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inclinado  em  relação  às  pernas,  que  estão  levemente  flexionadas.  A  perna 
esquerda está à frente da direita, com o pé no chão, e o pé direito está em relevé. 
O  conjunto  do  desenho  aparenta  um  giro  com  as  pernas  flexionadas,  e  a  figura 
está  vestida  com  uma  pele  de  bisão  e  máscara  de  rena  ou  cervo.  ("A  figura  de 
trois­Frères", em Montesquiou­Avantès).
Como  tudo  que  era  desenhado  tinha  caráter  sagrado,  presume­se  que  esta  era 
uma  dança  sagrada.  O  giro,  mesmo  nesses  homens  pré­históricos,  provocava 
sensação de vertigem e uma espécie de desapossamento de si mesmo, o que nos 
leva  a  acreditar  que  essa  dança  era  uma  forma  de  "entrar  em  contato  com  os 
espíritos  ou  qualquer  entidade  'superior'  ".  Essa  era  a  dança  participativa:  o 
homem participava dos rituais. No período Neolítico o homem aprende a cultivar e 
se organiza em grupos e até em cidades. Surge um esboço de classe sacerdotal, 
que  vai  "supervisionar"  os  rituais  de  dança,  não  os  deixando  ao  acaso  das 
inspirações  individuais.
Dessa  forma,  a  dança  deixa  de  ser  participativa  para  se  tornar  representativa:  o 
homem deixa de entrar em contato com os espíritos para começar a representar os 
mitos e os Deuses. A dança representativa utiliza máscaras, e, ao contrário de sua 
antecessora, é feita em grupo. São danças de roda e em filas, e seus participantes 
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  • 4.     A dança surgiu na Época Paleolítica, antes mesmo de   o  homem  aprender  a  cultivar  a  terra,  quando  ainda  migravam  buscando  um  lugar  para  caçar,  colher  e  pescar.  As  figuras  desenhadas,  que  nos  servem  de  documentos sobre essa era, representavam os animais  e  as  caçadas,  raramente  os  homens.No  entanto,  desenhos  que  representam  um  mesmo  movimento  foram encontrados nas regiões mais variadas, como a  Europa  e  a  África  do  Sul.  Essas  figuras  comprovam  que  a  humanidade  tem  um  fundo  cultural  comum.  Nelas, a cabeça está voltada.
  • 5.     para  frente,  o  tronco  apresenta­se  num  falso  perfil,  os  dois  braços  em  semi­ extensão,  com  o  direito  um  pouco  mais  alto  que  o  esquerdo.  O  corpo  está  inclinado  em  relação  às  pernas,  que  estão  levemente  flexionadas.  A  perna  esquerda está à frente da direita, com o pé no chão, e o pé direito está em relevé.  O  conjunto  do  desenho  aparenta  um  giro  com  as  pernas  flexionadas,  e  a  figura  está  vestida  com  uma  pele  de  bisão  e  máscara  de  rena  ou  cervo.  ("A  figura  de  trois­Frères", em Montesquiou­Avantès). Como  tudo  que  era  desenhado  tinha  caráter  sagrado,  presume­se  que  esta  era  uma  dança  sagrada.  O  giro,  mesmo  nesses  homens  pré­históricos,  provocava  sensação de vertigem e uma espécie de desapossamento de si mesmo, o que nos  leva  a  acreditar  que  essa  dança  era  uma  forma  de  "entrar  em  contato  com  os  espíritos  ou  qualquer  entidade  'superior'  ".  Essa  era  a  dança  participativa:  o  homem participava dos rituais. No período Neolítico o homem aprende a cultivar e  se organiza em grupos e até em cidades. Surge um esboço de classe sacerdotal,  que  vai  "supervisionar"  os  rituais  de  dança,  não  os  deixando  ao  acaso  das  inspirações  individuais. Dessa  forma,  a  dança  deixa  de  ser  participativa  para  se  tornar  representativa:  o  homem deixa de entrar em contato com os espíritos para começar a representar os  mitos e os Deuses. A dança representativa utiliza máscaras, e, ao contrário de sua  antecessora, é feita em grupo. São danças de roda e em filas, e seus participantes  se encontram, na maioria das vezes, de mãos dadas.