Este documento discute a evolução do ritmo na música, especialmente no século XX. Apresenta como o metrônomo trouxe maior precisão aos tempos musicais e como a modulação rítmica, desenvolvida por Elliot Carter, permitiu mudanças sistemáticas nos andamentos através de proporções matemáticas entre figuras rítmicas. Também descreve o método "regra de senso comum" de Artur Weisberg para facilitar a compreensão e aplicação dos modos rítmicos.
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1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Escola de Música
Programa de Pós-Graduação em Música
Componente Curricular: Ateliê de regência
Prof. Dr. Andre Muniz
Aluno: Alexandre dos Santos
The Metronome and Metric Modulation
Este estudo tem como principal objetivo analisar trechos do livro
“Performing Twentieth-Century Music: A Handbook for Conductors and
Instrumentalists” de Artur Weisberg relacionados ao rítmo. No capítulo 3 o autor
discute o desenvolvimento rítmico ao longo do tempo e sua relação com
compositores e intérpretes. Segundo ele os ritmos foram ficando mais complexos
sobretudo na música do século XX.
Segundo Weiseberg a grafia musical foi desenvolvida durante a história
e possuí figuras rítmicas com estruturas internas proporcionais. Entretanto, não
era possível precisar quão lento ou rápido essas estruturas poderiam ser. Sendo
assim uma das maneiras utilizadas pelos compositores para solucionar este
problema foi transmitir estas informações através de termos descritivos, como:
adágio, andante, alegro e presto. Além desse vocabulário básico, outros termos
passaram a ser atribuídos com o intuito de dar uma idéia aproximada da
velocidade que um compositor queria atribuir a um determinado trecho musical.
Para alguns compositores, isso foi o suficiente, mas muitos outros
desejavam maior controle sobre o desempenho de suas músicas. A inquietação
desses compositores impulsionou experimentações que pudessem trazer maior
precisão a escolha dos andamentos das peças. Uma primeira tentativa neste
sentido foi feita através de um cordão onde um pêndulo deslizava produzindo
velocidades diferentes. Tempos depois houve a invenção do metrônomo por
Johann Maezel, primeiro aparelho mecânico a indicar de maneira precisa uma
proporção entre andamento musical e o tempo cronológico. Ludwig Von
Beethoven foi um compositor revolucionário e muito preocupado com a precisão
2. rítmica de suas obras, sendo um dos primeiros a fazer indicações metronômicas
(M.M., Metrônomo de Maezel) nos andamentos de suas obras.
As velocidades do metrônomo vão gradualmente se tornando
universais, até chegar ao século XX onde as mudanças equivalentes de tempo
passam a ser regra e não exceção. As relações musicais como conhecíamos desde
o período barroco iriam mudar significativamente. Segundo Weisberg a
manipulação matemática que sempre foi inerente à estrutura rítmica da música,
somente no século XX torna-se uma coerente ferramenta de composição.
Paralelamente ao trabalho de manipulação matemática da música feita por
Schoenberg e seus discípulos, que culminou na invenção de um novo sistema
musical. Surge o conceito de modulação rítmica, técnica de manipulação rítmica
criada pelo compositor Elliot Cartter com o intuito de dar coerência as mudanças
de andamentos em suas composições. Para Carter entre as figuras rítmicas de
andamentos diferentes existe uma proporção matemática e em sua técnica ele
usa sistematicamente essa relação para fazer suas mudanças de andamentos.
O trabalho de Carter influenciou outros compositores que passaram a
utilizar a modulação rítmica. Como nem todos os compositores deixavam muito
claro como fazer essa relação entre figuras rítmicas de andamentos diferentes,
diante de um emprego cada vez mais elaborado do ritmo nas composições e
buscando auxiliar a precisão rítmica dos intérpretes, Artur Weisberg elabora um
método para facilitar de entendimento da aplicação dos modos rítmicos
denominado “regra de senso comum”. Esta técnica busca identificar um figura
rítmica equivalente e através de fórmula matemática calcular um novo
andamento.
Referências:
Weisberg, Arthur. Performing twentieth-century music: A handbook for conductors and
instrumentalists. Yale University Press, 1996.