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Ele pode salvar a alma da morte espiritual
Deus está sempre disposto a nos receber de volta em seu reino. Nós somos os filhos rebeldes que abriram mão de
um lar e de uma paternidade, de uma vida imortal e plena de paz e gozo espirituais para viver uma vida pessoal,
material e dual, segundo nosso próprio juízo.
Escolhemos o caminho da desobediência, em nome de uma ilusória liberdade, para mergulhar, sob a máscara de
um eu pessoal, nas perigosas veredas de um mundo dominado pelo Inimigo do Senhor.
Abandonamos um corpo glorioso e perfeito, para revestir nosso espírito com um corpo carnal e corruptível. Escolhe-
mos o caminho do pecado e assim condenamos a nós mesmos à escravidão do pecado e à morte espiritual, a que
ele conduz.
Presos nos laços da carne, temos hoje poucos traços remanescentes do nosso estado original de criação. Muitos
deixam este mundo nesta condição, pois não conhecem o caminho de volta.
No mundo não há vida, porquê o mundo está mergulhado no mal e na corrupção e, portanto, Deus já não habita
neste mundo. Onde não habita o Senhor não há vida, há apenas a paixão da carne, cujo último fim é a morte.
Mas o Pai se compadeceu de nós e não nos fechou as portas de seu reino. Pelo contrário, Ele providenciou o cami-
nho de volta ao seu coração e a oportunidade única de nos salvarmos da morte espiritual, através da porta aberta
por seu filho unigênito, Jesus Cristo.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo
por ele (Jo 3.16-17)
Ele colocou a oportunidade de salvação ao alcance de qualquer ser humano, por mais numerosos e graves que
sejam seus pecados, através do sacrifício e da vitória alcançada por Jesus sobre a cruz.
O QUE DEUS FAZ E O QUE
DEUS NÃO FAZ
O QUE DEUS FAZ
É surpreendente constatar que a maioria das pessoas ainda se sente confusa com relação ao que Deus pode
fazer e o que Ele não faz em suas vidas ...
Ele pode curar enfermidades físicas, emocionais e
espirituais
O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para
evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do
coração, (LC 4:18)
Uma das características mais marcantes da obra de Jesus neste
mundo foram as curas que Ele realizou.
A todos que o buscavam com fé e humildade Ele não negou seu
dom, nem mesmo àqueles que não pertenciam a seu povo, como a
mulher samaritana, com quem se encontrou junto à fonte de Sicar.
Jesus curava e libertava do jugo das trevas, porquê Deus é
perfeição, justiça e liberdade.
Deus pode curar a alma, e não somente o corpo. Muitos foram
tocados e regenerados somente pela presença e pelas palavras de
Jesus, porquê Ele se dirigia não à mente dos que o ouviam, mais
ao coração e à alma.
Deus pode curar até mesmo por intercessão de terceiros, como
comprovam várias passagens do evangelho, em que a fé do
intercessor foi suficiente parar curar seus entes queridos.
Ele pode livrar de perigos
Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o
Senhor. (JR 1:8)
A palavra de Deus diz que Ele é nosso socorro, nossa fortaleza,
nosso refúgio, nosso escudo, e que Ele pode nos livrar dos perigos
do mundo, de armadilhas e dos ataques de nossos inimigos carnais
e espirituais.
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na
angústia. (SL 46:1)
Se andarmos retamente diante Dele, Ele está sempre presente e
vigilante, e nos auxilia, mesmo quando não temos consciência do
perigo iminente.
Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem
em todos os teus caminhos. (SL 91:11)
Ele pode remover barreiras para se alcançar
objetivos
E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces
do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e
foram soltas as prisões de todos. (AT 16:26)
Para Deus, tudo é possível. Quando a mão do homem nada pode
fazer, quando acabam a força e a sabedoria humanas, Deus pode
intervir, para que um determinado objetivo, quando justo, seja
alcançado.
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso
impossível, mas a Deus tudo é possível. (MT 19:26)
A primeira grande barreira removida por Deus foi a libertação do
pecado:
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma
pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne
do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; (RM 8:3)
A Bíblia está cheia de relatos de situações em que o impossível
acontece, para que barreiras sejam removidas, e os planos de
Deus se cumpram no meio do seu povo. A travessia do Mar
Vermelho, a queda das muralhas de Jericó, a derrota do grande
exército assírio de Senaqueribe, são apenas alguns exemplos
disto.
Deus não age hoje de forma tão espetacular, mas Ele é o mesmo
e continua operando maravilhas na vida dos que o amam. São
inúmeros os relatos e testemunhos de homens e mulheres de
Deus a respeito da intervenção de Deus na ordem natural do
mundo, para abrir caminhos, através da manifestação poderosa
do seu Espírito.
Ele pode conceder vida, força,
sabedoria e discernimento.
E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus,
que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-
lhe-á dada. (TG 1:5)
Sabedoria e discernimento são dons que não são comuns
a todas as pessoas. Conforme se desenvolve, o ser
humano dirige sua atenção e capacidade intelectual para
interesses que podem ser frívolos ou relevantes, benéficos
ou perniciosos, com maior ou menor intensidade.
Deus não criou as deficiências genéticas, raciais e sociais
que existem hoje. Elas são fruto da degeneração espiritual
humana, causada pela vontade e comportamento do
próprio homem.
Deus é fonte de toda força e sabedoria e vida e pode
conceder ou retirar esses atributos do homem conforme
sua vontade soberana.
Deus é a minha fortaleza e a minha força, e ele
perfeitamente desembaraça o meu caminho. (2SM 22:33)
E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do
rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei
esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu
servo. (2Rs 20:6)
Não vemos na Bíblia, no entanto, Deus transformando
de forma definitiva, tolos em sábios ou fracos em fortes,
pois o perdão de Deus não implica na revogação das
conseqüências práticas do pecado neste mundo.
O que se vê, na história bíblica, são intervenções de
Deus na vida de homens e mulheres que, por causa de
sua atitude perante Deus e perante o seu semelhante,
receberam a sua graça e tiveram ampliadas e fortalecidas
estas virtudes, ou, pelo contrário, afastaram-se da
comunhão com Deus e, por seu egoísmo e estupidez,
tiveram reduzidas ou anuladas estas virtudes em suas
vidas.
E Davi tornava-se cada vez mais forte; porque o Senhor
dos Exércitos era com ele. (1CR 11:9)
O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento
consolida a força. (PV 24:5)
Sabedoria é algo muito maior que o simples conhecimento,
ou acúmulo de informações, pois significa em essência
a capacidade que cada um tem de aprender com a
sua experiência de vida e com a experiência de outras
pessoas, de forma a ser capaz de avaliar situações e
tomar decisões positivas.
Isto faz a diferença entre os diversos graus de sabedoria
que caracterizam as pessoas, o que vai determinar os seus
valores e sua atitude diante da vida.
Além disso, somos naturalmente limitados em nossa
capacidade de percepção, vendo somente alguns aspectos
dos fatos e situações que nos cercam, confinados ainda
pela barreira do tempo.
Deus, porém, é onisciente e onipresente, e nos conhece
como nosso criador, tendo assim uma percepção
infinitamente maior de nossas vidas.
Deus não toma decisões por nós, mas pode nos orientar
e conceder força, sabedoria e discernimento, quando
reconhecemos nossa incapacidade; de forma a nos
capacitar a lidar com determinadas situações e tomar
decisões acertadas em momentos difíceis.
Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força,
e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não
te enviei eu? (Jz:6:14)
Sabedoria, no entanto, somente é concedida a quem a
valoriza e a quem procura andar nos caminhos do Senhor.
E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria,
entendimento, ciência e em todo o lavor, (Êx 35:31)
Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem
seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor,
porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu
entendimento. (Jó 39:16-17)
Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é
para os que caminham na sinceridade, (PV 2:7)
O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma,
para o prudente, porém, o conhecimento é fácil. (PV 14:6)
Deus concedeu a Salomão sabedoria e inteligência,
porquê Salomão demonstrou valorizar esses dons:
Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que
possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderia
julgar a este tão grande povo?
Então Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no
teu coração, e não pediste riquezas, bens, ou honra,
nem a morte dos que te odeiam, nem tampouco pediste
muitos dias de vida, mas pediste para ti sabedoria e
conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o
qual te constituí rei, (2Cr 1:10-11)
Uma vida próspera é conseqüência de atos e decisões
realizados com sabedoria e inteligência. Nada aproveitaria
um tolo de uma grande herança, mas perderia tudo,
por causa do desperdício e de decisões impensadas e
estúpidas
Ele pode conceder dons materiais e
espirituais
Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para
o que for útil. (1CO 12:10)
Deus, sendo fonte de toda sabedoria e inteligência,
evidentemente também pode fortalecer os talentos com
que cada ser humano é dotado, de forma a possibilitar o
seu uso proveitoso, para a igreja, a comunidade e para
o próprio individuo.
E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos,
em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois
milagres, depois dons de curar, socorros, governos,
variedades de línguas. (1CO 12:28)
Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda a
obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do gravador,
em azul, e em púrpura, em carmesim, e em linho fino,
e do tecelão; fazendo toda a obra, e criando invenções.
(Ex 35:35)
A cada um, Deus proveu determinados dons ou
habilidades, os quais, se bem exercidos, trazem
realização pessoal, prosperidade e crescimento para a
comunidade e a igreja.
Os dons concedidos por Deus são uma riqueza
incomensurável, que devemos utilizar com sabedoria
e discernimento, de forma a produzir os frutos que
ela proporciona. Todos nós seremos cobrados com
relação aos talentos a nós confiados, conforme mostra a
parábola de Jesus:
Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em
abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-
á tirado.
Ele pode realizar sonhos
Deleita-te também no Senhor, e te concederá os
desejos do teu coração(SL 37:4)
Normalmente, os desejos do nosso coração são fruto de
nosso egoísmo. Buscamos o prazer, a glória e a riqueza
a qualquer custo e nessa busca frenética, muitas vezes
nos opomos à vontade de Deus.
Entretanto, Deus permite que estes desejos se realizem,
não por sua vontade, mas para que se revele o nosso
próprio erro e a iniqüidade do coração.
Visto que amou a maldição, ela lhe sobrevenha, e assim
como não desejou a bênção, ela se afaste dele. (Sl
109:17)
E ele lhes cumpriu o seu desejo, mas enviou magreza
às suas almas. (Sl 106:15)
Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades,
assim também nas muitas palavras; mas tu teme a
Deus. (Ec 5:7)
Por outro lado, quando vivemos em harmonia com
Deus, nossos desejos também estão em harmonia com
os desejos Dele.
Dessa forma, Deus pode realizar os desejos de nosso
coração, pois não serão desejos mesquinhos ou meros
caprichos provenientes da vaidade pessoal, mas serão
aspirações características de uma personalidade
espiritualmente madura e comprometida com os
caminhos do Senhor.
Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu
clamor, e os salvará. (Sl 145:19)
Existe um termômetro bastante confiável do nosso grau
de harmonia com Deus. Quando vivemos em comunhão
com o Criador, nossos desejos são cada vez menos de
satisfação pessoal e tendem a se voltar cada vez mais
para o bem de outras pessoas. Em outras palavras,
tendemos a ser menos egoístas e sentimos alegria em
nos tornarmos verdadeiramente altruístas.
Deus não violenta a nossa vontade
própria
Deus nos dotou de vontade própria. A grande evidência
disto, foi a escolha feita pelo primeiro casal no Paraíso,
de renunciar ao senhorio de Deus e viver segundo seu
próprio entendimento.
Deus não mudou, e não mudará. Todos nós somos
colocados, consciente ou inconscientemente, ainda nos
dias de hoje, diante desta mesma escolha. Aceitar o
senhorio do Criador e viver segundo sua vontade ou
viver segundo o que julgamos ser nossa autonomia e
liberdade, segundo nossa própria vontade.
Deus não nos obriga a amá-lo ou a servi-lo. Entretanto,
se assim escolhermos, devemos aceitar as suas
condições, as condições de seu Reino. Se optarmos
por não servi-lo, devemos arcar com as conseqüências
de viver sem o seu amparo e sem a sua luz.
Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao
SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses
a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio,
ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais;
porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. (JS
24:15)
Até mesmo para curar Deus exige nossa aquiescência.
Em nenhum momento, Jesus curou alguém sem que
esta pessoa manifestasse, de forma expressa, sua
vontade de que assim fosse feito:
E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça?
E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. (MC
10:51)
E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava
neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar
são? (JO 5:6)
A razão é simples. Deus não pode curar ou libertar
aqueles que não desejam verdadeiramente ser
curados ou libertos, os que se amoldam a sua própria
dor e criam uma relação de dependência com seus
opressores, ou os que se apegam intimamente ao
prazer proporcionado pelo seu vício.
Nem mesmo Cristo foi obrigado a fazer seu sacrifício,
mas teve, até a última hora, o livre arbítrio para
escolher:
Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não
se faça a minha vontade, mas a tua. (LC 22:42)
Muitos são, no entanto os que, por temor ou
leviandade, afirmam haver escolhido servir a Deus, mas
não procuram andar nos caminhos do Senhor. Antes,
continuam buscando satisfazer a qualquer custo a sua
vontade própria e a viver segundo seu próprio código
de conduta.
Viver verdadeiramente segundo a vontade de Deus é
permitir a Ele orientar nossa vida, guiar-nos em todas
as decisões, como um filho faz com um pai que ama,
reconhecendo a sua sabedoria e grandiosidade.
Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus.
O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana. (Sl
143:10)
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no
reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus. (MT 7:21)
O QUE DEUS NÃO FAZ
Deus não faz aquilo que podemos fazer
Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te
espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que
andares. (Js 1:9)
Muitos gostam de se considerar impotentes diante da vida e das
inexoráveis leis da natureza. Vêem a si próprios como vitimas de
situações que não escolheram viver, e que não têm como mudar.
Outro tipo de pessoas, no entanto, têm uma vontade férrea e crêem
que tudo podem vencer e superar e raramente desistem diante das
tribulações que a vida apresenta.
Estas são situações extremas de comportamento, e ambas estão
distantes do comportamento cristão. Os covardes não encontram
graça aos olhos de Deus, pois “Deus não nos deu o espírito de
covardia, mas de poder, de amor e moderação”, mas tampouco
aqueles que se arrogam tudo poder, apenas por sua própria força e
que intentam sempre e a todo custo impor a sua própria vontade.
A nossa vontade e capacidade de realização são dons divinos e,
portanto, ao exercê-los, devemos nos lembrar que foi o Pai que nos
facultou isto.
Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade. (FP 2:13)
Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (FP 4:13)
Nós não somos impotentes diante da vida. Deus nos dotou de todos
os recursos necessários para lidar com o mundo, com o uso da
inteligência e dos sentidos.
Evidentemente, existem certas situações com que nos deparamos,
diante das quais nada podemos fazer por nós mesmos.
Se for algo que precisamos realmente vencer e já empenhamos
nisso todos os nossos esforços e capacidade em tentar superar, sem
sucesso, por estar acima de nossas forças, aí então Deus entra em
ação.
Porquê aquilo que é impossível ao homem, é possível para Deus.
Deus começa a intervir em nossa vida quando esgotamos todos
os nossos recursos e reconhecemos a nossa incapacidade para
solucionar um determinado problema.
Entretanto, ninguém espere uma intervenção miraculosa de Deus
antes disso, pois Ele não faz o que podemos fazer, e espera que,
mesmo sendo fracos, empenhemos todo o esforço possível, de forma
corajosa e decidida.
Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é
pequena. (PV 24:10)
E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao
reino dos céus, e pela força se apoderam dele. (MT 11:12)
O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam
trabalhar. (PV 21:25)
Deus não muda o nosso coração
O termo coração, quando empregado em sentido
abstrato, tem um significado muito rico. Não se refere
apenas ao aspecto emocional da psicologia humana,
como normalmente empregado. Em seu sentido bíblico,
o termo coração designa os sentimentos mais profundos
que um ser humano é capaz de experimentar e nutrir,
com relação ao mundo que o cerca.
É através do coração que os homens revelam sua
verdadeira natureza e atitude diante da vida e de seus
semelhantes. A Bíblia dá enorme importância a este
centro espiritual da alma, a ponto de reconhecer que
em nosso coração está a nossa salvação ou a nossa
perdição.
Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida. (PV 4:23)
Deus não pode mudar o teor dos sentimentos que nosso
coração abriga. Ele é o centro de nossa alma e fonte de
todos os nossos sentimentos. O primeiro sinal de
uma vida reta e temente a Deus é um coração humilde e
quebrantado.
Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não
mais endureçais a vossa cerviz. (DT 10:16)
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a
um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó
Deus. (SL 51:17)
Deus, no entanto, transmutou o coração espiritual
do homem, desde o sacrifício de seu filho, na cruz
do calvário. Ele cumpriu sua promessa, de dar ao
homem um novo coração, mais sensível, onde a sua
palavra estivesse inscrita. Dessa forma, Ele mudou a
necessidade de observância exterior e ritualística de uma
lei de conduta espiritual rígida, em uma necessidade
interior de amar e servir.
E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei
dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e
lhes darei um coração de carne; (EZ 11:19)
Em muitas passagens bíblicas, tem-se a impressão de
que Deus está mudando os sentimentos das pessoas,
mas, se observarmos atentamente, veremos que Deus
na verdade está apenas intensificando sentimentos que
já existem.
O SENHOR, porém, endureceu o coração de Faraó, e
este não os quis deixar ir. (ÊX 10:27)
Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros; a
ele e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã. (Ex
35:34)
Na verdade, Deus não muda nossos sentimentos, apenas
revela ou aviva tendências e atitudes já existentes.
Quando Davi pede a Deus que lhe dê um coração puro,
demonstra que já existe nele um desejo que seu coração
seja assim. Ele está então apenas pedindo a Deus que
fortaleça esse sentimento e o ajude a revelar a pureza de
seu coração.
(SL 51:10) - Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e
renova em mim um espírito reto.
Deus não erradica o mal que o homem cria no
mundo
E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor,
não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então,
joio?
E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe
disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo?
Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não
arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até
à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros:
Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o
trigo, ajuntai-o no meu celeiro. (MT 13:27-30)
Muitos questionam a existência ou a justiça de Deus, com base
na premissa de que um Deus onipotente e justo, não permitiria a
existência de tanto mal e injustiça no mundo.
Os que assim pensam, erram por não conhecer a Deus e nem a si
mesmos. Discutem levianamente, sobre conceitos de justiça e de
bondade que forjaram para si mesmos, sem ao menos suspeitar qual
seja a verdadeira justiça e bondade. Como poderão estes tolos então
reconhecer a sabedoria de Deus?
Deus não criou o mal nem a injustiça que imperam no mundo. Ao
contrário, tudo foi criado em absoluta perfeição:
E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 1:31)
Ao escolher viver em pecado, o homem forjou todo o egoísmo, a
dualidade e o conflito que existem no mundo, os quais são a origem
de todo mal e de toda a injustiça.
Com o surgimento do ego e da dualidade, o Inimigo de Deus pôde
então estabelecer o seu domínio sobre o mundo material e a sua
influencia sobre o homem.
Em meio à corrupção reinante no mundo, no entanto, existem os
bons e justos de coração. Estes vivem em meio à corrupção, para
que se revele e seja consolidada a retidão de seu coração.
Quando estiverem espiritualmente maduros, Deus então poderá
erradicar o mal do mundo, sem prejuízo para os que o amam. O
Inimigo será então definitivamente destronado de seu reino de trevas
e a perfeição voltará a existir, o mundo será restaurado e o bem, a
paz e a justiça voltarão a imperar.
Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles
o sol, nem calor algum;
porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará
e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará
dos olhos toda lágrima (AP 7:16-17)
Deus não Impede que sejamos
tentados e atribulados
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o
mundo. (JO 16:33)
O mundo em que vivemos é o mundo da carne e da
matéria e como tal, exerce sobre o ego uma atração muito
forte. A palavra de Deus diz que a carne luta contra o
espírito, pois cada um pertence a naturezas inconciliáveis.
Não porquê espírito e matéria sejam inconciliáveis, mas
porquê a matéria, em seu atual estado de corrupção, é
incompatível com natureza pura e perfeita do espírito, na
forma original em que Deus o criou.
Se o espírito se coloca em comunhão com a carne, ele
também se corrompe e por isto, deve fugir da atração da
carne e da matéria. Esta atração é que comumente se
chama tentação e em diversas situações estamos sujeitos
a sua força.
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito,
na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (MC 14:38)
A existência da matéria é caracterizada pela dualidade e
pelo conflito dos opostos, da dor e do prazer, do amor e
do ódio, da satisfação e da insatisfação, entre o eu e os
outros. A luta pela subsistência, que é inerente à natureza
decaída do homem, somada à sua ignorância e ao seu
egoísmo, são a causa de todo o sofrimento a que está
sujeito todo ser vivo sobre a face da terra.
A grande luta do homem, portanto, não é por grades
ideais políticos ou filosóficos, mas para vencer a si
mesmo, aceitar a oportunidade de salvação de sua alma,
conquistada para todos pelo Filho de Deus e nadar contra
a corrente do mundo, combater o bom combate de que fala
o apóstolo Paulo, completar a carreia das obras que Deus
tem preparadas para os que o servem, a fim de ser digno
de receber a coroa de justiça, diante do Pai, quando deixar
este mundo.
Quanto mais nos dispomos a verdadeiramente lutar pela
nossa salvação, mais somos tentados e atribulados, pois o
Inimigo de Deus e de nossas almas não se conforma com
a nossa libertação.
Quanto mais retamente nos propomos andar diante
de Deus, mais seremos provados em nossa decisão e
tentados a desistir, a desfalecer a se entregar à correnteza
das águas torpes que percorrem o mundo.
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o
diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais
tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à
morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (AP 2:10)
Não devemos esperar, portanto, uma vida de facilidades e
de vitórias fáceis em nosso cotidiano, no trabalho e mesmo
na igreja. Mas, ainda no dizer do valoroso apóstolo Paulo,
devemos nos regozijar nestas lutas, pois elas são a forja
purificadora e fortalecedora de nosso espírito.
Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque,
quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o
Senhor tem prometido aos que o amam. (TG 1:12)
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para
nós um peso eterno de glória mui excelente; (2CO 4:17)
Na mesma media, porém em que somos tentados e
atribulados, somos providos com as armas e a força
suficiente para vencê-las a todas, por isso nada devemos
temer, por mais ameaçadora e dolorosa seja a situação
que atravessamos.
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é
Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis,
antes com a tentação dará também o escape, para que a
possais suportar. (1CO 10:13) -
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu
te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o
mundo, para tentar os que habitam na terra. (AP 3:10)

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  • 1. Ele pode salvar a alma da morte espiritual Deus está sempre disposto a nos receber de volta em seu reino. Nós somos os filhos rebeldes que abriram mão de um lar e de uma paternidade, de uma vida imortal e plena de paz e gozo espirituais para viver uma vida pessoal, material e dual, segundo nosso próprio juízo. Escolhemos o caminho da desobediência, em nome de uma ilusória liberdade, para mergulhar, sob a máscara de um eu pessoal, nas perigosas veredas de um mundo dominado pelo Inimigo do Senhor. Abandonamos um corpo glorioso e perfeito, para revestir nosso espírito com um corpo carnal e corruptível. Escolhe- mos o caminho do pecado e assim condenamos a nós mesmos à escravidão do pecado e à morte espiritual, a que ele conduz. Presos nos laços da carne, temos hoje poucos traços remanescentes do nosso estado original de criação. Muitos deixam este mundo nesta condição, pois não conhecem o caminho de volta. No mundo não há vida, porquê o mundo está mergulhado no mal e na corrupção e, portanto, Deus já não habita neste mundo. Onde não habita o Senhor não há vida, há apenas a paixão da carne, cujo último fim é a morte. Mas o Pai se compadeceu de nós e não nos fechou as portas de seu reino. Pelo contrário, Ele providenciou o cami- nho de volta ao seu coração e a oportunidade única de nos salvarmos da morte espiritual, através da porta aberta por seu filho unigênito, Jesus Cristo. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3.16-17) Ele colocou a oportunidade de salvação ao alcance de qualquer ser humano, por mais numerosos e graves que sejam seus pecados, através do sacrifício e da vitória alcançada por Jesus sobre a cruz. O QUE DEUS FAZ E O QUE DEUS NÃO FAZ O QUE DEUS FAZ É surpreendente constatar que a maioria das pessoas ainda se sente confusa com relação ao que Deus pode fazer e o que Ele não faz em suas vidas ...
  • 2. Ele pode curar enfermidades físicas, emocionais e espirituais O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, (LC 4:18) Uma das características mais marcantes da obra de Jesus neste mundo foram as curas que Ele realizou. A todos que o buscavam com fé e humildade Ele não negou seu dom, nem mesmo àqueles que não pertenciam a seu povo, como a mulher samaritana, com quem se encontrou junto à fonte de Sicar. Jesus curava e libertava do jugo das trevas, porquê Deus é perfeição, justiça e liberdade. Deus pode curar a alma, e não somente o corpo. Muitos foram tocados e regenerados somente pela presença e pelas palavras de Jesus, porquê Ele se dirigia não à mente dos que o ouviam, mais ao coração e à alma. Deus pode curar até mesmo por intercessão de terceiros, como comprovam várias passagens do evangelho, em que a fé do intercessor foi suficiente parar curar seus entes queridos. Ele pode livrar de perigos Não temas diante deles; porque estou contigo para te livrar, diz o Senhor. (JR 1:8) A palavra de Deus diz que Ele é nosso socorro, nossa fortaleza, nosso refúgio, nosso escudo, e que Ele pode nos livrar dos perigos do mundo, de armadilhas e dos ataques de nossos inimigos carnais e espirituais. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. (SL 46:1) Se andarmos retamente diante Dele, Ele está sempre presente e vigilante, e nos auxilia, mesmo quando não temos consciência do perigo iminente. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. (SL 91:11)
  • 3. Ele pode remover barreiras para se alcançar objetivos E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos. (AT 16:26) Para Deus, tudo é possível. Quando a mão do homem nada pode fazer, quando acabam a força e a sabedoria humanas, Deus pode intervir, para que um determinado objetivo, quando justo, seja alcançado. E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. (MT 19:26) A primeira grande barreira removida por Deus foi a libertação do pecado: Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; (RM 8:3) A Bíblia está cheia de relatos de situações em que o impossível acontece, para que barreiras sejam removidas, e os planos de Deus se cumpram no meio do seu povo. A travessia do Mar Vermelho, a queda das muralhas de Jericó, a derrota do grande exército assírio de Senaqueribe, são apenas alguns exemplos disto. Deus não age hoje de forma tão espetacular, mas Ele é o mesmo e continua operando maravilhas na vida dos que o amam. São inúmeros os relatos e testemunhos de homens e mulheres de Deus a respeito da intervenção de Deus na ordem natural do mundo, para abrir caminhos, através da manifestação poderosa do seu Espírito.
  • 4. Ele pode conceder vida, força, sabedoria e discernimento. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser- lhe-á dada. (TG 1:5) Sabedoria e discernimento são dons que não são comuns a todas as pessoas. Conforme se desenvolve, o ser humano dirige sua atenção e capacidade intelectual para interesses que podem ser frívolos ou relevantes, benéficos ou perniciosos, com maior ou menor intensidade. Deus não criou as deficiências genéticas, raciais e sociais que existem hoje. Elas são fruto da degeneração espiritual humana, causada pela vontade e comportamento do próprio homem. Deus é fonte de toda força e sabedoria e vida e pode conceder ou retirar esses atributos do homem conforme sua vontade soberana. Deus é a minha fortaleza e a minha força, e ele perfeitamente desembaraça o meu caminho. (2SM 22:33) E acrescentarei aos teus dias quinze anos, e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta cidade por amor de mim, e por amor de Davi, meu servo. (2Rs 20:6) Não vemos na Bíblia, no entanto, Deus transformando de forma definitiva, tolos em sábios ou fracos em fortes, pois o perdão de Deus não implica na revogação das conseqüências práticas do pecado neste mundo. O que se vê, na história bíblica, são intervenções de Deus na vida de homens e mulheres que, por causa de sua atitude perante Deus e perante o seu semelhante, receberam a sua graça e tiveram ampliadas e fortalecidas estas virtudes, ou, pelo contrário, afastaram-se da comunhão com Deus e, por seu egoísmo e estupidez, tiveram reduzidas ou anuladas estas virtudes em suas vidas. E Davi tornava-se cada vez mais forte; porque o Senhor dos Exércitos era com ele. (1CR 11:9) O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força. (PV 24:5) Sabedoria é algo muito maior que o simples conhecimento, ou acúmulo de informações, pois significa em essência a capacidade que cada um tem de aprender com a sua experiência de vida e com a experiência de outras pessoas, de forma a ser capaz de avaliar situações e tomar decisões positivas. Isto faz a diferença entre os diversos graus de sabedoria que caracterizam as pessoas, o que vai determinar os seus valores e sua atitude diante da vida. Além disso, somos naturalmente limitados em nossa capacidade de percepção, vendo somente alguns aspectos dos fatos e situações que nos cercam, confinados ainda pela barreira do tempo. Deus, porém, é onisciente e onipresente, e nos conhece como nosso criador, tendo assim uma percepção infinitamente maior de nossas vidas. Deus não toma decisões por nós, mas pode nos orientar e conceder força, sabedoria e discernimento, quando reconhecemos nossa incapacidade; de forma a nos capacitar a lidar com determinadas situações e tomar decisões acertadas em momentos difíceis. Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? (Jz:6:14) Sabedoria, no entanto, somente é concedida a quem a valoriza e a quem procura andar nos caminhos do Senhor. E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência e em todo o lavor, (Êx 35:31) Endurece-se para com seus filhos, como se não fossem seus; debalde é seu trabalho, mas ela está sem temor, porque Deus a privou de sabedoria, e não lhe deu entendimento. (Jó 39:16-17) Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, (PV 2:7) O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil. (PV 14:6) Deus concedeu a Salomão sabedoria e inteligência, porquê Salomão demonstrou valorizar esses dons: Dá-me, pois, agora, sabedoria e conhecimento, para que possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderia julgar a este tão grande povo? Então Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens, ou honra, nem a morte dos que te odeiam, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento, para poderes julgar a meu povo, sobre o qual te constituí rei, (2Cr 1:10-11) Uma vida próspera é conseqüência de atos e decisões realizados com sabedoria e inteligência. Nada aproveitaria um tolo de uma grande herança, mas perderia tudo, por causa do desperdício e de decisões impensadas e estúpidas
  • 5. Ele pode conceder dons materiais e espirituais Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. (1CO 12:10) Deus, sendo fonte de toda sabedoria e inteligência, evidentemente também pode fortalecer os talentos com que cada ser humano é dotado, de forma a possibilitar o seu uso proveitoso, para a igreja, a comunidade e para o próprio individuo. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. (1CO 12:28) Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda a obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do gravador, em azul, e em púrpura, em carmesim, e em linho fino, e do tecelão; fazendo toda a obra, e criando invenções. (Ex 35:35) A cada um, Deus proveu determinados dons ou habilidades, os quais, se bem exercidos, trazem realização pessoal, prosperidade e crescimento para a comunidade e a igreja. Os dons concedidos por Deus são uma riqueza incomensurável, que devemos utilizar com sabedoria e discernimento, de forma a produzir os frutos que ela proporciona. Todos nós seremos cobrados com relação aos talentos a nós confiados, conforme mostra a parábola de Jesus: Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe- á tirado. Ele pode realizar sonhos Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração(SL 37:4) Normalmente, os desejos do nosso coração são fruto de nosso egoísmo. Buscamos o prazer, a glória e a riqueza a qualquer custo e nessa busca frenética, muitas vezes nos opomos à vontade de Deus. Entretanto, Deus permite que estes desejos se realizem, não por sua vontade, mas para que se revele o nosso próprio erro e a iniqüidade do coração. Visto que amou a maldição, ela lhe sobrevenha, e assim como não desejou a bênção, ela se afaste dele. (Sl 109:17) E ele lhes cumpriu o seu desejo, mas enviou magreza às suas almas. (Sl 106:15) Porque, como na multidão dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras; mas tu teme a Deus. (Ec 5:7) Por outro lado, quando vivemos em harmonia com Deus, nossos desejos também estão em harmonia com os desejos Dele. Dessa forma, Deus pode realizar os desejos de nosso coração, pois não serão desejos mesquinhos ou meros caprichos provenientes da vaidade pessoal, mas serão aspirações características de uma personalidade espiritualmente madura e comprometida com os caminhos do Senhor. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor, e os salvará. (Sl 145:19) Existe um termômetro bastante confiável do nosso grau de harmonia com Deus. Quando vivemos em comunhão com o Criador, nossos desejos são cada vez menos de satisfação pessoal e tendem a se voltar cada vez mais para o bem de outras pessoas. Em outras palavras, tendemos a ser menos egoístas e sentimos alegria em nos tornarmos verdadeiramente altruístas.
  • 6. Deus não violenta a nossa vontade própria Deus nos dotou de vontade própria. A grande evidência disto, foi a escolha feita pelo primeiro casal no Paraíso, de renunciar ao senhorio de Deus e viver segundo seu próprio entendimento. Deus não mudou, e não mudará. Todos nós somos colocados, consciente ou inconscientemente, ainda nos dias de hoje, diante desta mesma escolha. Aceitar o senhorio do Criador e viver segundo sua vontade ou viver segundo o que julgamos ser nossa autonomia e liberdade, segundo nossa própria vontade. Deus não nos obriga a amá-lo ou a servi-lo. Entretanto, se assim escolhermos, devemos aceitar as suas condições, as condições de seu Reino. Se optarmos por não servi-lo, devemos arcar com as conseqüências de viver sem o seu amparo e sem a sua luz. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. (JS 24:15) Até mesmo para curar Deus exige nossa aquiescência. Em nenhum momento, Jesus curou alguém sem que esta pessoa manifestasse, de forma expressa, sua vontade de que assim fosse feito: E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista. (MC 10:51) E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? (JO 5:6) A razão é simples. Deus não pode curar ou libertar aqueles que não desejam verdadeiramente ser curados ou libertos, os que se amoldam a sua própria dor e criam uma relação de dependência com seus opressores, ou os que se apegam intimamente ao prazer proporcionado pelo seu vício. Nem mesmo Cristo foi obrigado a fazer seu sacrifício, mas teve, até a última hora, o livre arbítrio para escolher: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua. (LC 22:42) Muitos são, no entanto os que, por temor ou leviandade, afirmam haver escolhido servir a Deus, mas não procuram andar nos caminhos do Senhor. Antes, continuam buscando satisfazer a qualquer custo a sua vontade própria e a viver segundo seu próprio código de conduta. Viver verdadeiramente segundo a vontade de Deus é permitir a Ele orientar nossa vida, guiar-nos em todas as decisões, como um filho faz com um pai que ama, reconhecendo a sua sabedoria e grandiosidade. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus. O teu Espírito é bom; guie-me por terra plana. (Sl 143:10) Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (MT 7:21) O QUE DEUS NÃO FAZ
  • 7. Deus não faz aquilo que podemos fazer Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares. (Js 1:9) Muitos gostam de se considerar impotentes diante da vida e das inexoráveis leis da natureza. Vêem a si próprios como vitimas de situações que não escolheram viver, e que não têm como mudar. Outro tipo de pessoas, no entanto, têm uma vontade férrea e crêem que tudo podem vencer e superar e raramente desistem diante das tribulações que a vida apresenta. Estas são situações extremas de comportamento, e ambas estão distantes do comportamento cristão. Os covardes não encontram graça aos olhos de Deus, pois “Deus não nos deu o espírito de covardia, mas de poder, de amor e moderação”, mas tampouco aqueles que se arrogam tudo poder, apenas por sua própria força e que intentam sempre e a todo custo impor a sua própria vontade. A nossa vontade e capacidade de realização são dons divinos e, portanto, ao exercê-los, devemos nos lembrar que foi o Pai que nos facultou isto. Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (FP 2:13) Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (FP 4:13) Nós não somos impotentes diante da vida. Deus nos dotou de todos os recursos necessários para lidar com o mundo, com o uso da inteligência e dos sentidos. Evidentemente, existem certas situações com que nos deparamos, diante das quais nada podemos fazer por nós mesmos. Se for algo que precisamos realmente vencer e já empenhamos nisso todos os nossos esforços e capacidade em tentar superar, sem sucesso, por estar acima de nossas forças, aí então Deus entra em ação. Porquê aquilo que é impossível ao homem, é possível para Deus. Deus começa a intervir em nossa vida quando esgotamos todos os nossos recursos e reconhecemos a nossa incapacidade para solucionar um determinado problema. Entretanto, ninguém espere uma intervenção miraculosa de Deus antes disso, pois Ele não faz o que podemos fazer, e espera que, mesmo sendo fracos, empenhemos todo o esforço possível, de forma corajosa e decidida. Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena. (PV 24:10) E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. (MT 11:12) O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar. (PV 21:25)
  • 8. Deus não muda o nosso coração O termo coração, quando empregado em sentido abstrato, tem um significado muito rico. Não se refere apenas ao aspecto emocional da psicologia humana, como normalmente empregado. Em seu sentido bíblico, o termo coração designa os sentimentos mais profundos que um ser humano é capaz de experimentar e nutrir, com relação ao mundo que o cerca. É através do coração que os homens revelam sua verdadeira natureza e atitude diante da vida e de seus semelhantes. A Bíblia dá enorme importância a este centro espiritual da alma, a ponto de reconhecer que em nosso coração está a nossa salvação ou a nossa perdição. Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. (PV 4:23) Deus não pode mudar o teor dos sentimentos que nosso coração abriga. Ele é o centro de nossa alma e fonte de todos os nossos sentimentos. O primeiro sinal de uma vida reta e temente a Deus é um coração humilde e quebrantado. Circuncidai, pois, o prepúcio do vosso coração, e não mais endureçais a vossa cerviz. (DT 10:16) Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus. (SL 51:17) Deus, no entanto, transmutou o coração espiritual do homem, desde o sacrifício de seu filho, na cruz do calvário. Ele cumpriu sua promessa, de dar ao homem um novo coração, mais sensível, onde a sua palavra estivesse inscrita. Dessa forma, Ele mudou a necessidade de observância exterior e ritualística de uma lei de conduta espiritual rígida, em uma necessidade interior de amar e servir. E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne; (EZ 11:19) Em muitas passagens bíblicas, tem-se a impressão de que Deus está mudando os sentimentos das pessoas, mas, se observarmos atentamente, veremos que Deus na verdade está apenas intensificando sentimentos que já existem. O SENHOR, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não os quis deixar ir. (ÊX 10:27) Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros; a ele e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã. (Ex 35:34) Na verdade, Deus não muda nossos sentimentos, apenas revela ou aviva tendências e atitudes já existentes. Quando Davi pede a Deus que lhe dê um coração puro, demonstra que já existe nele um desejo que seu coração seja assim. Ele está então apenas pedindo a Deus que fortaleça esse sentimento e o ajude a revelar a pureza de seu coração. (SL 51:10) - Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
  • 9. Deus não erradica o mal que o homem cria no mundo E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres, pois, que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. (MT 13:27-30) Muitos questionam a existência ou a justiça de Deus, com base na premissa de que um Deus onipotente e justo, não permitiria a existência de tanto mal e injustiça no mundo. Os que assim pensam, erram por não conhecer a Deus e nem a si mesmos. Discutem levianamente, sobre conceitos de justiça e de bondade que forjaram para si mesmos, sem ao menos suspeitar qual seja a verdadeira justiça e bondade. Como poderão estes tolos então reconhecer a sabedoria de Deus? Deus não criou o mal nem a injustiça que imperam no mundo. Ao contrário, tudo foi criado em absoluta perfeição: E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom (Gn 1:31) Ao escolher viver em pecado, o homem forjou todo o egoísmo, a dualidade e o conflito que existem no mundo, os quais são a origem de todo mal e de toda a injustiça. Com o surgimento do ego e da dualidade, o Inimigo de Deus pôde então estabelecer o seu domínio sobre o mundo material e a sua influencia sobre o homem. Em meio à corrupção reinante no mundo, no entanto, existem os bons e justos de coração. Estes vivem em meio à corrupção, para que se revele e seja consolidada a retidão de seu coração. Quando estiverem espiritualmente maduros, Deus então poderá erradicar o mal do mundo, sem prejuízo para os que o amam. O Inimigo será então definitivamente destronado de seu reino de trevas e a perfeição voltará a existir, o mundo será restaurado e o bem, a paz e a justiça voltarão a imperar. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima (AP 7:16-17)
  • 10. Deus não Impede que sejamos tentados e atribulados Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. (JO 16:33) O mundo em que vivemos é o mundo da carne e da matéria e como tal, exerce sobre o ego uma atração muito forte. A palavra de Deus diz que a carne luta contra o espírito, pois cada um pertence a naturezas inconciliáveis. Não porquê espírito e matéria sejam inconciliáveis, mas porquê a matéria, em seu atual estado de corrupção, é incompatível com natureza pura e perfeita do espírito, na forma original em que Deus o criou. Se o espírito se coloca em comunhão com a carne, ele também se corrompe e por isto, deve fugir da atração da carne e da matéria. Esta atração é que comumente se chama tentação e em diversas situações estamos sujeitos a sua força. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (MC 14:38) A existência da matéria é caracterizada pela dualidade e pelo conflito dos opostos, da dor e do prazer, do amor e do ódio, da satisfação e da insatisfação, entre o eu e os outros. A luta pela subsistência, que é inerente à natureza decaída do homem, somada à sua ignorância e ao seu egoísmo, são a causa de todo o sofrimento a que está sujeito todo ser vivo sobre a face da terra. A grande luta do homem, portanto, não é por grades ideais políticos ou filosóficos, mas para vencer a si mesmo, aceitar a oportunidade de salvação de sua alma, conquistada para todos pelo Filho de Deus e nadar contra a corrente do mundo, combater o bom combate de que fala o apóstolo Paulo, completar a carreia das obras que Deus tem preparadas para os que o servem, a fim de ser digno de receber a coroa de justiça, diante do Pai, quando deixar este mundo. Quanto mais nos dispomos a verdadeiramente lutar pela nossa salvação, mais somos tentados e atribulados, pois o Inimigo de Deus e de nossas almas não se conforma com a nossa libertação. Quanto mais retamente nos propomos andar diante de Deus, mais seremos provados em nossa decisão e tentados a desistir, a desfalecer a se entregar à correnteza das águas torpes que percorrem o mundo. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (AP 2:10) Não devemos esperar, portanto, uma vida de facilidades e de vitórias fáceis em nosso cotidiano, no trabalho e mesmo na igreja. Mas, ainda no dizer do valoroso apóstolo Paulo, devemos nos regozijar nestas lutas, pois elas são a forja purificadora e fortalecedora de nosso espírito. Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. (TG 1:12) Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; (2CO 4:17) Na mesma media, porém em que somos tentados e atribulados, somos providos com as armas e a força suficiente para vencê-las a todas, por isso nada devemos temer, por mais ameaçadora e dolorosa seja a situação que atravessamos. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. (1CO 10:13) - Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. (AP 3:10)