2. Sobre o flat design
Não é só tendência. É uma manifestação de
um desejo por um grande e autêntico
projeto, onde o supérfluo e fake é eliminado.
Na criação de novas oportunidades, a
tecnologia, por vezes, leva ao excesso, super
decorado e entupido de ornamentos, que
desvia a atenção para a mensagem principal.
3. Art Nouveau
No século 19, a
produção mecanizada
(Revolução Industrial)
permitiu ornamentos
serem impresssos de
forma rápida, levando
a produtos super-
mega-ultra decorados,
cheios de ornamento.
4. Enquanto o
método de
produção passou
de artesanal
para o feito à
máquina, o estilo
de mercadorias
não fez.
A maioria dos
produtos, desde a
construção e
mobiliário de tecido e
talheres, era
adornada com uma
cobertura opulenta
de ornamentos,
construída sobre o
grande espírito do
Renascimento.
5. Do manual para o industrial
Um tinteiro apresentado na Grande Exposição de 1851.
O uso de ornamentação aqui é extremo mas não atípico.
6.
7. Mecanização do luxo. Ou não
Um produto feito à mão é caro para produzir, e é um
símbolo de luxo e exclusividade. Com o advento da
mecanização, imitações desses mesmos ornamentos
poderiam ser produzidos mais baratos... e mais rápido.
Ao invés de parar e pensar sobre que tipo de
projeto seria mais adequado para a produção em
massa, os fabricantes aproveitaram para copiar
estilos a baixo custo.
O resultado foi a enxurrada de produtos extravagantes,
de baixa qualidade que pioneiros do design moderno,
protestaram.
8.
9.
10. Design = função
Neste desejo por
autenticidade, o
movimento de
design moderno
restringiu os
ornamentos
exessivos do séc 19,
fazendo o design
adequar-se à era da
produção de massa.
11.
12. Excessos visuais no digital
Algo similar aconteceu nos últimos anos,
quando tecnologias (tipo a qualidade de
monitores e o amado photoshop) permitiram
que nós designers criássemos interfaces
muito cheias de detalhes, pesadas
visualmente, porém por vezes execessivas.
13. Ornamentos visuais
Fazendo um paralelo (história do design e a breve
do web design): o uso pesado da “decoração”,
também no digital, acabou criando monstrinhos e
layouts excessivos.
No “inicio” da era digital, tudo era mais limitado e
por isso simples... Mas na medida que fomos
agregando metáforas da vida real com sombras
etc acabamos entupindo visualmente as telas.
Em muitos sites a confusão é tanta
que não se sabe aonde clicar
14. Skeuformismo
Do grego skeuos (recipiente ou ferramenta) e
morphe (forma), é a palavra que se refere aos
objetos criados a partir de outros elementos.
Antes usada apenas com objetos físicos, começou
a ser utilizada no meio digital para se referir aos
elementos gráficos que utilizavam recursos
visuais do mundo real.
Vide a metáfora de pastas nos sistemas operacionais,
que não somente se parecem com pastas físicas, como
também se comportam como pastas, onde podemos
guardar o que quiser, inclusive outras pastas.
15.
16.
17. Não por acaso
Imagine se você utilizasse pela primeira vez um
sistema operacional em que não encontrasse
nenhum elemento familiar para lhe ajudar a
compreender o funcionamento. Provavelmente
levaria muito mais tempo para você aprender a
utilizar a nova interface.
Foi a Apple quem melhor explorou esse
conceito para facilitar a assimilação de seus
apps. Basta darmos uma boa olhada no Mac OS
ou iOS: os ícones para o Calendário, Agenda etc
se parecem com os seus correspondentes do
mundo físico.
20. Design = função
2
Hoje nós estamos
vendo o mesmo
desejo por
autenticidade
manifesto na
tendência do “flat
design” e que torna
as interfaces mais
simples, limpas e
que foca o conteúdo
21. E cadê a firulinha?
Recentemente, designers começaram a
questionar a lógica de desenhar um aplicativo
de notas como um caderno, ou mesmo
adicionando textura de couro e fazer páginas
“virando” em aplicativos de calendários
Esses efeitos fornecem interesse visual, mas
eles são também relíquias de outros tempos,
que “amarram” uma interface de objetos reais
estáticos que são incompatíveis com a fluidez e
o dinamismo das interfaces digitais.
22.
23. Windows abriu a janela
Com o lançamento do Windows 8, Microsoft
deu um passo à frente dos visuais supérfuos,
tentando dar ao seu sistema operacional um up
totalmente digitais e “autêntico”.
A última interface é construída sobre os
princípios já desenvolvidos para o Windows
Phone, apresentando ao usuário uma estética
que é quase totalmente desprovido de texturas
ou imitações de objetos da vida real.
24.
25. Design plano
Dentro da avalanche de informação em que
vivemos, o Flat Design nos traz uma
proposta mais minimalista, com cores
chapadas, tipografia nítida e bons
contrastes, aonde a estética privilegia a
compreensão e não interfere nos conteúdos,
facilitando inclusive os filtros de informação.
29. Skeu e Flat: complementares?
Interfaces sob a estética do Flat
Design acompanham a evolução humana e
tecnológica, e podem trazer elementos
representativos com metáforas de objetos
do nosso cotidiano, da nossa atual
conjuntura.
O que é necessário é compreender que o
Skeumorfirmo não precisa
necessariamente trabalhar com elementos
ultrapassados como um Floppy Disk.
30.
31. 3 regras de ouro do webdesigner
As metáforas de hoje são outras
As novas gerações são
organicamente digitais
Cada vez mais, o menos é mais.
Notas do Editor
In creating new opportunities, technological progress sometimes leads to areas of excess. In the 19th century, mechanized mass production allowed for ornaments to be stamped out quickly and cheaply, leading to goods overdecorated with ornament. A similar thing occurred in recent years, when display and styling technologies enabled designers to create visually rich interfaces, leading to skeuomorphic and stylistic excesses.
The recently popularized “flat” interface style is not merely a trend. It is the manifestation of a desire for greater authenticity in design, a desire to curb visual excess and eliminate the fake and the superfluous.
In creating new opportunities, technological progress sometimes leads to areas of excess. In the 19th century, mechanized mass production allowed for ornaments to be stamped out quickly and cheaply, leading to goods overdecorated with ornament. A similar thing occurred in recent years, when display and styling technologies enabled designers to create visually rich interfaces, leading to skeuomorphic and stylistic excesses.
What triggered such an attack on ornament? To understand the mindset of this pioneer of modern design, we must first form some idea of the state of design in the late-19th century.
The advent of the steam engine ushered in an era of mechanized mass production. As the art critic Frank Whitford writes, “Steam-driven machines could stamp, cut and fashion almost any substance faster and more regularly than the human hand. Mechanized production meant lower prices and higher profits.”
But while the method of production shifted from hand to machine, the style of goods did not. Most every product, from building and furniture to fabric and cutlery, was adorned in an opulent coat of ornament, built upon the grand spirit of the Renaissance.
What triggered such an attack on ornament? To understand the mindset of this pioneer of modern design, we must first form some idea of the state of design in the late-19th century.
The advent of the steam engine ushered in an era of mechanized mass production. As the art critic Frank Whitford writes, “Steam-driven machines could stamp, cut and fashion almost any substance faster and more regularly than the human hand. Mechanized production meant lower prices and higher profits.”
But while the method of production shifted from hand to machine, the style of goods did not. Most every product, from building and furniture to fabric and cutlery, was adorned in an opulent coat of ornament, built upon the grand spirit of the Renaissance.
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Em A arte decorativa de hoje, o famoso arquiteto Le Corbusier afirmou sem rodeios que o lixo é abundantemente decorada, e que, "O objeto de luxo é bem-feito, arrumado e limpo, puro e saudável, e sua nudez revela a qualidade de sua fabricação. É a indústria que devemos a reversão desse estado de coisas: um fogão de ferro fundido transbordando com os custos de decoração menos de uma planície um, em meio a afluência folha padrões de falhas na fundição não pode ser visto. "
Montgomery Schuyler, um influente crítico e jornalista, condenou fortemente as fachadas ornamentadas do século 19, dizendo: "Se você tivesse que raspar o rosto da parede principal dos edifícios dessas ruas, você ia achar que você tivesse simplesmente removeu todos a arquitetura, e que havia deixado os edifícios tão bom como sempre. "
If we compare the history of modern design with our short history of software and Web design, a parallel can be seen. In the same way that mechanized mass production resulted in an overuse of ornament, so did advances in display and styling technology result in the heavy use of decoration in software interfaces and websites. Designers in the early years of the Web were especially explorative on this front, using animation and sound together with images to produce excessively rich and often garish experiences.
Early operating systems with graphical user interfaces were still fairly basic in their look and feel. Granted, real-world metaphors were used where they could be, such as for images of folders to denote file directories and buttons with bevels to let the user know they could click on them. But the overall aesthetic was fairly flat and restrained. Regardless of whether the designer wanted to deliver a richer visual experience, the low resolution of the black and white displays limited them.
In its desire for authenticity, the Modern design movement curbed the ornamental excess of the 19th century, making design fit the age of mass production. Today, we’re seeing the same desire for authenticity manifest itself in the “flat” trend, which rejects skeuomorphism and excessive visuals for simpler, cleaner, content-focused design.
With the latest release of Windows 8, Microsoft took a brave step away from such superfluous visuals, attempting to give its operating system a wholly digital and, in its words, “authentic” look. The latest interface is built upon the principles that Microsoft developed for its earlier mobile release, presenting the user with an aesthetic that is almost wholly devoid of textures or imitations of real-life objects.
In 1908, Adolf Loos, an influential Austrian architect, wrote an essay provocatively titledOrnament and Crime. The modern ornamentalist, he claimed, was either a “cultural laggard or a pathological case. He himself is forced to disown his work after three years. His productions are unbearable to cultured persons now, and will become so to others in a little while.” Even more boldly, Loos asserted, “The lower the standard of a people, the more lavish are its ornaments. To find beauty in form instead of making it depend on ornament is the goal towards which humanity is aspiring.”