atualidade, continua. Deus sente-se incomodado com a dor dos cristãos, as angústias de todos os homens, suas criaturas. O sofrimento não foi feito por Deus, mas pelas ações egoístas do próprio homem.<br />Entendo também, que o toque de Jesus na esteira onde estava o rapaz, representa a libertação da morte e da dor. A libertação é o mergulho do cristão para o projeto de vida de Jesus.<br />E finalmente, a morte é a escuridão por onde caminhamos. Cegos diante das trevas o povo não enxerga a solidariedade, a fraternidade para elevar-se a Deus. <br />2286000692150Em pleno século XXI Jesus continua a visitar seu povo. Parece que as pessoas preferem viver na escuridão. Assistimos cenas cada vez mais assustadoras como assassinatos, estupros, abandono de filhos, desleixo do poder público com a saúde, segurança, habitação, transporte e educação. <br />Mas, o Deus da vida que não aceita o choro da mãe, tem o coração molinho e se comove, não abandona seus filhos, sempre está a nos visitar diariamente, importante termos a sensibilidade da compreensão e abrirmos a porta do nosso coração».<br />[Patrícia Keller].<br />