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U3 – A produção de bens e serviços
3.1 – Bens: noção e classificação
É considerado como bem tudo aquilo que é utilizado na satisfação direta ou indireta deuma necessidadehumana.
Os bens podem existir em quantidades ilimitadas,não sendo necessária moeda para os obter (sol,ar,água da praia,etc.),
sendo por isso designadospor benslivres. Por outro lado,existem bens que são limitadosfaceàs necessidades existentes ou
que não apresentam característicasnecessáriasà satisfação imediata dasnecessidades,sendo por isso submetidos a processos
de transformação para setornaremaptos ao consumo e à satisfação denecessidades.Assim,os bens escassos eresultantes de
processos detransformação são designadospor bens económicos.
Classificação dos bens económicos: natureza, função, duração e relação com outros bens
Quanto à natureza: os bens económicos podem ser classificados de bens materiais quando se tratam de objetos tangíveis, que
assumem uma forma física,ou então de bens imateriais (serviços) quando se tratam do desempenho de determinadas
funções exercidas por indivíduos,não assumido a forma material,como é o caso de uma consulta médica.
Quanto à função que desempenham: podem ser classificados como bensde consumo quando se destinamao consumo final,
não indo sofrer mais transformações,como é o caso do leite que bebemos ao pequeno-almoço. Podem ter ser bens de
produção, neste caso trata-sede bens que são incorporadosno processo defabrico de outros, sendo considerados consumo
intermédio, ou seja,são utilizados na transformação eobtenção de outros bens, como é o caso da farinha utilizadana
confeção do pão.
Quanto à duração:podemos falar debens duradouros quando estes podem ser utilizados maisdo que uma vez na satisfação
das necessidades semperderem as característicasqueos tornam aptos à satisfação denecessidades,como é o caso de uma
televisão,e podemos referir bens não duradouros quando só podem ser utilizadosuma vez, pois extinguem-se quando são
consumidos,como é o caso dos alimentos.
Quanto à relação comoutros bens: podem ser classificadosdebens substituíveis ou sucedâneos quando setrata de bens que
cumprem a mesma função, podendo ser substituídos uns pelos outros.Podemos também falar de bens complementares
quando se trata de bens que são usados em conjunto, como a gasolina eo carro.
BENS ECONÓMICOS
LIVRES
MATERIAIS
SERVIÇOS
DE PRODUÇÃO
DE CONSUMO
DURADOUROS
NÃO DURADOUROS
SUBSTITUÍVEIS
COMPLEMENTARES
U3 – A produção de bens e serviços
3.2 – Produção e processo produtivo
Produção:atividadede combinação dos fatores de produção,gerando bens e serviços para a satisfação das necessidades.
Os bens são sujeitos a um conjunto de transformações antes de estarem em condições de serem utilizados.O processo
produtivo é o percurso que as matérias-primas têm de efetuar até setornarem produtos acabados aptos à satisfação de
necessidades.
PRODUÇÃO CONSUMO DE BENS E SERVIÇOS SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES
Setores de atividade económica
Setor primário:incluem-seas atividades relacionadascoma recolha de bens, ou seja,com a extração dos recursos naturais,
como a agricultura,a pesca,a silvicultura,a pecuária ea indústria extrativa.
Setor secundário:engloba as indústriastransformadorasdematérias-primasfornecidaspelo setor primário.Abrange as
indústriasligeiras(menos investimento e mão de obra intensiva),como a indústria do calçado ou têxtil,e as indústriaspesa das
(capital intensivo),como a indústria do cimento ou a construção civil.
Setor terciário:inclui todas as atividades prestadoras deserviços comercializáveisenão comercializáveis:comércio,bancos,
transportes,seguradoras,justiça,etc.
3.3 – Fatores de produção: noção e classificação
Os fatores de produção são todos os elementos necessários ao fabrico debens, ou seja,são as componentes utilizadasna
produção de bens. Os fatores podem ser agrupados e classificadosdeacordo com a sua contribuição parao processo
produtivo: recursos naturais, fator trabalho e fator capital.
3.3.1 – Os recursos naturais
O fator de produção recursos naturais inclui todas as componentes do processo produtivo que são disponibilizadaspela
natureza, não sendo objeto de qualquer transformação prévia,como o sol,o mar, os rios,o solo e subsolo,o clima,etc. os
recursos naturaispodem ainda classificar-seem recursos renováveis ou recursos não renováveis:
 Recursos naturais não renováveis: são os recursos que nãopodem ser repostos pelanatureza emtempoútil, ouseja, a sua
reposiçãosóé possível numperíodode tempomuitolongoque nãoacompanha o ritmodasnecessidades humanas. (petróleo,
carvão, gás natural);
 Recursos naturais renováveis: são aquelesque nãose esgotam num curto espaço, sendo possível a sua renovação, vãosendo
substituídos periodicamente. (energia eólica, solar, geotérmica, etc.)
3.3.2 – O trabalho
O fator trabalho representa a capacidadehumana para produzir,ou seja,o trabalho compreende todo o esforço humano,
físico e intelectual despendido no processo produtivo.
População ativa/ População inativa
População ativa:total depopulação,com idadeigual ou superior a 15 anos,que exerce uma atividaderemunerada ou que se
encontra desempregada.
Verificam-semodificações na constituição da população ativa,quando esta é afetada por fatores como a evolução social,o
crescimento da população,as alterações na legislação ea situação económica epolítica do país.
U3 – A produção de bens e serviços
População inativa:indivíduosquenão exercem uma atividaderemunerada,nem estão ativamente à procura de emprego,
como é o caso das donas decasa,dos reformados, dos estudantes, da população commenos de 15 anos e dos inválidos.
Taxa de atividade:representa a percentagem de população total queé ativa,ou seja,que trabalha ou que se encontra à
procura de um trabalho.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
× 100
Desemprego
São consideradosdesempregados os indivíduos que, não estando empregados, têm condições evontade de trabalhar,não
conseguindo encontrar emprego.
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜 =
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎
× 100
Tipos de desemprego:
 Desemprego de longa duração: representa a situaçãode quem se encontra desempregado à mais de umano, podendoser
resultadoda estagnaçãoeconómica, provocando o encerramento de algumas empresas;
 Desemprego temporário/pontual: situaçãopassageira das pessoas que se encontram entre dois empregos, quandosaíram de um
para ingressaremnoutro, ouseja, quandomudamde emprego;
 Desemprego tecnológico: desempregoresultante da evolução tecnológica, corresponde à dificuldade de acompanhamentodesta
evoluçãopor parte dos trabalhadores, afetandoprincipalmente os grupos etários mais elevados;
 Desemprego repetitivo: diz respeito às pessoas que estãosistematicamente a mudar de emprego, estando associado, geralmente,
a baixas qualificações;
 Desemprego sazonal: existemalgumas atividades que apresentam ritmos de produçãobastante variados aolongo doano, nem
sempre necessitando domesmonº de trabalhadores.
Formação ao longo da vida
O atual progresso tecnológico exigeuma permanente atualização deconhecimentos, não sendo suficientea aposta no inico da
vida,mas simuma formação contínua ao logo da vida,evitando a desatualização.Assim,aumentando as suas qualificações e
atualizando permanentemente os seus conhecimentos e competências,o trabalhador contribui deforma decisiva para o
aumento do seu grau de empregabilidade.
Terciarização
A terciarização designa o facto do setor terciário ter vindo a ganhar cada vez mais peso na estrutura da atividadeeconómica.
Esta tendência deve-se em grande parte a fatores como o aumento dos serviços nas indústrias,devido à necessidadede
organizar emelhorar os processos deprodução,à crescente utilização deserviços relacionadoscoma comercialização dos
bens, como o controlo de qualidade, marketing e estudos de mercado, e à frequente execução, por parte de terceiros,de
serviços,queanteriormente eram executados em casa,como as engomadorias,a limpeza do lar ou as refeições pré-
confecionadas.
3.3.3 – O capital
O fator capital éconstituído por todos os elementos que participamno processo produtivo,com exceção dos recursos naturais
e do trabalho.É assimconstituído pelos recursosobtidos noutros processosprodutivos,mas aplicadosa novos processos
produtivos.
Distinção entre riqueza e capital: a riqueza traduz a posse de um bem e a sua utilização para uso privado do proprietário,
enquanto o capital correspondeà aplicação dos meios de produção no processo produtivo.
U3 – A produção de bens e serviços
Tipos de capital
 Capital financeiro:meios financeirosdeque as empresas dispõem, como moeda, depósitos,juros,ações,etc.
 Capital financeiro próprio: meios financeiros que pertencem aos proprietários da unidade produtiva;
 Capital financeiro alheio: meios financeiros que nãopertencem à unidade produtivo, embora estejam à sua disposição.
 Capital técnico:conjunto de meios de produção,matérias-primas,máquinas,ferramentas,edifícios,etc.
 Capital técnico circulante: meios de produçãoincorporados no processoprodutivo de outros bens que desaparecem por
completoapós a sua utilização, comoé o casodas matérias-primase dos combustíveis;
 Capital técnico fixo: meios de produção que podemser utilizados várias vezes, embora soframalgumdesgaste com o
passar do tempo e com uso(o desgaste sofrido pelo capital fixoé representadopelovalor da amortização), como é o
caso dasmáquinas,instalaçõesou viaturas.
 Capitalhumano: conjuntode aptidões humanas para trabalhar que inclui a experiencia, os conhecimentos dos indivíduos e o saber
fazer adquiridoaolongodos tempos.
 Capital natural: conjuntode recursos naturais que se encontram disponíveis, como o petróleo, as florestase os cursos de água. Este
deve ser utilizado de forma racional, não colocando em risco o desenvolvimento sustentável do planeta.
3.4 – A combinação dos fatores de produção
Para seproduzir bens e serviços é necessário utilizar os fatores de produção,mas o modo como estes são conjugados
condiciona os resultadosdeuma unidadeprodutiva.Os fatores produtivos apresentam um conjunto de característicasque
influenciama forma como estes se podem combinar:
 Substituibilidade: ocorre sempre que é possível trocar um fator por outroque cumpra a mesma função. Por exemplo, quandoum
trator passaa efetuar as tarefasdo homem, está-se a substituir o fator trabalho pelofator capital;
 Divisibilidade: possibilidade de divisãode um fator em vários submúltiplos, podendo-se utilizar esse fator emdoses maiores ou
menores, comoé o casodas matérias-primase energias;
 Complementaridade: situações emque o uso de umfator implica a utilizaçãode outro. No casodo trator, para este poder
trabalhar era preciso ser conduzidopelo homem, completando-se os fatores trabalhoe capital.
Classifica-seo tempo de implementação de uma mudança como sendo de curto prazo, quando se podem alterar apenas
alguns fatores,e de longo prazo, quando é possível modificar todos os fatores.
Isoquanta:curva representativa do mesmo nível de produção a partir de diferentes combinações de fatores de produção.
Isocusto:curva constituída por todos os pontos representativos de igual custo de produção para diferentes combinações dos
fatores de produção.
Produtividade
A produtividade é um indicador económico que mede a eficiência da combinação dos fatores de produção, ou seja, a relação entre o que é
produzido e o que é gastopara obter essa produção.
AUMENTAR A PRODUTIVIDADE REDUZIR OS CUSTOS POR UNIDADE AUMENTAR A COMPETIVIDADE
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝑠
Produtividademédia em termos físicos: quando sepretende determinar a quantidadede produto obtido por um determinado
fator.
U3 – A produção de bens e serviços
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠 𝑓í𝑠𝑖𝑐𝑜𝑠 =
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟
Produtividademédia em termos monetários: quando se pretende apurar o valor da produção obtida por um fator.
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑛𝑒𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠 =
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟
Produtividademarginal:permitemedir o acréscimo deprodução obtido de cada vez que se adiciona uma unidadede fator
produtivo, ou seja,o impacto de uma unidadesuplementar de fator no resultado final.
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 =
𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎
𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
Lei dos rendimentos decrescentes
De acordo com a lei dos rendimentos decrescentes, quando se adicionamunidades sucessivasa umfator, os aumentos na
produção a partir de um certo ponto são cada vez menores.
Custos de produção
Os encargos com a produção de bens e serviços denominam-secustos de produção e representam o custo total que uma
unidadeprodutiva tem de desembolsar para o desenvolvimento da sua atividade.Estes incluemos custos fixos eos custos
variáveis.
 Custos fixos: correspondem às despesas suportadas pelaempresa, independentemente da quantidade de bens produzida, como é
o caso dos encargos comrendas.
 Custos variáveis: são os encargos que variam em funçãodas quantidades produzidas, comoé o casodas despesas com matérias-
primas.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐶𝑇) = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 =
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐶𝑇)
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎
Economias e deseconomias de escala
Economia de escala:diminuição do custo de produção unitário em resultado do aumento da quantidadeproduzida.
As economias de escala resultamdediversos progressos técnicos como a especialização edivisão do trabalho,utilização de
tecnologias mais avançadas ou produções em série, estando por isso associadas,geralmente, a grandes empresas.
Deseconomias de escala:ocorrem quando os custos médios de produção aumentam em resultado do aumento da dimensão
de unidades de produção.
O aparecimento de deseconomias de escala está associado a diversos fatores,como a dificuldadeem gerir os recursos das
empresas e o escoamento das produções ou o aumento do desperdício de recursos.

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  • 1. U3 – A produção de bens e serviços 3.1 – Bens: noção e classificação É considerado como bem tudo aquilo que é utilizado na satisfação direta ou indireta deuma necessidadehumana. Os bens podem existir em quantidades ilimitadas,não sendo necessária moeda para os obter (sol,ar,água da praia,etc.), sendo por isso designadospor benslivres. Por outro lado,existem bens que são limitadosfaceàs necessidades existentes ou que não apresentam característicasnecessáriasà satisfação imediata dasnecessidades,sendo por isso submetidos a processos de transformação para setornaremaptos ao consumo e à satisfação denecessidades.Assim,os bens escassos eresultantes de processos detransformação são designadospor bens económicos. Classificação dos bens económicos: natureza, função, duração e relação com outros bens Quanto à natureza: os bens económicos podem ser classificados de bens materiais quando se tratam de objetos tangíveis, que assumem uma forma física,ou então de bens imateriais (serviços) quando se tratam do desempenho de determinadas funções exercidas por indivíduos,não assumido a forma material,como é o caso de uma consulta médica. Quanto à função que desempenham: podem ser classificados como bensde consumo quando se destinamao consumo final, não indo sofrer mais transformações,como é o caso do leite que bebemos ao pequeno-almoço. Podem ter ser bens de produção, neste caso trata-sede bens que são incorporadosno processo defabrico de outros, sendo considerados consumo intermédio, ou seja,são utilizados na transformação eobtenção de outros bens, como é o caso da farinha utilizadana confeção do pão. Quanto à duração:podemos falar debens duradouros quando estes podem ser utilizados maisdo que uma vez na satisfação das necessidades semperderem as característicasqueos tornam aptos à satisfação denecessidades,como é o caso de uma televisão,e podemos referir bens não duradouros quando só podem ser utilizadosuma vez, pois extinguem-se quando são consumidos,como é o caso dos alimentos. Quanto à relação comoutros bens: podem ser classificadosdebens substituíveis ou sucedâneos quando setrata de bens que cumprem a mesma função, podendo ser substituídos uns pelos outros.Podemos também falar de bens complementares quando se trata de bens que são usados em conjunto, como a gasolina eo carro. BENS ECONÓMICOS LIVRES MATERIAIS SERVIÇOS DE PRODUÇÃO DE CONSUMO DURADOUROS NÃO DURADOUROS SUBSTITUÍVEIS COMPLEMENTARES
  • 2. U3 – A produção de bens e serviços 3.2 – Produção e processo produtivo Produção:atividadede combinação dos fatores de produção,gerando bens e serviços para a satisfação das necessidades. Os bens são sujeitos a um conjunto de transformações antes de estarem em condições de serem utilizados.O processo produtivo é o percurso que as matérias-primas têm de efetuar até setornarem produtos acabados aptos à satisfação de necessidades. PRODUÇÃO CONSUMO DE BENS E SERVIÇOS SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES Setores de atividade económica Setor primário:incluem-seas atividades relacionadascoma recolha de bens, ou seja,com a extração dos recursos naturais, como a agricultura,a pesca,a silvicultura,a pecuária ea indústria extrativa. Setor secundário:engloba as indústriastransformadorasdematérias-primasfornecidaspelo setor primário.Abrange as indústriasligeiras(menos investimento e mão de obra intensiva),como a indústria do calçado ou têxtil,e as indústriaspesa das (capital intensivo),como a indústria do cimento ou a construção civil. Setor terciário:inclui todas as atividades prestadoras deserviços comercializáveisenão comercializáveis:comércio,bancos, transportes,seguradoras,justiça,etc. 3.3 – Fatores de produção: noção e classificação Os fatores de produção são todos os elementos necessários ao fabrico debens, ou seja,são as componentes utilizadasna produção de bens. Os fatores podem ser agrupados e classificadosdeacordo com a sua contribuição parao processo produtivo: recursos naturais, fator trabalho e fator capital. 3.3.1 – Os recursos naturais O fator de produção recursos naturais inclui todas as componentes do processo produtivo que são disponibilizadaspela natureza, não sendo objeto de qualquer transformação prévia,como o sol,o mar, os rios,o solo e subsolo,o clima,etc. os recursos naturaispodem ainda classificar-seem recursos renováveis ou recursos não renováveis:  Recursos naturais não renováveis: são os recursos que nãopodem ser repostos pelanatureza emtempoútil, ouseja, a sua reposiçãosóé possível numperíodode tempomuitolongoque nãoacompanha o ritmodasnecessidades humanas. (petróleo, carvão, gás natural);  Recursos naturais renováveis: são aquelesque nãose esgotam num curto espaço, sendo possível a sua renovação, vãosendo substituídos periodicamente. (energia eólica, solar, geotérmica, etc.) 3.3.2 – O trabalho O fator trabalho representa a capacidadehumana para produzir,ou seja,o trabalho compreende todo o esforço humano, físico e intelectual despendido no processo produtivo. População ativa/ População inativa População ativa:total depopulação,com idadeigual ou superior a 15 anos,que exerce uma atividaderemunerada ou que se encontra desempregada. Verificam-semodificações na constituição da população ativa,quando esta é afetada por fatores como a evolução social,o crescimento da população,as alterações na legislação ea situação económica epolítica do país.
  • 3. U3 – A produção de bens e serviços População inativa:indivíduosquenão exercem uma atividaderemunerada,nem estão ativamente à procura de emprego, como é o caso das donas decasa,dos reformados, dos estudantes, da população commenos de 15 anos e dos inválidos. Taxa de atividade:representa a percentagem de população total queé ativa,ou seja,que trabalha ou que se encontra à procura de um trabalho. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 100 Desemprego São consideradosdesempregados os indivíduos que, não estando empregados, têm condições evontade de trabalhar,não conseguindo encontrar emprego. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑜 = 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 × 100 Tipos de desemprego:  Desemprego de longa duração: representa a situaçãode quem se encontra desempregado à mais de umano, podendoser resultadoda estagnaçãoeconómica, provocando o encerramento de algumas empresas;  Desemprego temporário/pontual: situaçãopassageira das pessoas que se encontram entre dois empregos, quandosaíram de um para ingressaremnoutro, ouseja, quandomudamde emprego;  Desemprego tecnológico: desempregoresultante da evolução tecnológica, corresponde à dificuldade de acompanhamentodesta evoluçãopor parte dos trabalhadores, afetandoprincipalmente os grupos etários mais elevados;  Desemprego repetitivo: diz respeito às pessoas que estãosistematicamente a mudar de emprego, estando associado, geralmente, a baixas qualificações;  Desemprego sazonal: existemalgumas atividades que apresentam ritmos de produçãobastante variados aolongo doano, nem sempre necessitando domesmonº de trabalhadores. Formação ao longo da vida O atual progresso tecnológico exigeuma permanente atualização deconhecimentos, não sendo suficientea aposta no inico da vida,mas simuma formação contínua ao logo da vida,evitando a desatualização.Assim,aumentando as suas qualificações e atualizando permanentemente os seus conhecimentos e competências,o trabalhador contribui deforma decisiva para o aumento do seu grau de empregabilidade. Terciarização A terciarização designa o facto do setor terciário ter vindo a ganhar cada vez mais peso na estrutura da atividadeeconómica. Esta tendência deve-se em grande parte a fatores como o aumento dos serviços nas indústrias,devido à necessidadede organizar emelhorar os processos deprodução,à crescente utilização deserviços relacionadoscoma comercialização dos bens, como o controlo de qualidade, marketing e estudos de mercado, e à frequente execução, por parte de terceiros,de serviços,queanteriormente eram executados em casa,como as engomadorias,a limpeza do lar ou as refeições pré- confecionadas. 3.3.3 – O capital O fator capital éconstituído por todos os elementos que participamno processo produtivo,com exceção dos recursos naturais e do trabalho.É assimconstituído pelos recursosobtidos noutros processosprodutivos,mas aplicadosa novos processos produtivos. Distinção entre riqueza e capital: a riqueza traduz a posse de um bem e a sua utilização para uso privado do proprietário, enquanto o capital correspondeà aplicação dos meios de produção no processo produtivo.
  • 4. U3 – A produção de bens e serviços Tipos de capital  Capital financeiro:meios financeirosdeque as empresas dispõem, como moeda, depósitos,juros,ações,etc.  Capital financeiro próprio: meios financeiros que pertencem aos proprietários da unidade produtiva;  Capital financeiro alheio: meios financeiros que nãopertencem à unidade produtivo, embora estejam à sua disposição.  Capital técnico:conjunto de meios de produção,matérias-primas,máquinas,ferramentas,edifícios,etc.  Capital técnico circulante: meios de produçãoincorporados no processoprodutivo de outros bens que desaparecem por completoapós a sua utilização, comoé o casodas matérias-primase dos combustíveis;  Capital técnico fixo: meios de produção que podemser utilizados várias vezes, embora soframalgumdesgaste com o passar do tempo e com uso(o desgaste sofrido pelo capital fixoé representadopelovalor da amortização), como é o caso dasmáquinas,instalaçõesou viaturas.  Capitalhumano: conjuntode aptidões humanas para trabalhar que inclui a experiencia, os conhecimentos dos indivíduos e o saber fazer adquiridoaolongodos tempos.  Capital natural: conjuntode recursos naturais que se encontram disponíveis, como o petróleo, as florestase os cursos de água. Este deve ser utilizado de forma racional, não colocando em risco o desenvolvimento sustentável do planeta. 3.4 – A combinação dos fatores de produção Para seproduzir bens e serviços é necessário utilizar os fatores de produção,mas o modo como estes são conjugados condiciona os resultadosdeuma unidadeprodutiva.Os fatores produtivos apresentam um conjunto de característicasque influenciama forma como estes se podem combinar:  Substituibilidade: ocorre sempre que é possível trocar um fator por outroque cumpra a mesma função. Por exemplo, quandoum trator passaa efetuar as tarefasdo homem, está-se a substituir o fator trabalho pelofator capital;  Divisibilidade: possibilidade de divisãode um fator em vários submúltiplos, podendo-se utilizar esse fator emdoses maiores ou menores, comoé o casodas matérias-primase energias;  Complementaridade: situações emque o uso de umfator implica a utilizaçãode outro. No casodo trator, para este poder trabalhar era preciso ser conduzidopelo homem, completando-se os fatores trabalhoe capital. Classifica-seo tempo de implementação de uma mudança como sendo de curto prazo, quando se podem alterar apenas alguns fatores,e de longo prazo, quando é possível modificar todos os fatores. Isoquanta:curva representativa do mesmo nível de produção a partir de diferentes combinações de fatores de produção. Isocusto:curva constituída por todos os pontos representativos de igual custo de produção para diferentes combinações dos fatores de produção. Produtividade A produtividade é um indicador económico que mede a eficiência da combinação dos fatores de produção, ou seja, a relação entre o que é produzido e o que é gastopara obter essa produção. AUMENTAR A PRODUTIVIDADE REDUZIR OS CUSTOS POR UNIDADE AUMENTAR A COMPETIVIDADE 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝑠 Produtividademédia em termos físicos: quando sepretende determinar a quantidadede produto obtido por um determinado fator.
  • 5. U3 – A produção de bens e serviços 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠 𝑓í𝑠𝑖𝑐𝑜𝑠 = 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 Produtividademédia em termos monetários: quando se pretende apurar o valor da produção obtida por um fator. 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑒𝑚 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜𝑠 𝑚𝑜𝑛𝑒𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 Produtividademarginal:permitemedir o acréscimo deprodução obtido de cada vez que se adiciona uma unidadede fator produtivo, ou seja,o impacto de uma unidadesuplementar de fator no resultado final. 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 = 𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 𝑎𝑐𝑟é𝑠𝑐𝑖𝑚𝑜 𝑛𝑜 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 Lei dos rendimentos decrescentes De acordo com a lei dos rendimentos decrescentes, quando se adicionamunidades sucessivasa umfator, os aumentos na produção a partir de um certo ponto são cada vez menores. Custos de produção Os encargos com a produção de bens e serviços denominam-secustos de produção e representam o custo total que uma unidadeprodutiva tem de desembolsar para o desenvolvimento da sua atividade.Estes incluemos custos fixos eos custos variáveis.  Custos fixos: correspondem às despesas suportadas pelaempresa, independentemente da quantidade de bens produzida, como é o caso dos encargos comrendas.  Custos variáveis: são os encargos que variam em funçãodas quantidades produzidas, comoé o casodas despesas com matérias- primas. 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐶𝑇) = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 + 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝐶𝑇) 𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎 Economias e deseconomias de escala Economia de escala:diminuição do custo de produção unitário em resultado do aumento da quantidadeproduzida. As economias de escala resultamdediversos progressos técnicos como a especialização edivisão do trabalho,utilização de tecnologias mais avançadas ou produções em série, estando por isso associadas,geralmente, a grandes empresas. Deseconomias de escala:ocorrem quando os custos médios de produção aumentam em resultado do aumento da dimensão de unidades de produção. O aparecimento de deseconomias de escala está associado a diversos fatores,como a dificuldadeem gerir os recursos das empresas e o escoamento das produções ou o aumento do desperdício de recursos.