1. O documento apresenta a parábola do Bom Samaritano narrada por Jesus para responder à pergunta de um doutor da lei sobre quem é o seu próximo.
2. A parábola descreve seis personagens (a vítima, os ladrões, o sacerdote, o levita, o samaritano e o hospedeiro) que representam arquétipos de comportamentos em relação ao próximo.
3. A lição central é que devemos amar e ajudar o próximo como a nós mesmos, independentemente de quem seja a
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Boa noite a todos.
É com imensa satisfação que
estamos de novo aqui.
Hoje iremos desenvolver um tema do
Evangelho Segundo Espiritismo que
não é muito observado do ponto de
vista o qual será tratado.
Para começar eu pediria que vocês
fechassem os olhos e se
perguntassem.
Quem é o meu próximo?
Guardem a resposta para vocês.
Ouçam este trecho do evangelho.
O evangelho segundo o espiritismos
trás no capítulo XV, a seguinte
passagem: O Mandamento Maior.
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"Os fariseus, tendo sabido que
ele tinha feito calar a boca aos
Saduceus, reuniram-se; e um
deles, que era doutor da lei, veio
lhe fazer esta pergunta para o
tentar e disse-lhe: Mestre, que é
preciso fazer para possuir a vida
eterna? - Respondeu-lhe Jesus:
Que é o que está escrito na lei?
Que é o que lês nela? - Ele
respondeu: Amarás o Senhor teu
Deus de todo o coração, de toda a
tua alma, com todas as tuas forças
e de todo o teu espírito, e a teu
próximo como a ti mesmo. - Disse-
lhe Jesus: Respondeste muito
bem; faze isso e viverás.
Mas, o homem, querendo parecer
que era um justo, diz a Jesus:
Quem é o meu próximo? - Jesus,
tomando a palavra, lhe diz:
Um homem, que descia de
Jerusalém para Jericó, caiu em
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poder de ladrões, que o
despojaram, cobriram de
ferimentos e se foram, deixando-o
semimorto. - Aconteceu em
seguida que um sacerdote,
descendo pelo mesmo caminho, o
viu e passou adiante. -Um levita,
que também veio àquele lugar,
tendo-o observado, passou
igualmente adiante. - Mas, um
samaritano que viajava, chegando
ao lugar onde jazia aquele homem
e tendo-o visto, foi tocado de
compaixão. - Aproximou-se dele,
deitou-lhe óleo e vinho nas feridas
e as pensou; depois, pondo-o no
seu cavalo, levou-o a uma
hospedaria e cuidou dele. - No dia
seguinte tirou dois denários e os
deu ao hospedeiro, dizendo: Trata
muito bem deste homem e tudo o
que despenderes a mais, eu te
pagarei quando regressar.
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Na parábola existem seis figuras
arquetípicas, modelos, que
representam personalidades.
Arquétipo é descrito pelo psicólogo
Carl Gustav Jung como um conjunto
de imagens psíquicas presentes no
inconsciente coletivo que seria a
parte mais profunda do inconsciente
humano. Os arquétipos são
herdados geneticamente dos
ancestrais de um grupo, de
civilização, etnia ou povo. Os
arquétipos não são memórias coesas
e "palpáveis" no contexto ou
definição clássica de memória, mas
são o conjunto de informações
inconscientes que motivam o ser
humano a acreditar ou dar crétido a
determinados tipos de
comportamento. os arquétipos
correspondem ao conjunto de
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crenças e valores comportamentais
básicos do ser humano. Podem se
manifestar nas crenças religiosas,
mitológicas ou no comportamento
inconsciente do indivíduo.
E assim nos temos estas
personalidade:
1) A vítima dos ladrões.
2) Os Ladrões.
3) O Sacerdote.
4) O Levita.
5) O Samaritano.
6) O Hospedeiro.
Na representação da parábola
quem é a vítima dos ladrões?
São as pessoas que sofrem as
agressões do mundo. Tem
subtraídos os seus direitos, bens
materiais e morais.
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Na parábola não bastasse a
subtração do seu patrimônio ainda é
agredido e deixado semimorto.
Representa todos aqueles que são
vitimas das injustiças do homem
praticadas pelo próprio homem.
Aquele que se retira a dignidade.
Na representação da parábola o
quem são os ladrões.
São as pessoas que praticam atos
contra a lei de DEUS, pois agridem e
cobiçam o que é do próximo. O lobo
do homem, são as pessoas que
pisam nas outras para se dar bem.
Não tem compaixão, sem moral, sem
sentimentos de humanidade e de
urbanidade. Para estes os fins
justificam os meios. Vivem ainda na
ignorância do bem.
Na representação da parábola
quem é O Sacerdote. Na parábola é
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o intermediário de DEUS para com
os homens. São aqueles que detem
o conhecimento das leis divinas e
pregam a palavra de DEUS, para que
os outros a cumpra. Mas no
momento que são chamados
refugam.
Esse saudável e despreocupado
sacerdote, um servo da lei obrigado
a agir com misericórdia até para com
um animal (Êxodo 23:4-5). Temos
aqui um homem que dizia
abertamente ser consagrado a Deus
e, nesse exato momento, estava a
caminho de casa, após ter cumprido
o seu turno no serviço do templo. E
claro que, após as suas orações e
sacrifícios, ele será misericordioso
para com o homem que
dolorosamente precisava de
misericórdia. Porém esse líder
espiritual, que era um dos 12 mil
sacerdotes os quais viviam em Jerico
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naquela ocasião, evidentemente
tinha deixado Deus no templo e não
tinha tempo nem compaixão pelo seu
desafortunado companheiro judeu.
Talvez ele estivesse
demasiadamente apressado para
chegar em casa, a fim de cuidar de
seus outros interesses. Assim como
o doutor da lei, para quem Jesus
proferiu esta parábola, esse
sacerdote conhecia a lei com o seu
mandamento sobre o amar a Deus e
ao próximo; mas, se havia um
próximo, certamente era aquele
homem abandonado, seminu e
agonizante que estava ali aos seus
pés. Porém, com dureza de coração,
ele passa distante do ferido, pelo
outro lado! [1]
Na representação da parábola
quem é O Levita.
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Em seguida, surge outro viajante e,
com o seu caminhar, a esperança
volta a brilhar dentro do homem
quase morto. O levita era da mesma
tribo do sacerdote, mas de um dos
ramos inferiores. Era um servo do
templo e, como ministro de adoração
e intérprete da lei, deveria ter sentido
grande vontade de ajudar aquela
alma assustada que ele viu; contudo,
deixou o homem sem assistência.
Esses dois líderes espirituais
deveriam ser os primeiros a traduzir
sua fé em Deus, em preocupação e
cuidado para com o corpo
espancado do viajante. [1]
Da mesma forma que o sacerdote é
aquele que observa a lei de DEUS na
teoria, mas na pratica, quando é
chamado a observá-la não a aplica.
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Na representação da parábola
quem é o Samaritano.
Os Samaritanos são um pequeno
grupo étnico-religioso aparentado
aos judeus que vivia
nas cidades de Holon e Nablus situa
das em Israel e
na Cisjordânia respectivamente.
Eram discriminados, pois Após a
morte do rei Salomão, cerca de 900
anos antes de Cristo, o seu filho
Roboão e Jeroboão se
desentenderam e dividiram o povo
judeu em dois reinos: 10 tribos
ficaram no norte do país sob o
reinado de Jeroboão, com a capital
em Samaria, e duas tribos (Judá e
Benjamin) ficaram no sul, sob o
reinado de Roboão, filho de
Salomão, com capital em Jerusalém.
No ano de 722 antes de Cristo, o
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reino da Samaria foi vencido pelo rei
da Assíria, Assurbanipal, e o povo foi
levado para a Assíria em cativeiro.
Durante este tempo, povos pagãos,
não judeus, vieram para a Samaria,
e houve muitos casamentos mistos
de judeus que permaneceram em
Samaria (nem todos foram para o
exílio) com pessoas pagãs. Isto era
proibido pela lei de Moisés; por isso
o povo de Jerusalém, chamados de
judeus, odiavam os samaritanos.
Não os consideravam mais judeus
por terem se misturado com povos
não judeus.
Assim o doutor da lei deve ter ficado
bastante surpreso, quando Jesus
apresentou o samaritano como a
única pessoa que se dispôs a ajudar
aquele judeu indefeso, na estrada
solitária e perigosa. O homem que
ajudou o pobre necessitado foi
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exatamente o que ele menos
esperava que o faria. [1]
Na representação da parábola
quem é o Hospedeiro. Quem é a
personalidade do hospedeiro.
Aquele que somente faz as coisas
quando recebe algo em troca. Só
faz as coisa quando é pago. É
quem precisa de recompensa para
trabalhar para fazer o bem.
A grande questão é: quem é você
na parábola?
4. "Amar o próximo como a si
mesmo: fazer pelos outros o que
quereríamos que os outros fizessem
por nós", é a expressão mais
completa da caridade, porque
resume todos os deveres do homem
para com o próximo. Não podemos
encontrar guia mais seguro, a tal
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respeito, que tomar para padrão, do
que devemos fazer aos outros, aquilo
que para nós desejamos. Com que
direito exigiríamos dos nossos
semelhantes melhor proceder, mais
indulgência, mais benevolência e
devotamento para conosco, do que
os temos para com eles? A prática
dessas máximas tende à destruição
do egoísmo.
Quando as adotamos como regra de
conduta e para base de nossas
instituições, estaremos compreendo
a verdadeira fraternidade e faremos
que entre nos reinem a paz e a
justiça. Não mais haverá ódios, nem
dissensões, mas, tão-somente,
união, concórdia e benevolência
mútua.
Ao analisar a parábola devemos
compreender o contexto em que foi
dita e foi proferida.
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Um "certo doutor da lei" testou o
conhecimento e a autoridade de
Jesus com duas perguntas.
A profissão de um "doutor da lei" era
ocupar-se com a lei mosaica. Ele
tinha a função oficial de interpretar a
lei e guiar o povo em como relacionar
as suas vidas com ela. Quando um
judeu tinha alguma dúvida que o
incomodasse quanto ao seu
comportamento, ele consultava um
doutor da lei ou um escriba, para
saber o que a Tora dizia sobre aquele
assunto. Ao opor-se a Jesus, esse
doutor da lei disse: "Mestre, que farei
(eu) para herdar a vida eterna?" Ele
queria que Jesus o instruísse em
como obter a vida em sua plenitude
—vida perfeita em todos os
sentidos. [1]
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Jesus replicou de maneira muito
hábil. Aplicou um termo técnico
constantemente usado pelos
escribas e doutores da lei que, ao
consultarem-se entre si sobre algum
assunto da lei, diziam: "Como lês
tu?" Jesus disse: "O que está escrito
na lei? Como lês?" Isso direcionou a
conversa novamente para o escriba,
e forçou-o a recorrer ao que ele já
sabia sobre os mandamentos da lei.
E ele então concedeu a única
resposta correta e completa que
poderia dar, i.e., que tinha de amar a
Deus e também ao seu próximo.
Jesus o elogiou pela sua resposta e
disse: "Respondeste bem. Faze isso,
e viverás". O doutor da lei, por
desejar sinceramente mais
instruções, perguntou: "E quem é o
meu próximo?" Assim ele voltou à
segunda parte de sua própria
resposta. Ele não tinha dúvidas da
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existência de Deus e da necessidade
de amá-lo com o coração, alma,
forças e mente. O que o incomodava
era a identidade do próximo a quem
ele devia amar. Como doutor da lei,
ele pertencia a uma categoria de
mestres, os quais diziam que
nenhum gentio seria um próximo
deles. Como judeu, ele só
considerava próximo aquele que
pertencesse ao povo da aliança.
Somos informados que esse doutor
da lei fez essa segunda pergunta
sobre o seu próximo, para justificar a
si mesmo. Justificar-se com quem?
Não com o povo à sua volta, mas
com a sua própria consciência. Havia
uma suspeita escondida no fundo de
sua mente, de que rejeitar um gentio,
simplesmente por ser gentio, não era
correto e, então, como estrategista,
ele procurou jogar a
responsabilidade sobre Jesus, que
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lhe respondeu com essa bela e
cativante narrativa, a qual chamamos
de Bom samaritano.
A pergunta é quem somos nós na
parábola?
Então pergunto?
Quando vemos alguém com fome?
Quando vemos alguém com sede?
Quando vemos alguém sem teto?
Quando vemos alguém
desagasalhado?
Quando vemos alguém doente?
Quando vemos alguém preso?
Por que não vemos, por que não
percebemos o outro?
A sociedade em que vivemos nos
bombardeia diariamente com
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informações que exaltam a
individualidade.
Aprendemos a muito tempo atrás a
famosa Lei de Gerson..” que o certo
é levar vantagem em tudo certo”
Primeiro o meu depois o dos outros.
Como eliminar com essa idéia
individualista em nossa sociedade.
Mas como queremos mudar o mundo
agindo desta maneira.
O Mestre Jesus quando disse que
fora da caridade não há salvação,
Ele não se restringia a um aspecto
formal, da caridade, de apenas
respeitarmos o próximo, mais sim de
um aspecto material.
Por que disso?
Os homens espalhado pelo mundo
vive quase sempre em conflitos
sociais, estes conflitos via de regras
são decorrentes de dois aspectos
políticos e religiosos.
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As guerras que presenciamos hoje
são em sua grande maiores em
razão de questões de poder.
Por qual razão? Porque o homem
vivem dentro da natureza em
constante estado de guerra, sempre
tentando dominar a natureza que
aparentemente se rebela contra ele.
Na natureza, assim como o homem,
há outros seres que também vivem
em estado de guerra constante pois
precisam se alimentar para
sobreviver.
Os outros seres agem por seus
instintos, e isso justifica as ações
destes seres.
Porém, o homem em que pese ter
saído da selva ainda em muitos
casos age por instinto de
sobrevivência, não raciocinando as
suas ações.
Quando observamos na natureza os
animais entre seus grupos agindo
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com solidariedade, percebemos que
os próprios animais se ajudam
mutuamente dentro do grupo...e o
homem?
O homem se ajuda quando esta
dentro do seu grupo...
E Jesus diria: Não fazem assim, os
publicanos, fariseus, gentios, e os
ladrões...
E nos o que devemos fazer...
Agora vamos nos levantar e dar um
abraço em três pessoas perguntando
o nome de cada uma.
O que ilumina a minha vida?
Na parábola do Bom Samaritano
temos a resposta.
Pelo homem citado, passaram o
Sacerdote e o Levita, mas quem teve
compaixão e praticou a caridade foi o
Samaritano.
O verniz social que a sociedade
moderna deste mundo exige é da
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falsidade, do interesse, do egoísmo
etc..etc...
Quando somos sinceros nas nossas
relações sociais?
Não podemos viver uma vida inteira
representando um papel, pois uma
hora o ator tem que aparecer...
Bem, quantas vezes não queremos
ver o ator e nos contentamos com o
personagem?
Não percebemos os outros, bem
como não somos percebidos...
"eu vejo você" eu percebo o outro e
não somente um olá, um alou ou
como você está..
Devemos ter em mente que o
simples fato de ignoramos uma
situação estamos faltando com a
caridade.
Nos não queremos obviamente que
todos saiam daqui e dêem tudo que
tem, primeiro porque praticar a moral
22. 22
cristão é gradual, devemos seguir
passo a passo, a nossa alam lenta.
Sendo assim meus amigos "Fora da
caridade não há salvação” POIS O
DEUS QUE HABITA EM MIM SAUDA
O DEUS QUE HABITA VOCÊ.
A imagem de Jesus que está em
nossos corações habita o amor que
devemos ter pela humanidade seja
ela qual for.
Somos irmão, e irmanados assim
devemos trabalhar pela evolução da
humanidade que ainda não alcançou
as hostes do amor de Jesus
semeado na terra.
23. 23
Crê meus irmãos que temos muitas
coisas ainda a fazer neste plano para
auxiliar aqueles que nos buscam no
dia a dia.
Tenhamos coragem e fé na palavra
de Jesus que Diz fora da caridade
não há salvação.
Que assim seja.