O documento descreve um concerto da banda francesa Nouvelle Vague no Barreiro em fevereiro. A banda faz versões de músicas new wave em estilo bossa nova. O jornal entrevista a banda, que explica como surgiu o projeto e o que esperar do próximo álbum.
1. Pág. 14 • Correio do Montijo • Sexta-Feira, 30 de Janeiro de 2009
cultura
Concerto
Nouvelle Vague chega à margem sul
Os franceses Nouvelle Vague regressam a Portugal no próximo mês de Fevereiro. Dia 5, às 21,30
horas, actuam no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Barreiro.
O
projecto liderado por
Marc Collin e Olivier
Libaux vai realizar uma
mini-digressão acústica,
actuando em cinco cidades por-
tuguesas. Guimarães, Barreiro,
Portalegre, Estarreja e Alcobaça
vão receber as versões dos Nou-
velle Vague de clássicos dos anos
80, como “Love Will Tear Us
Apart”, dos Joy Division, ou
“Heart of Glass”, de Blondie.
O universo jazzístico, exótico e
ecléctico em que os Nouvelle Va-
gue se movimentam não permite
defini-los apenas como uma banda
de jazz ou um grupo de bossa no-
va. Por isso, quisemos saber mais:
Correio do Montijo: Como sur-
giu o projecto?
Nouvelle Vague: Este projecto
nasceu de uma ideia de Marc
Collin, com quem ouvíamos, e
éramos fans, muitos álbuns fun-
dadores do movimento punk-new-
wave. Ele tinha sonhado que seria
possível transpôr para bossa nova
um dos grandes títulos de Joy Di-
vision, o "Love will tear us apart"
e foi assim que tudo começou!
Gravámos uma versão dessa mú-
sica em bossa nova e depois mui-
tas outras, porque achámos o re-
sultado extraordinário.
CM: O que é que o define?
NV: Os Nouvelle Vague são exac-
tamente um grupo musical que
grava e toca reinterpretações de
música punk-new wave em bossa
nova.
CM: Porquê o nome Nouvelle
Vague?
NV: Porque é a tradução em
francês da expressão inglesa “new
wave”, enquanto a expressão por-
tuguesa bossa nova se traduz em
francês por "nouvelle bosse", pen-
so eu, e os jornalistas dos anos 50-
60 transformaram essa expressão
em "nouvelle vague". Pelo que
"nouvelle vague" é portanto a ex-
pressão francesa ideal para repre-
sentar o cruzamento entre estes
dois magníficos estilos musicais.
CM: Quando será lançado o
novo álbum?
NV: Se tudo correr bem, irá sair
em Maio próximo.
CM: O que se pode esperar de-
le?
NV: Algumas novidades e algu-
mas surpresas. A novidade é o es-
tilo musical que adoptamos neste
àlbum, que é mais americano,
mais western. E as surpresas são
simplesmente as actuações, ao
nosso lado, neste disco, de alguns
heróis da música new wave, tais
como Martin Gore, Barry Adam-
son, Terry Hall e outros, que can-
tam sobre as interpretações deles
próprios. Julgo que será a primeira
vez que um grupo faz isto, na his-
tória da música: editar interpre-
tações de títulos "sobre" os quais
cantam os seus autores originais.
CM: O que representa Portugal,
enquanto público, para a vossa
banda?
NV: É muito importante para nós,
pois trata-se de um público que
nos adoptou desde o início, que
nos encorajou, e que ao longo do
tempo tem-nos acompanhado. Te-
mos uma relação profunda e sin-
cera com Portugal e com o público
português. E desejamos que esta
relação perdure por muito tempo.
CM: Algumas das músicas que
tocam são temas conhecidos de
Cure, Depeche Mode ou Blon-
die. Já aguma vez receberam
feedback desses autores?
NV: Claro, os autores cujos temas
nós recriamos apreciam imenso o
nosso trabalho. Tivemos reacções
positivas dos autores de new wave
praticamente desde o início. Tenho
a sensação de que eles nunca ima-
ginaram que um dia seriam recria-
dos deste modo! A maior parte de-
les prefere mil vezes que os Nou-
velle Vague recriem de forma ou-
sada e original o seu reportório, do
que um grupo de rock qualquer
que apenas os imita.
CM: Qual foi a melhor expe-
riência que já tiveram em cima
do palco?
NV: Já tivemos várias, porque
fazemos centenas de concertos e
gostamos de sair de cena com a
sensação de que qualquer coisa de
forte se passou com o público.
Mas já que me faz essa pergunta,
isso leva-me a ter um pensamento
especial sobre o nosso concerto de
estreia em Portugal, em Lisboa, no
ano de 2005, naquele clube à beira
de água. Porque, mal entrámos na
sala, momentos antes do concerto,
já havia uma multidão à nossa es-
pera.
Esperemos que aconteça o mesmo
no dia 5.
Susana Lage
O
Dia daAmizade, no âm-
bito da campanha Eco-
ponto da Amizade, jun-
tou as crianças da Asso-
ciação de Solidariedade Social de
Brejos do Assa, com diversas fi-
guras públicas para uma tarde de
festa. “Já não é a primeira vez que
apoio esta iniciativa e é com muito
gosto que aceito o convite, espe-
cialmente porque envolve crianças
e não é na altura do Natal”, revela
Andreia Diniz, madrinha do pro-
jecto.
O projecto já recolheu cerca de
60.000 artigos, incluindo brinque-
dos, roupa, calçado, livros e mate-
rial escolar, e ajudou cinco insti-
tuições: Associação Sol dos Meni-
nos, Infantário O Saltitão, Asso-
ciação Caminho do Bem Fazer,
Centro Social S. Pedro e Associa-
ção O Rouxinol.
No Jardim do Mó, na Praça Cen-
tral do Fórum Montijo, também
esteve Vanessa Martins. “Não po-
dia deixar de vir, porque estas ac-
ções não se fazem todos os dias. E
acredito, até porque se vê pelos
números, que os portugueses ainda
são solidários”, revela a apresenta-
dora.
Isabel Figueira fez igualmente
questão de comparecer na inicia-
tiva. “Nós, como figuras públicas,
temos o dever de dar a cara para
publicitar este tipo de eventos que
são muito importantes do ponto de
vista humanitário”, explica a mo-
delo.
Forum Montijo
Famosos solidários
Susana Lage
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